ANO II - Nº 6 AGO / SET 2008
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ueridos (as) professores (as), saudações! Não há quem duvide: as divisões, os preconceitos, a intolerância religiosa e coisas similares são verdadeiras pragas para a sociedade. Diante disso, cabe a todos construir a reciprocidade e um diálogo construtivo entre as diversas culturas e religiões. A este propósito, me vem à mente a história do rato que, olhando pelo buraco na parede, viu o fazendeiro e a mulher abrindo um pacote. Ao descobrir que nele havia uma ratoeira, ficou aterrorizado e, correndo pelo pátio, advertiu a todos: “Há uma ratoeira na casa!”. A galinha disse-lhe: - Desculpe-me senhor rato, eu entendo que isso seja um problema para o senhor, a mim não incomoda.
A
história da ratoeira me faz pensar no diálogo entre as religiões que, como afirma Elias Wolf, “nada mais é do que tecer os fios dos diferentes credos e dos diferentes jeitos de compreender e viver a experiência de Deus. Esses fios trançados constroem a tenda do universo religioso que nos abriga. Fios que constroem a tenda da unidade, pois, nela, é possível o convívio entre todos os crentes das mais diversas expressões religiosas. Nela, cada um poderá manifestar-se com sua particularidade e apresentar os valores de sua fé sem ferir a outra”. A tenda da unidade possui horizontes multicoloridos. Por exemplo, entre tantos outros, a cor da compaixão enaltecida pelo Budismo; a cor da misericórdia, enfatizada pelo Islamismo; a cor da interioridade, buscada pelo Hinduísmo e a cor da caridade fortalecida no Cristianismo. Todas as religiões, na construção dessa tenda, tecendo fios de fraternidade, de solidariedade e de reciprocidade, devem se empenhar para viverem a unidade.
O ENSINO RELIGIOSO O Ensino Religioso nas escolas pode e deve contribuir muito para isso. Daí a importância para que seja implementado seriamente em todas as escolas. Sempre encontramos, no entanto, responsáveis pela educação e alunos que não entendem o porquê da existência desse conteúdo. Não seria uma perda de tempo? Afinal, qual seria seu verdadeiro objetivo? O ER tem seu objetivo, sim, e de um valor extraordinário, pois, como dizia o próprio Feuerbach,
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APRESENTAÇÃO
O rato então avisou também o porco: - Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira! - Desculpe-me, senhor rato, disse o porco. Mas, não há nada que eu possa fazer. Fique tranqüilo, o senhor será lembrado nas minhas preces. O rato dirigiu-se, então, à vaca. Ela, num muxoxo, disse: - Uma ratoeira? Isso não constitui perigo para mim! Então, o rato, cabisbaixo, voltou para a casa para encarar a ratoeira. Naquela noite, ouviu-se um barulho! Meu Deus! Era a ratoeira pegando sua vítima! A mulher do fazendeiro correu para ver quem estava lá. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pegado a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher, que ficou com febre!
crítico radical da religião: “O homem é naturalmente religioso”. Portanto, é de vital importância conhecer, entender e vivenciar a experiência religiosa de que todo ser humano e as próprias sociedades estão impregnadas. O Ensino Religioso é o conteúdo que mais abrange a vida de cada um e da própria sociedade que, embora se declare laica, é constituída, em sua maioria, de cidadãos que prezam, buscam o transcendente e observam seus ditames.
O TRANSCENDENTE Após essas considerações, é fácil entender a enorme responsabilidade que a equipe do jornal O TRANSCENDENTE assumiu: ajudar os professores de Ensino Religioso, tanto na sua formação, como na oferta de subsídios adequados para o ensino desta disciplina. Seus conteúdos nem sempre são fáceis, pois o universo religioso tem sempre algo de misterioso. Além disso, é missão do ER ajudar os alunos a vivenciar os grandes valores que não podem faltar na formação do cidadão. Amigos (as) professores (as), abracem com amor sua difícil, mas extraordinária missão, e cresçam no conhecimento e na espiritualidade, pois ninguém dá o que não tem. Tenham certeza de que sempre poderão contar com a nossa equipe. Ajudem a difundir esse nosso subsídio e nos enviem suas experiências e sugestões para que ele seja cada vez mais rico e completo. Agradecemos as inúmeras turmas que estão participando dos nossos concursos e que nos enviaram seus trabalhos. Vamos seguir em frente! A todos e todas, um grande abraço.
O fazendeiro pensou: nada melhor que uma canja de galinha! Mas, sendo que a febre aumentava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la e, para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco. A mulher não melhorou e acabou morrendo. No enterro, compareceu muita gente e, para alimentar todas as pessoas, o fazendeiro sacrificou a vaca! Moral da história: quando há uma ratoeira na casa, toda a fazenda corre risco! O filósofo Horácio, no tempo dos antigos romanos, já advertia: “Tua casa está em perigo quando arde a parede do vizinho”. Isto é: numa sociedade, o problema de um é problema de todos. A construção da paz exige vontade e energia para construir, no cotidiano, novos relacionamentos, uma nova ordem social.
Nesta edição, o jornal “O TRANSCENDENTE” apresenta o universo religioso hindu. Os hindus acreditam em um Ser Supremo,
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man, do qual se origina todas as coisas e este, junto a Vishnu e a Shiva, regem o universo. O hinduísmo é a terceira maior religião do mundo em número de adeptos. Segundo censo de 2005, há aproximadamente um bilhão de fiéis, dos quais aproximadamente 890 milhões vivem na Índia. O hinduísmo é centrado em práticas que ajudam o indivíduo a vivenciar sua religiosidade na incessante busca pelo sagrado. Como reza o ditado hindu: “Deus vive em cada um de nós. Devemos procurá-lo por toda a vida”.
Jornal bimestral de Ensino Religioso pertencente ao PIME Registrado no Cartório de Registro Civil de Títulos e Documentos de Pessoas Jurídicas de Florianópolis sob o nº 13 Diretor: Pe. Paulo De Coppi - P.I.M.E. Jornalista Resp.: Yriam Fávero - Reg. DRT/SC nº 800 Redator: Sandro Liesch / Assessora Pedagógica: Roseli Cassias Pereira Diagramação: Fábio Furtado Leite / Colaboração: Mauri Heerdt
Endereço DO JORNAL “O TRANSCENDENTE”: SEDE: Av. Hercílio Luz, 1079 - Servidão Missão Jovem PARA CORRESPONDÊNCIA: Cx. Postal 3211 / 88010-970 / Florianópolis / SC FONE: (48) 3222-9572 / FAX-automático: (48) 3222-9967
ASSINATURA ANUAL Ano II - Nº 6 - AGOSTO / SETEMBRO - 2008 •Individual: •Assinatura Coletiva (no CUPOM da página 11) •Assinatura de apoio: •Internacional:
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O ENSINO RELIGIOSO
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os artigos anteriores, tratei sobre o universo religioso que se encontra nas diversas matrizes: indígena, africana, oriental e ocidental. A partir deste número, irei abordar a fenomenologia das religiões primitivas: o animismo (1), o xamanismo (2), o manismo (3), o totemismo (4) e a magia (5).
Formas de animismo Não é tão fácil entender o animismo, especialmente para nós do século XXI, quando tudo se fundamenta nos livros e na razão. Podemos agrupar em três as formas de animismo: a) O “manismo”, que deriva de “manes” e que significa “antepassados”. Trata-se do culto aos antepassados. B) O “naturalismo”, que vem de “natura” (= natureza). Trata-se da crença na alma das coisas. C) O espiritismo, que vem de “spiritus” (espírito). É a crença em seres incorpóreos, em espíritos.
A concepção de alma No estudo das religiões constata-se que o fato religioso, embora sendo uma experiência individual, tem uma conotação comunitária. Isto porque o homem não se contém com a sua experiência pessoal do sagrado. Ele sente a necessidade de contar às pessoas que vivem ao seu redor o que aconteceu com ele, para que elas também participem de suas emoções. No entanto, na passagem da experiência individual para a comunidade, pode haver uma descaracterização daquilo que realmente ocorreu. Daí a importância de estudarmos o fenômeno religioso nas suas formas mais originais. O animismo, matéria do nosso estudo, faz parte das religiões primitivas. Quando falamos em religiões primitivas entendemos aquelas religiões encontradas entre os povos primitivos, que apresentam uma cultura rudimentar, sem escrita ou livros, onde as tradições orais assumem grande importância, tanto social quanto religiosa. Mas vamos aprofundar o conhecimento do animismo que é “a crença de que fenômenos e forças da natureza são capazes de intervir na vida dos seres humanos”.
A teoria animista Animismo deriva da palavra latina “animus”, que se traduz como alma. Podemos defini-la como uma crença na alma das coisas, especialmente dos seres vivos. É uma religião típica dos povos africanos, embora se encontre também em outros povos. Foi o antropólogo inglês Sir Edward B. Tylor, em 1871, com sua obra “Primitive Culture” (a cultura primitiva), que criou esta teoria. Segundo ele, o animismo é a primeira grande etapa da evolução do pensamento religioso. Para Tylor, a origem da noção de alma está nas experiências da doença e da morte, sobretudo, dos sonhos, que levam a imaginar a existência de algo que não é matéria no corpo humano. Esse algo, diverso do corpo, que é princípio da vida e do pensamento pode atuar com independência e sobrevive ao corpo depois de sua morte. A crença de que a alma perdura explica o culto aos antepassados. O antropólogo G. Van der Leeuw(+1950 critica esta teoria, pois, a seu ver, não podemos falar numa teoria tão precisa sobre a crença em almas ou em espíritos, já que os povos primitivos não possuem teorias, mas experiências práticas.
Para o homem primitivo, a alma é uma potência superior à matéria, e que pode conviver com ela. Ela é considerada como uma emanação divina, outras vezes como criada diretamente por Deus e destinada a retornar a Ele. Para o animismo, a alma está presente naquelas partes ou órgãos que manifestam maior potência no corpo. Por isso, o homem primitivo acreditava em várias almas ao mesmo corpo. Assim podemos ter vários tipos de alma: a) a alma-sopro, aquela que é responsável pelas nossas emoções, e que sobrevive à morte física; B) a alma-sangue, que nos faz viver, que faz o corpo físico funcionar e que cessa com a morte física;
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Encontramos neles mitos que justificam os costumes da comunidade, tais como: as técnicas da agricultura, a arte da guerra, as normas de conduta e os mitos que definem as classes sociais e as condições de casamento. Os povos primitivos, em geral, são “vitalistas”, isto é, concebem a divindade, o homem e as forças da natureza como manifestação de uma energia ou de uma força vital. A eles não interessa tanto o modo de ser de Deus, mas o modo de agir de Deus integrado nas forças ocultas. A preocupação deles é mais com a vida presente do que com a futura.
Os ritos no animismo Os animistas conservam numerosos ritos com os quais mantém vivas as tradições tribais. Alguns destes ritos remontam às primeiras manifestações religiosas da humanidade. Queremos salientar 3 destes ritos: a) o feitiço. Palavra que vem do latim “factitius” (coisa feita). Os portugueses deram este nome aos objetos usados pelos africanos e que lhes causavam malefícios. Alguns antropólogos achavam que se tratava de uma técnica, outros o ligavam com o culto aos espíritos. Hoje, se associa aos talismãs e amuletos. No Brasil, feitiço está ligado à atividade animista de Exu, que recebe dos alimentos e da cachaça a força para executar os recados de seus devotos;
B) a dança. Dissemos que os animistas são ativos e não especulativos. A dança da guerreira, a dança cósmica e a dança erótica ocupam um lugar privilegiado. Os dançarinos usam máscaras para se identificar com os espíritos dos antepassados e das forças da natureza; C) os ritos de participação. Os Máscara para ritual de passagem dos animistas não têm ato de culto a Deus, mas, garotos de Mandinga usam rituais para integrar os espíritos na vida - Gâmbia - África da comunidade, principalmente os espíritos dos antepassados. Como os espíritos não têm corpo, não podem comunicar-se diretamente com os A essência do animismo vivos. Não tendo corpo, os espíritos se comunicam Os animistas não tinham a mesma compreensão por meio do sangue das vítimas ou das substâncias de alma que nós ocidentais temos. Para eles a alma, de certos alimentos. Com eles, os espíritos adquirem distinta do corpo, é uma força vital inerente a tudo o a força vital que os tornam capazes de participar da que existe, um poder indefinido que se manifestava esvida dos homens por meio de médiuns. Não se trata pecialmente no homem. Esta força vital tem caractede culto demoníaco, como dizem alguns, mas de um rísticas transcendentes e, muitas vezes, é representada verdadeiro rito de participação. pelo círculo, cujo sentido é algo perfeito e absoluto. Para os povos primitivos o homem era imortal, por isso acreditavam na transmigração das almas e na retribuição eterna. 1. Como você define o animismo? C) a alma-cérebro, a alma-coração, a alma-fígado etc., que preside a cada uma das funções atribuídas a estes órgãos, como a inteligência, o sentimento... Entende-se, assim, o canibalismo praticado por alguns povos primitivos, pois o comer o cérebro, o coração, o fígado, os músculos era apossar-se de sua potência específica, isto é, de sua alma. O animismo via alma em todas as coisas que manifestava alguma potência ou vida própria.
Os mitos no animismo Os animistas não tiveram uma religião revelada, com personagens religiosos e livros sagrados. Daí terem poucos mitos religiosos. Contudo, existem mitos que falam da criação do mundo e de como o Ser Supremo, lá no início, dispôs as coisas criadas.
2. Trata-se apenas de uma expressão religiosa dos povos primitivos ou está presente no século XXI?
3. Que elementos animistas existem em nossa sociedade pós-moderna?
O Universo Religioso: as grandes religiões e tendências religiosas atuais
Após meses de pesquisa e muito diálogo com pessoas de várias crenças, os autores apresentam este estudo sobre várias manisfestações religiosas tradicionais e as tendências atuais. O objetivo deste livro é oferecer uma compreensão popular das manifestações religiosas presentes em nosso universo. Este livro é indicado para escolas e para aqueles que buscam conhecer mais e melhor o universo religioso e suas manifestações. Esta obra ajudará a conhecer melhor a religião de cada um e também a do outro, tendo como horizonte um diálogo sincero e aberto na busca de um mesmo objetivo: a construção de um mundo melhor. Poderia-se perguntar: Para que conhecer a nossa e as outras religiões? Para melhor conhecer o Transcendente. Professor, adote o “Universo Religioso”. Certamente este livro será muito útil em seu trabalho. Finalizando, temos a satisfação de anunciar que lançamos a segunda edição do “Universo Religioso”, com material de melhor qualidade e mantendo o mesmo preço.
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CONVERSANDO COM O EDUCADOR
Visando dar suporte para os professores de Ensino Religioso • é preciso cuidar para que o discurso pedaem seu pensar e agir pedagógico, O TRANSCENgógico seja de tal forma articulado a fim de, DENTE traz palavras de fundamentação acadêmica e a experiência da educadora Emerli Schögl: psicóloga clínica, informando sobre as práticas religiosas, não cantora lírica, professora de canto, autora do livro Expansão conduzir os alunos à vivência das mesmas em ambiente escolar. Criativa, especialista e mestre em áreas do ER. A professora Emerli atualmente integra a equipe de OT: O ER é compreendido como parte integrante orientadores para o ER nas escolas do estado do Paraná, da formação básica do cidadão. Quais são as atena ASSINTEC - Associação Inter-religiosa de Educação. ções especiais que devem ser dadas aos conteúdos Nesta entrevista, ela nos ajuda a pensar e a a serem ensinados nesta disciplina e sua respectiva refletir o ER do Brasil. metodologia? Profa Emerli: Neste pormenor, o professor de ER, ao abordar os conteúdos, busca trabalhar de O TRANSCENDENTE: Professora Emerli, como forma a contemplar o todo, superando a visão fragespecialista na pedagogia do Ensino Religioso, com es- mentada e a simples reprodução de conhecimentos. pecial atuação no estado do Paraná, como se pode ava- Ele dispõe da abordagem de conteúdos em rede que liar o ER no Brasil, hoje? relacionam os conteúdos entre si e conduzem à interProfa Emerli: Por um lado, melhor do que disciplinaridade. Para tal, importa buscar novas formas e cantora e compositora nunca, pois finalmente o ER escolar trata com o novos passos metodológicos que sejam significativos para os Denise Bopprè, tendo mesmo respeito todas as manifestações culturais reli- alunos e que os instiguem ao processo de aprendizado. a música como sua pringiosas que existem no contexto da vivência do povo OT: Muitos professores de ER fazem contato com o Jornal O TRANSbrasileiro. Por outro lado, as dificuldades são imen- CENDENTE em busca de orientações de como fazer do ER uma discipal ferramenta na arte sas, pois a preparação dos professores exige, além de ciplina que efetivamente atraia os alunos, uma vez que, em muitos de educar, a partir de sua postura flexível e aberta, muito conhecimento sobre casos, segundo seus relatos, os alunos não se sentem atraídos por experiência adquirida deno fenômeno religioso. É preciso investimento na estas aulas. Qual sua orientação para estes professores? tro de hospitais infantis e com formação dos professores e Profa Emerli: Bem, para sabemos que esta é uma das crianças em situação de vulneraatrair é preciso tocar o indivígrandes dificuldades nos bilidade, idealizou o CD “Educação duo naquilo que lhe é mais bastidores das políticas volinterior, em linguagem me2000”, que o jornal O TRANSCENtadas à educação. tafórica, sua alma. Gosto de DENTE tem orgulho em apresenOT: Apesar das propostas trabalhar com a arte, que, ao tá-lo a todos os professores. definidas da LDB, percemesmo tempo revela, diz coisas, be-se, ainda, uma consO CD “Educação 2000” é comove. Quando trabalhamos com tante dúvida no pensar e “alma”, ao mesmo tempo em que esum instrumento psicopeno agir pedagógico do ER. tudamos algo, desvelamos nossa própria dagógico, que desperta Como se pode ampliar esta interioridade. Neste sentido, conhecer o na criança o interesdiscussão, visto que a edumundo é conhecer a si próprio, e isto é semcação, de um modo geral, é se pelas aulas de Geopre muito estimulante! construída e reconstruída OT: Quais são os resultados da rica grafia, de Matemática e constantemente em suas experiência que vocês estão fazendo de História. Outrossim, rediversas dimensões? no Estado do Paraná e quais conflete sobre problemas sócioselhos podem ser compartilhaProfa Emerli: Profesemocionais como: prevenção da dos com os demais estados do sores em dúvida são proBrasil? AIDS, adoção, inclusão e desigualfessores que refletem e busa Prof Emerli: A resposcam novos caminhos, o que dade social. ta é curta e simples: muita gente é fundamental para que o O CD apresenta, por exemplo, pensando junto, várias instâncias pensar e o agir pedagógico a tabuada (em samba), os Estaunidas. No processo de construção desta disciplina possa alicerdos e Capitais do Brasil (em desta disciplina, é preciso unir pessoas, çar-se em bases coerentes e que tragam benefícios não só aos alunos, mas a toda estudiosos, interessados em construir a reflexão e, então, colocar-se reggae). Certamente, com sociedade brasileira. Alguns princípios não podem disponível para ouvir o diferente, para o diálogo. o CD “Educação 2000”, ser perdidos de vista neste percurso, são eles: OT: Professora Emerli, para complementar nossa conversa respondaas aulas terão um brilho • compreender o processo educativo levando em nos: No seu entender, como deve ser o pensar e o agir do professor de ainda maior. ER no Brasil? conta o aluno em sua inteireza; • trabalhar o fenômeno religioso de maneira a tra- Profa Emerli: Precisamos do professor corajoso para tar todas as religiões e movimentos místico-filo- aceitar erros e acertos como fundamentais no seu proa Profa Emerli nos concedeu excelencesso de ser professor e no processo do aluno aprender. sóficos com o mesmo respeito e profundidade; Precisamos do professor que coloque sua própria sensites orientações para a prática do ER. Veja • um planejamento de conteúdo precisa contemplar bilidade e sabedoria naquilo que faz. Existem caracterís- esta entrevista na íntegra no a variedade de matrizes, a saber, a indígena, a afro- ticas importantes para a disciplina, mas se pensarmos e site: brasileira, a ocidental e a oriental; nos focarmos somente nelas, nós estaremos a “matar” o www.otranscendente.com.br. • o ER é para todos, religiosos e não religiosos, e não pre- professor naquilo que ele mesmo é, único, e é dele assim tende conduzir ninguém para esta ou aquela religião; que precisamos.
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lá amigos, tudo bem com vocês! Desta vez estou com o meu amigo Krishna. Ele vai nos contar a história de sua vida e, dessa forma, poderemos conhecer um pouco mais do hinduísmo. Namasté! Esta é a minha saudação a todos os amigos do jornal O TRANSCENDENTE! Essa saudação significa, literalmente, “Curvo-me perante ti”, mas hoje muitos traduzem assim: “O Deus que há em mim saúda o Deus que há em ti”! Se vocês aceitarem, gostaria de contar para vocês a minha vida. Para começar, o meu nome é em homenagem ao oitavo avatar, isto é, à oitava encarnação de Vishnu, o deus Preservador do universo.
UNIVERSO RELIGIOSO
Com muita dedicação observei também a castidade. Durante o dia, vários momentos eram consagrados à memorização de trechos védicos, que depois devia recitar ao meu mestre. Terminados os estudos, tomei o banho ritual final, paguei os honorários a meu mestre e voltei à casa de meus pais. Já estava pronto para casar. Só me faltava encontrar a mulher da minha vida! Para um hindu, o casamento é muito importante, pois, a partir de sua celebração, o hindu passa a ter em casa o próprio fogo sagrado, passa a ser o “chefe da casa” e pode constituir família, descendência.
Os cinco grandes sacrifícios Para um chefe de família brâmane, diariamente há cinco grandes sacrifícios a realizar: O sacrifício aos Bhuta, aos homens, aos ancestrais, aos deuses e a Brahma.
VIDA AUSTERA
Sou um Brâmane Eu sou um brâmane, pois nasci brâmane, a principal casta hindu, uma casta privilegiada. Contudo, eu não sou a favor das castas, porque elas discriminam as pessoas. Dou um exemplo: os “párias”, os “abandonados da sociedade”, nem têm direito à água limpa para beber e à educação. No sistema de castas, a pessoa nasce e morre na mesma casta. São proibidos os casamentos entre noivos de castas diferentes. Embora o governo combata este sistema, ele está ainda muito presente na Índia.
Vida de estudante hindu Quando tinha 8 anos, fui admitido a tornar-me um “brahmacarin”, ou seja, um estudante. Junto a meu mestre Adatyi, um famoso “guru”, cujo nome significa sol, dediquei-me ao estudo dos textos védicos (livros sagrados) e, até os 15 anos, vivi como um verdadeiro asceta. Logo ao amanhecer, eu servia o meu mestre e mantinha aceso o fogo sagrado. Eu precisava também me submeter a uma exigente prática de purificação ritual. Vestido com uma pele de antílope, que recebi na cerimônia de iniciação, mendigava o meu alimento.
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obrigações rituais e familiares. Com a aprovação de minha esposa, passei ao terceiro estágio de vida (entregar-se de vez ao serviço devocional). Esse precioso momento da vida do hindu normalmente acontece por volta dos 45 a 50 anos de idade. Após a cerimônia da inalação dos três fogos, retirei-me na floresta, deixando minha esposa em casa para cuidar dos pais dela e de nossos filhos. Alguns hindus levam consigo a esposa, mas, a partir de então, tratam-na como irmã, não mais como esposa. Ali, na floresta, a vida eremítica, ou samnyâsin, é solitária. A prática de sacrifícios austeros e a renúncia completa de tudo o que até então possuía, me fez crescer espiritualmente. Abandonei assim meu status, minha residência fixa, tudo!
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Para realizar estes sacrifícios é necessário: Todo dia oferecer um “bali” (uma oferenda jogada ao sol ou ao ar) aos “Bhuta”, espíritos inferiores e potencialmente perigosos. É assim que se libera do sacrifício aos “Bhuta”.
• Cada dia deve-se dar ao menos um copo de água aos viajantes. É assim que se realiza o sacrifício aos homens.
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Cada dia deve-se pronunciar “svadha” (obrigado), oferecendo ao menos um copo de água para ser absolvido dos sacrifícios aos ancestrais.
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Cada dia deve-se pronunciar “svadha”, oferecendo ao menos um pedaço de madeira no fogo aos deuses.
Neste estágio da vida, há uma dieta a ser seguida que não pode ser modificada ou abandonada. Passei a alimentar-me de raízes, frutas e de um pouco de arroz. E para beber, apenas leite! Às vezes, quando não tinha o que comer, ia para a aldeia pedir comida, mas deveria comê-la na floresta. Os alimentos não podem ser totalmente cozidos e, uma vez por ano, era permitida a troca das roupas velhas por outras novas. Como exercícios de austeridade, mantinha-me na chuva e, no inverno, usava roupas molhadas. Banhava-me três vezes por dia. Os vários relatos das escrituras védicas deviam ser estudados, seus significados compreendidos e experimentados. Hoje, já velhinho e doente, eu estou liberado de minhas obrigações. Eu estou muito feliz com a minha vida e caminho pelo mundo enquanto aguardo chegar a minha hora.
• E, por fim, o sacrifício a Brahma: a recitação particular do Veda.
O Vanaprastha Com o passar dos anos, os meus filhos começaram a chegar, os vi crescer e depois vieram os netos. Vendo que a minha vida e a vida de meus filhos estava encaminhada e, após ter vivido a tristeza, a felicidade e tendo aprendido o significado de tudo isso, me senti livre de minhas
O guru é um personagem importantíssimo da religiosidade hindu. Pesquise em enciclopédias, livros ou mesmo na internet e responda as seguintes questões: 1. O que significa a palavra “guru”? 2. Quem são os gurus e qual a função deles na
religiosidade hindu?
3. Depois de realizar a pesquisa e de responder
as questões, escreva o que mais lhe chamou a atenção a respeito desse personagem.
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ESPIRITUALIDADES
Chamado pelos hindus de Sanatana Dharma “Verdade Eterna”, o hinduísmo é, dentre as chamadas grandes religiões, a mais antiga, pois a sua origem remonta a mais de 4.000 anos. Não tendo fundador, o hinduísmo é fruto de uma evolução gradual e da busca pessoal de muitos sábios e mestres da Índia antiga. Os hindus crêem especialmente nas divindades que compõe a Trimurti, a trindade védica: Brahma, do qual se originam todas as coisas; Vishnu, o Preservador do mundo e; Shiva, o Destruidor.
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O Bhagavad Gita, importante livro sagrado do hinduísmo, afirma o seguinte sobre o Brahma: “Eu sou o sabor da água, o esplendor do sol e da lua, eu sou o som do espaço. Eu sou a força da humanidade. Eu sou o doce perfume da terra. Eu sou o brilho do fogo. Eu sou a vida de todos os seres”. A aspiração máxima de um hindu é sair do ciclo de renascimento e morte (reencarnação) e unir-se a seu Deus para toda a eternidade. A meditação, a contemplação da verdade interior, o amor a todas as criaturas e a generosidade são as características mais fortes da espiritualidade hindu.
Os livros sagrados A literatura hindu foi elaborada e transmitida oralmente, de geração em geração, no decorrer dos séculos, por religiosos e mestres espirituais, até que um sábio chamado Sri Krishna a coletou e a transcreveu, formando assim o Livro dos Vedas, o texto sagrado mais antigo da Índia. Dividido em quatro partes, o livro contém orações, hinos, interpretações filosóficas e espirituais, ritos e celebrações.
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Os Upanishads, palavra que significa “sentar-se aos pés do mestre e ouvir suas exposições”, são textos altamente filosóficos que abordam conceitos como o do nascimento, sofrimento, morte, renascimento (reencarnação), bem como os meios para se libertar dessa existência cíclica. O Purana trata de epopéias mitológicas, de histórias e de parábolas. É essencialmente um livro devocional e muito popular na Índia. O Ramayana conta a história do rei Rama, uma das encarnações de Vishnu. Este livro retrata um modelo ideal de vida hindu. O Bhagavad Gita, conhecido como “A Canção Celestial” ou “Canção de Deus”, trata de um diálogo entre Krishna, uma encarnação divina, e o
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príncipe Arjuna. A partir deste diálogo surgem inúmeros ensinamentos espirituais. Esses diálogos estão entre os maiores tesouros do hinduísmo, pois contém os ensinamentos essenciais dos Vedas.
O sistema de castas
Inicialmente eram quatro castas, no entanto, elas se subdividiram e agora são aproximadamente 3.000. As castas têm sua origem na representação do corpo de Brahma pela sociedade hindu. A cabeça pelos Brâmanes, sacerdotes, filósofos, enfim, dos que estão ligados ao conhecimento. A casta dos Xátrias, representada pelos militares e governantes, está relacionada aos braços de Brahma. A casta dos Vaixias, o estômago de Brahma, é composta por comerciantes e agricultores. Por último, os Sudras, os pés de Brahma, são os empregados, camponeses e servos. Cada casta possui suas regras, seus costumes, tradições, regras alimentares e até mesmo as profissões são definidas a partir dela. Por exemplo, há a casta dos Párias ou “os intocáveis”, obrigados a realizar os trabalhos abominados pela sociedade como a limpeza das ruas e a remoção de pessoas e de animais mortos. A essas pessoas Ghandi chamou de “Filhos de Deus” e lutou contra a discriminação dessas pessoas. Embora o sistema de castas seja abolido pelo Governo, ela ainda é visível especialmente nas comunidades interioranas.
O Puja Cada família possui um santuário doméstico onde são encontradas representações de várias divindades, segundo as devoções da própria família. O Puja (oferta) é a base de culto da maioria das famílias hindus. Trata-se de um culto cotidiano que consiste na oferta de flores, frutos, arroz, leite e água aos deuses. Em ocasiões especiais, utilizam-se roupas próprias e a cerimônia é prolongada.
As peregrinações Os lugares considerados sagrados pelos hindus são muitos e os motivos para a realização de uma peregrinação são vários: cumprir um voto, pedir à divindade algum benefício, agradecer pela conversão ou pedir para melhorar a própria condição da casta. Durante a peregrinação, que pode durar vários dias, evita-se a prática sexual e, ao chegar ao lugar santo,
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os peregrinos realizam abluções rituais e ajudam os mendicantes.
A festa das luzes
No outono, na Índia, celebra-se a Divali, a festa das luzes em honra a deusa Lakshmi, esposa de Vishnu. Ela está entre as grandes e belas festas do hinduísmo. Na celebração desta festa, além de iluminar os ambientes e os templos sagrados com lamparinas, soltam-se fogos de artifício para indicar que o bem vence o mal, recordando a vitória de Rama sobre o malvado Ravana.
O rio Ganges
Na Índia, todos os rios são venerados, pois, segundo a crença hindu, são fontes de vida e de força. Por atravessar toda a Índia, o Ganges é o mais sagrado. Por isso, todo hindu deseja, ao menos uma vez na vida, ir à cidade sagrada de Varanasi para banharse no rio Ganges. Muitos desejam morrer ali mesmo, pois acreditam que ali a “estrada” em direção à divindade é mais fácil. Neste local são realizados rituais de purificação ou para a libertação do Karma.
Veneração à vaca
Todos os animais são tratados bem pelos hindus, particularmente a vaca, pois Krishna foi pastor. As vacas, de fato, são importantes pelos serviços que prestam às pessoas. Elas fornecem alimentos como o leite e seus derivados. Tudo o que vem da vaca é sagrado. Jamais um hindu matará uma vaca, tampouco comerá sua carne. Há uma cerimônia especial em que alguns sacerdotes lêem os textos em sânscrito, a língua sagrada hindu, e acendem uma lamparina com óleo. Em seguida, um sacerdote unge a vaca com um pó deixando-a toda vermelha. Na seqüência, as pessoas a tocam e, com as mãos tingidas por essa coloração, tocam a sua própria fronte.
Gandhi e Tagore Dois nomes, para nós ocidentais, vêm mais à mente quando falamos de personagens importantes da Índia. Amigos íntimos, o primeiro foi um grande líder na luta pela independência através da “não-violência”, enquanto que Tagore é um renomado poeta. Para conhecer mais sobre a vida deles, suas obras e responder as questões a seguir, acesse o site: www.otranscendente.com.br.
1. Quais foram as ações de Gandhi para combater o domínio inglês e que o fizeram ser um líder pacífico?
2. Quais são as principais obras literárias de Tagore? Qual delas o levou a receber o Prêmio Nobel de Literatura? Esta obra foi feita em homenagem a quem?
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A
presentamos aqui dois ritos, nos quais se celebram os momentos mais importantes do hinduísmo: o casamento e a morte. Devido à riqueza de detalhes, não é possível apresentar na íntegra essas celebrações, mas, ao menos, termos uma idéia da grande riqueza cultural e religiosa que há na Índia. As cerimônias de casamento e os ritos funerários são numerosos e variados, pois são realizados segundo as diferentes escolas védicas e o sistema de castas.
RITOS E VIDA
fiel. Casemo-nos aqui, façamos uma descendência, tenhamos muitos filhos juntos e que eles alcancem a velhice!”. • No terceiro momento acontece obrigatoriamente o “rapto” da noiva da casa de seus pais e, em procissão, é conduzida à casa do jovem esposo. À noite, como também nas duas noites seguintes, o casal deve manter a castidade, não dormir
RITO MATRIMONIAL No ritual doméstico, o casamento constitui-se de três momentos principais: • No primeiro momento, o jovem vai à casa da moça e pede aos pais a honra de casar com a filha deles. Após o consentimento acordado, a moça coloca-se atrás do rapaz e, pondo a mão no seu ombro, pronuncia três grandes exclamações litúrgicas: Bhur! Bhuvas! Svar! O casamento está concretizado. Dando seqüência à celebração, se oferece um sacrifício para obtenção de boa sorte: o pai ou o irmão da noiva aponta uma espada sobre a testa dela e deposita, com uma colher sacrifical, uma oblação sobre a noiva, que fica sentada em direção ao oriente. Em seguida, quem faz a oblação gira a cabeça da noiva em direção ao ocidente. A cerimônia é encerrada recitando as palavras: “Reina sobre teu sogro, sobre tua sogra, sobre tua cunhada e sobre todos os teus cunhados!”. • No segundo momento, o noivo segura com sua mão direita a mão direita de sua noiva e recita o refrão: “Eu pego tua mão para a felicidade e para que, comigo teu esposo, tu envelheças! Bhaga, Savitar, Aryaman, a bonança te dá a mim para que tu tenhas a casa”. Desta maneira realiza-se o casamento propriamente dito, pois “casamento”, em sânscrito “panigrahana”, significa “pegar a mão”. Eles permanecem assim, mãos juntas, palmas em alto. Ele olhando a oeste, ela, sentada, virada a leste. O noivo recita a seguinte fórmula: “O que tu és, eu o sou e o que eu sou tu o és! Eu sou o céu e tu és a terra! Eu sou a poesia e tu és a melodia! Eu serei sempre
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juntos, alimentar-se apenas de arroz e de leite coalhado e, por dois dias, o casal não poderá sair de casa. No quarto dia, após o esposo ter ofertado em oblação um alimento cozido numa tigela de argila, usado em ritos familiares, o casamento é consumado. Para a realização da cerimônia de casamento não é necessário sacerdote. É o próprio casal de noivos que oficializa o matrimônio. Às vezes, caso os noivos não forem capazes de pronunciar corretamente as fórmulas védicas, são ajudados por um celebrante, que recebe por seus serviços.
A família do falecido segue em procissão, os mais velhos vão à frente e atrás os mais novos. Assim que chegam ao lugar onde será cremado o corpo, utiliza-se um ramalhete para aspergir o defunto enquanto recita-se a oração: “Descanse, parta, vai daqui! Os espíritos prepararam um lugar para você, Yama lhe preparou uma residência para repousar, proteja os dias, as águas e as noites!”. Sobre a pira usada para a cremação, colocam-se as ervas e o couro de uma vaca ou de uma cabra. Em seguida, deposita-se o defunto de maneira que a cabeça fique direcionada ao sul. À direita da pira, amarra-se o animal que acompanhou a procissão. Então a viúva é convidada a deitar-se ao lado do defunto sobre a pira. O irmão do defunto, ou outro ancião, convida a esposa a levantar-se. Coloca-se em cada mão do defunto uma colher. Ao lado direito, uma espada de madeira e ao lado esquerdo, uma tocha. Sobre o peito, uma concha e recipientes sobre a cabeça. Sobre os dentes, cinco pedras e, no nariz, duas colheres pequenas. Nas orelhas, pires. Sobre a barriga, coloca-se uma vasilha. Sobre as genitálias, coloca-se uma tampa de madeira. Sobre as pernas, dois pedaços de madeira, que servirão para acender o fogo. Nos utensílios que possuem cavidade colocar-se-á manteiga. Assim que o corpo for consumido, dá-se uma volta (da direita à esquerda) ao redor do lugar da cremação e, afastando-se dali, dirigem-se a um reservatório de água. Ali, chora-se por uma única vez e, apanhando a água com as mãos, enquanto esta escorre, diz-se o nome do falecido. Os filhos conservarão os objetos que restarem da cremação. Em silêncio, as cinzas são depositadas numa urna, que é enterrada num lugar que não tenha contato com algum rio. Alguns ritos prescrevem que as cinzas sejam jogadas no rio Ganges. Onze dias após a morte um ancião retorna ao local da cremação, asperge o lugar com água e a vida volta ao normal. As crianças que morrem sem ter realizado a iniciação brâmane (upanayana) não são cremadas, mas enterradas.
RITO FUNERÁRIO O homem nasce três vezes. A primeira vez ele nasce de seu pai e de sua mãe. Após casar, o “perder” torna-se recompensa ao renunciar às coisas que possui. Assim, o homem nasce pela segunda vez. Quando morre e é depositado sobre a pira, ele renasce no céu. Dessa forma, ele nasce pela terceira vez. (Satapatha brahmana 11.2.1.1). Assim que um homem morre, deve-se escolher um lugar de terra inclinada em direção ao Sul ou a Leste. Este espaço deve ter o comprimento de um homem com os braços levantados e a largura de aproximadamente 2 metros. Cortam-se todos os pêlos e unhas do defunto. Para o sacrifício preparam-se ervas, leite coalhado e manteiga, que serão utilizados para as oblações. No pé esquerdo do defunto é amarrada uma vaca ou uma cabra de uma só cor, preferencialmente preta.
A riqueza cultural e religiosa do hinduísmo é imensa. Podemos dizer que o hindu “transpira” sua religiosidade por toda a sua vida. Olhando o diagrama ao lado, a partir da letra “M”, descubra qual é a palavra que completa a seguinte frase: Do nascer ao pôr-dosol, o hindu vive sua... Escreva aqui.
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ATUALIDADES
O
problema está sendo objeto de discussão em vários encontros de líderes dos cinco continentes e de entidades humanitárias. Diante disso, é educativo discutir este assunto também em sala de aula, conhecer as problemáticas e apontar soluções.
Mas, o que é a fome?
A fome se caracteriza pela escassez ou falta de alimentos em uma determinada região, comprometendo gravemente a subsistência das pessoas. As conseqüências imediatas da fome são:
cas, pois, e isso é curioso, a fome no mundo não se dá pela produção insuficiente de alimentos, nem pelo grande número da população, nem pelo fato de existirem terras incultiváveis, nem tão pouco pelo falta de terra para o plantio. Quais seriam então as causas?
O plantio da cana-de-açúcar? Dentre as discussões atuais, sobre a crise de alimentos no mundo, está a questão das plantações de
Mas isto não é verdade. O governo brasileiro vem defendendo o etanol à base de cana-de-açúcar e rejeitando críticas de que essa produção traria riscos ambientais à Amazônia e contribuiria para a atual crise de alimentos no mundo. Na realidade, a área territorial para o plantio da cana-de-açúcar, no Brasil, é pouca se comparada com outras culturas alimentares. Dos sete milhões de hectares de cana plantados no país, a metade vai para a produção de açúcar e a outra metade para o etanol, conforme afirma a Organização Ambientalista WWF - Brasil.
As pesquisas revelam: • A cada ano, a produção mundial de alimentos tem
• perda de peso nos adultos; • aparecimento de problemas no desenvol-
aumentado. • A terra tem recursos suficientes para alimentar a humanidade inteira. Estudos dizem que a terra suportaria bem até 7,5 bilhões de pessoas. Atualmente, o planeta soma 6,4 bilhões de habitantes.
vimento das crianças.
A fome pode se apresentar sob duas formas: • A fome epidêmica, que ocorre em épocas de escassez de alimentos causada por guerras, pragas de insetos e enfermidades das plantas ou por questões ambientais como: enchentes, secas, geadas, terremotos. • A fome endêmica, que é oculta e, portanto, mais nociva. Acontece de modo sistemático, todos os dias, em várias partes do mundo e, mesmo diante dos nossos olhos, infelizmente, nem sempre nos damos conta da sua presença.
•
Há países muito populosos, como o Japão, onde todos os habitantes têm, todo dia, uma quantidade mais do que suficiente de alimentos, enquanto em países pouco habitados, como a Bolívia, os pobres padecem de fome. • Há terras suficientes para serem cultivadas, porém, muitas são cultivadas apenas para os países ricos.
Outras estatísticas:
• Há 800 milhões de pessoas desnutridas no mundo. • 11 mil crianças morrem de fome a cada dia.
A fome no mundo: 1945: foi criada a FAO - Organização das Nações Unidas para a Agricultura que, até hoje, lidera esforços e iniciativas internacionais para a erradicação da fome. A FAO tem sede em Roma e conta, atualmente, com 189 países membros, mais a comunidade européia composta por 27 países. Nela, países desenvolvidos e em desenvolvimento se reúnem para negociar acordos e debater políti-
• cana-de-açúcar e de milho para a fabricação de biocombustíveis. Alguns países dizem que esta é uma das razões da falta de alimento no mundo, como também um dos agravantes da questão ambiental. Há quem acuse o Brasil disso.
• Um terço das crianças dos países em desenvolvimento apresenta atraso no crescimento físico e intelectual. 1,3 bilhão de pessoas no mundo não dispõe de água potável.
• 40% das mulheres dos países pobres são anêmicas e encontram-se abaixo do peso ideal.
• Uma em cada sete pessoas morre de fome no mundo.
A Fome no Brasil: 1946: o médico brasileiro Josué de Castro, em seu livro “Geografia da Fome”, alertou sobre esta realidade em nosso país. Esta obra foi pioneira na informação sobre a situação alimentar e nutricional do Brasil, revelando a verdadeira face desta carência socialmente construída. 1993: o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, lançou, de forma criativa e inovadora, um dos projetos sociais mais importantes do Brasil: o movimento Ação da Cidadania, cujo objetivo era sensibilizar a sociedade em busca de soluções para
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as questões da fome e da miséria no Brasil, em vista de estabelecer os direitos da cidadania e da justiça para todos. 2003: lançada a campanha Fome Zero contra a fome. Seu objetivo: promover ações para garantir segurança alimentar aos brasileiros, garantindo três refeições diárias para cada brasileiro. 2008: mais de 11 milhões de famílias, das mais necessitadas, têm assegurado o direito a uma alimentação digna. Os dados revelam que, em todo o país, 94% dos meninos e meninas já comem três refeições ao dia.
Não se pode esquecer que a fome aliena e escraviza o homem. No entanto, tão importante quanto dar o alimento, é oferecer ao cidadão condições de trabalho digno para que ele seja o provedor de seu próprio sustento e o de sua família. Deste modo, ao elevar a auto-estima de um povo, promove-se a justiça social e a dignidade humana. Veja as atividades que complementam este conteúdo no Encarte Pedagógico (pág. 2 e 3). Além disso, enriqueça mais esta aula com os textos de estudo e reflexão da Coleção Educação: • Livro: Vivendo e Aprendendo - Como mudar o Mundo - pág. 10;
• Livro: Como Educar Hoje? - Educação Alimentar - págs. 43 a 46.
Acesse o site:
www.otranscendente.com.br
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NOSSO COMPROMISSO
O Enigma Como seres racionais que somos, temos a capacidade de ponderar sobre nossos atos e de perceber a realidade à nossa volta. É isso que nos diferencia
dos outros animais. Mas vamos tentar discorrer algumas linhas a respeito da vocação do ser humano. Afinal, a que estamos neste mundo? Nossa existência terrena é algo realmente efêmero ou é o início e o fim de uma existência? Há alguém ou alguma coisa que espera algo a mais de nós? O que fazer com nossos instintos mais primitivos: reprimi-los ou dar vazão a eles? São perguntas que perturbam e, para as quais, não temos racionalmente uma resposta definitiva.
Olhando para seu neto e colocando-o ao colo com afeto e apreço, lhe disse: - Eu mesmo, algumas vezes, senti grande ódio por aqueles que “aprontaram” comigo, sem qualquer arrependimento por aquilo que fizeram. Todavia, o ódio corrói você, mas não fere seu inimigo. É o mesmo que tomar veneno, desejando que seu inimigo morra. Lutei muitas vezes contra estes sentimentos. E continuou: - É como se existissem dois lobos dentro de mim. Um deles é bom e não magoa. Ele vive em harmonia com todos ao redor dele e não se ofen-
A Liberdade
Nascemos com a incrível faculdade de sermos livres. O livre arbítrio é uma dádiva que nos possibilita criar ou repetir; optar ou refutar; admitir ou recusar. O mais importante, porém, é que podemos optar em sermos bons e praticar o bem, ou sermos maus e praticar atos que corrompem a própria dignidade ou a dos outros. Nascemos livres e, através de nossas experiências na infância, moldamos nosso caráter e passamos a agir em nossa vida juvenil e adulta. É certo, porém, que a necessidade ou a oportunidade pode, eventualmente, forçar indivíduos ao roubo ou à violência. No entanto, outra vez, somos livres para optar pela honestidade e a dignidade ou pela corrupção e a degradação moral. Esta “faca de dois gumes” (a liberdade) pode nos aborrecer ou até nos enganar em nossos sentimentos, levando-nos a um dilema diante da possibilidade de pagar uma dívida ou devolver uma quantia em dinheiro que encontramos, por exemplo. Nem sempre a decisão é fácil. É preciso maturidade e serenidade para optar pelo correto e verdadeiro.
O dilema Uma história, extraída do livro “Histórias que ensinam”, da nossa Coleção Educação (pág. 53), pode nos ajudar nesta reflexão. Um menino que estava com raiva de seu colega, porque este lhe tinha feito uma injustiça, foi procurar seu avô.
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O Sentimento Maior Existe algo, um sentimento que sublima toda e qualquer ação humana. É como muito bem diz Renato Russo, em uma de suas belas canções: “Ainda que eu falasse a língua dos homens e falasse a língua do anjos sem amor, eu nada seria... É só o amor, (...) que conhece o que é verdade. O amor é bom, não quer o mal, não sente inveja, ou se envaidece...”. Mas a pergunta que não cala é a seguinte: se este sentimento, e mais do que isto, se esta proposta é tão difundida entre a humanidade, por que existe tanta violência, roubos e todo tipo de maldade? Simples! Poucas pessoas optam por se orientarem por este sentimento. Amor é algo simples de se falar, empolgante ao debater, mas difícil no praticar. Quem ama deseja o melhor à pessoa ou “coisa” amada, dedicando-lhe atenção como se fosse parte de sua família ou até parte de si.
A prática
de quando não se teve intenção de ofender. Ele só luta quando for certo fazer isto, e da maneira correta. Mas, o outro lobo, ah! este é cheio de raiva. Mesmo as pequeninas coisas o lançam num ataque de ira! Ele briga com todos o tempo todo sem qualquer motivo. Ele nem pode pensar porque sua raiva e seu ódio são muito grandes. Uma raiva inútil, pois sua raiva não irá mudar coisa alguma! Algumas vezes é difícil conviver com estes dois lobos dentro de mim, pois ambos tentam dominar meu espírito. O garoto olhou intensamente nos olhos de seu avô e perguntou: - Qual deles vence, vovô? O avô sorriu e respondeu baixinho: - Aquele que eu alimento mais freqüentemente.
No cotidiano, nem sempre é fácil dedicar amor a quem está sempre ao nosso lado. Mais fácil é amar a quem encontramos esporadicamente, a quem não vemos seus defeitos, suas fraquezas e seus hábitos. É mais fácil “amar” quem exige pouco de nós, quem nos agrada, porém, qualquer malfeitor faz isto, mesmo um político corrupto ou um traficante protegem e beneficiam seus amigos e parentes. O que se precisa é criar uma sociedade que se oriente pelo bem comum, que veja em cada pessoa um amigo e não um rival. Que faça a cada pessoa o que espera ela para si. Tenho plena convicção de que a vocação do ser humano é a de transcender seu instinto e fazer de sua existência um ato de crescimento pessoal e de toda a humanidade, através da colaboração, participação, serviço e, sobretudo, pela escuta.
Dê mais valor a esta aula com o texto do livro da Coleção Educação: “Como educar hoje”: Educar para a Responsabilidade – páginas 28 a 30.
Encontre no diagrama abaixo a palavra que tem uma relação direta com a “responsabilidade” e converse com seus colegas a respeito. Você concorda que ambas se relacionam? Por quê?
Este dilema é constante, e é correto afirmar que somos quem nos esforçamos a ser. Ser bondoso pode ser difícil, porém é muito mais gratificante. É confortante conviver com a certeza de que aquilo que fazemos é para a nossa satisfação e daqueles que nos são caros, como também daqueles pelos quais não temos grande apreço. É melhor sermos reconhecidos pela nossa bondade e dedicação, do que pelas peripécias maquiavélicas, em função de prestígio e poder.
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DINAMIZANDO
alunos a fazerem a experiência da espiritualidade. • Faça alguns questionamentos aos alunos referentes à vida pessoal. Você acredita e confia no poder de um Ser Superior em sua vida? Você considera este Ser Superior como um amigo, um pai, uma energia ou uma força espiritual? Quantas vezes ao dia ou na semana você se lembra de se relacionar com o Transcendente? De que maneira? (Cada aluno (a) poderá expor o nome do Deus da sua fé).
Olá, Educador (a)! Desde o início do ano estamos motivando você para elaborar com seus alunos um Projeto de Vida para 2008. Recebemos muitas manifestações de educadores que estão aplicando o projeto com muito sucesso e obtendo resultados positivos junto aos seus educandos. Esperamos também pelo seu contato. Vamos seguir em frente! Neste 3º bimestre trabalhe a DIMENSÃO ESPIRITUAL dos educandos. • Crie um ambiente especial na sala de aula com cadeiras em círculo, som ambiente e um cenário, no centro da sala, que leve os
Personagens: Seis alunos representarão os seis exemplos de Espiritualidade (cartazes). Ambiente: Cadeiras em círculo, som ambiente, decoração ao centro da sala com flores, vela acesa, um ou mais livros sagrados, jarra com água e recipiente com um pouco de terra. Podem ainda ser colocados outros objetos. Como Preparar: O (A) Professor (a) fará seis pequenos cartazes com os seguintes títulos: • Espiritualidade de um pai e de uma mãe de família; • Espiritualidade de um médico; • Espiritualidade de um motorista de ônibus; • Espiritualidade de um professor; • Espiritualidade de um aluno. Depois de distribuídos os cartazes para os alunos que irão apresentá-los, o (a) professor (a) orientará para a modalidade da apresentação e dará início à sessão fazendo uma referência sobre os elementos que adornam o cenário: a vela representa a luz, símbolo de várias religiões. A água e a terra representam a vida. As flores simbolizam os dons da terra. Os livros sagrados significam a ligação da pessoa humana com a religiosidade. Tudo pode ser visto com olhar e sentimento voltados para o transcendente, com objetivo de perceber a espiritualidade. Na medida em que cada aluno for apresentando o seu cartaz, as narrativas correspondentes vão acontecendo. Os próprios protagonistas podem ser convidados (um pai, uma mãe...), ou cinco alunos e mais o professor, previamente preparados, personificarão as diferentes tarefas, fazendo a narrativa que segue:
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• Convide os alunos para exporem seus senti-
mentos. • Uma boa dica: realize com eles o teatro proposto abaixo. Dá excelente resultado!
Ao iniciar, o (a) professor (a) explicará: Espiritualidade: É o modo de vivermos a nossa fé e os bons princípios que vêm do transcendente. A espiritualidade está relacionada às formas de cuidado que temos para conosco e o modo como nós nos construímos a cada momento. A vivência das virtudes, nossos gestos e nossas atitudes e a maneira como nos relacionamos com o sagrado também expressam a nossa espiritualidade.
Espiritualidade de um pai e de uma mãe de família: Somos pais de três filhos. Nós os abençoamos todos os dias antes de saírem de casa e antes de dormirem. Cultivamos um grande amor por eles e procuramos sempre orientá-los a manter a fé. Eles sabem que precisam ser honestos e respeitar o próximo para crescerem na vida. Contamos com a proteção de Deus para cuidar dos nossos filhos.
Espiritualidade de um (a) médico (a): Sou médico e fiz um juramento de sempre cuidar com responsabilidade de todos os meus pacientes. Olho cada pessoa com muito amor e respeito. Faço o melhor por todos, pois sei que quem está doente cultiva a esperança da cura. Vivo minha espiritualidade fazendo ao outro aquilo que gostaria que fizessem comigo.
Espiritualidade de um(a) professor(a): Também saio muito cedo de casa para dar aulas. Quando me encontro com meus alunos é uma festa.
Vejo cada criança como se fosse um filho meu. Ao iniciarmos a aula elevamos uma prece de louvor ao transcendente pelas nossas vidas. Acolho todas as crianças de maneira igual, respeitando suas diferenças elevando-as em seus talentos pessoais.
Espiritualidade de um motorista de ônibus: Saio muito cedo de casa para trabalhar. Em meu ônibus transporto muitas pessoas que confiam em mim. O transcendente me acompanha para que eu possa conduzir o ônibus. Tenho muito respeito por todos os passageiros, sobretudo pelas crianças e pelos idosos. Vocês já repararam que no espelho retrovisor da maioria dos transportes públicos há sempre vários símbolos religiosos? Nós, motoristas, vivemos fortemente nossa espiritualidade.
Espiritualidade de um (a) aluno (a): Eu e meus colegas vamos às aulas com muita vontade de aprender. Às vezes, em tempo de provas, ficamos meio cansados, mas, mesmo assim, sabemos o quanto precisamos estudar para vencermos na vida. Sabemos que sem uma espiritualidade a pessoa se torna fria, egoísta e perde o sentido de coletividade. Diante disso, a espiritualidade do estudante consiste em cultivar a fé e se desenvolver no sentido do amor e da solidariedade.
Educador (a): Aproveite este momento para falar da importância da Espiritualidade na vida de cada pessoa. Caso um (a) aluno (a) não tenha fé ou desconheça o sentido da Espiritualidade, conceda-lhe uma atenção especial a fim de orientá-lo (a) para a compreensão deste valor tão necessário para uma vida harmonizada, cheia de sentido e plenitude.
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SABEDORIA E VIDA
U
m homem observou o menino sozinho na sala de espera do aeroporto aguardando seu vôo. O embarque começou. O menino foi colocado na frente da fila para entrar e encontrar seu assento antes dos adultos. Quando o homem entrou no avião, viu que o menino estava sentado ao lado de sua poltrona. O menino foi cortês quando o homem puxou conversa com ele e, em seguida, come-
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çou a passar o tempo colorindo um livro. Ele não demonstrava ansiedade ou preocupação com o vôo enquanto as preparações para a decolagem estavam sendo feitas. Durante o vôo, o avião entrou numa tempestade muito forte, o que fez com que ele balançasse como uma pena ao vento. A turbulência e as sacudidas bruscas assustaram alguns dos passageiros, mas o menino parecia encarar tudo com a maior naturalidade. Uma das passageiras, sentada do outro lado do corredor, ficou preocupada com aquilo tudo, e perguntou ao menino: - Você não está com medo? - Não, senhora! Não tenho medo! Respondeu. Levantando os olhos rapidamente de seu livro de colorir. -Meu pai é o piloto!
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12 AGOSTO / SETEMBRO - 2008
Ó meu Deus! T u és a luz da vida. R amo que brota no chão. A njo que vela o sono. N os segura pela mão. S ublime é o teu amor. C onvidando para o perdão. E sperança e talento. N o abraço com irmão. D eus é força e poder. E spírito consolador. N ovo céu e nova terra. T esouro abrasador. É s Transcendente. Jordana Rex Braun - 6ª série
SABEDORIA E VIDA
Ter Deus na vida... Ter Deus em nossa vida É ter paz no coração É a verdade mais sincera É fazer uma oração
Por isso que sempre dizem Que todo dia tem que rezar Pedindo com muita fé Pode crer, ele vai escutar.
Ter Jesus no coração É ter fé, alegria e amor É viver de bem com a vida É aceitar tudo do jeito que for.
Não se esqueça de agradecer Os bons momentos que viveu Nada foi por acaso E Deus de nada esqueceu.
É criar idéias boas É fazer somente o bem É ajudar sempre o próximo Não importando quem.
Então se lembre sempre Nunca deixe Deus de lado Porque além de ser feio Isso é um ato errado.
De lá de cima nos guia Para um caminho melhor Perdoa nossos pecados Até o que for pior.
Luana Larissa dos Santos – 8ª I Escola Municipal Bom Jesus Itaiópolis SC Prof. Rosemari Corrêa Sozo
Ele me traz paz!
Deus é demais!
O Transcendente em minha vida É o meu guiador. Ele me ajuda quando eu peço. Está sempre no meu lado.
Com meu Transcendente eu sempre sou contente. Nunca sou diferente e sou amigo de todos, sempre! Por quê? Sou inteligente.
O Transcendente em minha vida. Ele me traz muitas alegrias. Ele me traz paz e amor. Pelo qual dou muito valor. O Transcendente é a luz que ilumina um quarto escuro. É em quem confiamos e amamos. O Transcendente é Deus. Eduardo Uebel - 8ª série
Deus é meu transcendente. Eu sou crente e paciente. Deus está comigo, sempre. Sou feliz com minha religião Por quê? Tenho Deus no coração! Sempre tento saber mais E estar com a paz. Nunca deixo ninguém para traz. Deus, para mim, é bom demais. Mateus S de Souza
“Sabedoria dos Povos: 100 histórias, contos e fábulas” é o nosso último lançamento. Os quatro volumes são de grande importância para difundir idéias e ensinamentos importantes para a formação das crianças e também para os adultos.
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