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ELMIRO SANTOS RESENDE | REITOR Formado em Medicina pela UFU, com mestrado e doutorado em Cardiologia pela USP. É professor, em regime de dedicação exclusiva - DE, e atua nos cursos de Graduação em Medicina e Pós-graduação em Ciências da Saúde. É coordenador do serviço de Cardiologia do Hospital de Clínicas, do Laboratório de Medicina Experimental e do Centro de Pesquisas Clínicas da UFU. Coordena também o polo de Telessaúde, desenvolvendo ações de teleconsultas em Atenção Básica à saúde para mais de 600 municípios mineiros. É um pesquisador conhecido, nacional e internacionalmente, por seus estudos em captação, processamento e transmissão de sinais elétricos celulares aplicados a sistemas de telemedicina. Reúne também uma grande experiência na administração da UFU: foi chefe do Departamento de Clínica Média, coordenador do curso de Medicina, vice-diretor do Centro de Ciências Biomédicas e vice-reitor da UFU, no período de 2004 a 2008.

ÉTICA, AUTONOMIA E COMPROMISSO DEMOCRÁTICO.


EDUARDO NUNES GUIMARÃES | VICE-REITOR Formado em Ciências Econômicas pela UFU, é mestre em Economia pela UFMG, doutor, pela UNICAMP e pós-doutor, pela Universidade de Sussex, na Inglaterra. É docente do Instituto de Economia, em regime de dedicação exclusiva - DE, atuando nas áreas de Teoria Econômica e Planejamento Regional e Urbano. Como pesquisador na área da Economia, desenvolve pesquisas em desenvolvimento regional e urbano, políticas públicas e sociais com ênfase em infraestrutura logística de integração, rede urbana brasileira, regionalização e políticas habitacionais. Por duas vezes, foi coordenador de curso de Ciências Econômicas e exerceu o cargo de Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFU, entre 2004 e 2008. Nessas oportunidades, participou ativamente dos estudos sobre as condições de expansão de cursos e vagas de graduação e pós-graduação na UFU. Foi o coordenador geral e o responsável pela implantação do Núcleo de Inovação Tecnológica da UFU e Diretoria de Propriedade Intelectual e Inovação (Agência Intelecto) e trabalhou em prol do fortalecimento de grupos de pesquisa na UFU, com destaque para os grupos interdisciplinares e para a ampliação e melhoria dos laboratórios de pesquisa.

PESSOAS EM PRIMEIRO LUGAR!


O SONHO DE UMA UNIVERSIDADE DEMOCRÁTICA É POSSÍVEL! Neste ano de 2012 em que a Universidade Federal de Uberlândia – UFU realiza a eleição para Reitor, a Comunidade Universitária mobiliza-se e se organiza para participar de uma das mais importantes formas de expressão coletiva do exercício da cidadania, da democracia e da autonomia administrativa: a escolha consciente e livre do dirigente que conduzirá a Universidade no cumprimento histórico das suas funções. Diante deste contexto de evidentes expectativas para todas as pessoas, apresentamos a candidatura do Professor Elmiro Santos Resende, para Reitor, que, dentre outras atividades relevantes, teve oportunidade de exercer as funções de diretor do Hospital de Clínicas e de Vice-reitor da UFU. E, para Vice-reitor, a candidatura do Professor Eduardo Nunes Guimarães que, além de ter se formado nesta Universidade e participado como discente do movimento estudantil, é professor e pesquisador, tendo a oportunidade de exercer as funções de coordenador de curso e pró-reitor de pesquisa e pós-graduação. Na atualidade, vivemos em um mundo profundamente influenciado pelas múltiplas faces do conhecimento e da informação que se disseminam e se ampliam em contextos permeados por grandes transformações, contradições e conflitos de natureza econômica, política, social e cultural. No caso específico do Brasil, é reconhecido que, apesar da crise atual do capitalismo mundial, o Estado vem realizando esforços para superar a pobreza e a exclusão, assim como ampliar o sistema educacional em todos os níveis de ensino. No que diz respeito ao Ensino Superior, não sem grandes dificuldades, o país segue implementando uma forte política dirigida para a expansão de vagas de cursos de graduação e pós-graduação, em Instituições públicas, que visa proporcionar a ampliação da participação da sociedade nesse nível do ensino e, consequentemente, aumento da oferta de ensino e favorecimento do desenvolvimento da pesquisa e da extensão. Embora essa política seja bem vinda, a sua execução tem provocado preocupações e gerado expectativas em relação à confirmação da universidade como espaço autônomo, livre e apropriado para a realização de um trabalho acadêmico e administrativo de qualidade que integre docentes, discentes, técnico-administrativos e comunidade em geral, expressando a vontade coletiva e a ética. ELMIRO REITOR - EDUARDO VICE WWW.ELMIROREITOR.COM.BR

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Inserida nesse cenário de mudanças que exige atenção para as práticas democráticas, pode-se observar, entretanto, que, no modo de sua gestão, a UFU vem sofrendo períodos de descontinuidades e retrocessos que podem ser notados pela quebra de valores e de compromissos universitários, afetando, sensivelmente, a instituição e sua comunidade. Como consequência da quebra desses valores e compromissos, nós nos deparamos, no cotidiano da Instituição, com práticas autoritárias, burocratizadas e desumanas. O resultado visível dessa situação é a banalização, a debilidade do diálogo institucional e a falta de transparência administrativa, que promovem o individualismo, o isolamento, o desânimo para o trabalho, os adoecimentos, a desconfiança e as discriminações, evidenciando uma realidade adversa em relação à construção da Universidade que defendemos. É importante ressaltar que, contrariamente a esse tipo inadequado de gestão, a UFU já vivenciou, ao longo da sua historia, administrações que souberam contribuir com significativos avanços de desenvolvimento institucional, promovendo ativamente a prática do debate democrático, do respeito e da valorização humana, de acordo com os princípios de um projeto de universidade, gratuita e de qualidade, socialmente referenciada no público. O Professor Elmiro Santos Resende, além de participar ativamente desses momentos de avanços democráticos institucionais, é reconhecido, na comunidade, tanto por sua prática ética, política e humanista, quanto por: seu compromisso político, sua competência, experiência acadêmica, administrativa e profissional. Do mesmo modo e de forma complementar, o Professor Eduardo Nunes Guimarães seja como egresso, seja como docente desta Universidade, participou ativamente tanto dos processos de redemocratização do país, quanto da construção de uma Universidade autônoma, democrática e comprometida com o ensino gratuito e de qualidade, com pesquisas inovadoras e com o papel de transformação social, desempenhado por esta instituição pública. Nesse sentido, a Carta Programa que apresentamos com as candidaturas de Elmiro Santos Resende - Reitor e de Eduardo Nunes Guimarães - Vice Reitor encontrase ancorada em valores e compromissos democráticos, revelando as diretrizes e um conjunto de propostas que visam, em essência, promover a construção de um espaço verdadeiramente acadêmico e administrativo, que respeite e valorize as pessoas e seu trabalho.

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VALORES E COMPROMISSOS PÚBLICOS Promoção da Cidadania Compromisso com a valorização das pessoas da comunidade universitária e da sociedade em geral, bem como de seu trabalho e direito à participação livre de assédios e perseguições. Excelência acadêmica Compromisso com a qualidade e a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Valorização da pesquisa e da extensão de alta qualidade, voltadas para os interesses sociais, em consonância com a atual Constituição Federal. Bem público a serviço do Brasil Compromisso com a educação pública, gratuita, inclusiva e de qualidade, nos âmbitos local, regional, nacional e internacional. Gestão democrática, dialógica e participativa Compromisso com o diálogo e com a transparência administrativa na construção da universidade ética e solidária. Universidade Inclusiva, promotora da Diversidade Cultural Compromisso com a inclusão social, com a luta pela superação de discriminações, intolerâncias e qualquer tipo de preconceito: social, racial/étnico e sexual, em relação ao gênero, ao corpo, às deficiências físicas e mentais, à religião, à nacionalidade e ao idoso. Exercício pleno da autonomia universitária Compromisso com o projeto de universidade livre para o desenvolvimento das gestões: administrativa, financeira, didático-pedagógica e científica. É nosso compromisso defender, também, nos fóruns locais e nacionais, uma autonomia que, dentre outros aspectos, assegure às IFES a escolha de seu projeto de universidade e dos seus dirigentes, garantindo ao mesmo tempo, a responsabilidade do Estado com o financiamento destas instituições.

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DIRETRIZES DE GESTÃO Reconstruir e fortalecer a prática da democracia nos processos de gestão administrativa e acadêmica e potenciar a satisfação das necessidades humanas dentro de um contexto de desenvolvimento sustentável da instituição. Fomentar e valorizar a participação coletiva, o debate, o diálogo e o trabalho das pessoas e confirmar a comunidade universitária como protagonista das transformações e do desenvolvimento da UFU. Criar e consolidar espaços de acolhida, convivência e formação cidadã das pessoas que estudam e trabalham na instituição e ampliar o exercício da solidariedade, da reflexão e do respeito. Promover a vida cultural, esportiva e de lazer da comunidade universitária e contribuir, seja direta ou indiretamente, para a melhoria da sua qualidade de vida. Lutar pela ampliação do quadro de servidores e proporcionar melhorias das condições de trabalho na UFU e nas Fundações de Apoio. Combater o produtivismo inócuo que nos transforma em pessoas estressadas, medicadas e desanimadas e promover a compreensão e o desenvolvimento da consciência crítica sobre esse problema que aliena e submete as pessoas. Consolidar a pesquisa, revitalizar o ensino, qualificar a extensão e garantir aos estudantes, assistência, aprendizado, formação cidadã e preparação não só para o trabalho, mas também para a vida em sociedade. Buscar soluções criativas, valorizar a experiência, incentivar a inovação, promover a consciência cidadã e manter a UFU socialmente referenciada em suas ações. Implementar políticas públicas de inclusão social e de respeito à diversidade cultural, contribuir para a superação do preconceito, da intolerância e da discriminação e, afirmar os direitos humanos e da cidadania, a convivência democrática e a igualdade social.

PROPOSTAS DE AÇÕES Os desafios a enfrentar, o detalhamento das ações e as metas a alcançar são elementos que compõem o Plano de Gestão, documento orientador da administração e funcionamento da Instituição, aberto à construção coletiva. Nesta Carta Programa, reafirmamos o compromisso democrático de construção e gestão coletiva da Universidade, envolvendo efetivamente as pessoas da comunidade universitária e da sociedade em geral, na construção da UFU como um bem público a serviço da nação.

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ENSINO: solidez, relevância e significação social A UFU é um patrimônio social, um bem de valor cultural cuja posse é coletiva. Ela pertence ao público, e o desfrute dessa riqueza diz respeito a todos os cidadãos, sem exceção. Como lugar da produção, socialização e colocação em prática dos saberes e da formação de pessoas, a UFU se alimenta da pluralidade de ideias, da diversidade cultural, da heterogeneidade social, das expectativas e demandas internas e externas, tornando-se capaz de incitar os ânimos na concretização de uma sociedade mais justa. A dimensão social e pública da UFU, que reconhecemos como o essencial de suas funções, exige, portanto, a confirmação de compromissos históricos com o ensino de qualidade, ensino inovador e crítico, que conflui para uma formação competente e ética. Não temos dúvidas de que a articulação ensino-pesquisa-extensão seja o caminho a seguir, pois à medida que se integra ao conhecimento específico, produzido pela pesquisa e às necessidades das comunidades capturadas pelas atividades de extensão, o ensino ganha em solidez, relevância e significação social. As peculiaridades da educação superior, na modalidade presencial e a distância, a educação básica e a educação profissional, todas, aqui na UFU, ofertadas em um mesmo cenário acadêmico ampliam nossas experiências e compreensão da realidade educacional, mas igualmente nos impõem muitos desafios. Trata-se, portanto de promover, estimular e apoiar projetos e ações que visem ao aperfeiçoamento e integração das atividades fins e das experiências das pessoas, de modo a elevar o grau de comprometimento social da UFU com a sociedade brasileira. >> PRINCIPAIS PROPOSTAS: Qualificação do ensino e da gestão pedagógica dos cursos • Revigorar a prática da reflexão e do diálogo institucional sobre questões relacionadas ao ensino, proporcionando aos professores, estudantes e gestores dos cursos os subsídios para a definição das políticas educacionais institucionais. • Consolidar e ampliar os Programas de bolsas institucionais, nacionais ou de âmbito internacional, a exemplo dos Programas PBG, PET, PIBIC, PIBID, PIBEX, Monitoria e Estágio Acadêmico e mobilidade estudantil. • Promover junto com a PROEX e a PROPP estudos, debates e trocas de experiências de nível nacional e internacional, que articulem o ensino com a extensão e a pesquisa, como forma de promover criticamente a ampliação da formação da comunidade discente. • Realizar junto com a PROEX, estudos e trocas de experiências docentes de nível nacional e internacional,

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relacionadas com a criação de componentes curriculares dos cursos de graduação diretamente vinculados a projetos extensionistas. Fomentar e apoiar ações que fortaleçam os Órgãos Suplementares e os Complementares como espaços de formação e de articulação ensino-pesquisa-extensão, assistência, comunicação e divulgação das artes e das culturas. Ampliar, valorizar e consolidar as ações de Educação a Distância. Dar sequência efetiva aos resultados das avaliações sobre o ensino de graduação, apontados nos instrumentos de avaliação institucional interna e externa, valorizando as conquistas e corrigindo as fragilidades. Aperfeiçoar as estratégias e os mecanismos da Avaliação Institucional.

Infraestrutura e gestão administrativa dos cursos • Fortalecer e ampliar o apoio institucional e a infraestrutura das Coordenações de Curso. • Criar, nos campi fora de sede, estruturas autônomas de gestão administrativa na área do Ensino. • Melhorar a infraestrutura (laboratórios, salas de professores, bibliotecas, etc) dos cursos de graduação, especialmente aqueles criados no âmbito dos programas de expansão. • Avaliar e acompanhar a implementação das Normas Acadêmicas e o Sistema de Gerenciamento de Ensino (SIE), buscando propostas coerentes e eficientes para o desenvolvimento e acompanhamento dos trabalhos acadêmicos. Ações inclusivas • Fortalecer e ampliar ações inclusivas de acesso, acessibilidade, permanência e conclusão dos estudos, de modo a garantir o processo de formação de todos os estudantes. • Desenvolver políticas voltadas para a capacitação de técnicos administrativos e de docentes para a realização do trabalho educacional junto a pessoas com deficiência. • Assegurar as adaptações metodológicas, curriculares e de material pedagógico necessárias para a ampliação das possibilidades de aprendizagem e de aproveitamento dos conteúdos pelos estudantes com deficiências. • Envidar esforços voltados para ampliar o número de Intérpretes de LIBRAS, efetivamente contratado, que auxiliem alunos e professores surdos no desenvolvimento de suas atividades. • Apoiar ações do Centro de Ensino, Pesquisa, Extensão e Atendimento em Educação Especial – CEPAE. • Assegurar o debate e o encaminhamento de medidas institucionais para o adequado atendimento das Leis 10.639/03 e 11.645/08, que tornam obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. • Manter a instituição em sintonia com as demandas da sociedade e com o debate nacional sobre a política de cotas no preenchimento de vagas, com o objetivo de elaborar propostas concretas a serem apreciadas pelos Conselhos Superiores. • Apoiar as ações do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros – NEAB relacionadas com a incorporação dos estudos étnico-raciais nos cursos de graduação, de acordo com a legislação em vigor. Aperfeiçoamento dos currículos • Estimular a revisão dos currículos dos cursos de graduação nos aspectos relacionados às ações que promovam a inserção social e a formação crítica dos estudantes. • Desenvolver e apoiar e projetos acadêmicos que promovam a articulação interdisciplinar de saberes e práticas que estejam em consonância com os desafios e demandas sociais da atualidade.

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• Desenvolver estudos para identificar mecanismos e estratégias de desenvolvimento dos estágios acadêmicos, garantindo que a experiência de inserção no trabalho esteja em conformidade com os princípios de formação e a legislação em vigor. • Desenvolvimento da docência • Apoiar ações institucionais voltadas para o desenvolvimento pessoal e profissional dos docentes junto com a Pró-reitoria de Recursos Humanos. • Acolher as dificuldades didáticas de professores, proporcionando-lhes oportunidades de estudos e trocas de experiências, em um movimento solidário de reelaboração de saberes sobre o trabalho docente na Universidade. • Condições de aprendizagem • Promover a melhoria das condições de aprendizagem para os alunos com dificuldades, buscando aumentar os índices de sucesso nos estudos. • Desenvolver estudos e fomentar a discussão sobre a criação de espaços e de oportunidades de revisão de conteúdos a fim de que estudantes que não obtiverem média mínima tenham chance de reavaliação. • Desenvolver ações e estratégias para desenvolvimento efetivo do ensino e o amparo ao estudante em regime especial de aprendizagem. • Apoiar ações dos Colegiados de Curso relacionadas ao acompanhamento, permanência e conclusão dos estudos dos estudantes, em especial daqueles vinculados às ações inclusivas. Articulação entre os níveis de ensino • Promover e fortalecer a integração entre os diferentes níveis e modalidades de ensino existentes na UFU sem perda dos padrões de qualidade. • Promover a articulação entre educação superior, educação básica e profissional no âmbito da UFU, estabelecendo relações que aproximem as diferentes instâncias institucionais no desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão. • Ampliar e consolidar, nos diferentes campi avançados, as relações da UFU com os demais sistemas de ensino público, aproximando a universidade da realidade educacional local e regional. • Desenvolver as ações voltadas para o desenvolvimento e fortalecimento do processo de formação de professores. • Fortalecer parcerias com as redes públicas de ensino, ampliando os espaços de formação e as oportunidades para trocas de experiências. • Estimular a inserção de demandas originadas da ESEBA e ESTES, nos editais para o desenvolvimento do ensino, da pesquisa e da extensão.

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PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO: QUALIDADE E REFERÊNCIA A formação de profissionais qualificados, as descobertas científicas, a geração de inovações tecnológicas, a produção de novos conhecimentos são tarefas, essenciais da Universidade, que não podem atender interesses fragmentados e particulares, situados em poucos setores da sociedade. Estas, ao contrário, devem atender às prioridades de um amplo espectro de problemas sociais, incluindo o aumento da riqueza e a diminuição da concentração de renda, a superação da dependência tecnológica, o controle social da violência, o bloqueio da deterioração do meio ambiente, dentre tantos outros problemas graves, ao mesmo tempo em que se conquistam as condições essenciais da cidadania. Nesse sentido, a pesquisa e a pós-graduação, na UFU, estarão em consonância com os objetivos dos grandes desafios nacionais e será gerida através de editais abertos e públicos de estímulo e apoio ao desenvolvimento de ações estratégicas. >> PRINCIPAIS PROPOSTAS: Pós-Graduação • Estimular e articular, na UFU, a proposição de oferta de novos cursos em áreas do conhecimento inovadoras, a fim de atender às novas demandas da sociedade. • Criar condições que permitam expandir o número de vagas oferecidas pela UFU e implantar uma política de divulgação nacional dos programas de pós-graduação. • Implantar uma política de apoio e orientação aos programas para o desenvolvimento de ações que melhorem seus indicadores nacionais. • Desenvolver um programa especial de apoio, acompanhamento e suporte voltado aos novos programas de pósgraduação e em processos de consolidação. • Investir na melhoria da infraestrutura, a fim de ampliar o desenvolvimento da pesquisa em cursos de Pós-Graduação. • Criar condições para a realização de estágio pós-doutoral no exterior e intensificar intercâmbios internacionais de docentes e discentes da Pós-Graduação. • Fortalecer os convênios e vínculos internacionais. • Realizar seminários para discussão e debates entre os Coordenadores de cursos de Pós-Graduação, com a participação de convidados externos, onde se possa refletir e trocar experiências que possibilitem a melhoria dos nossos programas. • Restabelecer a política de apoio aos recém-doutores por meio de editais. • Reestruturar a secretaria geral da pós-graduação, proporcionando maior suporte aos diversos programas tais como: serviço de tradução, padronização do edital de seleção, modelo de proposta de criação de cursos novos, padronização da ata de defesa, apoio Coleta de Dados, controle de bolsas das agências de fomento e atendimentos aos coordenadores e secretários, apoio aos programas PEC-PG e PDSE.

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• Ampliar as possibilidades de qualificação de docentes e técnicos administrativos, por meio dos programas MINTER (acadêmico e profissional) e DINTER. Pesquisa • Criar centros de pesquisa multiusuários, em áreas inovadoras, com instalação de equipamentos de grande porte; • Apoiar o incremento quantitativo e qualitativo da produção científica e tecnológica da UFU, bem como ressaltar seu papel de Instituição produtora de conhecimento. • Ampliar a visibilidade nacional e internacional da produção científica e tecnológica da UFU, criando uma Revista Eletrônica de divulgação dessa produção. • Estimular, por meio de uma política própria, o aumento do número de trabalhos publicados em revistas indexadas internacionalmente, incluindo as despesas com publicações em periódicos de ponta. • Estimular a captação de recursos destinados às atividades de pesquisa, por meio da criação de uma central de projetos na agência de inovação e proteção intelectual (Agência Intelecto). • Estimular a elaboração e coordenar a execução de uma política de apoio à formação de redes interinstitucionais de pesquisa. • Interagir com agências financiadoras, empresas e pesquisadores, para auxiliar na elaboração de propostas de financiamento de projetos de pesquisa. • Restabelecer a política de apoio institucional à pesquisa por meio de editais como: RECÉM-DOUTOR, PRÓEQUIPAMENTOS e PRÓ-INFRAESTRUTURA. • Fortalecer e ampliar o apoio à realização de eventos, com foco no desenvolvimento e na melhoria da pesquisa e da pós-graduação. • Aperfeiçoar a infraestrutura de apoio às atividades de redação e de tradução de trabalhos científicos. • Aumentar o número de bolsas de Iniciação Científica e redefinir critérios de distribuição entre as diversas áreas do conhecimento. • Desenvolver ações que fortaleçam a Agência Intelecto, criando dotação orçamentária específica e estimulando a inovação e a proteção do conhecimento científico. • Aperfeiçoar o processo de participação e tomada de decisões nos editais do CT-INFRA; • Criar um programa de apoio a compra de pequenos equipamentos e reforma de laboratórios de pesquisa.

EXTENSÃO, CULTURA E ASSUNTOS ESTUDANTIS A partir das ações desenvolvidas pela PROEX, principalmente durante a década dos anos 2000, com a implantação da Política Nacional de Extensão Universitária em 2003 e do Plano Nacional de Assistência Estudantil no ano de 2008, a UFU ampliou as áreas de extensão, assistência estudantil e das culturas. Nessa conjuntura, a UFU teve oportunidade de alocar progressivamente uma maior quantidade de recursos financei-

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ros oriundos do governo federal, aspecto este que garantiu a institucionalização, o fortalecimento e a consequente valorização da extensão no campo das atividades acadêmicas, assim como ampliar as ações provenientes das políticas implementadas nos âmbitos das Diretorias de Culturas e de Assuntos Estudantis. Como resultado desse processo, observamos na atualidade, por um lado, uma diversificação das ações da PROEX e, por outro, a afirmação de especificidades de gestão inerentes a cada uma de suas Diretorias. Situação esta que implica repensar e atualizar os mecanismos administrativos vigentes para atender, com maior eficiência e eficácia, as crescentes demandas da extensão, das culturas e dos assuntos estudantis, nos campi de Uberlândia e região. Nesse sentido, com base nos princípios da ética, do compromisso democrático, do respeito à autonomia, do serviço público, da inter e transdiciplinaridade, da indissociabilidade do ensino, da pesquisa, da extensão e das diversidades culturais, apresentamos as seguintes propostas de gestão: PRINCIPAIS PROPOSTAS Extensão universitária • Criar estruturas de gestão administrativa da área de Extensão, autônomas nos campi fora de sede da Universidade. • Criar, fortalecer e ampliar o apoio e a infraestrutura das Coordenações de Extensão, nas unidades acadêmicas. • Avaliar o Sistema de Informações de Extensão – SIEX, junto à comunidade, visando a diminuição de possíveis entraves burocráticos, bem como a sua atualização na busca do atendimento às demandas da comunidade e da instituição. • Consolidar os Centros da PROEX, bem como os demais setores ligados à extensão e culturas, tais como a Casa de Cultura Graça do Axé, buscando a ampliação de ações multi e interdisciplinares entre as diversas unidades acadêmicas da instituição e a comunidade externa. • Instituir, em parceria com a PROPP, um programa de iniciação à extensão universitária em articulação direta com a produção de conhecimento científico. • Formular e implementar um programa de extensão voltado para a criação e desenvolvimento de tecnologia social. • Ampliar a ação extensionista e cultural em articulação com o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros – NEAB/UFU, as unidades acadêmicas, escolas públicas e os movimentos negros e de gênero, visando ampliar e consolidar os eixos de raça/etnia e gênero na sociedade. • Criar uma Central de Projetos de Extensão e Culturas voltados para a obtenção de recursos destinados a apoiar as iniciativas extensionistas e culturais da comunidade universitária. • Retomar e ampliar, em parceria com a comunidade externa, os Cursinhos Alternativos. • Ampliar a interlocução da UFU com a comunidade externa, visando ao desenvolvimento de projetos e programas que atendam às demandas sociais, culturais e tecnológicas nos âmbitos do combate a exclusão, discriminação e pobreza. • Ampliar e integrar as ações extensionistas direcionadas ao tratamento e difusão dos direitos humanos contando com a parceria efetiva das entidades, movimentos sociais, Poder Judiciário e a Assessoria Jurídica popular da UFU. • Ampliar a participação da comunidade na produção de programas radiofônicos e televisivos com suas veiculações na RTU-UFU em articulação com as unidades acadêmicas.

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Assuntos estudantis • Criar estruturas de gestão administrativa dos assuntos estudantis, autônomas nos campi fora de sede da Universidade. • Ampliar a infraestrutura física e de pessoal (psicólogos, assistentes sociais, dentre outros profissionais) destinada ao atendimento dos estudantes de baixa renda socioeconômica. • Criar o sistema de transporte Intercampi gratuito. • Instituir o programa de Auxílio Creche para os filhos dos estudantes de baixa renda socioeconômica da universidade. • Elaborar e implementar um projeto de ampliação e adequação dos RU´s de acordo com as demandas dos campi universitários. • Garantir a qualidade das refeições do RU com preços acessíveis à comunidade. • Viabilizar a ampliação dos horários de funcionamento do RU, bem como sua utilização nos finais de semana. • Lutar, junto aos governos federal e municipal, para criação de restaurantes populares que atendam, também, os estudantes da universidade. • Debater democraticamente com a comunidade as condições de funcionamento e uso da moradia estudantil. • Implementar um programa de auxilio instrumental para estudantes de baixa renda socioeconômica. • Implementar programas de treinamento desportivo permanente com apoio médico e psicológico, para os atletas que disputam os campeonatos estaduais e nacionais, representando a Universidade. • Implementar um programa de financiamento da estadia dos atletas das equipes que representam a UFU, em competições esportivas regionais e nacionais. • Criar um calendário regular de atividades de lazer e esportes universitários; • Realizar as olimpíadas universitárias integrando alunos dos diversos campi e apoiar a prática desportiva dos diversos segmentos da universidade. Cultura • Criar estruturas de gestão administrativa da área de culturas, autônomas nos campi fora de sede da Universidade. • Viabilizar estrutura física para realização de eventos culturais (palco, banheiros, som, iluminação etc.) e condições de segurança para eventos culturais e esportivos promovidos pela universidade. • Incentivar a participação da comunidade universitária na elaboração de projetos artísticos e culturais em parceria com a comunidade externa. • Construir novos projetos e analisar os projetos universitários, artísticos e culturais [com possibilidade de redimensionamentos], observando-se os interesses da comunidade de referência ou as demandas artísticas e culturais levantadas nessa interlocução com as referidas comunidades. • Incentivar o uso e o desenvolvimento das mídias de comunicação tais como rádio, TV, Web e materiais impressos, como ferramentas para o processo crítico e criativo da cultura. • Institucionalizar o Coral e a orquestra da UFU, fomentando o cultivo à arte coral brasileira e universal, instituindo um programa de bolsa-artista. • Ampliar a Rede de Museus da UFU, fortalecendo-a como canal de difusão das culturas, de mediação, qualificação e cooperação mútua. • Promover ações de criação e de preservação do patrimônio cultural, bem como divulgação dos acervos dos museus, centros de documentações, dentre outros. • Dar ampla visibilidade à política de cultura da UFU e seus respectivos programas de (1) apoio à criação e divulELMIRO REITOR - EDUARDO VICE WWW.ELMIROREITOR.COM.BR

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gação da cultura, de (2) defesa, conservação, guarda e difusão dos bens patrimoniais, universitários e comunitários e da (3) organização à atuação plena no campo da cultura. Adotar a inclusão digital no uso e desenvolvimento das mídias de comunicação tais como rádio, TV, Web, como formas de socialização e como ferramentas para o processo crítico-criativo da cultura. Consolidar ações educativas-culturais em projetos e programas permanentes, ultrapassando a característica de entretenimento eventual. Agir em prol da construção do intercâmbio de ações culturais entre os campi da UFU. Criar projetos em rede cultural com as IFES da região sudeste do FORPROEX para ser um canal aberto ao diálogo entre as universidades públicas.

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO INSTITUCIONAL Em consequência dos projetos expansionistas iniciados em 2006, com a criação do campus de Ituiutaba, em 2008, com o Plano de Reestruturação das Universidades Federais – REUNI e, mais recentemente, os campi de Monte Carmelo e Patos de Minas, a UFU vem-se consolidando como instituição de inserção regional. Com uma estrutura diversificada e, cada vez mais complexa, deve basear suas atividades acadêmicas e administrativas e não menos as financeiras, em modelos de planejamento de conteúdo integrado e participativo. Para atingir a eficácia desejada, propomos desenvolver procedimentos que integrem a instituição por completo, ampliando e consolidando uma sistemática de planejamento global que inclua adoção de mecanismos de acompanhamento e controle da execução orçamentária, com a devida flexibilidade e transparência. Para elaboração de um plano orçamentário amplo é necessário, não só dar início a um processo de planejamento no âmbito das Unidades Acadêmicas e Administrativas, com a devida antecedência, mas ainda, conhecer melhor os custos indiretos dessas unidades. Isso, certamente, exige que se considere, no plano orçamentário, também as unidades que ainda não se constituem como unidades orçamentárias. Para desencadear um processo de planejamento estratégico para o próximo período – 2016 a 2021 -, e que envolva toda a Instituição, propomos promover um amplo debate que, tendo sempre no horizonte, as grandes metas e ações que constam do PIDE em vigência, nos oriente para a incorporação dos planejamentos feitos pelas diversas Unidades que compõem a estrutura da UFU. Propomos, ainda, o desenvolvimento e implantação de um sistema interativo que integre todos os níveis, acadêmicos e administrativos, naquilo que entendemos como um “sistema integrado de planejamento e gestão”.

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>> PRINCIPAIS PROPOSTAS: • Executar o PIDE em vigência, de forma transparente, incorporando um acompanhamento de avaliação do cumprimento das metas e ações nele estabelecidas, tendo em vista o pleno desenvolvimento das políticas de ensino, pesquisa, extensão, culturas e assuntos estudantis. • Instituir um sistema de planejamento integrado que permita as Unidades Acadêmicas e Administrativas apresentarem e acompanharem a execução do seu planejamento estratégico, com base nos parâmetros e metas do PIDE. • Implantar processo democrático e participativo para elaboração do PIDE para 2016 – 2021. • Discutir, previamente, e dar visibilidade à execução do orçamento interno da UFU. • Discutir e rever a matriz de distribuição dos recursos financeiros de OCC, à luz da nova realidade de expansão da UFU. • Reavaliar a estrutura atual de organização e gestão dos campi fora da sede, visando à consolidação do processo de expansão. • Aprovar, no início do mandato, o Plano de Gestão. •

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO: OLHAR PARA O FUTURO O Brasil e a UFU vêm mudando. As mudanças ora parecem lentas, ora apresentam-se como verdadeiras revoluções. A Tecnologia da Informação – TI é uma realidade internacional e vem sendo implantada em cada metro quadrado da Universidade e no Governo Federal. A retomada do crescimento econômico, promovida pelo Governo Lula e continuada pela Presidente Dilma, tornou o Brasil um dos quatro países (BRIC) no mundo de maior potencialidade para investimentos. Catalisado pelo desempenho econômico e por ações sociais inovadoras, foram criadas as condições para uma atualização da infraestrutura do país por inteiro. As perguntas que podemos fazer são: como estamos em termos de infraestrutura de TI na UFU? O que necessitamos para um horizonte de curto e médio prazo? Como podemos estimular as competências que já temos para nos mantermos atualizados e, ainda, desenvolver domínios para o futuro? Como garantir o cotidiano sem limitar os grandes desafios específicos de um campo de pesquisa que demanda tecnologias e infraestrutura destacada de TI? Em qualquer nível de governança é sempre muito desafiador apontar caminhos e ações para o campo da TI. Para uma instituição de ensino superior que também desenvolve pesquisas de forma tão diversificada, permeando todos os campos do conhecimento, este desafio torna-se maior, uma vez que ela também deve estar na fronteira desse

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conhecimento e ser propositora de novas tecnologias. Ao mesmo tempo, o nosso usuário, por mais simples que seja a sua atividade, faz uso constante de ferramentas e infraestrutura de TI que devem estar disponíveis em tempo integral e com desempenho adequado. Muito além de um componente com foco meramente competitivo, as administrações corporativas progridem na sua visão sobre os serviços de TI, crescendo a compreensão de que esta atividade possui relevância marcada nas ações de transparência da atividade administrativa, na facilitação de acessos à informação e serviços, e acima de tudo, ao elemento de governança para seus gestores. O investimento em TI é sempre um recurso de alto valor agregado e, portanto, deve ser administrado para promover a melhoria de oportunidades de serviços, a simplificação do cotidiano administrativo da institucional e facilitação das atividades específicas de ensino, pesquisa e extensão. Esta é nossa visão e nosso foco para uma gestão que se propõe inovadora, autônoma e participativa. Orientações para a ação À medida que governos e administrações progridem, na sua visão sobre os serviços de TI, cresce a compreensão de que esta atividade tem relevância marcada nas ações de transparência da atividade administrativa, na facilitação dos acessos a informações e serviços e, acima de tudo, elemento de governança para seus gestores. Reafirmamos nossa posição de trabalhar em prol do progresso institucional, procurando escolher os Sistemas de informação que ao mesmo tempo sejam construídos com foco no atendimento ao serviço e integrados para eliminar o retrabalho, bem como permitam o tratamento democrático e transparente da informação. >>PRINCIPAIS PROPOSTAS • Trabalhar em sintonia com os Projetos Nacionais de TI, elaborados e conduzidos pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e pelo Colégio de Gestores de Tecnologia da Informação /ANDIFES. • Orientar as atividades do CTI/UFU com a Coordenação Geral de TI da UFU, elaborando projetos de interesse coletivo e institucional. • Participar do Colégio de Gestores de TI das ANDIFES, levando os problemas nacionais de TI a este foro e construindo a solução com a ANDIFES. • Estruturar o CTI para que possa atender com qualidade todas as unidades acadêmicas e administrativas da Universidade, na sede e nos Campi avançados. • Garantir que os Sistemas de Informação estejam disponíveis para auxiliar os vários órgãos e unidades da Universidade no cumprimento da missão da UFU de modo eficaz e humano. • Implantar rede de wirelles (campus digital) na universidade em todos os seus campi. • Ampliar o link de comunicação entre a UFU com a rede Ipê; • Interligar os Campis de Ituiutaba, Monte Carmelo e Patos de Minas ao PoP-MG da RNP; • Ampliar o uso de serviços da RNP como, por exemplo: Conferência Web, ICPEdu, Internet Data Center, Telepresença, Videoaula@RNP, Videoconferência e Vídeo sob demanda. • Consolidar a participação em redes de pesquisa nacionais. • Ampliar os serviços de TI oferecidos à comunidade UFU através do uso de Cloud Computing. • Oferecer área remota para armazenamento de dados com backup integrado. • Implantar serviços de groupware e alterar o modelo de comunicação baseado em papéis para um baseado em

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• •

documentos eletrônicos. Implantar uma infraestrutura de chaves pública institucional dentro do contexto da Infraestrutura de Chaves Públicas de Ensino e Pesquisa (ICPEdu) da RNP/MCT, a fim de ampliar a segurança em todos os acessos, garantindo autenticidade e não repúdio nas operações realizadas. Implantar um backbone da UFU baseado em IPv6, de forma que todos os equipamentos possam ser unicamente identificados, ampliando mais uma vez a segurança nas operações e permitindo a diferenciação dos serviços conforme a necessidade. Implantar um serviço de VPN e com isso permitir à comunidade universitária acesso à rede UFU a partir de qualquer computador conectado à Internet. Oferecer ferramentas de CMS (Content Management Systems) para a para criação de sites e blogs a todos os segmentos da UFU.

RECURSOS HUMANOS: HUMANIZAR AS RELAÇÕES DE TRABALHO Construir políticas inovadoras de recursos humanos que incentivem os servidores a assumirem um papel verdadeiramente ativo e crítico em suas formulações para a Universidade, constitui-se em pressuposto à medida que, é no trabalho que as pessoas buscam sua identidade com sentido individual e social, possibilitando, além do provimento à subsistência, a criação de significados para sua própria existência. A compreensão do trabalho, na vida das pessoas, permitirá a percepção de motivações e visões, embasando o desenvolvimento de novas práticas de gestão de pessoas. Assim sendo, é necessário transformar o quadro atual de submissão para se alcançar níveis de participação verdadeira nos processos desenvolvidos, implementando uma política de recursos humanos centrada no desenvolvimento das pessoas e no crescimento da Universidade, com total adesão aos princípios éticos que regem o trabalho com seres humanos. “Nossos recursos são humanos”. Essa concepção orientará todo nosso trabalho: o homem trabalhador é também o homem pai, mãe, esposo, esposa, filho, filha. Assim, a política de recursos humanos a ser desenvolvida será orientada por uma visão holística do “ser humano”, buscando compreendê-lo em toda a sua complexidade. O desenvolvimento de relações fraternas será estimulado permanentemente no ambiente de trabalho, criando condições para a construção coletiva, com base na liberdade de expressão, na solidariedade, no respeito às diferenças e no comprometimento com as finalidades da Universidade.

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>> PRINCIPAIS PROPOSTAS: • Realizar plenárias anuais para planejamento, acompanhamento e avaliação da política em desenvolvimento, de acordo com a legislação vigente. • Implementar o processo de desenvolvimento de pessoal em consonância com o planejamento de cada equipe de trabalho, de forma a melhorar as possibilidades de alcance de metas coletivamente definidas. • Desenvolver um plano de capacitação permanente, de modo que os servidores participem de atividades planejadas com o objetivo de melhorar o desempenho pessoal e institucional. • Melhorar o atendimento e a assistência à saúde dos servidores, redefinindo o papel do Núcleo de Atenção e Assistência à Saúde do Servidor (NAASS) com expansão e descentralização de seus serviços, consolidando a boa assistência nos diversos campi. • Criar unidades de atendimento e assistência à saúde, equipadas com farmácias para primeiro socorros nos campi. • Renegociar o contrato com a operadora do plano de saúde suplementar, indicando ajustes necessários e incluindo as especificidades dos campi avançados. • Instituir um programa de apoio aos servidores portadores de doenças crônicas que ameaçam a vida e seus familiares. • Expandir os programas de apoio aos servidores com familiares portadores de dependência química de álcool e outras drogas. • Acompanhar e orientar os novos servidores de forma a facilitar sua adaptação ao novo ambiente de trabalho. • Criar um programa institucional de apoio à qualificação dos servidores com bolsas para a participação em cursos de graduação, mestrado (acadêmico e profissional) e doutorado. • Discutir, com toda comunidade universitária, de maneira democrática e orientada pelos dispositivos legais, as formas de controle da jornada de trabalho, garantindo a eficiência e qualidade dos serviços prestados pela Instituição. • Criar secretarias gerais da administração superior nos campi avançados. • Instituir um programa de gestão da força de trabalho, considerando o perfil, as competências do servidor e necessidades das Unidades, com ampla divulgação de todo o processo. • Rever a terceirização da força de trabalho, considerando as atividades realizadas no âmbito da Universidade que são prerrogativas de servidores públicos. Sobre o regime de 30 horas: Defendemos a luta histórica dos trabalhadores pela redução da jornada de trabalho, sem redução dos salários, sem prejuízo das condições de trabalho e da qualidade dos serviços prestados à sociedade. Comprometemos–nos com atuação efetiva, em âmbito institucional e nacional, para a busca de condições da implantação da jornada de trabalho de 30 horas para todos os servidores, concretizando um projeto construído com ampla participação da comunidade universitária.

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OS ESPAÇOS FÍSICOS: ACESSIBILIDADE E SUSTENTABILIDADE Consideramos imperiosa a necessidade de administrar o crescimento físico da UFU pautados em projetos e ações economicamente viáveis, ecologicamente sustentáveis, socialmente justas e com garantia de acessibilidade. A tecnologia hoje disponível nos permite trabalhar com um rol considerável de bens, técnicas e serviços ambientalmente amigáveis, voltados para a redução do impacto ambiental e social. Para incorporar o conceito de sustentabilidade no cotidiano da UFU é preciso que tais técnicas, bens e serviços sejam implantados, num horizonte de curto a médio prazos, enquanto se aprofunda, pari passu, o conceito de sustentabilidade. Nosso programa de gestão visa garantir uma prestação de serviços com eficiência, qualidade e a agilidade necessária ao bom funcionamento da Universidade, acompanhado de uma política permanente de supervisão e avaliação destes serviços. Buscamos ainda, o fortalecimento dos espaços de convivência, de integração e de sociabilidade. >>PRINCIPAIS PROPOSTAS • Criar subprefeituras nos campi avançados com o objetivo de desburocratizar e descentralizar a tomada de decisões, garantindo a eficiência, agilidade e qualidade nos serviços prestados pela PREFE. • Aprimorar o sistema de gestão e execução dos serviços prestados pela PREFE, garantindo o acompanhamento e a avaliação efetiva pelos usuários. • Aprimorar o sistema informatizado de solicitação e atendimento na PREFE visando agilidade e eficiência na prestação de serviço. • Rever e propor novo organograma da PREFE de forma a compatibilizar as suas atividades com a estrutura existente. • Coordenar, de forma participativa: a revisão do Plano Diretor Físico (Campi Santa Mônica, Umuarama e Educação Física); a consolidação do Plano Diretor do Campus do Glória e a elaboração Plano Diretor Físico para os demais Campi da UFU; • Garantir a participação dos usuários na elaboração de projetos de ampliação e/ou reforma dos seus espaços de trabalho (salas, laboratórios, etc). • Estimular o uso dos espaços livres dos campi, ampliando a área verde e a oferta de novos serviços (revistaria, livraria, lanchonete, farmácia, atendimento bancário, etc) de forma a propiciar a interação e a convivência da comunidade universitária.

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• Formular diagnósticos com o objetivo de reestruturar e adequar os espaços para estacionamento de veículos (carros, bicicletas, motos, etc). • Buscar alternativas para diminuir a poluição visual nos campi, garantindo a liberdade de expressão e informação. • Promover um serviço de segurança patrimonial, pautado no respeito às pessoas e no caráter educativo e preventivo, buscando a valorização e preservação do patrimônio público e garantindo livre acesso para o desenvolvimento das atividades, na instituição. • Viabilizar a implantação de um sistema de transporte interligando Campus Santa Mônica, Campus Umuarama, Campus Educação Física, Campus Glória e Moradia Estudantil. • Reestruturar e adequar os espaços físicos da universidade, pautados no princípio da sustentabilidade e acessibilidade. • Criar um programa de voluntariado do meio ambiente e sustentabilidade. • Reestruturar o sistema de coleta seletiva de lixo, em parceria com cooperativas e associações de catadores, visando o processo de reciclagem e reaproveitamento do lixo. • Ampliar e reestruturar o sistema de sinalização e identificação dos blocos e setores em todos os campi. • Implantar projetos de manutenção preventiva, predial e de instalações. • Implantar programa de controle da qualidade da água potável, consumida na Universidade. • Elaborar projeto para diagnosticar o perfil de utilização de energia elétrica e de água, visando adoção de medidas de uso racional destes recursos. • Fiscalizar e monitorar a qualidade dos alimentos e bebidas servidos nos campi. • Criar espaços de convivência, prática desportiva e manifestações artísticas e culturais nos campi avançados. • Fazer o aproveitamento das águas pluviais. • Fazer tratamento de esgoto das novas edificações, in situ ou por afastamento (ETE públicas); • Não lançar o esgoto bruto nas coleções hídricas, mas implantar uma política que aponte para um tratamento adequado deste dejetos; • Adotar processo de compra de bens e serviços ambientalmente amigáveis com certificação. • Inventariar processos, métodos e técnicas em não conformidade com os preceitos de sustentabilidade. • Instalar Pontos de Entrega Voluntários - PEVs - de resíduos sólidos nos Campi •

FUNDAÇÕES DE APOIO Considerando as particularidades históricas da UFU é importante destacar que a vocação específica de cada fundação de apoio seja claramente delineada, que as ações destas sejam circunscritas aos objetivos maiores da Universidade e que haja transparência em sua gestão. As atividades de prestação de serviços e de extensão realizadas através dos hospitais, das fazendas, das unidades acadêmicas e órgãos complementares, implicam duas condições fundamentais: a discussão e a definição de critérios que as balizem e um relacionamento transparente e eficaz com as fundações de apoio. Também não se pode

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menosprezar o serviço gratuito prestado pela UFU à Comunidade, que deve ser resguardado com amplos dividendos sociais. A utilização de todas as Fundações de Apoio ligadas à UFU deve passar pela discussão de um projeto institucional mais amplo, condicionando-as a uma concepção de planejamento e a construção de visões e propostas estratégicas de desenvolvimento da instituição, não se permitindo que interesses corporativos e individuais prevaleçam na definição de seus objetivos. >>PRINCIPAIS PROPOSTAS: • Dar, aos Conselhos Superiores da UFU, pleno conhecimento das atividades e prestação de contas das Fundações de Apoio, inclusive elegendo prioridades para os gastos dos recursos por elas captados, sem perder de vista suas particularidades e objetivos estatutariamente estabelecidos. • Resgatar as vocações específicas de cada uma das Fundações de Apoio, assim como os procedimentos de gestão, em conformidade com seus Estatutos. • Democratizar e renovar a composição dos Conselhos Curadores das Fundações. • Manter atualizado o credenciamento da FUNDAP como fundação de apoio à UFU junto ao Ministério da Educação.

FAZENDAS EXPERIMENTAIS E ESTAÇÃO ECOLÓGICA DO PANGA No que se refere às fazendas experimentais, defendemos que a definição e a organização das atividades técnicas sejam viabilizadas, coordenadas e dirigidas pelas Diretorias de Experimentação e Produção Vegetal (DIRPV) e Animal (DIREA), órgãos da Reitoria/UFU, em consonância com as Unidades Acadêmicas demandantes. Deste modo, garantiremos a manutenção das fazendas experimentais como ambientes adequados para as atividades de ensino, pesquisa, extensão, consolidando esses espaços como verdadeiras “unidades de demonstração e aprendizagem”. De forma similar propomos que a coordenação e organização das atividades técnicas na estação do PANGA estejam vinculadas ao INBIO. De modo semelhante ao que propomos para todas as unidades orçamentárias da UFU, esses espaços experimentais tenham seus planejamentos específicos, alinhados com os planos das Unidades Acadêmicas vinculadas e com o plano de desenvolvimento institucional.

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>> PRINCIPAIS PROPOSTAS: • Dotar as Diretorias das Fazendas com orçamento próprio, em decorrência de um planejamento específico, garantindo as atividades de ensino e a infraestrutura para a pesquisa acadêmica e a extensão universitária; • Valorizar, dentre as atividades desenvolvidas nas Fazendas Experimentais e a estação ecológica do Panga, as ações de ensino, pesquisa e extensão, consolidando esses espaços como unidades de aprendizagem e formação. • Manter a reposição e atualização dos equipamentos e máquinas para proporcionar a segurança nas condições de trabalho e o cumprimento das funções e objetivos institucionais destas unidades. • Garantir a manutenção predial, das instalações elétricas e hidráulicas, dos aceros nos limites territoriais e, proporcionar meios para manutenção continuada das máquinas e equipamentos disponíveis nas fazendas e estação ecológica do Panga. • Consultar as Unidades Acadêmicas afins (ICIAG e FAMEV) nos processos de indicação dos diretores de fazendas (DIRPV e DIREA).

HOSPITAL DE CLÍNICAS Na condição de entidades prestadoras de serviços modelares como os Hospitais-Escola, interface entre Universidades e comunidades, os Hospitais Universitários – HUs - ganham a mídia como elemento central do fogo cruzado entre as crises do SUS e da Universidade. Como reflexo dessa crise, fomos levados a buscar explicações e soluções fáceis para problemas complexos, como a criação da EBSERH, a ampliação do orçamento mediante a venda de serviços privados individuais, convênios com planos e seguros de saúde e outras entidades privadas. Há ainda os que sugerem que o Hospital de Clínicas da UFU deva, progressivamente, abandonar sua destinação assistencial para assumir somente a função acadêmica, esquecendo-se de que ele fora concebido e criado justamente sobre o princípio da articulação entre ambas as dimensões: assistencial e acadêmica. Entendemos que a sua expressiva capacidade de atendimento à população e o fato de se constituir em local de implementação das políticas públicas de saúde, converte o Hospital de Clínicas da UFU em um espaço privilegiado de formação profissional e de desenvolvimento da pesquisa nas áreas da saúde e áreas correlatas. Especificamente, não aceitamos a contratação da EBSERH, na forma como está apresentada, porque: • Compromete os interesses acadêmicos e administrativos; • Não garante melhoria nos serviços de saúde prestados á comunidade; • Não garante melhorias nas condições de trabalho

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• Compromete a política de recursos humanos, gerando conflitos entre os distintos regimes de trabalho. • Entendemos que a resolução dos problemas de gestão do Hospital de Clinicas envolve desafios que demandam esforços e ações em nível nacional, como: • Ampliar o financiamento público (SUS mais Orçamento da União); • Promover a adequada dimensão dos recursos humanos (novas contratações pelo RJU), acompanhada de planejamento que promova uma transição entre os modelos de contratação. >> PRINCIPAIS PROPOSTAS: • Promover eleições diretas para a direção do Hospital de Clínicas. • Atuar efetivamente na garantia da qualidade dos serviços prestados pelos hospitais universitários, pautados na melhoria das condições de trabalho, relacionamentos interpessoais, (dimensão humana). • Aprofundar o processo participativo de elaboração do Planejamento estratégico do Hospital das Clínicas. • Procurar novas fontes de financiamento e redução do custo no atendimento ao paciente, por meio da otimização das ações técnicas e administrativas. • Discutir, nas várias instâncias de poder, objetivando a busca de recursos financeiros necessários à compra, à atualização e à substituição dos equipamentos hospitalares, adequando os serviços às novas tecnologias existentes. • Prestar assistência de qualidade, em todos os níveis de atenção à saúde, valorizando o processo educativo e o auto-cuidado do paciente, promovendo a desospitalização e reservando as internações aos processos de maior complexidade. • Proporcionar uma infraestrutura favorável ao trabalho de equipes multiprofissionais e à integração ensinoserviço, garantindo o enfoque epidemiológico no planejamento do ensino, da pesquisa e da assistência à saúde. • Aprofundar o levantamento da saúde ocupacional dos trabalhadores do HC, visando medidas de biosegurança, prevenção de riscos biológicos, físicos, químicos e ergonômicos. • Organizar a documentação, mantendo atualizadas todas as rotinas hospitalares, incluindo as condutas médicas. • Definir indicadores apropriados para o acompanhamento da qualidade dos serviços prestados e sua conformidade com as necessidades dos usuários. • Utilizar um sistema consistente de processamento da informação, que disponibilize informações de diversas fontes, garantindo às equipes e aos profissionais em formação, o substrato para uma sólida base de conhecimentos. • Capacitar os profissionais que trabalham no Hospital de Clínicas para que possam atuar com eficácia na solução de problemas, utilizando abordagem gerencial. • Promover a interligação entre todos os setores do Hospital de Clínicas. • Promover o atendimento humanizado e seguro das pessoas que buscam o atendimento no HC. • Aprimorar o projeto de gerenciamento de resíduos sólidos no HC.

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HOPITAL VETERINÁRIO O Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia (HVU) é um órgão suplementar, ligado a Reitoria, que deve ser considerado como referência no ensino, pesquisa e extensão. As ações do HVU também o levam a ser considerado um exemplo de prestação de serviços na área de Medicina Veterinária à comunidade local e regional. Com o processo de expansão da UFU, sinaliza-se com a possibilidade da transferência das atividades dos Cursos de Medicina Veterinária e Zootecnia da FAMEV para o Campus do Glória. Nesse processo de migração, será preciso providenciar uma infraestrutura capaz de oferecer condições ideais de funcionamento de uma nova unidade hospitalar, de complexidade suficiente, para abrigar novos setores de especialidades veterinárias como: hemodiálise, imaginologia, cardiologia, etc. Há se discutir, portanto, como priorizar investimentos em infraestrutura física e aquisição de equipamentos estratégicos, sem comprometer recursos financeiros com gastos inapropriados e de vida útil reduzida. Entendemos que estas questões devem ser discutidas em um fórum qualificado e com a participação efetiva da comunidade envolvida, qual seja da Faculdade de Medicina Veterinária. Para tanto, propomos: >> PRINCIPAIS PROPOSTAS: • Organizar, estimular e garantir o debate com a comunidade envolvida no HVU, para definir as condições de transferência do HVU e da FAMEV para o Campus do Glória; • Valorizar, dentre as atividades desenvolvidas no HVU, as ações de ensino, pesquisa e extensão, consolidando esses espaços como unidades de aprendizagem e de formação profissional. • Dotar o HVU de orçamento específico para o desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão. • Garantir a manutenção predial, das instalações elétricas e hidráulicas e proporcionar meios para manutenção continuada das máquinas e equipamentos da UFU disponíveis no HVU. • Consultar FAMEV no processo de escolha e indicação do Diretor Administrativo do HVU.

BIBLIOTECAS Faz-se urgente e necessária a implementação de uma política orçamentária que contemple a renovação, atualização e complementação do acervo das Bibliotecas dos campi da UFU, não somente pela da defasagem do acervo que afeta diversos cursos, mas fundamentalmente, pela escassez de títulos relacionados aos cursos mais recentemente implantados, os quais encontram-se em situação de precariedade com relação à assistência ao corpo discente, situação que também interfere no desenvolvimento da comunidade acadêmica.

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Para além do acervo é necessário que se amplie e melhore o espaço físico reservado às bibliotecas nos campi. O espaço atual já não comporta mais a nova dimensão UFU, reconfigurada a partir da implantação do REUNI. A questão da atualização tecnológica decorrente da novas formas de difusão do livro, da iteratividade crescente entre o usuário e o acervo, das novas tecnologias disponíveis de armazenamento e gestão de informações bibliográficas e afins impõe a necessidade de se ter uma política permanente de modernização tecnológica das nossas bibliotecas. Mas a modernização e a eficiência tecnológica só podem ser atingidas se os nossos recursos humanos estiverem motivados, adequadamente dimensionados, preparados e qualificados para tanto. Entendemos que esta é uma questão central na implantação das nossas ações para as bibliotecas da UFU. Dados estes pressupostos básicos propomos como ações no âmbito das bibliotecas: >> PRINCIPAIS PROPOSTAS: • Reformar e ampliar os prédios das bibliotecas do Campus Santa Mônica e do Campus Umuarama tendo em vista a nova realidade da expansão da UFU e as necessidades de cursos específicos. • Construir bibliotecas modernas nos demais campi da UFU. • Criar no âmbito da DIRBI, um centro de incubação e testes de novas tecnologias para a troca e empréstimo de material informacional (e-books, leitores de livros digitais, armazenamento em nuvens, etc.). • Criar no âmbito da DIRBI um espaço dedicado ao treinamento e pesquisa em bases nacionais e internacionais de patentes. • Implantar um programa de atualização continuada das tecnologias de gestão do sistema de bibliotecas. • Ampliar e modernizar o sistema de segurança das bibliotecas. • Oferecer melhores condições de funcionamento das bibliotecas dos campi, concebendo-as como espaços de frequência dos discentes e pesquisadores e ofertando suporte à pesquisa especializada. • Acelerar o processo de catalogação e registro das novas aquisições da biblioteca, possibilitando seu acesso ao público em tempo ágil. • Estudar e implementar mecanismos de ampliação do horário de funcionamento da biblioteca, particularmente no período noturno e finais de semana. • Participar pró-ativamente de programas de integração entre Universidade e comunidade. • Implantar e ampliar recursos de apoio em TI.

COMUNICAÇÃO SOCIAL A política de comunicação da universidade deve ser orientada para uma apropriação popular de seus meios de forma a facilitar a ponte entre as comunidades interna e externa. A comunicação pode também constituir-se em uma instância de aprendizagem, pois, se praticada com ética, pode provocar uma tendência favorável à participação de todos, dar maior sentido ao trabalho executado, favorecer a credibilidade dos dirigentes, fomentar a responsabilidade e aumentar as possibilidades de melhoria da própria instituição ao favorecer o pensamento crítico e criativo dos interlocutores.

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>> PRINCIPAIS PROPOSTAS • Criar canais de interlocução entre os setores de comunicação (Rádio, TV, Gráfica/Editora, etc.) e as Faculdades, Institutos e Entidades Técnico-Administrativas, Docentes e Estudantes que compõem a UFU, a fim de se viabilizar projetos de veiculação de programas, edição de livros, apostilas e outros afins. • Reestruturar a DIRCO, criar uma coordenação de comunicação institucional e elaborar um plano de comunicação estratégica da instituição. • Elaborar um planejamento que vise divulgar todo o trabalho (acadêmico, de extensão, estudantil, de pós-graduação, administrativo, etc.) da Universidade para a própria Universidade e para a comunidade em geral. • Modernizar os recursos técnicos da rádio e da TV, considerando, sobretudo as novas possibilidades e tecnologias de difusão, como, por exemplo, a transmissão digital. • Construir um novo centro de comunicação na UFU, integrando a rádio, a TV e o jornal da UFU. • Expandir o sinal da rádio e da TV, nos campi avançados. • Diversificar os programas na TV e rádio, produzindo e transmitindo aulas magnas, eventos artísticos, culturais e palestras que acontecem no interior da universidade. • Promover maior aproximação entre o Curso de Comunicação Social- Jornalismo e os veículos institucionais de difusão. • Promover a adesão ao sistema de Apoio à Comunicação Integrada (SACI) com vistas a subsidiar a comunicação pública da instituição. • Elaborar uma política de produção e veiculação dos conteúdos midiáticos, orientados para a promoção da cidadania e defesa da diversidade cultural, social e política, com ampla participação dos cursos afins. • Fortalecer as relações da rádio e TV com a REDE IFES e com a Associação Brasileira de Televisão Universitária.

EDUFU E GRÁFICA • Estabelecer, junto aos programas de pós-graduação, estratégias de publicação de livros e periódicos. • Criar uma coleção eletrônica, com periodicidade anual, para divulgar as teses e dissertações defendidas na UFU. • Revitalizar as atividades culturais em torno da produção literária e artística produzida pela EDUFU como as Noites de Autógrafo, os Cafés Filosóficos etc. • Elaborar uma política de publicação e difusão eletrônica da produção científica da UFU.

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