Suplemento Especial Comemorativo aos 55 anos do Jornal Município Dia a Dia - Edição 04 - Maio/2009
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Arquitetura Linhas e traços que fazem parte do nosso dia-a-dia
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Instalação provisória / Início
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Enxaimel
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Adaptação
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UTILIDADES
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Detalhes
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Exterior
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Mansardo
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Crise
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Falso enxaimel
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pRAÇA CENTRAL
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Plano Diretor
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Preservado - Santuário de Azambuja
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Preservado - Igreja Luterana
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Preservado - Matriz S. Luís Gonzaga
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Preservado - Hospital de Azambuja
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Preservado - Maternidade
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Preservado - RUA DAS Carreiras
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Preservado - Vila Quisiana
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Preservado - Transformações
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Lembranças - Casarão Krieger
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Lembranças - Vila Operária
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PINTURA
PROJETO IDENTIDADE
Jornal Município Dia a Dia Rua Felipe Schmidt, 31 - sl. 01 Centro - Brusque - SC Fone: (47) 3351-1980 www.municipiodiaadia.com.br municipiodiaadia@municipiodiaadia.com.br comercial@municipiodiaadia.com.br
Diretor: Cláudio José Schlindwein Editora-Chefe: Letícia Schlindwein Edição e redação: Guédria Baron Motta
(Palavra e Cia - Agência de Comunicação)
Fotografia: Maicon Schlindwein Projeto Gráfico e Diagramação: Paulo Morelli | Chess Design Gráfico Impressão: Jornal de Santa Catarina
Colaboradores e Agradecimentos:
A quarta edição do projeto Identidade contou com o apoio e informação de muitas pessoas. Para elas, que guardam conhecimentos tão importantes sobre Brusque, nossa gratidão e respeito: arquiteto Rubens Aviz, professora de História, Jaqueline Kühn Orthmann, responsáveis pelo projeto “Casarões e Antigas Edificações Brusquenses - Beleza e Memória”, do Colégio Cônsul Carlos Renaux, a coordenadora de projetos da secretaria de Planejamento, Patrícia Zimmermann, a diretora de Controle Urbanístico, Lisandra Beuss Cervi, o secretário de Planejamento, Alexandre Gevaerd, diretor da Fundação Cultural de Brusque, Joselito de Souza, Presidente da Associação Catarinense de Conselheiros Tutelares (ACCT) e do Instituto Geração Criança (IGC), Paulo Vendelino Kons, o empresário Herbert Pastor, o arquiteto Vitor Cervi e a arquiteta Margarete Gumz. CAPA: Pintura de Joselito de Souza
INSTALAÇÃO PROVISÓRIA
As primeiras construções na cidade de Brusque foram os ranchos de recepção, também conhecidos como ranchos administrativos. Localizados perto do rio, eles se situavam em lotes de 20 a 30 hectares, onde mais tarde as famílias de imigrantes viriam se estabelecer. Em seguida, cada família construía uma habitação, considerada de caráter provisório. Em geral, elas eram feitas de troncos de palmeiras cobertos de palha.
Início
O primeiro estilo urbanístico e arquitetônico de Brusque foi projetado pelos imigrantes europeus, vindos da Alemanha, Polônia e Itália. Inicialmente, os colonos adquiriram seus lotes nessa terra de relevos, cercada por vales. As casas, erguidas conforme a tradição, tinham o espaço para a horta de subsistência (mais tarde substituída pelo comércio), um estábulo para animais, o rancho para depósito das ferramentas e materiais e, por fim, a casa, ocupando destaque na planta do terreno. Uma residência típica colonial tinha sala na parte frontal, local de conversa e orações, quarto dos pais interligados ao quarto de filhos menores por uma porta e escada íngreme, em direção ao sótão, onde geralmente eram acomodados os filhos mais velhos. 3
Enxaimel
O enxaimel foi o primeiro sistema construtivo aplicado em Brusque. A técnica consiste na junção de estruturas de madeira, em formas horizontais, verticais e inclinadas. Esta junção é responsável pela sustentação da casa, que recebe a vedação através de tijolos maciços. A característica do enxaimel é o telhado inclinado (que na Alemanha da época, impedia o acúmulo de neve), e a ausência de pregos na estrutura de madeira. As vigas eram encaixadas, exatamente, umas nas outras, através de pinos. Registros históricos apontam que, em 1936, das 3016 habitações existentes em Brusque, 183 eram no estilo enxaimel. Uma das últimas dessas casas em Brusque, no bairro Rio Branco, foi derrubada há dois anos e, para encontrar uma residência com o modo construtivo verdadeiro, foi preciso seguir até o município vizinho, Guabiruba, na localidade do Holstein (foto).
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Alguns historiadores consideram que o estilo enxaimel foi inspirado em regiões como a Pomerana ou Baden, na Alemanha. No entanto, as características culturais e a ausência de outros materiais e técnicas, justificariam a adoção deste estilo construtivo, simples e seguro. Mas, o clima subtropical de Brusque exigiu algumas adaptações nas residências e, desta forma, surgiam as primeiras varandas, um espaço adequado para amenizar o calor e proteger a construção do sol intenso e das chuvas freqüentes.
Adaptação
Casa com varanda, no bairro Santa Terezinha
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UTILIDADES
O fogão de lenha se transformou em artigo de recordação para a família Reddiga, no bairro Rio Branco.
Sem fonte de energia elétrica, o carvão era o combustível desse mundo à vapor, no início do século 20. Sempre atrás de casa, era comum as famílias de Brusque e região, utilizarem os recursos do fogão de lenha. Além de cozer alimentos, ele aquecia a residência em dias mais frios. Mas, com a implantação da luz, seguida pela invenção dos mais diferentes utilitários domésticos, o fogão de lenha deixou de ser essencial nas casas, tornou-se obsoleto e dispensável. Hoje, ainda há quem mantenha o equipamento, embora seja muito mais decorativo do que funcional.
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Os casarões eram imponentes por fora, mas não deixavam nada a desejar por dentro. Os móveis, talhados em madeira maciça, eram importados da Alemanha, Itália e Inglaterra. Acessórios decorativos como lustres, poltronas, sofás e até mesmo porcelanas, eram provenientes da Europa. O entorno da residência também era peculiar, sempre ostentado por jardins exuberantes: perfeita moldura para a impecável paisagem. A família do empresário Herbert Pastor mantém essas características na casa onde ele vive. Ali, quadros de família do século passado decoram o hall de entrada, mas as preciosidades afetivas estão por todos os lados: desde um relógio fabricado há cerca de 250 anos, até móveis de 1700, que aguardam restauração pelos próximos meses, em São Paulo.
Detalhes
Interior da casa da família de Herbert Pastor, uma das poucas construções de época ainda preservadas em Brusque
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Exterior
Na rua Hercílio Luz, algumas casas com este estilo arquitetônico ainda resistem ao tempo.
Uma das características das casas construídas no começo do século passado era o alinhamento junto à via pública, com recuos nas laterais, em apenas um dos lados, dando espaço para um jardim. A entrada da casa era, em geral, feita pela lateral e a varanda estava a um ou dois metros acima do nível da rua, graças ao fundamento de pedra, com uma escada protegida por muro fechado ou balaustres. As fachadas, em geral, eram ornamentadas com uso de lambretas, repetindo modelos das casas do século anterior. Janelas grandes, que iluminam, são de esquadrias de madeira e veneziana. Os vidros trabalhados em bisotê coloridos, representam características do século 19.
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Além do enxaimel, outro estilo é marcante do começo do século: os mansardos. Considerada uma edificação de elite, ela surgiu no centro das primeiras ocupações urbanas. Entre as suas principais características estão alvenarias amplas, altas e de telhado empinado.
Mansardo
Casa com telhado mansardo, na Avenida Primeiro de Maio.
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Crise
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Entre os anos de 1964 e 1980, a arquitetura e o urbanismo foram sufocados no Brasil, devido ao Regime Militar. Inspirados no contexto do Exército, os prédios e residências perderam as características estéticas para a funcionalidade e especulação imobiliária. Desde então, as construções não pareciam mais preocupadas com o que já havia no entorno e, um dos exemplos desta fase em Brusque é o Edifício Centenário, seguido por mais dezenas de edificações semelhantes.
Falso enxaimel
Alguns dos principais pontos turísticos de Brusque hoje são construções como o prédio da Prefeitura (foto), Fórum e o Pavilhão Maria Celina Vidotto Imohf (Fenarreco). Conhecidas entre os arquitetos como “falso enxaimel”, esse prédios não utilizam a verdadeira técnica de edificação trazida pelos imigrantes. A estrutura de concreto busca apenas lembrar aquelas construções do começo do século passado. De acordo com o arquiteto Rubens Aviz, responsável por boa parte dessas obras, a idéia de homenagear a imigração alemã começou na década de 80, quando a Prefeitura de Blumenau buscou uma identidade turística dando incentivos fiscais a quem construísse fachadas que imitavam a técnica de enxaimel. A onda foi seguida por outras cidades da região, entre elas, Brusque.
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PRAÇA CENTRAL
Marco da praça central, o busto de Olavo Bilac. Ao fundo, uma referência ao Cônsul Carlos Renaux e as obras que incentivou em Brusque.
O palacete do Cônsul Carlos Renaux, localizado na atual extremidade da Praça Barão de Schnéeburg, deu espaço para a criação da Praça Salgado Filho, na segunda metade da década de 40, durante a gestão do prefeito Paulo Lourenço Bianchini. Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio do Brasil (1932-1934) e da Aeronáutica do Brasil (1941-1945), o político gaúcho Salgado Filho apoiou Getúlio Vargas na revolução de 1930. Mas, com o advento do Regime Militar, em 1964, o prefeito de Brusque, Cyro Gevaerd, foi orientado pelo 23º Batalhão de Infantaria de Blumenau a mudar o nome da praça central de Brusque e, desta maneira, surgia no coração da cidade, a Praça Barão de Schnéeburg, em homenagem ao austríaco que liderou o grupo de 55 alemães, na colonização da cidade. O ato legal, no entanto, não foi publicado nos jornais impressos do município. A praça, com suas últimas características, foi (re)inaugurada em 7 de setembro de 1996, gestão de Danilo Moritz, sendo projetada pelos quitetos Osmar Teske (in memorian) e Jorge Bonamente.
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Aprovado em dezembro de 2008, o Plano Diretor de Brusque define os conceitos básicos e objetivos da valorização do meio ambiente natural e cultural da cidade. No entanto, em nenhum de seus capítulos ou artigos, o documento descreve como este processo pode e deve ser executado. Diz apenas que se entende como meio ambiente cultural, os bens de natureza material, portadores de referência à identidade, à ação e à memória da sociedade brusquense, nos quais se incluem os bens arquitetônicos, ecológicos, históricos, paisagísticos e urbanísticos. Enquanto isso, a criatividade de arquitetos e urbanistas dá novas releituras ao modelo construtivo em diferentes regiões da cidade, como na Beira Rio, onde estão instaladas lojas de alto padrão, no Archer Boulevard (foto), também de autoria do arquiteto Rubens Aviz.
PLANO DIRETOR
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PRESERVADO - Santuário de Azambuja
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O engenheiro Simão Gramlich projetou o Santuário de Nossa Senhora Azambuja, em 1939. A atual construção, em estilo romântico, foi construída sobre a antiga, de 1885. Com duas torres de 40 metros de altura, três naves e 45 m de comprimento por 16 de largura, conta com altar-mor em mármore, dois altares e duas capelas laterais de São Judas e Santo Antônio. Já o Morro do Rosário data de 1954. O Museu Arquidiocesano Dom Joaquim, também em estilo romântico, foi construído em 1907 e, inicialmente, abrigou o antigo Hospital de Azambuja. Entre os anos de 1927 e 1930, foi ampliado e nele passou a funcionar, também, o seminário. Recentemente, o espaço passou por uma reforma financiada pelo governo do Estado e, neste momento, iniciam os trabalhos de recuperação do teatro, no local.
Construída em 1896, a Igreja Evangélica Luterana está localizada na Colina Evangélica, próximo ao Colégio Cônsul Carlos Renaux. De estilo gótico, um dos detalhes que mais chamam a atenção do projeto foi a preocupação com a acústica do espaço, que hoje abriga um órgão de 1200 flautas. Além disso, a igreja conta com dois sinos, um instalado desde a inauguração, em 1895, e outro de 1928. O local passou por três reformas: 1942, 1960 e 1979. Nesta última, o espaço foi ampliado e o corredor central ganhou três grandes lustres.
PRESERVADO - Igreja Luterana
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PRESERVADO – Matriz S. Luís Gonzaga
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Na Rua Monte Castelo, próximo a Praça Barão de Schneéburg, onde hoje se encontra a Igreja Matriz da Paróquia São Luis Gonzaga, já existiram outras duas construções religiosas. A primeira delas bastante primitiva, construída ainda pelos colonizadores, ficava na antiga Casa Paroquial. Em 1874, o vigário na época, Padre Gattone, começou a construção da antiga igreja Matriz. Concluída em 1877, ela tinha estilo gótico. Em 1954, a igreja foi demolida para dar lugar ao atual templo. De acordo com dados históricos, a antiga igreja teve que ser destruída devido ao espaço reduzido e ao declive de quase 20 metros em que se encontrava. A atual igreja foi totalmente edificada em blocos de granitos e nenhuma das pedras, num total de 25 mil, é igual à outra, todas talhadas na pedreira dos Irmãos Bittencourt, no Bairro Volta Grande. Com capacidade para abrigar duas mil pessoas, o projeto arquitetônico é do alemão Godfried Boehm.
PRESERVADO - Hospital de Azambuja
Em 1901, foi construída uma casa de madeira para acolher doentes, já patrimônio do Santuário de Azambuja. Dois anos mais tarde, a casa já contemplava o hospital, asilo, orfanato e hospício e recebeu 25 camas, doadas pelo Hospital de Caridade de Florianópolis. Sem médicos e sem recursos necessários, eram as religiosas que atendiam doentes e realizavam cirurgias externas. Em 1907, o governador Coronel Gustavo Richard, lançou a pedra fundamental do novo hospital, de alvenaria, concluído em 1911, sendo que apenas quatro anos mais tarde chegou à unidade de saúde o primeiro médico, Dr. Melcopp. Com recursos da Mitra Arquidiocesana e da Família Renaux, em 1935 foi construído um novo hospital e, no ano seguinte, lançada a pedra fundamental do asilo. Em 1942 os doentes mentais foram transferidos para a Colônia Sant´Ana, em São José e, em Brusque, o hospital continuou crescendo e hoje também atende os municípios de Guabiruba, Botuverá, Vidal Ramos, São João Batista, Nova Trento, Canelinha, Major Gercino e partes de Itajaí, Gaspar e Tijucas.
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PRESERVADO - Maternidade
No lugar onde hoje nascem idéias culturais, já nasceram muitos brusquenses. O prédio que atualmente abriga a Fundação Cultural ainda é conhecido como a “Antiga Maternidade Cônsul Carlos Renaux”. Localizado na Rua Pastor Sandrescky, 2, ele foi construído entre 1936 e 1938, com verbas do próprio Renaux. Funcionou como maternidade até a década de 1960, só depois transformando em Jardim de Infância Bom Pastor, prédio do INAMPS e até mesmo albergue de estudantes. Recentemente, o prédio passou por amplas reformas, patrocinadas pela Prefeitura Municipal.
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PRESERVADO – Caça e Tiro
O número 190 da Rua Hercílio Luz é um dos motivos de orgulho quando o assunto é patrimônio histórico, em Brusque. Considerado o clube mais antigo do gênero na América Latina e o mais antigo ainda em funcionamento no Brasil, o Clube Caça e Tiro Araújo Brusque, fundado em 14 de julho de 1886, resiste ao tempo. O espaço foi marcado historicamente pelas atividades esportivas, sociais e culturais. Na década de 40, teve o salão social, construído em 1927, tomado por soldados e transformado em quartel militar, devido a Segunda Guerra Mundial. O prédio resiste ao tempo e, graças às reformas constantes e ampliação, ainda hoje é usado com fins sociais.
PRESERVADO - Rua das Carreiras
Na década de 80, o trabalho de conclusão de curso Rua das Carreiras _ Preservação do Patrimônio Urbano, no curso de Arquitetura da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), apontava que a única região da cidade que ainda preservava um conjunto arquitetônico homogêneo era a rua Hercílio Luz. O estudo explica que as construções localizadas no espaço integram o quarto período arquitetônico da cidade, ocorrido no final do século 19 e início do século 20. Marcado por características tipicamente urbanas e apresentando linguagem arquitetônica semelhante às existentes em todo o Brasil, as construções mostram o abrasileiramento do imigrante europeu. 19
PRESERVADO – Vila Quisiana
A casa da família Pastor, na Rua Rodrigues Alves, foi construída na década de 30, por um arquiteto alemão. Sem estilo definido, ela apresenta um detalhe todo especial, que é a decoração com pedras em diferentes tonalidades de rosas, artigo facilmente encontrado na região, naquela época. Com exceção das restaurações elétricas e hidráulicas, o casarão mantém sua estrutura original, respeitando a divisão estrutural dos ambientes. “Minha família não tem a menor intenção de vendê-la e acredito que a casa contribua com o patrimônio histórico da cidade”, diz Herbert Pastor.
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A casa Renaux, localizada no início da Avenida Cônsul Carlos Renaux, desde 14 de julho de 2004 pertence ao grupo diretor das Casas Bahia. A nova empresa iniciou as atividades no município em janeiro de 2005 e optou por preservar a fachada do casarão, mesmo ampliando sua estrutura. Quem prefere mergulhar no tempo ao entrar na loja, pode escolher por uma das portas estreitas e altas do local. No entanto, pela conservação dos produtos, as janelas de madeira do segundo piso estão sempre fechadas.
Legítimo - Transformações
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Lembranças – Casarão Krieger
Entre 2001 e 2004, alunos do Colégio Cônsul Carlos Renaux, coordenados pela professora de História, Jaqueline Kuhn, catalogaram 50 edificações antigas em Brusque. Entre as que foram demolidas está o antigo Casarão Krieger, localizado na Avenida Cônsul Carlos Renaux. O prédio, construído em 1878, havia sido edificado por Carlos Pieper e só em 1910, seria comprado por Guilherme Krieger. No local já teria funcionado uma escola mas, na lembrança dos brusquenses, persiste a velha imagem da loja de jeans.
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Lembranças – Vila Operária
É impossível passar pela Avenida Primeiro de Maio e não sentir curiosidade em conhecer as casas de cor laranja, próxima à Fábrica Renaux. A construção, da década de 20, era conhecida como Vila Operária Pomerânia. Ali, as residências construídas pela própria empresa eram cedidas às famílias de funcionários. A intenção era atrair a mão de obra para perto da fábrica.
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PINTURA
Entre os anos de 1994 e 1996, o diretor da Fundação Cultural de Brusque e artista plástico, Joselito de Souza, se dedicou a pintura que reproduzia os traços da cidade em fotos antigas. Hoje, os cerca de 25 quadros pertencem a diferentes acervos particulares e, a proposta é que os desenhos sejam reproduzidos em porcelana, como forma de perpetuar a historia de Brusque. “Não eram pinturas que apenas reproduziam a arquitetura do município, mas, sobretudo, também da vida social daquela época. Reproduzi vários casarões dos séculos 18 e 19 e, desses, são poucos os que ainda estão em pé”, declara o artista.
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