O Transcendente - No.15

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ANO IV - Nº15 OUT / NOV 2010

O Transcendente • Av. Hercílio Luz, 1079 • Florianópolis • SC • 88020-001 • Fone: (48) 3222.9572 • www.otranscendente.com.br

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rezados professores e responsáveis estaduais e municipais do Ensino Religioso. A todos e a todas desejamos grande paz! Com esta edição, o jornal/subsídio O TRANSCENDENTE está completando seu quarto ano de existência e de serviço prestado para o bom desenvolvimento do Ensino Religioso. Para a nossa Equipe, tem sido uma aventura interessante, mas nada fácil, pois esta área está em constante busca para chegar a uma definição mais clara de sua identidade. O leque das opiniões e sugestões, após o MEC ter lançado as linhas gerais do Ensino Religioso, ainda é grande e nem sempre estas são convergentes. Isso mostra o grande esforço e interesse que se tem por esta vasta e abrangente área de ensino. A preocupação que sempre norteou a equipe de O TRANSCENDENTE, nestas suas primeiras dezesseis edições, foi a de harmonizar, em concordância com o MEC, as teorias e as práticas que pareciam mais equilibradas e úteis para a educação e a formação integral dos alunos que vivem em um tempo de rápidas mudanças mas que, felizmente, apresenta-se acolhedor e aberto aos valores presentes nas diversas culturas e religiões do mundo. Contudo, não podemos fechar os olhos diante de manifestações estranhamente marcadas por intolerâncias, para não dizer guerras de cunho religioso. Um dos erros mais comuns é o de julgar as pessoas pela aparência, caindo em exclusões e julgamentos errados, feitos a partir de detalhes, esquecendo que, além deles e acima deles, existe a infinita dignidade da pessoa humana. Nada justifica a exclusão! Nesta questão, o evangelista Lucas traz um testemunho pertinente de acolhida total. Ele apresenta um homem assaltado e deixado quase morto à beira do caminho. Narra o evangelista que, por ali, passaram um sacerdote e um levita, pessoas de bem, mas insensíveis e que nada fizeram por ele. Passou também um samaritano, considerado pecador e pagão, porém, sensível à dor. Este não hesitou em parar, prestar-lhe os primeiros socorros, levá-lo a um hospital e financiar sua recuperação. Vemos claramente que o samaritano não ficou na superfície, mas, ao ver o necessitado, embora de outra cultura e religião, tratou dele. Eis aí um modelo eloquente para a nova humanidade que todos almejamos.

Recentemente, o Conselho das Nações Unidas para os Direitos Humanos aprovou uma resolução em que condena a difamação e a discriminação das minorias religiosas, sublinhando que “o respeito pela diversidade cultural, étnica e religiosa é essencial para a paz global e a compreensão entre os povos, enquanto que as manifestações de intolerância e preconceitos étnicos e religiosos são fonte de ódio e violência entre as nações”. Contra estes preconceitos, a informação e a educação são os caminhos apontados. A hostilidade religiosa, venha de onde vier e dirija-se a quem dirigir, é sempre um passo atrás no progresso da humanidade e no empobrecimento de uma sociedade. É nesta linha que a equipe de O TRANSCENDENTE trabalhou e continuará trabalhando e assessorando os professores de Ensino Religioso e matérias afins. Pretendemos também ajudá-los para que sejam mestres com uma identidade bem definida que os torne capazes de dialogar com o diferente. Insistindo nesta linha, e dialogando constantemente com os professores, muitas vezes levados pelo desânimo e desesperança, acreditamos que estaremos oferecendo-lhes a força, a capacidade e o otimismo necessários para orientarem as novas gerações que, como nunca, são hoje tentadas a se envolverem na violência ou a se fecharem no individualismo. É sobretudo através do Ensino Religioso que o professor é chamado a formar jovens capazes de colocarem à disposição seu entusiasmo e habilidades na construção de um mundo onde reine a fraternidade e a paz. A todos os professores e professoras, como também aos responsáveis do Ensino Religioso, em seus diferentes níveis, pedimos que colaborem conosco na preparação e na difusão de O TRANSCENDENTE. Trabalhar juntos é mais fácil e proveitoso! Com esta edição, encerramos mais um ano de atividades. Agradecemos a todos os professores e professoras, como também às muitas Secretarias de Educação que, acreditando nesta Equipe, fizeram e sempre renovaram sua assinatura coletiva deste nosso subsídio. Um grande abraço e até o próximo ano!

Jornal bimestral de Ensino Religioso pertencente ao PIME - Registrado no Cartório de Registro Civil de Títulos e Documentos de Pessoas Jurídicas de Florianópolis sob o nº 13 - Diretor: Pe. Paulo De Coppi - P.I.M.E. - Jornalista Resp.: Yriam Fávero - Reg. DRT/SC nº 800 - Redator: Abrão Iuskow / Roseli Cassias - Diagramação: Fábio Furtado Leite

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omos todos unidos por uma realidade: a nossa humanidade. E dela não podemos fugir. Isso nos força a conviver, e do outro não podemos escapar. O que nos resta é descobrir o que há de verdade naquilo que os outros nos apresentam. A convivência por uma interação ativa aberta ao outro é a chave da transcendência.

Assinantes

Nº de Assinaturas

Brasil Prefeituras

3581 264

Escolas Particulares

1259

(fizeram assinaturas para todas as suas escolas)

Assinaturas por estado Acre Alagoas Amazonas Amapá Bahia Ceará Distrito Federal Espírito Santo Goiás Maranhão Minas Gerais Mato Grosso do Sul Mato Grosso Pará Paraíba Pernambuco Piauí Paraná Rio de Janeiro Rio Grande do Norte Rondônia Roraima Rio Grande do Sul Santa Catarina Sergipe São Paulo Tocantins

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ASSINATURA ANUAL •Individual: •Assinatura Coletiva (no CUPOM da página 11) •Assinatura de apoio: •Internacional:

R$ 20,00 R$ 35,00 R$ 55,00

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O argumento Ontológico

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ontinuando a apresentação das provas da existência de Deus, vamos ver a prova ontológica. O argumento ontológico da existência de Deus foi desenvolvido por Anselmo de Canterbury na obra “Proslogion”, conforme apresentado no último número. O raciocínio anselmiano segue o argumento: existe na mente de todo homem a ideia de um ser que não se pode pensar outro maior; existir só na mente é menos perfeito do que existir na mente e também na realidade; se o ser maior, do qual não se pode pensar outro, só existisse na mente seria menor do que qualquer outro que também existisse na realidade; logo, o ser do qual não se pode pensar outro maior deve existir também na realidade. Logo, Deus é esse ser perfeitíssimo.

Deus é o Princípio e o Fim São Tomás de Aquino, na sua obra Suma Teológica, desenvolveu outro argumento ontológico. Como veremos, é algo totalmente diferente da prova ontológica anselmiana, porque não se baseia na existência mas, no ser. O tomista diz que Deus é o princípio e o fim de todas as coisas. Partindo das coisas criadas, afirma Tomás de Aquino, é possível demonstrar a sua existência, sem precisar recorrer a argumentos religio-

sos ou dogmáticos. Diferente da prova anselmiana, que deduz a existência de Deus a partir de sua essência, a prova tomista é a posteriori. Pressupõe uma determinada ideia do ser, como perfeição absoluta. Depois, procede partindo da relação dos entes com o ser, que é uma relação de finitude, de participação e de gradualidade. Estas relações constituem três modalidades da prova ontológica tomista.

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quem é tomás de aquino (vida e obra)

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As cinco vias da existência de deus

omás de Aquino, italiano, nasceu em Roccasecca em 1225 e faleceu em Fossanova no dia 7 de março de 1274. Foi um padre dominicano e teólogo. São Tomás de Aquino é chamado “o mais sábio dos santos e o mais santo dos sábios”. Ele fez a síntese do cristianismo com a visão aristotélica do mundo. Escreveu muitas obras. As mais importantes são a Suma Teológica e a Suma Contra os Gentios. Nelas, sistematizou o conhecimento teológico e filosófico de sua época. artindo do conceito do Ser como perfeição absoluta e da experiência de finitude, participação e gradualidade dos entes em relação ao Ser, Tomás de Aquino constrói a sua prova ontológica da existência de Deus.

1ª via: Primeiro motor imóvel -

Os sentidos atestam que as coisas se movem. Tudo o que se move é movido por alguém. É impossível uma cadeia infinita de motores provocando o movimento das coisas que se movem atualmente pois, ao contrário, nunca se chegaria ao movimento presente. Logo, existe um Motor Primeiro que deu início ao movimento existente e que não foi movido por ninguém. E este Ser é Deus.

2ª via: Causa primeira ou causa eficiente - Na

relação “causa-e-efeito” constata-se que não é possível algo que seja a causa eficiente de si próprio, porque desse modo seria anterior a si próprio. É necessário que haja uma causa primeira que por ninguém tenha sido causada. A todo efeito é atribuída uma causa inicial, do contrário não haveria nenhum efeito, pois cada causa pediria uma outra, numa sequência infinita e não se chegaria ao efeito atual. Logo, é necessário afirmar uma causa eficiente primeira que não tenha sido causada por ninguém. Esta causa é Deus.

3ª via: Ser necessário e ser contingente -

Existem seres que podem ser ou não ser, e nós os chamamos de contingentes, isto é, a sua existência não é indispensável. Eles podem existir e depois deixar de existir. Todos os seres que existem no mundo são contingentes, isto é, aparecem, duram um tempo e depois desaparecem.

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Contudo, nem todos os seres são desnecessários, se não o mundo não existiria. Logo, é preciso que haja um ser necessário, que fundamente a existência dos seres contingentes e que não tenha a sua existência fundada em nenhum outro ser. Este ser necessário é Deus.

4ª via: Ser perfeito e causa da perfeição dos demais - Verifica-se que há graus de perfeição nos seres, pois uns

são mais perfeitos que outros. Também constatamos que o universo está ontologicamente hierarquizado: seres racionais corpóreos, animais, vegetais e inanimados. Qualquer graduação pressupõe uma parâmetro máximo, logo, deve existir um ser que tenha este padrão máximo de perfeição e que seja a causa da perfeição dos demais seres. Este, que é a causa do ser, da bondade e de toda a perfeição para todos os outros entes, nós o chamamos Deus.

5ª via: Inteligência ordenadora -

Existe uma ordem admirável no universo que é facilmente verificada. Algumas coisas que carecem de conhecimento, como os corpos físicos, agem em vista de um fim, visto que sempre, ou na maioria das vezes, agem da mesma maneira, a fim de alcançarem o que é ótimo. Fica claro que não é por acaso, mas em virtude de uma intenção que alcança o fim. Ora, como pode algo que não tem conhecimento tender a um fim, a não ser dirigido por algo que conhece e que é inteligente? Logo, existe algo inteligente pelo qual todas as coisas naturais são ordenadas, ao qual nós chamamos Deus.

Concluindo

omo vimos, existe a possibilidade de se elaborar uma via ontológica do ser, isto é, um caminho de conclusão lógica que leve o ser até Deus. Foi por esta via que Tomás de Aquino se encaminhou (cf Battista Mondin, em Quem é Deus, Ed. Paulus, 2005, p. 227) . No próximo número, “As provas Cosmológicas da Existência de Deus”.

QUESTÕES PARA DISCUTIR 1. O que você entende por “ser”? 2. Por que chamamos de “prova ontológica” a argumentação de Santo Tomás? 3. Quais as cinco provas da existência de Deus segundo Santo Tomás?

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O Ensino Religioso em minha escola tem sido traO aluno precisa sentir-se parte deste fenômeno religioso que “rega” sua vida balhado de forma a nortear o fenômeno religioso prehistoricamente como ser humano na sente em meio a alunos e comunidade, prospecbusca por respostas: quem somos, de tando para um fenômeno religioso mais amplo, onde viemos, para onde vamos. em meio à globalização em que estamos inseridos. Coordenar e articular essa gama de questões faz A aceitação do ensino religioso como disciplicom que o Ensino Religioso floresça na sala de aula e na vida do na curricular, pelos pais, alunos, direção e o próprio proeducando levando a uma formação completa e plena de conhecifessor, é o fator mais importante para o sucesso do trabalho pedagógico. mentos e valores como o respeito pelo outro. É o que ocorre de forma bastante clara em minha escola. O currículo Com meus alunos, trabalho a Transcendência como O aluno precisa deve contemplar os conteúdos que permeiam o fenômeno religioso, fruto do sentido da vida. Para isso, uso a frase de Albert sentir-se parte deste do micro ao macro, no universo da religiosidade humana. Einstein para reforçar: “Quanto mais acredito na ciênMinha Escola e a comunidade construíram uma concepção de fenômeno religioso. cia, mais acredito em Deus – O universo é inexEnsino Religioso que visa o respeito às diferenças, deixando plicável sem Deus”. a religião como foco no currículo para contemplar o foco do Fenômeno Religioso.

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o ano de 2009 assinei o jornal “O Transcendente” com o objetivo de trabalhar a questão da religiosidade africana em sala de aula, pois é uma temática bastante polêmica no âmbito educacional, mas que precisa ser trabalhada e respeitada como todas as religiões. E foi com este propósito que apresentei a importância do jornal para a equipe gestora da escola com base na Lei 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação e a Lei 10.639/03 que determina as atividades da escola inserida na cultura africana. Como “O Transcendente” traz uma visão pedagógica no seu aspecto religioso e uma diversidade cultural em seus conteúdos, iniciei com minha turma do 3º ano do Ensino Fundamental uma leitura sobre o nome do jornal que nos remete à palavra transcender, ou seja, elevar-se. Assim,

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ou professora e articuladora de Ensino Religioso da Rede Municipal de Ensino de Jaraguá do Sul – SC. Trabalho com as turmas de 1° ao 9° ano. Amo trabalhar com esta disciplina e procuro transmitir esse sentimento aos meus alunos em cada tema trabalhado. Apesar de a disciplina do Ensino Religioso ser facultativa, todos os alunos participam das aulas e perguntam: “Por que temos somente uma aula por semana? Essa aula é tão boa, mas passa tão rápido!”. Fico feliz com o depoimento dos alunos e procuro compensá-los com novidades, sempre dinamizando as aulas, trabalhando com temas atuais, usando dinâmicas,

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demonstrei aos alunos que toda a religião é algo superior que eleva a pessoa para que alcance a paz. Que cada ser humano ou cada grupo de pessoas tem seu jeito de entender e expressar este amor, isto é, sua religião! A princípio, os alunos aceitaram parcialmente as atividades do jornal, pois acharam diferente ter um jornal que abordasse assunto religioso sem estar vinculado a uma instituição religiosa. A partir deste momento, minha preocupação foi de inserir os pais e a comunidade escolar nas atividades de Ensino Religioso da minha classe. Então foram realizadas diferentes situações de práticas religiosas através de pesquisas, mensagens, músicas gospel e filmes, cartazes sobre a crença dos alunos com seus familiares. Interagindo com as disciplinas de História e Geografia, os grupos de alunos fizeram alguns desenhos e histórias em quadrinhos sobre diversas

músicas, poesias, danças circulares sagradas e outros subsídios pedagógicos da nova proposta da disciplina do Ensino Religioso que os levem a refletir sobre sua existência neste mundo. Ressaltando que todos os temas estão em acordo com a Proposta Curricular de Jaraguá do Sul, em consonância com a Proposta Curricular de Santa Catarina e com os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Religioso, nas aulas procuro proporcionar o encantamento, a escuta, o respeito ao educando e à sua bagagem religiosa e à construção de sua autonomia na elaboração do saber religioso. Sempre que possível, trabalho a relação entre o conteúdo e os interesses dos educandos. Diante da diversidade cultural religiosa existente em nossa sociedade, percebe-se que os valores humanos, éticos e religiosos sofrem para manter suas identidades. Neste sentido, o Ensino Religioso tem muito a contribuir nas escolas e em nossa existência. Seu papel é o de despertar o educando para o mundo do conhecimento religioso, abrindo-o ao pluralismo cultural religioso e à alteridade, promovendo assim, uma ação transformadora capaz de garantir o respeito à diversidade e ao reconhecimento da importância de todas as tradições religiosas, tendo, como resultado

culturas religiosas que estavam especificadas em uma edição de “O Transcendente” como, por exemplo, as diversas modalidades do Cristianismo. Pesquisamos no mapa as localizações de alguns países que praticam o Cristianismo. Assim, sucessivamente, com as Matrizes Africanas, Metodistas etc. O trabalho foi tão interessante porque também os pais dos alunos se envolveram, enviando para a sala de aula alguns versículos e mensagens bíblicas que, diariamente, foram lidos pelos próprios alunos em sala de aula. Mediante planejamento escolar a classe apresentou, no pátio escolar, os trabalhos realizados no bimestre, inclusive um ritual africano com a presença dos pais e da comunidade.

final, uma formação holística do ser humano.

E então, professor (a)? 1. O que achou dos três depoimentos? 2. Quais as semelhanças e diferenças entre estes três fazeres pedagógicos? 3. O que caracteriza o seu Ensino Religioso em sala de aula?

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lá amigos! Nesta edição, o Jornal O TRANSCENDENTE faz uma síntese das edições do ano 2010, que apresentaram as seguintes religiões: Cristianismo, Religiosidade e Cultura Indígena, Islamismo. O objetivo é refletirmos sobre os pontos mais relevantes dos conteúdos apresentados e conferirmos o conhecimento adquirido com o estudo realizado. Para facilitar nosso trabalho, convidamos novamente os personagens dessas religiões que estiveram conosco nas respectivas edições de O TRANSCENDENTE de 2010. Eles nos ajudarão a resumir tudo que eles próprios apresentaram sobre suas religiões e a descobrir a aplicabilidade, em nossas vidas, dos valores por eles apresentados. Vamos rever a caminhada?

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lá amigos (as), sou Pe. Paulo. Na edição nº 12, o Jornal O TRANSCENDENTE apresentou o Cristianismo e tudo que a ele está ligado. Por ela, soubemos que o cristianismo, em suas diversas expressões, congrega o maior número de adeptos no mundo inteiro e é rico em tradições, doutrinas, ritos, celebrações, símbolos, virtudes e valores. A vivência de práticas e de valores, transmitidas de geração em geração, se tornou um patrimônio para o povo cristão e a base para o surgimento da civilização Ocidental. Quem fundou o cristianismo foi Jesus, que nós, cristãos, acreditamos ser o filho de Deus e Deus Ele

mesmo. Tudo isso encontramos na Bíblia. Mais de dois bilhões de cristãos acreditam em Jesus e se esforçam para praticar seus ensinamentos. Mas, sendo que as pessoas são mortais, é importante que isso passe de geração em geração para a construção de um mundo melhor, com mais fraternidade e paz? (Vamos lembrar algumas dessas tradições mais significativas do cristianismo)

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lá, pessoal, sou o Cacique Jaborá. Nós indígenas, na 13ª edição deste ano, tivemos a alegria de falar para vocês sobre as maravilhas de nossa cultura e religiosidade indígena. Aquela edição foi tão longe que chegou inclusive em muitas escolas onde há projetos especiais de educação para os nossos irmãos indígenas, ou seja, nas escolas municipais e estaduais, situadas nas regiões do Brasil onde há reservas indígenas.

Professores e alunos ficaram muito felizes ao receberam o jornal O TRANSCENDENTE. Através dele puderam aprender muitos ensinamentos sobre a beleza e a grandeza de nossa cultura e de nossa religiosidade sempre ligada à natureza, expressão maior da bondade do Criador. Infelizmente não é fácil, para nós, conservar essas tradições por não serem respeitadas pelos assim chamados “civilizados”. Pensem como a natureza está sendo sacrificada e, muitas vezes, vingando-se pela violência dos homens! (Vamos lembrar das agressões feitas à natureza: desmatamento, queimadas, poluição)

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lá amigos, sou Iman Jafar. Se bem lembrarem, na 14ª da edição de O TRANSCENDENTE tratamos do Islamismo. Estou certo de que muitos de vocês enriqueceram seus conhecimentos com os importantes ensinamentos que receberam sobre a nossa religião e a nossa cultura. O islamismo difundiu-se tão rapidamente a ponto de se tornar uma das religiões mais presentes no mundo. Ele nasceu na Arábia, onde está a cidade sagrada dos muçulmanos, a Meca. Cinco vezes por dia, nós muçulmanos, rezamos voltados para Meca. O Islã exige de nós uma vivência integral da fé transmitida por Alá ao profeta Maomé e que se encontra no Alcorão, o nosso livro sagrado é escrito em língua árabe. Por isso, nós muçulmanos, nos esforçamos para colocar em prática as nossas crenças, inclusive em nossa vida social e política. (Vamos lembrar alguns dos preceitos religiosos do islamismo)

Pois bem, amigos, ao fazermos esta retrospectiva da caminhada do ano, pudemos aprender e enriquecer o nosso conhecimento. E isso é muito bom!

Convido-os, agora, a responderem as seguintes perguntas: 1. Quais as semelhanças e as diferenças que encontramos nas religiões apresentadas? 2. Quais são os principais ensinamentos que nos transmitem essas religiões? 3. Em sua religião, quais são os aspectos ou valores que vocês mais gostam e apreciam?

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s religiões se encontram e dialogam por meio da espiritualidade expressa por seus fiéis nas atitudes de solidariedade, na acolhida permeada pela compreensão e na promoção da vida. A busca pela justiça, pela dignidade e pela vida em todas as suas dimensões: saúde, família, tradição, cultura, religião, sociedade etc, são vias pelas quais todas as religiões circulam. Há uma conexão, entre elas, que evidencia um verdadeiro tratado de paz que compõe um etos mundial. Por onde quer que se ande nesse mundo, encontra-se uma “estação” de religiosidade: um templo religioso, um grupo reuni-

VOCÊ JÁ OUVIU FALAR NA RAINHA RANIA?

Ela é a rainha da Jordânia – país do Oriente Médio, esposa do rei Abdullah Il. O casal tem 4 filhos e, desde que assumiu o reino, em 1999, Rania tem dedicado parte da sua vida às causas das crianças e mulheres, dos meios menos desfavorecidos, através de inúmeras instituições das quais é fundadora. Em seu trabalho social, Rania promove atividades que abordam temas como educação, saúde, direitos, segurança e ambiente. Dentro destes temas, as atividades de Rania se ampliam na promoção da melhoria da qualidade de vida das famílias, na proteção das crianças contra a violência, na valorização da educação e no desenvolvimento de projetos e boas práticas no domínio da microfinança. A rainha estabeleceu um diálogo intercultural com o objetivo de semear a compreensão e a tolerância no mundo por meio de uma agenda de visitas a vários países. Em 2008, a rainha Rania esteve no Brasil e visitou o projeto Cidade-Escola Aprendiz – apoiado pela UNICEF - na vila Madalena, em São Paulo. Ela ficou muito impressionada e comovida com o interesse das crianças e dos adolescentes brasileiros pelo aprendizado. Em 2009, por ocasião da visita do papa Bento XVI à Jordânia, Rania escreveu em seu twitter: “Acabo de ouvir o discurso do Papa. Nossa região precisa muito de uma mensagem de paz”. Convicta dos ideais humanitários, a rainha declarou: “Devemos fazer esforços para aprendermos mais uns com os outros (...), o diálogo e a compreensão são o melhor antídoto contra o medo do desconhecido”. Para que o mundo muçulmano e o mundo ocidental se conheçam melhor, a rainha Rania tem apelado às causas solidárias e à compreensão entre os povos e as culturas do oriente ao ocidente.

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ara os povos indígenas, a terra é fonte e mãe da vida, o espaço vital, a garantia da existência e reprodução. Não é possível imaginar um povo indígena sem terra. Por isso, a defesa do território equivale à defesa da sobrevivência material e espiritual. O que acontece com a terra acontece com os filhos da terra. A terra não é, como na mentalidade capitalista de propriedade individual,

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do em oração, um ícone místico ou uma espiritualidade vivenciada em comunidade. É importante entender que a solidariedade e o espírito humanitário, frutos de uma espiritualidade colocada em prática, ultrapassam fronteiras, não tem idade, nível social ou confissão religiosa. Não há uma fórmula ou modelo pronto de como viver uma espiritualidade. Ela é uma virtude que pode ser percebida tanto em pessoas ilustres e renomadas, como também em pessoas devotadas que vivem seu dia a dia à luz de valores que elevam a pessoa humana.

A “IRMÃ DULCE CATARINENSE” Ketty Klingelfus Merlim é uma senhora profundamente religiosa, mãe de sete filhos e, embora fragilizada fisicamente pela idade, dedica-se, com entusiasmo admirável, nas obras de promoção humana. Junto com seu esposo, o médico Dr. Eros Clovis Merlim, trabalhou durante muito tempo no Instituto de Psiquiatria de Santa Catarina, demonstrando todo o seu afeto e solidariedade para com os doentes. De lá prá cá ela não parou mais de fazer o bem e, até hoje, dedica-se no auxílio aos mais abandonados da sociedade. Dona Ketty foi catequista, professora de Ensino Religioso, voluntária em hospitais e ministra católica da Eucaristia. Quem vê dona Ketty pessoalmente, mal acredita que aquela pequena senhora, de corpo franzino e caminhando com imenso esforço, revela uma grandiosa mulher, dona de dignidade ímpar e fé inabalável. Periodicamente, ela leva conforto espiritual a pacientes nos hospitais e em suas próprias residências. Seu lema: “Servir, servir sempre, mas nunca dizer ou falar de onde provem os recursos, pois a doação faz parte da alma e do coração”. Pelos amigos ela é carinhosamente chamada de “Santinha Ketty” e não são poucos os que a veem como a humilde “Ir. Dulce Catarinense”.

algo que pode ser comprado ou transferido segundo as leis do mercado. A terra, para os povos indígenas, não é só a base do sustento, mas também o lugar onde jazem os ancestrais, onde se reproduzem a cultura, a identidade e a organização social. Ela vai além disso, pois a terra abrange o solo e o subsolo, a flora e a fauna, a água e o ar, como também os lugares sagrados. Por tudo isso, os indígenas reivindicam que seja reconhecido e respeitado seu direito à terra, isto é, os seus territórios historicamente definidos, sem os quais sua existência, enquanto povos étnica e culturalmente diferenciados, ficaria comprometida. Fonte: Revista Porantim / Março de 2009

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or “lugar” se entende um local como ponto próprio para alguma coisa, uma porção na superfície terrestre ou um espaço de identificação e familiaridade com alguma coisa. Um “lugar sagrado” pode ser identificado pelas manifestações do fenômeno religioso que nele ocorrem e o valor a ele atribuído. A partir da manifestação do sagrado ocorrido em um espaço, ele passa a ser reconhecido como tal. Assim, lugar sagrado é um espaço físico, ou não, onde acontece a manifestação e o encontro com o Transcendente.

Muitos são os lugares denominados sagrados, como, por exemplo: Lugares da natureza: matas, lagos, rios, montanhas, caminhos e outros. Lugares construídos: templos, igrejas, mesquitas, mausoléus, cidades ou cemitérios. Lugares significativos: onde nasceu ou morreu uma pessoa religiosa ou um mártir, como: casas, cidades, terrenos, catacumbas, pirâmides, cemitérios.

Jerusalém

É a cidade sagrada dos judeus, dos cristãos e dos muçulmanos. Para os cristãos, Jerusalém tem um significado especial, pois lá Jesus fez grande parte de suas pregações e foi morto. Por ser considerada Terra Santa, Jerusalém recebe muitos peregrinos cristãos e visitantes de religiões do mundo inteiro. Nessa cidade, os cristãos percorrem o mesmo caminho que Jesus fez subindo o Monte Calvário, onde foi crucificado – a Via Sacra.

Muro das Lamentações

Em Jerusalém encontra-se também o Muro Ocidental, mais conhecido como “Muro das Lamentações”. Ele é o lugar mais sagrado e venerado pelo povo judeu por tratar-se de uma relíquia do último templo de Jerusalém. O Muro das Lamentações, conforme se encontra na atualidade, é uma parte pequena da muralha que Herodes construiu no ano 20 a.C. ao redor do segundo Grande Templo, o qual foi destruído no ano 70 d.C., pelo general Tito, futuro Imperador romano. Esta parte do muro foi deixada por Tito com o objetivo de mostrar, às gerações posteriores, o poder dos romanos. No aniversário da destruição, os judeus iam lamentar a dispersão de seu povo e choravam sobre as ruínas do Templo. Nos dias atuais, o Muro das Lamentações é considerado um lugar de júbilo nacional e de culto religioso, por isso muitos fiéis judeus e também católicos visitam este lugar sagrado para orar e depositar seus desejos por escrito nos vãos entre as pedras da

construção, conforme fizeram os Papas: João Paulo II e Bento XVI

Meca

É a cidade sagrada dos muçulmanos, localizada na Arábia Saudita. Foi em Meca que o profeta Maomé proclamou o Islamismo e onde se encontra uma mesquita que abriga a Caaba (Cubo). A Caaba é coberta por um manto negro que contém várias inscrições em ouro. Dentro dela está a rocha sagrada que, segundo a tradição, caiu do céu e foi ofertada por Abraão. A rocha que era branca ficou negra ao absorver os pecados do homem. Está escrito no Alcorão que o devoto muçulmano deve orar cinco vezes em direção à Meca (salat) e peregrinar até lá pelo menos uma vez na vida.

Varanasi

É a cidade da Índia considerada a mais sagrada do hinduísmo. Além de ser o ponto mais importante de peregrinação para os hindus, também é tradicionalmente associada à prática da cremação. Varanasi é onde está situado o rio Ganges, um dos rios mais sagrados do hinduísmo, a ponto de ser considerada divindade materna. Um conjunto de tradições e costumes acontecem ao longo do Ganges como, por exemplo, espalhar nele as cinzas dos entes queridos que foram cremados nas suas margens. Muitos hindus acreditam que o Ganges pode limpar uma pessoa de todos os seus pecados e curar

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lém dos lugares sagrados localizados em importantes espaços e monumentos, existem ainda os lugares sagrados em nossa cidade, em nossa comunidade, em nossa casa.

1. Aumente seu conhecimento pesquisando e reconhecendo os lugares / espaços sagrados da sua comunidade, não se esquecendo de contemplar as várias religiões. 2. Que tal convidar representantes das religiões apresentadas nesta edição para visitar sua escola e falar para sua turma sobre a religião que professam?

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No entanto, algumas pessoas profundamente espiritualizadas, como Gandhi, Francisco de Assis, Buda, ... podem se apresentar também a nós como um “lugar sagrado”, por causa de suas originais experiências místicas. As expressões religiosas são as que mais consagram espaços como lugares sagrados, uma vez que a manifestação do sagrado é própria da identidade e da fundamentação de uma religião.

doenças. Por esta razão, os religiosos hindus acreditam que sua vida não é completa sem um mergulho em suas águas.

Terreiro

O Terreiro é o lugar sagrado das tradições religiosas afro-brasileiras. Os terreiros de umbanda e candomblé, além de serem lugares sagrados, são também locais de resistência e preservação cultural. Neles ocorrem, além das manifestações religiosas, o encontro da comunidade, integrando as crianças e os adultos.

Sagihengu e Kamukuwaká

Para os indígenas, toda a terra é um lugar sagrado, bem como todos os elementos que ela contém. Recentemente os espaços sagrados de Sagihengu e Kamukuwaká, do Alto-Xingu, no Mato Grosso, foram tombados como patrimônio cultural do Brasil. A proposta foi apresentada pelas etnias Waurá, Kalapalo e Kamayurá e reforçada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan, recebendo aprovação unânime dos avaliadores. Os dois lugares sagrados sediam parte do Kwarup, a maior festa ritualística entre os povos do AltoXingu e são compartilhados pelas nove etnias que formam seu complexo cultural. Sagihengu, onde começa o ritual Kwarup que é vital para a existência dessa comunidade indígena, “é lugar que tem remédio para ficar forte e bonito e para sonhar com vida longa”, explica o indígena.

• Realize um passeio com sua turma pela comunidade ou centro da cidade e procure identificar os lugares sagrados. • Faça registros fotográficos e entreviste pessoas perguntando sobre o que representam os lugares sagrados para os moradores da cidade (igrejas, templos, terreiros). • Apresente o trabalho para toda a escola.

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alavra de origem - grega homos (igual) + latim sexus (sexo) - que quer dizer atração física, emocional e estética por outro ser do mesmo sexo. Estudiosos da ciência psicológica garantem que não se trata de uma escolha consciente, pois ninguém quando começa a vida sexual fica perguntando se gosta de meninos ou meninas. O desejo emocional e sexual, por pessoas do mesmo sexo, surge espontaneamente, da mesma forma como acontece com os heterossexuais. A homossexualidade é, portanto, uma das variantes, isto é, uma das formas de expressão da sexualidade humana. A partir desse conhecimento, faz-se necessário romper com uma das mais perversas formas de violência que vem sendo fomentada ainda hoje: o preconceito. Quando o assunto em pauta é a homossexualidade, o preconceito do brasileiro já começa na escola. Mesmo aprendendo, nas diversas disciplinas curriculares, que as diferenças existem e devem ser respeitadas e encaradas como necessárias para o desenvolvimento de cada um, ainda assim, é preciso aprender a arte de ensinar a conviver com estas diferenças, sejam elas de cor, raça, religião, econômica, social e de orientação sexual. No entanto, muitas vezes, pais, professores e educadores esbarram no seu próprio preconceito.

Geraldo Vandré, de forma muito sábia, cantou:

“Caminhando e cantando e seguindo a canção, somos todos iguais braços dados ou não. Nas escolas, nas ruas, campos e construções, caminhando e cantando e seguindo a canção. Vem, vamos embora, que esperar não é saber, quem sabe faz a hora, e não espera acontecer”. Sabe-se que, ao longo da história da humanidade, os aspectos individuais da homossexualidade foram admirados ou condenados, de acordo com as normas sexuais vigentes nas diversas culturas e épocas em que ocorreram. Na sociedade atual, dita moderna e até pós-moderna, a cobrança sexual é tão grande que o preconceito encontra terreno fértil. Basta prestar atenção na escola: se um menino parece efeminado ou uma menina é embrutecida, logo são tachados de homossexuais. É preciso cultivar o respeito pelas diferenças e este respeito deve ser ensinado pela família e pela escola. O professor tem que preparar os alunos para entenderem e respeitarem as individualidades, dentro de seus limites. Essa orientação precisa partir da direção da escola, mas, geralmente, não é isso que acontece. É notória, em conversas com professores, a dificuldade por eles encontrada para lidarem com o assunto. Vale ressaltar que, mesmo sendo a educação sexual matéria obrigatória dentro dos Temas Transversais dos novos Parâmetros Curriculares Nacionais, estabelecidos pelo Ministério de Educação e Cultura (MEC), as aulas de educação sexual, em muitas escolas, ainda se resumem à descrição do aparelho reprodutor feminino e masculino ou ao uso de “camisinha”.

C

Os professores devem ser incentivados a introduzirem em suas aulas, além dos temas mencionados, outros, como a homossexualidade, tendo enfoque no respeito ao outro e na escolha por ele realizada. Devem ainda fomentar uma convivência fraterna de amizade, confiança e solidariedade. Em pesquisas realizadas com adolescentes que se declararam homossexuais, estes revelaram a dor e o sofrimento a que foram submetidos por serem “diferentes”. É triste dizer, mas muitos são os adolescentes que, não conseguindo mais conviver com tamanha discriminação, abandonam a escola e seus projetos por acharem que não são dignos deste direito. Faz-se urgente refletir: com que direito se julga e se maltrata pessoas, só porque pensam diferente, agem diferente e gostam de coisas diferentes? Como é possível tamanha perversidade? Chega de discursos coloridos de inclusão social quando não conseguimos conviver e nem respeitar pessoas que querem se encontrar, se aceitar e ser aceitas. Professores são formadores de opinião, por isso devem cuidar para trabalhar o respeito às diferenças, sejam elas quais forem, pois o respeito à diferença permite um clima de mais companheirismo na escola, na família e na sociedade em geral.

om este livro termina aquele corre-corre para preparar uma aula, um encontro, uma palestra e, além disso, a celebração das datas será enriquecida. Você terá uma biblioteca em um só livro. A educação deve estar integrada à vida concreta das pessoas. Esta obra é um subsídio para ser utilizado por diversas disciplinas escolares e também na fomação de grupos de jovens, movimentos, pastorais, associações, ONGs e outros grupos comprometidos com a construção de um mundo mais solidário e justo para 1. Você consegue identificar se possui precontodos. ceitos? Caso consiga, quais são?

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ste livro é o resultado de reflexões publicadas no Jornal Missão Jovem. Procura levar as pessoas a refletir e atuar com mais realismo e otimismo sobre a vida. Esta obra está dividida em quatro grandes blocos. O primeiro apresenta reflexões sobre a educação, relacionado-a com diversas dimensões da vida: cidadania, religião, meio ambiente, sexualidade, trabalho, política, entre outros. O segundo apresenta atitudes fundamentais para uma boa educação. No terceiro bloco, o livro apresenta questões mais próximas do dia a dia: relacionamento, namoro, família, as características evolutivas da família... Por último, são expostos temas um pouco mais genéricos: o primeiro emprego, a globalização, a internet, a corrupção, as drogas etc.

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2. Você conhece alguém que tem sido vítima de preconceito? Por que esta pessoa é vítima? 3. Você sofre algum tipo de preconceito? 4. O que você acha das diferenças existentes entre as pes-

soas?

5. Quando estas diferenças são positivas e quando são negativas?

6. O que você achou do tema abordado?

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Um breve histórico da Ilha:

Religiões predominantes: hinduísmo, isla-

mismo, budismo e cristianismo. Alfabetização: 98% Índice de empregos: 100% Ausência de tumultos raciais. A polícia não carrega armas. É prática comum a celebração de festas entre diferentes crenças. Na África, tem a mais longa história ininterrupta de democracia.

Coexistência pacífica? Falam de Maurício como um exemplo de coexistência pacífica. Para mim isso já está ultrapassado. Eu acredito mais que as coisas se desenvolvem em termos de uma interação ativa entre as diferentes comunidades que vivem neste país. Pelo fato de existirem aqui tantas culturas e comunidades, nós fomos acostumados a cuidar dos outros, a escutar os outros, suas opiniões. A ideia é tentar pegar um pouco de cada um e conseguir encontrar, no final, um resultado melhor que os outros.

Após essas informações, a partir de cenas do cotidiano, o interesse pela realidade desta ilha aumenta: como pode? Vamos agora ouvir o que brota da experiência dos próprios habitantes: um grupo de cidadãos de Maurício, um muçulmano, um hindu, um padre, um europeu, um chinês, ... dialogam sobre a vida em seu país.

Eu não posso viver sem... Se eu acordasse uma manhã e alguém, ou qualquer um dos componentes da comunidade de Maurício tivesse desaparecido, para mim seria completamente desastroso. Eu não posso viver sem os chineses, os muçulmanos, os hindus, os creoules, os descendentes de franceses. Eles fazem parte da minha humanidade. Eu estaria incompleto.

Nós apenas reconhecemos o direito de cada um de ser diferente O Cardeal Pagiot, bispo de Maurícios, fez uma declaração que descreve muito bem isso: nós deveríamos considerar cada grupo racial ou cultural como uma fruta, como uma maçã, uma pera, uma manga. Nós não devemos fazer de Maurício uma geléia, tendo um só sabor, sim, devemos fazer uma salada de frutas, onde cada fruta mantém o seu próprio sabor e o seu aroma individual.

Ofender as suscetibilidades Nós não dizemos nada para ofender as susceptibilidades culturais ou religiosas de qualquer um dos grupos. E este é um princípio cardeal para se viver aqui: que as pessoas nunca se ofendam deliberada ou acidentalmente.

Nós temos orgulho dos nossos ancestrais e dos nossos valores ancestrais Somos cinco ou seis culturas, religiões e etnias diferentes, mas cada um tem sua própria sociedade. Os hindus, os chineses, os muçulmanos... cada povo tem sua própria identidade. O importante é que cada um se sinta feliz dentro de sua sociedade. É só dessa forma que eles podem viver com outras culturas. As diferenças são uma vantagem para Maurício Eu tive a oportunidade de frequentar a escola com hindus, muçulmanos e cristãos. Desde a minha infância tenho vivido nesse ambiente e, portanto, não acho essas diferenças tão estranhas. Eu as considero normais. Eu gosto delas. Elas são uma vantagem para Maurício. Eu não gostaria que isso mudasse e todos falassem a mesma língua, praticassem a mesma religião, comessem a mesma comida ou se vestissem iguais. É isso que torna as sociedades grandes tão chatas.

A tradição ensina a estender a mão Eu acho que, depois de todos os problemas que enfrentamos em Maurício, nós conseguimos entender que não há nada melhor que compreender, ajudar, compartilhar e estender a mão a quem está perto de você. Eu acho que as mulheres, que trabalham nos campos de cana-de-açúcar, preservaram esta tradição. Por exemplo, a mulher creoule não hesitaria nem um minuto em ajudar a mulher hindu a completar a sua tarefa. É algo extraordinário que eu amo.

I N T E R A Ç Ã O

A T I V A

O amor Não há religião no mundo que pregue algo contrário ao amor, à fraternidade universal e à tolerância. Uma hora ou outra, a qualquer momento, algum festival religioso está acontecendo, alguma tradição religiosa está sendo praticada, o que lembra ao cidadão de Maurício a necessidade de unir-se aos valores mais elevados. Para fazer um homem Você não pode crescer num pequeno núcleo familiar e tornar-se alguém capaz de viver em harmonia com a sociedade. É necessário um povoado inteiro para fazer um homem. Em Maurício nós temos esse povoado. Existem tensões Maurício é uma grande família, e como em toda família existem tensões, diferenças, ... mas, ao mesmo tempo, aqui é um lugar em que, mesmo que você disque o número errado, você pode ficar conversando por meia hora. Todos se conhecem. Um jardim com um só tipo de flores? Imagine-se vivendo numa ilha do Oceano Índico onde todos falam a mesma língua e têm a mesma religião. Em Maurício não é assim. Graças a Deus nós somos diferentes! Um jardim com um só tipo de flores seria um jardim sem graça e eu realmente acredito que as nossas diferenças são uma grande vantagem, pois tornam as coisas muito mais interessantes, especialmente agora que o mundo tornou-se um só grande lugar.

Texto retirado do DVD que acompanha o livro “O 8º Hábito”, de Steven Cowey. Neste filme é feito um retrato de Maurício, uma ilha Estado que fica no Oceano Índico. O texto completo está no site: www.otranscendente.com.br.Vale a pena trabalhálo com os alunos de Ensino Religioso de 7ª e 8ª série ou com o Ensino Médio em Filosofia, Sociologia ou áreas afins.

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1. Através da “interação ativa”, pessoas de convicções religiosas diferentes podem chegar a soluções comuns?

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Professor (a), A saúde é um direito de todos e, portanto, é assunto para ser tratado com muita responsabilidade em sala de aula, procurando abranger todas as dimensões: física, mental, psíquica e espiritual. Este estudo fará o(a) aluno(a): • Compreender que a saúde é produzida nas relações com o meio físico e social; • Identificar os fatores de risco que comprometem a saúde dos indivíduos; • Perceber a necessidade de adotar hábitos de auto-cuidado.

Em Maceió (AL), pesquisa realizada indica que 30% dos alunos das 120 escolas da rede pública estadual, entre 10 e 20 anos de idade, estão envolvidos com o tráfico de drogas ou viraram viciados. Em Salvador (BA), de 2006 a 2009, quase seis mil novos usuários passaram a ser atendidos pelo Programa de Redução de Danos, da Universidade Federal.

Notícia al armante:

Consumo de crack cresce sem controle no Brasil O crack é uma droga derivada da cocaína e que está se tornando um flagelo nacional uma vez que se alastra por todo o país atingindo diferentes classes sociais, adentrando nas casas e invadindo as escolas. Por todo o Brasil são vários os registros de escolas que foram invadidas por usuários de crack e também por traficantes que destroem banheiros e pavilhões, roubam torneiras e fiação elétrica, quebram janelas e roubam esquadrias, enfim, depredam o patrimônio público para sustentar seu vício e manter a roda viva do uso de drogas. Normalmente o usuário se envolve tanto que aceita vender a droga para manter o vício. Como dependente, ele não consegue mais resistir e consome o estoque criando dívidas, restando, então, a necessidade de roubar, prostituir-se e até matar para conseguir dinheiro para adquirir a droga da morte.

No Rio de Janeiro (RJ), estima-se que pelo menos 800 pessoas, em situação de risco, são viciadas em crack. No Estado de Santa Catarina, a média mensal de apreensão do crack cresceu 59,93% no primeiro semestre de 2010 em comparação com o ano de 2009.

No Rio Grande do Sul do total de 809 crianças e adolescentes protegidos pela Fundação de Proteção Especial do Estado, em 2005, 51 (6,91%) tinham menos de três anos. Hoje, os pequenos somam 97 (15,8%) dos 695. Em Belo Horizonte-MG, as pesquisas revelam que, até 1996, quando o crack era incipiente naquela cidade, as mortes provocadas por conflitos gerados por drogas ilícitas eram 8,3% do total. Entre 2005 e 2006, esse índice quadruplicou para 33,3%. No Brasil, segundo pesquisas do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime – UNODC, está crescendo assustadoramente a circulação do crack. Em 2002, 200 quilos da droga foram apreendidos, enquanto que, em 2007, foram 578 quilos, equivalendo a 81,75 do crack apreendido em toda a América do Sul. Dados oficiais dão conta de que essas tragédias se repetem em outras capitais e cidades brasileiras e de que a dependência do crack pode acontecer em qualquer família. Percebese, no entanto, que há maior incidência do uso desta droga em famílias desajustadas nas quais é comprometida a função paterna, sendo pais muito ausentes ou omissos.

As drogas podem ser consideradas como o mal deste século. Diante disso, a escola deve fazer parte do processo de prevenção.

SUGESTÃO DE APLICABIIDADE: 5º ano ao 9º ano e Ensino Médio. CONTEÚDO: Contextualizando os malefícios causados pelas drogas. OBJETIVOS: Conscientizar-se dos males causados pelas drogas, propi- TRANSVERSALIDADE: Ética, Cidadania e Saúde. ciando um exercício de cidadania e uma vida saudável; oportunizar a particiFUNDAMENTO: Alteridade, relacionamento permeado por limites éticos e pação do grupo.

A

atividade pedagógica possibilita envolver o modo de ver a realidade, a sociedade em que vivemos com perspectivas de desenvolver ações de prevenção, destinada prioritariamente a alertar que as drogas podem fazer vítimas entre nós: causam dependência, medo, dificultam a aprendizagem, distorcem o centro de percepção e a concentração levando à desagregação das famílias.

Procedimentos:

• Alunos em círculo. • O professor liga o aparelho de som. • Uma caixinha com perguntas sobre o tema trabalhado com os alunos passa de mão em mão. • O professor para a música de repente. • O aluno com quem está a caixinha retira da mesma um papel onde consta uma pergunta sobre o tema. • Caso o aluno não saiba a resposta, o papel é recolocado na caixinha e o mesmo deverá pagar uma multa suge-

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morais.

Estabelecer ações concretas que permitam buscar um novo tempo, a paz, a força espiritual, tratando de dar outro sentido à vida, onde as pessoas valham pela dignidade de seres humanos completos e livres das drogas. Neste contexto, a atividade pedagógica oportuniza ações propostas com a vivência humana, levando em consideração a vida, o amor, o jeito de ver o outro e as possibilidades de não cair no vício.

rida pelo colega que estiver ao lado (exemplo: recitar uma poesia, criar um slogan etc.). • A música continua e a dinâmica também.

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

• Oportunizar a vivência humana, levando em consideração a vida e as possibilidades de não cair nas drogas. Isto é um exercício de cidadania! Fale com a professora Maria da Conceição: E-mail: cm.raimundo@yahoo.com.br

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Os alunos estão de parabéns e também a escola, o professor e a professora que os motivaram na produção dos trabalhos. Foram muitas as produções enviadas e todas mereceram nossa atenção, porém, como estabelecemos alguns critérios para avaliação, foi por meio deles que escolhemos os seguintes trabalhos com o tema:

Caros Educadores de Ensino Religioso do Brasil. É com muita alegria que apresentamos o resultado do CONCURSO 2010: Categoria 4º E 5º ano:

Categoria 6º ano:

1ª Lugar: BRUNA MAKI UTSUNOMIYA HOSA Profª Indionara B. Bertoncello Colégio Bom Jesus Palmas - PR

1º Lugar: LILIANI DE SOUZA FLOR Profª Maria da Conceição M. B. Raimundo EEB Profª Justina da Conceição Silva Imbituba - SC

2º Lugar: ISADORA MARQUES DE CAMPOS Profª Maria da Conceição M. B. Raimundo EEB Profª Justina da Conceição Silva Imbituba - SC

2º Lugar: ISABELE BENEDETTI SELBEN Profª Adriana C. Kozelski Colégio Bom Jesus Palmas - PR

3º Lugar: MICHELLY MARIANO KOCHANSKI Profª Maria da Conceição M. B. Raimundo EEB Profª Justina da Conceição Silva Imbituba - SC

3º Lugar: JÉSSICA LUIZA PALAVICINI Profª Adriana C. Kozelski Colégio Bom Jesus Palmas - PR

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CATEGORIA 7º ANO:

1º Lugar: THUINI LUIZI RIGATTI Profª Adriana C. Kozelski Colégio Bom Jesus / Palmas - PR 2º Lugar: JULIANA V. DO NASCIMENTO Profª Gisélia Paladini EE Profª Ondina Mª Dias Tijucas - SC 3º Lugar: Equipe: ANDRESSA B. TOMASONI e LEIDIANI C. DA SILVA Profª Gisélia Paladini EE Profª Ondina Mª Dias Tijucas - SC

o final do ano passado O TRANSCENDENTE lançou uma proposta aos professores de Ensino Religioso do Brasil para apresentar seu Ponto de Vista em relação à prática da disciplina de ER. Agradecemos a todos que nos enviaram suas ricas produções a partir do seu modo de ver e agir o ER enquanto disciplina da área do conhecimento, o que contribui para a formação integral dos estudantes. O objetivo desta campanha de OT foi montar uma coletânea de pareceres dos educadores do Brasil sobre a disciplina de ER, em constante processo de construção e, na sequência, divulgá-la para o conhecimento de todos. Assim, os trabalhos serão divulgados em nossas próximas edições, na íntegra

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CATEGORIA 8º ANO:

1º Lugar: FRANCIANE M. AMARAL GAIPO EE Joaquim Afonso Rodrigues Carmo da Mata - MG 2º Lugar: RAMOM GUÉRIOS RIBAS Profª Adriana C. Kozelski Colégio Bom Jesus Palmas - PR

CATEGORIA 9º ANO:

Equipe: EMILY G. ROSSI, LARISSA FELICIANO, GIOVANA ALVES ARIOS e LUIZ EDUARDO MORAIS Profª Gisélia Paladini EE Profª Ondina Mª Dias Tijucas – SC

3º Lugar: PAULA JENIFFER DOS S.VIRIATO EE Joaquim Afonso Rodrigues Carmo da Mata - MG

ou por tópicos referenciais. Pela sua participação, cada participante receberá um livro da Coleção Educação. (veja os trabalhos na íntegra no site: www.otranscendente.com.br) Destaques aos Professores:

• Profª Adriana Candido Delphino / Professora e Articuladora do Ensino Religioso em Jaraguá do Sul. • Profª Francisca R. Franco R. de Souza / Pedagoga Especialista, profª de ER - João Pessoa - PB • Profª Maria da Conceição Moreira Barreto Raimundo / Imbituba – SC • Prof. Rudimar Gomes / Passo Fundo - RS • Profª Vera Winkelmann

PARABÉNS A TODOS! A REDAÇÃO

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Parábolas são expressas em linguagens figuradas que servem para esclarecer ensinamentos. São narrações alegóricas nas quais o conjunto de elementos evoca, por comparação, outras realidades de ordem superior. São narrativas, imaginadas ou verdadeiras, que se apresentam com o fim de ensinar uma verdade. As parábolas revelam as pessoas em sua maneira de proceder e de viver. Algumas parábolas ensinam uma simples lição moral. Outras, uma profunda verdade espiritual.

O fabricante de lápis disse aos seus lápis: – Há cinco coisas que vocês precisam saber antes de eu enviá-los ao mundo. Sempre se lembrem delas, para se tornarem os melhores. – Primeira: vocês poderão fazer grandes coisas, mas só se estiverem seguros na mão de alguém. – Segunda: vocês experimentarão um doloroso processo de serem afiados de vez em quando, mas isso é necessário se quiserem se tornar melhores. – Terceira: vocês têm a habilidade de corrigir qualquer

mal entendido que puderem ocasionar. – Quarta: a parte mais importante em todos vocês sempre estará do lado de dentro. – Quinta: não importa a condição, vocês devem continuar a escrever. Vocês devem sempre deixar uma marca clara e legível, não importa quão difícil seja a situação. Os lápis entenderam os ensinamentos, prometendo lembrar-se sempre, e entraram na caixa compreendendo completamente as lições do seu fabricante. Autor desconhecido

Professor, professora: A partir da Parábola do Lápis construa, com seus alunos, um rico momento de formação, analisando os vários aspectos apresentados a respeito do lápis e relacionando-os com a missão e compromisso que cada pessoa tem diante da vida.

E

sta coleção com cinco livros contendo mais de 500 histórias, leva o leitor a compreender realidades fundamentais da vida através de contos de várias culturas e povos. Os professores, pais e lideranças, em geral, terão neste livro o apoio que precisam para educar, preparar reuniões e encontros, conduzir orações em grupo, entre tantas outras atividades do educador comprometido.

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