ESPECIAL MÚSICA
Os Artistas OURÉM E A MÚSICA ZONA MATRIX ESCOLAS E INSTITUIÇÕES PRAÇA VIVA
Sem música a vida não dança
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Sumário
4 Editorial Imprevisibilidade sai naturalmente 6 Ourém e a musica Por: Sofia Vieira Lopes 7 Malhoatoon Castelo Sonóro 8 Uma esquina Musical Clássicos
10 Zona Matrix Equipamentos e serviços musicais / Produção de eventos audiovisuais 12 Escolas e Instituições Conservatório de Música de Ourém Fátima OureArte AMBO 14 De Paraquedas em Ourém Bruno Martins 15 Um ouriense perdido por... Berlin e Leipzig (Luciano Cruz)
Editor: João Abel Oliveira Revisão: Andreia Magalhães Ilustrador: Nuno Lopes “Malhoa” Design e Paginação: João Oliveira e Sandrina Vieira Fotógrafos: João Vieira e João Subtil Impressão: Gráfica Pessoa
23 Opina Aí Labirinto da Saudade Trave Mestra Pipocas com... Como tratas os teus ouvidos Rota do Petisco Cantinho do Nerd Revoltas Futebolísticas Limbos do Pacífico Viva Saudável 26 Agenda
16 Praça Viva A dar vida à praça
Propriedade: Mentes Ilícitas Produções
18 Os Artistas Brutal Brain Damage Dj The Guess In-The-Cisos Dj John Francys Sigma Sacrilegion Dj Capton Colectivo Indefinido The Peorth Anix Capitão Ortense Rising Force
27 Bem-vindo ao passado
Ficha Técnica
Cronistas: Telmo Silva Fábio Rodrigues José Eduardo Graça César Adão João Pedro Melo Dany de Sousa Periodicidade: Bi-mensal Tiragem: 100 exemplares
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Convidados: Maria Henriqueta Oliveira Sofia Vieira Lopes Vasco Simões Contactos: ouremmag@sapo.pt https://www.facebook.com/ouremmag https://ouremmag.blogspot.pt Os artigos assinados são da responsabilidade dos seus autores, não reflectindo necessariamente os pontos de vista da redacção da Ourém Magazine.
Editorial Por: João Abel Oliveira — joao.a.oliveir@gmail.com
Imprevisibilidade sai naturalmente Somos jovens e a imprevisibilidade corre-nos nas veias naturalmente, ou seja, considerem isto uma resposta de o porquê desta edição chegar atrasada. Mas como podem constatar a saga que tem sido a Ourém Magazine continua. Como era de esperar aparecemos mais uma vez diferentes, mas sempre bonitos e para melhorar a situação em si, apresentamos a primeira edição especial da nossa revista, continuando a linha do objectivo principal, a divulgação de Ourém aos Ourienses. Como licenciado em marketing que sou, fico um bocado desgostoso com a fraca comunicação e divulgação que existe no nosso concelho, algo que tenho vindo a observar e a ser alertado para, no meu ponto de vista os meios disponíveis não estão a ser utilizados da melhor maneira. Por essa razão a Ourém Magazine continua de braços e mente aberta para ajudar a cidade e o concelho a melhorar esta grave lacuna.Queremos mostrar que ainda existe vida em Ourém e que afinal de contas existimos para divulgar, comunicar e entreter. Indo agora de encontro com o tema especial desta terceira edição, a Música, uma forma artística que existe em abundância no nosso concelho, já enraizada na nossa cultura e tradições, podendo mesmo afirmar-se com todo o orgulho e segurança que Ourém é uma cidade de artistas. Escrevo isto depois de muitas pesquisas e conversas com os mais variados artistas ourienses e pessoas que trabalham e estão envolvidas neste mundo que é a Música. Ao longo do caminho fui-me deparando com um número abismal de músicos, entre eles, professores, aprendizes ou simplesmente músicos. Para além de serem muitos são imprevisíveis, pois está em frente de toda a gente que existe uma grande variedade de estilos musicais a serem explorados no nosso concelho, desde o típico rancho folclórico aos aficcionados do metal pesado, passando por orquestra típica, bandas filarmónicas, Dj’s para dar e vender, onde punk rock ainda não morreu e até se descobre malta do hip hop e música de elevador. Sim somos um concelho muito bem servido, onde os nossos ouvidos estão bem gordos porque têm alimento sonoro dos mais variados! Tentamos compilar o maior número de intervenientes musicais ourienses nesta edição número três, se faltar algum comuniquem que lhe tentaremos dar a visibilidade merecida através das redes sociais. As nossas desculpas caso isso aconteça, mas infelizmente ainda não conseguimos chegar a todo o lado. A informar que a imprevisibilidade de lançamentos irá continuar, não só pelas dificuldades económicas e de patrocínios, como também por ser mais descomprometido, e tal como nós jovens, irreverente e inesperada. De batuta em riste, mando então as primeiras notas deste maravilhoso musical “A Ourém Magazine”!
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Salgueiro Maia Madrugada de 25 de Abril de 74, na Escola Prรกtica de Cavalaria
Meus senhores, como todos sabem, hรก diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegรกmos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegรกmos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto.
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Ourém e a Música
Por: Sofia Vieira Lopes — sofiavieiralopes@gmail.com
Convidada especial de música para Ourém Magazine, surgiu-nos uma “Cientista da Musica”, Sofia Vieira Lopes, etnomusicóloga e professora de História da Música Ocidental no Conservatório de Música de Ourém e Fátima. Desde já o nosso muito obrigado pela colaboração e disponibilidade perante o nosso convite.
Para mim, escrever sobre a relação de Ourém com a música
dezenas de professores especializados ensinam alunos das
não é uma tarefa de todo difícil. Apesar de nunca ter vivido
diversas zonas do concelho, numa tentativa de tornar o ensino
em Ourém, foi aqui que começei a minha formação musical,
da música acessível ao maior número de alunos possível.
quando tentava perceber o que fazer com as 88 teclas de um
Estas escolas enriqueceram e complementaram a oferta cultural
piano; mais tarde, foi em Ourém que percebi que tocar em
no concelho e trouxeram a Ourém e Fátima professores de
grupo me dava um enorme prazer e que afinal os instrumentos
vários pontos do país. A actividade musical amadora é central
de sopro não eram um mistério assim tão indecifrável. Hoje,
na realidade cultural do concelho, aumentando a oferta cultural
é em Ourém que desenvolvo a minha actividade profissional
numa região onde o peso da ruralidade é ainda marcante
e que transmito a outros o prazer de estudar música para que
e numa região que se encontra afastada dos grandes centros
as próximas gerações continuem a enriquecer a realidade
culturais do país.
musical deste concelho.
Por outro lado, são várias as pessoas naturais deste concelho
Olhando para o conheço acerca da relação de Ourém com a
que hoje desenvolvem actividade musical profissional, seja
música não é excessivo afirmar que a dinâmica musical desta região
enquanto professores, seja enquanto intérpretes, e que se
é muito importante, se não vejamos: Ourém possui dois conservatórios com o ensino especializado de música que proporcionam a centenas (se não milhares) de crianças um ensino musical de qualidade; num raio de cerca de 5km, encontramos em Ourém três bandas filarmónicas que desenvolvem actividade musical quase há uma
“são várias as pessoas naturais deste concelho que hoje desenvolvem actividade musical profissional, seja enquanto professores, seja enquanto intérpretes, e que se encontram tanto em Portugal como no estrangeiro.”
encontram tanto em Portugal como no estrangeiro. Mas mesmo aqueles que, tendo estudado música, não prosseguiram esta actividade a nível profissional, são hoje ouvintes mais informados e mais exigentes, contribuindo para a dinâmica musical da região. Não conhecendo em pormenor a realidade musical dos concelhos
centena de anos e que, não havendo
vizinhos, não é exagero considerar que,
outras instituições, foram centrais na
tendo em conta as suas características
actividade musical e no ensino da música em Ourém durante
históricas, geográficas e sociais, o concelho de Ourém tem
muitos anos. A actividade musical é ainda desenvolvida por
uma relação com a música muito estreita e particular,
grupos corais, orquestras típicas, ranchos folclóricos, muitos
envolvendo diariamente milhares de pessoas, com as mais
destes grupos integrados em associações de carácter recreativo.
variadas actividades profissionais, formações académicas,
Não podemos esquecer, por outro lado, a importante actividade
idades e condições sociais (juntando, muitas vezes, várias
desenvolvida pelas chamadas bandas de garagem dos mais
gerações numa mesma actividade), sempre com um interesse
variados géneros musicais que encontram em Ourém diversos
em comum: a música.
espaços onde regularmente se podem apresentar. Se as associações filarmónicas foram, durante muito tempo, centrais para o desenvolvimento musical e proporcionaram a muitos jovens as bases musicais que lhes permitiram consolidar, em outros locais, a sua formação musical, hoje o concelho vê-se enriquecido pela existência de escolas de música onde
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Malhoatoon Por: Nuno Lopes “Malhoa” — nunomalhoa@hotmail.com
Jogral Bar Seg - Sex: Sab - Dom:
13:00-2:00 14:00-2:00
Rua Afonso Gaio, Lote 6, 2490-511 Ourém
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Uma Esquina “ Musical ”
Lojista, Músico e Poeta Mais um passeio pelas ruelas de Ourém, mais uma
descoberta da clássica loja da nossa cidade. Porque só voltando para as ruas e para estas lojas de comércio
local conseguimos inverter o desaparecimento e desertificação que se tem vindo a denotar no comércio ouriense, entristece um pouco ler de porta em porta, uma destas quatro palavras: aluga-se, vende-se, arrenda-se ou trespassa-se.
Para esta secção de clássicos deste mês, de
tom especial vamos apresentar “A Musical”, um estabelecimento que comercializa instrumentos
musicais e todos os seus derivados e adjacentes. Casa
do Senhor Alberto Santos, que ao longo de quase 25 anos vem acompanhando músicos ourienses e não só. Na memória está sempre aquela esquina da
rua Augusto Castilho, onde quem passa ouve quase
sempre um qualquer instrumento a encher de vida e música este recanto de Ourém.
Como ratos a serem hipnotizados pelo Flautista
de Hamelin, seguimos os nossos ouvidos em direcção à porta d’A Musical. Na vitrina desfilam guitarras por
todos os lados, amplificadores e colunas amontoados. Lá dentro o cenário mantém-se na mesma onda, um
local onde tudo está, literalmente, amontoado de
música, tudo o que se perfila diante dos nossos olhos
tresanda a música. Há guitarras penduradas nas paredes, órgãos e pianos que perfilam no lado direito, acordeões que se vão espalhando por todos os cantos da loja e tantos outros instrumentos e apetrechos musicais.
Para nos receber encontramos Alberto Santos,
homem que desde cedo se ligou à música, pode dizer-
-se que é um autodidacta musical nas mais diversas
áreas, pois no tempo dele “não havia escolas de música e iam para as bandas filarmónicas”. Um Senhor com
destreza a tocar os mais variados instrumentos, como também a compor músicas e letras, alternado entre
os mais diferentes estilos de música, e também na arte
de reparação e afinação em acordeões e concertinas. Talvez encontremos mais o que é português como a música popular e o fado, mostrando com orgulho
as suas criações, de teor poético/romântica. O seu instrumento de eleição é o acordeão, instrumento
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que ao longo dos anos tem vindo a ser um pouco descriminado
Para além de tudo isto ainda tem tempo para, na própria
pela sua conotação ligada à música popular portuguesa, mas para
loja, ao longo dos anos ir ensinando um pouco de música porque
musicais que facilmente se integra nos mais díspares estilos.
“gosto que as pessoas aprendam fico satisfeito e contente, que
quem conhece é um instrumento com grandes possibilidades
“pede-se para ensinar, ensina-se”,como o senhor Alberto diz,
Tendo feito parte da organização de festivais de acordeão, para
uma pessoa só cá anda agora”.
além disso é um homem que actuou em muitas zonas do país e no seu currículo constam mais de quinhentos programas de festas.
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Reporter: João Abel Oliveira Fotógrafo: João Vieira Ilustração: Nuno Lopes “Malhoa”
Zona Matrix Equipamentos e Serviços Musicais Produção de Eventos Audiovisuais Esta secção começará a ser uma constante na Ourém Magazine uma vez que cada vez mais devemos dar valor e reconhecimento às empresas pela enorme força de desenvolvimento económico e social que têm numa região. Geram riqueza, trabalho e levam o nome de Ourém mais além. Este mês fomos conhecer a Zona Matrix, empre-
sa que começou o seu funcionamento em Fevereiro de 2001, na porta número 73 em plena Av. D. Nuno Alvares Pereira.
A loja ao princípio baseava-se na venda de instru-
mentos musicais e dos seus derivados, pois trata-se de uma família ligada à música, mas a ambição levou-os
a grandes e novos voos, decidiram então começar a investir na área da produção audiovisual englobando instalação e aluguer de materiais para eventos, a pro-
dução dos mesmos, serviços de áudio, luz e imagem como também apoiar pequenos projectos de bandas de
garagem. Como é óbvio têm mais sucesso e lucro na
produção audiovisual que na venda de instrumentos. Tendo já um grande currículo que engloba artis-
tas conhecidos, tais como os Finger Tips, David Fonseca, Expensive Soul, Tara Perdida, Ana Moura, Mafalda Veiga, uma tournée de José Cid entre tantos outros
artistas nacionais, no caso de eventos contam com a participação na Corrida mas louca do Mundo, reali-
zada pela RedBull. No panorama internacional estiveram presentes na Convenção Internacional G12, Congresso Internacional de Enfermagem, na primeira vez que os Vanden Plas vieram a Portugal, etc.
Crescendo passo a passo, à custa de muito suor
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e trabalho têm vindo a receber o merecido reconhecimento
a nível nacional devido ao seu rigor e profissionalismo que depositam em todos os projectos e trabalhos que integram.
Mas apesar de tudo isto, algo acontece na nossa cidade, onde o seu trabalho é um pouco desconhecido da maioria da população ouriense, isto porque infelizmente não conseguem trabalhar em Ourém. Na cidade têm apenas três locais
para os quais trabalham: a Praça Viva, Arte Caffe e Bombei-
ros. Uma situação um pouco estranha, supostamente com esta qualidade de trabalho a Cidade deveria reconhecer as empresas que trazem mais valias, e afinal de contas Ourém
é pequena e devia criar sinergias para conseguir crescer e desenvolver-se com as empresas do concelho.
Na situação actual deste Mercado apesar de continuar
a haver trabalho, ao contrário de antigamente, têm que
trabalhar o dobro para receber o mesmo e cada vez mais
a pedra angular do negócio é o preço. Outro dos problemas neste momento são os prazos, pois as coisas têm que ser feitas
mais em cima da hora, que no passado. No futuro existe uma problemática situação, que passa pela ideia de mudar de zona, pois é frustrante ser muito conhecido nacionalmente
e no concelho não serem reconhecidos pelos seus serviços e não arranjar trabalhos.
Mas esperamos que algo mude, afinal de contas esta
terra ainda é nossa.
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Escolas e Instituições
Com a dimensão de Ourém ter dois conservatórios de música, estando um deles entre os melhores do pais e uma instituição que há mais de 80 anos anda a dar e ensinar música consiguindo levar o nome do nosso concelho aos mais variados pontos de Portugal e do Mundo. Aplausos por favor
Conservatório de música de Ourém e Fátima A instituição surge da inquietação do seu fundador,
volta dos 1000 alunos, leccionados por um corpo docente
de Ourém. Teve uma visão e antes de 2000 já sonhava conseguir
de pessoas teve que se expandir também a nível físico, neste
Alexandre Rodrigues, como o primeiro licenciado em música
criar e implementar uma escola de ensino vocacional de
música, visto ser uma lacuna na Cidade, pois existia muita gente que queria aprender e estudar música de uma forma
mais aprofundada, ou seja, ter uma formação musical mais
composto por 60 professores. Para albergar esta quantidade caso para Fátima, onde lhes é cedido um magnífico espaço
para o ensino musical, um antigo seminário, que apesar de um pouco decrépito, foi requalificado para este projecto.
Num futuro próximo, sempre com tendência para crescer
completa, e para conseguirem tal vontade tinham que se
irão criar e abrir cursos profissionais de música, logo estejam
instituições.
do concelho de Ourém
deslocar para outras cidades onde já existiam este tipo de Chegando ao ano de 2000 é inaugurada então a primeira
escola de música de Ourém. O Conservatório de Música
de Ourém que posteriormente se expandiu para Fátima e
transformou-se no que temos hoje, Conservatório de Música de
atentos a esta nova proposta educacional, jovens músicos Para terminar, agradecer a disponibilidade do Director
Alexandre Rodrigues, para nos receber e nos dar a conhecer um pouco mais esta instituição do nosso concelho.
Ourém e Fátima. De salientar que se trata de uma instituição sem fins lucrativos onde a maioria dos alunos não paga pelo ensino, onde a ligação com os vários agrupamentos
de escolas do nosso concelho tem um papel fundamental
para a articulação de aulas de música, onde os professores
do Conservatório se deslocam para o ensino vocacional, e os alunos que pretendem uma formação mais completa se deslocam ao Conservatório.
Ao longo dos anos, esta instituição tem vindo sempre a
crescer, e com esse crescimento vem o reconhecimento por parte da população e da autarquia, perante a aprendizagem
musical e o desenvolvimento pessoal, social e cultural que a
música traz. Este crescimento apercebe-se com o crescente
número de alunos do Conservatório, que hoje ensina por
Tel./Fax: 249 561 115 Rua do Campo de Futebol s/n.º 2490-017 Alburitel
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OureArte Encontravamo-nos no ano de 2004 quando a OureArte,
a cidade de Ourém. Dando-lhe assim um pouco mais de
culturais e governamentais, vê a luz do dia no envolvente
artística serão sempre importantes para a evolução social e
filha de uma sinergia entre várias entidades e instituições
vida, juventude e cultura uma vez que a cultura e a formação
ouriense surgindo assim a segunda escola de música em
cultural de uma sociedade.
Ourém. Situada num óptimo local, mesmo no centro da
De focar que a maioria dos alunos recebe esta formação
Cidade, mais propriamente no edifício “Casa dos Magistrados”,
musical gratuitamente e alguns integram disciplinas da
recuperada para albergar a OureArte, onde exerce as suas
OureArte substituindo algumas no currículo escolar oficial.
funções de ensino artístico.
Para finalizar quero agradecer a disponibilidade da
Hoje em dia a escola conta com cerca de 200 alunos,
directora pedagógica da OureArte, Armanda Caiano, para
com idades entre os quatro e trinta anos, nos mais variados
nos receber e elucidar sobre a instituição.
instrumentos. Apesar da diversidade talvez esteja mais direccionada para instrumentos de sopro, um pouco derivado
à tradição vinda das várias entidades musicais onde os alunos estavam inseridos antes de começarem a ter aulas na OureArte.
No caso do corpo docente da instituição conta com cerca de vinte e cinco professores.
Ao longo dos anos lectivos vão organizando um variado
número de eventos, que contam com a participação não só
de alunos mas também de professores, mostrando assim o
trabalho que é feito na escola, fazendo a ponte perfeita entre
Academia de Música Banda de Ourém Surgiu em 1930 como “Banda de Vila Nova de Ourém”.
diferentes Secções (Coral Infantil, Banda Juvenil, Escola de
teve uma actividade regular, tendo conseguido grande
Chorus Auris), desenvolvem algumas iniciativas procurando
Na década de 50 constrói a sua sede (a Banda). Até 1964
Dança, Orquestra de Sopros, Romeiros, Orquestra Típica,
projecção, actuado um pouco por todo o país. Mas devido
a articulação de diferentes agrupamentos como o FESTAMBO
à guerra colonial e ao surto emigratório da altura parou as
– Festival de Música e Dança de Ourém, hoje em dia contam
suas funções. Renasceu em 1972 com o projecto “Chorus
com cerca de 200 elementos, onde a sua maioria está também
Auris” que ocupa e requalifica o edifício da Banda, que
inserida na Ourearte, melhorando assim a formação musical
entretanto alterou o seu nome para Academia de Música
da instituição.
Banda de Ourém. Em 1999, torna-se “Casa da Música de
A nível da preservação do património imaterial a AMBO
Ourém”, que lhe atribui o reconhecimento como “Pessoa
tem desenvolvido um importante trabalho, tendo já gravado
Colectiva de Utilidade Pública”. Apesar de agruparem
nove CD’s.
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De Paraquedas em Ourém OM – O Paraquedas funcionou bem quando aterraste em Ourém? Sim, o paraquedas não me deixou ficar mal. A aterragem foi perfeita, apesar de ter sido uma grande mudança na minha vida, fui bem recebido pelo Conservatório de Música de Ourém e Fátima. Embora me tenha perdido no caminho até chegar aqui. Sinto-me muito bem e em grande parte realizado. O meu trabalho, as novas amizades, todos os projectos que tenho desenvolvido, a cidade em si conquistaram-me desde que aqui aterrei.
Bruno Martins
OM – Até agora que tens achado de Ourém e sua população? Eu venho de uma cidade da qual gosto muito, com a qual me identifico, não só pela localização geográfica, ou pelos ovos moles, mas também pela sua dinâmica e generosidade da sua gente, Aveiro. No que toca a Ourém, confesso que a primeira sensação foi que “ficava no meio do nada”. Nos primeiros dias, senti uma grande diferença em relação a Aveiro, no entanto fui conquistado por uma certa pacatez que Ourém emana. Percebi que afinal estava a precisar. Um mercado semanal, um castelo fantástico, pessoas simples e acolhedoras, uma cidade “no campo”, com algum movimento foram-me cativando. Passados três anos, a viver diariamente em Ourém, sinto que já faço parte desta cidade. OM – Como tem sido a adaptação? A adaptação a novos ares, colegas, trabalho e a uma nova instituição foi fácil, para além de ter sido bem recebido e todos me ajudaram neste processo. Não só a nível profissional, como também na integração na nova cidade. A minha profissão levoume a leccionar em várias escolas do concelho, acabando por descobrir e conhecer várias terras, a sua gastronomia e as suas tradições. OM - A nível musical quais os pontos fortes e fracos da cidade? Não lhe chamaria pontos fracos e fortes, prefiro falar em equilíbrio. Acho que Ourém é uma ciadade muito rica em matéria prima musical. Refiro-me a toda a população que vê na música, não só um meio de comunicação mas também uma ferramenta indispensável para a transformação de consciência. Desde o meu primeiro dia de trabalho, já tive alunos desde os 6 aos 74 anos. Sinto um enorme prazer e contentamento uma vez que vejo que a instituição onde estou, não limita o ensino da Música a nenhuma faixa etária. Há um ponto sensível que não posso deixar passar em branco. Refiro-me ao apoio à cultura. Infelizmente vivemos num país que não possui uma tradição musical na área erudita, quando comparado com países como a Alemanha e Itália, mas o que mais me entristece é ver que as instituições públicas nem sempre apoiam, ou promovem as iniciativas das instituições educativas. Ourém, por arrasta-
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mento do panorama musical Português, é pouco dinâmica, daí penso que isto será algo onde poderá apostar, tendo uma maior oferta de concertos, não só com artistas convidados mas também com “os da casa”, pois alguns desses vêem na música um futuro e modo de viver. Por fim, acho que a cidade pode ser mais rica a nível musical, se apostar numa oferta acertiva de concertos de variados estilos, não marginalizando como é óbvio a música erudita e desta forma conseguindo um equilíbrio, que cative todas as faixas etárias e gostos pessoais da população.
OM - O que acrescentavas ou mudavas em Ourém? Não vou dizer que não mudava nada em Ourém porque, como em tudo, há coisas boas mas também más apesar da conjuntura em que nos encontramos defendo que há sempre algo a fazer. Portanto, tentava mudar a atitude das pessoas no que toca à cultura, mais eventos de cariz cultural dentro e fora da cidade. Obviamente que para mim, seria de extrema importância fomentar o paralelismo entre as instituições educativas e culturais de todo o distrito, e ao mesmo tempo, sensibilizar a população para aderirem. Aqui pretendo fazer um breve parêntises pois acho que um aspecto menos explorado desta cidade é a divulgação dos eventos. Ourém não aposta na divulgação massiva e este é um aspecto a melhorar, na minha opinião e com todas as redes socias e meios de comunicação que existem à disposição não será difícil dar a conhecer a todos a verdadeira dinâmica desta cidade. Um primeiro passo é tentar que a população Ouriense seja convidada e cativada a fazer parte de todos os eventos promovidos, só desta forma se consegue um maior desenvolvimento e consequentemente gerar curisosidade nas populações vizinhas que contribuirá para mostrar Ourém no panorama Nacional. OM – Estás contente por teres aterrado aqui? Sim, sinto-me muito bem por ter aterrado aqui. Estou muito contente com o meu trabalho, há sempre novos projectos para desenvolver, explorar novos locais, conhecer e conviver com as pessoas... Enfim, não tenciono abandonar esta cidade tão cedo.
Bio
Nome: Bruno Cesár Oliveira Martins Naturalidade: Aveiro Data de Nascimento: 10/01/1988
Profissão: Professor de Canto e Maestro Titular da Orquestra Sinfónica
Um Ouriense perdido por... Leipzig e Berlin
OM – Há quanto tempo andas perdido? Em primeiro lugar gostaria de te felicitar por esta nova Aventura “ Ourém Magazine “. Na verdade tudo começou há sensivelmente 10 anos. O meu percurso académico tem tido várias etapas em locais diferentes : 1 ano em Évora, 3 anos em Lisboa, e além fronteiras, 6 anos em Berlim e há 1 ano em Leipzig.
OM – Tem valido a pena? Têm sido anos verdadeiramente únicos, desde assistir ao Concerto mais incrível e de seguida sair à rua e ter 15 graus negativos, ter aprendido um idioma novo, contactado com novas culturas, todavia gostava de salientar que tem sido uma aprendizagem única muito enriquecedora com aspectos mais positivos do que negativos.
OM – O que te levou a ir? A pessoa que mais peso e influência teve nesta minha decisão foi o meu professor de Oboé em Lisboa, Luís Marques, que me abriu novos horizontes permitindo-me procurar novos caminhos. Contudo gostaria de salientar que desde o ínicio da minha actividade ( Oboísta ), tive a sorte de ter a melhor família possível, a quem tudo devo, na pessoa do meu Pai, Mãe e Irmão.
OM – Como é Berlim? Berlim é uma cidade multicultural, o que a torna muito acolhedora, uma cidade sem tabus, onde a diferença entre as classes sociais não é muito acentuada. O que mais me fascina nesta cidade é a quantidade de Florestas, parques e Lagos que existem dentro da cidade e arredores. O que a torna mais cativante é a sua parte lúdica, os mercados ambulantes, as ruas cheias de Galerias, os bares e discotecas subterrâneos que se encontram ao virar da esquina. Destaco, assim a actividade cultural como sendo o ex-líbris desta cidade.
OM – O Que fazes tu por aí? Neste momento estou a terminar os meus estudos na Escola Superior de Música Felix Mendelssohn Bartholdy em Leipzig na área de Músico de Orquestra, especificamente no Instrumento Oboé.
Nome: Luciano Cruz
OM – Como tens novidades sobre Ourém? A minha primeira fonte de informação é a Internet, mas a mais fiável são a família e os amigos.
Bio
OM – Pensas algum dia voltar? Voltar… volto sempre, 3 a 4 vezes ao ano, definitivamente não consigo responder, infelizmente como todos nós sabemos o nosso País, “ainda” não está muito virado para apostar em mais quantidade e sobretudo em qualidade na Cultura. Mas todos os dias penso no Nosso Portugal.
Naturalidade: Ourém Data de Nascimento: 06/06/1986 Profissão: Musico
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Praça Viva
A dar vida à Praça!
Antigamente era a Belle Époque, um Pub situado na praça Dr. Agostinho de Almeida, mas mudam-se os tempos, mudam-se as vontades e hoje no mesmo local temos uma geração mais nova a cuidar
criando assim uma forma de juntar os novos e antigos clientes
do espaço. Em Julho de 2010, com o intuito de criar um novo espaço em Ourém, o Praça Viva abre portas, como o próprio nome indica, o objectivo principal era voltar a dar vida a esta praça que tanto carenciava dela, sempre com a teimosia de continuar a lutar para dinamizar a nossa cidade, baseando-se em muito trabalho e dedicação, e ainda mais se constatar-mos que nasceu em época de crise. No intuito de criar sinergias com todo o quarteirão (Edifício Marianos) o “Praça” está dividido em duas partes distintas, de um lado um espaço mais direccionado para pastelaria, onde podemos lanchar, tomar um café e ler o jornal tranquilamente, seja no interior ou no exterior, pois têm uma óptima esplanada para estes dias de sol que já estão a sorrir. Do outro lado um Bar com toques de Pub, onde a decoração nos leva a um espaço cheio de “glamour”, um tom púrpura remete-nos sempre para a noite e o mistério que ela envolve, cor que se vai distribuindo por confortáveis sofás e cadeiras que se encontram no interior, para não perder a identidade que transportou dos tempos da Belle Epóque,
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da casa, apanhando assim diversas faixas etárias levando a um importante encontro de gerações num ambiente descontraído, onde tertúlias podem fluir entre as mais diversas idades e ideias, rentabilizando assim ainda mais o espaço não só a nível de entretenimento como cultural. Resumindo, um bom espaço na “baixa” Ouriense, seja para lanchar ou para socializar e beber uns copos com amigos.
Publicite aqui o seu negócio ou evento
Para mais informações contacte: ouremmag@sapo.pt 916505756 17
Os Artistas Nesta secção vamos dar a conhecer alguns artistas e “performers” musicais do nosso concelho, uns apostam em originais outros nos covers. O espaço não dá para todos logo fizemos uma selecção dos mais “badalados” e uns emergentes de qualidade.
Brutal Brain Damage Surgiram tipo puff ou foi uma coisa pensada?
Este projecto surgiu de uma ideia que o Cami teve por volta de 2009, mas não foi logo concretizada devido à falta de membros e sítio para ensaiar. Início do ano de 2011, o Pedro confirmou a sua posição como baterista e convidou o Marco para o lugar de guitarrista. Em Novembro desse ano a banda decidiu gravar um EP intitulado “Borderline Syndrome” com a ajuda do Luís Neves que acabou por integrar a banda como baixista e, actualmente, guitarrista. Entretanto temos dado vários concertos e contamos com o lançamento do álbum muito em breve.
O que vos define como Banda?
Somos quatro amigos que partilham os mesmos gostos musicais e pretendemos explorar o nosso lado criativo no género de música que gostamos.
Quais as vossas influências?
Contamos com várias influências tais como filmes de terror e algumas bandas de grindcore/death metal, basicamente.
Que palcos já tiveram o prazer de pisar?
Já tocámos em vários sítios, bem como Side-B em Benavente, um dos sítios no país onde vão as grandes bandas do nosso meio. Já tivemos alguns concertos mas ainda não tocámos aí em palcos conhecidos por quem está por fora.
Dj The Guess Há quanto tempo andas nisto do DJ e porquê?
Ando há 6 anos nisto! Desde pequeno ouvia cd’s como Alcântara Mar e Neptuno, muito por influência do meu irmão, daí vem o gosto por música electrónica... A ideia era divertir-me e divertir os outros, algo que permanece ainda hoje. Querer mais e aumentar a minha experiência e conhecimento neste campo, fez com que hoje em dia ainda ande neste “mundo”. Para além disso, o momento faz-me sentir adrenalina e esquecer tudo à volta. E o mais importante, o facto de que me sinto contente pelo trabalho que faço, já que passa muito por animar pessoas.
Que tipo de som passas?
O meu som passa por linhas Deep House, Tech House e Progressive, conforme o ambiente da casa, porque o mais importante é meter a música correcta, no sítio exacto, à hora certa.
O que define um bom Dj?
Acho que terá de haver uma dedicação permanente, uma técnica e capacidade de “ouvir”, mas, acima de tudo fazer aquilo que dá mais gozo, torna mais fácil o sucesso. A pesquisa, estando sempre actualizado e a capacidade de criar um bom ambiente, gerando assim reacções positivas no público.
Que palcos já tiveram o prazer de pisar?
Lusitano (Pombal), Império Romano (Marinha Grande), Opart (Lisboa), Shark (lisboa), entre muitos outros. A melhor experiência foi, provavelmente, na Império Romano, no Oeste Absolute Festival porque é um festival nacional, que me possibilitou a partilha de experiências e conhecimentos com grandes dj´s nacionais e internacionais
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In-The-Cisos
Surgiram tipo puff ou foi uma coisa pensada?
Surgismos mesmo tipo “puff”. Já nos conheciamos bastante bem, pois vivemos perto uns dos outros. Como todos tinham os respectivos instrumentos de cada um em casa, um dia tivemos a bela ideia de nos juntarmos e começar a ensaiar. Com muito trabalho as coisas começaram a correr bem e assim nasceram os IN THE CISOS.
O que vos define como Banda?
Um grupo de amigos que, pelo menos, tenta portar se bem em cima do palco. Somos uma banda bastante jovem que estamos nisto principalmente pelo divertimento e pelo entretenimento do público que nos vê.
Quais as vossas influências?
As nossas influências são o punk/rock, mais propriamente o punk português (Censurados e Tara Perdida). Temos por base o punk com poucos acordes, curta duração e letras rebeldes dirigidas na maioria à política, à cultura e aos costumes portugueses.
Que palcos já tiveram o prazer de pisar?
Festival dos Chícharos em Santa Catarina da Serra, Festas da cidade de Ourém, no CCV bar em Torres Novas e claro, aquelas festas no palheiro há um ano atrás. Estes foram os palcos onde nos sentimos melhor em palco e achámos que houve a melhor interacção com o público.
Dj John Francys Há quanto tempo andas nisto do DJ e porquê?
Entrei nisto do Dj em 2008, a convite do Dj The Guess para partilhar a cabine com ele na sala alternativa do antigo Gloss, visto que na altura já costumava ir meter som no Palheiro em festas e no Plaza, achei uma boa oportunidade para mim e aproveitei.
Que tipo de som passas?
Actualmente passo Dubstep e Drum n Bass.
O que define um bom Dj?
Para mim um bom Dj tem de ser diferente do normal (Dj residente). Terá que ser um bom produtor, para além disso na minha perspectiva a interacção com o público é hoje em dia algo muito importante neste mundo sonoro nocturno.
Quais foram os palcos que mais marcaram?
Já visitei alguns sítios tais como: Gira Club em Peniche, Republica em Castelo Branco, a nossa Kayene, Emotion de Torres Novas, Ponto N da Nazaré e por fim o Suite em Leiria.
Surgiram tipo puff ou foi uma coisa pensada?
Sigma
No nosso ver a banda não apareceu do nada, até porque já passou pelas suas transformações mas uma vez que já nos conhecíamos e tínhamos estilos parecidos juntamo-nos. E assim formamos os SIGMA.
O que vos define como Banda?
O que nos une é a nossa capacidade de integração perante a música e o facto de nos divertirmos com o que fazemos apesar do trabalho e empenho que é preciso e disponibilidade quando nos defrontamos com um projecto destes. Basicamente é a dedicação enorme que nos une.
Quais as vossas influências?
As nossas influências baseam-se basicamente no nosso género Alternative Rock e Rock progressivo: Muse Árctic Monkeys por aí.
Que palcos já tiveram o prazer de pisar?
Antes de mais nunca tivemos assim muitos sítios “bons” para tocar. No máximo o Palheiro, mas daqui a pouco tempo iremos tocar nas Festas da cidade de Ourém e aí sim.
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Sacrilegion
Surgiram tipo puff ou foi uma coisa pensada?
Este projecto, com cerca de 11 anos, surgiu de um grupo de amigos que queriam tocar metal. No início, faziam parte, Richard no baixo e voz, Nelson na guitarra e Jonas na guitarra e teclas. Pouco tempo depois, o Pedro entrou para ocupar o lugar de baterista e o Bruno Reis o lugar de teclista. Algum tempo depois o Luís Neves integrou a banda preenchendo o lugar de segundo guitarrista. Uns anos depois, o Richard teve que abandonar o projecto deixando o lugar vago para o João Patrício. Esta tem sido a formação desde 2004. O primeiro trabalho da banda foi lançado em 2005 intitulado “Promo 2005”. No presente ano lançámos a EP “Mortal Souls Sentence” ao qual queremos fazer toda a promoção possível.
O que vos define como Banda?
Definimo-nos mais como um grupo de amigos que partilham gostos musicais e que transportam isso para a música que fazem.
Quais as vossas influências?
Como cada elemento tem as suas próprias ideias e influências, procuramos encontrar um consenso chamado Sacrilegion.
Que palcos já tiveram o prazer de pisar?
Já percorremos o país tocando em vários eventos, mas o nosso palco principal tornou-se o Halloween Metal Fest que organizamos de há uns anos até à data. Este ano, se tudo correr bem, será a sétima edição deste evento.
Dj Capton Há quanto tempo andas nisto do DJ e porquê?
Ando há cerca de 6 anos mas o bichinho pela música electrónica já vem de há um tempo. Com 17 anos, passava horas ligado à rádio e ao fim de semana dava sempre umas boas horas de música electrónica, comecei a interessar-me pelo tipo de música e pela técnica de mistura. Com esta idade comecei a sair de casa e tive a sorte de ver muitas vezes o Dj Jóia a passar música e cada vez a cena do “Djing” era mais forte. Fiz umas festas para amigos e a grande oportunidade foi tocar aqui no Inc em Ourém e agarrei essa oportunidade.
Que tipo de som passas?
Deep, Tech House e Techno.
O que define um bom Dj?
Para mim um bom Dj é aquele que tem uma boa técnica e que cria um bom ambiente gerando sentimentos às pessoas.
Quais foram os palcos que mais marcaram? Opart e discoteca Império Romano.
Colectivo Indefinido Surgiram tipo puff ou foi uma coisa pensada?
Digamos que de foi uma união de esforços para criar algo novo, era algo que necessitávamos talvez para libertar a criatividade que há em nós, e tipo puff começamos a ensaiar umas peças que já tínhamos, e com o concurso de bandas do CAO foi o mote para iniciarmos a banda.
O que vos define como Banda?
Como o próprio nome da banda diz, somos indefinidos, não nos regemos por nenhum tipo musical, são quase todos. Somos uma mistura de géneros musicais, com tendências por varias áreas, apesar de todos termos formação clássica.
Quais as vossas influências?
Os quatro membros da banda têm influências diferentes, vagueamos um pouco por várias sonoridades, passeando por jazz, com um toque de bossa nova, por vezes somos assaltados pelo funk acompanhado por um rock, dançando com um tango que se perder num pouco na contemporânea, quando relaxamos num reggae.
Que palcos já tiveram o prazer de pisar?
Até agora, o do Arte Caffe e a casa do Pedro.
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The Peorth
Surgiram tipo puff ou foi uma coisa pensada?
Não se pode dizer que tenha sido pensado porque quando nos começámos a juntar para “tocar umas malhas”, fazíamo-lo só porque era fixe. Era melhor do que ir jogar à bola! Tipo Puff também não terá sido porque, naquele tempo, qualquer um de nós não tinha qualquer experiência, nem como executantes de um instrumento musical, muito menos como membros de uma banda.
O que vos define como Banda?
Somos um grupo de amigos, amantes de música, que se junta essencialmente aos fins de semana para tocar nos mais variados ambientes de animação nocturna. Divertimo-nos bastante com esta actividade e estimula-nos sentirmos que, de alguma forma, contribuímos para que mais gente se divirta também. Naturalmente que serve também de “escape” à nossa intensa vida profissional.
Quais as vossas influências?
Sobretudo o Rock comercial... No entanto, as nossas influências enquanto Banda de Covers são bastante alargadas já que nos servimos muitas vezes das preferências que o público nos vai transmitindo.
Que palcos já tiveram o prazer de pisar?
Desde 1998 já pisámos o palco cerca de 1400 vezes, de Norte a Sul, de Este a Oeste, incluindo Açores, sendo que em cada palco está uma nova experiência e um ambiente diferente, seja um pequeno palco de Bar ou um grande concerto de Rua. Quando subimos a um palco, subimos com um único objectivo, fazer o nosso melhor e proporcionar um bom momento a quem está presente e a quem muitas vezes até já nos conhece e está ali a assistir novamente. Poderíamos até destacar alguns palcos, que pela sua longevidade ou grandiosidade nos marcaram mas iríamos esquecer-nos de mencionar algum!
Anix Surgiram tipo puff ou foi uma coisa pensada?
Sempre gostei de música e na Escola Secundária de Ourém um amigo mostrou-me um estilo que me ficou no ouvido, o Rap. Lembro-me de ouvir os Da Weasel, o Boss AC, os Black Company, artistas que me ligaram à cultura do Hip-Hop pois identificava-me com a maior parte das suas rimas, sobre temas da actualidade. Comecei depois a escrever as minhas primeiras rimas, umas sozinho outras em conjunto com o tal amigo, e tentámos gravar, contudo não tínhamos material. Fui alimentando o sonho e, mais tarde, o Rap transformou-se numa realidade por intermédio de duas pessoas que conheci: o Mc XL, que me deu um instrumental para rimar as minhas letras, e Snipez, que me proporcionou o estúdio para gravar.
O que te define como Mc?
Eu não me considero um Mc nem Rapper, no entanto, todos os dias trabalho para chegar a esse patamar. Adoro ouvir Rap e gosto de escrever e gravar rimas. É verdade que o movimento Hip-Hop cresce de dia para dia mas penso que existem cada vez menos Mc’s ou Rappers. Penso que desde que entrei neste movimento a minha abordagem foi de estima para com a cultura, sempre coloquei em primeiro lugar o meu gosto por tudo o que Rap transmite, e esse é o meu carácter dentro do Hip-Hop.
Quais as tuas influências?
Hip-Hop português, Valete, Sam The Kid, Dealema, Bob The Rage Sense, Xeg, Reflect e um estrangeiro Eminem, todas as letras que escrevo levam um pouco de cada um. Isto no Hip-Hop, porque de fora sempre fui influenciado pela sociedade, pelas pessoas que me rodeam, por séries, filmes ou livros, por episódios da minha vida, etc. Todos os dias encontro algo de novo para somar a este leque que me ajuda a construir tudo o que faço.
Que palcos já tiveram o prazer de pisar?
No festival anual de Hip-Hop, o “4 Vertentes” em Leiria. Com a aproximação do lançamento da Mixtape “Escravos da Consciência” em conjunto com o Mc SnipeZ, a Alternativamusic tem organizado alguns eventos na sede do Teatro O’Nariz. No início deste verão, após a Mixtape com o Mc SnipeZ e uma outra a solo fazer uma espécie de digressão pelo concelho de Ourém, penso que será a melhor altura de divulgar o meu trabalho à Terra que me viu nascer.
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Capitão Ortense Surgiram tipo puff ou foi uma coisa pensada?
Os Capitão Ortense têm cerca de um ano e meio de existência desde o seu primeiro concerto enquanto banda de originais. Desde então que temos vindo a trabalhar no projecto, com o objectivo das pessoas virem a conhecer melhor o nosso trabalho e a nossa maneira de ver a música portuguesa ao criarmos as nossas próprias musicas, todas elas em português.
O que vos define como Banda?
Não só como banda, os Capitão Ortense são significado de amizade e de uma extrema união, com o objectivo não só de fazer músicas da nossa autoria, como também de demonstrar que de uma amizade se conseguem retirar diversos resultados, traduzidos em sonoridades diferentes e letras que explicam muitos dos acontecimentos que vivemos, uma vez que quando as palavras faltam, a música fala.
Quais as vossas influências?
Vem de diversos estilos, passando pelo rock alternativo dos anos 90, seguindo-se de um toque do rock clássico dos anos 80, a mistura de um funk actual, chegando então a nossa pitada de diferença que queremos demonstrar. As nossas influências vão desde Ornatos violeta, Pluto, a Linda Martini entre outras bandas, conservando sempre o espírito nacional.
Que palcos já tiveram o prazer de pisar?
Tocamos já com grandes nomes da música nacional como João Pedro Pais nas festas da cidade de Ourém de 2011 e também no festival dos Chícharos de Santa Catarina da Serra durante 2 anos consecutivos, num dos quais fomos vencedores do concurso de bandas, não esquecendo também a honra de um primeiro prémio na primeira edição do concurso de bandas do CAO que teve lugar no Arte Caffe em Ourém, sendo que de momento decorre a gravação do 2’ EP da banda, que incluirá cerca de 10 temas.
Rising Force Surgiram tipo puff ou foi uma coisa pensada?
Foi no fundo uma conjugação de factores. Já nos conhecíamos todos e houve no fundo vontade para fazer reviver um projecto antigo do Hugo (guitarrista), recuperando alguns dos temas que já existiam, modificando-os de acordo com o nosso estilo colectivo. Numa primeira fase ensaiamos os temas que já conhecíamos e posteriormente criámos novos originais e ensaiámos também algumas covers.
O que vos define como Banda?
Somos uma banda composta por entusiastas do metal em geral, o que nos levou a criar uma banda de heavy metal tradicional.
Quais as vossas influências?
Todos partilhamos o gosto por bandas como por ex. Iron Maiden, Judas Priest, Manowar, Metallica, Ozzy Osbourne, Black Sabbath, Deep Purple, Motorhead e outras. Obviamente que depois cada um tem as suas influências mais específicas.
Que palcos já tiveram o prazer de pisar?
Somos uma banda da terra e como tal, a maior parte das nossas actuações cingem-se aqui ao concelho. Partilhámos várias vezes o palco com os Sacrilegion, uma outra de Black Metal do concelho. No entanto já tivemos o privilégio de tocar em alguns festivais portugueses, por ex. o Gaia em Peso (2010), o Reincarnation 2010 ( onde tivemos o privilégio de partilhar o palco com grandes bandas - Pagan Altar, Dawnrider, Midnight Priest , etç ), III Festival da Irmandade Metálica em 2009 ( juntamente com Web e Decayed ).
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Opina Aí O Labirinto da Saudade
Por: Fábio Rodrigues // fabior.2010@gmail.com
Na edição anterior falámos, aqui, sobre a passividade com que enfrentamos certos problemas e na “fé” que uma providência surja para os resolver. “Que posso eu, individuo normal, fazer? “É assim a vida”! Vamos a ver o que isto vai dar!”. Dessa fraqueza para construirmos algo maior, surge a resignação à nossa condição de “mero individuo”. Resignação: parte do nosso fado. Esta é parte da minha história, quando estrangeiros me perguntam o que é ser-se português: ser-se português, em parte, é não se ser. Português é (muitas vezes), para Inglês ver. (Inglês, ou outro!). Na esperança de que algo de bom nos possa vir daí. O que falamos, aqui, é da capacidade de decisão, por nossa conta e risco. Ora, para decidirmos autonomamente é, condição fundamental, saber para onde queremos ir e que ponto queremos atingir. Só assim, perante um problema, poderemos aplicar a força certa, na proporção certa. A alternativa será sempre a de esperar que alguém de fora, que geralmente não conhece o nosso problema, nos diga: “faz assim!”. E nós somos bons a fazer o que nos dizem para fazer. Só não sabemos se resulta. Mas esperamos que a providência (estrangeira e culta) saiba. Onde estão, então, motivos de engrandecimento? Ou estamos, também, à espera que a tal providência nos diga o que devemos sentir? Servos na razão. Servos na emoção. A “fé providencial” na resolução dos nossos problemas está na base do servilismo social. E esse servilismo contribui bastante para a desigualdade (de dimensão inqualificável!) entre classes baixas e classes altas. É por isso que, quem quer viver num Portugal decente, se tem que empenhar na promoção da força do indivíduo, potenciando as suas capacidades vitais. De nada adianta assistir o indivíduo, quando este já se encontra em avançado estado de decomposição. Ortega y Gasset escreveu em “A rebelião das massas”: “A história, como a agricultura, nutre-se dos vales e não dos cumes, da altitude média social e não das eminências”. Só a elevação da “altitude média social” pode contribuir para promover o indivíduo saudável, reduzir o servilismo social e diminuir as desigualdades que nos bloqueiam. É isso que está a acontecer?
Trave Mestra
Por: Eduardo de Bragança // eduardo.debraganca@eui.eu
Bem-vindos. No passado mês de Abril, procurámos testar a variável solidez de duas “traves mestras”, uma de cariz regional e outra internacional. Nesta 3ª edição da revista, procuraremos testar uma outra variável: a localização. Portugal possui uma fronteira política, que pode ser considerada, na nossa imagem, a sua “trave mestra” nacional. Tendo em conta as opções económicas desta 3ª República, será que a nossa fronteira económica coincide com a nossa fronteira política? Admitindo que não, é mais vasta ou reduzida? A questão afigura-se pertinente se considerarmos que uma retração da fronteira económica (vide caso dos combustíveis líquidos, onde devido à diferente fiscalidade Portugal já perdeu cerca de 300 postos de fronteira) pode significar a prazo, uma retração da fronteira cultural, e em última análise levar mesmo à retração, por mais sui generis que seja a forma que possa revestir, da sua fronteira política. Propunha-vos agora abordarmos o fator localização das traves mestras locais, os concelhos. Portugal tem cerca de 92 mil km2 e 308 municípios, dos quais 110 tem menos de 10 mil habitantes e 53 menos de 5 mil. Será que a dimensão média destas unidades territoriais autónomas permite a criação de benefícios de escala e é suficiente para mitigar os riscos inerentes a essa autonomia? E não estará esta adulterada, se as autarquias, que beneficiam da ausência de poder de direção, e accountability permanente, ao mesmo tempo se possam permitir, direta ou indiretamente, responsabilizar o futuro com consequências semelhantes ás produzidas pelo poder central? Hoje procurámos testar o ajuste da localização de duas traves mestras. Importantes hoje, mas mais ainda amanhã, as macro-decisões devem beneficiar de uma discussão alargada. Sem emitir opiniões, o Trave Mestra pretende ser um contributo para esses debates. Obrigado.
Pipocas com...
Por: João Melo // joao_c_melo@hotmail.com
Nesta edição da revista mais virada para a música e puxando a brasa à minha sardinha musical, decidi falar de um filme/documentário que estreou em 2011 e que retracta a vida de Lemmy Kilmister o vocalista dos Motorhead (os tais da música “the ace of spades“). É preciso dizer que quer se seja fã ou não, qualquer pessoa vai gostar de ver este documentário que reflecte bem o estilo de vida na máxima de sexo drogas e rock’n’roll (no caso do senhor Lemmy, estes três parâmetros deviam estar entre parenteses e elevados ao cubo). Uma verdadeira rockstar que subiu a pulso na vida e que apesar de ser o frontman de um dos maiores grupos de rock/heavy metal mantém o seu estilo de vida simples recheado de Whisky e Marlboro. Conseguimos saber com este documentário o seu percurso musical (desde os Hawkind em 72), ao seu gosto por história (em particular pelos períodos das guerras mundiais). O documentário conta com a participação de outros músicos de bandas como Metallica, Anthrax, BlackSabbath, Guns N’ Roses, Megadeth e Nirvana que referem a influência que a banda Motorhead e o senhor Kilmister tiveram no desenrolar das suas bandas. Acaba por fugir um bocado ao cliché de se tornar um documentário demasiado lamechas e intimista, os produtores e cameraman acabam por ter pouca interacção com Lemmy, que ao responder a perguntas fá-lo quase sempre com poucas palavras e bastantes ironias.
“You know I’m born to lose, and gambling’s for fools, but that’s the way I like it baby, I don’t wanna live forever”.
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Como tratas os teus ouvidos
Convidados: 1º Maria Henriqueta Oliveira // 2º Telmo Silva // 3º Vasco Simões
Noiserv, projecto de sonoridade com influências de Radiohead e Jeff Buckley, formado em 2005, por David Santos, aparece inicialmente com alguns Eps editados on-line. Numa vertente de “one man band”, em 2008, faz o seu primeiro disco de longa-duração. Projecto muito bem recebido pelo público. Actualmente, com a 3ª edição já esgotada, este álbum transporta-nos para uma vivência de memórias passadas entre sonhos e magia em apenas 11 faixas. Aconselho ver ao vivo, são concertos que nos prendem pela intensidade musical, como pela sua originalidade. Tanto pela utilização de instrumentos pouco usuais, como também temos Diana Mascarenhas que participa com ilustrações “in loco” projectadas em grande plano enquanto assistimos. Hoje, Noiserv ganhou mais notoriedade com a sua participação na banda sonora do Documentário “José&Pilar”, em que escreveu grande parte das letras, das quais “Palco do Tempo”, que tem vindo a ter maior destaque. Em Abril deste ano, volta com outra edição de “One Hundred Miles from Thoughtlessness” em CD duplo com o EP “A day in the day of the days”, e mais algumas surpresas. Uma banda sonora ideal para nos transportar para fora da agitação dos nossos dias.
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Capicua é um álbum homónimo da rapper do Porto que desde o início do ano 2000 tem estado no mundo do hip-hop, participando anteriormente em dois EP’s, lançando uma Mixtape e tendo várias participações com nomes sonantes do hip-hop nacional mas sem nunca ter editado um álbum em nome próprio. Com os instrumentais a serem assegurados por nomes como Xeg, Sam The Kid, Nelassassin, Ruas e D-One, Capicua conseguiu um ritmo muito apelativo que complementa na perfeição as suas rimas astutas e incisivas, bem ao estilo do hip-hop nacional. Dentro dos temas abordados, vemos uma forte componente social, com várias críticas à situação actual do país, apelando à responsabilidade social dos portugueses e também faz um auto-retrato, com jeito de introdução ao que poderá ser uma carreira preenchida com mais álbuns no seu horizonte. Também vamos ouvindo frases de esperança e incentivo, onde garante que “suicídio colectivo não é a solução, já tentámos muitas vezes em noite de eurovisão”… e nunca resultou.
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Esta crítica poderia muito bem começar com “era uma vez…” mas vamos fugir a esse cliché. De facto, para percebermos a génese do novo álbum dos franceses Air, intitulado Le Voyage dans la Lune, temos que recuar 110 anos até 1902, altura em que George Meliès, inspirado pela literatura de Jules Verne e H. G. Wells, decide criar aquele que é considerado o primeiro filme de ficção científica. Entretanto em 2002 uma cópia desta película (curiosamente colorida à mão), que havia sido considerada perdida, foi encontrada e recuperada. Os Air ficaram responsáveis por criar a banda sonora de um filme que nasceu mudo, resultando daqui o álbum recentemente lançado. Mais próximo de Moon Safari (1998) que dos seus mais recentes registos, Le Voyage dans La Lune apresenta-se de certa forma como um regresso àquilo que foi a génese dos Air, com um som mais melodioso e menos electrónico, sem no entanto conseguir chegar à genialidade expressa, por exemplo, na banda sonora de As Virgens Suicidas, de Sofia Coppola. Destaque ainda para a participação especial de Victoria Legrand (Beach House) e Au Revoir Simone, que emprestam a voz a alguns temas, num álbum maioritariamente instrumental.
Rota do Petisco
Por: João Abel Oliveira // http://1cafee1bagaco.blogspot.pt
Este mês fui petiscar a um novo local do nosso Castelo. A Taverna do Castelo, um pequeno estabelecimento, que muito bem aproveitou, uma casa em pedra que existem no Castelo, conferindo-lhe aquele ar antigo e meio medieval. Já lá dentro temos quatro pequenos espaços, a entrada, uma sala de convívio, a cozinha e um espaço com algumas velharias e artigos tradicionais feitos à mão para venda. Mas falando agora do que é mais importante, o petiscozinho, tive ao meu dispor uma panóplia de pequenos petiscos, para iniciar um pão com farinheira branca e outro de atum um pouco aquecidos, à mesa chega a bom ritmo a “bucha”, agora dois pratos um com uma sardinhas em molho escabeche e uma salada de grão para acompanhar, o palato está cada vez mais agradado com este mix de petisco que me vai surgindo à frente, para terminar em beleza vêm um entrecosto guisado em vinho tinto que deixa a carne tenrinha e com um óptimo gosto. Como é óbvio tudo isto regado a um vinho minimamente agradável. Concluindo, bom espaço para uma tertúlia ao som de fado, com uma enorme variedade de petiscos para melhor a situação, não pesa no bolso uma patuscada destas.
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Cantinho do Nerd
Por: Dany de Sousa // dany_antunes_sousa@hotmail.com
Guitar Hero (Nintendo DS, PS3, X360, WII,Windows,PC): desde o seu inicio em 2005, lançado para a Playstation 2, que este franchise ganhou popularidade e se alastrou para outras plataformas. Boas músicas, uma guitarra com 5 botões e uma palheta foram a receita do sucesso deste título. Cada música tem os seus próprios níveis de dificuldade, dando a possibilidade de cada jogador poder escolher as suas músicas preferidas. O jogo cria uma evolução progressiva através dos vários níveis de dificuldade recompensando sempre o jogador. Este franchise recebeu então varias edições (mais de 15 jogos com vários estilos de musica e mais instrumentos), coleccionando assim uma biblioteca de músicas extensa e para todos os gostos. Frets and Fire (Windows, Linux, Mac OSX): é um jogo gratuito que funciona nos mesmos moldes que Guitar Hero mas, com uma biblioteca de músicas enorme devido ao facto de ser “open source” e de ter uma comunidade enorme a criar e/ou melhorar músicas. Este jogo é uma oportunidade excelente para quem não conhece, e quer experimentar um jogo musical. (http://fretsonfire.sourceforge.net/)
Beat Hazard (PC,X360): um indie game “shooter” multidirecional em 2D que usa o batimento das músicas para fazer disparar os “lazers” da nave, o jogo tem as suas próprias músicas mas qualquer musica, em formato áudio, pode ser reproduzida no jogo. Este jogo é tão viciante quanto o antigo Asteroids (das arcadas e da velhinha Atari 2600) com o prazer de poder ao mesmo tempo, ouvir as suas músicas favoritas.
Revoltas Futebolísticas
Por: Telmo Silva // telmoabreusilva@gmail.com
O Euro 2012 começa no dia 6 de Junho e é um dos eventos do ano mais esperados pelos jogadores, treinadores e público em geral… exceto os clubes. Uma das grandes lutas que os clubes têm tido ao longo dos anos é a exigência de uma compensação pela cedência dos seus jogadores às seleções nacionais. A FIFA e a UEFA têm nas competições internacionais uma oportunidade de juntar os melhores jogadores do mundo numa competição que pelos valores nacionais de cada país participante, tem interesse a nível global, permitindo amealhar grandes verbas por parte dos patrocinadores e direitos televisivos. Até há bem pouco tempo, os clubes que pagam milhares de euros de salários aos jogadores que atuam nessas competições e que se arriscam a que os mesmos se lesionem e fiquem impossibilitados de jogar por largos períodos de tempo, foram completamente desprezados pelas entidades reguladoras do futebol. Felizmente as coisas estão prestes a mudar… mas pouco. A UEFA pretende distribuir pelos clubes um total de 100 milhões de euros (de um lucro previsto de 400 milhões de euros) aos clubes pela cedência de jogadores. Parece bom mas estima-se que o máximo pago por cada jogador seja de 50 mil euros, um valor que seria muito bom se o respetivo jogador estivesse num clube da II Liga, mas se falarmos de jogadores que recebem mais de 500 mil euros mensais, acaba por ser um valor muito baixo para quem está realmente a pagar para que ele jogue numa competição que não diz qualquer respeito ao clube. Também está previsto um seguro que abrange os jogadores desde o primeiro dia de estágio até ao dia seguinte da eliminação e embora não se saibam ainda detalhes desse seguro, já é uma salvaguarda para os milhões de euros envolvidos no Campeonato Europeu.
Limbos do Pacífico
Por: César Adão // http://oslimbosdopacifico.blogspot.pt/
O Universo literário dos Joy Division
Um carro arranca em desespero, rumo ao centro da cidade. Atravessa pontes e viadutos, símbolos da conquista humana, mas transporta consigo toda a solidão do mundo. Só as muralhas de prédios anónimos de Manchester testemunham o seu desespero. Mas guardam silêncio. “To the centre of the city…waiting for you” ( “Shadowplay”). Poucas bandas possuem um universo literário tão denso como os Joy Division. No final da sua vida Ian Curtis movia-se, furtivo, gracioso, entre os limbos que separam a realidade de uma cidade industrial, desumanizada, de um universo paralelo cheio de culpa, mas também de possibilidades. Vertido das páginas de Dostoyevsky, Gogol (“Dead Souls”), Kafka (“Colony”), Ballard (“Atrocity exhibition”), William Burroughs (“Interzone”), Jean-Paul Sartre, entre outros, o mundo ultra-romântico cinzelado por Ian Curtis imortalizava-se nas letras das músicas, insinuando o seu cunho trágico, intrusivo e resiliente como as manchas de humidade num quarto sem vista. Objectos perigosos, os livros. Neles mergulhamos para procurar a salvação, a superação, fuga. Ian Curtis viu neles um vislumbre da sua catarse, a as estradas por onde escapamos aos nossos medos. E pelas páginas de todos os livros lidos por Ian Curtis, continuámos todos a sonhar. “Our vision touched the sky”. Ou pelo menos, tentámos.
Vida Saudável
Por: Raquel Dinis // http://coaching-raqueldinis.blogspot.com
Na medida em que se torna cada vez mais urgente mudar e/ou melhorar hábitos alimentares menos correctos, uma vez que a obesidade atinge mais de 500 milhões de pessoas em todo o mundo, e é hoje considerada a epidemia do séc. XXI, a RAKLINICA, Clínica Dietética e Terapêutica, é direccionada para as questões do peso e da alimentação. É uma Clínica de Emagrecimento, Nutrição, Estética e Bem-Estar que visa promover a Saúde e a Qualidade de Vida da população Oureense. Dedica-se à prestação de cuidados de estética e beleza, sendo todos os tratamentos personalizados e individualizados de acordo com as necessidades de cada cliente. Os nossos tratamentos de corpo, emagrecimento, anti-celulite, gordura localizada, reafirmação... combinados com um plano alimentar equilibrado e com o acompanhamento especializado, irão proporcionar resultados extraordinariamente satisfatórios. Aquilo que à primeira vista parece uma simples questão de estética e de vaidade, no amanhã pode tornar-se num sério problema de saúde. Uma Alimentação que inclua Equilíbrio, Variedade e Moderação previne o aparecimento de cerca de 90% das doenças de foro Cardiovasculares, que se intitulam como a 1ª causa de morte em Portugal. Olhe pela sua saúde e bem-estar e “... faça dos seus alimentos os seus medicamentos...”. E como não poderia deixar de ser, na medida em que é uma Clínica Terapêutica, a RAKLINICA dispõe também de um número diversificado de Técnicas/ Formações na área do Desenvolvimento Pessoal que visam promover o Auto-Conhecimento e o Crescimento Interior (Coaching, PNL, Eneagrama…). Perante um Mundo em permanente transformação, repleto de incertezas e crises constantes, cada um de nós tem que se conhecer a si mesmo, pois só assim será capaz de enfrentar os inúmeros desafios com que se depara diariamente. E conhecermo-nos a nós próprios não é mais do que termos uma elevada consciência e conhecimento dos nossos Pensamentos, Emoções e Comportamentos.
“Conhece-te a Ti Mesmo!” 25
Agenda Exposições
Workshops
Galeria Municipal — Pintura “7” de Jason Brutt (Miguel Fazenda) - 07 a 29 de Julho
Oficina de Artes (Vale da Perra) — Oficina de conservação preventiva de madeiras, 4 sessões de 2 horas; 3 sessões à quinta feira das 14h00 às 16h00 e uma na sexta feira das 14h00 às 16h00 - 5 e 12 de Julho
Paços do Concelho — Fotografia A cor do contraste” de Joel Santos - 30 de Julho a 20 de Julho
Oficina de artes performativas — percorrer as várias artes performativas desde a expressão dramática, corporal, musical, entre outras - Crianças dos 2 aos 8 anos - 7, 14 e 21 de Julho – das 15h00 às 16h00
Biblioteca Municipal de Ourém — Pintura “Os meus olhares” de Isabel Gil Maia - 02 a 31 de Julho
Espectáculos
Jogral Bar
Grupo de Teatro Apollo — “Jantar de Idiotas” no Torreão - 7 de Julho às 21h30 - 3€
1 de Julho — Final do Euro 2012 - That calls for a Carlsberg (últimos prémios)
Grupo de Teatro Apollo — “Na Terra dos Sonhos” nas Piscinas Municipais - 25 de Agosto às 15h30
7 de Julho — Rum Festival (Bacardi, Havana Club, Pampero e Malibu.
Cine-teatro Municipal de Ourém — “Espetáculo de canto e dança Sociedade Filarmónica Ouriense” - 7 de Julho às 21h00
14 de Julho — Cutty Sark (novo, 12, 15, velho e Malte com prémios). 21 de Julho — Cachaça 51 Silver, Gold e Black (Capirinhas)
Cine-teatro Municipal de Ourém — “Espetáculo solidário CRIO” - 13 de Julho às 21h00
27 de Julho — Absolut Vodka (roleta de shots e cocktails)
Cine-teatro Municipal de Ourém — “Espetáculo Ourearte” - 14 de Julho às 21h00
Under Party
Cine-teatro Municipal de Ourém — “Espetáculo Arabesque” - 15 de Julho às 11h00
6 de Julho — Electronic Paradise - Café Paraiso, Casal dos Crespos
Cine-teatro Municipal de Ourém — “Arabesque concerto de dança” - 22 de Julho às 15h00 Cine-teatro Municipal de Ourém — “Stand up – Quim Roscas e Zeca Estacionâncio” - 28 de Julho às 22h00
Bar Freixo
Concertos de Verão — Julho, Agosto e Setembro. Os espetáculos têm início às 16h30 e o Conservatório de Música de Ourém - Fátima inaugura a edição de 2012 com concertos a 14 e 28 de Julho
21 de Julho às 22h30 — Apresentação do Ep “Mortal Soul Sentence” dos Sacrilegion
Fátima na Praça Luís Kondor
Desporto
Pavilhão Munícipal — Torneio 3x3 hóquei em Patins - 14 e 15 de Julho Parque Linear — 24h BTT Cidade de Ourém - 14 e 15 de Julho
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Bem -vindo ao passado
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