Escotismo - Manual Curso Técnico de Bússola

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Curso Técnico de Orientação de Bússolas Diretor: ________________________________________ Data:

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ROSA DOS VENTOS

Para podermos nos orientar, dividimos o horizonte que nos cerca em quatro direções chamadas pontos cardeais: Norte (N), Sul (L), Leste (L) e Oeste (O). Sabendo um deles, pode-se determinar facilmente os outros três. O norte e o Sul são dirigidos para os dois pólos da Terra, o Norte no alto e o Sul embaixo. O Leste e o Oeste, representados nas bússolas por E (Este) e W (Oeste), respectivamente, indicam o Oriente (onde o sol nasce) e o Ocidente (onde o sol se põe). Os quatro pontos cardeais são divididos em quatro pontos sub-cardeais ou colaterais: • • •

Nordeste (NE), entre o norte e o leste Noroeste (NO), entre o norte e o oeste (SO), entre o sul e o oeste

• •

Sudeste (SE), entre o sul e o leste Sudoeste

Os pontos cardeais e colaterais são divididos em oito pontos sub-colaterais: • • • •

or-Nordeste (NNE), entre o norte e o nordeste Nor-Noroeste (NNO), entre o norte e o noroeste Sul-Sudeste (SSE), entre o sul e o sudeste Sul-Sudoeste (SSO),entre o sul e o sudoeste

• • • • •

Este-Nordeste (ENE), entre o leste e o nordeste Este-Sudeste (ESE), entre o leste e o sudeste Oeste-Noroeste (ONO), entre o oeste e o noroeste Oeste-Sudoeste (OSO), entre o oeste e o sudoeste

Todos esses pontos, justapostos, formam a rosa dos ventos.

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PONTOS CARDEAIS PONTO CARDEAL

OUTROS NOMES

AZIMUTE

NORTE

setentrião

SUL

Meridião; meio-dia

180º

ESTE

leste; levante; oriente; nascente

90º

OESTE

poente; ocidente; ocaso

270º

DESCRIÇÃO ponto fundamental a que se referem normalmente as direções ao meio-dia solar o sol encontra-se a Sul do observador direção de onde nasce o sol direção onde o sol se põe; também aparece como W ("West")

AZIMUTE Um azimute é uma direção definida em graus, variando de 0ºa 360º. Existem outros sistemas de medida de azimutes, tais como o milésimo e o grado, mas o mais usado pelos Escoteiros é o Grau. A direção de 0º graus corresponde ao Norte, e aumenta no sentido direto dos ponteiros do relógio.

Exemplo de um azimute de 60º

Há 3 tipos de azimutes a considerar: Azimute Magnético: quando medido a partir do Norte Magnético (indicado pela bússola); Azimute Geográfico: quando medido a partir do Norte Geográfico (direção do Pólo Norte) Azimute Cartográfico: quando medido a partir do Norte Cartográfico (direção das linhas verticais das quadrículas na carta). Querendo se determinar o azimute magnético de um alvo. Usando uma bússola há que, primeiro, alinhar a fenda de pontaria com a linha de pontaria e com o alvo. Depois deste alinhamento, Espreita-se pela ocular para o mostrador e lê-se a medida junto a ponto de referência. 3


UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL REGIÃO DE SÃO PAULO EQUIPE REGIONAL DE GESTÃO DE ADULTOS _______________________________________________________________________________ Todo este processo deve ser feito sem deslocar a bússola, porque assim alteraria a medida. O polegar deve estar corretamente encaixado na respectiva argola, com o indicador dobrado debaixo da bússola, suportando-a numa posição nivelada.

COMO APONTAR UM AZIMUTE MAGNÉTICO Querendo apontar um azimute magnético no terreno, para se seguir um percurso nessa direção, por exemplo, começa-se por rodar a bússola, constantemente nivelada, de modo a que o ponto de referência coincida com o azimute pretendido. Isto é feito mirando através da ocular para o mostrador. Uma vez que o ponto de referência esteja no azimute, espreita-se pela fenda de pontaria e pela linha de pontaria, fazendo coincidir as duas, e procura-se ao longe, um ponto do terreno que possa servir de referência. Caso não haja um bom ponto de referência no terreno, pode servir a vara de um Escoteiro que, entretanto, se deslocou para frente do azimute e se colocou na sua direção.

Azimute Inverso O Azimute Inverso é o azimute de direção oposta. Por exemplo, o Azimute Inverso de 90º (Este) é o de 270º (Oeste). Para o calcular basta somar ou subtrair 180º ao azimute em causa, consoante este é, respectivamente, menor ou maior do que 180º. EXEMPLO DOS CÁLCULOS PARA CALCULAR O AZIMUTE INVERSO DE 65º E DE 310º Azimute

Operação

Azimute Inverso

65º

como é inferior a 180º deve-se somar 180º

65º + 180º = 245º

310º

como é superior a 180º deve-se subtrair 180º

310º - 180º = 130º

Como construir uma bússola… Uma bússola consiste apenas num pedaço de metal magnetizado que, se estiver pendurado, ou puder rodar, apontará para o Norte Magnético. Um pedaço de metal ferroso (uma agulha de costura, é o ideal) esfregado repetidamente, na mesma direção num pano de lã, ficará magnetizado e, se for suspenso, pode apontar para o norte. Magnetizar a agulha com um imã será mais eficaz; raspa a agulha suavemente de uma ponta à outra, sempre na mesma direção. Suspende a agulha numa linha, de forma a ficar equilibrada… A agulha deverá, então, apontar para o Norte.

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UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL REGIÃO DE SÃO PAULO EQUIPE REGIONAL DE GESTÃO DE ADULTOS _______________________________________________________________________________ A agulha magnetizada também pode ser utilizada sobre um pedaço de papel ou folha colocado a boiar num pouco de água. Uma bússola consiste apenas num pedaço de metal magnetizado que, se estiver pendurado, ou puder rodar, apontará para o Norte Magnético. Um pedaço de metal ferroso (uma agulha de costura, é o ideal) esfregado repetidamente, na mesma direção num pano de lã, ficará magnetizado e, se for suspenso, pode apontar para o norte. Magnetizar a agulha com um imã será mais eficaz; raspa a agulha suavemente de uma ponta à outra, sempre na mesma direção. Suspende a agulha numa linha, de o f rma a ficar equilibrada… A agulha deverá, então, apontar para o Norte. A agulha magnetizada também pode ser utilizada sobre um pedaço de papel ou folha colocado a boiar num pouco de água. Construa sua própria bússola! Você pode fabricar esse instrumento de orientação com materiais simples e barato Que tal construir você mesmo sua própria bússola? Esse instrumento já era usado há cinco séculos pelos navegadores para se localizar nos oceanos! Pois você pode construir uma bússola com materiais simples e baratos. A agulha de uma bússola nada mais é do que um pequeno ímã que gira sobre um eixo. Assim, para construir uma, você precisa, em primeiro lugar, produzir esse pequeno ímã. Depois, é só montá-lo sobre um apoio, de forma que possa girar livremente. Do que você precisa: - um ímã em barra (desses usados para fechar portas de armário, por exemplo, facilmente encontrado em lojas de ferragens ou de materiais para construção); - grampo metálico daqueles usados para fechar pastas (veja as figuras); - martelo; - um prego; - uma rolha; - uma agulha.

Como fazer:

1) Abra o grampo e dobre suas hastes. 2) Usando o prego e o martelo, faça uma pequena saliência na parte central da cabeça do grampo. O ponteiro da bússola está quase pronto. Agora, só falta imantá-lo. 3) Quando esfregamos um arame ou uma barrinha de aço ou de ferro sobre um ímã, obtemos novos ímãs. Portanto, pegue o ímã que você adquiriu e esfregue o grampo contra a lateral dele, tomando muito cuidado para não fazer movimentos de ida e volta durante o processo: esfregue o grampo somente em um sentido. Repita algumas vezes esse movimento e, pronto, o grampo estará imantado e, seu ponteiro, pronto.

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4) Para fazer a base da bússola, enfie a agulha na rolha, deixando a ponta para cima. Equilibre o grampo sobre a ponta da agulha. 5) Pode acontecer de o grampo não ficar perfeitamente equilibrado. Para resolver esse problema, você pode enfiar pedacinhos de canudos de refresco nas pontas do grampo, até que o equilíbrio seja atingido. 6) Falta testar a bússola: aproxime o ímã de uma das extremidades do ponteiro. Se tudo estiver certo, ela deve ser atraída por um dos pólos do imã e repelida pelo outro. Se isso ocorrer, sua montagem está em ordem. Agora, afaste da bússola tanto o ímã como outros objetos metálicos: ela deverá funcionar como qualquer outra, ou seja, indicando a direção Norte-Sul. A bússola A bússola é um equipamento que pode tornar a navegação mais precisa. A bússola é importante, mas não tanto quanto a habilidade de ler um mapa. Condições para o uso da bússola: o o o o o o o

Dificuldades para ler o mapa O terreno tem poucos detalhes ou muitos detalhes similares. O terreno é complexo. A visibilidade é restrita devido à vegetação densa ou condições do tempo. Para manter o mapa orientado. Para confirmar sua localização no terreno. Para certificar-se da direção a ser seguida.

Componentes de uma Bússola:

Uma bússola com bolhas de ar é uma bússola defeituosa!

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Para usar a bússola com o mapa

Antes de iniciar o deslocamento, coloque a bússola em cima do mapa, de forma que um dos seus lados fique a unir o ponto onde estamos (final de caminho) e o ponto para onde queremos ir.Com a seta de direção da bússola voltada para o ponto onde queremos ir.

Rode o mostrador da bússola de modo a que as linhas que estão no seu interior, fiquem paralelas com os meridianos do mapa (o norte do mostrador tem que ficar virado para o norte do mapa).

Segure a bússola horizontalmente á sua frente e rode o seu corpo de modo a que a parte vermelha da agulha magnética fique coincidente com a seta que está desenhada no mostrador. Neste momento, a bússola está a apontar na direção do seu destino (lago). Olhe em frente, fixe um elemento de referência que fique na linha do azimute e caminhe até lá. Repita este procedimento até chegar ao seu destino.

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UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL REGIÃO DE SÃO PAULO EQUIPE REGIONAL DE GESTÃO DE ADULTOS _______________________________________________________________________________ USAR A BÚSSOLA SEM MAPA DE ORIENTAÇÃO Determinar um azimute

Selecione um ponto de referência na direção em que pretende seguir, aponte a bússola na sua direção, mantendo-a horizontal.

Determine o valor do azimute rodando o mostrador da bússola, de modo que a seta nele desenhada fique coincidente com a parte vermelha da agulha magnética. Mantendo a agulha magnética coincidente com o norte do mostrador, avance na direção indicada pela bússola. Repita este procedimento até chegar ao destino.

Quando lhe for dado um azimute

Se lhe é dado um azimute em graus, rode o mostrador da bússola de modo que se esse valor fique virado para a linha de referência. Segure a bússola horizontalmente à sua frente, com a linha de direção a apontar para a frente.

Rode o seu corpo até que a ponta vermelha da agulha magnética esteja alinhada com o norte do mostrador. Está virado na direção do deslocamento.

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Escolha um ponto de referência na linha do azimute e siga até ele. Repita este procedimento até chegar ao seu destino.

Encontrar o caminho de regresso

• •

Para regressar ao seu ponto de partida, volte a seta de direção da bússola para si e rode o corpo de forma que a agulha magnética fique coincidente com a seta do mostrador. Escolha o elemento de referência à sua frente e caminhe até ele. Repita este procedimento até chegar ao seu ponto de partida.

Onde estou eu ?

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UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL REGIÃO DE SÃO PAULO EQUIPE REGIONAL DE GESTÃO DE ADULTOS _______________________________________________________________________________ Nunca esteve nesta parte da floresta e não sabe exatamente onde se encontra. Para determinar a sua posição escolha dois pontos de referencia e localize-os no mapa. De seguida aponte a bússola na direção de um deles e rode o mostrador de modo a que a parte vermelha da agulha magnética aponte para o norte nele existente. Leia o valor do azimute na linha de leitura. Coloque a sua bússola em cima do mapa e utilizando o elemento escolhido como fulcro, rode a bússola de modo a que agulha magnética fique coincidente com a seta do mostrador. Trace uma linha, a partir do elemento escolhido, ao longo da bússola. Repita este procedimento com o segundo elemento. A sua posição é definida pelo cruzamento das duas linhas.

Orientação pelo sol ORIENTAÇÃO PELO MÉTODO DA SOMBRA DA VARA

Este método não oferece uma precisão exata, devendo ser aplicado ou de manhã ou de tarde. Para a vara, não é necessário que seja uma vara propriamente. De fato, este método permite que seja usado qualquer ramo, direito ou torto, ou até mesmo usar a sombra de um ramo de uma árvore, uma vez que apenas interessa a sombra da ponta do objeto que estamos a usar. Assim, começa-se por marcar no chão, com uma pedra, uma estaca ou uma cruz, o local onde está a ponta da sombra da vara. Ao fim de algum tempo, a sombra moveu-se, e voltamos a marcar do mesmo modo a ponta da sombra da vara. Se unirmos as duas marcas, obtemos uma linha que define a direção Este-Oeste. O tempo que demora a obter um deslocamento da sombra (bastam alguns centímetros) depende também do comprimento da vara. Assim, uma vara de 1m de comprimento leva cerca de 15 min a proporcionar um deslocamento da sombra suficiente para se aplicar este método.

ORIENTAÇÃO PELO MÉTODO DAS SOMBRAS IGUAIS

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UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL REGIÃO DE SÃO PAULO EQUIPE REGIONAL DE GESTÃO DE ADULTOS _______________________________________________________________________________ Este método é muito mais preciso do que o anterior, mas é mais exigente na sua execução. A hora ideal para o aplicar é por volta do meio-dia solar e a vara a usar deve ficar completamente vertical e proporcionar pelo menos 30cm de sombra. Começa-se por marcar, com uma pedra ou uma estaca, a ponta da sombra da vara. Com uma espia atada a uma estaca e a outra ponta atada à vara, desenha-se um arco cujo centro é a vara e raio igual ao comprimento da sombra inicial marcada, tal como na figura da esquerda.

Com o passar do tempo, a sombra vai-se encurtando e deslocando, mas a partir de certa altura volta a aumentar o seu comprimento e acaba por chegar até ao arco que foi desenhado no chão. Marca-se então o local onde incide a ponta da sombra. Unindo as duas marcas, obtemos uma linha que define a direção Este-Oeste, tal como na figura da esquerda. Uma vez que a vara está exatamente à mesma distância entre as duas marcas, é fácil traçar então a linha da direção SulNorte.

Usando um ramo com ponta bifurcada, uma vara ou ramo e algumas pedras, monta-se um sistema como o da figura à esquerda. As pedras ajudam a segurar a vara. Dependurando da ponta da vara um fio com uma pedra atada na ponta, obtém-se uma espécie de fio de prumo que garante assim termos uma linha exatamente vertical, tal como se exige neste método.

1) O Sol O MOVIMENTO DO SOL O sol nasce aproximadamente a Este e põe-se a Oeste, encontrando-se a Sul ao meio-dia solar. A hora legal (dos relógios) está adiantada em relação à hora solar: no Inverno está adiantada cerca de 36 minutos, enquanto que no verão a diferença passa para cerca de 1h36m.

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ORIENTAÇÃO PELA LUA Tal como o sol, a Lua nasce a Leste, só que a hora a que nasce depende da sua fase. A Fase da Lua depende da posição do sol. A parte da Lua que está iluminada indica a direção onde se encontra o sol.

Lua - Se a Lua nascer Antes do Sol, o lado iluminado indicará o OESTE; se a Lua nascer Depois do Sol, o lado iluminado indicará o LESTE; se a Lua nascer ao mesmo tempo que o Sol, veremos uma Lua Cheia. - Se estiver uma Lua Crescente, trace uma linha (mentalmente) entre as extremidades da lua. No ponto mais próximo do horizonte, encontraremos, no hemisfério sul, o SUL. No hemisfério norte, o oposto ocorre. Uma vez descoberto os pontos cardeais, a orientação deverá se utilizar pontos de referência para navegação.

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UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL REGIÃO DE SÃO PAULO EQUIPE REGIONAL DE GESTÃO DE ADULTOS _______________________________________________________________________________ Para saber se a face iluminada da Lua está a crescer (a caminho da Lua Cheia), ou a minguar (a caminho da Lua Nova), basta seguir o dizer popular de que «a Lua é mentirosa». Assim, se a face iluminada parecer um «D» (de decrescer) então está a crescer. Se parecer um «C» (de crescer) então está a decrescer ou (minguar).

Quadro com a direção da Lua em função da sua Fase e da Hora HORA 12h

SE

E

NE

N

NO

O

15h

S

18h 21h

SO O

24h 3h

SO

S

SE

E

S SO

SE S

NE

N

E SE

NE E

NO

O

SO

N NE

NO N

O NO

NO N

O NO

SO O

S SO

SE S

E SE

NE E

N NE

6h

NE

N

NO

O

SO

S

SE

E

9h

E

NE

N

NO

O

SO

S

SE

ORIENTAÇÃO PELAS ESTRELAS A orientação pelas estrelas é um dos métodos naturais mais antigos, em todas as civilizações. As constelações mais usadas pelos Escoteiros, no Hemisfério Norte, são a Ursa Maior, Ursa Menor, Orion e a Cassiopeia.

A URSA MAIOR A Ursa Maior é uma das constelações que mais facilmente se identifica no céu. Tem forma de uma caçarola, embora alguns povos antigos a identificassem como uma caravana no horizonte, bois atrelados, uma concha e mesmo um homem sem uma perna. O par de estrelas, Merak e Dubhe formam as chamadas «Guardas», muito úteis para se localizar a Estrela Polar. Curiosamente, existem duas estrelas (Mizar e Alcor) que se confundem com uma apenas, mas um bom observador consegue distingui-las a olho nu.

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UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL REGIÃO DE SÃO PAULO EQUIPE REGIONAL DE GESTÃO DE ADULTOS _______________________________________________________________________________ A URSA MENOR A Ursa Menor, ligeiramente mais pequena que a Ursa Menor, é também mais difícil de identificar, principalmente com o céu ligeiramente nublado, uma vez que as suas estrelas são menos brilhantes. A sua forma é idêntica à da Ursa Maior. Na ponta da sua «cauda» fica a Estrela Polar, bastante mais brilhante que as outras estrelas, e fundamental para a orientação. Esta estrela tem este nome precisamente por indicar a direção do Pólo Norte. As restantes constelações rodam aparentemente em torno da Estrela Polar, a qual se mantém fixa.

ORION ou ORIONTE A constelação de Orion (ou Orionte) é apenas visível no Inverno, pois a partir de Abril desaparece a Oeste, mas é muito facilmente identificável. Diz a mitologia que Orion, o Grande Caçador, se vangloriava de poder matar qualquer animal. O terrível combate que travou com o Escorpião levou os deuses a separá-los. A constelação de Escorpião encontra-se realmente na região oposta da esfera celeste, daí nunca se conseguirem encontrar estas duas constelações ao mesmo tempo acima do horizonte. A constelação de Orion parece, assim, um homem, sendo as estrelas Saiph e Rigel os pés. Ao meio aparecem 3 estrelas em linha reta, que se reconhecem imediatamente, dispostas obliquamente em relação ao horizonte. Este trio forma o Cinturão de Orion, do qual pende uma espada, constituída por outras 3 estrelas, dispostas na vertical. Prolongando uma linha imaginária que passe pela estrela central do Cinturão de Orion, passando pelas 3 estrelas da «cabeça», vamos encontrar a Estrela Polar.

A ORIENTAÇÃO PELAS ESTRELAS

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UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL REGIÃO DE SÃO PAULO EQUIPE REGIONAL DE GESTÃO DE ADULTOS _______________________________________________________________________________ Se traçarmos uma linha imaginária que passe pelas duas «Guardas» da Ursa Maior, e a prolongarmos 5 vezes a distância entre elas, iremos encontrar a Estrela Polar. A figura ilustra este procedimento, e mostra também o sentido de rotação aparente das constelações em torno da Estrela Polar, a qual se mantém fixa. Se prolongarmos uma linha imaginária passando pela primeira estrela da cauda da Ursa Maior (a estrela Megrez) e pela Estrela Polar, numa distância igual, iremos encontrar a constelação da Cassiopeia, em forma de «M» ou «W», a qual é facilmente identificável no céu. Assim, a Cassiopeia e a Ursa Maior estão sempre em simetria em relação à Estrela Polar. Para obter o Norte, para nos orientarmos de noite, basta descobrir a Estrela Polar. Se a «deixarmos cair» até ao horizonte, é nessa direção que fica o Norte.

MÉTODO DA TRIANGULAÇÃO PARA DETERMINAR A NOSSA POSIÇÃO NUMA CARTA Este método permite-nos localizar, com bastante precisão, a nossa posição numa carta. Segue-se um exemplo de como utilizar este método. Começa-se por identificar, no terreno e na carta, dois pontos à vista. Neste caso escolheu-se um marco geodésico e um cruzamento, pois ambos estão à vista do observador e são facilmente identificáveis na carta através dos seus símbolos. De seguida, com a bússola determinam-se os azimutes dos dois pontos, 340º e 30º, respectivamente para o marco geodésico e para o cruzamento.

Conhecidos os azimutes, passamos a calcular os azimutes inversos respectivos: 160º é o azimute inverso de 340º e 210º o de 30º. Na carta, e com o auxílio de um transferidor, traçam-se os azimutes inversos a partir de cada um dos pontos (160º para o marco geodésico e 210º para o cruzamento). O ponto onde as linhas dos dois azimutes inversos se cruzam corresponde à nossa localização. 15


UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL REGIÃO DE SÃO PAULO EQUIPE REGIONAL DE GESTÃO DE ADULTOS _______________________________________________________________________________ MÉTODO DA TRIANGULAÇÃO PARA IDENTIFICAR UM PONTO DO TERRENO NA CARTA Este método permite-nos, com bastante precisão, identificar um determinado ponto do terreno à nossa frente na carta. O seguinte exemplo usa a mesma localização que o anterior. Desta vez, pretende-se localizar na carta o ponto onde está o Totem de Patrulha.

É preciso que um escoteiro vá até aos dois pontos com uma bússola e meça os azimutes desses pontos para o Totem. Depois disso, não é preciso calcular os azimutes inversos, porque basta usar os mesmos azimutes para traçar as linhas na carta e obter os pontos

ORIENTAÇÃO POR INDÍCIOS O Escoteiro deve ainda saber orientar-se por indícios que pode encontrar no campo e nas aldeias.

CARACÓIS - encontram mais nos muros e paredes voltados para Leste e para Sul. FORMIGAS - têm o formigueiro, especialmente as entradas,

abrigadas dos ventos frios do Norte. IGREJAS - as igrejas costumavam ser construídas com o

Altar-Mor voltado para Este (nascente) e a porta principal para Oeste (Poente), o que já não acontece em todas as igrejas construídas recentemente. CAMPANÁRIOS E TORRES - normalmente possuem no cimo

um cata-vento, o qual possui uma cruzeta indicando os Pontos Cardeais.

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UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL REGIÃO DE SÃO PAULO EQUIPE REGIONAL DE GESTÃO DE ADULTOS _______________________________________________________________________________ CASCAS DAS ÁRVORES - a casca das árvores é mais rugosa e com mais fendas do lado que é

batido pelas chuvas, ou seja, do lado Norte. FOLHAS DE EUCALIPTO - torcem-se de modo a ficarem mesmos expostas ao sol, apresentando

assim as «faces» viradas para Leste e Oeste. MOINHOS - as portas dos moinhos portugueses ficam geralmente viradas para Sudoeste.

INCLINAÇÃO DAS ÁRVORES - se soubermos qual a direção do vento dominante numa região, através da inclinação das árvores conseguimos determinar os pontos cardeais. MUSGOS E COGUMELOS - desenvolvem-se mais facilmente em locais sombrios, ou seja, do lado Norte. GIRASSÓIS - voltam a sua flor para Sul, em busca do sol.

Usando um relógio analógico.

HEMISFÉRIO NORTE Para o Hemisfério Norte (onde se encontra Portugal) o método a usar é o seguinte: mantendo o relógio na horizontal, com o mostrador para cima, procura-se uma posição em que o ponteiro das horas esteja na direção do sol. A bissetriz do menor ângulo formado pelo ponteiro das horas e pela linha das 12h define a direção Norte-Sul.

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HEMISFÉRIO SUL No caso do Hemisfério Sul, o método é semelhante, só que, neste caso, é a linha das 12h que fica na direção do sol, fazendo-se depois do mesmo modo a bissetriz entre o ponteiro das horas e a linha das 12h.

HORÁRIO DE VERÃO No caso do horário de verão, em que o adiantamento do horário legal em relação ao horário solar é maior, deve-se dar o devido desconto. Há dois processos: o primeiro consiste em desviar um pouco (alguns graus) a linha Norte-Sul para a direita; o segundo processo resume-se a "atrasar" a hora do relógio de modo a se aproximar mais da hora solar.

No caso de o relógio ser digital, o problema resolve-se desenhando um relógio no chão, com um ramo ou mesmo com a vara., começando-se por desenhar primeiro o ponteiro das horas, que é o que deve ficar apontado para o sol (no Hemisfério Norte). Este é um método bastante prático e serve para nos orientarmos rapidamente numa situação de emergência, por exemplo. O único instrumento necessário é um relógio analógico (aquele de ponteirinhos) e o Sol. 1 - Aponte a linha vertical do seu relógio (ou seja, aponte as 12 horas) para o Sol. 2 - Verifique a posição do ponteiro das horas e calcule a metade da distância dele para as 12 horas. Pronto, esta é a orientação norte-sul. Resta saber qual é o norte e qual é o sul. sabendo em que hemisfério estás, o Sol geralmente está na direção oposta, isto é, para quem está no hemisfério sul o Sol estará para o norte e viceversa. Exceto para regiões próximas do equador onde o Sol oscila de norte a sul durante as estações do ano (neste caso use o primeiro método).

Como funciona este método? Sabemos que o ponteiro das horas de um relógio dá duas voltas completas por dia (12 horas cada volta). Por outro lado a Terra dá apenas uma volta por dia. Quando usamos a metade da distância do ponteiro das horas até a posição das 12 horas estamos simulando um ponteiro virtual que gira com a metade da velocidade do ponteiro das horas, isto é, uma volta a cada 24 horas. Assim este ponteiro virtual que gira no sentido contrário do movimento aparente do Sol no céu fica estacionário em relação a Terra, ou apontando sempre para a mesma direção, a direção norte-sul. P.S.: se você tem um relógio digital não desanime, podes usar o método acima lembrando qual seria a posição do ponteiro das horas e fazendo o mesmo cálculo.

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PERCURSO DE GILWELL Trata-se de conseguir dados relativos a um percorrido e passá-lo para o papel, traçando o esboço cartográfico. Partindo de um ponto chamado estação inicial, deveras seguir uma estrada anotando os detalhes de interesse o azimute e medindo as distancias. Material necessário: Prancheta, lápis, borracha, régua, transferidor, papel quadriculado, e bússola prismatica.

ANOTAÇÕES Ao iniciar o itinerário, comece as anotações na parte inferior da folha em seções relativas a cada segmento de reta = a-b.

Para marcar um azimute numa carta, basta usares um transferidor. Coloca-se a base do transferidor (linha 0º - 180º) paralela às linhas verticais das quadrículas da carta e o ponto de referência sobre o ponto a partir do qual pretendemos traçar o azimute. De seguida faz-se uma marca na carta mesmo junto a ponto de graduação do transferidor correspondente ao ângulo do azimute que pretendemos traçar. Por fim, traçamos uma linha a unir o nosso ponto de partida e a marca do azimute. Exemplo para marcar um azimute de 55º a partir de uma Igreja.

A Igreja, a partir da qual se pretende marcar um azimute de 55º

O transferidor alinhado com as linhas verticais das quadrículas, e com o ponto de referência sobre a igreja.

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ESTAÇÃO Ê cada parada que faz para tirar novo azimute marque com uma letra ou numero cada estação.

PASSOS Numero de passos duplos dados entre uma estação e outra. Na 1º estação como é o ponto de partida, marque zero.

METROS Distancia em metros entre estações. A conversão de passos em metros deve ser feita na volta da jornada. Como um percurso sempre e realizado em dois, deve-se anotar quem foi que contou os passos.

OBSERVAÇÕES Anote os pontos de interesse que estão a sua direita ou esquerda na respectiva coluna. Devera ser anotados os pontos fixos, como casas, igrejas, fabricas, comércios, lagos, rios, pontes, vegetação, etc. Muito importante anotações de bifurcações, cruzamentos, entradas de sítios. Caso encontre uma ponte de referencias e queira marcar a distancia, é só fazer uma estação.

ESBOÇO Esboço (ou mapa) Em um papel quadriculado, desenhe em um dos lados, seguindo as linhas verticais, uma seta com a letra "N" na parte superior. Isso determinara que todas as linhas verticais estão na posição norte-sul. Escolha na folha um ponto de partida que será a estação 0. Com o vértice de um transferidor dobre o ponto inicial e o raio de 0º em cima ou paralelo a linha vertical, que marcamos o numero de graus que foi tomado n ns jornada (azimute) .Escolha agora a escala que farás o mapa e demarque a distancia na direção determinada anteriormente. Já temos a distancia entre a estação A e B. na estação B temos outra anotação referente ao azimute com o auxilio do transferidor fazemos novo rumo no mapa como o anterior, deste modo marcamos todo o itinerário. Agora desenhamos todos os símbolos conforme as anotações. Ê também anotamos a escala que foi utilizada para confeccionar o esboço cartográfico.

Maneira correta de ultrapassar um obstáculo

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