Mulher 2010

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Balneário Camboriú . março . 2010

Editorial

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Uma carta, para refletir Carol, Não posso escrever sobre o dia da mulher porque as maiores mulheres que conheci em vida não estavam preocupadas em ser mulher: estavam preocupadas somente em ser si próprias. Por que a partir do momento que eu digo a mim mesmo que sou homem, ou que sou adulto ou até que sou humano, a vida vai me dar rasteira atrás de rasteira até que eu entenda que eu sou eu. E a partir daí começará uma nova e grande caminhada: entender que eu não sou eu. Que eu sou você. Que eu sou quem está me lendo agora. Mentalmente eu até posso conseguir pensar assim de vez em quando, mas eu preciso sentir isso – e o tempo todo. E não somente dentro de uma data. Em muitas religiões orientais o infinito não é isso que a gente pensa aqui: uma coisa que vai, vai e vai até onde não se consegue mais ver. O infinito para eles é a eterna repetição do agora: essa coisa chata chamada presente que a gente tenta pular como uma poça dágua entre a memória e a imaginação. E criam uma coisa chamada “ano”, assim como criam uma

coisa chamada “mulher”, e dentro desse ano dizem que há trezentos e sessenta e cinco dias, e que cada dia tem vinte e quatro horas. Ontem uma amiga me disse que há estudos que estão tentando comprovar que o mundo está girando mais rápido e o dia tem agora dezessete horas. E a vida continua insuportavelmente louca e banal. E o agora, quantas horas tem? Se ao menos o dia internacional da mulher fosse celebrado nas casas como um natal ou réveillon, onde todos estão ligados por um mesmo motivo, e as ruas ganhassem cores, riso e meditação, acho que o oito de março perderia esse aspecto político e inodoro que ganha cada vez que aparece. Aliás, seria um motivo mais digno do que comemorar por um velhinho que anda num trenó voador puxado por renas. Mas, como diz o poeta Ulisses Tavares, a gente sempre vai estar mais preocupado em “olhar para o alto. Tão alto que se tenha um torcicolo eterno e nunca mais se possa olhar direto para o próximo.” Enzo Potel

tudo o que há de belo e bom no mundo cabe no som de uma única palavra.

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Comportamento O retorno ao feminino “Estamos numa época que as mulheres ainda usam uma espécie de cinto de castidade, e é o pior de todos porque é invisível”, comentou a professora de música e dança Solange Aparecida Entrebato, 44. Ela se refere à pressão constante da mídia, que dita comportamentos e padrões de beleza impossíveis de serem alcançados e que causam constante sofrimento e abalo à auto-estima. “As mulheres se maltratam fazendo plásticas, perdem os cabelos no salão de beleza, gastam muito com roupas e estão deixando de se descobrir, ver o que tem de diferente, de especial. E todas têm”. Solange costuma dizer à suas alunas que a cada mulher uma fada deu três presentes, a beleza, a juventude eterna e a sabedoria. “Mas colocamos tudo isso em uma gaveta e esquecemos. Até que um dia, seja por uma dor ou uma curiosidade, vamos buscar algo e por um meio ou outro, acabamos chegando nos tais presentes”. Outro empecilho nesse caminho de auto-conhecimento é que a sociedade fez da mulher ‘um homem sem pênis’. Além de todas as funções femininas elas competem de igual para igual no mercado de trabalho, tem inúmeras funções e às vezes assumem posturas masculinas, até mesmo fisicamente. “O corpo feminino tem curvas, é arredondado e não cheio de músculos, como a gente vê tanto por aí. Isso reflete um pouco que é preciso

buscar mais esse lado, ocupar realmente o lugar da mulher, perante à casa, os filhos, o cuidado, isso é natural, desde a época das cavernas a mulher ocupa o lugar dela, o homem o dele. Isso não quer dizer que ela não deve trabalhar fora, que ele não deve ajudar em casa, mas medindo, equilibrando as funções, as aptidões”, sugere Solange. Toda essa carga estressante faz com que as mulheres esqueçam de trazer à tona seu lado feminino, exercer as gentilezas, a doçura. “Costumo comentar com elas que o relacionamento com o namorado, marido, é o dia inteiro, então desde a hora que você acorda está fazendo sexo. Tratando com carinho, sendo gentil, conversando amorosamente, mas a gente esquece e vai criando aqueles ransos, aquela coisa chata”. Existem pequenas coisas que podem ser feitas para resgatar esse feminino, delegar funções, mas a principal é separar alguns momentos do dia para si mesma, fazer algo que gosta, desde uma caminhada a uma leitura, uma atividade física, yoga, dança, massagem, se arrumar, se fazer bonita, tomar um banho demorado, cuidar de si. “É fundamental esse momento de solitude, de contato com sua essência, com Deus, se centrar. Quando nos tratamos melhor, conseguimos tratar o outro melhor”, diz Solange. Ela percebe o efeito positivo na suas alunas, há cinco anos

ensina a dança do ventre, não com foco em apresentações, mas de forma terapêutica, estudando o corpo como um todo, os chacras, os arquétipos das deusas. “Parece que elas se descobrem, passam a se gostar como são, dar importância a outras coisas, prestam mais atenção ao vestir, à forma de se movimentar, coleciono várias histórias que deram certo aqui”, comemora a professora.

Como começou Solange, filha de um cigano e de uma ioguslava, sempre quis dançar, mas a mãe insistiu no piano. Ela não gostava muito, mas filhos não tinham voz antigamente, então formou-se pianista. Quando ‘andou com as próprias pernas’ começou a dançar flamenco, em São Paulo. Depois mudou-se para Balneário e iniciou na dança do ventre, primeiro como aluna, depois ensinando. “As duas danças são sensuais, o flamenco é mais brusco, a do ventre é mais suave, mais feminina mesmo, a gente passa a conhecer muito bem o corpo, tem poder curativo”, disse. As aulas acontecem em grupo ou individuais, em horários diversos, no Espaço Holístico Sara Kali, na Praia dos Amores. Solange também ensina piano e musicalização infantil. Informações 9605-6963.

Dia Internacional da Mulher

08 de março Parabéns a todas nossas mulheres Es pe ci al co mo vo cê

Fotos Divulgação


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Mulheres até a alma “Oh, sobretudo, que ela não perca nunca, não importa em que mundo, não importa em que circunstâncias, a sua infinita volubilidade de pássaro; e que acariciada no fundo de si mesma transforme-se em fera sem perder sua graça de ave; e que exale sempre o impossível perfume; e destile sempre o embriagante mel; e cante sempre o inaudível canto da sua combustão; e não deixe de ser nunca a eterna dançarina do efêmero; e em sua incalculável imperfeição constitua a coisa mais bela e mais perfeita de toda a criação inumerável.” (Trecho de ‘Receita de Mulher’, Vinícius de Moraes).

Lair Bernardoni Apaixonada é o melhor adjetivo para descrever Lair Bernardoni, 71. Fotógrafa que escreve, escritora que fotografa, poeta sempre. Complicado encontrar um ‘título’ para alguém que mescla as artes com maestria e naturalidade, como se tudo fosse a mesma coisa. E é, mas perceber isso não é para qualquer mortal. Seja na obra de artista; nas viagens; na família -ela completou 50 anos de casada há pouco e tem cinco filhos adultos- Lair coloca em tudo o coração, a sensibilidade, a delicadeza, o lado feminino de ser e cuidar. Nascida em São Francisco do Sul, morando há muitos em Balneário, Lair descobriu o talento para o click já madura: “Passava dos meus quarenta anos quando o meu espírito inquietava-se por não haver ainda completado o mosaico que a vida a todos sugere compor.” Desde então fez inúmeros retratos com uma assinatura implícita característica em todas suas obras. Também muitas paisagens,

Polônia Maciel Polônia Maciel, 69, casada, com dois filhos, passou boa parte da vida ajudando os outros. “Quando vejo alguém em dificuldade, algum conflito, vou chegando para tentar ser útil de alguma forma”. Desde cedo envolvida em grupos de jovens, fazia teatro em comunidades rurais, ‘para alegrar as pessoas’. Foi catequista e trabalhou na Epagri por 13 anos, com foco na educação alimentar, desde a produção até o consumo. Depois usou essa experiência para abrir uma rotisseria, na área de dietas, em São Paulo. Veio para Balneário Camboriú e há 15 anos coloca seu conhecimento a serviço da Pastoral da Criança de forma totalmente voluntária. O projeto da Alimentação Alternativa tenta ensinar as pessoas a utilizarem o máximo de cada alimento, valorizando as propriedades que muitas vezes são jogadas fora, nas cascas

por exemplo. Também elabora a multi-mistura, composto alimentar altamente nutritivo distribuído principalmente a crianças. “Fechou as duas coisas, porque sempre gostei de ajudar os outros e do foco na saúde, no comportamento, as pessoas quando estão tristes podem estar criando doenças e o que puder fazer para melhorar isso vou fazer, sempre”.

O que tem feito da vida Trabalhado na área social e de saúde e me dedicado à família, que é a chave da minha vida.

Um ideal Continuar podendo fazer o que faço, sou muito feliz assim.

Ser mulher É divino, uma missão. Sou contra movimento feminista, acho que a mulher devia se concentrar e desenvolver cada

vez mais seu lado feminino.

Medos Não tenho medo. É como diz aquela música, ‘quem tem Deus no coração, não tem medo de assombração’.

Dor Quando minha irmã mais velha faleceu e eu não estava perto. Sempre ajudo os outros e com ela, que é minha irmã, não pude. Demorou muito a sair essa dor.

Felicidade O nascimento dos meus filhos.

frutos de suas viagens mundo a fora. Tem três livros publicados, Girasol, Giralua; Pinceladas de Luz; e Azas Azuis, Poema Alado.

O que tem feito da vida O que a vida fez de mim: ser assim como sou na medida de uma boa consciência e saber que a melhor herança a deixar é o nome íntegro e uma obra que tornou-se bem vista, respeitada.

Um ideal Ver que a nossa descendência ganhe espaços com virtudes ainda que nem tão grandes, mas dentro da imperfeição de que somos feitos ir ao limite possível e se der, com brilho.

Ser mulher É minha vocação natural: daí o casamento a perder de vista, mais os cinco filhos, oito netos e uma obra que mostrou o meu país alem das fronteiras com respeito e admiração.

Medos Do trágico.

Dor Meu pai que foi artista ter partido sem conhecer minha obra.

Felicidade Aqui é plural: O que a Vida fez de mim: ser como eu sou e ter resistido de pé essas sete décadas. E de quebra, mais alguns embarques e desembarques e cliks quando o coração dispara e a Nikon acalma. E os amigos, como dizia Neruda: “Quem tem amigos tem tudo”. Sou aquela que pode dizer: tenho amigos a perder de vista mas são tão leves que desconfio que são dotados de asas porque à simples lembrança estão ao meu lado para o abraço. Que mais posso querer?


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Perfil

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Danielle Pinto Fotos Arquivo pessoal

Danielle Christine Pinto, 30 anos, oficialmente solteira mas verdadeiramente comprometida, oficialmente sem filhos mas aprendendo a ser mãe.

campo-escola de escalada do país. Viaja constantemente para escalar no Brasil e exterior e atua como free lancer no jornalismo e guia de montanha.

Jornalista e escaladora, há dois anos abandonou a vida confortável da ‘cidade’, onde dava aulas de Fotografia na universidade e trabalhava numa revista- para morar ao pé do morro do Anhangava, no Paraná, um dos maiores

O que tem feito da vida Tenho feito o que sempre quis fazer e só agora criei coragem. Estou plantando flores, carpindo mato, amassando pão, subindo montanhas, viaja-

ndo muito, hablando mucho espanhol, tomando vinho com os amigos, amando sem esperar nada em troca, tentando viver de jornalismo e me esforçando para possuir somente o necessário.

São milhões de condicionamentos enraizados na sociedade, cimentados na nossa cabeça e que no meu ponto de vista limitam muito o nosso potencial, o que podemos ser, fazer, sentir.

Um ideal

Medo

Aceitar o que a vida me oferece.

Tenho medo de cair, tentar e não conseguir.

Ser mulher

Dor

Te dizer que não é moleza não.

Ficar longe de quem se ama

e não poder fazer nada para mudar isso.

Felicidade Algo que me esforço para cultivar todos os dias. O que me faz feliz de imediato é estar longe, bem longe da cidade, escalar uma via longa e fácil com as amigas e de preferência fazer cume, ter tempo de curtir um pôr do sol, ganhar beijo de bom dia, encontrar quem estava longe.


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Sofia Severo Sofia Severo, 27, solteira, sem filhos, por enquanto (risos). Gaúcha, morando em Balneário há 12 anos, acabou de voltar de quase dois anos de “exílio” na cinzenta Londres, onde foi trabalhar, conhecer, explorar e olhar para si mesma. Ficou com saudade, cansada da falta de cor e calor humano, voltou. É designer gráfico e de produto, budista, e atualmente tem como meta a auto-atenção, acima de qualquer outra.

O que tem feito da vida Para ser bem sincera, e sem nenhuma filosofia cósmica em cima disso, apenas sinceridade mesmo... o meu foco tem sido em atividades que me tragam o que procuro desenvolver esse ano... liberdade. Me entreguei ao Yoga e essa tem sido a atividade que tem comandado minhas ações, pensamentos e decisões. Tenho me dedicado bastante também à minha religião, que é o Budismo, que na verdade encaro mais como filosofia de vida. Praticado mais esporte, caminhada, corrida, até o skate entrou

nessa. Tenho cuidado mais de mim, do meu corpo, da minha mente e do meu espírito.

Um ideal Conquistar um estado pleno de serenidade e equilíbrio. Continuar sendo feliz, simplesmente do meu jeito, seja ele qual for, mas sendo do meu jeito.

Ser mulher Pô, a chance de eu não parar mais de escrever enquanto respondo essa pergunta é bem grande... Então, para resumir, acredito que uma palavra que defina muito bem para mim o que é ser mulher é CORAGEM. Ser mulher para mim é ser coragem. Não é ter coragem e não é ser corajosa. É SER a própria coragem. Em toda a história da humanidade as mulheres só conseguiram conquistar as vitórias que conquistaram, mudar os padrões sociais que mudaram e se posicionar com respeito e poder diante da sociedade porque foram a própria CORAGEM para lutar, para falar, para brigar por seus, por nossos direitos.

Medos Ai ai, não gosto muito dessa palavra porque acredito que pensar nela, pensar em coisas que você possa ter medo, só te ajuda a não ir pra frente, só te faz crer que existem coisas que você não pode conquistar, não pode ser ou não pode alcançar. E acredito que podemos tudo nessa vida, basta realmente querermos. Mas para dizer que não tenho medo de nada, tenho medo do Chucky, o boneco assassino, lembra? (risos) Sério, desde pequena.

Dor Uma coisa que quando pega pega pra valer mesmo e que para mim é um pouco difícil de controlar o sentimento, é quando o amor provoca a dor.

Felicidade Estar tranquila, serena e rodeada de pessoas queridas e sinceras, onde eu não precise fingir ser outra pessoa que não essa. Estar em contato com a natureza e coisas que são importantes para mim nessa vida.

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Perfil

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Mariana Russi

Mariana Russi, 28, gosta de conhecer as pessoas, unir amigos de diferentes grupos, conversar, trocar idéias. Esta facilidade lhe carregou naturalmente para a faculdade de Comunicação Social (Jornalismo) e mais tarde para a especialização em Marketing. Atualmente atua como profissional freelancer (opção de vida) e responde pelo Departamento de Marketing de algumas empresas. Quando chegou num momento em que o trabalho estava tomando todo seu tempo, largou tudo para achar de novo o foco. Escolheu o Caminho de Santiago, na Espanha e o percorreu em 33 dias, os 980 Km. Cheia de planos, Mariana está novamente com um ritmo acelerado de trabalho e, como muitas mulheres, buscando o equilíbrio entre as prioridades de vida. O que tem feito da vida - Tenho trabalhado muito e curtido bastante a vida ao lado do namorado, amigos e pessoas que amo. Um ideal - Equilíbrio em todos os sentidos. Ser mulher - É extremamente desafiador e

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Cintia Flor

lindo. Vejo que o principal desafio das mulheres de hoje é o equilíbrio entre o SER e o QUERER. Em muitas rodas de conversas nos deparamos com estas questões. O que realmente queremos? Até onde podemos ir? O que é necessário abrir mão? Claro que a questão maior, que rege todo pensamento é profissional X pessoal. Mas há muitas coisas para decifrarmos nesta conversa. Medos - Alguns. Altura (morro de medo). Perder as pessoas que eu amo. Catástrofes naturais. Dor - Existem várias formas de aliviá-la. Felicidade - Todos os dias. Acho que precisamos buscar sempre ela, onde quer que esteja. Cada um, se olhar bem para dentro de si, sabe este caminho. Uma caminhada na praia, numa música que toca no rádio, numa ligação de uma amiga, nas palavras incentivadoras da minha mãe, num almoço barulhento com a família, na companhia dos amigos, num filme ou livro.

No Dia Internacional da Mulher a Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú homenageia todas as mulheres que prestam sua contribuição para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e humana. Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú

Professora de educação infantil e mãe de seis filhos, Cintia Flor, 32, ainda consegue tempo para estudar. Está terminando a faculdade de Pedagogia à noite e durante as manhãs ministra algumas aulas particulares. Seu primeiro filho nasceu em Camboriú, onde ela viveu até os 18 anos e lecionou na Apae. Depois se mudou para o Rio Grande do Sul, onde continuou como professora de educação infantil e séries iniciais. Ficou viúva precocemente, voltou para Balneário e cria Filipi, 15; Carolina, 12; Diego, 8; Adriano, 7; Leonardo, 5; e Natália, 4, sozinha. Dedica os finais de semana aos filhos e a semana ao trabalho e estudo.

O que tem feito da vida? Eu escolhi pra minha vida ser mãe e professora e vivo isto intensamente, amo o que faço e procuro dar o melhor de mim ao meu filhos e alunos.

Um ideal Conseguir fazer realmente

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Fotos Arquivo pessoal

feliz quem está do meu lado e principalmente quem precisa de mim.

Ser mulher É ter o maior de todos os dons, o de ser mãe e o poder de transformar o mundo, ser mulher é ser forte e frágil, mãe e mulher.

Medos Perder o amor de quem amo (meus filhos, meu alunos, minha família), e falhar na minha missão de mãe e educadora.

Dor A morte do meu marido e uma lágrima de um filho ou de um aluno.

Felicidade O sorriso dos pequenos (filhos e alunos), a satisfação de ver meu dever cumprido, o brilho nos olhos das crianças e principalmente o EU TE AMO dito com sinceridade, não existe amor mais sincero do que de uma criança.


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Estilo

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Moda, as referências da rua Por Juliana Cesar

as referências da temporada

Não tem jeito, por mais que a moda lance tendências para as consumidoras, a gente não precisa seguir e comprar o que a indústria impõe. Copiar aquele look que você adorou no desfile vai mostrar seu interesse pelo estilista, pela moda, mas vai retratar uma pessoa sem personalidade e estilo. O que a gente vê no desfile, muitas vezes, precisa ser desdobrado e descodificado. O legal da moda atual é que pode tudo, sem esquecer do bom senso, por favor. Claro que as tendências existem, mas elas podem ser adaptadas para cada estilo. Esse exercício de misturar peças rocker com clássicas ou pegada retrô incentivou a nossa criatividade e acabou provocando uma onda em que a produção do look pro dia a dia é tão importante quanto escovar os dentes. Quem não gosta de estar bonita? Com uma cara diferente? A roupa que você usa diz quem você é, o que pensa e faz. A roupa pode identificar até mesmo seu estado de espírito. É bem doido isso, mas sem perceber, traduzimos nossas emoções nas roupas que usamos. A rua hoje é a grande vitrine desse comportamento, designers e caçadores de tendências observam as pessoas comuns para prever o que a gente vai querer consumir. Isso é cíclico, a rua define o que será moda para a gente desejar aquilo que já estamos usando, só que ainda estamos vestindo

anterior, isto é, as informações das últimas tendências que a mídia pulverizou. É confuso, não? Mas é assim que funciona. Ah, e se você tem determinado estilo, é bem apegado com ele, não tenha medo nem preconceito em misturálo com outras vertentes, até porque ninguém quer ser uma caricatura de si mesmo.

Blogs com moda de rua: The Sartorialist - http://www. thesartorialist.blogspot.com Jak & Jil - http://jakandjil. com/blog Face Hunter - http://www. facehunter.blogspot.com Hoje eu vou assim - http:// hojevouassim.blogspot.com Rede social: LookBook - http://lookbook. nu Juliana A. Cesar é jornalista, especialista em marketing de moda, fã do inverno, das botas, jaquetas, do Franz Ferdinand e do tapete vermelho do Oscar. Assina o blog www.qualquerbobagem. com.br.

ecial, os Neste dia tão esp ncada do Vereadores da ba de BalPSDB na Câmara , prestam neário Camboriú ara todas as sua homengem p ssagem do mulheres pela pa da Mulher. Dia Internacional

Vereadores: Moacir Schmidt, Fabrício de Oliveira, Dão Koeddermann e João Miguel (Tatá).


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Estilo

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Só Para Mulheres A escritora Clarice Lispector tem muitas obras conhecidas e elogiadas pela crítica e entre elas, quase desapercebida, está “Só Para Mulheres” coletânea de artigos publicados em jornais sob os pseudônimos de Teresa Quadros, Helen Palmer e como ghost-writer da atriz e modelo Ilka Soares. Publicados entre as décadas de 50 e 60, nos jornais Comício, Correio da Manhã e Diário da Noite, os artigos vêm em forma de conselhos direcionados às mulheres sobre elegância, cuidados com a casa, beleza, economia, entre outros e continuam atualíssimos. No livro são quase 300 textos, organizados por Aparecida Nunes, especialista na obra de Clarice. Confira alguns.

Impossível? A maioria das coisas “impossíveis” são impossíveis apenas porque não foram tentadas. Quanta coisa você não faz apenas por timidez ou medo... Você já experimentou pintar paredes? Pois, acredite ou não, não é necessário tirar “curso” (só um curso de “confiançaem-si-mesma” ajudaria, pois

confiança é o que lhe falta). A tinta, você compra. O pincel, também. A parede, você tem. E duas mãos também. Por incrível que pareça, você é dona dos instrumentos necessários. O que falta mais? Um pouco de ousadia e vontade de se divertir. (E de economizar.)

O “preto” sempre elegante Os vestidos pretos não caem de moda. Continuam representando o que há de chique e distinto em tailleurs, em blusas ou saias, e em toaletes noturnas. O vestido preto decotado, porém, apesar de elegantíssimo, continua privilégio das reuniões noturnas. Usá-lo durante o dia, em lugares mais próprios para roupa esporte, é gafe.

É seu “Sejam vocês mesmas! Estudem cuidadosamente o que há de positivo ou negativo na sua pessoa e tirem partido disso. A mulher inteligente tira partido até dos pontos negativos. Uma boca demasiadamente rasgada, uns olhos pequenos, um nariz não muito correto

podem servir para marcar o seu tipo e torná-lo mais atraente. Desde que seja seu mesmo.”

Seu andar… Ao andar, mantenha a cabeça erguida, os ombros nivelados, para trás, ventre encolhido. Evite dar passos muito largos ou muito curtos. Os pés para frente. Evite andar com as pernas duras ou afastadas. Ao pisar, pouse primeiro o calcanhar sobre o solo. Um porte elegante é importantíssimo para uma mulher que deseja ser bonita.”

O cantinho alegre A beleza de uma casa está nos detalhes. Há donas de casa que têm o dom de criar “cantinhos”. É como se elas desdobrassem a própria personalidade e espalhassem graça. Olham uma parede vazia – e daí a pouco a imaginação começa a trabalhar, a “encher” aquele trecho inexpressivo da casa. Em breve temos o que passa a ser “um cantinho”. Essa parede alegre, por exemplo, pode ser na cozinha, no banheiro, ou no quarto. Pode-se fazer uma parede “viver”- sem

usar quadros propriamente ditos. Objetos bem distribuídos também são pictóricos.

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Negócios

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Trocando experiências e gerando negócios

8 de março Mulher...

Há cinco anos na ativa desde que foi reestruturado, o Núcleo da Mulher Empreendedora (Numea) da Acibalc, de Balneário Camboriú, reúne empresárias, profissionais autônomas e liberais para trocar experiências como forma de crescimento. “Independente da profissão, os problemas se assemelham, então juntas conseguimos encontrar soluções, além de gerarmos negócios entre nós”, disse a coordenadora Sirlei Dalmasio. São feitas reuniões quinzenais e o grupo também participa como convidado de encontros em outros núcleos, é grande parceiro de Itapema e Blumenau por exemplo. “É legal porque somos pequenos grupos, que vão se somando e formando um grande grupo no

estado inteiro e isso nos fortalece bastante no sentido de aprimoramento pessoal e profissional”, comemora Sirlei. Durante as reuniões de planejamento são definidas metas a cumprir durante o ano. Em 2010 por exemplo, existe a idéia de trazer novas associadas; integrar Camboriú, que já faz parte do Núcleo mas tem uma participação tímida; realizar palestras, entre outros projetos. Nesse domingo o Numea promove um passeio ciclístico para marcar a data e até a prefeita de Camboriú, Luzia Mathias, confirmou participação. Haverá uma integração na Praça das Figueiras, no município vizinho e na praça Tamandaré. A saída é às 10h

da frente da loja Ciclo Sport.

Nova Câmara No dia 8 de março a Câmara de Dirigentes Lojistas promove, às 15h, um chá em sua sede, com palestra de Elias Santana com o tema “O Resgate das Rosas”. Na ocasião será lançada a Câmara da Mulher Empresária, um novo segmento dentro da entidade a fim de promover ações sociais e em prol do comércio e das empresas. A posse da diretoria, formada por 12 associadas, deve acontecer no dia 25 de março e a coordenadora será Rosemari Tomazoni, atual vice presidente da CDL.

LUZIA

Que traz beleza e luz aos dias mais difíceis Que divide sua alma em duas Mulher Para carregar tamanha sensibilidade e força Que ama incondicionalmente Que ganha o mundo com sua coragem Que se arruma, se perfuma Que traz paixão no olhar Que vence o cansaço

Mulher,

Que luta pelos seus ideais, Que dá a vida pela sua família

Mulher

Que chora e que ri Mulher que sonha... Tantas Mulheres, belezas únicas, vivas, Cheias de mistérios e encanto! Mulheres que deveriam ser lembradas, amadas, admiradas todos os dias... Para você, Mulher tão especial...

Rua 3198, 123 - esq. com Rua 3144 | Fone 3366-4343 Av. do Estado 1837 . pavilhão 04 | Fone 3367-2244


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Saúde

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Prevenção é a palavra-chave O Núcleo de Atenção à Mulher (NAM) promove segundafeira (8) durante manhã e tarde na praça Tamandaré uma mobilização sobre a importância de se fazer regularmente o exame ginecológico papanicolau, que detecta uma série de doenças, entre elas, o HPV, transmitido sexualmente e responsável pela maioria dos casos de câncer de colo de útero. A coordenadora do NAM, Dalni Pereira, surpreende ao dizer que o número de mulheres contaminadas pelo HPV é muito grande, “não pára de crescer e o foco da doença está entre os 14 e 25 anos, por isso a gente bate tanto na tecla da prevenção, se fazer o exame preventivo uma vez ao ano”. O vírus HPV pode ficar incubado por anos ou manifestar-se rapidamente, é silencioso e a mulher sequer percebe a evolução para um possível câncer. “E muitas delas, que já descobriram e estão em tratamento com a gente, passam a faltar, não fazem direito.

O câncer de colo de útero é o único que tem 100% de

c h a nc e de cura, se a mulher descobrir precocemente e tratar corretamente, ela sobrevive”, esclareceu a coordenadora.

HIV: maioria delas têm parceiros fixos As estatísticas assustam. O número de mulheres contaminadas pelo vírus da aids em Balneário Camboriú também é crescente, enquanto o número de homens estabilizou. “Hoje,

a proporção é de 1x1, no início da epidemia aqui, em 88, muito mais homens se contaminavam, eram usuários de drogas injetáveis e homossexuais”, diz Evandro Alves, coordenador do CISS (Centro Integrado de Solidariedade e Saúde) que acredita que esse estigma criado, de doença de homossexuais e drogados, tenha feito com que muitas mulheres se descuidassem. Segundo ele, a maioria das mulheres que atualmente se contaminam, mantém relações fixas, estão em idade fértil, 18 a 40 anos; além de estar aumentando gradativamente a contaminação na Terceira Idade. O coordenador diz que entre as adolescentes não há número significativo de contaminação. “O que não significa que elas se cuidem sempre, existe aquela história, se apaixona e deixa de usar. Mas a doença ainda não se disseminou entre essa faixa etária das mais jovens”, finalizou Evandro. Por isso, é sempre importante ressaltar que o diálogo e a educação

Sejamos apenas aquilo que quisermos ser, independentemente do que venham a dizer...

Sou mulher...

E você?...

O NUMEA saúda as mulheres de todos os tempos.


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Casa

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Arquitetas aventuram-se no design Por Marcelo Lima

(AE) Arquitetura e design. Ainda hoje, o tema desperta controvérsias nos círculos mais puristas. Afinal, estariam - ou não - os arquitetos aptos a desenvolver projetos de produtos? “Não se trata apenas de uma questão de escala, como se convencionou falar. Arquitetos podem desenhar produtos interessantes e a história está cheia de exemplos. Mas o risco de se escorregar no formalismo está sempre presente”, alerta a designer e curadora Adriana Adam, ex-aluna da Escola Superior de Desenho Industrial (Esdi),

no Rio, instituição que lançou as bases do desenho moderno nacional. No entender da designer, que tem destacada atuação em praticamente todos os elos do sistema design, da criação ao ponto de venda, arquitetos costumam desenhar de fora para dentro. Entre os designers, ao menos na teoria, o processo se dá no sentido inverso. “Como método, partimos de um programa e de um conhecimento mais aprofundado dos materiais. Só então chegamos à forma final”, considera. Nos últimos anos, coube à espanhola Patricia Urquiola,

Produtos falam a língua do “ambientalmente correto”

Para a arquiteta Helena Viscomi, o interesse pela sustentabilidade precede o próprio design. Fortemente vinculados às suas matérias-primas e a seu processo de obtenção, seus produtos falam, antes de mais nada, a língua do ambientalmente correto. “Parto sempre do material, mas me preocupo também com a forma como ele foi obtido, transportado e finalmente aplicado na construção dos objetos”, pondera a designer de interiores que, nos últimos tempos, vem se dedicando à criação de um banco de dados de alcance nacional. Nele, fornecedores, processadores e associações de artesãos estão cuidadosamente catalogados. “Meu maior desejo é colocar todo esse conhecimento a serviço da indústria.” - O projeto de produtos é mais ou menos complexo que o de interiores? HELENA VISCOMI - Em se tratando de um objeto de design, é essencial que a peça fale por si só, diferentemente da arquitetura de interiores, onde é a combinação de diversas variáveis que determina o resultado. O que interessa em um ambiente é o todo, enquanto o projeto de design tem maior autonomia. No projeto de arquitetura, o design entra como uma parte do todo, mas, enquanto objeto, deve valer unicamente. Ser relevante, útil e, ao mesmo tempo, atraente, sem se prender a questões de estilo. - E quais matérias-primas mais atraem você? HELENA VISCOMI - Antes de mais nada, as sustentáveis; são elas que me inspiram. Na verdade, nos dias de hoje, não consigo mais desvincular uma coisa da outra. Me interesso por materiais oriundos do reúso, da reciclagem. É um campo que oferece amplas possibilidades e nele me fascinam todas as etapas da cadeia: da análise à seleção da matéria-prima; da produção ao transporte. Afinal, nunca se sabe: o produto final pode tomar forma em qualquer desses estágios. - O que você está desenvolvendo no momento? HELENA VISCOMI - Uma linha de objetos feitos de restos de pele de ovelha, que até então eram descartados pela indústria do couro. Trata-se de um material rico, organicamente falando. Possui uma bela textura, além de uma transparência única quando atravessado pela luz. Foram essas as qualidades que explorei na criação de minhas peças: móveis, que sem serem luminárias, também incorporam a luz. E luminárias, que sem serem móveis, foram construídas na escala deles.

designer e arquiteta, colocar mais lenha na fogueira, deslocando o foco de discussão para outra órbita: as arquitetas e o design. Reinando soberanas em um campo de atividade onde a presença masculina é dominante, Patricia e a iraquiana Zaha Hadid - também arquiteta - são hoje estrelas de peso na brilhante constelação do design internacional. Legítimas representantes de uma linhagem de arquitetas que se voltaram para o design, que inclui a francesa Charlotte Perriand, assistente de Le Corbusier em sua célebre chaise

longue, e Lina Bo Bardi. Patricia tem se notabilizado por uma leitura mais emotiva e menos racional do design. Partindo de um desenho rigoroso, na melhor tradição milanesa, sabe incorporar sensualidade às suas criações. “Se essa for a síntese do feminino aplicado ao design, que assim seja”, provoca a crítica italiana Cristina Morozzi. “Quando trabalho, não penso em termos femininos ou masculinos. Com meu professor Achille Castiglioni aprendi ver as coisas sem preconceito”, rebate Patricia. É, portanto, imbuído da curio-

sidade de mapear essa criação dita feminina, que a reportagem se lança por um território ainda pouco explorado, apresentando produtos criados por arquitetas que também se aventuraram no universo do design. Cheias de entusiasmo, elas apresentam agora suas primeiras coleções. Objetos que, por certo, não almejam a unanimidade. Transitam do protótipo à produção industrial, sem grandes traumas, e que, apesar de sua diversidade, compartilham o desejo de materializar idéias para não deixar que elas se dissipem.

Coração “bate mais forte” por máquinas e equipamentos Filha de um industrial da área têxtil, Patricia Anastassiadis não esconde que, em se tratando de design, seu coração bate mais forte pelo reino das máquinas e equipamentos. “Acho que está no sangue”, brinca. “Gosto mesmo de linha de produção, de maquinário. De conhecer o timing de cada segmento e, na medida do possível, introduzir novos processos e materiais.” Para ela, as especificidades técnicas e os estudos de posicionamento de mercado não se constituem limitações. Ao contrário: inspiram. - De onde vem a inspiração do seu design? PATRICIA ANASTASSIADIS - Meus interesses são múltiplos. Partem da arquitetura e dos interiores que, para mim, são complementares. Mas meu raio de ação é amplo: me interesso por filosofia, antropologia, artes e processos industriais. Aliás, acho que foi isso que me possibilitou atuar mais na indústria. Enquanto no artesanato a concepção e realização de uma peça ficam a cargo de uma só pessoa, na indústria a criação é coletiva. - Quais foram as suas experiências na área? PATRICIA ANASTASSIADIS - Há oito anos tive a chance de desenhar minha primeira linha de cerâmicas. O trabalho me motivou tanto que abri a Anastassiadis Conceitos, voltada para a criação de produtos. Desde então, já desenvolvi acessórios para armários, para banheiros e alguns lustres. Este ano, trabalho em dois novos segmentos (ainda em segredo).

- Como foi interferir no desenho de um ícone como a batedeira da KitchenAid? PATRICIA ANASTASSIADIS - Um prazer e uma honra. Gosto de cozinhar e o objeto sempre foi mesmo um ícone para mim. A ideia foi realizar

um resgate da feminilidade. Por isso, optei por uma tonalidade lilás que evoca o feminino, o delicado. Além disso, ela vem com um colar de contas Swarovski. Ou seja, mais feminina, impossível.


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Casa

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Linha tênue entre as especialidades “O interesse pelo design é algo intrínseco a mim”, diz arquiteta Quando menina, ela chegou a pintar seu gato de azul. Também decorava sabonetes e revestia bandejas de alumínio com tecidos e as submetia a camadas de cola, até que, impermeabilizadas, se tornassem aptas para o uso na praia. “As amigas da minha mãe foram minhas primeiras clientes, durante os intervalos de jogos de tranca no clube Paulistano”, diverte-se. Irreverentes - mas sempre delicadas -, as criações da hoje arquiteta Brunete Fraccaroli conservam o frescor de seus primeiros anos. “O interesse pelo design é algo intrínseco a mim”. - O que existe de comum entre um projeto de interiores e um de produto assinados por você? BRUNETE FRACCAROLI - A linha é muito tênue. Dedico-me aos dois com o mesmo entusiasmo. Talvez o projeto de interiores permita uma maior liberdade de ação, já que no caso de produtos industrializados temos de saber o que o mercado exige e trabalhar nesse sentido. No mais, eles são executados dentro dos mesmos critérios dos meus projetos de arquitetura e trazem sempre minhas marcas: a cor e o brilho. - Como essas duas características aparecem em seus trabalhos? BRUNETE FRACCAROLI - Como nos meus interiores, quem me procura já tem em mente esse tipo de abordagem. Gosto de todas as cores, incluindo o branco. Acho que elas são um recurso poderoso. Com o brilho acontece a mesma coisa. Melhor ainda quando ele parte de uma matéria-prima naturalmente reflexiva, como a prata e os espelhos. Gosto também da transparência do vidro e do acrílico. - Já desenhou quais tipos de objetos? BRUNETE FRACCAROLI - Estou sempre desenhando. Desde pequena. E a lista não para de crescer. Comecei por desenhar uma linha de acessórios de prata; uma coisa bem “boudoir”, com espelhos, bules e caixinhas. Depois criei uma linha de panelas coloridas e, finalmente, minhas jóias. No segmento de decoração, já desenhei tapetes, camas e até cinzeiros. E também bancos de acrílico para a Brunete Essencial, grife que leva meu nome e meu estilo.

DIA INTERNACIONAL DA MULHER Parabéns mulheres, misto de alegria, força, e determinação


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Agenda

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Programação para elas Saúde Na próxima segunda-feira (08), das 9h às 12h e das 14h às 18h, a Secretaria da Saúde através do Núcleo de Atenção a Mulher (NAM) promove ação na Praça Almirante Tamandaré com a intenção de conscientizar as mulheres sobre a prevenção do câncer de colo de útero e de mama. Haverá entrega de brindes e material informativo.

Diversos

De bike Passeio ciclístico, nesse domingo, organizado pelo Numea/ Acibalc para celebrar o dia da mulher. O passeio, aberto a toda a família, sai da

4ª Avenida, em frente à Ciclo Sports, às 8h30, segue em direção a Camboriú e retorna para Balneário, até a Praça Almirante Tamandaré, onde haverá sorteio de brindes.

Mulher... Que traz beleza e luz aos dias mais difíceis. Que ganha o mundo com sua coragem Que luta pelos seus ideais, Que dá a vida pela sua família. Que vence o cansaço. Que chora e que ri Que ama incondicionalmente Que traz paixão no olhar Mulher que sonha ...

palestras, aulas de axé, curso de auto-maquiagem entre outras. Confira: Segunda, 18h30, Palestra: Mulher, Pioneirismo e Liderança; Terça, 16h, Aula de Axé; 17h, Aula de Culinária; 18h, palestra Comportamento Social – Beth Nielsen; 19h palestra Direitos da Mulher com Leda Regina Kob – Psicóloga Policial; 20h Curso de Automaquiagem. Quarta, às 16h, Aula de Power Jump; 17h, Aula de Artesanato de Páscoa; 18h, palestra

O BC Shopping terá uma semana de programação para mulheres, que inicia hoje com um desfile da Beach Boutique às 17h. Nos outros dias especialistas ministrarão workshops de gastronomia, cuidados pessoais e até mecânica. Confira: Segunda, às 15h, Preparo da pele e maquiagem para o dia; às 19h, Menu para todos os momentos, praticidade com sofisticação. Terça, às 15h, Valorização de Ambientes; às 19h, Coquetéis. Quarta, às 15h, Podologia: seus pés são saudáveis?; às 19h, Cozinha sem complicação. Quinta às 15h, Curso básico de mecânica para mulheres; às 19h, Sobremesa light. Sexta às 15h, Corpos que cantam, encantam e contam histórias; às 19h, Pequenas delícias de festa. Sábado às 15h, Estética: o verão acabou, e a sua pele?; às 19h, Festa rápida: deliciosos pratos em 30 minutos.

A equipe Gui Presentes Relojoaria e Ótica deseja a todas as mulheres um maravilhoso dia Internacional da Mulher.

Diversos 2 O Itajaí Shopping terá atividades de segunda a sexta voltadas ao público feminino, com

Av. Brasil, nº 1854 - Centro (47) 3367 0285

08 de

março

dia internacional da mulher

Mulheres, personalidades honradíssimas Temos nós, orgulho em tê-las. Mãe, amada, irmã... amiguíssimas Impossível não percebê-las. Desde as meigas, às extremistas, Não há quem possa vencê-las. Como mãe, semeia esperança Como irmã, espalha fervor Se esposa, há perseverança Se sofrida, nos causa dor Se trabalhadora, emite confiança, Mas em tudo, cultiva amor. Mulher, símbolo da vida, Imagem da perfeição. Tantas vezes abatida Por causa da traição De alguém que, "enlouquecida" Entregou seu coração.

Tantas Mulheres, belezas, únicas, vivas, Cheias de mistérios e encanto! Mulheres que deveriam ser lembradas, amadas, admiradas todos os dias...

Para você, Mulher tão especial Parabéns!

Vereador Hannibal

“Corpos que cantam, encantam e contam histórias”; 19h Curso Básico de Mecânica Automotiva para Mulheres. Quinta, 16h, Aula de Axé; 17h Curso de Automaquiagem; 18h, palestra “Reiki: A sinergia da sua vida”; 19h, Curso de Penteados; 20h, Curso de Automaquiagem. Sexta, 16h Aula de Power Jump; 17h, Aula de Culinária; 18h, Curso de Automaquiagem; 19h, Palestra: tema Sensualidade.

Policia Civil de Santa Catarina Delegacia de Proteção a Mulher de Balneário Camboriú

Com palavras vim demonstrar, Da humanidade a gratidão, Tu mereces compartilhar De toda realização, Pois está sempre a participar Do que enaltece uma nação. Independente do nome Que você recebeu, É a maior demonstração De beleza, garra, amor.... fé. Por tudo isso você conquistou O Dia Internacional da Mulher.


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delimadesign.com.br

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Frente para o mar

8 de Março Dia Internacional da Mulher

APARTAMENTO

Open shopping Hotel resort Boulevard

Apartamentos de frente para o mar Suíte master com hidromassagem e closet Sala de estar e jantar integradas

ÁREA DE LAZER Piscinas

Academia

Spa

Salão de beleza

Sala de massagem

Salão de festas

Ofurô

Espaço gourmet

Planejamento e Desenvolvimento:

Central de Vendas: Entre Balneário Camboriú e Itajaí. Rod. Osvaldo Reis, nº 3685. Praia Brava - SC - Brasil

(47) 3360.0101 | www.bravabeach.com.br Incorporação Brava Beach Internacional. Incorporação devidamente registrada no 1º Ofício de Registro de Imóveis de Itajaí, sob nº R-13-10.574.

De acordo com a lei nº 4591/64, informamos que as ilustrações contidas neste material possuem apenas caráter ilustrativo e de sugestão. Os imóveis, assim como alguns materiais de acabamento representados nas ilustrações e plantas, não constituem parte integrante do contrato. O apartamento será entregue conforme indicado no memorial descritivo podendo haver modificação do projeto estrutural sem aviso prévio.

Para as mulheres


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