Revista Ação Social 2016 ano VI n 6

Ano VI n0 6 | Outubro - 2016

Os Centros Sociais Redentoristas resgatam e promovem a vida de crianças, jovens, adultos e idosos. Em cada um deles, o cuidado e a atenção ocorrem por meio de atividades que envolvem fé, alegria e muito aprendizado.

06] 16]

Ações assistenciais realizadas por grupos de comunidades redentoristas são bálsamo e alento na vida de muitas pessoas que necessitam de afeto e atenção.

Seguindo os exemplos de Jesus, muito amor e carinho são ofertados indistintamente.

24] 30]

EXPEDIENTE

Em parceria com as Obras Sociais Redentoristas, instituições realizam ações que permitem o auxílio às pessoas que sofrem exclusão ou são desassistidas pela sociedade. O trabalho acontece por meio da valorização e do bem-estar.

Dedicada à missão de ser Jesus na vida das pessoas, a Congregação do Santíssimo Redentor de Goiás realiza projetos que valorizam e dão sentido à vida dos mais necessitados. São ações que emocionam e são possíveis amando o nosso próximo.

Revista Ação Social | Informe Publicitário da Congregação do Santíssimo Redentor de Goiás Rua 230, 256 - Vila Monticelli - CEP 74655-325 - Goiânia - GO - Tel.: (62) 4009-1266 Superior Provincial dos Redentoristas de Goiás: Pe. Robson de Oliveira, C.Ss.R. Diretor das Obras Sociais Redentoristas de Goiás: Pe. Reinaldo Martins, C.Ss.R. Jornalista Responsável: Tayrone Di Martino – DRT GO 2016 | Coordenação de Jornalismo: Simone Borges | Edição: Cláudia Belo Redação: Cláudia Belo, Juliana Nunes e Pollyana Reis | Colaboração: Fernanda Braga, João Paulo Madruga, Lucas Dellamare e Michele Rodrigues Diagramação/Editoração Eletrônica: Elton Rosa | Ilustrações: Juliana Lima | Anúncios Afipe/Obras Sociais: Juliana Lima, Elton Rosa e Diogo Corrêia Coordenação de Marketing: Bárbara Simões | Marketing: Celine Ramos e Gabriel Vasconcelos | Fotografia: Danilo Eduardo e Rodolfo Carvalhaes Coordenação de Produção: Andrei Renato | Apoio: Afipe | Impressão: Scala Editora | Tiragem: 5.000 exemplares

Alegrai-vos sempre no Senhor “Cantai, ó céus! Exulta de alegria, ó terra! Rompei em exclamações, ó montes! Na verdade, o Senhor consola o Seu povo e se compadece dos desamparados” (Is 49,13). Celebremos a consolação e a misericórdia de Deus. A alegria é certamente a força dos que amam, daqueles que não desistem da vida, dos que a cada dia renovam a esperança de viver nesta terra. É pela alegria que o Pai Eterno, desde toda eternidade, comunicou o Seu amor e através desta alegria seremos salvos. Por isso, “Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito: alegrai-vos!” (Fl 4,4).

Nós, Missionários Redentoristas, temos a alegria de servir através do trabalho social. Deste modo, cumprimos o chamado de Deus e realizamos um serviço na Igreja. Nossa vocação apostólica está ligada com o carisma deixado pelo nosso fundador, Santo Afonso Maria de Ligório, que viveu a opção preferencial pelos mais pobres e abandonados. Assim sendo, somos chamados a fazer a diferença no mundo, buscamos através de nosso trabalho e testemunho pessoal, realizar o projeto de Jesus e promover a vida em abundância, de modo especial, aos que mais precisam.

A alegria de fazer a vontade de Deus é a alegria que se vive no meio das pequenas coisas da vida quotidiana, como resposta ao amoroso convite de Deus, nosso Pai: “Meu filho, se tens com quê, trata-te bem (...). Não te prives da felicidade presente” (Eclo 14,11.14). Quanta ternura paterna se vislumbra por detrás destas palavras! Deus é Pai e Seu amor é infinito. Ele nos envia a anunciar o Seu projeto de salvação. A criação inteira participa nesta alegria da salvação. A alegria evangelizadora refulge sempre sobre o horizonte da memória agradecida: é uma graça que precisamos experimentar e transmitir.

Experimentamos cotidianamente o milagre da multiplicação no trabalho que realizamos. É pela fé que conseguimos realizar nossos projetos e objetivos. Ao longo do ano, milhares de famílias, crianças, jovens e adultos, atendidos nos diversos centros sociais são para nós, solo fecundo onde anunciamos o Reino de Deus através do nosso carisma.

A alegria do Evangelho, que enche a vida da comunidade dos discípulos, é uma alegria missionária. Experimentam essa alegria os setenta e dois discípulos, que voltam da missão cheios de alegria (Lc 10,17). Jesus exulta de alegria no Espírito Santo e louva o Pai, porque a Sua revelação chega aos pobres e aos pequeninos. Por fim, aprendemos que o Reino de Deus não é comida, nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espirito Santo. Alegremo-nos no Senhor!

Pe. Reinaldo Martins, C.Ss.R. Diretor das Obras Sociais Redentoristas 4 | Revista Ação Social

“E vocês me deram de comer”

O

Pai Eterno ama a todos os seus filhos igualmente. Por compreender a penúria humana, Ele se volta, com especial atenção, para os mais pobres e abandonados. São eles, os excluídos: postos do lado de fora, colocados no indigno lugar das sobras, não contados e tratados como invisíveis. É Deus quem os traz para o centro do Evangelho.

Por isso, os pobres depositam a sua esperança no Senhor. Nele confiam, pois “se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8,31).

Entrando no mundo, tornando-se carne de nossa carne, pela ação do Espírito e conforme o ventre de Maria, o Mestre estava inteirado da sua missão redentora. Sabia, portanto, que tinha vindo para “evangelizar os pobres” (Lc 4,8). Viveu como pobre: por condição social e por opção evangélica. Ficou junto com eles durante todo o tempo.

Com eles também foi crucificado.

No fim de sua existência terrena faleceu exclamando como os pobres

e, após a Ressurreição, permaneceu junto deles. Nisso consistiu a fidelidade de Jesus em defendê-los, provê-los, cuidá-los e amá-los intensamente.

Se quisermos permanecer fiéis à missão evangelizadora de Cristo, precisamos caminhar ao lado de todos os filhos do Pai, em especial, dos mais pobres. Ele sentou à mesa com os cobradores de impostos (Cf. Lc 15,1), salvou a mulher adúltera (Cf. Jo 8,1-11), curou os leprosos marginalizados (Cf. Lc 17,1119), ressuscitou o filho da viúva de Naim (Cf. Lc 7,11-17) e curou a mulher hemorroísa (Cf. Mc 5,2534). Enfim, consagrou Sua existência filial ao serviço dos pobres (Cf. Mt 9,36; 2 Cor 8,9). Tudo isso porque não veio para chamar os justos, mas os pecadores (Cf. Mc 2,17).

Agora, somos nós que devemos nos preocupar com eles, em vista do critério da solidariedade evangélica e da caridade incondicional. Temos condições de dar continuidade à missão de Jesus, testemunhando o

(Mt 25,35)

dom da fé, por meio das Obras Sociais Redentoristas. É preciso trazer sempre no coração o sentimento de que “Se alguém diz que tem fé, mas não tem obras, que adianta isso? A fé sem obras está completamente morta” (Tg 2,14.17). O ato de crer precisa ser testemunhado sob a forma da ação e inclusão sociais.

Existimos para evangelizar.

Quem faz a experiência da fé no amor do Pai Eterno torna-se uma nova pessoa, pois se assume como filho, passando a ajudar a todos na condição de irmãos! Falar do Pai, testemunhar a Sua graça, levar o Seu amor é uma missão que necessita ser assumida por todos, não só em função dos mais próximos ou queridos. Escutemos o Senhor que nos diz: “Eu conheço a tua conduta, teu amor e tua fidelidade, teu serviço e tua perseverança, e as tuas obras recentes, mais numerosas ainda que as do início” (Ap 2,19).

Que, assim, possamos amparar o pobre tal qual Jesus o amparou, acolheu e salvou.

Pe. Robson de Oliveira, C.Ss.R. Superior Provincial dos Redentoristas de Goiás

Cespe

Educação e laços de comunhão Cespe oferece a oportunidade de uma infância plena, cheia de brincadeiras, apoio e todo o amor do Pai Eterno

A

s crianças que participam das atividades do Centro Social Pai Eterno (Cespe) são recebidas de braços abertos pela instituição. Isso porque o objetivo é oferecer atividades que possam livrar os pequenos de escolhas ruins. De acordo com a psicóloga Regina Morais, as crianças vêm de bairros periféricos e são muito carentes em diversos sentidos. Por isso, o trabalho realizado no Cespe tem que ser em conjunto com a família e a sociedade.

“Deparamo-nos constantemente com esse desequilíbrio social, essa carência de afeto, de contato, de valores familiares tão impor-

6 | Revista Ação Social

tantes no processo de crescimento. Educar exige tempo, cuidado, presença, contato e muito afeto”, explica.

A obra social atende crianças com idade entre 3 e 12 anos. Lá, elas praticam esportes, como judô, natação e futsal, participam de atividades recreativas, aulas de reforço escolar e recebem acompanhamento psicológico e odontológico. Todas as ações buscam reforçar os laços familiares, desenvolver socialmente as crianças e tornar a convivência mais saudável. No Cespe, as crianças aprendem a importância de estabelecer diálogos, sem gritos ou indisciplina, elas compreen-

dem também como respeitar o espaço do outro, dos colegas, dos pais, dos professores e se tornam mais abertas a ajudar, a conversar e perdem a timidez. Para a psicóloga, muitas vezes, os pais ou responsáveis pelas crianças acreditam que o esforço em dar o que comer e vestir à criança é suficiente, pois muitas crianças carecem até do que vestir ou comer. “Então, o desafio maior é apresentar aos responsáveis outras necessidades tão básicas e importantes para que a criança possa tornar-se um ser humano íntegro, completo, como o carinho, a atenção e o companheirismo”, afirma.

Religiosidade Por ser uma obra social católica, o Cespe inclui nas suas atividades a oração e a evangelização. Muitas das crianças chegam lá sem nenhuma referência religiosa e isto também interfere no desenvolvimento cognitivo de cada um. Regina Morais ressalta que a religião é, sem dúvida, um elemento muito importante no processo educacional de crianças e adolescentes, porém, não basta falar, é preciso colocar em prática. É muito importante que os filhos tenham esse contato direto com a religião dos pais e com seus exemplos de fé, independente de qual seja essa religião. “Aqui nas Obras Sociais, queremos deixar esse exemplo de uma confissão de fé, do quanto o Divino Pai Eterno transforma as nossas vidas.

Por isso, para nós, é importante mostrar o nosso jeito de expressar a nossa fé”, explica a psicóloga. Assim, as crianças, quando crescerem, terão sempre a semente da fé germinando dentro de si e isto será um amparo essencial na vida delas e na família que elas virão a compor.

Segundo Regina, plantar boas sementes é o que torna pais, professores e sociedade como verdadeiros educadores. Bons exemplos, atividades saudáveis, trocas de experiências e diálogos, nesse sentido, as Obras Sociais Redentoristas têm cumprido este papel para com os mais necessitados. Os serviços oferecidos não são apenas benefícios, mas são oportunidades que crianças, adolescentes, adultos e idosos recebem para ter uma vida digna, com respeito, bem-estar, inteireza e se sentirem amados e bem cuidados. “O mundo pode ser melhor se houver mais espaços como esse, que sejam lugares de crescimento e de desenvolvimento humano e social”, finaliza Regina.

Centro Social Pai Eterno (Cespe) Endereço: Rua Teodora Mendes, 475, Setor Samarah – Trindade - GO – CEP: 75380-000 Telefone: (62) 3505-1340 – E-mail: cespe1340@gmail.com Horário de funcionamento: 7h às 17h (segunda a sexta); 7h às 11h (sábado) Número de atendidos: 212 (divididos entre os turnos matutino e vespertino) Público-alvo: Crianças, entre 3 e 12 anos Alimentação: 4 refeições diárias Atividades: Recreação, esporte, informática, bazar, reforço escolar, acompanhamento odontológico e psicológico e grupo de mulheres.

Revista Ação Social | 7

Cecam

Com a palavra, os mestres Educadores do Cecam se emocionam e se orgulham do trabalho desenvolvido na entidade

O

Centro Educacional e Capacitação de Apoio ao Menor (Cecam) é a segunda casa para muitos jovens e adultos de Trindade (GO). O local oferece uma série de atividades e cursos que melhoram a qualidade de vida e evitam que os adolescentes fiquem ociosos.

Mas não é só para os assistidos que o Cecam é uma continuação de casa. Para os educadores sociais que lá trabalham, o Centro permite construir laços que vão muito além do vínculo profissional.

A professora Rafaella Parreira traba-

8 | Revista Ação Social

lha há três anos no Cecam e afirma que os alunos sempre a motivam: “Quando cheguei, eu buscava a experiência profissional, mas, logo, fiquei apaixonada por tudo que é feito aqui”.

Isso acontece, pois, independente do curso que está sendo ministrado, os educadores sociais ensinam valores cristãos e incentivam a socialização e boa convivência entre os alunos. O educador social Sérgio Dias explica que as turmas das oficinas de informática recebem pessoas de diferentes idades e, por isso, é preciso respeitar a história e o tempo de aprendizado de cada

um. “A cada aula, sem constrangimento, a gente incentiva o respeito às diferenças e que não existe dúvida boba. O importante é partilhar o conhecimento”, explica.

No caso da educadora Rafaella, que trabalha com as atividades esportivas, os alunos aprendem que o esporte deve caminhar ao lado do respeito ao próximo.

“Nós não aceitamos xingamentos entre os colegas, conferimos o desempenho escolar de cada um e caso as notas estejam baixas, ao invés de participarem da aula, recebem monitoria para melhorar na escola”, ressalta.

Confiança

Todo este empenho por parte dos profissionais do Cecam é recompensado pela confiança que os pais e responsáveis depositam neles. “A relação com os pais é ótima. Eles sentem liberdade de conversar e se abrir com a gente e também prestam atenção nas nossas recomendações”, explica Rafaella. A educadora conta ainda que já acompanhou alguns educandos em testes de clubes de futebol goiano e também já realizou atividades coletivas fora do Cecam, como um piquenique no par-

que. “O meu marido também trabalha aqui e isso só facilita. Aqui, nós estamos sempre motivados, pois vemos a evolução e a mudança de comportamento deles (educandos)”, afirma.

Para Sérgio Dias, o trabalho no Cecam oferece a oportunidade de acompanhar como a vida dos assistidos é realmente modificada. “Tenho educandos de 13 a 75 anos e consigo perceber o quanto eles aprendem e desenvolvem sua individualidade. Conseguimos contextualizar assuntos da nossa realidade, como política, religião, educação, sempre incentivando o

respeito e desenvolvendo o lado social, a capacidade de interagir com o próximo e suas diferenças”, relata.

O Cecam é uma das Obras Sociais Redentoristas e todos os colaboradores passam por um curso de capacitação mensal com o objetivo de promover o crescimento espiritual para que seja passado adiante aos assistidos. Todos os serviços oferecidos no Cecam e nas demais Obras Sociais são gratuitos. Os custos são mantidos pela Congregação do Santíssimo Redentor de Goiás, doações e parceiros que colaboram mensalmente com esta obra.

Centro Educacional e Capacitação de Apoio ao Menor (Cecam)

Endereço: Rua Teodora Mendes, 475, Setor Samarah - Trindade - GO - CEP: 75380-000 Telefone: (62) 3505-1340 – E-mail: coord1340@gmail.com Horário de Funcionamento: 7h às 17h30 (segunda a sexta) e 7h às 11h (sábado) Número de assistidos: 780 pessoas, entre jovens e adultos Público-alvo: a partir de 13 anos (em atividades específicas) Alimentação: Lanche oferecido após cada atividade Atividades: Hidroginástica, natação, costura, música, inglês, futsal, vôlei, judô, atividades sociais e educacionais.

Revista Ação Social | 9

CSR

10 | Revista Ação Social

Mãos que acolhem Centro Social Redentorista beneficia famílias com educação e aprendizado que muitas vezes são passados de geração em geração

L

iliane Araujo Costa e Silva, aos sete anos de idade, entrou para o Centro Social Redentorista (CSR). Durante os seis anos que frequentou a instituição, ela teve a oportunidade de aprender capoeira, crochê, manicure, computação, futebol e ainda teve reforço escolar. Hoje, passados alguns anos, ela fala o que representou fazer parte do CSR. “Para mim, foi uma experiência maravilhosa. Cresci ouvindo falar de Deus, dos valores familiares e tudo isso foi muito importante para a minha vida e para o meu desenvolvimento como pessoa”, declara.

A alegria e o valor que a Liliane dá aos trabalhos desenvolvidos pelo CSR reflete na decisão de matricular a filha Yasmin Araujo na instituição. Com três anos e meio de vida, ela está, há um, no CSR, na turma “Som do coração”. Para Liliane, isso a deixa mais tranquila quanto ao desenvol-

10 | Revista Ação Social

vimento e aprendizado da menina.

“Fico despreocupada em deixá-la aqui todos os dias. Eu vivi boa parte da minha infância no CSR e sei como as coisas funcionam por aqui. Sei que eles vão tratar minha filha muito bem, do mesmo modo como fui tratada. Então, sou grata por tudo que ensinam à minha filha. Desde que eu a coloquei aqui, tenho percebido uma grande evolução no seu desenvolvimento.

Ela aprendeu a fazer oração, chega em casa cantando musiquinhas religiosas, aprendeu a agradecer pela comida. Enfim, o meu contentamento com o CSR é enorme”, constata.

Outra mãe que está bastante contente com o CSR é a Vivalda Batista Sousa.

Mãe de Wallefy Juan Batista, de 15 anos, e de Kayan Batista Lima, de 11, ela diz que tem muito a agradecer pelo trabalho que o CSR desenvolve. O filho mais velho não

frequenta mais o Centro Social porque já alcançou a idade limite para continuar na instituição, que é 12 anos, mas, durante muito tempo, participou de atividades que, segundo Vivalda, contribuíram muito para o seu crescimento e formação. Atualmente, o caçula frequenta o CSR, e, assim como Wallefy, está tendo acesso a aprendizados que servem para toda a vida.

“O CSR é um lugar maravilhoso. O Centro me ajudou muito em relação à educação dos meus filhos, tanto na parte escolar, como na disciplinar. Os ensinamentos e as regras que eles possuem são de grande valia para a formação de um cidadão de bem. Tenho muito a agradecer a todos que trabalham e contribuem com o CSR, e também desejo que ele permaneça plantando o bem na vida de muitas famílias e contribuindo para o desenvolvimento de muitas crianças”, ressalta Vivalda.

Revista Ação Social | 11

Carinho que transforma São inúmeras as histórias que mostram como o Centro Social Redentorista é um lugar especial. Basta parar por alguns instantes para conversar com professores e mães de alunos, que logo se percebe a diferença realizada na vida das crianças e adolescentes e, consequentemente, na vida de muitas famílias.

O resultado positivo alcançado pelo CSR é consequência das atividades vinculadas ao projeto pedagógico das Obras Sociais Redentoristas. De acordo com a coordenadora do CSR, Rose Vasconcelos, o trabalho é desenvolvido de acordo com a faixa etária de cada assistido. “No primeiro semestre focamos nas

crianças com idade entre 3 e 12 anos e trabalhamos o tema “Era uma casa muito engraçada”, que ligado à Campanha da Fraternidade Ecumênica, enfatizamos a família, a criança e todo o contexto social”, explica.

O segundo semestre no CSR começou com uma grande novidade que beneficia, além das crianças, os jovens e os adultos da comunidade e da região. É a reforma na estrutura do Centro. “Esta tão sonhada reforma ampliará nossa proposta de trabalho, oferecendo oficinas profissionalizantes e esportivas para jovens e adultos da comunidade”, conta a coordenadora.

Centro Social Redentorista (CSR)

Endereço: Rua das Petúnias, Quadra 100, Lote 9/10, Setor Pontakayana Trindade - GO - CEP: 75380-000 | Telefone: (62) 3294-5868 E-mail: csr.3296@gmail.com Horário de funcionamento: 7h às 17h (segunda a sexta) Público-alvo: crianças de 3 a 12 anos e adultos (em atividades específicas) Número de assistidos: 120 crianças Alimentação: 4 refeições diárias Atividades: Leitura, reforço escolar, aulas de informática, estudo religioso, teatro, dança, judô, futebol, bazar social, atividades de lazer, curso de costura, cabeleireiro e o projeto “Mulheres criando arte, tecendo a vida”.

Revista Ação Social | 11

São Clemente

12 | Revista Ação Social

Ajuda bem-vinda Crianças recebem apoio social enquanto os pais saem para trabalhar

D

esde 2014, o Centro Social Redentorista São Clemente, que fica em Trindade (GO), vem colaborando com famílias de baixa renda auxiliando no cuidado com crianças de 2 a 6 anos. Lá, os pais deixam seus filhos e ficam despreocupados, com a certeza de que serão bem assistidos pelos profissionais que compõem a equipe dessa obra social.

Além de oferecer abrigo durante o horário de trabalho dos pais, o Centro Social São Clemente colabora com a saúde e o desenvolvimento físico e psi-

12 | Revista Ação Social

cológico dos pequenos, com a ajuda de voluntários na área de saúde que dedicam um dia de trabalho para ajudar na instituição. Magda Alves Ferreira, mãe do Gabriel, de 6 anos, se sente muito agradecida pelo trabalho do Centro Social São Clemente. “Fico tranquila quando deixo meu filho aqui. A assistência é muito boa, me ajuda demais”, conta.

De acordo com a coordenadora Neide Alves de Oliveira, a instituição ajuda as crianças e valoriza o convívio familiar, propondo uma interação maior entre os pais e os pequenos com reuniões periódicas e atividades. “Nos-

so foco é na família como um todo.

Fazemos aqui oficinas que estimulam a participação dos pais e isso faz com que eles tenham um maior convívio com seus filhos”, explica.

Um dos destaques dessas atividades que estimulam a família é o Grupo das Mulheres, que ensina o artesanato, o bordado e pintura para as mães das crianças. Magda, que também participa do grupo, diz que já ganha dinheiro com o que aprendeu nas oficinas de artesanato.

“Com o que eu já aprendi com as aulas de artesanato, estou conseguindo bordar panos de pratos e vender”, conclui.

Revista Ação Social | 13

Novidades

A cada ano, o Centro Social São Clemente busca aprimorar suas atividades ainda mais. Além do apoio pedagógico com atividades educacionais, o Centro tem alimentação balanceada. As ações têm como base a evangelização e apresentação dos valores cristãos.

Muitas ações são realizadas no Centro Social São Clemente para estimular as crianças. Este ano, uma das novidades é a horta e o jardim vertical. “Levamos as crianças para participar da construção desse espaço em que culti-

varemos algumas hortaliças e elas estão adorando. Elas acompanharam todo o processo e agora já conseguem ver os resultados das mudas crescendo. Elas ficaram empolgadíssimas”, relata Neide Alves.

Atividades em grupos, como essas, colaboram na vida social dessas crianças carentes. A coordenadora conta que outra atividade, implantada esse ano, que também já mostra resultado é a sala de vídeo. “Colocamos os filmes para elas de acordo com o tema em que estamos trabalhando e isso ajuda muito”, afirma.

Centro Social Redentorista São Clemente Endereço: Rua Maria Santos Torrano, Qd. 20, s/n, Setor Mariápolis Trindade - GO - CEP 75380-000 Telefone: (62) 99451-6161 Horário de funcionamento: 7h às 17h (segunda a sexta) Número de atendidos: 44 crianças Público-alvo: Crianças de 2 a 6 anos Alimentação: 4 refeições diárias Atividades: pedagógicas, recreativas, nutricionais, psicológicas e odontológicas.

Revista Ação Social | 13

Ceconspes

Pedacinho do céu na terra Como sinal dos braços acolhedores do Pai Eterno, o Centro de Convivência Nossa Senhora do Perpétuo Socorro promove alegria e dignidade na vida de idosos

U

m ambiente alegre e rodeado de amigos. Esta é a descrição mais comum entre os assistidos que frequentam o Centro de Convivência Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Ceconspes), que há uma década promove o bem-estar e “resgata” a vida de muitos idosos.

Na medida em que os anos vão passando na vida de uma pessoa, muitas experiências vão sendo adquiridas e histórias vão sendo escritas. Mas apesar de muitos ganhos, o passar da vida também deixa marcas e perdas, e a aproximação da velhice traz consigo a solidão.

Saber fazer dessa etapa um momento de prazer e alegria não é para muitos.

Nem sempre se encontra disposição e motivação para tais feitos. Para muitos idosos, o Ceconspes surgiu como um divisor de águas, substituindo uma vida de tristeza e de solidão por momentos de alegria e muita disposição.

14 | Revista Ação Social

Mudanças de hábito

Dinarci Maria de Souza Maggi, Ivanildes Pereira Leão e Osmarina Divina Pacheco são assistidas pelo Ceconspes.

As três estão lá desde a inauguração, há 11 anos. Outro ponto que elas têm em comum são as aulas de crochê e trabalhos manuais.

Dinarci tem 69 anos e conheceu o Centro por meio das irmãs que já frequentavam o local. Bastou um convite para ela iniciar sua mudança de hábitos. “Ir para o Centro de Convivência foi uma das melhores coisas que me aconteceu na vida. Lá, eu me divirto e me desestresso. Gosto tanto que indico para várias pessoas e elas passam a frequentar e não largam mais”, confessa.

Para Ivanildes, 69 anos, a ida para o Ceconspes foi uma bênção de Deus.

Ela conta que recebeu o convite de uma amiga que, certo dia, a viu chorando muito no Santuário Basílica Nossa Se-

nhora do Perpétuo Socorro – Matriz de Campinas. Ela buscava forças para vencer a depressão e a dor de ter perdido dois irmãos. Ivanildes aceitou de imediato e aquela decisão mudou o percurso da sua história.

“O Centro de Convivência foi uma ajuda maravilhosa para mim. O médico suspendeu os remédios que eu tomava e até os retornos no consultório diminuíram. O Ceconspes é minha segunda casa. Somos uma família”, disse emocionada.

Osmarina, de 63 anos, soube do Centro de Convivência por meio de uma amiga, que se sensibilizou pelo momento difícil que passava. “Ela me chamou várias vezes, mas eu estava resistente e não aceitava. Fui aceitar na terceira vez.

Chegando aqui, encontrei diversas pessoas que eu já conhecia. Me identifiquei muito com o local e continuo até hoje, e sem pretensões de sair”, lembra.

Carinho que não se mede

Na constante missão de recuperar e motivar a vida de idosos com idade a partir dos 55 anos, o Centro de Convivência segue seu trabalho com atividades manuais como pintura em tela, tecido, cabaça e imagens; crochê, bordado, biscuit, pedraria, fabricação de flores de meia, bonecas de fuxico e arte com material reciclado. As atividades físicas ficam por conta das aulas de hidroginástica, yoga e massagem terapêutica.

Há ainda as oficinas de corte de cabelo, limpeza de pele, além de atendimentos médico e psicológico.

No primeiro semente de 2016, participaram das atividades do Ceconspes mais de 230 idosos. Todas as atividades são ministradas e acompanhadas por voluntários e colaboradores da instituição. “Para mim é uma imensa satisfação pessoal e profissional, tenho todos os dias a alegria de trabalhar com pessoas amáveis, carinhosas, mas que ao mesmo tempo são carentes de afeto. Aqui, recebemos muito mais do que doamos.

Ensinamos, mas também aprendemos com eles e elas”, explica a coordenadora do Ceconspes, Ir. Margarida Aparecida Pereira.

O Centro de Convivência Nossa Senhora do Perpétuo Socorro existe para ser lugar de acolhida e de amor às pessoas idosas. O resgate da vida e da dignidade humana acontece nos pequenos e grandes gestos de amor e aprendizagem. “Sou privilegiada e apaixonada por este trabalho, por este espaço de missão. O Centro de Convivência, para mim, é como uma fonte de água cristalina e fresca, onde buscamos a água que mata a sede do corpo e do espírito.

Aqui, como elas mesmas dizem, é um ‘pedacinho do céu’ na terra”, destacou Ir. Margarida.

Centro de Convivência Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Ceconspes)

Endereço: Rua 607, 525, Setor São José, Goiânia - GO - CEP: 74000-000 Telefone: (62) 3921-5518 - E-mail: ceconspes@gmail.com Horário de funcionamento: 7h às 11h e 13h às 17h (segunda a sexta) Número de assistidos: 230 pessoas Público-alvo: Pessoas a partir dos 55 anos Alimentação: 2 refeições diárias Atividades: Oficinas de pintura em tecido, crochê, bordado, artesanatos, hidroginástica, yoga, massagem, fisioterapia, acompanhamento médico.

Revista Ação Social | 15

Vila São Cottolengo

Obra de amor e misericórdia

A instituição celebrou seus 65 anos com melhorias para os internos

O

ano de 2016 foi marcante na Vila São José Bento Cottolengo, em Trindade (GO).

Isso, porque foi comemorado o seu jubileu de 65 anos, uma data muito expressiva que representa a responsabilidade com os trabalhos realizados na instituição ao longo dessa trajetória. Uma bonita história, construída pelos Missionários Redentoristas, que reserva às pessoas com deficiência, a oportunidade de ter uma vida com mais qualidade e tratamento digno.

E para celebrar esse aniversário, a Vila São Cottolengo realizou uma série de adequações para melhorar ainda mais a instituição. Na comemoração dos 65 anos que começaram ainda em 2015, foi feita a revitalização do parque e dos lagos; a implantação do sistema de combate a incêndio e pânico; a ampliação e reforma da Unidade Santa Luzia, destinada à mulheres com deficiência física e mental, com cognitivo semi-preservado; e o lançamento do projeto caiaqueterapia.

Considerada a instituição filantrópica mais tradicional do Centro-Oeste, a Vila celebrou este ano a inauguração da nova Lavanderia Irmã Marilsa e da Unidade de Internação Padre Pelágio.

A infraestrutura do prédio em que fica a Unidade de Internação Padre Pelágio (UPP), de acordo com o diretor administrativo da instituição, Pe. Everson de Faria Mello, vai atender 35 deficientes físicos e mentais do sexo masculino, com idade de 20 a 70 anos, que recebem atendimentos 24 horas por dia, de uma equipe multiprofissional. Para colorir a nova casa dos pacientes, a Instituição realizou a Campanha da Tinta onde foi possível pintar a Unidade na cor verde,

16 | Revista Ação Social

escolhida pelos próprios pacientes.

A Lavanderia Irmã Marilsa foi totalmente reestruturada para atender a demanda de 2.500 kg de roupas por dia, totalizando 75 toneladas lavadas por mês. Além disso, o espaço conta com departamento de costura, armazenamento e produção. Em média, são quatro jogos de lençóis por paciente, dois babadores, quatro trocas de roupas por dia, tendo em vista que eles fazem 6 refeições diárias.

De acordo com Meire Nancy, responsável pelo serviço de lavanderia e costura da Vila, em Goiás, a nova lavanderia pode ser considerada uma das melhores e mais

modernas. “Somos uma equipe de 42 funcionários, 21 trabalhando dentro da lavanderia e 2 por cada unidade”, esclarece.

A Vila São Cottolengo tornou-se referência promovendo vida com qualidade para as pessoas com deficiência e em situação de vulnerabilidade social, como expressão da ação evangelizadora da Igreja Católica por meio da administração dos padres redentoristas e pelas Irmãs Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo.

Atualmente, são atendidos em período integral, 365 pacientes internos com deficiências múltiplas. A Vila também realiza cerca de 2.400 atendimentos ambulatoriais e educacionais diariamente.

Vila São Cottolengo

Endereço: Avenida Manoel Monteiro, 163, Bairro Santuário, Trindade - GO CEP: 75380-000 | Telefone: (62) 3506-9000 Horário de funcionamento: Todos os dias, 8h às 16h.

Atendimentos: 365 pacientes com deficiências múltiplas e cerca de 2400 atendimentos ambulatoriais e educacionais diariamente.

Atividades: atendimento personalizado, terapias específicas e carinho aos pacientes internos de longa permanência.

Revista Ação Social | 17

Revista Ação Social | 17

Pastoral de Rua

Uma década de carinho Pastoral cumpre missão de oferecer cuidado e respeito às pessoas em situação de rua

S

ão dez anos de atenção, carinho e amor ao próximo. Dez anos de lanches semanais e profunda espiritualidade para manter firme a caminhada de assistência aos mais necessitados. Esta tem sido a missão da Pastoral de Rua do Santuário Basílica Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, a Igreja Matriz de Campinas, em Goiânia (GO), que, desde 2006, ouve e alimenta pessoas que vivem em situação de rua.

Ao longo desses anos de existência, a Pastoral soma cerca de 250 mil atendimentos. São histórias e vidas que, por várias razões, não tiveram oportunidade de se desenvolver ou se realizar plenamente. Abandono, vícios, violência e falta de estrutura familiar são alguns exemplos que motivam muitas pessoas a viverem nas ruas. O papel da Pastoral é ir ao encontro dessas vidas e dar atenção a elas, apresentando o amor de Deus e dando a oportunidade de mudança.

Além do alimento físico e espiritual, a Pastoral contribui com agasalhos, cobertores, remédios, faz encaminhamentos às clínicas de recuperação e, o mais importante, escuta essas pessoas, dá verdadeira atenção ao que elas sentem e querem dizer. “É um auxílio mútuo. Muitas vezes vamos até eles achando que vamos ajudá-los e quando percebemos, somos nós que estamos recebendo auxílio, pois as dificuldades deles nos ensinam muito”, pontua o presidente da Pastoral, Nelson Antônio.

Ato de amor

Atualmente, a Pastoral de Rua conta com o auxílio de 70 voluntários. Todas as segundas-feiras, eles fazem o pastoreio que é a ida ao encontro das pessoas para escutá-las e levar um lanche (sanduíche e suco). São distribuídos cerca de 400 lanches em cada noite. Às quartas-feiras, o grupo se reúne na Igreja Matriz de Campinas para a Oração do Santo Terço.

Ao longo do ano, outras atividades também são realizadas, principalmente em datas comemorativas. Na Páscoa, uma Missa foi realizada em uma rua do centro de Goiânia, com a presença mais de 100 pessoas em situação de rua. Em comemoração ao Dia da Mulher, foi promovido um “Dia da Beleza” com o serviço de manicure, pedicure, corte e escova de cabelo. No Dia das Mães, teve um almoço e ainda momentos de oração e uma procissão. Até o fim do ano, outras atividades acontecerão, inclusive, o tradicional almoço de Natal com a entrega de 250 cestas básicas para famílias carentes.

18 | Revista Ação Social

Pastoral de Rua

Endereço: Praça Santo Afonso, s/n, St. Campinas - Goiânia - GO - CEP: 74000-000 Telefone: (62) 3533-5310 Atendimento: Cerca de 2.000 refeições semanais Atividades: Oração, distribuição de alimentos, roupas, sapatos, e um lugar para higiene pessoal.

Casa Talitha Kum

Uma nova história Meninas que são acolhidas na Casa Talitha Kum têm a chance de reconstruir a vida

A

oportunidade de recomeçar a vida surgiu há dois anos e meio para Cláudia Emily Barbosa, de 16 anos. Isso aconteceu quando ela passou a morar com a irmã, na Casa da Criança e do Adolescente – Casa Talitha Kum, coordenada pelas Irmãs Passionistas de São Paulo da Cruz.

A jovem conta que tomar esta decisão não foi fácil, mas, hoje está feliz em poder morar em um lugar que dá atenção e ajuda meninas em dificuldades a traçar uma nova história. “Aqui é muito bom. Cada um tem uma realidade diferente, mas todas ajudam umas as outras”, relata a menina que está estudando e seguindo em frente.

Cláudia também é beneficiada pelo programa de colocação profissional que a Casa Talitha Kum participa. Segundo a coordenadora, irmã Silvana de Sena Melo, esta é uma novidade implantada este ano.

Com ela, as adolescentes que frequentam a escola podem iniciar sua carreira profissional por meio do programa Jovem Aprendiz. “Elas agora estão sendo encami-

nhadas para o primeiro emprego e estão bem felizes com a oportunidade”, afirma Ir. Silvana.

Essa felicidade está nos olhos de Cláudia que conta como é gratificante estudar e trabalhar. “Está sendo ótimo. Cada dia eu aprendo uma coisa diferente e tenho a oportunidade de aprender cada vez mais”,

observa. Ela elogia a iniciativa da casa e confessa que sua rotina não é fácil, mas não poderia estar melhor. “É cansativo, estudar e trabalhar, mas todo mundo dá conta e a gente tem a oportunidade de trabalhar e juntar o próprio dinheiro para fazer alguma coisa boa no futuro, quando sairmos daqui”, planeja.

A Casa

A casa de acolhida Talitha Kum resgata meninas entre 10 e 18 anos, que se encontram em situações de risco pessoal e social como moradoras de rua, usuárias de drogas, situação de prostituição, abuso sexual, tráfico ou pequenos delitos. E as Irmãs Passionistas oferecem o apoio para que essas meninas se reencontrem na vida e prossiga no caminho do bem.

Diversas atividades são propostas na instituição desde as mais simples e corriqueiras, como a organização do lar, até atividades extras como oficinas de artesanato, incluindo ainda momentos de lazer e evangelização. Hoje, a casa atende nove meninas, em parceria com a Congregação do Santíssimo Redentor de Goiás.

Casa da Criança e do Adolescente – Casa Talitha Kum

Endereço: Rua 2, 846, Qd. A21, Lt.07, Jardim Goiás - Goiânia - GO CEP: 74000-000 - Telefone: (62) 3218-2070 Horário de funcionamento: Todos os dias (Período integral) Público-alvo: meninas entre 10 e 18 anos Número de assistidas: 9 meninas Revista Ação Social | 19

Lar Pio XII

Formando cidadãos Há 60 anos, o Lar Pio XII atua no auxílio das pessoas em situação de vulnerabilidade com ações fiéis aos ensinamentos de Jesus

M

aria Fernandes é mãe de João Victor, que há dois anos frequenta o Lar Pio XII. O garoto, atualmente com 12 anos de idade, participa na instituição das aulas de reforço de português, matemática, inglês, informática, e ainda, atividades de lazer como futebol e capoeira. Para a dona de casa, o Lar Pio XII é um excelente ambiente para o filho. “Sinto muita segurança em deixá-lo lá, pois é um lugar que tenho certeza que ele só vai aprender coisas boas. Ele está numa idade crítica, de formação, e como sou divorciada e ele mora comigo, lá as irmãs me auxiliam e muito para que meu filho permaneça no caminho do bem”, diz Maria Fernandes.

O sentimento de Maria Fernandes é o mesmo vivenciado por cerca de outras 40 famílias que possuem crianças ou adolescentes que também frequentam o Lar Pio XII. Sob o olhar atento e carinhoso das religiosas da Congregação das Irmãs Dominicanas do Santo Rosário, todos que passam por lá têm a oportunidade de participar de atividades que educam e instruem para o mundo e para a vida em sociedade.

O aspecto religioso também está bem presente, e de um modo respeitoso. “Temos um momento de oração semanal em que se lê o Evangelho e se comenta com eles,

20 | Revista Ação Social

depois passamos um vídeo. Temos pessoas de várias religiões, então, não focamos em uma específica, seguimos numa linha evangelizadora”, explica a presidente do Lar Pio XII, Ir. Maria Helena Carvalho.

Um pouco de história

Há 60 anos, o Lar Pio XII atua promovendo o bem e o auxílio na vida de muitas pessoas. Quando surgiu, em 1956, seu nome era Escola Doméstica Pio XII e o local acolhia crianças e jovens do sexo feminino que recebiam formação, alimentação, higiene, assistência médica e aprendiam trabalhos domésticos. O regime era internato e as mesmas recebiam noções de disciplina e religiosidade.

Em 1967, o nome da instituição foi alterado para Lar Pio XII, visto que a finalidade da obra não era de formação doméstica, mas, sim, de prestar assistência às meninas

pobres. Na década de 1980, o Lar passou a atender crianças de 3 a 7 anos de idade, na modalidade creche – educação infantil. E, a partir de 2012, o atendimento passou a ser para crianças e adolescentes de ambos os sexos, de 7 a 14 anos de idade, no modo socioeducativo.

Apesar das diversas mudanças realizadas ao longo de todos esses anos, o Lar Pio XII sempre manteve sua missão de servir e promover a vida. “Nosso objetivo é promover a vida de crianças e adolescentes através de ações articuladas de convívio social, da formação integral, de momentos de convivência e lazer, educando-os a partir de sua realidade”, disse Ir. Maria Helena Carvalho.

A instituição conta com o apoio e ajuda de várias pessoas e, desde setembro de 2013, a Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) é uma das parceiras na manutenção da obra social.

Lar Pio XII

Endereço: Rua VMR, Qd.31, Lt.24, Vila Mutirão – Goiânia - GO Telefone: 3595-5446 | E-mail: larpioxii@gmail.com Horário de funcionamento: 13h às 17h (segunda a sexta) Número de atendidos: 40 pessoas Público-alvo: Crianças e adolescentes entre 7 e 14 anos Alimentação: 2 refeições diárias Atividades: Reforço escolar, matemática, português, informática, educação física, futebol e capoeira.

Efau

Interação entre família e escola rural A Efau trabalha com a agricultura familiar e promove a interação entre as famílias, a educação e o campo

P

or meio da ajuda da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), a Escola Família Agrícola de Uirapuru (Efau) está a cada dia atraindo mais famílias que procuram a educação como forma de almejar uma vida com melhores condições.

Com uma didática diferenciada em que os alunos passam 15 dias internos na escola e outros 15 em suas propriedades, aplicando o que foi repassado, a Efau vem produzindo bons frutos.

Este ano, de acordo com a diretora da escola, Irmã Elza Amado dos Santos, a interatividade entre as famílias e a escola está ainda maior. Segundo ela, um número maior de reuniões familiares está sendo realizado e a participação dos pais nos projetos dos alunos tem sido mais evidente. “Temos a participação de alunos de dez municípios aqui na escola e estamos vendo a presença de todas as famílias aqui sempre que é possível”, relata.

De acordo com a diretora, dentro da grade curricular de cada sala, além das matérias tradicionais, cada turma recebe um tema para trabalhar durante o bimestre. Dessa forma, eles levam isso para suas casas e trabalham em família. “Como eles ficam 15 dias em casa para aplicar o que foi repassado aqui, eles sempre trazem as respostas desse estudo e isso é gratificante”, comemora.

Na escola, muitos projetos já foram implantados, como por exemplo, o cultivo de hortaliças na própria unidade para consumo e venda. Dentro da escola há plantações de alface, mandioca, couve, repolho, rúcula, beterraba, cenoura, entre outras.

Além disso, a suinocultura e avicultura também já são praticadas na escola. “Hoje passamos a consumir menos carne vermelha para economizar na compra e consumimos mais aves e carne suína, oriunda de uma criação feita aqui mesmo, e cuidada pelos próprios alunos”, explica a diretora.

Esses projetos buscam sempre orientar sobre a conscientização e a agricultura sustentável. Diante disso, outro projeto que está em andamento é a fruticultura.

“Este ano, tivemos como projeto para alguns alunos o abacaxizal e o cultivo de maracujá, que já deu certo”, conta Ir. Elza Amado.

Prática

Os ensinamentos da Efau vêm surtindo bons resultados na cidade de Mozarlândia (GO). Luzia Cândido da Silva colocou o filho Gilmar Camelo da Costa Junior na escola há dois anos. De lá para cá, ela conta que ele passou a comentar o que acontece na escola e os pais puderam, a partir daí, participar mais na vida escolar dele.

Segundo Luzia, apesar do seu estranhamento inicial por conta da didática diferente, hoje, ela aprova o trabalho. “Colabora com o desenvolvimento familiar e a gente tem um contato direto com os filhos e a escola. É uma experiência muito boa e diferente”, ressalta.

Luzia comenta que, em Mozarlândia, os ensinamentos da escola já foram aplicados.

“Nós temos uma horta em casa e ainda repassamos para escolas aqui do município e está sendo muito bem aceito”.

Escola Família Agrícola de Uirapuru (Efau)

Endereço: Fazenda Taquari, GO 156, Km 029, Escola Agrícola, Zona Rural - Uirapuru - GO Telefone: (62) 98207-3133 / (62) 98203-7740 Horário de funcionamento: Todos os dias. 7h às 22h Número de atendidos: 120 alunos Público-alvo: adolescentes e jovens entre 14 e 25 anos Atividades: Além das matérias obrigatórias do Ensino Médio, a Efau oferece o curso técnico agropecuário integrado e mais de 20 matérias técnicas com professores formados em Agronomia e Medicina Veterinária. Outro ponto importante na escola é focar na formação humana religiosa, por meio do conhecimento e intimidade com os ensinamentos de Jesus.

Revista Ação Social | 21

Revista Ação Social | 23

Casc

Valor à vida Por meio da cidadania, o Centro de Assistência Social de Campinas (Casc) dignifica e valoriza a vida de muitas pessoas

E

nxergar verdadeiramente as pessoas. Assim tem sido o trabalho diário do Centro de Assistência Social de Campinas (Casc) que, há vários anos, desenvolve a missão de promover cidadania e dignidade aos mais carentes. Com trabalho voluntário e doações, o Casc possibilita o auxílio e o resgate na vida de muita gente.

Pessoas que antes não tinham o que comer, hoje têm a oportunidade de ganhar uma cesta básica e alimentar sua família.

Outras que estavam em estado de depressão, encontraram nas oficinas ocupacionais e em outras atividades o refúgio para uma vida ativa e feliz.

Novidades

O ano de 2016 está sendo de algumas mudanças para a instituição. Desde o fim do primeiro semestre, o Casc está passando por uma reformulação para atender melhor a comunidade. “Estamos reorganizando a estrutura de atendimento, estabelecendo critérios de modo que o nosso auxílio realmente alcance as pessoas mais necessitadas”, explica o diretor do Casc, Pe. Paulo Cézar Nunes de Oliveira.

Além de continuar com os atendimentos já realizados, a nova estrutura traz como novidade o projeto Lugar Seguro, que “é um trabalho com as gestantes em todos os tipos de situações, não somente as consideradas em vulnerabilidade por situação de rua ou pobreza extrema”, disse Pe. Paulo Cézar.

Atualmente, o Casc realiza atendimento psicológico, principalmente para crianças e adolescentes em situação de risco; ocupacional, por meio do projeto Cantinho do Artesanato, onde são oferecidas oficinas de crochê, tricô, pintura e desenho; assistencial, com doação de cestas básicas e fraldas; e ainda faz encaminhamentos para consultas médicas. Outros projetos também são desenvolvidos como a escola de informática, apoio aos “flanelinhas”, oficina de costura industrial, além do bazar de roupas novas e usadas.

O Casc atende centenas de pessoas em suas várias atividades, mas, de modo fixo, atualmente, são assistidas, em média e mensalmente, 30 gestantes, 25 pessoas que recebem atendimento psicológico, 40 são encaminhadas a consultas médicas, 25 recebem doações de fraldas geriátricas, 150 recebem doação de alimentos específicos como arroz, feijão e óleo e 120 famílias recebem doação de cestas básicas.

24 | Revista Ação Social

Auxílio mútuo

Doramar Teixeira Meira, há seis anos, sofria com depressão e síndrome do pânico.

Cheia de tristeza, ela chorava muito e tomava diariamente mais de 10 comprimidos. Certa vez, ela foi à Matriz de Campinas para rezar e lá soube que o Casc oferecia atendimento psicológico. Foi à consulta e o profissional a orientou a fazer alguma atividade ocupacional, e disse que no próprio Casc ela encontraria esta oportunidade. Ela então passou a fazer aulas de fuxico, mas se encontrou mesmo foi no crochê. “A Ir. Mazé, que na época estava no Casc, me arrumou um barbante e me entregou. Comecei a fazer e a ensinar uma menina que estava ao meu lado e se interessou pelo que eu estava fazendo. Os dias foram passando e mais pessoas passaram a aprender comigo e acabei por ministrar a oficina de crochê”, disse.

E nos momentos de fraqueza, Doramar percebia a ação do Pai Eterno em sua vida: “Deus é muito providente. Certo dia, eu disse que não conseguiria ir mais, porque eu chorava muito, por conta da depressão. Neste belo dia me aparece uma aluna cega. Então eu pensei: ‘Meu Deus, misericórdia! Como é que pode? Como vou ensiná-la?’. E a resposta de Deus veio através da minha aluna que disse: ‘Não fique nervosa’. Ela pegou minha mão, colocou a dela por cima e, através dos movimentos, aprendeu a fazer flores belíssimas. Ela ficou comigo duas semanas e depois nunca mais a vi. Esta experiência me fez entender que Deus quis dizer para mim: ‘Sou eu quem capacito’. Eu agradeço muito a Deus, porque foi através do Cantinho do Artesanato do Casc, que eu fui melhorando e hoje tenho a graça de estar feliz, além de ocupar a mente e conviver com pessoas maravilhosas”.

Centro de Assistência Social de Campinas (Casc)

Endereço: Rua Senador Morais Filho, Qd. 15, lt. 01, 884, St. Campinas Goiânia - GO – CEP: 74515-010 Telefone: (62) 3533-5321 – E-mail: cascmatriz@hotmail.com Horário de funcionamento: 8h às 17h (segunda a sexta) Público-alvo: crianças, adolescentes, gestantes e idosos.

Creche Promovida

18 anos de cuidado ao próximo A Creche Promovida faz aniversário e recebe o melhor presente: ver a vida de crianças e adolescentes sendo transformadas

A

Ação Social Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Creche Promovida) realiza um trabalho que oferece educação, formação artística e apoio à crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social e pessoal.

A coordenadora do projeto creche, Selma Freitas, afirma que é muito gratificante ver este trabalho crescendo e dando frutos.

“A base foi solidificada com muito zelo e responsabilidade, o objetivo primordial de ‘promover’ vidas continua ativo e com muito mais fortalecimento”, explica. Ao longo destes 18 anos, milhares de crianças foram atendidas e tiveram suas vidas tocadas e modificadas por este projeto.

Para desenvolver este projeto com tamanha responsabilidade é importante manter o foco no objetivo principal: oferecer assistência aos mais necessitados.

Além disso, a busca pela qualidade dos serviços deve ser constante, principalmente com os profissionais que se envolvem. “É um serviço prestado com muito amor e dedicação como mecanismos de intervenção para colheita de frutíferas histórias de vidas transformadas”, conta Selma.

A Zenaílde de Oliveira, carinhosamente conhecida como Zena, afirma que trabalhar na Promovida é algo muito gratificante. “Quando eu chego aqui e as crianças me cumprimentam, me abraçam, isto muda meu dia. Aqui eu passei a perceber o mundo de outra forma, a relativizar meus problemas e, ao ver as crianças felizes, percebo que estamos realmente fazendo a diferença na vida delas” explica.

Na Promovida, crianças, entre 6 e 14 anos, participam de atividades esportivas, aulas de pintura, informática, música e também reforço escolar. É um ambiente saudável e acolhedor que proporciona segurança para as mães carentes que não têm onde deixar os filhos, além disso, as crianças ficam em um ambiente seguro, longe de más influências e demais perigos que a rua oferece.

Neste ano, um dos objetivos alcançados pela Promovida foi fortalecer o grupo de teatro junto com a comunidade. “Por meio do teatro nós queremos despertar o sentimento de pertencimento a cidade satélite de São Sebastião. Queremos que as crianças saibam de onde vêm e se orgulhem disso”, explica a coordenadora.

Outro bom presente de aniversário que o projeto recebeu foi o aumento do número de voluntários que se dedicam à

Creche e também a interação da equipe com as outras Obras Sociais Redentoristas, durante os momentos de formação.

A Angel Vitória tem 12 anos e gosta de participar de todas as atividades, mas a sua favorita é o teatro. “Eu gosto muito do teatro porque lá eu perco a timidez, aprendo a decorar as falas... Lá a gente faz personagens diferentes, faz fantoches, é muito divertido”, conta. A Helena da Silva é mãe de uma das crianças atendidas na Promovida. Para ela, a Creche é a certeza de que a filha está num local saudável, seguro e recebendo ensinamentos para ser uma pessoa boa e digna. “A minha filha adora as oficinas de músicas, ela ama cantar e sem a Promovida ela não teria a oportunidade de descobrir este talento e desenvolvê-lo”, avalia.

Para o próximo ano, a Creche Promovida pretende fortalecer os vínculos entre crianças e familiares com gincanas e torneios. “Nós desejamos também incluir o judô nas atividades esportivas e intensificar o Projeto Aprofundando Raízes – Identidade com a cidade onde moram para melhor cuidar e amar”, aponta Selma.

A maior alegria de poder fazer parte deste projeto é ver as vidas sendo transformadas. Assim, se tem a certeza de que a vontade do Pai Eterno está se realizando a cada dia. “Temos um sentimento de trabalho realizado com a participação e valorização de muitos dons disponibilizados em favor de pessoas menos favorecidas para que elas possam se fortalecer e favorecer uma realidade promissora aos descendentes”, finaliza Selma Freitas.

Ação Social Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Creche Promovida)

Endereço: Rua do Caic, 270, Centro, São Sebastião - DF – CEP: 71691-047 Telefone: (61) 3355-7031 – E-mail: promovida_4@hotmail.com Horário de funcionamento: 8h às 17h (segunda a sexta-feira) Número de Assistidos: 220 (entre crianças e adolescentes) Público-alvo: crianças entre 6 e 14 anos em situação de vulnerabilidade social e pessoal Atividades: reforço escolar, práticas esportivas, pintura, informática, aula de violão e oficina de teatro.

Revista Ação Social | 25

Associação Padre Júlio Negrizzolo

Fé em atos A Associação Pe. Júlio Negrizzolo promove a recuperação de dependentes químicos com tratamento profissional, mas principalmente muito amor

H

á alguns anos o envolvimento das pessoas com substâncias químicas ilícitas se tornou um grande problema social, atingindo desde as pessoas mais ricas até as mais pobres e gerando muita violência. Porém, o maior mal que essa dependência causa é o afastamento do lar, da família, do trabalho e da própria dignidade. Muitos chegam a ir morar na rua devido ao problema do vício.

Com o objetivo de mudar, ainda que aos poucos, esta realidade e de restaurar vidas, a Associação Pe. Júlio Negrizzolo – Centro de Espiritualidade Rosa Mística foi criada. O diretor espiritual do projeto e Missionário Redentorista, Pe. Vanilson Silva, explica que é um trabalho cheio de desafios, mas muito necessário para a sociedade. Atualmente, a Associação atende 12 residentes e possui uma fila de espera.

“O atendimento é totalmente gratuito, os assistidos são acompanhados por médicos e psicólogos, participam de oficinas e momentos de oração”, disse o padre.

O dia dos residentes começa cedo. Às 7h30, eles já participam de um encontro para rezar e, ao longo do dia, eles participam de encontros terapêuticos e realizam trabalhos manuais, como cuidar da horta. Nas oficinas artesanais, eles trabalham com marcenaria e também pintura. “Caso seja necessário, nós também os encaminhamos para consultas com oftalmologis26 | Revista Ação Social

ta, dentista, fisioterapeuta. É preciso estar atento à necessidade física e espiritual de cada um”, afirma Pe. Vanilson. O interno permanece no local pelo período de nove meses a um ano. Durante este tempo, eles passam por uma avaliação para saber se há a necessidade de estender a internação ou não.

Apesar do pouco tempo de funcionamento, a Associação já colhe bons resultados deste trabalho de fé e perseverança, o José Gino é um deles. Ele tem 52 anos e está, há sete meses, na casa de recuperação. Quando chegou ao local, Gino não tinha forças nem para andar do dormitório ao refeitório, mas com o amor, apoio e todo o trabalho feito pelos colaboradores, hoje, ele está saudável e se dedica ao trabalho na horta. “Para mim, é uma bênção estar aqui. Eu vim para recomeçar porque na situação em que eu estava já não era possível continuar”, confessa.

Para Ivanilde Vieira Lima, que é auxiliar administrativa da Associação, este projeto é uma porta que se abre para

pessoas que estão totalmente sem esperanças. “Nós usamos muito a Parábola do Bom Samaritano como principal inspiração para nosso trabalho. Nós acolhemos aqueles que estão à beira do caminho. Dar a oportunidade para que um irmão possa se reerguer, possa reconstruir sua vida é algo que não tem preço, principalmente nesta situação da dependência em que é difícil o outro estender a mão” explica Ivanilde.

A Associação foi construída com o apoio da comunidade que ajudou, por meio de doações, a tornar este projeto real e até hoje não deixam de colaborar para que esta obra cresça e possa atender ainda mais pessoas. No quarto domingo de cada mês, a Associação abre suas portas para celebrar uma missa não só com os assistidos, mas também com seus familiares e amigos.

Além disso, voluntários se organizam para fazer um almoço e lanche para vender a quem for à missa. Toda a renda é revertida para finalizar e melhorar ainda mais o Centro de Espiritualidade Rosa Mística.

Associação Padre Júlio Negrizzolo Centro de Espiritualidade Rosa Mística

Endereço: Núcleo Rural Recanto da Conquista, Chácara 6 São Sebastião - DF - CEP: 71693-500 Telefone: (61) 3711-7171 / E-mail: apjn@apjn.com.br | Número de assistidos: 12 Público-alvo: Dependentes químicos Atividades: Tratamento médico, psicológico, atividades artesanais e momentos de oração.

Revista Ação Social | 27

Nossa missão Para os Missionários Redentoristas, o mais importante é ver que a Misericórdia do Pai se manifesta em cada gesto concreto de amor ao próximo

O

trabalho caritativo das Obras Sociais Redentoristas vai além do que é oferecido nos Centros Sociais da Província Redentorista de Goiás. Com a ajuda de cada apoiador, seja no apadrinhamento das crianças ou na doação de roupas, móveis e alimentos, o trabalho se estende, ainda, para outras instituições, como asilos, centros de convivência, pastorais, conventos, seminários, escolas, presídios e, principalmente, para famílias carentes que vivem nas proximidades dos Centros.

As Obras Sociais Redentoristas distribuem parte de tudo que recebem como forma de levar essa ajuda a um número ainda maior de pessoas. Neste ano, centenas de famílias foram beneficiadas com a doação mensal de cestas básicas, caixas de leite, roupas e até cobertores.

Instituições, como o Asilo de Trindade, o Lar de Idosos de Nazário e a Vila São Cottolengo, foram beneficiadas também com fraldas geriátricas, além de alimentos, que foram distribuídos ainda para a Pastoral de Rua de Goiânia, para o Centro de Convivência Betel e para a Unidade Prisional de Trindade. Uma escola e um CMEI da cidade também foram beneficiados, assim como a Paróquia Divino Pai Eterno, o Encontro de Casais e o Projeto Compromisso, que realizam trabalhos de evangelização entre as famílias trindadenses. O Projeto Missionário de Formação das Juventudes também recebeu ajuda das Obras Sociais Redentoristas na missão realizada na Amazônia, em agosto de 2016.

Na parte ambiental, mudas de árvores típicas do cerrado foram distribuídas entre a população, que foi encarregada de se responsabilizar pelo crescimento saudável de cada planta, além de ações de reflorestamento, onde sementes foram doadas para que mais árvores sejam plantadas na região.

Tudo isso além das quatro refeições diárias oferecidas nos Centros Sociais Redentoristas, fruto da preocupação com os assistidos que, em muitos casos, têm apenas o alimento que recebem enquanto estão sob os cuidados dos Missionários Redentoristas, ajudados pelos educadores sociais. Por isso é preciso fornecer, desde o café da manhã até o jantar, alimentos de qualidade que componham refeições saudáveis e reforçadas.

Esse trabalho só existe com sua ajuda! Deseja conhecer e contribuir com as Obras Sociais Redentoristas? Acesse: www.obrassociaisredentoristas.com.br ou entre em contato pelo telefone (62) 3505-1340. Venha você também fazer parte desta obra de amor!

Obras Sociais Redentoristas

Telefone: (62) 3505-1340 – E-mail: cespe1340@gmail.com Número de atendidos: cerca de 1.300, entre crianças, jovens, adultos e idosos.

Público-alvo: população carente de Trindade e Goiânia.

Atividades: recreação, esporte, cursos profissionalizantes, idiomas, música e aprendizagem lúdico pedagógica.

28 | Revista Ação Social

Projeto Ensinando para a Vida

Aprender para ensinar Projeto busca orientar os jovens a discernir sua vocação, atendendo ao chamado do Pai para suas vidas para vocação sacerdotal

M

uitas vezes nos perguntamos o quanto uma obra social pode realmente mudar na vida de alguém. Será que uma pequena doação mensal realmente faz a diferença no destino de uma pessoa? Os trabalhos sociais desenvolvidos pelas Obras Sociais Redentoristas respondem positivamente a estes questionamentos.

Sim, a doação dos filhos e filhas do Pai Eterno chega a quem precisa e transforma a realidade de milhares de pessoas, seja criança, adolescente, adulto ou idoso. O jovem Ênede Cordeiro dos Reis é um dos vários exemplos de como as Obras Sociais Redentoristas dão oportunidade a quem mais precisa. Ele começou ainda criança no Centro Social Redentorista (CSR), participou do projeto Ensinando para a Vida.

Para ele, a participação nesses projetos foi essencial para que pudesse tomar decisões corretas sobre o que seguir na vida. “Foi no Ensinando para a Vida que tive o discernimento para a minha vida, lá compreendi o chamado do Pai Eterno para ser missionário”, explica. Em todas as Obras Sociais Redentoristas é constante a presença da oração e da evangelização, e lá muitas vocações são despertadas para servir a igreja de diversas maneiras: na música, no ministério da Eucaristia, como acólito e, é claro, na vida religiosa.

O Ensinando para a Vida existe para acolher esses vocacionados, justamente para que eles possam compreender melhor o caminho que desejam seguir dentro da Igreja e confirmar o convite do Divino

Pai Eterno em seus corações.

Enêde conta que além da vocação religiosa, ele também percebeu que tinha o dom para a música. “Eu não sabia que podia cantar, mas uma das irmãs que cuidavam de nós percebeu este talento em mim e me encaminhou para as aulas”, lembra. O jovem afirma que o projeto foi essencial para praticar esportes, aprender a conviver bem e saudavelmente com outras pessoas e para organizar sua vida.

O Ensinando para a Vida é uma obra social de acolhida, que recebe de braços abertos todos aqueles que desejam conhecer mais sobre Deus, sobre a Igreja Católica e quem sabe seguir neste bonito caminho que é abrir mão de si para servir aos mais necessitados e levar a palavra e a misericórdia do Pai por onde passar.

Projeto Ensinando para a Vida

Endereço: Rua 230, 256, Vila Monticelli – Goiânia - GO – CEP: 74641-970 Telefone: (62) 4009-1266 Revista Ação Social | 29

Projeto Ação Morar com Dignidade

Sonho concreto Projeto redentorista oferece dignidade e bem-estar a famílias carentes com reformas e construções de casas

O

sonho da casa própria é algo que está presente na vida da maioria das pessoas. Mas, para muitas delas, esse sonho é algo distante de ser alcançado, devido, principalmente, aos poucos recursos financeiros. Diante desta realidade, há mais de 50 anos, a Congregação Redentorista de Goiás realiza a ação Morar com Dignidade. O projeto consiste, efetivamente, na reforma ou construção de casas para famílias carentes que, de alguma forma, são ligadas à missão redentorista, como participantes de atividades ou como prestadores de serviços na Província Redentorista de Goiás.

Concretização de um sonho

Em outubro de 2015, teve início o grande sonho da vida da voluntária das Obras Sociais Redentoristas, Francisca Alves do Nascimento, que era ter uma casa própria. Natural de Tuntun (MA) e mãe de dez filhos, Francisca se mudou para Trindade (GO) em 1999. Vizinha do Centro Social Pai Eterno (Cespe), ela sempre esteve presente colaborando nos eventos da instituição. Diante das necessidades de sua vida, Francisca foi beneficiada pela Congregação pelo Morar com Dignidade.

Após cinco meses de construção, em março de 2016, Francisca teve seu sonho concretizado ao receber em suas mãos as chaves de sua casa. “É maravilhoso tudo que a Congregação faz por mim, agradeço de todo coração as pessoas que me ajudaram nessa conquista. Me sinto muito feliz por ter um lar que é meu agora. Minha gratidão é maior ainda ao Pai Eterno e a nossa mãezinha (Nossa Senhora), porque é graças a bondade deles que recebi esse presente”, declara.

Até o final de 2016 mais duas famílias de Trindade serão contempladas com a moradia. Além da construção dessas casas, o Morar com Dignidade também está reformando e ampliando o Centro Social Redentorista (CSR), no Setor Pontakayana, em Trindade. [Veja na página 11] 30 | Revista Ação Social

Projeto Ação Morar com Dignidade

Endereço: Rua 230, 256, Vila Monticelli – Goiânia - GO – CEP 74641-970 Telefone: (62) 4009-1266 Número de assistidos: mais de 50 famílias

JUMIRE

Uma experiência viva do amor de Deus Projeto destinado à juventude permite uma intensa conexão com o Pai Eterno e mostra que a vida é muito mais bonita que o mundo pode oferecer

A

Juventude Missionária Redentorista, conhecida como Jumire, nasceu com o objetivo de levar os jovens para mais perto do amor do Pai Eterno. O grupo, que reúne jovens de Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Distrito Federal, conta com milhares participantes, que se encontram regularmente em momentos de partilha e oração.

As iniciativas ganham o nome de “Jumire em Ação”, onde são desenvolvidas atividades como o Compromisso e o Cenáculo, que são as frentes de trabalho do grupo. Na evangelização, os jovens, numa parceria com as Obras Sociais Redentoristas, podem participar de ações sociais além de serem inseridos na catequese e no estudo teológico, inclusive sobre liturgia, e receberem formação e aprofundamento na vida cristã e de comunidade. Esses jovens têm, ainda, a oportunidade de organizar eventos, como o Dia Nacional da Juventude, participar de viagens entre os Estados que compõem a província para promover os encontros. Nesses momentos, teatro e música são apresentados, como forma de dinamizar os eventos e desenvolver a interação dos jovens.

Além desses encontros regionais, anualmente a Jumire realiza uma romaria a um dos santuários cuidados pelos missionários redentoristas, no Brasil. Este ano a peregrinação será em Aparecida (SP), no Santuário Basílica de Nossa Senhora da Conceição Aparecida.

Projeto Compromisso

Na Província de Goiás, destaca-se o Projeto Compromisso, que é coordenado pelo Missionário Redentorista, padre Fábio Pascoal. De acordo com ele, a iniciativa surgiu em 2001, “diante da necessidade de arrebanhar e oferecer formação cristã de qualidade para a juventude”. Regido pelo lema “Ser cristão sem deixar de ser jovem”, o Compromisso se consolida como um dos principais meios de evangelização jovem da região Centro-Oeste. O objetivo do trabalho é despertar no jovem a proximidade da experiência de Deus e, assim, fortalecer sua fé num caminho de capacitação para o trabalho pastoral.

Nos encontros, essa juventude é apresentada à realidade de Cristo, em que a vida se torna oferta pelo irmão, proporcionando uma experiência viva e profunda do amor de Deus. O projeto se inicia na vida do jovem com um retiro de três dias, realizado uma vez por ano, em que passagens bíblicas e temas do cotidiano social são apresentados em meio a pregações e momentos de partilha e oração. “Desta forma, podemos levar o jovem a se sentir valorizado, experimentando um Deus que é amor e que se faz presente na vida dele em diversos aspectos”, afirma o Missionário Redentorista responsável pelo trabalho.

Cenáculo

O Cenáculo é um projeto trienal de capacitação e formação de lideranças jovens.

Ele é um organismo da Jumire com foco no estudo e aprofundamento da fé cristã.

De acordo com Pe. Fábio, o projeto nasceu em 2013 para ser a base formativa diante da expansão dos trabalhos da Juventude Missionária Redentorista na Província de Goiás. Ele afirma que “todas as ações da Jumire em Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Distrito Federal são pensadas, avaliadas, organizadas e realizadas pelos jovens que compõem o Cenáculo”.

O projeto foi pensado para favorecer justamente a formação dos assessores, articuladores, condutores e supervisores junto aos demais trabalhos da Jumire em Ação.

Para fazer parte do Cenáculo, o jovem precisa fazer parte do Compromisso há pelo menos três anos, que é o tempo em que recebe toda a formação necessária. Além disso, são convidados a fazerem um retiro espiritual e participarem mensalmente de reuniões formativas de aprofundamento teológico e planejamento de ações.

JUMIRE – Juventude Missionária Redentorista

Telefone: (62) 98606-0483 / (62) 99610-1485 E-mail: secretariajumire@gmail.com Público-alvo: Jovens com idade entre 16 e 28 anos, de modo especial, os que estão afastados da vida de comunidade e suas famílias.

Revista Ação Social | 31

Ação Social Redentorista

Amor em ação Projeto anual busca fazer o bem e seguir os passos de Jesus

A

Ação Social Redentorista tem a missão de promover um momento de doação daquilo que temos de mais rico em nosso ser: o Amor. É a oportunidade de colocar em prática os ensinamentos do Pai Eterno, que nos manda amar o próximo como a nós mesmos. Santo Afonso Maria de Ligório, fundador da Congregação do Santíssimo Redentor, dizia que “fazer a vontade de Deus é fazer o que Deus quer, e querer o que Deus faz”. Desta forma, cada um de nós, como cristãos, devemos acreditar sempre ser possível a doação de si próprio pelo irmão mais necessitado.

Diariamente, homens que doaram a vida, em sua integralidade, renovam este compromisso de amor, ao caminharem ao encontro dos pobres. Esses homens, que deixam casa, família e bens em nome de Deus, são imbuídos de uma missão ainda maior: anunciar o Redentor. No entanto, este anúncio de amor não cabe apenas aos Missionários Redentoristas, mas a cada um de nós, cristãos, filhos do Pai Eterno.

Neste caminho de doação e evangelização, as Obras Sociais Redentoristas, que desenvolvem um trabalho voltado à população carente, organizam a Ação Social Redentorista, um projeto em que toda a comunidade é convidada a praticar o bem.

Realizada anualmente, a Ação Social é como um caminho trilhado a cada ano, mas não um caminho qualquer... Fazer o bem é seguir o caminho que leva à santidade.

32 | Revista Ação Social

Diretor das Obras Sociais Redentoristas de Goiás, padre Reinaldo Martins, diz que, a cada ano, a emoção de participar da Ação Social é mais forte. “Somos abraçados por Cristo em cada criancinha, recebemos a gratidão de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro através do olhar de cada mãe e o

aperto de mão firme de cada pai, que representa naquele momento São José. A ajuda que levamos às famílias carentes de Trindade e dos municípios vizinhos são para nós, Missionários Redentoristas, como um bálsamo por estar diante da verdadeira Sagrada Família de Nazaré”, define.

Conscientização ambiental

Em 2016, a Ação Social se une ao Gesto Concreto da Campanha da Fraternidade, cujo tema é: “Casa Comum, Nossa Responsabilidade”. Por isso, este ano, as atividades estão voltadas ao reflorestamento da nascente do córrego Barro Preto em Trindade (GO), que dá valor histórico ao município e à devoção ao Divino Pai Eterno. A Capital da Fé de Goiás, antes chamada Barro Preto, nasceu às margens deste córrego, onde o Medalhão com a Imagem da Santíssima Trindade foi encontrado por um casal de agricultores.

A cada ano, a escolha da região e da temática é realizada de acordo com as necessidades particulares do local. Diante disso, a nascente do Barro Preto, que se encontra em profunda degradação, sendo lugar de depósitos de rejeitos urbanos, como entulhos da construção civil, além de invasões, foi eleita para a Ação em 2016.

Com a Ação Social Redentorista e o trabalho de conscientização desenvolvido ao longo do ano, o que se almeja, de fato, é levar melhorias para a população trindadense, despertando nas crianças, jovens e adultos, uma nova mentalidade, centrada no cuidado com o ambiente social em que vivemos, além de fazer uma memória histórica da nossa região.

Ação Social Redentorista

Telefone: (62) 3505-1340 | E-mail: projetos.osr@hotmail.com Atividades: Plantio de 300 mudas de árvores nativas e palestras de conscientização.

Gesto Concreto

Campanha da Fraternidade em ação Obras Sociais transformam em Gesto Concreto o que é proposto na Campanha da Fraternidade Ecumênica

C

omo acontece desde 2014, o Gesto Concreto realizado pelas Obras Sociais Redentoristas em Goiás busca transformar em ação o que é proposto na Campanha da Fraternidade de cada ano. Em 2016, o tema sugerido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi “Casa Comum, Nossa Responsabilidade”.

Dentro dessa proposta, ações concretas foram realizadas nas Obras Sociais Redentoristas em Goiás. O objetivo foi despertar o cuidado com o meio ambiente e o saneamento básico. O Gesto Concreto da Campanha da Fraternidade foi realizado de forma ecumênica com várias atividades. Começaram com celebrações nas unidades dos Centros Sociais e a realização também de novenas. Além disso, atividades práticas que concretizavam a proposta do Gesto Concreto foram realizadas.

Uma delas, por exemplo, foi a oficina de reciclagem realizada no Centro Social Pai Eterno (Cespe), em Trindade (GO), em que potes de vidro foram usados e transformados em uma nova peça decorada.

O reaproveitamento de alimentos foi mais uma das atividades que aconteceram em consonância com a Campanha. As colaboradoras das Obras Sociais e donas de casa da comunidade aprenderam a fazer várias receitas com alimentos que antes eram descartados. Um exemplo é a casca de banana transformada em bolo e até em bife empanado. Outra opção ensinada foi o brigadeiro de mandioca e a farofinha, que surpreendeu o paladar de quem experimentou. “Essas coisas a gente jogava no lixo e agora vimos que se tornam um prato saboroso e nutritivo”, disse a auxiliar de serviços gerais Sirlene Inácio Manso.

A troca sustentável também foi um gesto concreto realizado pelas Obras este ano. Pessoas da comunidade puderam trocar produtos recicláveis como papelão, garrafas de plástico e alumínio por frutas e verduras.

A comunidade aprovou a ideia. “A gente aproveita aquilo que para alguns não tem utilidade, e ainda pega uma verdura fresquinha. Então, foi uma iniciativa criativa”, disse o aposentado Idelvando Moreira.

De acordo com o diretor das Obras Sociais Redentoristas, padre Reinaldo Martins, o Gesto Concreto foi realizado com louvor. “Trabalhamos bem o tema da Campanha da Fraternidade este ano. Nos Centros Sociais nós desenvolvemos diversas ações que pudessem trabalhar a conscientização dos nossos assistidos e também da comunidade em geral”, avalia.

Gesto Concreto

Endereço: CESPE / CECAM – Rua Teodora Mendes, 475, Setor Samarah.

Trindade - GO. CEP: 753800-000 Telefone: (62) 3505-1340 Público-Alvo: assistidos e comunidade vizinha às Obras Sociais Redentoristas Número de atendidos: Em média 550 pessoas.

Revista Ação Social | 33

Natal das Obras Sociais Redentoristas

O melhor Natal O Natal das Obras Sociais busca levar o melhor presente: a certeza de que Jesus nasceu e veio para nos amar

A

celebração do Natal das Obras Sociais é um dos momentos mais esperados do ano, isto porque toda a comunidade se envolve com a organização da festa. As crianças e adolescentes preparam apresentações artísticas, os colaboradores e voluntários ficam por conta da organização e arrecadação de doações e a comunidade abre a porta de casa para receber a Novena de Natal. Este ano, será o 12º Natal das Obras Sociais e ocorrerá no dia 18 de dezembro, uma semana antes do dia 25.

Além da distribuição de brinquedos para as crianças, o Natal das Obras Sociais oferece diversas atividades, como o cantinho da beleza, praça de alimentação, parque de diversões, além das apresentações dos Centros Sociais. Durante toda a festa, 120 voluntários se dividem para que o trabalho seja conduzido com muito carinho e qualidade.

Lucélia Bueno já trabalhou várias vezes no Natal das Obras e, para ela, a emoção sempre é diferente. “Ao longo dos anos, as pessoas vão mudando, mudam-se alguns conceitos, então eu sempre me surpreendo

34 || Revista Revista Ação Ação Social Social 34

e me emociono”, conta. Para ela, o que mais chama atenção é ver a surpresa dos moradores da região onde acontece a celebração. “Lá é uma região muito pobre, muito carente mesmo, então eles ficam surpresos ao receberem presentes novos, uma comida gostosa e ao verem que tudo aquilo foi feito com amor para eles”, explica.

A expectativa deste ano é acolher cerca de 1.500 crianças, tanto as que frequentam os centros sociais, quanto as que moram na região periférica de Trindade (GO). Toda a preparação para o Natal das Obras começa por volta do mês de outubro com a arrecadação de doações e o trabalho de planejamento. Além disso, as famílias da comunidade são convidadas a rezar a Novena Natalina em casa, e muitas abrem suas portas e, assim, a cada dia o novenário é rezado em um lar diferente. Os assistidos pelos centros (sejam eles adultos, crianças ou adolescentes), assumem também o compromisso de ser um evangelizador, de levar a notícia que o Salvador vai nascer.

Para a voluntária Lucélia Bueno o diferencial do Natal das Obras Sociais é que

cada colaborador trabalha por este evento como se estivesse preparando a ceia na própria casa: “Quando vai chegando o final de outubro todos só falam do Natal com muita alegria e isso nos motiva a fazer um trabalho ainda melhor”.

Toda a equipe que trabalha no dia da festa passa por formação para entender as necessidades daquelas famílias, que são muito carentes. Todo este amor dedicado em cada detalhe da festa é o que torna o Natal das Obras Sociais um verdadeiro encanto para quem participa e para quem trabalha.

Natal das Obras Sociais Redentoristas

Endereço: Rua Teodora Mendes, 475 Setor Samarah - Trindade - GO CEP: 75380-000 Telefone: (62) 3505-1340 E-mail: projetos.osr@hotmail.com Número de assistidos: 1500 crianças Atividades: distribuição de brinquedos e alimentos, participação na Novena de Natal e apresentação cultural.

Revista Ação Social | 35

36 | Revista Ação Social