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EDIÇÃO PDF Sexta-feira, 04-09-2015 Edição às 08h30

Directora Graça Franco Editor Raul Santos

"Que esta seja a última morte", diz pai de criança afogada numa praia da Turquia Pela solidariedade e contra a falta de gente. Interior quer receber refugiados Ordem dos Médicos alerta para situação de "ruptura" no Algarve Bispos portugueses querem levar “visão de esperança” ao Papa Portas atira a vários alvos. Críticas a Carlos Costa, Carlos Tavares e até a Rangel

BES. CMVM diz que emigrantes vão receber mais informações até terça-feira

Há quatro interessados no Metro do Porto e STCP

Cientista português recebe duas bolsas em dois meses para estudo do cancro intestinal

Portugal-França. Cobaias à experiência no laboratório de Alvalade

França confirma que destroços pertencem a voo MH370


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Bispos portugueses querem levar “visão de esperança” ao Papa Última visita "ad limina" foi em 2007.

questões como a família. Os relatórios sobre a vida e acção de cada diocese estão já na posse do Papa Francisco. A última visita "ad limina" dos bispos portugueses foi em 2007.

Ordem dos Médicos alerta para situação de "ruptura" no Algarve Alguns turnos de 12 horas de urgência foram assegurados "apenas por um especialista", lembra.

Além de outros encontros, o Papa recebe os bispos de cada país ciclicamente, de cinco em cinco anos, nas visitas "ad linmina". Foto: Daniel Dal Zennaro/EPA Por Paula Costa Dias

Os bispos portugueses partem esta sexta-feira para Roma onde vão em visita "ad limina". Trata-se de uma prática que, de cinco em cinco anos, leva os bispos de um país a visitar o Papa e a manter encontros com responsáveis de diversas instituições da Santa Sé. Os bispos vão encontrar-se com o Papa já na próxima segunda-feira e rezar em quatro basílicas papais - São Pedro, São Paulo Fora-de-Muros, São João de Latrão e Santa Maria Maior -, bem como na igreja de Santo António dos Portugueses. A visita inclui uma série de encontros com os responsáveis das diversas instituições da Santa Sé Congregações e Conselhos Pontifícios - e uma visita à sede da Cáritas Internacional. O bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, vai participar pela primeira vez numa viagem deste tipo. O momento, confessa, será de alguma emoção, já que vai levar ao Papa o retrato de uma igreja com esperança. “Sabemos que há muitas possibilidades para a Igreja concretamente no nosso país, e sabemos que há dificuldades e problemas, a necessidade de despertar muitos mais homens e mulheres para o sentido de pertença à Igreja e no mundo, mas a nossa visão é de uma esperança e uma confiança muito grande”, diz D. Virgílio à Renascença. O bispo de Beja, D. António Vitalino Dantas, integra pela terceira vez uma visita "ad limina". Para o prelado, há que mudar a forma como se olha as segundas uniões sobre pena da Igreja falhar a sua missão. “Se não tivemos esse olhar de companheiros de caminho, então podemos falhar a nossa missão em relação a família”, sublinha. Um contacto que antevê como “interessante” até pelo tom de novidade que tem caracterizado este pontificado e que surge a poucos dias do início de mais um encontro definido por Francisco para abordar

Foto: DR

A Ordem dos Médicos (OM) alertou para a situação de "ruptura" em que se encontra a cirurgia geral do Centro Hospitalar do Algarve (CHA), o que pode afectar a realização de cirurgias de urgência. "Neste momento, a especialidade de cirurgia geral, uma das especialidades básicas e fundamentais nos hospitais, encontra-se em ruptura", lê-se num comunicado do conselho distrital do Algarve da OM, divulgado esta quinta-feira. Segundo aquele organismo, na última semana, alguns turnos de 12 horas de urgência foram assegurados "apenas por um especialista", o que pode colocar em causa as cirurgias de urgência ou obrigar à transferência de doentes para outros hospitais. A OM acusa ainda o Conselho de Administração do CHA de "completa incapacidade" e "inaptidão" para resolver o problema, que diz arrastar-se há dois anos e que terá começado com a perda de idoneidade formativa em cirurgia na unidade de Faro. Acrescenta que, "graças ao espírito de sacrifício" dos médicos, ainda não houve doentes a serem transferidos para outros hospitais para a realização de cirurgias. A Ordem dos Médicos observa ainda que um dos serviços da cirurgia está há dois anos sem director, o que tem agravado a estabilidade daquele serviço e contribuiu para o actual estado de ruptura da cirurgia geral, problema que é "muito urgente" resolver. Aquele organismo lamenta também que não se tenha conseguido fixar os jovens especialistas formados anteriormente, quando havia idoneidade


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formativa, que se têm ido embora para outros hospitais por terem que trabalhar quase exclusivamente para a Urgência. NOTA DE ABERTURA

Os valores cristãos e a crise de refugiados A reabilitação das raízes cristãs da Europa nunca será possível se não começar pelo amor ao próximo. Fechar portas, erguer muros, cavar trincheiras, abdicar da solidariedade é o modo menos cristão possível de lidar com a dor e o sofrimento.

"Que esta seja a última morte", diz pai de criança afogada numa praia da Turquia Refugiado sírio Abdullah Kurdi perdeu a mulher e os filhos quando tentava chegar à Europa. Agora, pede a atenção do mundo para evitar que o mesmo aconteça a outros.

Por Nota de Abertura

O primeiro-ministro da Hungria veio defender a forma como o seu governo lida com os refugiados, argumentando com as “raízes cristãs” da Europa. E pergunta mesmo se não é “alarmante que a cultura europeia cristã esteja quase sem condições para defender os seus próprios valores cristãos”. Infelizmente, os valores cristãos da Europa têm sido maltratados nos últimos anos pelos próprios europeus. São continuamente desbaratados por muitos que estão dentro e não pelos que vêm de fora. A reabilitação das raízes cristãs da Europa nunca será possível se não começar pelo amor ao próximo. Fechar portas, erguer muros, cavar trincheiras, abdicar da solidariedade é o modo menos cristão possível de lidar com a dor e o sofrimento. Nas difíceis condições de trabalho, na mentalidade economicista, no atropelo da liberdade, no aborto, na eutanásia e demais formas de desprezo, no modo de olhar a imigração e no acolhimento de refugiados, joga-se sempre a dignidade da vida humana. E defender a dignidade da vida humana, em todas as circunstâncias, significa redescobrir o que melhor o cristianismo tem para oferecer à humanidade – no mundo, na europa e também na Hungria. Este muro de argumentos do primeiro-ministro húngaro não é menos demagógico do que o muro de 175 quilómetros que mandou construir na fronteira com a Sérvia. E muros, como este, são muros de triste memória. Evocar os valores cristãos para os erguer não é simples hipocrisia, é motivo de escândalo que enquanto cristãos temos a obrigação grave de denunciar e repudiar.

Abdullah Kurdi depois de identificar os seus familiares na morgue. Foto: Tolga Adanali/EPA

O pai das duas crianças refugiadas sírias, que morreram afogadas quando tentavam chegar à Grécia, quer regressar à Síria para sepultar os filhos na cidade de Kobani. Abdullah Kurdi, que também perdeu a mulher no naufrágio ocorrido no Mar Egeu, identificou esta quinta-feira os corpos na morgue da cidade turca de Mugla, perto da praia de Bodrum, onde as vítimas foram encontradas. “O que nos aconteceu aqui, no país em que nos refugiámos para escapar à guerra na nossa pátria, queremos que todo o mundo veja isto”, disse Abdullah aos jornalistas. Não conseguindo conter as lágrimas, Abdullah deixou um apelo: “Queremos a atenção do mundo para evitar que o mesmo possa acontecer a outros. Que esta seja a última [morte]”, declarou. A tragédia desta família síria ganhou repercussão global devido às imagens chocantes que mostram os filhos Abdullah mortos numa praia turca. Na sequência, já conhecida como “O naufrágio da humanidade”, Aylan, de três anos, aparece já sem vida, com a cara na areia. Depois, um guarda recolhe o corpo do menino, que está vestido com uma camisola vermelha. Aylan, o irmão Galip e a mãe Rehan estão entre os 12 mortos do naufrágio de dois botes, que tentavam chegar à lha grega de Kos. Desde o início do ano, já morreram pelo menos 2.600 pessoas nas águas do Mediterrâneo, de acordo com as Nações Unidas. A família de Abdullah fugiu de Kobani, cidade síria


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devastada pelo Estado Islâmico e entretanto recuperada pelos guerrilheiros curdos, e tentou imigrar para o Canadá, mas não conseguiu visto. Depois da tragédia, as autoridades canadianas ofereceram a cidadania a Abdullah, mas o refugiado sírio recusou. Num testemunho à polícia turca, avançado pelo jornal “Hurriyet”, o pai de Aylan conta que pagou duas vezes a traficantes para levarem a sua família da Turquia para a Grécia, mas não conseguiram fazer a viagem. Então decidiram procurar um barco e remar até à ilha de Kos, mas a embarcação começou a meter água. As pessoas entraram em pânico e o barco virou-se. “Eu estava a segurar na mão da minha mulher. As minhas crianças escorregaram-me das mãos. Tentámos agarrar-nos ao barco. Todos gritavam na escuridão”, relata Abdullah Kurdi.

ONU pede distribuição de pelo menos 200 mil refugiados na UE por quotas obrigatórias Comissão Europeia vai reunir esta semana para apresentar medidas de resposta à situação causada pela chegada de refugiados.

Refugiados Calais. Foto: Gérard Silvère/UE

O alto comissário das Nações Unidas para os refugiados, António Guterres, apelou esta sexta-feira à distribuição de pelo menos 200.000 refugiados, defendendo que todos os estados-membros deviam ter a obrigação de participar neste programa. "As pessoas que fazem um pedido de proteção válido (...) devem de seguida beneficiar de um programa de reinstalação em massa, com a participação obrigatória de todos os estados membros da União Europeia. Uma estimativa bastante preliminar parece indicar a necessidade de aumentar as oportunidades de reinstalação até 200.000 lugares", escreveu António Guterres em comunicado. Na quinta-feira, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, apelou aos Estados-membros da União

Europeia (UE) para aceitarem pelo menos 100 mil refugiados, de modo a aliviar a pressão nos países da chamada "linha da frente". Também na quinta-feira, fontes comunitárias revelaram que o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, vai apresentar medidas de resposta à situação causada pela chegada de refugiados na próxima quarta-feira, durante o discurso sobre o estado da União. A Comissão Europeia vai também pedir que os Estados membros dividam entre si os 120 mil refugiados que se encontram na Hungria, Grécia e Itália. O plano do Executivo comunitário, que ainda é uma proposta sujeita a mudanças, sugere que estes 120 mil refugiados sejam acrescentados aos 32.256 que os Estados membros da UE se tinham comprometido a acolher em Julho último. Em relação a uma proposta anterior, a nova versão beneficia a Hungria, país que muitos refugiados pretendem cruzar para realizarem o objetivo de chegarem à Alemanha, para além da Grécia e Itália, os Estados mais afectados pela situação. O plano da Comissão vai ser examinado na sexta-feira pelos chefes dos governos checo, eslovaco, polaco e húngaro, que integram o designado Grupo de Visegrado, durante uma reunião em Praga, para acordarem uma posição comum contrária às quotas obrigatórias na distribuição dos refugiados que chegam à UE.


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Vêm mais refugiados que o previsto. Vitorino pede "pedagogia muito grande" Comentadores do programa "Fora da Caixa" sublinham a importância das câmaras municipais no processo de acolhimento de refugiados. António Vitorino e Pedro Santana Lopes admitem que o contingente para Portugal estará muito acima dos 1.500 refugiados.

António Vitorino. Foto: RR Por José Pedro Frazão

O Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa antecipa o acolhimento um número de refugiados em Portugal num número "consideravelmente" mais elevado do que está previsto. A possibilidade foi avançada no programa Fora da Caixa , da Renascença, que vai para o ar todas as sextas-feiras na Edição da Noite. O Governo já admitiu que o país poderá receber um contingente mais alargado que os 1.500 refugiados definidos na distribuição inicial. Bruxelas prepara um aumento do número de migrantes a distribuir pelos 28, que pode chegar aos 160 mil refugiados, onde se inclui a quota já acordada de 40 mil pessoas. No habitual debate de temas europeus da Renascença, António Vitorino admitiu não conhecer os números reais, mas admite que se mantenha a repartição segundo a mesma quota, ou seja quatro vezes mais que o previsto. Segundo estes cálculos, Portugal receberia 6.000 refugiados. No cargo de Provedor da Misericórdia de Lisboa, Santana Lopes diz ter mantido contactos com o Governo e outras instituições para definir condições para o acolhimento dos refugiados a três níveis. "Estamos a trabalhar no acolhimento temporário, no de média duração e para os que fiquem e que se integrem na sociedade portuguesa e não queiram regressar." "Há o chamado acolhimento de emergência. Depois há a preparação de uma vida mais estabilizada, que inclui

apoio na educação, na alimentação, apoio na habitação, na saúde, integração social, interação comunitária, apoio psicológico. Há vários níveis de intervenção que neste momento as organizações têm que preparar", revela Santana Lopes, que considera ainda "muito importante" que haja uma distribuição equilibrada de refugiados do ponto de vista geográfico. Para o antigo líder do PSD esta crise pode transformarse numa oportunidade para Portugal. "O país precisa disso como de pão para a boca. Portugal precisa de mais população, mais crianças, mais famílias em muitas partes do nosso território ", insiste Santana Lopes, sublinhando que o nosso país tem "muitas condições para uma rápida integração" destas pessoas. O papel das autarquias As câmaras municipais fazem parte de uma rede que está a emergir na disponibilização de condições para receber os refugiados que vêm para Portugal. Para os comentadores do Fora da Caixa, as autarquias são essenciais no processo. "Houve a iniciativa do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e outras câmaras também se disponibilizaram. As câmaras não fazem parte dos protocolos previstos nesta matéria, nomeadamente em Lisboa. Mas são bem vindas, são essenciais, indispensáveis, para que a intervenção se possa processar como deve ser", considera o antigo primeiroministro Santana Lopes. Já o antigo comissário europeu, que tutelou a pasta da imigração no início do século em Bruxelas, pede diálogo com as populações locais no momento da distribuição dos refugiados pelo país. "Percebo muito bem os ouvintes que dizem que 'muitos dos nossos jovens estão a sair do país porque não encontram cá emprego e agora vêm para cá os sírios'." "Vai ser necessário ter uma pedagogia muito grande para explicar que as duas coisas não geram incompatibilidade. É possível conciliar a manutenção dos portugueses, o regresso dos portugueses e o acolhimento dos refugiados. São comprimentos de onda distintos. Isso vai exigir uma grande pedagogia e o envolvimento das autarquias locais." "O primeiro nível de envolvimento é com o local onde vão ficar estabelecidas, a viver, onde vão ter que se relacionar com as comunidades locais", assinala ainda António Vitorino.


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Hungria. Vaga de migrantes ameaça as "raízes cristãs" da Europa Primeiro-ministro húngaro critica a falta de iniciativa dos líderes europeus. O padre Lino Maia responde: "Mais importante do que a religião são as pessoas". Por Carla Caixinha e João Cunha, com agências

A vaga de refugiados e migrantes é uma ameaça às “raízes cristãs" do continente e os governantes devem conseguir controlar as suas fronteiras antes de decidirem quantos pedidos de asilo concedem, defende o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán. "As pessoas querem que controlemos a situação e protejamos as nossas fronteiras", escreveu num artigo de opinião publicado no jornal alemão "Frankfurt Allgemeine Zeitung", acrescentando que os europeus não concordam com a maioria das posições assumidas pelos governos nesta matéria. "Apenas quando tivermos protegido as nossas fronteiras, podemos então pensar quantos pessoas podemos receber ou se deviam existir quotas", escreve Orbán. A Hungria está a construir um muro com 175 quilómetros ao longo da fronteira com a Sérvia. Orban argumenta que o seu país está a ser "invadido" por migrantes e refugiados, acrescentando que a uma grande parte não são cristãos, mas muçulmanos. "É uma questão importante, porque a Europa e a cultura europeia têm raízes cristãs. Ou não é alarmante em si mesmo que a cultura europeia cristã esteja quase sem condições para defender os seus próprios valores cristãos?", questionou. À Renascença, o padre Lino Maia, presidente da Confederação das Instituições de Solidariedade Social, diz que esta tese não faz qualquer sentido. "Vou dizer uma coisa que talvez possa confundir muita gente: mais importante do que a religião são as pessoas. Claro que é muito importante que as pessoas tenham referências éticas, crenças, mas o mais importante são as pessoas. Primeiro, vamos atendê-las, vamos acolhê-las, vamos ajudá-las. E, depois, vamos pensar no resto", afirma. Para reforçar a sua ideia, Lino Maia cita uma passagem bíblica relativa a um homem que, a caminho do templo, encontra um homem maltratado. Primeiro, trata-o, só depois vai ao templo. "Os cristãos põem a pessoa à frente de tudo e consideram o serviço à pessoa um culto a Deus", diz o padre. Já o presidente da Pastoral Social, D. Jorge Ortiga, rejeita a declaração do primeiro ministro húngaro. "A origem cristã da Europa alicerça-se em determinados valores, entre eles a fraternidade com a consequência da solidariedade, a solidariedade entre diversos países. Isso efectivamente tem de acontecer e deve acontecer, é urgente mesmo que aconteça", diz D. Jorge Ortiga à Renascença.

Controlo das fronteiras reforçado A Hungria vai reforçar as medidas de controlo nas fronteiras, por causa da crise dos refugiados. Viktor Orbán está esta quinta-feira em Bruxelas, onde se encontrou, esta manhã, com o presidente do Parlamento Europeu. Na conferência de imprensa, Orbán garantiu que a partir de 15 de Setembro, a Hungria vai reforçar o controlo das fronteiras. "A Hungria fez tudo o que esteve ao seu alcance para cumprir as leis comunitárias. Criámos um novo pacote legislativo e até uma barreira física. Isto, em conjunto, pode trazer uma nova situação na Hungria e na Europa, a partir de 15 de Setembro". Segundo o governante, os europeus e os húngaros estão "cheios de medo" porque os líderes políticos são incapazes de controlar esta crise de refugiados. "O problema não é europeu, é da Alemanha. Ninguém quer ficar na Hungria, na Eslováquia, Polónia ou Estónia. Todos querem ir para a Alemanha e o nosso trabalho é apenas registá-los", esclarece. O presidente do Parlamento Europeu, o alemão Martin Schulz, reagiu de imediato: o que se espera é solidariedade entre países-membros da União Europeia. "Acho que precisamos uma distribuição justa dos refugiados por todos os Estados-membros. Deixem-me ser concreto, com números: os 28 têm 507 milhões de habitantes, se se distribuir 500 mil refugiados por todos não é um problema, mas se concentrarmos esses 500 mil por apenas alguns países isso será um problema. Por isso, a solidariedade para encontrar uma solução é a chave", remata. As autoridades húngaras já interceptaram este ano mais de 150 mil refugiados provenientes de países com conflito. A grande maioria quer seguir para os países mais ricos da Europa. Na "rota dos Balcãs", os migrantes passam pela Grécia, Macedónia e Sérvia, antes de entrarem na Hungria, o primeiro país da União Europeia onde chegam e a partir do qual desejam prosseguir viagem para países como a Alemanha ou Suécia.


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"Europa não pode reagir à crise humanitária na base do medo" Alerta é lançado por Rui Marques, um dos mentores da Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR), que vai ser lançada esta sexta-feira.

Serviço Jesuíta de Apoio aos Refugiados, a Confederação das Instituições de Solidariedade Social e também a Renascença, que é uma das entidades fundadoras.

Pela solidariedade e contra a falta de gente. Interior quer receber refugiados A Renascença perguntou a vários autarcas do interior do país se tinham disponibilidade para receber estas pessoas nos seus concelhos.

Foto: DR

A Europa não pode reagir à crise humanitária dos refugiados "na base do medo, mitos e ideias feitas totalmente erradas", afirma Rui Marques, um dos mentores da Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR), que vai ser lançada esta sexta-feira. "Digo isto também a partir da minha perspectiva cristã. Nesse sentido, considero completamente inconcebível que se esgrima o argumento do medo, da invasão, da presença de outras religiões no nosso continente para condicionar, de alguma maneira, a opinião pública", refere o presidente Instituto Padre António Vieira. Rui Marques considera que a estratégia europeia “não pode ignorar o acolhimento dos refugiados que já estão na Europa e o apoio às organizações que estão a trabalhar no terreno com os refugiados nos países de origem ou de trânsito”. Em relação aos refugiados que já conseguiram chegar à Europa, o activista considera que é preciso convergir esforços entre o Estado português, “que anunciou já disponibilidade para desenvolver actividades nesse domínio, e a sociedade civil, através das suas organizações, ser capaz de responder a esse desafio.” Quanto às pessoas que “estão ainda fora do Espaço Schengen, nos países de origem, como por exemplo a Síria ou o Afeganistão, ou que estão nos países de trânsito, como o Líbano, a Jordânia ou a Turquia, e que normalmente estão em condições ainda muito mais difíceis do que aqueles que já chegaram ao espaço europeu. Precisamos de continuar a apoiar as organizações não-governamentais que trabalham nesses territórios”, sublinha Rui Marques. A Plataforma de Apoio aos Refugiados, que vai ser lançada esta sexta-feira, pretende coordenar as organizações da sociedade civil portuguesa no apoio às pessoas que fogem da guerra e das perseguições. A PAR inclui várias organizações como a Cáritas, o

Uma criança num centro de refugiados em Presevo, na Sérvia. Foto: Djordje Savic/EPA Por Redacção

Numa altura em que o mundo enfrenta a pior crise de refugiados desde a II Guerra Mundial, várias autarquias do interior do país dão sinais de abertura para receber quem foge das perseguições e da pobreza extrema. No início do Verão, quando se tornou claro o problema da distribuição de migrantes e refugiados pelos vários países europeus, a Renascença perguntou a vários autarcas do interior do país se tinham disponibilidade para receber estas pessoas nos seus concelhos, até como ajuda ao combate ao despovoamento. Em Mourão, no Alentejo, o vice-presidente da câmara, Manuel Francisco Carrilho, eleito pelo PS, mostrou abertura para receber refugiados, mas o Estado tem que ajudar. "No nosso concelho temos alguns imigrantes, que estão a trabalhar, já estiveram mais quando a construção civil estava no auge. Foram bem aceites, integraram-se, e estamos abertos a receber refugiados ou outro tipo de pessoas desde que para isso haja incentivos estatais e que nos ajudem também a esse processo", afirma Manuel Francisco Carrilho. Contra a desertificação Ainda no distrito de Évora, o presidente da Câmara de Mora alinha no mesmo sentido. "Todas as pessoas que chegarem cá e que contribuam para o desenvolvimento do país serão sempre bem-vindas, sejam eles refugiados do Norte de África ou de outro sítio qualquer", disse Luís Simão.


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O autarca da CDU considera que Portugal e a Europa têm todo o interesse em receber e integrar os refugiados, para ajudar quem foge de conflitos e da fome e, ao mesmo tempo, combater a crise demográfica. Mais a sul, Alcoutim é um dos concelhos que mais população perdeu nos últimos anos em Portugal. O autarca Osvaldo Gonçalves, eleito pelo PS, diz que o acolhimento de refugiados, se for bem planeado, pode ser uma "ajuda ao problema da desertificação". Osvaldo Gonçalves sublinha que o número de pessoas a receber deve ser ajustado às capacidades de cada concelho, designadamente em matéria de empregos. "Não podemos aceitar todas as pessoas" No distrito de Portalegre, o autarca de Monforte, Gonçalo Lagem, eleito pela CDU, também defende a necessidade de planeamento, para que quem venha tenha dignidade e não sejam criados "mais becos e problemas étnicos". "Precisamos de pessoas que habitem estas terras, mas não estamos a qualquer custo. Não podemos aceitar todas as pessoas, se não for de uma forma planeada, colocadas nos locais onde fazem realmente falta, para que além de virem resolver o problema da desertificação, se sintam bem, tenham condições e dignidade", sustenta o presidente da Câmara de Monforte. No interior do distrito de Leiria, em Figueiró dos Vinhos, concelho que perdeu 16% da população na primeira década deste século, o autarca Jorge Abreu não afasta a possibilidade receber refugiados, mas pede que sejam calculadas as questões da empregabilidade. No Norte do país, em Vila Real, o presidente da Câmara de Montalegre diz que há muitos locais onde os refugiados podem ser acolhidos no seu município. "O município de Montalegre está receptivo a acolher refugiados e temos aí muitos espaços que são da administração central que estão abandonados onde podemos dar-lhes acolhida, obviamente articulando um esquema de implementação desse acolhimento com a administração central", afirma Orlando Alves.

Igreja procura conventos e outros espaços para acolher refugiados Perante este "drama humanitário" já não chegam discursos, está na hora de passar à acção. "É possível acolher muito mais gente, até porque temos um interior muito desertificado". Por Redacção

Portugal tem condições para acolher mais refugiados e a Igreja já está à procura de espaços de acolhimento, assume o bispo de Beja, D. António Vitalino Dantas, que pertence à Comissão Episcopal da Mobilidade. "A Igreja está a tentar encontrar lugares de

acolhimento. Por exemplo, há antigos conventos que hoje são monumentos nacionais e alguns estão em ruína, por estarem desabitados. Mas fazendo um esforço de recuperação podemos, pelo menos, a nível de habitação, oferecer logo alguma qualidade de vida", revelou à Renascença à margem do Simpósio Nacional do Clero. Nestas declarações, D. Vitalino Dantas assumiu ser preciso preparar as comunidades locais para receber bem estas pessoas e as "ajudar nesse princípio difícil": na aprendizagem da língua e na inserção no mundo social e laboral. O bispo de Beja diz que não podemos "fechar as nossas portas" a quem precisa de ajuda. Aproveita para lembrar que, aquando da descolonização, muitas centenas de milhares de pessoas foram acolhidas em Portugal. "É sempre uma situação difícil, mas é possível acolher muito mais gente, até porque temos um interior muito desertificado. Portanto, Portugal tem lugar para muitos." Viseu de portas abertas A diocese de Viseu está disponível para acolher os refugiados que chegam à Europa. "Temos também condições para poder receber refugiados: temos 12 misericórdias, 103 instituições sociais, centros sociais paroquiais, uns com condições de lar, abriremos as nossas instituições ao apoio. Porém, também iremos conceder apoio económico para socorrer essas instituições", avançou D. Ilídio Leandro. O bispo de Viseu pede intervenção dos agentes políticos europeus para ajudar os refugiados na raiz do problema. "A acção terá que ser cada vez mais nos países de onde eles vêm, de tal modo que possam encontrar aí condições de trabalho, viver paz e em sua família. Pede-se uma colaboração muito importante da Europa para que de facto as razões pelas quais as pessoas fogem da sua terra terminem o mais breve possível." "Já não bastam discursos" D. Jorge Ortiga considera que estamos perante um "drama humanitário" para o qual já não chegam discursos, está na hora de passar à acção. A solução tem de ser mundial. "Perante tudo isto, já não bastam discursos, nem continuarmos somente em reuniões e encontros. Creio que é chegada a hora da acção. Acho que é urgente interrogarmo-nos sobre o porquê deste êxodo. Porque tantas pessoas querem deixar os seus países. A resposta terá de ser europeia, sem dúvida nenhuma, mas, por que não dizê-lo, também mundial porque há muitos problemas ligados a esta situação", defendeu o presidente da Pastoral Social. O ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro, afirmou, esta quinta-feira, que Portugal tem disponibilidade para acolher mais refugiados do que os 1.500 que têm sido referidos, e anunciou a constituição de um grupo de coordenação a nível nacional sobre esta matéria. Também o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, apelou aos Estados-membros para aceitarem pelo menos 100 mil refugiados, de modo a aliviar a pressão nos países da linha da frente desta crise.


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Oito famílias realojadas devido a temporal nos Açores Mau tempo causa estragos em 21 casas e estradas na ilha de São Miguel.

Cientista português recebe duas bolsas em dois meses para estudo do cancro intestinal Noel de Miranda diz à Renascença sentir-se ainda mais estimulado a prosseguir a sua investigação. Cancro intestinal é a segunda causa de morte por doença oncológica em Portugal.

Foto: Pedro Monteiro/Lusa

O mau tempo que atingiu o concelho do Nordeste, ilha de São Miguel, Açores, na última madrugada causou danos em 21 habitações e oito famílias vão dormir esta noite fora de casa. O presidente da Câmara do Nordeste, Carlos Mendonça, diz que essas famílias em "situação mais difícil" foram todas realojadas, provisoriamente, em casa de familiares, algumas por questões de segurança, uma vez que continua a chover e a meteorologia prolongou o aviso laranja até sexta-feira de manhã. Quanto às estradas, o autarca disse que não há qualquer população isolada neste momento no concelho, como chegou a acontecer durante a última madrugada, e que os trabalhos de limpeza e remoção de inertes estão a decorrer. A estrada regional permanece cortada e com um troço destruído, "há ainda muito a fazer", não havendo previsão de quando terminaram os trabalhos de limpeza. Quanto à estrada municipal que pode servir de alternativa, foram removidos os inertes, mas "não é aconselhável" a sua utilização, por não ter "garantias de segurança", devido à queda de um talude, no lugar da Pedreira. O concelho do Nordeste foi o mais afectado pelo mau tempo que atinge os Açores desde quarta-feira, tendo o arquipélago chegado a estar sob aviso vermelho da meteorologia - o mais grave - até esta quinta-feira de manhã. A protecção civil açoriana registou mais de 30 ocorrências na última madrugada relacionadas com a chuva. Ao longo desta quinta-feira, não houve qualquer ocorrência nova, revelou fonte do Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores. O arquipélago permanece sob aviso laranja - o segundo mais grave - até sexta-feira de manhã por causa da chuva.

O investigador português Noel de Miranda, ex-aluno de Biologia Aplicada da Universidade do Minho, recebeu, em pouco mais de dois meses, duas bolsas de investigação internacional para a pesquisa na área do cancro intestinal. Primeiro, foi a bolsa da Associação Norte-Americana de Estudo do Cancro, que concedeu 93 mil euros durante o período de dois anos; agora, a notícia do prémio Bas Mulder, 430 mil euros atribuídos pela Sociedade Holandesa de Cancro (SHC) e por uma fundação não-governamental de estudo da doença, a Alpe d'HuZes. Noel de Miranda, de 33 anos, diz sentir-se ainda mais estimulado a prosseguir a sua investigação na área do cancro intestinal. "Com este dinheiro o projecto consegue sustentar-se de forma independente. Consigo executar a investigação toda que propus", afirma, em entrevista à Renascença. O cancro intestinal é a segunda causa de morte por doença oncológica em Portugal e afecta cada vez mais pessoas com menos de 50 anos. A investigação de Noel de Miranda tem como principal objectivo o desenvolvimento de estratégias que estimulem o sistema imunitário de doentes com cancro colo-rectal para que as células tumorais possam ser identificadas e eliminadas pelo mesmo. O estudo propõe utilizar as proteínas que se encontram modificadas nas células tumorais para estimular uma resposta imunitária contra as mesmas, algo semelhante ao que é feito através da vacinação contra certas doenças. Noel de Miranda é natural da Póvoa de Varzim, no Porto. Depois da licenciatura em Biologia Aplicada na Escola de Ciências da UMinho, ingressou no Centro Médico da Universidade de Leiden (Holanda) para desenvolver um doutoramento relacionado com o cancro colo-rectal. Realizou um pós-doutoramento no Instituto Karolinska (Suécia). É investigador no Centro Médico da Universidade de Leiden, onde se dedica ao estudo de genética e imunologia em cancro colo-rectal. Já publicou 27 artigos em revistas científicas internacionais.


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ELEIÇÕES

LEGISLATIVAS

Costa promete revogar taxas moderadoras no aborto se ganhar

Costa faz voltinha Lisboa-Porto com campanha de comboio

Secretário-geral do PS diz que a medida é uma marca "vexatória" da coligação PSD/CDS.

Intitulada "comboio da confiança", a iniciativa visa cobrir com acções de campanha todos os distritos compreendidos entre as duas maiores cidades portuguesas.

Foto: Lusa

O secretário-geral do PS garantiu que, se os socialistas formarem Governo, vão revogar imediatamente o diploma que cria taxas moderadoras para quem recorre ao aborto. António Costa assumiu esta posição sobre o diploma que, segundo jornal "i" desta quinta-feira, já foi promulgado pelo Presidente da República, Cavaco Silva, num debate sobre políticas sociais, em Alverca, município de Vila Franca de Xira. "É uma marca da direita e é uma marca de retrocesso muito grande, que só pode ter uma resposta com uma maioria do PS: a pura e simples revogação e eliminação da nova lei", declarou, recebendo uma prolongada salva de palmas da assistência. O líder socialista acrescentou que a nova lei que cria taxas moderadoras na prática do aborto, mais do que se tratar de um sistema sancionatório para quem recorre à interrupção voluntária da gravidez, é um sistema "vexatório". "Demonstra o profundo radicalismo ideológico desta direita", completou. A taxa moderadora para a interrupção voluntária da gravidez (IVG) vai ser de 7,75 euros, valor que é igual ao aplicado numa consulta de especialidade. Tal como acontecera na terça-feira, durante uma sessão em que respondeu a questões formuladas por escrito por internautas, o secretário-geral do PS voltou a ser confrontado com a questão da enorme vaga de refugiados que chega à Europa.

Foto: Lusa

O secretário-geral do PS volta, esta sexta-feira, a fazer campanha eleitoral de comboio, na linha do Norte, entre Lisboa e o Porto. Desta vez, haverá paragens para contactos com a população no Entroncamento, Pombal, Coimbra e Aveiro. Depois d,e em Março, ter assinalado o último aniversário do PS com uma viagem num comboio especial entre Lisboa e o Porto, que terminou com um comício na cidade, António Costa escolheu de novo este meio de transporte para uma acção de campanha. Desta vez, a comitiva socialista viajará sempre em comboios comerciais. Sai pelas 8h39 horas de um Intercidades na Gare do Oriente, com destino à estação do Entroncamento, onde terá o seu primeiro contacto com a população. Intitulada "Comboio da confiança", o secretário-geral do PS tenciona com esta iniciativa cobrir com acções de campanha todos os distritos compreendidos entre as duas maiores cidades portugueses. Depois do Entroncamento, onde está previsto chegar pelas 9h31 horas, Costa apanha outro comboio para Pombal, no distrito de Leiria, de onde sai a seguir (já ao fim da manhã) para a estação de Coimbra B. Em Coimbra, António Costa permanecerá cerca de duas horas, partindo às 15h23 horas para Aveiro, última etapa antes do Porto. Ao fim da tarde, no Porto, acompanhado por apoiantes socialistas, o secretário-geral do PS vai percorrer a pé a distância entre a estação de São Bento e a Ribeira.


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Portas atira a vários alvos. Críticas a Carlos Costa, Carlos Tavares e até a Rangel “Sou amigo do doutor Paulo Rangel, mas não penso o que ele pensa e não diria o que ele disse”, disse o líder do CDS, em entrevista à TVI.

Paulo Portas acusa Carlos Costa e Carlos Tavares de se terem enfeudado em "capelinhas". Foto: Paulo Cunha/Lusa

O líder do CDS e vice-primeiro-ministro não gostou do comportamento do Banco de Portugal e da Comissão do Mercado e Valores Mobiliários (CMVM) no que diz respeito ao problema do papel comercial do Banco Espírito Santo. Paulo Portas assumiu esta posição crítica numa entrevista à TVI, acusando Carlos Costa e Carlos Tavares de se terem enfeudado em "capelinhas". “Não gostei do comportamento dos dois reguladores, em público, a passar culpas uns aos outros. Refiro-me ao banco central e à CMVM. São reguladores independentes, acho que deviam estar sentados à mesa, a analisar caso a caso e a separar trigo do joio”, disse. “Uma coisa são investimentos de risco - que, evidentemente, a sociedade portuguesa não tem de cobrir -, outra coisa são eventuais casos de manipulação ou aproveitamento. A CMVM e o Banco de Portugal deviam ter tido mais respeito pela natureza das suas funções e ter tido menor espírito de capelinha, cada um a defender apenas o seu perímetro”, argumentou. Na entrevista à TVI, o líder do CDS também foi crítico para o eurodeputado Paulo Rangel. Portas demarcou-se das afirmações de Rangel no fim-de-semana na Universidade de Verão da JSD onde disse que se o PS estivesse no governo José Sócrates e Ricardo Salgado não teriam sido investigados. “Respeito inteiramente a liberdade de opinião de toda a gente, sou amigo do doutor Paulo Rangel, mas não penso o que ele pensa e não diria o que ele disse”, referiu. O líder do CDS-PP, Paulo Portas, disse que a proposta

de plafonamento da Segurança Social da coligação Portugal à Frente é "moderadíssima", considerando que o PS já está "arrependido" do modelo de reforma que apresentou para esta área. "A proposta começou por ser oito pontos de queda abrupta da TSU [Taxa Social Única], depois passou para 4, agora retomaram o 4+ 4 e todos os dias inventam uma maneira de tentar compensar o buraco que criaram, a última invenção foi pôr as portagens a financiarem a Segurança Social", criticou Portas. Defende posição europeia clara sobre refugiados Paulo Portas defende que a Europa tem de tomar posições "com muita clareza" relativamente à questão dos refugiados, considerando que Angela Merkel foi quem mais se aproximou de honrar os valores humanistas. "Até agora, quem mais se aproximou de honrar aquilo que é o humanismo cristão e o humanismo laico que fazem os valores da Europa foi a chanceler Merkel quando disse 'eu não repatriarei nenhum refugiado de guerra da Síria'", afirmou Paulo Portas, durante a entrevista à TVI. Sublinhando que a "crise humanitária gravíssima" que está acontecer neste momento é "onde a Europa é mais necessária imediatamente", o líder do CDS-PP, que integra a coligação Portugal à Frente (PSD/CDS), defendeu a necessidade de ser tomada uma posição europeia com "muita clareza e com muita nitidez", até porque "o ocidente não está isento de responsabilidades daquilo que aconteceu na Síria". "A Europa, ou é o que são os seus valores, ou não é nada", sublinhou. Fazendo questão de lembrar que há quatro meses pediu - "até de uma maneira um bocadinho exaltada" que ouvissem o Papa sobre esta questão, o líder dos democratas-cristãos recordou ainda que "a tradição portuguesa é de acolhimento" e que o povo português sempre soube acolher, defendendo que "é preciso fazer mais". "Quando o problema das migrações e dos refugiados estava em Espanha, em Itália Grécia, muita gente no norte da Europa tratava o problema como se fosse uma questão daqueles países", acrescentou, insistindo que se trata de "pessoas que estão a fugir à morte" e a "uma guerra que é um genocídio múltiplo". "Isto não é um problema da fronteira sul, é um problema da fronteira externa da Europa", sustentou, escusando-se a comentar as declarações do primeiroministro inglês que falou da questão dos refugiados como "uma praga"


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Governo acusa PS de "má-fé" no Novo Banco Ministro da Presidência reafirma que processo de venda do Novo Banco não terá impacto no défice orçamental.

Foto: Lusa

O Governo acusa o PS de "má-fé" na questão da contabilização ou não para o défice do dinheiro que o Estado injectou no fundo de resolução do BES, voltando a reafirmar que não terá qualquer impacto no cumprimento das metas por parte de Portugal. O ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques Guedes, afirmou esta quinta-feira na conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros, em Lisboa, que "tem havido má-fé da parte do Partido Socialista na abordagem da questão da contabilização ou não da capitalização que o fundo de resolução fez para o Novo Banco". O responsável lembrou que a contabilização dos 4,5 mil milhões de euros que o Estado emprestou ao fundo de resolução do BES "ainda está para ser decidida pelo Eurostat para efeitos de défice" e que tal "não passará de um mero registo contabilístico nas contas de 2014 sem qualquer impacto para o cumprimento das metas a que Portugal estava e está obrigado" por parte da União Europeia. Para Marques Guedes, a "má-fé do PS só pode ser explicada com algum peso na consciência que tem relativamente à maneira como lidou com o processo do BPN, aí sim, através de uma nacionalização que impactou directamente com responsabilidades para o contribuinte nacional de muitos milhares de milhões de euros, o que não acontecerá no caso do BES". Segundo o ministro da Presidência, o PS está "a tentar aproveitar o clima pré-eleitoral" e a tentar "criar alguma dúvida ou valoração negativa por parte das pessoas de que afinal isto terá impacto para o contribuinte português". Frisando que "não haverá nenhum impacto directo para o contribuinte português", Marques Guedes relembrou que o Estado "não nacionalizou nem entrou directamente no capital do Novo Banco", pelo que "é um empréstimo ressarcido com juros", não negando uma exposição do sistema financeiro português e, indirectamente, alguma exposição da Caixa Geral de

Depósitos que "comparticipará, a par de outras instituições, nas responsabilidades do fundo de resolução". Sobre a negociação em curso por parte do Banco de Portugal com os três interessados na compra do Novo Banco (Anbang, Fosun e Apollo), o ministro disse que se o Banco de Portugal entendeu "não concluir o negócio com aquele que tinha melhor proposta inicial [Anbang]", isso só quer significar que "há uma defesa daqueles que são os verdadeiros interesses do sistema financeiro no seu todo e do novo banco em particular", ao contrário "de algumas vozes que dizem que há desespero ou orientação para que o banco seja vendido a todo o custo". Quanto à data para ser realizada a operação, Marques Guedes disse confiar que o Banco de Portugal "está a trabalhar na defesa de critérios rigorosos", acrescentando que o Governo "tem a noção que todo este processo quanto mais depressa for resolvido mais depressa se entra numa situação de normalidade".

BES. CMVM diz que emigrantes vão receber mais informações até terça-feira Os emigrantes têm reclamado o dinheiro investido, afirmando que se sentem lesados porque sempre quiseram aplicar as poupanças em depósitos a prazo. A CMVM disse que o Novo Banco vai enviar até à próxima terça-feira informação detalhada aos clientes emigrantes sobre a solução proposta para que possam reaver as poupanças aplicadas no BES. Em comunicado divulgado esta quinta-feira, o regulador dos mercados financeiros afirmou ainda que, depois de recebida essa informação, "todos os clientes terão a possibilidade de tomar uma decisão, incluindo a de reformular a sua decisão original", sendo que para isso deverão informar o Novo Banco até ao dia 18 de Setembro. O Novo Banco fez em Julho uma proposta aos clientes não residentes que subscreveram séries comerciais sobre acções preferenciais comercializadas pelo BES para que venham a receber o capital investido, de forma faseada. Os emigrantes têm reclamado o dinheiro investido, afirmando que se sentem lesados porque sempre quiseram aplicar as poupanças em depósitos a prazo (com capital e juro garantidos) e que foram os gestores do BES que aplicaram o dinheiro em acções preferenciais, sem o seu conhecimento. A solução comercial proposta agora pelo Novo Banco prevê a assinatura prévia dos clientes para que o Novo Banco e o Credit Suisse possam anular os veículos financeiros. Só depois será possível avançar


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com a proposta que garante pelo menos 60% do capital investido, e liquidez se essa for a opção, assim como um depósito anual crescente a seis anos, que prevê recuperar no mínimo 90% do capital investido. Segundo a informação dada pelo Novo Banco, até quarta-feira da semana passada mais de 50% dos emigrantes aceitaram a proposta, o que corresponde a mais de 3.500 dos 7.000 clientes. Ao total dos clientes em causa correspondem aplicações no valor global de 720 milhões de euros. A Lusa pediu informação mais recente ao Novo Banco sobre o nível de adesão, mas até ao momento não obteve resposta.

Há quatro interessados no Metro do Porto e STCP Alsa, Barraqueiro, Gondomarense e Transdev são as empresas interessadas na gestão dos transportes públicos do Porto.

Foto: Lusa

Quatro candidatos apresentaram sete propostas ao concurso de ajuste directo de subconcessão da Metro do Porto e da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP). O prazo prazo terminou esta quinta-feira, às 17h00. As empresas que avançaram com propostas para gerir os transportes públicos do Porto são a Alsa, Barraqueiro, Gondomarense e Transdev. Sobre o facto de haver sete propostas provenientes de quatro empresas a concurso, o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, disse à agência Lusa que tal estava previsto no concurso. "Significa que há candidaturas que são para gerir conjuntamente a rede de autocarro e de metropolitano e há candidaturas que são para cada um dos modos de transporte, ou seja, há gente que aposta em gerir em conjunto e há gente que aposta numa gestão individual da STCP ou da Metro do Porto", explicou o governante. Sérgio Monteiro avança que uma proposta para gestão conjunta foi apresentada pelo grupo Barraqueiro, mas não quis adiantar mais pormenores. A 14 de Agosto, o Ministério da Economia confirmou

que o consórcio espanhol TCC, ao qual havia sido adjudicado o processo anterior, não entregou a garantia bancária necessária para assumir a operação da STCP, o que fez cair a subconcessão daquela empresa e a da Metro do Porto por 10 anos. No dia 24 desse mês, o Governo confirmou o novo lançamento do concurso de subconcessão da STCP e da Metro do Porto, a realizar-se por ajuste directo, tendo sido então disponibilizada a informação aos potenciais interessados, incluindo o consórcio TCC. Já na semana passada, a Metro do Porto disse subscrever as preocupações "quanto à legalidade processual" do novo concurso de subconcessão da empresa e da STCP levantadas pelo Conselho Metropolitano do Porto (CmP), sublinhando a importância do "rigor, transparência e legalidade" neste processo. "A Metro do Porto, representante das entidades adjudicantes Metro do Porto e STCP no processo de subconcessão dos respectivos sistemas de transporte, congratula-se e subscreve as preocupações quanto à legalidade processual hoje manifestadas pelo Conselho Metropolitano do Porto, nomeadamente no que respeita à atempada submissão dos contratos de subconcessão a Visto Prévio do Tribunal de Contas", segundo uma declaração da empresa. O presidente do CmP, Hermínio Loureiro, afirmou, após uma reunião extraordinária a propósito do anúncio do novo concurso, que os autarcas tinham "total e absoluta confiança no Tribunal de Contas" no ajuste directo na subconcessão do Metro do Porto e STCP, opção do Governo que contestaram. [notícia actualizada às 21h46]

Presidência considera “conveniente” marcar ano judicial para depois das eleições A cerimónia de abertura do ano judicial, que estaria prevista para dia 16, foi adiada para "data a designar". A Presidência da República esclareceu que considerou conveniente marcar a abertura solene do ano judicial para "uma data imediatamente subsequente" às eleições legislativas e garantiu que essa data será anunciada em breve. O esclarecimento enviado à Lusa sublinha que a reforma do sistema judiciário determinou que o ano judicial tenha início a 1 de Setembro e que "a cerimónia de abertura solene do ano judicial não tem uma data estabelecida por lei". "Cabendo ao Presidente da República marcar a data da abertura solene e perante a proximidade da


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campanha para as eleições da Assembleia da República, foi considerado conveniente marcar a cerimónia para uma data imediatamente subsequente à realização do acto eleitoral. Essa data será anunciada em breve", refere a nota. Este esclarecimento de Belém surge depois de o chefe de gabinete do presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), o juiz desembargador Luís Lameiras, ter dito à Lusa que a cerimónia de abertura do ano judicial, que estaria prevista para dia 16, tinha sido adiada para "data a designar" por motivos de agenda do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva. "Por motivos de agenda do Presidente da República, a cerimónia de abertura do ano judicial, prevista para o próximo dia 16 de Setembro, irá ser transferida para uma nova data, a designar", referiu a fonte do STJ.

Prisão preventiva para suspeito de triplo homicídio na Quinta do Conde Alegado autor dos disparos que mataram três pessoas foi levado para o Estabelecimento Prisional de Setúbal. O homem suspeito da morte de três pessoas na Quinta do Conde, concelho de Sesimbra, distrito de Setúbal, vai aguardar julgamento em prisão preventiva, avança fonte judiciária. O construtor civil, de 77 anos foi esta quinta-feira presente ao tribunal de Setúbal, tendo-lhe lhe sido decretada a medida de coação mais gravosa. O arguido recolheu ao Estabelecimento Prisional de Setúbal cerca das 20h45. O suspeito, que nos últimos dias esteve internado no Hospital de S. Bernardo, em Setúbal, depois de ter disparado sobre três pessoas (um agente da PSP, o seu filho e um militar da GNR) e, de seguida, ter atirado sobre si próprio. O incidente ocorreu na tarde de sábado, na Quinta do Conde, alegadamente por desavenças com um vizinho por causa de um cão. [notícia actualizada às 21h33]

Técnicos absolvidos de explosão em prédio de Setúbal Caso remonta a Novembro de 2007. Os três arguidos eram acusados de negligência.

Os três arguidos de uma explosão num prédio de Setúbal, em 2007, foram absolvidos. A decisão do tribunal foi conhecida esta quinta-feira à tarde. Os arguidos, técnicos das empresas Ecatotalinspe, Gasfomento e Setgás, eram acusados do crime de explosão, entre outros, por alegados comportamentos negligentes quando procediam a testes de verificação de uma conduta, para a mudança de gás propano para gás natural. O caso remonta a 22 de Novembro de 2007, dia em que uma explosão de gás no 11.º andar de um prédio do Montebelo, em Setúbal, provocou avultados estragos materiais. A explosão que ocorreu no prédio n.º 13 da Praceta Afonso Paiva, alegadamente devido à abertura indevida de uma válvula e de uma torneira segurança, obrigou ao realojamento de 48 famílias durante 17 meses, provocou danos significativos no prédio e outros imóveis vizinhos, destruiu 14 viaturas e fez estragos em mais de uma centena. As obras de estabilização do prédio, que ascenderam a mais de 750 mil euros, foram executadas de acordo com as orientações do Laboratório Nacional de Engenharia Civil e suportadas pelo Governo Civil de Setúbal. A reconstrução do prédio, que custou cerca de 1,3 milhões de euros, foi paga apelas seguradoras dos condóminos.


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Pastor de 29 anos suspeito de ter ateado dois fogos É o quinto homem detido pela Unidade Local de Investigação Criminal de Vila Real, pela suspeita do crime de incêndio florestal. A Polícia Judiciária deteve um pastor suspeito de ter ateado dois incêndios em Montalegre, que consumiram 12 hectares de floresta, povoada por carvalho e mato. O indivíduo, de 29 anos, está "fortemente indiciado pelo crime de incêndio florestal". É suspeito de ter ateado dois fogos, que ocorreram a 25 e 29 de Julho, no lugar de Santo André, Serra do Larouco, em Montalegre, distrito de Vila Real, e que consumiram "cerca de 12 hectares de mancha florestal, povoada por mato e carvalho". Segunda a PJ, os incêndios "colocaram em perigo vastas manchas florestais, designadamente toda a Serra do Larouco, e culturas agrícolas, que apenas não foram consumidas devido à rápida intervenção dos bombeiros". O pastor vai ser presente a interrogatório judicial para aplicação de eventuais medidas de coacção. Desde o dia 11 de Agosto, este é o este é o quinto homem detido pela Unidade Local de Investigação Criminal de Vila Real, pela suspeita do crime de incêndio florestal.

Rússia e Venezuela querem petróleo nos 70 dólares O preço do petróleo venezuelano está actualmente a 36,48 dólares o barril.

conferência de imprensa realizada após uma reunião realizada em Pequim, onde os dois chefes de Estado assistiram ao desfile militar comemorativo do 70º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial. "É necessário desenvolver uma nova estratégia de coordenação para a defesa do mercado petrolífero. A queda do preço do petróleo prejudica não apenas os produtos de crude mas todos os investidores deste campo (área), no mundo inteiro, incluindo nos Estados Unidos", disse Nicolás Maduro aos jornalistas. Por outro lado, precisou que os estados membros da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e a Rússia partilham a posição de que a economia mundial precisa que o petróleo tenha um preço sólido, que garanta os investimentos e desenvolvimento energético para os próximos 50 anos. "O preço do petróleo deve estar acima dos 70 dólares o barril", frisou. No passado dia 21 de Agosto o Presidente Nicolás Maduro alertou a população para as consequências da descida do preço do barril de petróleo, ao mesmo tempo que apelou aos venezuelanos a "cuidarem do que têm", para continuar com os programas de assistência social. Dados divulgados pela empresa petrolífera estatal venezuelana PDVSA dão conta que o petróleo venezuelano está actualmente a 36,48 dólares o barril. Em 2013 e 2014 o preço médio de venda do barril de petróleo venezuelano foi de 98,08 e 88,42 dólares respectivamente. A actividade petrolífera constitui a principal fonte de receitas da Venezuela.

França confirma que destroços pertencem a voo MH370 De acordo com a procuradoria gaulesa, só agora é que foi possível ligar os três números da peça ao avião da Malaysia Airlines.

Foto: EPA

Os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Rússia, Vladimir Putin, chegaram a acordo para avançar com várias iniciativas para tentar estabilizar os preços internacionais do barril de petróleo até ao mínimo de 70 dólares. O acordo foi anunciado por Nicolás Maduro numa

O ministério público de França confirma que a peça encontrada na Ilha Reunião pertence, mesmo, ao avião da Malaysia Airlines que desapareceu há mais de um ano. Uma parte da asa do voo MH370, com cerca de dois


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metros, foi encontrada no final de Julho numa praia daquela ilha no Oceano Índico. A peça foi enviada para França, onde desde então esteve a ser analisada por peritos em aeronáutica. A confirmação do ministério público francês surge esta quinta-feira, mas o primeiro-ministro da Malásia já tinha anunciado, a 5 de Agosto, que a parte da asa pertencia ao Boeing 777 da Malaysia Airlines. De acordo com a procuradoria gaulesa, só agora é que foi possível ligar os três números da peça, um flaperon, ao voo MH370. “É desta forma possível confirmar, com certeza, que o flaperon encontrado na ilha Reunião, a 29 de Julho de 2015, corresponde ao voo MH370”, afirma o procurador, em comunicado. O avião da Malaysia Airlines desapareceu em Março do ano passado, com 239 pessoas a bordo, entre passageiros e tripulantes. O voo MH370 fazia a ligação entre Kuala Lumpur, na Malásia, e Pequim, na China, mas desapareceu dos radares sem deixar rasto e nunca chegou ao seu destino. A Ilha da Reunião, onde foi encontrada parte da asa do MH370, é um território francês ultramarino, que fica localizado no Oceano Índico, perto de Madagáscar.

Benjamin Clementine vai cantar na Avenida Irlandês Villagers e a moçambicana Selma Uamusse são outros dois nomes confirmados para a edição deste ano do festival Mexefest.

Com uma expressividade e dramatismo que fazem lembrar Nina Simone, Edith Piaf e Antony Hegart, Benjamin Clementine, de 26 anos, chamou a atenção depois de ter actuado no programa televisivo de Jools Holand, na BBC. Este ano lançou o álbum de estreia, "At least for now", a interpretar canções como "London", "Condolence" e "Cornerstone", que mostrou em Julho em Lisboa, ao piano. Em estreia em Portugal, no Mexefest, estará Villagers, nome artístico do músico irlandês Conor O`Brien. Apesar de se apresentar ao vivo em grupo, na verdade é Conor O`Brien que se encarrega de grande parte do trabalho de estúdio, de composição e interpretação. Um dos nomes da folk pop da editora Domino Records, Villagers editou este ano o álbum "Darling Arithmetic". A organização anunciou ainda a presença da cantora Selma Uamusse, que nasceu em Moçambique e cresceu em Portugal, e que tem feito apresentações em nome próprio depois de ter integrado os Wraygunn e Movimento, de fazer parte de Gospel Collective e Nu Jazz Ensemble. Também já colaborou com Rodrigo Leão e conduziu em palco um tributo a Nina Simone. Ainda sem indicar quais as salas e espaços que integram este ano o Mexefest, a organização já delineou parte do cartaz, com nomes como Ariel Pink, Patrick Watson e Titus Andronicus.

Concertos na Avenida. Para dançar nos Aliados Concertos na Avenida voltam esta sextafeira e sábado aos Aliados, no Porto. A Casa da Música leva dois espectáculos de música “dançante e festiva” à Baixa. A entrada é livre.

Benjamin Clementine estreou-se com o álbum "At least for now". Foto: DR

O músico britânico Benjamin Clementine, o irlandês Villagers e a cantora moçambicana Selma Uamusse actuarão em Novembro, em Lisboa, no Mexefest, anunciou a organização. O Mexefest, que se estende por várias salas em redor e na Avenida da Liberdade, está marcado para os dias 27 e 28 de Novembro. A esta edição junta-se o músico inglês Benjamin Clementine, que volta a Portugal novamente no contexto de um festival, depois de se ter estreado em Julho passado, no Super Rock, em Lisboa.

Foto: RR Por Cristina Branco

A Casa da Música (CdM) quer o Porto a dançar na Avenida dos Aliados. Está tudo ensaiado e pronto para as próximas duas noites, esta sexta e sábado, a partir das 22 horas, com concertos de entrada livre. A Banda Sinfónica Portuguesa é a primeira a subir ao palco e vai transformar-se numa "big band", tocando


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música dos anos 30, como Glenn Miller, Benny Goodman e Ella Fitzgerald. “Teremos a participação de várias escolas de dança do Porto e esperamos que contagiem a população para termos a cidade a dançar”, diz à Renascença o director artístico da CdM, António Jorge Pacheco. “Será uma óptima forma de reentrarmos na temporada cultural da cidade, com uma noite divertida e bem-disposta”, acrescenta. No sábado, também às dez da noite, será a vez da Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música animar os Aliados. O espectáculo “tem um programa muito popular e festivo, dedicado aos ritmos ibéricos, com passagens pelo Fandango, de Freitas Branco e Carmen, de Bizet”, diz o responsável pela programação. A CdM espera uma “invasão” na Avenida dos Aliados. “No ano passado, cerca de dez mil pessoas assistiram, em cada noite, aos espectáculos. Esperamos que este anos o número seja ainda maior”. O palco está montado a meio da Avenida, voltado para a Câmara Municipal, que se associa aos Concertos da Avenida, incluídos na programação de Verão da CdM, e que contam com a Renascença como parceiro.

Um Van Poppel volta a festejar na Vuelta Danny Van Poppel, filho de Jean Van Poppel, conquistou a sua primeira vitória numa grande volta. Classificação geral sem alterações no topo. Com a desistência de Froome, André Cardoso subiu ao 16º lugar.

acabou em quinto. A fuga foi anulada já bem perto da meta. Van Poppel ganhou, Daryl Impey (Orica) foi segundo e Van Der Sande (Lotto-Soudal) fechou o pódio. A classificação geral manteve-se praticamente inalterada. Fabio Aru vai continuar a sair de camisola vermelha. Com a desistência de Chris Froome, que abandonou devido a uma fractura no pé na sequência de uma queda sofrida na 11ª etapa, André Cardoso, o melhor português na geral, subiu para a 16ª posição. Classificação Geral 12 etapas completas 1. Fabio Aru (Astana) em 43h12'19'' 2. Joaquin Rodríguez (Katusha) a 27 segundos 3. Tom Dumoulin (Giant) a 30 segundos 4. Rafal Majka a 01'28'' 5. Esteban Chaves (Orica) a 01'29'' segundos 6. Alejandro Valverde (Movistar) a 01'52'' 7. Daniel Moreno (Katusha) 01'54'' 8. Mikel Nieve (Sky) 01'58'' 9. Nairo Quintana (Movistar) a 03'07'' 10. Louis Meintjes a 04'15'' ... 17. André Cardoso (Cannondale) a 10'19'' 36. José Gonçalves (Caja Rural) a 33'21'' 37. Nélson Oliveira (Lampre-Merida) a 33'24'' 44. Ricardo Vilela ( Caja Rural) a 52'26'' 47. Tiago Machado (Katusha) a 56'48'' REVISTA DA IMPRENSA DESPORTIVA

Selecção, Benfica e o Porto de Mangala

Foto: RR

Depois de uma duríssima etapa de mmontanha, a etapa foi discutida ao sprint. Foto: Janier Lizon/EPA

Danny Van Poppel venceu a 12ª etapa da Volta a Espanha, esta quinta-feira, ao sprint, na chegada a Lleida. O corredor de apenas 22 anos, filho de Jean Van Poppel que venceu várias etapas na Vuelta, festejou a sua primeira conquista numa grande volta. Van Poppel conquistou a etapa graças a um grande trabalho da equipa, a Trek, que se aplicou na eliminação de uma fuga iniciada muito cedo na etapa. A Giant de Degenkolb também ajudou, mas o alemão

A Bola é o único desportivo que destaca o PortugalFrança de logo, destacando a imagem de Cristiano Ronaldo. "À procura do som do golo" é o título. "Perigo" é a parangona, a vermelho, do Record. Enquadrado pelas imagens de Nico Gaitán e Raul Jiménez, lê-se o texto: "Jogam o Argentina-México na madrugada de quarta-feira, no Texas, viajam durante mais de dez horas até Lisboa". Lembra ainda o diário da Cofina: "Só vão treinar na véspera do BenficaBelenenses". O jornal O Jogo destaca uma entrevista a Eliaquim Mangala. Diz o antigo jogador do Dragão: "Lopetegui tem ADN à Porto". O francês declara, ainda: "Fiquei parvo com o Jesus no Sporting".


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Outra declaração em destaque no diário nortenho é de Carlos Tévez: "Osvaldo é tremendo". Ainda em O Jogo, uma informação: "Arouca recebe FC Porto em casa". "Jogou com o Benfica em Aveiro", lembra o diário.

Portugal-França. Cobaias à experiência no laboratório de Alvalade Teste para a importante deslocação à Albânia realizado em ambiente "controlado". Particular permite a Fernando Santos ensaiar meio-campo de recurso. Há 40 anos que as quinas não batem os gauleses. Pontapé de saída às 19h45. Relato na Renascença e acompanhamento em rr.sapo.pt e em bolabranca.rr.sapo.pt.

Adrien Silva e João Mário, habituados a jogar juntos no Sporting, deverão fazê-lo frente à França. Foto: Manuel de Almeida/Lusa

Há quatro décadas que Portugal não enche a boca para dizer: "Vencemos a França". Hoje, a Selecção Nacional vai tentar voltar a ser feliz diante dos "bleus". O jogo é de carácter particular, o palco é um Estádio de Alvalade, que terá bastante público nas bancadas, e há mais de 200 jornalistas credenciados. Muitos, mas mesmo muitos viajaram de Paris. A França, organizadora do Euro 2016, continua a fazer este "jogo de sombras" no Grupo de I de qualificação, ajudando a manter o ritmo para as equipas que folgam em cada jornada. Tal como em Outubro de 2014, na estreia de Fernando Santos como sucessor de Paulo Bento, volta a chegar a hora de a equipa das quinas se degladiar contra uma das melhores selecções do mundo. Os franceses chegam a Lisboa depois de duas derrotas consecutivas: uma emotiva, por 4-3, diante da Bélgica, o outra diante da Albânia (1-0), um "tomba-gigantes" que já ajudou a despedir o homem que antecedeu o "Engenheiro do Penta" no comando de Portugal. Há uma "chama perdida" - palavras de Didier

Deschamps - que os gauleses querem recuperar já diante de Portugal, um adversário contra o qual regista um bem positivo saldo de 17 vitórias, um empate e apenas cinco derrotas em 23 jogos. E com a vantagem de ter vencido nove dos últimos 10 duelos com a Selecção Nacional. Portugal, por seu turno, está há 40 anos sem vencer os homens que vêm da terra de Astérix e Obélix. Foi em 1975, noutro amigável, em solo francês, que a selecção de José Maria Pedroto se impôs com uma vitória por 20. Marcaram os golos o benfiquista Nené e o sportinguista Marinho. Fernando Santos não conta com os lesionados Fábio Coentrão, João Moutinho e William Carvalho, além do castigado Tiago, o que obriga a desmanchar o meiocampo que tem somado por vitórias os duelos oficiais da sua "era". No meio-campo, entrarão, para os lugares de Carvalho Moutinho e Tiago, Adrien Silva, João Mário e Danilo Pereira. Os dois primeiros jogam "de olhos fechados", no Sporting. O último está a dar cartas no FC Porto. A Albânia pode vir ser líder do grupo de apuramento, se hoje vencer a Dinamarca, ultrapassando Portugal, à condição, no primeiro lugar. Por isso, é necessário ensaiar o revolucionado meio-campo com um teste "controlado" em laboratório. O jogo é a "feijões" embora a animosidade entre as duas nações permita interpretar precisamente o contrário -, pelo que poderá permitir ao trio um entrosamento básico para o sucesso em Elbasan. O Portugal-França arranca às 19h45 de sexta-feira, no Estádio de Alvalade, com arbitragem do holandês Danny Makkelie. Jogo com relato na antena da Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt e em bolabranca.rr.sapo.pt. FIFA: Jogo de carácter particular Estádio de Alvalade, Lisboa Árbitro: Danny Makkelie (Holanda) Equipas prováveis Portugal Rui Patrício; Vieirinha, Pepe, Bruno Alves e Eliseu; Danilo Pereira, Adrien Silva e João Mário; Ronaldo, Éder e Nani. Seleccionador: Fernando Santos. França Lloris; Debuchy, Mangala, Varane e Trémoulinas; Matuidi, Pogba e Cabaye; Griezmann, Benzema e Valbuena. Seleccionador: Didier Deschamps.


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Sexta-feira, 04-09-2015

QUALIFICAÇÃO EURO 2016

Martins Indi ajuda a afundar Holanda. Islândia dispara rumo a França Jornada sete dos grupos A, B e H de qualificação para o Europeu do próximo ano disputou-se esta quinta-feira. Restantes grupos espalhados por sexta e sábado. Confira os resultados e as principais notas de destaque da noite de quinta-feira.

Martins Indi, do FC Porto, "ajudou" a empurrar a Holanda para a derrota. Foto: Koen Van Weel/EPA

Grande conclusão da primeira noite da semana da sétima jornada da fase de apuramento para o Euro 2016: a Holanda está em maus lençóis e a Islândia está cada vez mais perto do sonho de estreia numa fase final de uma grande competição continental. Grupo AOs nórdicos foram a Amesterdão vencer por 01, com um golo solitário de Sigurdsson, de grande penalidade, aos 51'. Isto numa altura em que a "laranja mecânica" estava já reduzida a 10 unidades, por expulsão de Martins Indi (FC Porto), aos 33' da primeira metade. A Islândia comanda o Grupo A, com 18 pontos, mais quatro que a República Checa, que cedeu um inesperado empate caseiro diante do Cazaquistão. Quanto à Holanda, "alarme" é uma palavra demasiado curta para o que se começa a desenhar no horizonte. A quatro pontos da zona de apuramento directo, a equipa de Danny Blind depende de terceiros para se apurar directamente mas continua em lugar de acesso aos derradeiros "playoff". Grupo BPaís de Gales e Bélgica cumpriram. Os galeses foram a Chipre vencer pela margem mínima (1-0) e, a par da Islândia, ficam a um passo da primeira participação numa grande prova, enquanto os belgas receberam e bateram a Bósnia-Herzegovina (3-1). A dupla de topo continua sólida, restando saber quem ocupará a vaga dos "playoff". Israel tem já três pontos de avanço sobre Chipre e pode até conseguir a proeza de se apurar directamente para a fase final do Europeu se conseguir ser a terceira melhor classificada do apuramento, a nível global.

Grupo HTudo "embrulhado" mas, agora, com a Itália na frente. O empate da Croácia diante do Azerbaijão (0-0) permitiu à "squadra azzurra" assumir a liderança da tabela, graças a uma vitória tangencial sobre a modesta Malta (1-0). Contudo, as três equipas que estão em zona de qualificação ficam apenas separadas por dois pontos. Tudo em aberto, portanto. Para sexta e sábado estão reservados os restantes jogos desta ronda. Inglaterra, Eslováquia e Suécia podem dar passos de gigante rumo ao campeonato da Europa que se irá disputar em França. É só olhar para as classificações apresentadas em baixo. Euro 2016Fase de Qualificação7ª Jornada Quinta-feira, 3 de Setembro de 2015 Grupo ARepública Checa 1-1 CazaquistãoHolanda 0-1 IslândiaTurquia 1-0 LetóniaClassificação1 Islândia 18 pontos2 República Checa 143 Holanda 104 Turquia 95 Letónia 36 Cazaquistão 2 Grupo BBélgica 3-1 Bósnia-HerzegovinaChipre 0-1 País de GalesIsrael 4-0 AndorraClassificação1 País de Gales 17 pontos2 Bélgica 143 Israel 124 Chipre 95 Bósnia-Herzegovina 86 Andorra 0 Grupo HAzerbaijão 0-0 CroáciaBulgária 0-1 NoruegaItália 1-0 MaltaClassificação1 Itália 15 pontos2 Croácia 143 Noruega 134 Bulgária 85 Azerbaijão 56 Malta 1 Sexta-feira, 4 de Setembro de 2015 Grupo D17h00Geórgia-Escócia19h45AlemanhaPolóniaGibraltar-República da IrlandaClassificação1 Polónia 14 pontos2 Alemanha 133 Escócia 114 República da Irlanda 95 Geórgia 36 Gibraltar Grupo F19h45Ilhas Faroé-Irlanda do NorteGréciaFinlândiaHungria-RoméniaClassificação1 Roménia 14 pontos2 Irlanda do Norte 133 Hungria 114 Ilhas Faroé 65 Finlândia 46 Grécia 2 Grupo I19h45Dinamarca-AlbâniaSérviaArménia[Portugal folga]Classificação1 Portugal 12 pontos2 Albânia 103 Dinamarca 104 Arménia 15 Sérvia 2 Sábado, 5 de Setembro de 2015 Grupo C17h00Luxemburgo-MacedóniaUcrâniaBielorrússia19h45Espanha-EslováquiaClassificação1 Eslováquia 18 pontos2 Espanha 153 Ucrânia 124 Bielorrússia 45 Macedónia 36 Luxemburgo 1 Grupo E17h00Estónia-LituâniaSan MarinoInglaterra19h45Suíça-EslovéniaClassificação1 Inglaterra 18 pontos2 Suíça 123 Eslovénia 94 Estónia 75 Lituânia 66 San Marino 1 Grupo G17h00Rússia-Suécia19h45ÁustriaMoldáviaMontenegro-LiechtensteinClassificação1 Áustria 16 pontos2 Suécia 123 Rússia 84 Montenegro 55 Liechtenstein 56 Moldávia 2


Sexta-feira, 04-09-2015

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