Jornal ubatubense1

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1896 ANO DA FUNDAÇÃO DA ESCOLA DR. ESTEVES DA SILVA O Grupo Escolar Dr. Esteves da Silva foi fundado em 18 de julho de 1896, em Ubatuba (SP). A imagem acima (à esquerda) mostra a inauguração da secção feminina que aconteceu às 11 horas do dia 30 de setembro de 1897, um ano após sua fundação. À direita, vemos o seu primeiro diretor, o professor Luiz Mariano Bueno, que se manteve no cargo por 11 anos, da fundação até 19–03–1907, quando pediu licença para tratamento de saúde, vindo a falecer em 29-03-1908. Antes, porém, designou o competente colega, o professor Cel. Luiz Domiciano da Conceição, para substituí-lo. (Dados extraídos do livro de atas) – Nenê Veloso-Ubaweb

UBATUBA CARNAVAL 1960 Naquele tempo pular carnaval em Ubatuba era uma pura e sadia diversão familiar, bem diferente da Ubatuba de hoje.


Decada de 70 - Baile de Carnaval no Itaguรก Praia Club (Atual Tom Bar). Maestro Herculano comanda a banda com Luiz e Eni ao microfone. Maneco, Quinzinho e Luiz Oliveira no instrumental.

UBATUBA 1933....21 DE ABRIL DE 1933 , O DIA EM QUE O PRIMEIRO AUTOMOVEL CHEGOU A UBATUBA.. Veja mais na pagina 03


GRANDES UBATUBENSES : DA MOTTA

Saúde e paz” são as primeiras palavras ao cumprimentar amigos e conhecidos. Transmite

uma tranqüilidade de quem já esteve em muitos lugares desta vida e, aos 75 anos, diz que estas são duas palavras fortes que resumem tudo o que o homem precisa. José Vicente Doria da Motta Macedo, casado com Izabel e pai de Sergio, Antonio Augusto, Lavinia, Daniel, Maria Lucia e Paulo, com 20 netos e 14 bisnetos é um artista plástico que conseguiu fundir a vocação de escultor com a de pintor resultando em obras de arte que ganharam projeção internacional. De sua oficina no Perequê-Açu, frequentada por rolinhas que não se intimidam com a presença de estranhos e permanecem ciscando, são produzidas pinturas no entalhe encomendadas por clientes de todo o Brasil e do exterior. Chegou em Ubatuba em 1967, teve uma convivência muito estreita com a escritora Idalina Graça, de quem foi hóspede, sua mãe espiritual e avó de seus filhos. “Provocou em mim uma evolução mental permitindo o encontro comigo mesmo”, diz. Frequentou curso com Collete Pujol, pintora de grande prestígio premiada pela Associação Paulista de Belas Artes e recebeu convite do prefeito Ciccilo Matarazzo para montar o museu pedagógico de Ubatuba. Define-se como um neo-acadêmico, mais folclorista do que religioso. As estátuas de santos estão espalhadas pelas igrejas da Ilha Anchieta (Bom Jesus), São Francisco (Ipiranguinha), São Pedro Pescador (Matriz), Santa Isabel (Ubatumirim). Sua produção é eclética e não tem idéia do número de entalhes e esculturas que já entregou, pois atende encomendas que vão desde paisagens simples da vida caiçara até santos chineses. Marca presença em Ubatuba há mais de 43 anos com sua arte exportada para Rússia, Alemanha, Itália, Canadá, Estados Unidos e Argentina, além de muitas regiões do Brasil. Defende a manutenção da nossa história e a preservação das origens na roça e não só do centro da cidade. Sua avaliação do mundo: “Nasci católico, freqüentei umbanda e cultos evangélicos, agora sou um terráqueo. Aprendi a conhecer o ser humano, resume Da Motta. ( Celso Teixeira Leite)


1933.......O PRIMEIRO CARRO CHEGA A UBATUBA Na tarde de 21 de abril de 1933, Ubatuba estava engalanada. Um arco florido emoldurava a Rua do Comércio ( a atual Rua maria Alves ainda era denominada Rua do Comércio), veja foto acima, por onde passaria triufante o automóvel pioneiro, inaugurando a Estrada Ubatuba – taubaté (a atual Rodovia Oswaldo Cruz). Gente na rua , muita gente, mas só os caiçaras, porque os “ turistas” vieram depoiAs crianças foram dispensadas mais cedo das escolas . E nas esquinas, marmanjões, sobraçando maços de rojões, mantinhamse em guarda , olhos voltados para o fim da rua, aguardando a nuvem de pó que denunciaria aa entrada triunfal do portador do facho vivo do progresso . Quatro horas , cinco, as seis uma garoa fina, muito fina começou a cair sobre a cidade. As sete, um defeito qualquer paralisou a pequena usina local que nos fornecia iluminação elétrica. As oito , tudo escuro, começou a dispersão. Pouco a pouco todos recolheram-se à suas residÊncias, decepcionados, tementes de que ainda desta vez pudesse falhar o ramo de esperança que parecia acenar sobre a nossa terra. Nove horas, estávamos em nossa casa, terminando o jantar e comentando o insucesso daquela tarde, quando ouvimos , distante, estourar um rojão. Poucos segundos depois, mais um , e outro mais. E já se ouvia aproximar, rouquenho, o fonfonar dos “ claquesons” de automóveis que penetravam na cidade pela rua principal. Encaminhando-nos ao Ubatuba-Hotel, do Armando Bohn, no Largo da Matriz, onde estavam reservados aposentos para os ilustres excursionistas, lá fomos encontrar os Srs. Dr. Luiz Silveira, diretor geral, respondendo pelo Expediente da secretaria da Viação; Coronel Dilermando de Assis, respondendo pelo Departamento de Estradas de Rodagem; Dr. Quirino Simões, diretor licenciado daquele Departamento; Anísio Ortiz Monteiro, Prefeito de Taubaté; Dr. Mariano Montesanti, engenheiro desbravador da estrada, e Ilidio Patto, encarregado das Obras. Merece também passar a história o motorista José de Oliveira, que conduziu um dos automóveis. Essa caravana logo se viu cercada da atenção do Prefeito , Capitão Deolindo de Oliveira Santos, que lhe ofereceu hospedagem, e dos Srs. Dr. Dante Paulino, Delegado de Policia; Oscar Amado da Cunha, Tabelião da Comarca; Prof. Ernesto de Oliveira Filho, Diretor do Grupo Escolar; José Bruno Rodrigues, Escrivão do Registro Civil; Dr. Benedito Sebastião Pires Nobre e outras pessoas representativas da cidade. No jantar que lhe foi oferecido ( à luz de lampiões e velas ) falou o Dr. Dante Paulino, manifestando o júbilo e o reconhecimento da população pelo alcance da obra que se inaugurava. Agradecendo, o Dr. Luiz Silveira disse que, momentos antes, ao adentrar a lendária cidade, naquela noite escura, garoenta, fria, ele estava certo de que via Ubatuba vivendo seus últimos instantes de um passado inglório , negro, desolador, acreditando que, no dia seguinte, o sol havia de surgir radioso e vivido, para despertar de uma nova era, promissora e feliz. Proféticas palavras do ilustre paulista ! Naquele precioso instante – 21 horas do dia 21 de abril de 1933 – a cremalheira que desandava, imponente na freagem da derrocada ubatubense, entrou em ponto-morto, para, no dia seguinte, agindo em sentido contrario, levar nossa terra para a frente, no rumo dessa trilha franca e luminosa de progresso, pela qual se vai conduzindo, certa de que, num futuro não distante há de ombrear-se, como estrela de primeira grandeza, com as da fulgurante constelação da hinterlândia paulista

Trecho do livro UBATUBA – DOCUMENTÁRIO, de Washington de Oliveira, paginas 2111 e 212


Caxorrada com X! Pois é isso mesmo, e sabe porque? Em 1976 foi fundada em Ubatuba uma escola de samba que tinha tudo para ser a melhor se não fosse a parcialidade de alguns "ditos conhecedores" que foram escolhidos para formar a comissão julgadora do Carnaval de Ubatuba do ano seguinte. As escolas desfilaram frente ao palanque da comissão, mostraram suas comissões de frente, seus abre alas, suas alas, seus passistas, seus carros alegóricos, a rainha da bateria e a bateria. Algumas diferenças eram visíveis, para qualquer leigo. Enquanto uma escola desfilava com camiseta Hering, outra mostrava plumas, penas de pavão, brocais, miçangas e paetês. Mas para os "ditos conhecedores" isso não bastava e as notas foram dadas. Para a HERING nota 10 e para o resto nota 7. Que CACHORRADA. Daí surgiu a CAXORRADA. Fundada, em 1977, por pessoas conhecidas em Ubatuba (Richard, Nenê, Vital, Toninho Gomes, Toninho Sapo, Gino, Orlando Araca, Carlito, Daíco, Sérgio Epifânio, Aladinho, Augostinho, Zé Cruz, Ermelinda, Dona Elisa, Seu Dirvanil, Íte, Cajú, Geraldinho, Pico e Giba), que para mostrar seu descontentamento saiu no ano seguinte (1978) com o nome de CAXORRADA, com fantasias bem escrachadas, com uma nota 10 no peito, onde os homens saiam vestidos de mulher e as mulheres vestidas de homem.O que nunca se pensou é que aquela iniciativa teria tamanha aceitação a ponto de durar até os dias de hoje. Daí para frente foi instituído o mascote do Bloco que não poderia ser outro senão um cachorro, que era montado em cima de um Fusca, lá na oficina do Meirimar e do Zézinho, com a colaboração do Marci, Bioco, Zezinho, Ideo, Meirimar, Donizete, Pintado, Baquinha, Carlinhos, todo em estopa branca com manchas pretas. Ano a ano ele recebia nomes de acordo com situações do momento, tais como O CÃOJUNTIVITE, inspirado na praga da conjuntivite, O ROKÃO ( ano do ROCK IN RIO), O CÃODIDATO (nas eleições das Diretas), O BIONICÃO (candidato Biônico), O CÃOMISINHA (quando da campanha contra a AIDS), CÃOLORIDO (Collor de Melo), REICÃO e outros mais. ( Extraido DO site www.ubaweb.com )


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