Daniel Couri
**** Made in Suécia O paraíso pop do ABBA
1a. edição
Curitiba 2008
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Daniel Couri © Made in Suécia - O paraíso pop do ABBA Coordenação editorial e Edição Sandro Bier Capa Mateus Pereira Editoração eletrônica Página Nova Editorial Créditos foto de capa e contracapa Redferns/BRAINPIX./ AOG AGÊNCIA O GLOBO
C861m
Couri, Daniel Made in Suécia: o paraíso pop do Abba / Daniel Couri. Curitiba : Página Nova, 2008. 16x23cm. ; 152p. 184p. ISBN 978-85-61499-00-6 1. Música. 2. Música pop. 3. Abba. I. Título. CDU 785.121
Catalogação na publicação: Leandro Augusto dos Santos Lima – CRB 10/1273
Rua Judith de Freitas Granato, 150 82115-120 • Curitiba - PR Tel.: (41) 3779-4722 paginanova@paginanova.com.br www.paginanova.com.br
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R
uth Helena Bandeira de Miranda, por ter sempre acreditado em mim.
P
ara meus pais e meu irm찾o, sem os quais eu n찾o estaria aqui.
5
**** * * * * *Sumário ****** ** ** **********
Dedicatória
5
Introdução
9
1 As quatro iniciais
15
2 Onde tudo começou
16
Björn Ulvaeus
17
Benny Andersson
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Anni-Frid ‘Frida’ Lyngstad Agnetha Fältskog
23 28
3 Os primeiros anos da união
32
4 Minha casa, sua casa
36
5
40
O “monumento à bobagem”
6 A vitória de Waterloo
43
7
A Virada Decisiva
49
8
Movimento de música anticomercial versus ABBA
53
9
A Explosão Mundial
56
10 Chegada
60
11 ABBAmania – Uma história à parte
62
12 O nome do jogo: sucesso
65
13 ABBA – The Movie
69
14 O passado bate à porta
72
15 Marionetes da fama
74
16 Seguindo os embalos da disco music
78
17 Cada um por si, todos pelo ABBA
82
89
Fotos inéditas
7
18 Medo de voar
95
19 O começo do fim
102
20 Seguindo novos caminhos
114
21 O revival que trouxe o nome do ABBA de volta às paradas
119
22 Money, Money, Money
127
23 Pioneiros do videoclipe
131
24 Sombra azul, blush cor-de-rosa, brilhos e plataformas
136
25 O que aconteceu ‘após’ o ABBA
138
138 142 145
AGNETHA FRIDA BJÖRN e BENNY
26 Stig Anderson (25/01/1931 – 12/09/1997)
148
27 Curiosidades
150
28 Discografia selecionada – Álbuns oficiais
152
BIBLIOGRAFIA
178
AGRADECIMENTOS
182
****
8
**** ***** ****** ** Introdução ** **********
T
odo mundo pensa que conhece o ABBA. Ou pelo menos já ouviu falar, mas não tem certeza. ABBA? Ah sim, ABBA. Dancing Queen. Anos 70? Sim. Uma loura e uma morena, não? E pára por aí. O grupo era o alegre e colorido quarteto sueco que criou uma lista aparentemente interminável de sucessos, com seu carisma e melodias contagiantes que se recusam a envelhecer, graças à sua simplicidade e força emocional. Sendo fã do ABBA desde 1993 e um interessado “pesquisador” não só do grupo em si, mas de toda a “aura” que o envolvia (e ainda envolve), sempre achei que os admiradores brasileiros do quarteto sueco tinham que se virar com pouco ou quase nada. Talvez pelo fato do grupo nunca ter vindo ao Brasil nem feito nada diretamente intencionado para o mercado brasileiro, tudo com que se podia contar até a década de 1990 eram esparsas informações imprecisas, boatos e a total falta de profundidade da mídia nacional no que dizia respeito ao ABBA. No final da década de 1970, tudo que chegava em solos brasileiros sobre o grupo, além de seus LPs, eram notas inexatas e errôneas em revistas de frivolidades. No começo da década de 1980, a imprensa até pareceu se empenhar um pouco mais, lançando algumas notas ou matérias mais extensas, mas não menos duvidosas e recheadas de erros e rumores. Hoje em dia, com a globalização, o impressionante avanço da tecnologia e a velocidade das informações na Internet, assim como nos meios de comunicação em geral, o acesso às informações sobre o ABBA tornou-se virtualmente bem mais fácil e rápido. Isto é, para o público que fala a língua inglesa. O mercado latino-americano permaneceu fracamente abastecido, principalmente o Brasil. Países como Peru, Venezuela, México e Argentina ainda tiveram o privilégio de receber material exclusivo do grupo e uma considerável publicidade. O ABBA gravou vários programas de TV na Espanha, cantando suas músicas em espanhol. Os programas eram exibidos em quase todos os países de língua
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hispânica. Mas o Brasil, por uma série de razões (a principal sendo a falta de tempo), não entrou no itinerário do ABBA. O grupo, vindo da distante e fria Suécia, dominou paradas de sucesso ao redor do mundo por aproximadamente dez anos (entre 1973 e 1983). A herança musical e a popularidade internacional do ABBA têm aumentado cada vez mais, curiosamente, apesar da considerável passagem do tempo. Em cerca desses dez anos de atividade, o grupo se firmou como um dos maiores vendedores de discos da música pop mundial (300 milhões de discos vendidos). Pudera. O maior evento musical de 1992/93 foi o renascimento do ABBA, com o álbum e o vídeo ABBA Gold – Greatest Hits, que alcançou o topo das paradas britânicas, assim como em vários outros países mundo afora. E ainda continua sendo atualmente a maior propaganda do quarteto. Nada mal para um grupo que se separou há mais de 20 anos. Sem sombra de dúvida, eles se encontram entre os dez grupos mais populares de toda a história do pop/rock mundial, ficando ao lado de nomes como os Beatles, Queen, Rolling Stones e Elvis Presley. O fato de terem voltado à tona em 1993 não deveria causar espanto. Ao que parece 1993 foi o ano de uma saudade inesperada que atingiu todo o mundo, pois foi quando teve início o revival (renascimento) do ABBA, para euforia dos antigos fãs e entusiasmo dos novos, ou seja, jovens que por não serem nascidos naquela época só descobriram o grupo nos anos 90, através da coletânea ABBA Gold. E que (re)descoberta! Muita coisa que tinha sido deixada de lado veio à tona e hoje o ABBA parece de fato ter renascido. É como se tivessem parado o tempo e voltado uma década depois. Para ficar. Muito já se falou e escreveu sobre o fenômeno ABBA, mas ainda não foi encontrada a chave exata para tanto sucesso, a fórmula mágica que deu origem a músicas como Dancing Queen, Knowing Me, Knowing You, Fernando, Chiquitita, The Winner Takes It All e inúmeras outras. A verdade é que o grupo criou um estilo próprio e no meio de tantas propostas inovadoras, agressivas e experimentais que circulam na música moderna, eles ocuparam um espaço decisivo com suas canções envolventes e harmoniosas. A simplicidade acima de tudo. Junte-se a isso muita vivência e a ligação direta com a música. Afinal Agnetha, Björn, Benny e Anni-Frid – o ABBA – têm muita estrada. Durante seus dias de glória, a cada ano, todo lançamento do grupo era um evento – a pureza envolvente das canções, com refrões simples, inteligentes e atraentes que se tornavam facilmente familiares, o glamour (hoje algo entre o cult e o kitsch) das duas mulheres, a alta qualidade dos vídeos, tudo isso
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