JORNAL UBATUBENSE – Com fatos e fotos da história de nossa querida Ubatuba Antiga – Ubatuba, 22 de Março de 2015 – Ed. 004 – 2015 – Ed. Silvio C.Fonseca – Contato silcefon@gmail.com
POR QUE SE CHAMA ILHA ANCHIETA
Placa recepciona os turistas na entrada da Ilha Antes de ser palco para a rebelião em 1952, a Ilha Anchieta já teve como elenco outros habitantes como as tribos de índios tamoios, tupinambás, além de europeus, entre eles, Portugueses, Holandeses, Franceses, búlgaros, que ajudaram a escrever a história desse lugar. Muita coisa aconteceu com a chegada dos jesuítas José de Anchieta e Manoel da Nóbrega, que acabaram fazendo um acordo com o Cacique Cunhambebe, pois os indígenas se armaram e partiram para o ataque contra os portugueses, para que desocupassem suas terras. O apelo de Anchieta, que pedia paz para os índios e outros habitantes, ficou conhecido como o primeiro tratado de paz das americas como “A paz do Iperoig”, que é comemorado em Ubatuba todos os anos até hoje. Na época o lugar era conhecido como Tapira (Lugar Calmo) ou Pô-Quâ, que aos poucos foi se desenvolvendo com a chegada de outras etnias, tornando-se um povoado com construções como a capela, a escola e o cemitério onde enterravam seus entes queridos. Alguns anos se passaram e Tapira ganhou uma nova designação: “Freguesia do Senhor Bom Jesus da Ilha dos Porcos”. Em meados de 1900, quando termina a construção do presídio, desapropriando milhares de famílias caiçaras, a colônia penal não levou duas décadas e foi desativada, transferido os presos para a Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté (CCTT). “Ilha dos Porcos” como ficou conhecida, teve o presídio reativado abrigando presos políticos, e menores infratores, como foi o caso do Jovem chamado Antonio Francisco Alves “Escoteiro” que foi enviado para ilha, porque era porteiro em casas de bingo em São Paulo, avisando quando a polícia se aproximava para revistar o local. Nesta época, além dos presos políticos passaram a viver soldados, civis e seus familiares. O nome do presídio foi mudado para presídio político da “Ilha Anchieta” em homenagem ao jesuíta, fato que se deu em 19 de março de 1934. FONTE :http://rumosjc47.blog.terra.com.br/
CACIQUE CUNHAMBEBE
Cunhambebe, que significa "língua que corre rasteira" ou ainda "hábil negociador", foi um chefe indígena Tupinambá que dominou todos os caciques Tamoios da região compreendida entre o Cabo Frio (Rio de Janeiro) e Bertioga (São Paulo) durante o século XVI. Este guerreiro de quase dois metros de altura, que percorria todo o território sob seu domínio para se manter a par de tudo o que acontecia, foi aliado dos franceses que se estabeleceram na baía de Guanabara em 1555 (França Antártica). Cunhambebe era recebido pessoalmente por Nicolas Durand de Villegagnon, então presidente da França Antártica. É citado nas obras do relogioso francês André Thevet (Singularidades da França Antártica) e do mercenário alemão Hans Staden, que dele foi prisioneiro entre 1554 e 1557. Faleceu de "peste" (provavelmente varíola) após a chegada dos colonos franceses de Nicolas Durand de Villegaignon à Guanabara. Segundo Capistrano de Abreu, houve não apenas um, mas dois Cunhambebes. O pai era o famoso guerreiro que certa vez Hans Staden encontrou em pessoa na serra de Ocaraçu (atual conjunto de morros do Cairuçu, ao Sul de Paraty, região de Trindade). A este Cunhambebe também teria alcançado André Thevet. Alguns anos após a morte deste Cunhambebe, o padre José de Anchieta teria encontrado o Cunhambebe filho, em Yperoig, rio das Perobas (atual cidade de Ubatuba), para as negociações que deram origem ao Armistício de Yperoig - o primeiro tratado de paz no continente americano, colocando fim à chamada Confederação dos Tamoios, que ameaçava São Vicente e a unidade do território português, haja vista a amizade dos Tupinambás (chefiados por Cunhambebe) com os franceses. Desarmados os indígenas, os portugueses atacaram os franceses na baía de Guanabara, dizimando o grosso da nação Tupinambá que ali existia. O fato se repetiu no Cabo Frio, tendo sobrevivido os Tupinambás de Ubatuba, que fugindo para o sertão ou misturandose aos colonos em Ubatuba, deram origem aos atuais caiçaras, na região do Litoral Norte de São Paulo. No início do século XVII, não havia mais nenhum Tupinambá na região do Rio de Janeiro, além dos convertidos ao catolicismo e os utilizados como serviçais pelos portugueses. Cunhambebe filho, sentindo-se traído pelos "abarés" (padres) e pelos portuguêses, teria amaldiçoado as terras de Yperoig - no lendário episódio cohecido como A maldição de Cunhambebe. FONTE : http://angracultural.hd1.com.br/folclore02.htm
UBATUBA E SEUS BRASÕES
Desde 1937, quando foi enviado à Câmara o primeiro projeto de lei para instituir o Brasão do Município de Ubatuba, permanece uma dúvida quanto à sua legalidade. Segundo Washington de Oliveira, popularmente chamado "Seu Filhinho", o projeto enviado à Câmara não chegou a ser aprovado e, até hoje, muitas modificações foram feitas sem contudo verificar se o faziam corretamente. Segundo ele, em 1937, por ocasião do III Centenário de Ubatuba, a Prefeitura, em colaboração com o Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, promoveu solenidade para comemorar o acontecimento.. Aquele instituto solicitou do heraldista José Wasth Rodrigues a elaboração do obelisco a ser inaugurado na Praça da Matriz, ele ficasse perpetualizado em bronze. Entretanto, tudo foi planejado e executado precipitadamente, devido o curto prazo de tempo e as dificuldades da época. Na data das festividades, 28 de outubro de 1937, o então prefeito Washinton de Oliveira enviou à Câmara o projeto de lei redigido nos seguintes termos: "Artigo II - Revogam-se as disposições em contrário. BATUBA 1937 Justificativa A cruz, peça honrosa de primeiríssima ordem, que alteia no escudo e se apresenta com esplendor de ouro, consagra o seu orado e lembra o nome que lhe foi dado pelo seu fundador, Jordão Homem da Costa, depois de afastados os selvagens tamoios, oficialmente legalizados, Exaltação da Santa Cruz do Salvador de Ubatuba. Em memória, diz Eugênio Egas, de haver a cruz empunhada pelos missionários José de Anchieta e outros. Ubatuba, palavra de origem indígena, significando sítio abundante de ubás (caniços silvestres) é lembrada pelos dois caniços, cruzados ao pé da cruz. Finalmente, a canoa com cinco remadores navegando no mar, rememora a atividade dos indígenas estabelecidos nesta região. Os 5 remadores são: Cunhambebe, Aimberê, Pindabuçu, Coaquira e Araraí. Eles eram chefes da 5 tribos Tupinambá que formaram a Confederação dos Tamoio. Serve de timbre ao escudo, a coroa mural de ouro convencionalmente adotada para caracterizar as armas dos municípios e cidades. Conclusão A Câmara recebeu o projeto para aprovação que desse forma legal, "o bronze do obelisco" fosse ostentado nos papéis e atos oficiais do município. Entretanto, naquela época, as sessões se realizavam quinzenalmente e, no dia 10 de novembro, 13 dias após ser enviado à Câmara o projeto, o Presidente Getúlio Vargas , implantou no País o Estado Novo e na Constituição que outorgou, aboliu todos os símbolos, armas, hinos e bandeiras regionais. Segundo "Seu Filhinho", nem a Câmara votou o projeto, nem o prefeito formalizou por decreto. Em 1946, a Constituição restabeleceu armas, hinos, bandeiras e brasões; no entanto aqui, os governantes adotaram-na sem o cuidado de verificar se o faziam legal ou impropriamente."
Modificações Posteriormente, o brasão sofreu várias modificações baseadas na Lei nº. 4/1957. Foi feita a revisão pelo heraldista Salvador Thaumaturgo que sofreu a seguinte modificação: a) o escudo francês foi substituído pelo português; b) a Cruz perdeu o resplendor de ouro e, do pé, foram suprimidos os dois ramos de ubá em aspas brocantes de verde; c) como ornamento foi acrescentado um listel de prata com as indicações: 1637 - Ubatuba - 1855; d) acrescentou como suporte dois ramos de ubás, floridos, ao natural. A primeira data (1637) indicava o ano de elevação da Vila da Exaltação da Santa Cruz do Salvador de Ubatuba e a segunda 1855, a data de elevação a comarca. A segunda modificação se deu em 1967, instituída pela Lei nº. 120, de 25 de agosto de 1967. O heraldista Alcindo Antônio Peixoto de Faria fez a revisão do brasão que teve a seguinte alteração: voltou o resplendor à cruz e, no listel, suprimiram as datas e acrescentaram a frase latina - Unitatem Servavit Patriae Et Fidei - que se traduz: Conservou a Unidade da Pátria e da Fé, Legenda de Ibraim Nobre e do Padre Viotti. Essa legenda reafirma a hipótese de que Ubatuba é o berço da unidade nacional, marcado pelo acontecimento que passou a figurar na história do Brasil com o título de PAZ DE IPEROIG. Isso ocorreu em 1563, quando José de Anchieta conseguiu o acordo de paz entre as 5 tribos tupinambá, que formaram a Confederação dos Tamoio, portugueses e as tribos Tupinambá do Rio de Janeiro aliadas dos franceses de Villegaignon. Pois se os calvinistas franceses tivessem permanecido aqui, as lutas religiosas que então se processavam na Europa, teriam se transportado para cá, e conseqüentemente o Brasil seria dividido em três regiões: a do sul e norte, católicos e de língua portuguesa e no centro calvinistas e língua francesa. Opiniões Enquanto uns consideram que o brasão oficial é o último aprovado pela Câmara em 25 de agosto de 1967, outros acham que foi aprovada apenas a modificação de um projeto que não havia, e portanto, não é considerado legal. Há também os que não concordam com essas modificações sem que haja um argumento importante. Isso porque, além do primeiro brasão elaborado ser tão lindo e expressivo quanto os outros, ele está perpetualizado no obelisco da Praça da Matriz, marcando o III Centenário da cidade, e que nunca poderá ser retirado, e também evitaria que cada monumento da cidade tivesse um brasão diferente. Pesquisa de Edson Silva GRANDES UBATUBENSE.. CEL.DOMICIANO Coronel Luis Domiciano da Conceição nasceu em Ubatuba, por volta de 1880. Desde de criança revelou-se generoso e trabalhador, destacando-se entre os seus companheiros de infância. Farmacêutico e professor, dedicou-se ao magistério público (foi um dos diretores do Grupo Escolar Dr. Esteves da Silva). Chefe político, trabalhou sem poupar esforços e sacrifícios em prol de Ubatuba. Já aposentado, doente submetera-se uma delicada cirurgia em 19l6, manteve sua modesta farmácia quase que exclusivamente destinada aos pobres. Merecidamente homenageado por sua cidade. JORDÃO HOMEM DA COSTA Foi um dos colonizadores desta parte do litoral. Descendente de nobre estirpe portuguesa natural da Ilha Terceira. Chegou ao Brasil no início do século XVII, quando Governador Salvador Correia de Sá e Benevides, a mando deste, transportou-se com sua família para estes sítios. Foi o fundador de Ubatuba em 28 de outubro de 1637.
CANINHA UBATUBA A MAIS FAMOSA DE UBATUBA Alguma Bebidas fizeram sucesso e foram cúmplices nas resoluções tomadas em rodas que decidiram nossa história. É o caso da famosa pinga Ubatubana, dos irmãos Chieus, que sobreviveu cerca de cem anos. Também havia a pinga Iperoig, do senhor Toledo Pizza; a pinga Jacaré, do senhor Leovigildo Dias Vieira e até mesmo a típica “concertada”, de sabor suave, bebida criada aqui em Ubatuba para que as mulheres pudessem acompanhar os maridos que, quando na vinda da pesca, “matavam o bicho” (bebiam a pinga). Hoje, somente D.ª Mariazinha do bairro do Itaguá e a comunidade da praia Grande do Bonete, região sul do município, produzem tal bebida caseira ainda encontrada em algumas festas tradicionais caiçaras. .....Fonte JORNAL A SEMANA
GRANDES UBATUBENSES........SALVADOR CORREIA Salvador Correia de Sá e Benevides nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 1594. Sobrinho-bisneto de Mem de Sá, filho de Martim de Sá e neto de Salvador Correia de Sá. Foi vulto de grande projeção na história do Brasil colonial. Entrou para o serviço militar em I612 (aos 18 anos), distinguindo-se brilhantemente nas armas. Em 1624, com 200 homens (em 2 naus e 4 canoas) foi enviado por seu pai à Bahia a fim de expulsar os holandeses. Foi mediador entre os índios e os colonizadores paulistas, encerrando grave conflito existente na Capitania de São Vicente. Deteve o Governo do Rio de Janeiro por três vezes (no séc. XVIII); ordenou a Jordão Homem da Costa a fundação de Ubatuba em 1637.
REBELIÃO DA ILHA ANCHIETA " O trauma de um sobrevivente "
Sargento Chagas, relembra a rebelião de 1952
“É o tempo passou. Eu era moço numa época em que a ilha ainda era um paraíso; passei dias de sufoco nesse lugar que julgava ser o melhor lugar para se morar e que se transformou em um filme de terror em poucas horas. Com a graça de Deus, me livrei de três tentativas de morte. A primeira foi quando umas oito e pouco da manha, um tiro de fuzil foi disparado sobre a minha direção e não acertou, o medo somava em saber que muitas famílias estavam assustadas. A adrenalina aumentava, quando pela segunda vez, um prisioneiro colocou o fuzil em minhas costas e ordenou que levasse até a casa do tenente Edvaldo Silva, chegando em frente, eu o implorava para que ele se rendesse ou se não muitos inocentes iriam morrer… até que ele saiu e se entregou, e os presos nos colocaram em uma cela, onde imaginamos que ficaríamos até que o socorro chegasse. Mas no meio do caminho um outro preso do qual não recordo o nome, colocou a arma em meu ouvido direito. Imaginei “vou morrer agora”, pois doía muito minha cabeça, ordenava que eu tirasse a farda, porque ele não conseguiria fugir com aqueles trajes. Fiquei só de cueca dentro da cela até que me arrumaram uma calça. Esses momentos de pânico estão guardado aqui dentro como se fosse um filme, que lembro sempre ou um disco que não muda de faixa nunca, mas o que realmente fiquei aterrorizado, foi quando depois de livre, meus companheiros de serviço estavam mortos e alinhados na frente da administração.” Quem conta essa história é o senhor José Salomão das Chagas, sargento reformado da polícia militar. Sendo um dos monitores sobreviventes da Ilha Anchieta. FONTE > http://rumosjc47.blog.terra.com.br/
GRANDES UBATUBENSES..........CORONEL ERNESTO DE OLIVEIRA Ernesto Gomes de Oliveira era um homem de origem humilde, filho de modesto carpinteiro, reconhecidamente inteligente e esforçado. Autodidata, alcançou apreciável cultura para melhorar situar-se no meio acanhada e pobre em que vivia, na decadente Ubatuba. Dedicando-se a várias atividades, ainda jovem, quase criança, foi trabalhar no cartório do único tabelião da comarca. Anos mais tarde prestou concurso perante o Tribunal de Justiça do Estado e habilitou-se ao exercício. Era casado com Maria Hilário do Prado, era irmão do Deolindo de Oliveira Santos e pai do Washington de Oliveira.
O resgate do Museu Caiçara
Jurei não mais usar a palavra resgate, mas, depois de dois anos de muita luta e com o prédiointerditado e demolido, conseguimos dar início à reconstrução do Museu Caiçara. Antes de qualquer coisa quero agradecer quem realmente vem ajudando no resgate do Museu Caiçara e peço muita atenção ao prezado leitor para destacar os seguintes resgatadores e colaboradores : Madereira O MADEREIRO; CASA NOVA Materiais para construção; Madeireira RONDÔNIA; Madeireira PACÚ MADEIRAS; Madeireira GETUBA; CIMENTUBA Materiais para construção; Casa ARCO-IRIS; Escola COOPERATIVA EDUCACIONAL; TONINHO Terraplanagem; Projeto TAMAR; Jornal A CIDADE; Rádio Costa Azul; Luiz Moura do www.ubaweb.com; Emilio Campi do Litoral Virtual; museólogo Luiz Ernesto Kawall; arquiteta Íris Carneiro, empresário Rogério Frediani e o meu estimado amigo carpinteiro Cebolinha. O resgate do Museu Caiçara somente vem acontecendo graças às ações desses voluntários, empresas e empresários que realmente contribuem e tem a consciência da importância que representa um museu que resguarda a história, o costume e a cultura de uma raça: O caiçara. Foi nesse dia 03 de setembro (sábado) que iniciamos a reconstrução do Museu Caiçara, e pelo andar do serrote e do martelo do carpinteiro Cebolinha, provavelmente neste próximo final de semana já teremos o Museu Caiçara totalmente coberto com as telhas históricas da Fazenda Velha, da família Chieus. Depois vamos trançar os bambus e fazer o barreado, da mesma forma que faziam os antigos caiçaras em suas casinhas de pau-a-pique. Será um grande presente que esses voluntários e empresários darão à Ubatuba em seu aniversário no dia 28 de outubro, e nesse dia acontecerá uma grande festa caiçara, com comida típica, ao som das músicas da Dança da Fita do Itaguá, da Congada de Bastões do Puruba, do Xiba do Prumirim, dos versos de João Alegre etc. (assim esperamos). Lembrando que o Museu Caiçara foi idealizado pelo jornalista Luiz Ernesto Kawall e pelo itaguaiano Praxedes Mário de Oliveira, em 1982 no sítio Sapé, bairro Tenório/Itaguá. O acervo do museu preserva objetos do caiçara pescador e lavrador, tais como: utensílios domésticos, ferramentas, instrumentos, móveis, fotografias, pinturas primitivas, documentos e até peças da arquitetura antiga de Ubatuba (tijolos redondos, telhas de barros de fabricação escrava, batentes e janelas). O Museu Caiçara já foi manchete de grandes jornais e revistas como: O Estado de São Paulo, Jornal da Tarde, Diário Popular, O Globo, revista VISÃO. Medindo 4 m por 6 m, foi considerado o menor museu do mundo pela revista SELEÇÕES Em 1994 foi transferido para uma área pública, junto às instalações do PROJETO TAMAR/IBAMA, localizado na rua pescador Antonio Athanásio da Silva, 273, Itaguá, Ubatuba, SP, onde permanece até hoje. O museu por estar ao lado do Projeto TAMAR, recebe anualmente mais de NOVENTA MIL VISITANTES. Vai aqui o nosso reconhecimento e o do povo caiçara para os empresários e voluntários que estão ajudando nessa empreitada. Não acabamos e ainda dependemos da ajuda de novos colaboradores. Você nos ajuda? Ligue para (0**12) 3832-1990. Nosso e-mal é julinhomendes@terra.com.br . Obrigado! Texto de Julinho Mendes - 11/09/2005 http://www.ubaweb.com
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GRANITO VERDE UBATUBA As jazidas do Granito Verde Ubatuba, localizam-se no município de Ubatuba (folhas topográfica Ubatuba e Picinguada, escala 1:50.000). Os matacões, que alcançam em média 300 a 400 metros cúbicos de volume, ocorrem enterrados e semi-enterrados. São blocos de forma predominantemente tabular de arestas arredondadas e que apresentam superfície rugosa e muito ondulada. A rocha é equigranular, grosseira, de cor verdeescura, tanto quando in natura, como quando polida. Em algumas porções da rocha são observadas concentrações de minerais amarelos, formando mosaicos.http://acd.ufrj.br/multimin/mmro/granitos/verdeubatuba.html A descoberta do granito Verde-Ubatuba Em meados de 61/62, vir para Ubatuba era uma questão de status. As praias mais bem freqüentadas eram as do Perequê-Açu e Iperoig ou Cruzeiro. Com a expansão da cidade e o crescimento da população, algumas fazendas começaram a virar loteamentos, como foi o caso da Praia das Toninhas, que era de dois proprietários: uma parte pertencia a Luiz Silva e a outra metade, a Mário Manzetti, contratou a empresa de terraplanagem “Terra Cera”, pertencente ao paulista José Vicente Cera para fazer a abertura da estrada e lotear o local. Com a necessidade de aterrar algumas partes das terras com cascalho, Vicente viu-se na obrigação de comunicar o contratante. Este, por sua vez, revelou que suas terras iriam até o final do morro, onde grande parte da estrutura era puramente rochosa. Assim foi aberta uma estrada íngreme até o local, onde apenas tratores eram capazes de chegar. Lá, foi encontrado um granito, do qual José Vicente enviou um pedaço ao IPT (Instituto Paulista de Tecnologia) para estudos para verificar se realmente o material era apropriado para ser utilizado como cascalho. Para surpresa de todos, o IPT retornou dizendo que não haveria nenhum problema em utilizá-lo como cascalho, porém isso seria um desperdício, pois tratava-se do granito verde, antes encontrado somente na África. Assim esta foi a primeira pedreira do granito, que ,com o passar dos tempos, foi expandindo-se por toda Ubatuba. Já em meados de 72, esta descoberta foi de extrema importância pois o granito tornou-se economicamente um dos grandes poderes do município, que entrou no comércio internacional, realizando importação e exportação, através do Porto de Santos, pois o produto era encontrado apenas em Ubatuba e na África. Alguns anos depois, por uma casualidade do destino, caiu uma peça deste granito cortado de um caminhão, atrapalhando o translado de automóveis e de pessoas. A pedra foi retirada pela da Maçonaria, que nela registrou seu símbolo e tornou-a monumento, colocado bem no centro da rotatória que interliga o aeroporto à av. Iperoig. Retirado recentemente do local para reurbanização, ficou sem destino definido. http://www2.uol.com.br/jornalasemana/edicao178/sub4.htm Matéria extraida do Livro " Ubatuba, espaço, memória e cultura ", de Juan Druguett e Jorge Otavio Fonseca -Ed. em 2005