Romeirinhos do Pai Eterno - nº 45, nov 2014

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Ano IV nº 45 - Novembro de 2014

SUPERANDO A PERDA DO BICHINHO DE ESTIMAÇÃO pág. 6

ATIVIDADES págs. 2, 4 e 5

SEMPRE RODEADO PELAS CRIANÇAS pág. 3

O REINO EM PARÁBOLAS pág. 7


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Ano IV nº 45 - Novembro de 2014

 Pe. Clóvis de Jesus Bovo Missionário Redentorista

Missionário Redentorista, Pe. Pelágio Sauter viveu sempre cercado pelo bando infantil: coroinhas, pequenos cantores, atores e atrizes para seus teatros, cruzadinhos e cruzadinhas da Cruzada Eucarística, pequenos da Infância Missionária etc. Enumerar casos pitorescos seria um nunca acabar. Irmã Lídia, quando criança, foi confessar-se um dia com padre Pelágio e levou sua irmã Miguelina de quatro anos. Ela também queria se confessar. “Você não precisa”, disse a Lídia. Mas ela insistia, chorando. O bondoso padre viu a cena, levantou-se do

EXPEDIENTE

Produzido por: ANA CLÁUDIA F. REIS CORRÊA ANJOS COLABORADORES: Nelson Rodrigo Correa Neves, Ir. José Alves de Almeida, Pe. Clóvis de Jesus Bovo C.Ss.R. e Equipe da AFIPE PROJETO GRÁFICO: AFIPE ILUSTRAÇÃO: Atilla Mundoca de Oliveira IMPRESSÃO E ACABAMENTO:

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SEMPRE RODEADO PELAS CRIANÇAS confessionário e foi até o banco onde ela se achava. Começou então um diálogo terno e afetuoso: - Por que está chorando, menina? - Maria não me deixa confessar. Pegou-a no colo e continuou conversando longo tempo. Ninguém sabe o que conversaram. O certo é que ela parou de chorar. Tinha um olhar paterno. Uma noite, durante a Reza do terço na igreja de Trindade, viu o Valdir, de poucos anos, cochilando e dormindo. Não vendo a mãe dele no meio do povo, disse para seu coroinha Leodônio: “Leve o Valdir para a Petrina. Ele está com sono”. Isso aconteceu mais de uma vez. Ainda bem que dona Petrina morava perto da igreja. Pe. Pelágio se hospedava na fazenda S. Bárbara por ocasião das desobrigas. Uma filha do casal de nome Ana, tinha medo dele, quando menina, por causa da batina preta e do chapéu preto que usava. Por isso se escondia em baixo da cama quando ele chegava. Um dia Pe. Pelágio disse que lhe daria uma boneca se ela perdesse o medo. Na próxima visita, ela disse que não tinha mais medo dele. E ganhou a boneca. As crianças também gostavam dele. Tudo faziam para agradá-lo. Certa vez alguns “evangélicos” inventaram de tocar e cantar na frente da igreja católica. A criançada achou que era muita ousadia e que o padre não iria gostar. Por isso, e por conta própria, fizeram uma procissão com latas e panelas e ficaram “zoando” na praça...

Pe. Pelágio sempre manteve um grupo de meninos que o ajudavam nas missas, rezas, exéquias, nos batizados, casamentos, e outras celebrações. Eram os coroinhas, esse grupo irrequieto e vivo, mas sempre serviçal e disponível para tudo. Ser coroinha do Pe. Pelágio, era uma grande honra. Muitos deles, agora na terceira idade, ufanam-se em dizer: Fui coroinha do Pe. Pelágio. Era um compromisso também. Ele só os aceitava após um tirocínio rigoroso. Além de ter que decorar as respostas da missa (que eram muitas e na língua latina), aprendiam também como se comportar dignamente no altar e na vida. Apesar de todo esse aprendizado, não faltavam as peraltices. Uma das maiores tentações era “provar” o vinho de missa. Mas Pe. Pelágio

chegava na hora certa para as chamadas de atenção e os famosos “coques” na cabeça, tudo misturado com sua bonacheirice proverbial. Pe. Pelágio era bondoso, mas enérgico. Por outro lado, não sabia fazer outra coisa do que perdoar e esquecer. Uma vez um coroinha respondeu meio marotamente quando ele chamou-lhe a atenção. O menino correu, escondeu-se numa sala atrás do altar e trancou-se lá dentro. Pe. Pelágio ficou por ali, largo espaço de tempo, pedindo que abrisse a porta, pois queria conversar com ele. Por fim, o menino abriu. E agora? Que se ajoelhasse pedindo perdão. Depois que o fez, tudo ficou esquecido. E assim, quantas crianças ele preparou para a vida e que estão vivas ainda. Louvemos o Senhor por tudo.

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O REINO EM PARÁBOLAS  Pe. Clóvis de Jesus Bovo Missionário Redentorista

AS LÁGRIMAS DO BANDIDO ARREPENDIDO Um bandido com a alma carregada de crimes estava morrendo. Julgava-se perdido para sempre. Imaginou-se diante do tribunal de Deus e começou a chorar copiosamente. O lenço que usara para enxugar as lágrimas que rolavam pela face, foi ficando todo encharcado. Morreu e foi levado perante o Divino Juiz. O homem tremia como caniço agitado pelo furacão. Seus pecados foram despejados no prato da balança onde se lia JUSTIÇA. O prato baixou tanto até tocar o chão. Neste momento chegou ofegante o seu anjo da guarda. Vinha triste porque não pudera recolher nenhuma obra boa do criminoso. Trazia apenas o lenço molhado pelas suas lágrimas. Mais do que depressa colocou-o no prato da balança onde se lia MISERICÓRDIA. E o prato abaixou. Eram as lágrimas de arrependimento do criminoso. A misericórdia divina pesava mais do que sua justiça. Palavra de Deus: ‘‘Ainda que vossos pecados sejam como escarlate, tornar-se-ão brancos como a neve.’’ (Is 1,18)

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