O Transcendente - No.4

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ANO II - Nº 4 MARÇO/ABRIL 2008

O Transcendente • Av. Hercílio Luz, 1079 • Florianópolis • SC • 88020-001 • Fone: (48) 3222-9572 • www.otranscendente.com.br

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a nossa carteira de identidade não pode faltar a marca do desejo de viver a unidade, pois vivemos num mundo cada vez mais global e, muitas vezes, dilacerado por rupturas, divisões e conflitos. Esta situação levou a se falar em “Confronto de civilizações”. E como não falta quem esteja soprando nas fagulhas das discórdias para transformá-las em guerras, os professores de Ensino Religioso devem estar “na linha de frente”, para aproximar e reconstruir, com os argumentos da razão e do diálogo, o tecido do entendimento e da reconciliação. É preciso acreditar na força da razão e do diálogo! Infelizmente não faltam sinais evidentes de grave falta de diálogo. Cito somente dois fatos bem recentes.

Em Roma

Após ter sido convidado pelo Magnífico Reitor para visitar e discursar na universidade “Sapienza” de Roma, o Papa Bento XVI desistiu de fazê-lo, pois cerca de 30 professores haviam feito um abaixo assinado contra essa visita. Para eles, o Papa seria contra o progresso científico. O fato chocou e revoltou a Itália e o mundo. Souad Sbai, muçulmana, declarou num artigo que lhe parecia impossível que “mesmo este Papa, que se situou no centro do diálogo entre o Islã e o Ociden-

APRESENTAÇÃO

te, e abriu um apaixonante debate sobre a relação entre fé e razão, fosse obrigado a renunciar à sua intervenção na maior universidade italiana”. “O mais incrível, continua Souad Sbai, é que o veto proveio de ‘uma daquelas universidades do Ocidente às quais nós, mulheres árabes, contemplamos como a terra prometida da livre confrontação de conhecimentos e de saberes. Isso foi para nós uma jornada de tristeza e de vergonha, pois se celebrou a afirmação de uma ideologia facciosa, privada de valores, de conteúdos, de espiritualidade e de ideais. Isso representa o amanhecer da derrota da civilidade de todo um país’”. Em resposta, na mesma semana, o Papa disse que “o diálogo é a única estrada capaz de garantir um futuro comum de solidariedade e de progresso coletivo”.

Na Malásia

O governo proibiu aos não-muçulmanos o uso de algumas palavras árabes “sagradas”. “Não permitimos que outras religiões empreguem a palavra ‘Alá’ porque isso confunde as pessoas”, declarou o vice-ministro Johari Baharum. A norma surpreendeu as comunidades de religião cristã, hindu e sikh. Isso aconteceu num país que conta com uma sociedade multiétnica e multireligiosa, moderada e pluralista.

O ano de 2008, além de ser o Ano do Planeta Terra, foi declarado o ano Europeu do Diálogo inter-cultural. Este último é um ótimo convite lançado aos europeus, nem sempre livres de preconceitos, a tomarem consciência da riqueza que, pela grande imigração, vêm adquirindo na

co-existência com diferentes culturas, tradições e valores. A terra é a nossa casa comum. Não é suficiente vivermos ao lado do outro, mas devemos perceber que estamos percorrendo um mesmo caminho como pessoas e no respeito de suas tradições.

Ao iniciarmos esta nova caminhada, a equipe de O TRANSCENDENTE quer caminhar de mãos dadas com todos vocês. Será o segundo ano de empenho comum para aprimorarmos, em todo o Brasil, o Ensino Religioso. Somos sabedores de que nem sempre o ER existe em todos os estados e escolas do Brasil. Muitos são também os professores desta área que frequentemente se queixam da falta de bons subsídios. Isso nos confirma de que um longo caminho

ainda há de ser percorrido para que esta disciplina conquiste o espaço que merece num mundo tão carente de valores. Nós continuaremos a oferecer a nossa colaboração com empenho e paixão pela educação e formação das crianças e dos adolescentes. Talvez eles ainda não recebem, dos educadores e dos próprios pais, aquela ajuda e carinho de que precisam para superar as dificuldades próprias de sua idade. Isso muito nos preocupa!

Como estão vendo, a partir desta edição estamos incluindo um ENCARTE PEDAGÓGICO que tem como objetivo ajudar os professores do ensino fundamental a melhor administrar e enriquecer os assuntos apresentados, adaptando-os às diversas idades. O Ensino Médio também é contemplado com os diversos textos para estudos, reflexões e debates. Paralelamente, outros subsídios serão oferecidos através do site: www.otranscendente.com.br. Quero agradecer o apoio dos assinantes de O

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TRANSCENDENTE e de todas as Secretarias de Educação que realizaram assinaturas coletivas para atender a todas as suas escolas. Agradeço também àquelas que adquiriram a nossa Coleção Educação para as suas bibliotecas. Isso nos anima a trabalhar ainda mais e melhor para aprimorar a nossa contribuição. Até a próxima edição. Um grande abraço.

O ser humano, desde o princípio de sua existência, sempre buscou pelo transcendente, inclusive nós, ocidentais. Nossa herança cultural, fundamentada no raciocínio lógico, nos leva a desafiar os limites entre a fé e a razão. No entanto, atualmente, influenciados cada vez mais por uma cultura consumistamaterialista, somos levados a buscar “algo diferente” para a nossa existência. Prova disso é o retorno de fiéis às suas Igrejas, surgimento de novas denominações religiosas e a participação das pessoas em manifestações de fé. Mesmo caminhando por diversos caminhos, queremos chegar ao mesmo objetivo, que é construir um mundo mais justo e fraterno. Para isso temos uma regra em comum: a vivência do diálogo e do amor.

Jornal bimestral de Ensino Religioso pertencente ao PIME Registrado no Cartório de Registro Civil de Títulos e Documentos de Pessoas Jurídicas de Florianópolis sob o nº 13 Diretor: Pe. Paulo De Coppi - P.I.M.E. Jornalista Resp.: Yriam Fávero - Reg. DRT/SC nº 800 Redator: Sandro Liesch Diagramação: Fábio Furtado Leite

Endereço DO JORNAL “O TRANSCENDENTE”: SEDE: Av. Hercílio Luz, 1079 - Servidão Missão Jovem PARA CORRESPONDÊNCIA: Cx. Postal 3211 / 88010-970 / Florianópolis / SC FONE: (48) 3222-9572 / FAX-automático: (48) 3222-9967

ASSINATURA ANUAL Ano II - Nº 4 - MARÇO/ABRIL - 2008 •Individual: •Assinatura Coletiva (no CUPOM da página 11) •Assinatura de apoio: •Internacional:

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O ENSINO RELIGIOSO

idade neolítica, além da escrita na pedra, caracterizou-se pelo surgimento das instituições, dentre elas a família e a religião. Quando a superioridade física, a rapidez e a sagacidade dos animais fazia deles espíritos respeitados e venerados, eramlhes atribuídos acontecimentos, tanto bons quanto maus.

FEITICEIROS

Ao mesmo tempo, havia no clã uma pessoa que possuía em si uma parte do espírito de cada um dos membros do clã com poder de interceder junto aos espíritos. Eram os feiticeiros. Temidos, reverenciados e respeitados até pelo chefe, os feiticeiros eram os verdadeiros donos do destino das pessoas. Para garantir a proteção dos espíritos, as pessoas deviam honrar o feiticeiro, conquistando sua amizade e nunca deixando uma possibilidade de vingança. Quando o feiticeiro morria, recebia honras e veneração, passando a ser mais um espírito protetor do clã. Nascia assim o culto aos antepassados. O feiticeiro vivo, geralmente filho, neto ou bisneto dos feiticeiros venerados, também era considerado participante da transcendência dos ancestrais.

sacerdotes Quando os espíritos evoluíram para ídolos e deuses, os feiticeiros transformaram-se em sacerdotes. Surgiram assim as religiões institucionais em todas as civilizações. Essas religiões surgiram em torno dos reis, faraós e imperadores e eram de grande importância para eles. Contudo, a população continuou buscando as religiões naturais, querendo contar com a proteção dos espíritos e das forças da natureza. Com a invenção da escrita, aproximadamente 5.000 anos atrás, começou o registro da história da humanidade. Chamamos de civilização ao período que vem após a escrita e de pré-história ao período anterior. Com a civilização veio a formação das primeiras cidades, das construções das casas, dos templos e da organização dos povos.

a pré-história e a civilização: NA PRÉ-HISTÓRIA: organização tribal igualitária; trabalho de subsistência; tempo de lazer, convivência e comunicação oral; crença nos espíritos protetores; o feiticeiro representa a clã junto aos espíritos; tudo é passado de pai para filho pela tradição oral; os espíritos estão a serviço de cada uma das pessoas. NA CIVILIZAÇÃO: organização classista; trabalho para gerar superávit e ter como sustentar os donos

do poder; inexistência do lazer e da tradição oral das crenças religiosas; crença em deuses que devem ser servidos; os reis e os sacerdotes representam os interesses dos deuses e exigem do povo; o conhecimento é reservado aos sacerdotes e encerrado no mistério da escrita; as pessoas são membros de uma massa que serve aos deuses e a seus representantes. Na Antigüidade não existem civilizações sem religião. A religião é o suporte da organização social elaborada. Ela é a manutenção da própria civilização.

As religiões determinam a organização social As primeiras religiões coincidem com o surgimento das primeiras civilizações. Elas têm doutrinas que trazem exigências de organização social. Normalmente a doutrina ensina sobre a existência dos deuses e sobre suas exigências para com as pessoas. Os reis e os sacerdotes são os representantes dessas exigências. Os cultos exigem grandes quantidades de produtos da terra, animais e até pessoas para serem sacrificadas. O povo devia produzir e oferecer tudo o que fosse necessário para o sacrifício e o sustento dos representantes dos deuses. Dentre deste quadro de opressão da religião surgiram religiões alternativas que condenavam e tentavam reverter estas práticas opressoras. A ética dessas religiões era a justiça e a defesa da vida. Mas será somente com o judaísmo que a concepção do ser Transcendente e a ética do relacionamento com as pessoas e com Ele se transformam radicalmente. Apresento, a seguir, duas civilizações nas quais a religião determina a organização social.

A civilização egéia, protótipo da liberdade A sociedade do mar Egeu não tinha deuses que manipulavam a sociedade. Os povos das ilhas Egéias, liderados pela ilha de Creta, antes da civilização grega, dão uma prova concreta de que a multiplicação dos deuses é causa e sinal de desigualdade social e de opressão. A organização de Creta não se submetia à doutrina religiosa. A religião era um ato livre, independente da organização socio-econômica. a) A religião. Em Creta, era venerada uma única deusa, de nome desconhecido, doadora da fertilidade das pessoas, dos animais e dos campos. O culto era feito através de festivais populares de canto, dan-

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ças, e banquetes por ocasião das colheitas. Não existiam templos e as sacerdotisas não eram organizadas hierarquicamente. B) A vida social. Em Creta havia igualdade de direito de cargos públicos e de instrução para o homem e para a mulher. Todos podiam montar negócios. A população era alfabetizada e todos usufruíam da Biblioteca pública. Não existia escravidão. Os agricultores comerciavam diretamente seus produtos. Creta começou a decair quando navegadores do continente foram buscar peças artesanais na ilha. Com eles chegaram novos deuses, a competição, o poder, a escravidão e a cobiça. Creta deu assim lugar à cultura grega.

A civilização babilônica, a corrupção e a opressão Contrariamente à civilização de Creta, a da Babilônia foi uma civilização opressora. a) A religião. Em Babilônia veneravam-se vários deuses: Marduc, o senhor do mundo; Ishtar, a deusa da fertilidade; Nergal, deus do mal, que aterrorizava e punia os pecadores. Havia no povo um grande terror dos demônios liderados por Nergal. Então os magos e feiticeiros comercializavam abundantemente seus amuletos, talismãs e objetos protetores contra a ação dos demônios. Babilônia retrocedeu assim à mentalidade mágica dos clãs primitivos. B) A vida social. Babilônia herdou dos sumérios uma cultura evoluída e sólida. Mas ali não evoluiu, pelo contrário, retrocedeu, voltando ao mágico, apesar de a história salientar essa cultura por causa do Código de Humurabi. Escasso era o interesse pelo progresso, o que fez dos babilônios um povo rude. O rei era o proprietário de toda terra e de dois terços da produção. As mulheres e crianças eram entregues como escravas, pelos chefes de famílias, para pagar os impostos. A pena de morte era comum para crimes como vadiagem, desordem, revolta de um escravo, adultério. A ignorância era grande. Só os escribas, sacerdotes, reis, astrólogos e mágicos conheciam a escrita e o conhecimento secreto. A fome e a miséria eram constantes. (Continua no próximo número)

O Universo Religioso: as grandes religiões e tendências religiosas atuais

Após meses de pesquisa e muito diálogo com pessoas de outras crenças, os autores apresentam este estudo sobre as várias manisfestações religiosas tradicionais e as tendências atuais. O objetivo deste livro é oferecer uma compreensão popular das manifestações religiosas presentes em nosso universo. Este livro é indicado para escolas e para aqueles que buscam conhecer mais e melhor o universo religioso e suas manifestações. Esta obra ajudará a conhecer melhor a religião de cada um e também a do outro, tendo como horizonte um diálogo sincero e aberto na busca de um mesmo objetivo: a construção de um mundo melhor. Por fim, poderia-se perguntar: Para que conhecer a nossa e as outras religiões? Para melhor conhecer o Transcendente. Professor, adote o “Universo Religioso”. Certamente este livro ajudará muito em seu trabalho.

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CONVERSANDO COM O EDUCADOR

O TRANSCENDENTE saiu às ruas para conversar com alguns professores e alunos. Tivemos a alegria de conhecer o aluno Luiz e a professora Lenir. Os testemunhos que deles colhemos podem nos dar algumas pistas para trabalharmos o Ensino Religioso.

diferentes. Eu não quero um aluno que decore, mas que aprenda. E podemos aprender trocando idéias, experiências, conversando. Isso tudo em harmonia e Professora Lenir: Maravilhosa! Os alunos não são obrigados a assistir as au- com responsabilidade. las, mas até hoje, e faz quatro anos, ninguém saiu da minha aula. Para mim isso é OT: Professora Lenir, você trabalha numa comunidade carente e com muitas uma grande vitória e isso é muito gratificante. Eu sempre falo para os meus alu- dificuldades. Sendo assim, a escola precisa oferecer um diferencial para atender nos que os amo muito. Eu acredito que o professor deve entrar em sala de aula e os alunos. Como você vê isso? conquistar o aluno. Para ter o respeito do aluno, o professor precisa conquistá-lo, Professora Lenir: Eu penso que todo educador precisa conhecer a realidade do seu como também o aluno deve sentir que aluno. Então, o que nós fizemos aqui? o professor gosta dele. Num sábado, junto com a diretora, De nada adianta o professor chegar nós, os professores, visitamos as casas à sala de aula e dizer “eu sou o professor!”. de nossos alunos para conhecer um Não. Ele deve mostrar que está ali para pouco mais a realidade deles. Dessa forma, quando um aluno chega à esensinar, mas que também tem muito cola revoltado, a gente pode conversar para aprender. E, veja bem, eu realmenmais abertamente. Não é necessário exte já aprendi muito dos meus alunos e pulsá-lo da aula, mandar para a direção, sou apaixonada por eles. Com eles eu mas apenas conversar. Eu já parei aulas trabalho muito a questão de valores: a para simplesmente conversar com os família, o amor, o respeito, o perdão, alunos. Em certos momentos, isso se etc. E tudo isso fica mais fácil graças ao torna indispensável. apoio da direção. Acredito que foi através do meu jeiOT: Em suas aulas, como é que você to de ser, de conversar, de agir, de tratrabalha a diversidade religiosa? balhar que eu conquistei meus alunos. Professora Lenir: Com base no diQuando você conhece a realidade do Quando você conhece a realidade do aluno, álogo. A gente procura pesquisar, coaluno, você tem um maior compromevocê tem um maior comprometimento com ele. nhecer outras denominações religiosas timento com ele. e partilhar das nossas próprias experiMuitas pessoas me diziam: “Nossa, você vai ências religiosas. Mas, acima de tudo, incentivo os alunos a buscarem a Deus, lecionar lá naquele morro!?”. Agora, confesso que o dia em que eu deixar de trabalhar independentemente de religião, mostrando que sem Ele nós não somos nada. nesta comunidade, será, para mim, muito triste. Eu realmente gosto daqui. Já fui OT: Professora Lenir, você falou que nenhum aluno sai de sua aula. Qual é a convidada para lecionar em outras escolas, porém, não abro mão desse lugar. estratégia? OT: Professora Lenir, deixe sua mensagem para os demais professores de Ensino Professora Lenir: Dinâmicas. As aulas precisam ser dinamizadas. Ninguém Religioso. agüenta ficar escrevendo texto, texto e mais texto. Eu utilizo mensagens, víde- Professora Lenir: Ser mestre é ter Deus no coração. Porque sem Deus no os, músicas, trabalhos em grupos, etc. As aulas de Ensino Religioso devem ser coração ninguém vai a lugar algum.

O TRANSCENDENTE: Professora Lenir, poderia nos contar como está sendo sua experiência de lecionar Ensino Religioso aqui na comunidade do Mont Serrat.

O TRANSCENDENTE: Luis, você gosta do Ensino Religioso? Por quê? Luiz: Eu gosto porque ali se fala de religiões, de Jesus e a gente fala das “coisas” de Deus. Aprendemos também muita coisa sobre amizade, carinho e respeito. Nossa professora também traz dinâmicas, trabalhos e outras atividades. E isso ajuda muito.

OT: Como é a sua professora de Ensino Religioso? Luiz: Ela é legal. Não é muito brava, conversa muito com a gente e nos ajuda muito.

OT: O que você espera da professora de Ensino Religioso para este ano? Luiz: Que ela seja legal e ensine bastante “coisa”. Que traga dinâmicas e atividades para fazer em casa, que a gente possa assistir a alguns filmes e ouvir músicas que tragam mensagens interessantes para a gente conversar. Acho também que a gente deve fazer alguma coisa para ajudar as crianças mais pobres.

OT: O que a escola mais lhe proporciona? Luiz: Amigos. OT: Uma frase ou um pensamento que você aprendeu nas aulas de Ensino Religioso ou atitudes da professora que você não esquece? Luiz: Uma frase: “Sou inteligente para pensar e aprender”. A atitude da professora que me chama a atenção é que quando a gente está com dificuldade ela, com muita paciência, nos ajuda. OT: Você acha interessante aprender algo sobre outras religiões? Luiz: Sim. Mesmo que a maioria de meus colegas seja católica, acho legal conhecer outras religiões. Falar de uma só religião não é muito bom. A gente pode aprender muita coisa também das outras religiões.

Trocando idéias:

1. Você concorda com a professora Lenir: “Quando você conhece a realidade do aluno, você tem um maior comprometimento com ele.”? Por quê? 2. A partir do testemunho do aluno Luiz e da professora Lenir, que pontos em comum poderíamos levar em conta no momento em que preparamos nossas aulas?

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UNIVERSO RELIGIOSO

Sócrates: Olá pessoal, tudo Geninho: Olá amigos, tudo bem com bem? Queria iniciar dizendo-lhes que, no final vocês?! Eu já estava com saudade! Este ano do século XX, muitas pessoas do mundo ocidental continuarei apresentando para vocês o Universo deixaram de privilegiar a razão no estudo e na prática Religioso. Desta vez estudaremos a Matriz Ocide suas religiões. Isso tudo lhes parecia muito abstradental. Para isso, trouxe o meu amigo to e distante da vida. Dessa forma, preocupadas, sobretudo Sócrates. em procurar curas miraculosas, elas se deixaram levar mais pela

Religiões antigas Mas vamos ao nosso assunto. Não podemos entrar logo na realidade atual sem lembrar um pouco as religiões mais antigas do Ocidente. Vocês, provavelmente, já ouviram falar delas. Os gregos, por exemplo, adoravam muitos deuses (politeísmo) e acreditavam que o Monte Olimpo era a residência oficial deles. Zeus esta o maior de todos. Os romanos também adoravam muitos deuses. Em Roma existe ainda o “Panteão”, templo dedicado a todos eles. O próprio imperador era considerado deus. Os povos do norte da Europa, como os Vikings da Escandinávia, veneravam deuses, geralmente guerreiros. Isso tudo foi suplantado com o crescimento do cristianismo.

Cristianismo Mas, pensando na realidade atual, seria impossível apresentar a Matriz Ocidental sem falar do cristianismo e do espiritismo. Este último nasceu no ocidente, pois o judaísmo e o cristianismo se originaram no Oriente Médio. Se quisermos conhecer melhor o cristianismo, devemos ter em conta a influência da filosofia grega, base do pensamento ocidental. De fato, o pensamento grego foi importante para fundamentar a razão e, assim, tentar explicar o sagrado e o transcendente para os homens dominados mais pelas questões materiais. Contudo, se os antigos gregos exploraram e formularam muitas questões, apesar dos seus esforços, nos deixaram muito mais perguntas que respostas. Importância da Bíblia - Para conhecer os fundamentos do cristianismo, é preciso ler a Bíblia. Nela encontram-se os fundamentos dos cristianismo: origem do mundo (Criação – desobediência a Deus de Adão e Eva e a ação amorosa de Deus para salvar a humanidade). Chamamos isso de história da salvação, e se encontra na primeira parte da Bíblia (Antigo Testamento – tudo que está nesse livro também faz parte da doutrina dos judeus).

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emoção e pelo sentimento. Na Matriz Ocidental, houve também muitas divisões entre as pessoas da mesma fé. Mas, apesar das dicomo Reforma Protestante. visões, tenho certeza de que o amor supera A partir disso, surgiram outras tudo! divisões que deram vida a outras denominações cristãs: os calvinistas, os Encontramos também a nar- Batistas, os Presbiterianos, os Metodistas, os Mórração do nascimento de Jesus, o mons, etc. O fenômeno mais atual é o surgimento Messias e Salvador prometido e de muitas outras denominações cristãs chamadas enviado por Deus, sua vida, pre- de pentecostais: Assembléia de Deus, Igreja Renasgação, paixão, morte, ressurrei- cer, etc.. ção, envio de seus apóstolos para anunciarem a Boa Nova da salvação – sua volta ao Pai (ascensão). Espiritismo Tudo isso está na segunda parte da Bíblia (Novo O espiritismo surgiu no século Testamento). XIX, na França, mas a sua históA grande novidade do cristianismo é ria remete-se aos acontecimentos a convicção de que Jesus, sendo Filho da cidade de Nova Iorque. Em de Deus, é o único Salvador. 1855, o francês Hippolyte Léon Por muito tempo o cristiaDenizard Rivail, mais conhecinismo ficou ligado à obserdo por Alan Kardec, passou a vância das normas e festas estudar alguns fenômenos exjudaicas. No entanto, com o traordinários. passar do tempo, sobretudo pela Alan Kardec, a partir desses influência do Apóstolo Paulo, o estudos, escreveu cinco livros: cristianismo passou a ser uma O Livro dos Espíritos; o Lireligião com uma vro dos Médiuns, o Evangeidentidade e uma lho Segundo o Espiritismo, o doutrina própria Céu e o Inferno ou a Justiça e bem definida. Divina e A Gênese. Atualmente o cristianismo é Os espíritas acreditam: a religião predominante no mundo • que o mundo é criado por ocidental. Deus a partir do nada. • que a criação tem duas realidades: uma visível e uma invisível. CRISTÃOS • que a realidade invisível é eterna: o espírito. DIVIDIDOS • que a realidade visível é finita e mortal: o corpo e o mundo material. Ao longo de sua história, aconteceque o processo da criação é contínuo. ram muitas divisões no cristianismo. A • que a missão do homem no mundo é evoluir, primeira foi em 1054, quando o cristia- • sair da ignorância e atingir o estado de luz. nismo se dividiu em • que este processo acontece através do ciclo de Igreja Ortodoxa nascimento, crescimento, vida, morte e renasciOriental e Igreja Católica Ocimento. dental. Causas disso: algumas • que o espírito precisa renascer divergências teológicas e quantas vezes for necessário a decisão do Patriarca do para ele atingir a iluminação. Oriente, com sede em Ah, essa não dá para Constantinopla, capital esquecer! Uma das cado Império do Oriente, racterísticas mais fortes de ter a mesma autoridado espiritismo é a solide do Papa. Nascia assim dariedade. a Igreja Oriental chamada Geninho: Bom amigos, de Ortodoxa, que, por sua espero que tevez, dividiu-se em Igreja Grega, nham gostado da Russa, Síria, Armênia, Copta. apresentação feita pelo A Igreja Católica Ocidental também sofreu divinosso amigo Sócrates. Até a próxima, sões. A mais conhecida foi liderada por Martinho Lutchau! tero. O Monge discordava de diversas atitudes tomadas pela igreja de Roma. Esta divisão ficou conhecida

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Páscoa uma das principais festividades dentro do judaísmo, pois celebra a libertação do Povo de Deus da servidão egípcia.

PESSACH: PASSAGEM OU SALTO Este nome se origina quando o Anjo Destruidor foi enviado por Deus para matar os primogênitos da terra do Egito e poupar os filhos de Israel. Esta ação do anjo é a razão maior da festa, pois seu gesto representou o golpe final nos egípcios e especialmente no faraó, ocasionando finalmente a libertação do nosso povo. Pesssach relembra também as 10 pragas que julgaram nossos opressores antes deste golpe final, julgamento este já previsto pelo patriarca Abraão, cerca de 400 anos antes, quando o Eterno lhe disse que a sua descendência seria escravizada, porém Deus julgaria os que fizessem isso. Para que nosso povo fosse livre desta praga, que caiu sobre o Egito naqueles dias, Deus mandou que fosse separado e sacrificado um cordeiro por família, que a sua carne fosse comida naquela noite, e que seu sangue fosse passado nos umbrais das portas. Este sangue seria a marca de que ali estava um israelita obediente, ou alguém que se dispunha a obedecer a Deus e que, portanto, seria livre da morte qualquer primogênito daquela casa. Naquela ocasião, o sangue serviu para libertar da morte aqueles que fizeram dele o uso adequado recomendado por Deus.

PESSACH CELEBRAÇÃO Pessach também é momento de reunião dos irmãos e da família de Israel. A celebração desta festa, que dura 7 dias, começa tendo-se à mesa uma refeição festiva, com alguns elementos que nos ensinam sobre as situações e condições que encontraram nossos pais naqueles dias, sobre a dureza da servidão e a alegria da libertação. A matzah, por exemplo, que é o pão sem fermen-

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ESPIRITUALIDADES

to, lembra que não houve tempo para fermentar a massa que os israelitas fizeram na saída do Egito. Este pão sem fermento é comido durante os 7 dias da festa. Na Torah, Deus recomenda que neste período não

comamos nenhum alimento feito de cereais com fermento, isto porque na primeira semana da saída também não conseguiram preparar nada de alimentos. O maror é um outro elemento importante. Trata-se de raízes fortes que lembram o serviço duro que nosso povo enfrentou durante o período da servidão, na carga de tijolos, barro e a própria construção na qual os israelitas foram obrigados a trabalhar. Quando celebramos o Pessach, lembramos de que nossos patriarcas trabalharam duramente naquele período, e para que sintamos uma pitadinha do que eles sentiram, comemos nesta celebra-

ção, algo que se assemelhe ao que eles passaram. O karpás (batata ou outro vegetal) é mergulhado em água salgada (salmoura) durante a celebração e nos traz à lembrança as lágrimas daqueles que sofreram pelo duro trabalho daqueles que morreram na servidão e as mães que perderam seus filhos debaixo das cargas impostas pelos egípcios. O Maguid, talvez seja a parte mais importante, dentro do primeiro dia do cerimonial. Trata-se do relato ou ato de contar a história da servidão, os grandes juízos que HaShem derramou sobre os egípcios, quando os julgou e puniu pela servidão que infringiram sobre os israelitas e, por fim, a libertação grandiosa que Deus deu ao seu povo, tirando-o do Egito com Mão forte e Braço estendido. Esta festa é celebrada anualmente entre 14 e 21 de Nisan, na primavera no Estado de Israel, mas em todo o mundo, onde haja um judeu, ali há a lembrança de que Deus nunca esqueceu o seu povo e nunca rejeitou a descendência de Abraão nosso pai. Esta festividade também é conhecida pelo nome de Chag Matzot (Festa dos Ázimos), porque durante 7 dias não comemos pão fermentado. O fermento simboliza o pecado do qual Deus livrou seu povo. O cordeiro é mais um símbolo que podemos tirar dentro desta festa. O cordeiro morto, para que seu sangue fosse passado nos umbrais (mezuzot) das casas. Deste cordeiro não devia ficar nada até a manhã seguinte. Escrito por: Zaken Shelumiel ben Yisrael Congregação Israelita da Nova Aliança Responsável: Rosh Yishai ben Yehudah

Sites para consultas:

www.israelitas.com.br www.radioisraelita.com.br www.tvisraelita.com.br

Saiba como realizar, com alunos ou grupos, uma bonita celebração pascal judaicocristã. Conheça também os símbolos mais populares da Páscoa.

Acesse: Site: www.otranscendente.com.br E-mail: ot@otranscendente.com.br Fone: (48) 3222-9572 - Fax: (48) 3222-9967

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RITOS E VIDA

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ste ano, de 8 a 24 de Agosto, serão celebradas em Beijing, ou Pequim, as Olimpíadas. A Olimpíada é o maior evento esportivo do planeta e conta com a participação de milhares de atletas vindos de quase todas as nações. A cada quatro anos atletas de centenas de países se reúnem num país para disputarem um conjunto de modalidades esportivas. A própria bandeira olímpica representa essa união de povos e raças, pois é formada por cinco anéis entrelaçados, representando os cinco continentes e suas cores. A paz, a amizade e o bom relacionamento entre os povos são os princípios dos jogos olímpicos.

Um pouco de história Os gregos, inicialmente, realizaram esses festivais esportivos em honra a Zeus, o deus supremo, que reinava sobre os demais deuses e vigiava o destino dos homens. Ele habitava no monte Olimpo, o mais alto da Grécia. Por isso o nome Olimpíadas. Os jogos olímpicos começaram, aproximadamente, há 2.500 anos a.C. No entanto, por razões desconhecidas, num certo momento eles deixaram de existir. Numa certa ocasião, o rei Ífito perguntou a uma sacerdotisa que interpretava o Oráculo de Delfos o que deveria fazer para pôr fim à peste que assolava o

Peloponeso. O obteve a seguinte sugestão: restaurar os jogos olímpicos, para conter a fúria dos deuses. Nesse tempo, os jogos duravam um dia e havia somente a corrida no estádio. Apenas no ano de 776 a.C. os jogos e os nomes dos vencedores começaram a ser registrados. Aos poucos, o número de modalidades foi aumentando até chegar a dez no século V a.C. Entre as modalidades destacam-se: a corrida, o arremesso de disco, o salto em distância, o lançamento de dardo, a luta, o boxe, a corrida de bigas (carro puxado por cavalos) e o pancrácio, um tipo de luta. Todos os gregos que fossem cidadãos livres e que não tivessem cometido nenhum crime podiam competir. Com exceção de algumas sacerdotisas, apenas os homens assistiam às disputas.

Quase que um rito Os vencedores recebiam uma palma ou uma coroa de folhas de oliveira. Era a maior honraria a que um grego podia aspirar. Na volta à sua cidade, os atletas eram recebidos com homenagens. A decadência dos jogos olímpicos da Era Antiga começou em 456 a.C., com a invasão da Grécia pelos romanos. Isso mudou o espírito de integração dos jo-

gos, pois os romanos preferiam o circo e os seus combates mortais, travados pelos gladiadores, aos jogos. A última olimpíada dessa era foi em 393 d.C. Desde 776 a.C., foram realizados 293 jogos olímpicos. Os gregos tinham pelos esportes um culto quase religioso e chegaram a marcar a passagem do tempo por olimpíadas, intervalos de quatro anos entre as competições. Os competidores, que vinham de terras mais distantes, possuíam uma espécie de salvo-conduto, o que lhes permitia atravessar regiões onde havia guerra sem serem atacados. Na região onde as provas eram disputadas, entrava em vigor uma trégua sagrada. Ninguém podia guerrear em período de jogos.

Olimpíadas da era moderna Quinze séculos após a extinção, os jogos foram reiniciados graças ao grande esforço do educador francês Coubertin. Convencido de que a cultura grega foi gloriosa graças às competições esportivas, o francês iniciou uma campanha e convenceu muitos países a participar desta extraordinária confraternização esportiva. Dessa forma, realizam-se, em 1896, os primeiros Jogos Olímpicos da era moderna.

Este jogo olímpico é uma competição para animar a turma! Para realizar esta atividade, precisa-se, antes, dividir a turma em equipes. Cada equipe deverá ter um nome. O (a) professor(a) estipula um prazo para a entrega da prova. As equipes deverão encontrar as respostas a estas questões propostas. Elas podem pesquisar em livros, enciclopédias e na internet. A equipe que somar mais pontos será a vencedora. Pode-se distribuir prêmios para as equipes vencedoras. Exemplo: bombons, etc. Em caso de empate, todos saem ganhando. Boa sorte a todos! O (a) professor(a) que desejar as respostas, entre em contato com a redação do jornal OTRANSCENDENTE.

Tornou-se o primeiro homem a ganhar quatro medalhas de ouro. Ele venceu a corrida dos 100 e 200 m, o salto em distância e o revezamento 4x100 m na mesma Olimpíada. Isso ocorreu em Berlim no ano de 1936.

Quantas medalhas de ouro o Brasil conquistou nas Olimpíadas de Atenas, na Grécia?

É um dos símbolos dos Jogos Olímpicos. Segundo a lenda, Prometeu teria roubado o fogo de Zeus para entregar aos mortais. Cidade que sediará a olimpíada de 2012.

Construção chinesa que pode ser vista do espaço.

Segundo o calendário chinês, o período de 7 de Fevereiro de 2008 a 25 de Janeiro de 2009 é representado por um animal. Qual é este animal?

Em que ano e país deuse a primeira participação brasileira em Olimpíadas.

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Em 1932, o Brasil, pela primeira vez, leva uma atleta para uma Olimpíada. Qual é o nome desta atleta e qual a sua modalidade esportiva?

Olimpíada em que o Brasil obteve a 52º posição no ranking de medalhas. Monte grego que deu origem à palavra olimpíada.

Quantas medalhas os Estados Unidos conquistaram na primeira olimpíada da era moderna?

Qual é o nome do primeiro negro brasileiro a disputar o atletismo em olimpíadas.

Nome do imperador romano que proibiu os jogos olímpicos no ano de 393.

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A

Organização das Nações Unidas para a Educação elegeu 2008 como “O Ano do Planeta”. Tal iniciativa representa, mundialmente, um marco histórico de máxima relevância para um direcionamento energético das ações humanas em favor da preservação ambiental, da conservação dos recursos naturais e da qualidade de vida. A Unesco convidou cientistas, políticos e empresários para participarem dos debates com “estudantes do mundo inteiro” com a finalidade de “atrair os jovens às geociências”, atentando-lhes para a importância das “Ciências da Terra”. Os líderes políticos, por sua vez, serão encorajados a utilizar o conhecimento científico na “criação de suas políticas nacionais” em promoção ao evento da ONU para o desenvolvimento sustentável. Somos todos convidados a fazer parte deste grande projeto do planeta. Convide sua turma, sua família, sua comunidade escolar e, juntos, criem um inteligente projeto de ação ambiental.

Princípio-Terra Nunca se falou tanto da Terra como nos últimos tempos. Parece até que a Terra acaba de ser descoberta. Os seres humanos fizeram um sem número de descobertas, de povos indígenas embrenhados nas florestas remotas, de seres novos da natureza, de terras distantes e de continentes inteiros. Mas, a Terra nunca foi objeto de descoberta. Foi preciso que saíssemos dela e a víssemos a partir de fora, para então descobri-la como Terra e Casa Comum. Isso ocorreu a partir dos anos 60 com as viagens espaciais. Os astronautas nos revelaram imagens nunca dantes vistas. Usaram expressões patéticas, como “a Terra parece uma árvore de Natal, dependurada no fundo escuro do universo”, “ela é belíssima, resplandecente, azul-

branca”, “ela cabe na palma de minha mão e pode ser encoberta com meu polegar”. Outros tiveram sentimentos de veneração e de gratidão e rezaram. Todos voltaram com renovado amor pela boa e velha Terra, nossa Mãe. Esta imagem do globo terrestre, visto do espaço exterior, divulgado diariamente pelas televisões do mundo inteiro, suscita em nós sentimento de sacralidade e está criando novo estado de consciência. Na perspectiva dos astronautas, a partir do cosmos, Terra e Humanidade formam uma única entidade. Nós não vivemos apenas sobre a Terra. Somos a própria Terra que sente, pensa, ama, sonha, venera e cuida.

Como destruímos irresponsavelmente, devemos agora regenerar urgentemente. A salvação da Terra não cai do céu. Será fruto da nova co-responsabilidade e do renovado cuidado de toda a família humana.

TERRA: objeto do cuidado

Dada esta situação nova, a Terra se tornou, de fato, o obscuro e grande objeto do cuidado e do amor humano. Ela não é o centro físico do universo, como pensavam os antigos, mas ela se tornou, nos últimos tempos, o centro afetivo da humanidade. Só temos este planeta para nós. É daqui que contemplamos o inteiro universo. É aqui que trabalhamos, amamos, choramos, esperamos, soContudo, nos últimos tempos se anunciaram gra- nhamos e veneramos. É a partir da Terra que fazemos a ves ameaças que pesam sobre a totalidade de nossa grande travessia rumo ao além. Terra. Os dados publicados, a partir de 2 de fevereiro Lentamente estamos descobrindo que o valor suprede 2007, culminando em 17 de novembro pelo or- mo é assegurar a persistência do planeta Terra e garantir ganismo da ONU Painel Inter-governamental das as condições ecológicas e espirituais para que a espécie Mudanças Climáticas, com os impasses humana se realize e toda a comunidade de vida se perpetue. recentes em Bali, nos dão conta de que “A Terra tem o Em razão desta nova consciência, fajá entramos na fase do aquecimento glosuficiente para o lamos do princípio Terra. Ele funda uma bal com mudanças abruptas e irreversísustento de todos, nova radicalidade. Cada saber, cada instiveis. Ele pode variar de 1,4 até 6 graus mas não tem para tuição, cada religião e cada pessoa devem Celsius, dependendo das regiões terrescolocar-se esta pergunta: que faço eu para a ganância de tres. As mudanças climáticas possuem preservar a mátria comum e garantir que origem andrópica, quer dizer, tem no uns poucos”. tenha futuro, já que ela, há 4,3 bilhões de ser humano que inaugurou o processo Ghandi anos, está sendo construída e meindustrialista selvagem, seu principal a existir? Porque somos Tercontinuar rece causador. nós céu sem Terra. para haverá não ra, Se nada for feito, iremos ao encontro do pior e milhões de seres humanos poderão deixar de viver sobre o planeta.

Painel da ONU

Encontre as palavras: CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA - PRESERVAR - ECONOMIZAR - PLANTAR RESPONSABILIDADE - HUMANIDADE - EXPLORAÇÃO - HOMEM. Por que essas palavras são relacionadas com as questões ambientais? Converse com os seus colegas.

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ATUALIDADES

RECICLAR - ECONOMIA SUSTENTÁVEL - CIDADANIA - RESPEITO -

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NOSSO COMPROMISSO

Algumas convicções de Wangari:

•“O trabalho de conscientização foi difícil. O nosso povo foi

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historicamente persuadido a acreditar que, por ser pobre, também não tinha conhecimento e capacidade para enfrentar os seus próprios problemas. E esperavam soluções de fora. As mulheres não conseguiam perceber que, para atender às suas necessidades básicas, era preciso um meio ambiente saudável e bem manejado”.

angari Muta Maathai, natural do Quênia, é uma defensora do meio ambiente e, em 2004, ganhou o Prêmio Nobel da Paz por •“Eu acredito que a solução para a maioria dos nossos problemas vem de sua contribuição ao desenvolvimento sustentável, nós mesmos”. democracia e paz, tornando-se a primeira mulher africana a receber o Prêmio. •“A família humana tem que enfrentar Vamos conhecê-la um pouco mais e, através de um fato muito grave: o meio ambiente seu exemplo, sejamos nós também defensores da é fundamental para alcançar a paz. vida e do meio ambiente. Quando ele está degradado, as pessoas Wangari, desde criança, viu árvores sendo sofrem, pois não têm os recursos nesubstituídas por lavouras comerciais, como ocorre cessários para sobreviver. É preciso compartilhar os recursos atualmente na Amazônia, no Pantanal e em outras naturais de forma eqüitativa para reverter a distribuição injusta regiões do Brasil. O desflorestamento do Quênia destruiu boa parte da Na África, a árvore é um símbolo de paz. Em diversas biodiversidade e reduziu a capacidade comunidades, ainda sobrevive uma antiga tradição: quando das florestas de conservar água, um há um conflito, a pessoa mais velha planta uma árvore entre recurso bastante escasso na região. Wangari, para mudar aquela si- os dois lados em disputa. Este cerimonial sinaliza o início tuação, começou uma campanha da reconciliação entre as partes. Foi esta herança cultural - ecológica e pacifista - que de esclarecimento, com grupos de mulheres, mostrando que árvores inspirou Wangari Maathai, 65 anos, a iniciar no Quênia, em deveriam ser plantadas. Aos poucos, 1977, o Movimento Cinturão Verde. as mulheres foram percebendo que de recursos que atualmente existem no mundo”. o plantio gerava emprego, combustível, comida e Na África existem muitos conflitos por recursos abrigo, melhorava o solo e ajudava a manter as renaturais escassos e degradados. As pessoas lutam pelo servas de água.

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que restou de terra, água, pastos e florestas. Para resolver estes graves conflitos que estão gerando milhões de refugiados ecológicos em todo o planeta, Wangari defende uma consciência cada vez maior sobre três questões: 1. Sensibilidade ambiental; 2. Um bom governo democrático; 3. Paz. Wangari também está engajada na campanha dos quatro erres: reduzir, reutilizar, reciclar e reparar. “Nós plantamos árvores para proteger o solo, prevenir a erosão, fazer as pessoas entenderem que a terra é um recurso natural importante. Quando o vento e a água produzem erosão, a terra está perdida para sempre. Mostramos para as pessoas que o solo onde elas plantam é fundamental para ter boas colheitas. As árvores também são uma fonte de energia para a maioria das populações rurais”, diz Wangari. Toda pessoa emite gás carbônico. Segundo cálculos do “Cinturão Verde”, ela necessitaria plantar pelo menos dez árvores para zerar o seu impacto ecológico no planeta. Por isso a insistência: cada pessoa deve plantar pelo menos dez árvores! Dentre tantas iniciativas em prol do meio ambiente, Wangari tentam banir do Quênia as sacolas de plástico e no Japão, ela está engajada em uma campanha chamada MutaiNai para conscientizar as pessoas sobre a necessidade de respeitar e agradecer pelos recursos naturais. A título de curiosidade, o Movimento Cinturão Verde, fundado por ela, já plantou mais de 30 milhões de árvores só na África. Por onde anda, Wangari dedica a sua vida à construção de uma paz ecológica.

Para conversar em sala: 1. Quais são as iniciativas de Wangari em prol do

meio ambiente que podemos trazer para a nossa realidade?

2. A luta e a vida de Wangari nos motiva a sermos mais atuantes e engajados com as questões ambientais? Por quê?

3. Quais são os aspectos mais preocupantes que

deveriam ser enfrentados para salvar o nosso planeta?

4. Em sua família e em sua escola fala-se e debatese sobre este problema?

É um verbo muito usado quando fala-se em conscientização ambiental. Relacione as letras do diagrama e descubra qual é este verbo e comente com seus colegas o porquê da importância dele para nós.

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C

DINAMIZANDO

aro(a) Colega Educador (a): Nossa vida é um processo contínuo. Não nascemos prontos. Vamos sendo formados a cada momento, a cada dia, a cada ano. Nesse processo, muitas coisas boas se apresentam diante de nós que nos impulsionam, mas também nos deparamos com fatores que são desafiadores e, em muitos casos, difíceis de transpor. Podemos dizer que nosso sucesso em bem viver depende de sabermos aproveitar todos os ingredientes que o dia-a-dia nos apresenta e com eles compor a beleza de nossa vida. Convidamos você, educador (a) do Ensino Religioso, a promover junto à sua turma, neste ano de 2008, além das atividades planejadas inerentes à sua disciplina, uma série de outras atividades e avaliações reflexivas, do início ao final do ano, que resultem numa bonita construção de um Projeto de Vida que sirva de rumo para o desenvolvimento de cada aluno(a), pessoal e coletivamente. Um projeto requer planejamento, objetivo,

Personagens: árvore, água, seca, calor, ven-

to, gelo (iceberg), animal (à escolha da turma), ser humano - menino ou menino (também à escolha da turma), narrador (a) - poderá ser o (a) próprio (a) professor (a).

Cenário: criar um ambiente que lembre a na-

tureza, vasos com plantas, caminho feito com pedrinhas, fonte com água.

COMO PREPARAR: Árvore: Envolver o corpo de um (a) aluno (a) com papel kraft até a altura do peito, deixando os braços de fora. Nas mãos, como copa da árvore, uma sombrinha adornada com folhas verdes (recortadas de papel). Água: Envolver um (a) aluno (a) com tecido azul. Gotinhas (recortadas de papel) penduradas no pano. Seca: Envolver um (a) aluno (a) com tecido marrom ou cinza. Galhos secos nas mãos. Folhas secas penduradas pelo tecido. Calor: Envolver um (a) aluno (a) com tecido amarelo vibrante ou vermelho. Leque (feito de cartolina sanfonada) nas mãos para se abanar. Vento: Envolver um(a) aluno (a) com tecido estampado, em formato de grande capa. Gelo: (iceberg) – envolver um (a) aluno (a) com tecido branco, cinza claro ou prata. Sobre ele, pendurados como franjas, pedaços de fios simbolizando o degelo. Animal: fantasia ou estilizar com orelhinhas de papel e maquiagem. Ser humano: traje comum (pode ser o próprio uniforme). Narrador: (uniformizado).

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organização e muita disciplina, ou seja, tudo de bom para as nossas crianças, adolescentes e jovens. A cada edição deste ano, o Jornal O Transcendente estará acompanhando este seu trabalho junto aos alunos, assessorando seu processo e motivando a caminhada, a fim de que, ao final do ano, revendo a caminhada, todos possam constatar efetivamente o desenvolvimento alcançado. Para acompanhar o andamento sistemático do Projeto, consulte o Encarte Pedagógico deste jornal e acesse o site O Transcendente, edição quatro.

PARA COMEÇAR:

• Toda a turma estará preparada. • Ao som de fundo musical os personagens entrarão

e cada um deles se colocará em uma posição estratégica do cenário. Por • um instante, fazendo os movimentos propostos a seguir, não haverá narração nem diálogo. A turma apenas contemplará o cenário.

Movimentos: Árvore: Movimenta suavemente a sombrinha (dando sensação de brisa) Água: Movimenta-se suavemente e murmura baixinho : - chuá, chuá Seca: Faz expressão de tristeza . Calor: Começa a se abanar e a murmurar baixinho... – ai, ai! Vento: Balança sua capa e dá pequenos giros. Gelo: (iceberg) – Expressa olhar de desânimo e tristeza pelo seu degelo. Animal: Caminha desoladamente. Ser humano: Num canto, parado e assustado. Narrador (a): Coloca-se em posição discreta. • Após alguns segundos de contemplação, os personagens ficarão parados em seus lugares. O narrador perguntará em bom tom: - Por favor, quem são vocês? Árvore: Eu sou a árvore, represento toda a vegetação do planeta. Através de nossas folhas fazemos a fotossíntese que é transformar o gás carbônico em oxigênio limpinho para todos respirarem. Mas as pessoas estão devastando as florestas e nós estamos cada dia mais ameaçadas. Água: Eu sou a água, chuá, chuá. Sou maravilhosa, fresca e abundante. Eu ocupo 75% do planeta. O corpo humano também é composto 75% por água. Todo tipo de vida depende de mim. As pessoas não estão me levando a sério. Elas jogam lixo nas ruas e quando chove o lixo escorre para os rios. Fica tudo poluído. As pessoas também desperdiçam muita água potável, nos banhos, nas torneiras... Vento: Eu sou o vento. Meu sopro traz frescor à vida dos seres vivos. Levo sementes de um lado para o outro

permitindo que as florestas, quando devastadas, se recomponham naturalmente. Sou uma bênção! Devido às mudanças climáticas, tenho estado muito nervoso e cansado com meus vendavais, tragédias que não gostaria de causar. Que pena! Calor: (abanando-se) Eu sou o calor. Eu sou bem querido no tempo do verão quando as pessoas gostam de ir para a praia se divertir, e tomar banho nos rios. Moderadamente, faço muito bem para as plantações que brotam e crescem viçosamente. Mas, já estou aparecendo até no inverno. Devido ao efeito estufa, causado pelas queimadas, tenho causado o aquecimento global. Seca: Eu sou a seca. Sei que as pessoas não gostam muito de mim. Eu existo devido ao excesso de calor e, o que é pior, tenho causado muito transtorno para todas as espécies de vida. Desculpem-me, mas eu não sou a culpada pelo mal que tenho causado. Gelo: (iceberg) – Eu sou o gelo. Represento as geleiras dos pólos. O gelo é formado pela maior reserva de água doce do planeta. Sou muito necessário para o equilíbrio do planeta. Se eu derreter em ritmo acelerado serei capaz de causar grandes inundações sobre as ilhas e as cidades, transformando a geografia do planeta e acabando com muitas espécies de vida. Animal: – Eu sou o urso (ou outro animal). Represento todos os animais da fauna do planeta. Nossa função não se resume somente a sermos animais de estimação. Somos responsáveis pelo equilíbrio da cadeia alimentar. Alguns de nós são responsáveis pelo controle de pragas e infestação de insetos. Também estamos sofrendo as causas da mudança climática. Ser humano: (diz, dirigindo-se aos colegas) - Amigos, estou muito triste, envergonhado (a) e assustado (a). Não imaginava que a espécie humana seria capaz de acabar com um planeta tão poderoso e cheio de vida como o nosso. Vamos acabar com esta desolação. Repitam comigo: Vamos salvar o nosso Planeta! Narrador: Diante do que vimos e ouvimos, precisamos tomar uma atitude. De hoje em diante vamos elaborar um plano de ação para ajudar na sustentabilidade do nosso planeta. O (a) professor (a) fará o desfecho das narrativas e proporá um belo Projeto de Vida para 2008, com tomada de atitudes conscientes relativas ao “Ano do Planeta”.

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ASSINATURAS

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Valor: R$ 100,00 + 10 % de frete Realize seu pedido através:

Site: www.otranscendente.com.br / E-mail: ot@otranscendente.com.br

Fone: (48) 32229572 / Fax: (48) 32229967

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SABEDORIA E VIDA

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ra uma vez um homem que morava numa cidade grande e trabalhava numa fábrica. Todos os dias ele pegava o ônibus e viajava cinqüenta minutos até o trabalho. À tardinha, fazia a mesma coisa voltando para casa. No ponto seguinte ao que o homem subia no ônibus, entrava uma velhinha, que procurava sempre sentar-se numa janela. Abria a bolsa, tirava um pacotinho e passava a viagem toda jogando alguma coisa fora do ônibus. Um dia, o homem reparou a cena. Ficou curioso. No dia seguinte, a mesma coisa. E assim todos os dias. Certa vez sentou-se ao lado da velhinha e não resistiu: - Bom dia! Desculpe minha curiosidade, mas o que a senhora está jogando pela janela? - Bom dia! Respondeu ela, jogo sementes. - Sementes? Sementes de quê? - De flor. É que viajo neste ônibus todos os dias. Olho para fora e a estrada está tão vazia. Eu gostaria de poder viajar vendo flores por todo o caminho... Imagine como seria bom! - Mas a senhora não vê que as sementes caem no asfalto, são esmagadas pelos pneus dos carros, devoradas pelos passarinhos... A senhora acha que essas flores nascerão ai, na beira da estrada? - Acho, meu filho. Mesmo que muitas sementes se percam, algumas certamente acabam caindo na terra e com o tempo vão brotar. - Mesmo assim, demoram para crescer, precisam de água...

- Ah, eu faço a minha parte. Sempre há dias de chuva. Além disso, apesar da demora, se eu não jogar as sementes, as flores nunca nascerão. Dizendo isso, a velhinha virou-se para a janela aberta e recomeçou seu trabalho. O homem desceu logo adiante, achando que a velhinha já estava ficando meio “caduca”. O tempo passou. Um dia, no mesmo ônibus, sentado à janela, o homem levou um susto: olhou para fora da janela e viu margaridas na beira da estrada, carreiras de hortênsias azuis, rosas, cravos, dálias... A paisagem estava colorida, perfumada, linda. O homem lembrou-se da velhinha, procurou-a no ônibus e acabou perguntando para o cobrador, que conhecia todo mundo, ao que ele respondeu: - A velhinha das sementes? Pois é, morreu de pneumonia no mês passado. O homem voltou para o seu lugar e continuou olhando a paisagem florida pela janela. “Quem diria, as flores brotaram mesmo!” Pensou ele. “Mas de que adiantou o trabalho da velhinha? A coitada morreu e não pode ver toda essa beleza”! Nesse instante, o homem escutou uma risada de criança. No banco da frente, um garotinho apontava pela janela, entusiasmado: - Olha mamãe, que lindo, quanta flor pela estrada... Como se chamam aquelas azuis?... Então o homem entendeu o que a velhinha tinha feito. Mesmo não estando ali para contemplar as flores que tinha plantado, a velhinha deveria estar muito feliz. Afinal, ela tinha dado um presente maravilhoso para as pessoas. No dia seguinte, o homem entrou no ônibus, sentou-se numa janela e tirou um pacote de sementes do bolso.

Para participar é muito simples. É preciso apenas desenvolver o tema “O Transcendente em minha vida” através de acrósticos, poesias, desenhos, imagens, testemunhos de experiências de vida, etc., e nos enviar. Os participantes terão seus trabalhos divulgados no site www.otranscendente.com.br e os melhores serão mostrados no próprio jornal. Além de desenvolver os seus talentos artísticos, os participantes estarão concorrendo a prêmios. A escola que nos enviar o maior número de participações receberá como prêmio a nossa Coleção Educação. Esse concurso vai dar o que falar! Participe!

Prezados Secretários da Educação e professores que lidam com o Ensino Religioso Escolar. Após um ano de experiência, a equipe de redação de O TRANSCENDENTE, considerando a ótima acolhida dos professores de ER e de um bom número de entidades educacionais (Secretarias Estaduais e Municipais de Educação que realizaram assinaturas coletivas para atender a todas as suas escolas), decidiu dar um passo significativo, incluindo no jornal um ENCARTE PEDAGÓGICO. Fizemos isso por conhecermos as muitas dificuldades que estão enfrentando os professores desta área. É um trabalho que pede muito de nós, mas que, sem dúvida, ajudará e aliviará bastante os professores no esforço de adaptar os conteúdos às diversas idades. Dessa forma, o jornal/subsídio passará de 12 a 16 páginas, todas

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elas ilustradas, bem diagramadas e com um estilo acessível a todos. Veja o novo preço da assinatura:

Assinatura individual = R$ 20.00 (para todos) Assinatura coletiva (acima de 5) = R$ 15.00 (cada). Após uma ano de existência, O TRANSCENDENTE passou de 5.000 assinaturas e está em todo o território nacional. Também a Coleção Educação, que foi lançada junto com o jornal, teve uma difusão inesperada e recebeu muitos elogios da parte dos professores. Acreditamos que, neste 2008, com a participação ativa das entidades educacionais e dos professores, este subsídio muito avançará em qualidade e em sua difusão. Vamos trabalhar juntos? Será bem melhor e mais fácil! A Equipe de O TRANSCENDENTE agradece.

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