Revista Pai Eterno – nº 10, Dezembro de 2018

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Artigo

Belém é aqui e agora!

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Natal se configura como o tempo mais sublime da generosidade divina. Isso porque, em Jesus, Deus se torna humano. Ela criou a humanidade, mas só se tornou sangue de nosso sangue e carne de nossa carne com a encarnação do Verbo: “Estes não nasceram do sangue, nem do impulso da carne, nem do desejo do homem, mas nasceram de Deus. E a Palavra se fez homem e habitou entre nós” (João 1,13-14). O nascimento de Jesus é o momento propício para celebrarmos a simplicidade de Deus. Os Evangelhos dão o testemunho de que Ele se instalou em uma região de extrema pobreza, entre jumentos e bois, nascido na manjedoura, porque não encontrou lugar no coração dos homens. Mesmo assim, em Sua infinita candura, assumiu tudo o que era próprio do humano, exceto o pecado. Partindo da nossa vulnerável condição, deu-nos vida e concedeu-nos o dom da salvação! Hoje, Ele não nos pede ouro, incenso, muito menos mirra, mas, sobretudo, o nosso coração. Ainda que ele esteja ferido por mágoas passadas ou dilacerado por intensos sofrimentos, não devemos ter qualquer temor de entregá-lo nas mãos de Deus. Somente a fé pode renovar o interior de nossa alma, nos ensinando a perdoar cada ofensa sentida, a superar cada dificuldade experimentada e a transformar as atitudes envelhecidas em comportamentos renovados pela generosidade. Faz bem lembrar que, em nós, habitam dificuldades e habilidades,

sombras e luzes, acertos e erros, fortalezas e fraquezas, bem como limites e superações. Mesmo assim, em nós também mora a semente genuína de Deus que se sobrepõe a todo mal. No Natal, é preciso visitar as profundezas que nos constituem e ali encontrar a manjedoura divina. Nela está o Menino Jesus, aguardando por nós, de braços abertos. Ele vem para trazer vida e salvação onde antes habitava o pecado e a perdição. No lugar da mágoa ressentida, aparece o perdão que liberta. Ao invés do ódio doentio, nasce o amor que reconcilia. Na contramão do desespero frustrado, a esperança viva. “Eu lhes darei um só coração e os animarei com um espírito novo: extrairei do seu corpo o coração de pedra, para substituí-lo por um coração de carne” (Ezequiel 11,19). De fato, o Natal reconcilia o nosso passado, santifica o momento presente e protege a dimensão futura desta existência que nos foi dada. Mesmo celebrada anualmente, a encarnação de Jesus transcende ao tempo, porque é eterna. É incondicional, pois não escolhe a quem salvar. É igualitária, uma vez que não age por meritocracia. É sagrada, visto que Deus mesmo vem para divinizar o humano. O Verbo não aparece sob as meras roupagens de um infante. Pelo contrário, nasce como criança, sem posses e com a marca permanente da pobreza. Não lhe era apenas uma realidade de marginalização, mas também um modelo de vida. Em Cristo, a pobreza é vivida por condição e assumida por op-

ção ao projeto do Pai Eterno. É por isso que, não excluindo aos demais e vindo para todos, Jesus escolhe, sobretudo, os oprimidos, as mulheres, os enfermos, as crianças, os humildes e toda sorte de pecadores que: foram colocados no último lugar, quando deveriam vir em primeiro. Deixemos que o Natal não seja apenas uma data específica dos finais de ano. Mas, do contrário, um modo de vida, inserido na eternidade. Muito além da ceia e da troca de presentes, devemos levar afeto, gerar reconciliação e testemunhar a esperança frente a uma sociedade que tem se exilado de Deus. Que as nossas palavras e os nossos exemplos deem testemunho da fé que professamos no Divino Pai Eterno. Que o amor do Pai, a salvação do Filho e a santificação do Espírito Santo norteiem a evangelização assumida por nós, concedendo-nos força e perseverança sempre!

Pe. Robson de Oliveira, C.Ss.R. Presidente-fundador da Afipe Dezembro - 2018 |

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Sumário

Um ano cheio de bênçãos! Conheça histórias de amor, superação e esperança que transformaram a vida de devotos em 2018. [18]

Superação

Para celebrar o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, vamos mostrar histórias de pessoas que já enfrentaram o preconceito na sociedade. [8]

20 anos de evangelização

Pe. Robson de Oliveira completa duas décadas de ordenação sacerdotal e recebe mensagens de devotos que renovaram a fé, por meio da sua missão evangelizadora. [12]

Como empreender? Começar o próprio negócio, seja para complementar a renda ou mudar de carreira, tem sido a alternativa de muitos brasileiros para driblar as dificuldades econômicas. [14]

Diálogo e Empatia

Estabelecer laços e se colocar no lugar do próximo são a chave para uma vida mais saudável e longe de doenças que afetam o emocional. [30]

PUBLICAÇÃO BIMESTRAL DO SANTUÁRIO BASÍLICA DE TRINDADE, PRODUZIDA PELA AFIPE Presidente-fundador da Afipe: Pe. Robson de Oliveira, C.Ss.R. Reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno: Pe. Edinisio Pereira, C.Ss.R. | Direção de Comunicação: Cláudia Belo Jornalista Responsável: Simone Borges - JP 2715 - GO | Redação: Lucas Barbosa, Pollyana Reis e Vinícius Braga Coord. de Marketing: Bárbara Simões | Projeto Gráfico e Diagramação: Elton Rosa | Capa: Danilo Eduardo Artes/Anúncios: Diogo Oliveira e Diogo Correia | Ilustrações: Ramón Fonseca | Coord. de Fotografia: Andrei Renato Fotografia: Danilo Eduardo e Rodolfo Carvalhaes | Colaboração: Ana Lídia Oliveira Impressão: Scala Editora | Tiragem: 20.000 exemplares | Contatos: imprensa@paieterno.com.br | www.paieterno.com.br | (62) 3506-9800

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Artigo

Esperança e Fé para um Novo Ano

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mesa está farta e recheada com ricas e variadas iguarias. Tudo fora milimetricamente pensado, planejado e articulado para que nada escapasse ao previsto. Os convidados circulam de um lado para o outro conversando, gesticulando, comendo, bebendo, sorrindo e alguns até cantando. Sons, luzes e cores dão um ar de magia, alegria, felicidade, esperança. A noite passou muito rápido. A madrugada chegou. E, no horizonte azul do céu despontam os primeiros raios do sol da manhã. Todos os convivas foram embora. O que restou a mim? A felicidade (realização)? Ou, a frustração (decepção) pela festa realizada? O que fazer, agora? A vida é uma constante troca de experiências. Todas elas são ocasiões oportunas para colocar em prática os aprendizados adquiridos, aperfeiçoar os que já existem e desenvolver novos saberes. Para que isso ocorra de forma sadia e natural é preciso fazer escolhas. Saber escolher o caminho a percorrer e o que se quer viver é fundamental para uma vida longa, alegre e feliz. Nada disso é possível sozinho. Jesus, para realizar com solicitude e obediência o plano de amor que o Pai lhe confiou, contou com a ajuda e participação inicial de doze homens totalmente diferentes entre si e Ele. Alguns trouxeram-lhe, grandes alegrias. Outros, decepções. E, outro ainda, a traição. É o risco que se corre. Ou, o preço que se paga por escolher e confiar. O melhor que posso querer a outra pessoa, começa dentro de mim. Ninguém muda o mundo sem antes mudar a si mesmo. Toda mudança tem seu custo. Ela vem sempre carregada de perdas ao mesmo tempo em que exige renúncias, conversão, podas. E, de ganhos também. Pe. Fábio de Melo recorda que “há sempre um aprendizado a ser recolhido depois da dor”. Para ele, “as alegrias costumam ser reparadas no

silêncio das duras esperas”. E, que por isso, “não é justo que o ser humano passe pelas experiências de calvários sem que delas nasçam experiências de ressurreições”. Para crescer na vida é preciso sonhar. Sonhar coisas possíveis de serem realizadas e acreditar na realização deles. Em tempos atuais temos perdido a capacidade de sonhar. Nossos sonhos estão sendo roubados desde a mais tenra idade. Mediante tais premissas, Pagola diz que é “preciso ser decisivo” em nossas escolhas. E, que o “decisivo na vida é amar e introduzir o amor na cultura moderna”. Para ele, “por muito que a cultura atual o esqueça, no mais profundo do ser humano há a necessidade de amar”. Felicidade longe de ser a idéia de se ter tudo o que se deseja possuir, é saber viver bem com o bem que se tem. E, com as pessoas com as quais convivemos o dia a dia de nossa vida. É compreender que a felicidade que tanto procuro e necessito não está naquilo que o outro é, tem ou possui. Está na capacidade de descobrir aquilo que também posso ser, construir, possuir. Ela é conquista forjada no trabalho, na ordem, no respeito, na obediência, na disciplina, na renúncia, na oração, na ascese, na bondade, na caridade, na conversão, no amor. É mudança de estilo de vida e modo de amar pautados pelo espírito da solidariedade e da partilha. Pois, a partilha recíproca gera vida e uma reciprocidade infinita de saberes, de talentos, de bens e de dons. Felicidade não é sinônimo de facilidade, nem ausência de sofrimentos. Não há felicidade longe de Jesus de Nazaré, o Cristo Ressuscitado. Ele é o caminho que nos revela a verdadeira felicidade que nos vem de Deus. Uma felicidade marcada pelas dores, lágrimas, angústias e sofrimentos. E, de Ressurreição a partir de uma entrega sábia, total e sem restrição

de si ao Pai. A verdade machuca e dói apenas uma vez. A mentira dói sempre. Somente seremos felizes nesta vida se amarmos a verdade que é Cristo e vivermos orientados por Ele. O papa Francisco afirma que ouvir as verdades que “vêm Deus e seguir o caminho de Jesus nos tornam livres e felizes e nos dão aquela felicidade que as ‘propostas do mundo’ não podem nos garantir”. Logo, ser feliz é ser livre sem ser desobediente. É ser autoridade sem ser autoritário. É ser amigo sem perder o respeito. É amar cada irmão e irmã do jeito que eles são. Não do modo como somos ou gostaríamos que eles fossem. Ninguém pode, ou consegue ser feliz e realizado sozinho nesta vida. Amar uma pessoa, seja um familiar, um parente ou um amigo, é querer vê-la sempre bem e feliz. E, quando sentimos medo de perdê-la, ou sofremos por causa dela, é prova de que a amamos de verdade. No mais é preciso ter confiança que os bons sentimentos nunca morrem. Acabou a festa? Depois dela vem o sono, o cansaço, a ressaca, a bagunça, os talheres por lavar, o chão por limpar, a casa por arrumar... O que fazer, então? Contar com os velhos e verdadeiros amigos. Aqueles que nos ajudam a ser felizes. E, com eles aproveitar a ocasião do réveillon para recomeçar e fazer tudo novo, de novo!

Pe. Edinisio Pereira, C.Ss.R. Reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno Dezembro - 2018 |

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Empreendedorismo

Crescimento da fé e da economia A expectativa de um Novo Santuário mobiliza e incentiva empreendedores de Trindade a oferecerem melhores serviços aos turistas

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construção do Novo Santuário tem movimentado devotos do Pai Eterno, operários e outros colaboradores para que este sonho se concretize. A obra demanda um longo período de execução e acabamento até que seja totalmente concluída. E tudo é feito com cuidado, carinho e muita dedicação, pensando nos milhões de romeiros do Pai, e com o propósito de que este

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número continue crescendo. Para os empreendedores da região de Trindade (GO), este também é um tempo de construção. Neste caso, a construção de um negócio forte e próspero. Por isso, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) está presente na Capital da Fé de Goiás e oferece suporte e informações aos diversos donos de hotéis, pousadas, restaurantes, bares e outros empre-

endimentos do município. “A expectativa é que o Turismo Religioso se fortaleça aqui, por isso oferecemos gratuitamente diversos cursos para preparar esses empresários”, afirma Juliano Moura, coordenador da Agência do Sebrae em Trindade. Entre os cursos, estão: “Como administrar sua pequena empresa” e “Como atender melhor o seu cliente”, todos eles com o objetivo de levar mais conhecimento e novida-


des às atividades administrativas. O Sebrae também realiza um circuito de palestras dedicados a empreendedores de todos os segmentos, especialmente aos que desejam começar e estão sem capital. De acordo com Juliano, as palestras e cursos buscam apresentar soluções inovadoras para quem deseja começar a empreender. As atividades turísticas movimentam a economia de diversas formas: aumento da clientela para o comércio e, consequentemente, também das vagas de emprego. Durante a construção do Novo Santuário, vários empregos são gerados para diversos operários e colaboradores de diversas áreas. Além disso, podem surgir vagas para guias turísticos, agentes de viagens, camareiras, garçons, cozinheiros e outras oportunidades relacionadas à prestação de serviços ao romeiro.

Acolhimento O turismo religioso é um segmento que movimenta a economia de muitas cidades brasileiras, especialmente no interior, como Aparecida do Norte (SP), São Miguel das Missões (RS), Anchieta (ES), Cachoeira Paulista (SP), entre outras. Trindade já está situada nesse contexto e tem atraído cada vez mais visitantes. Por ano, a estimativa é de que cerca de 4 milhões de pessoas passam pelo município. Segundo levantamento do Ministério do Turismo, o Brasil possui mais de 300 destinos religiosos e um calendário de eventos com potencial turístico para ser explorado. Além de um Novo Santuário com mais qualidade e preparado para atender um número crescente de devotos, é importante também que a cidade esteja pronta para acolher os romeiros, desde os mais humildes e idosos até os mais jovens e de melhor poder aquisitivo. De acordo com Juliano Moura, a preparação, desde agora, é importante para prevenir possíveis crises e saber enfrentar a concorrência: “Nós apresentamos aos empreendedores de Trindade, especialmente aos hoteleiros, possibilidades de financiamentos para reformas, incentivos e conscientização para que a empresa, por menor que seja, prospere”.

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Inclusão

O desafio de ser diferente Pessoas com deficiência ainda enfrentam muitas barreiras, que dificultam a inclusão na sociedade

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er algum tipo de deficiência no Brasil é enfrentar uma batalha diária. A começar pelas dificuldades encontradas para se locomover nas ruas, usar o transporte público, fazer compras e, até mesmo, trabalhar em locais pouco acessíveis. Segundo o censo de 2010 do IBGE, no Brasil, 45,6 milhões de pessoas têm alguma deficiência, o que representa 24% da população. Além da falta de acessibilidade de produtos, serviços e informações, há ainda o preconceito e a resistência do mercado de trabalho. Diante de tantos desafios, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, que foi celebrado no dia 3 de dezembro. O objetivo é chamar atenção para a importância de discutir propostas e políticas públicas para integrar essas pessoas na sociedade de forma igualitária.

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O assistente administrativo da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), Jefferson Pereira Santos foi atropelado em sua cidade natal, Altamira (PA), e perdeu os movimentos das pernas. A partir daí, uma luta começava com obstáculos inimagináveis e, aparentemente, impossíveis de serem vencidos. “Quando eu me vi paraplégico, nem quis sair de casa no início. Mas com o tempo vi que era possível vencer. Foi aí, que meus pais e eu nos mudamos para Goiânia [GO]”, lembra. As expectativas ao chegar à capital goiana eram muitas, mas logo se transformaram em frustrações. “No último processo, antes de chegar aqui na Afipe, eu passei por todas as etapas. Mas, não pude trabalhar porque o prédio de três andares não era acessível. Começava mais uma vez, a luta para conseguir oportunidade. Até que


eu consegui aqui na Associação”, comemora. A Afipe conta com cerca de 300 colaboradores e o prédio oferece acessibilidade como determina a Lei federal nº 10.098, de 19 de Dezembro de 2000. A lei estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade. Neste mês, Jefferson completou 21 anos. E para ele, hoje há muitas conquistas a celebrar. “Eu reaprendi a ir ao banheiro, a me alimentar, a lidar com essa vida limitada. E aqui na Afipe, eu encontrei o céu, pois não há só a acessibilidade na estrutura, mas também no tratamento dos outros colaboradores. Todos querem ajudar”, ressalta.

Direitos

Desde julho de 2016 a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência está em vigor, com o objetivo de assegurar os direitos das pessoas deficientes e punir atitudes discriminatórias. Ainda sim, a lei é um pequeno passo perto do imenso preconceito existente. Apesar dos avanços, ainda há muitas barreiras a serem vencidas. É o que afirma a Coordenadora do Fórum de Inclusão no Mercado de Tra-

balho das pessoas com deficiências e dos reabilitados pelo INSS, Patrícia Souza Oliveira. “No Brasil, temos que estimular a agenda pública executiva, legislativa e judiciária, para que tenham ações que visam levar informações a toda a sociedade sobre questões relativas a cada tipo de deficiência. Para a coordenadora, há uma barreira atitudinal causada pelo desconhecimento da grande maioria das pessoas e isto coloca a pessoa com deficiência em condição de maior contexto de vulnerabilidade. Há 17 anos, a auxiliar administrativa Késia Cristina Pereira perdeu um dos braços em um acidente de trânsito. Desde então, viu a sua vida mudar drasticamente. Ela conta que, mesmo velado, o preconceito ainda é uma realidade diária. “Infelizmente, hoje em dia a sociedade te puxa para te deixar para baixo, te deixar desmotivada. É preciso ser forte, pois, a distinção insiste em existir. As pessoas olham diferente, acreditando que, por estar nessa condição, não serei capaz. Mas, não é bem assim. Eu sou casada há 7 anos e tenho uma filha de dois anos, levo uma vida normal”, finaliza Késia.

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Evangelização

Dons que semeiam o

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em todo mundo sabe fazer tudo com excelência, mas todos têm algum dom que, inclusive, pode ser usado para edificar o bem. Seja uma profissão, uma habilidade artística ou artesanal, criatividade aflorada e até a capacidade de ouvir. Tudo conta nos valores para evangelizar. Os dons recebidos do Pai Eterno se tornam ainda melhores quando aplicados em uma boa ação. Para a professora Ana Kelly de Araújo, que faz parte do coral do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO), o retorno dessa dádiva usada na evangelização é instantâneo. “Quando a gente está cantando durante as celebrações, eu sinto a presença forte de Deus. Às vezes, a gente olha para o público e vê as pessoas chorando, dá até arrepios. É uma prova de que o Espírito Santo está presente”, conta. A música também é um meio de anunciar Jesus Cristo para o músico Walter José, mais conhecido como Waltinho. Ele é o autor da música da Romaria e coordenador do Grupo Luz, que também serve no Santuário Basílica de Trindade. “Quando comecei a cantar música sacra e a compor, eu descobri que a simplicidade das letras com harmonia bonita toca o coração das pessoas simples, mas fortes na devoção”. Homem de fé, o músico afirma que cantar vai muito além do que parece: “Quando se canta com a alma, o povo também acompanha com a alma e isso é muito gratificante!”.

Tudo o que é feito com amor e por amor poder ser utilizado como um poderoso instrumento de evangelização

Presente do Pai

A palavra “Dom” vem do latim donus, que significa dádiva. Portanto, trata-se de uma capacidade nativa para desempenhar com excelência determinada tarefa, superando aspectos que parecem mais difíceis para a maioria das pessoas. É o caso da artista plástica Patrícia Lobo, religiosa desde criança, ela se dedica à arte sacra em azulejos. Voltado para a fé e a devoção, o trabalho dela retrata imagens como a do Menino Jesus, da Imaculada Conceição, Santo Expedito, carros de boi e da Santíssima Trindade. “Há 20 anos, eu faço isso. Por dificuldades financeiras, já tentei mudar. Mas, é isso que me deixa feliz”, afirma ela. Patrícia conta que sua inspiração vem de uma conexão profunda com os mistérios da fé. “Sempre tive muita conexão com os anjos e santos, tanto que eu sonho constantemente com eles. E ao passar isto para o meu trabalho, vejo que as pessoas também se sentem tocadas. É muito gratificante”, finaliza.

Reconhecimento

Nem todas as pessoas têm dons com grande evidência, porém são igualmente importantes. Às vezes, a pessoa não leva muito jeito para desenhar ou cantar, mas, talvez é uma habilidosa contadora de histórias, por exemplo. Mesmo que seja algo simples, quando é feito com amor, ela pode evangelizar utilizando este dom. “Eu penso que se Deus mandou aquele dom, ele deve ser explorado para o bem. Isso porque o reconhecimento e o retorno virão diretamente do Pai Eterno”, completou a vendedora Valdira Barbosa. Para ela, que sempre participa das missas no Santuário Basílica de Trindade, quem usa seus dons para servir ao Pai de alguma forma é como um professor que tem o dom de ensinar e pode mudar a vida de seus alunos: “Os dons enviados por Deus fazem a diferença na vida de quem é, de alguma forma, beneficiado. A exemplo da música, a gente que está do outro lado sente a perfeição e o amor de quem canta. E isso motiva, emociona e alegra”.

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Comemoração

Em Nome do Pai Pe. Robson de Oliveira celebra 20 anos como sacerdote com a missão de levar o amor do Divino Pai Eterno cada vez mais longe

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orajoso, dedicado e acima de tudo um homem de fé, sempre confiante na graça de Deus. Essas são algumas das qualidades apontadas por amigos, confrades, familiares e devotos do Divino Pai Eterno que conhecem a vida e missão do Missionário Redentorista Pe. Robson de Oliveira. A vocação religiosa exige muito estudo, renúncias e um compromisso profundo com o Evangelho. Requisitos que, por amor ao Pai Eterno, Pe. Robson abraçou com carinho muito antes mesmo de ser ordenado padre. Para a devota Karla Rabello, de Poços de Caldas (MG), a missão religiosa de Pe. Robson transformou a vida dela e do esposo. “Eu conheci a devoção ao Pai Eterno quando meu marido estava fazendo tratamento contra uma leucemia. Nós estávamos longe de casa e as homilias do padre, a oração dele nas Novenas nos fortaleciam. Ele se tornou parte da nossa família naquele momento”, conta emocionada. Hoje, oito anos depois, ela afirma que o carinho e a admiração pelo Missionário Redentorista, só aumentaram. “Eu peço a Deus que renove a vida dele, a missão dele, que ele seja sempre guiado pelo Espírito Santo para confortar e ensinar outras pessoas que estão precisando, como um dia eu precisei”, deseja Karla. A devota Socorro Melgaço, de

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trabalho missionário da Afipe, buscou nos meios de comunicação espaço para levar o amor e a misericórdia de Jesus para todos os brasileiros. Assim, tiveram início as transmissões das Missas e Novenas, direto de Trindade. Ele desenvolveu ainda o projeto da Visita da Imagem Peregrina do Divino Pai Eterno, que já esteve em 179 cidades do País propagando esta centenária devoção. Hoje, a Afipe tem 14 anos de história e um trabalho consolidado que conta com a participação de devotos de todo o Brasil. Sobral (CE), conta que admira como o trabalho sacerdotal do Pe. Robson fortalece a fé de tantas pessoas, tantos romeiros. “Ele é um exemplo de fé, nos mostra que não importa o que aconteça, nós nunca devemos perder a fé, pois o Pai Eterno nos ama infinitamente”, conta Socorro. Já Roselaine Alvarenga tem o padre como um diretor espiritual: “Sou devota desde 2012 e, para mim, o Pe. Robson é uma inspiração. Ele me ensinou a importância de rezar sempre e nunca ter receio de clamar ao Divino Pai Eterno”.

Família

Nascido e criado em Trindade (GO), padre Robson de Oliveira entrou para o seminário ainda aos 14 anos e começou lá sua caminhada para ser um semeador da Palavra de Deus. Para os pais, o Robson, muito antes de ser padre, já era um menino que tinha amor pelas coisas de Deus. “Deus fez o meu filho para ser padre. Graças a Deus, não houve falta de apoio da nossa família”, afirma o pai, José Celso Pereira.

O caminho para levar esta devoção tão longe certamente não foi fácil, mas Pe. Robson conseguiu vencer os desafios confiando inteiramente na vontade do Divino Pai Eterno que, sem dúvida alguma, o capacitou para essa missão. Depois de ordenado como Missionário Redentorista, ele trabalhou na Pastoral Vocacional e na formação de jovens para a vida religiosa no seminário. Foi para a Irlanda e, em seguida, para Roma, onde fez mestrado em Teologia Moral pela Universidade do Vaticano. No ano de 2003, ele retornou para a sua terra natal, para assumir uma missão grandiosa: ser reitor do Santuário do Divino Pai Eterno. No ano seguinte, ele fundou a Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) e, desde então, a devoção centenária ganhou um novo fôlego, alcançando milhões de devotos por todo o Brasil.

Evangelização

Com um jeito carismático de evangelizar que renova a fé de muitas pessoas, Pe. Robson, através do

Orgulho

Para a mãe de Pe. Robson, Elice de Oliveira Pereira, é um orgulho ver o filho cumprindo a sua missão. Ela destaca que, mesmo com a agenda cheia de compromissos, o sacerdote sempre arruma um tempinho para ser “só” o filho. “Apesar dos compromissos, ele é sempre um filho presente. Esse crescimento dele e de sua missão não fez com que ele se tornasse uma pessoa ausente da família”, elogia. Na opinião do próprio padre Robson, não haveria outro caminho para ele que não fosse o da evangelização. “A minha missão, enquanto padre é justamente promover a fé no Divino Pai Eterno pela pregação da Palavra”, afirma. E sua maior alegria é ver tantos fiéis fortalecidos na fé, graças e bênçãos recebidas e milhões de pessoas unidas para honrar a bondade do Divino Pai Eterno: “Quando nos unimos em uma mesma fé e colaboramos com a pregação do Evangelho, vemos milagres acontecerem e isto, para mim, vale qualquer sacrifício”.

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Comemoração

A Santidade é simples Pe. Pelágio Sauter levou o amor e a devoção ao Pai Eterno para os mais necessitados e marcou a história da evangelização em Goiás

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e um padre da Alemanha recebesse hoje a missão de vir cuidar de uma paróquia no interior de Goiás já seria um grande desafio e um choque cultural, imagine esta mesma situação no ano de 1914, quando o Pe. Pelágio Sauter chegou a Goiás. Apesar disso, para ele, foi uma imensa alegria vir ao Brasil para evangelizar,

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pois tinha muito interesse em missões estrangeiras. Quando chegou a Goiás, o lugar onde fincou raízes e ganhou fama foi a cidade de Trindade (GO). Durante a Festa do Divino Pai Eterno era comum os devotos fazerem a romaria e só irem embora após receber a bênção de Pe. Pelágio. “Ele, sem dúvida, foi

um homem que colaborou diretamente com a evangelização em todo estado e a devoção ao Pai Eterno”, afirma Pe. Bráulio Maria, coordenador geral do Ano Devocional do Pe. Pelágio. De acordo com o Missionário Redentorista Pe. Clóvis de Jesus Bovo, a mais marcante característica de Pe. Pelágio era a humildade. “Ele era um


padre simples, trabalhava dia e noite, não pensava em outra coisa. A vaidade e o luxo passavam longe dele”, conta. Para a empresária, Jaci de Melo, que foi batizada e crismada por Pe. Pelágio, ele era um religioso carinhoso, desprendido e de muita fé. “Ele ia à casa das pessoas rezar por elas, usava a mesma sandália até rasgar, mas também era rígido, gostava que as coisas que fazia para Deus estivessem sempre bonitas”, afirma ela. Ela destaca que vai trabalhar com firmeza para que as pessoas conheçam Pe. Pelágio e possam receber uma bênção dele. “Ele é um exemplo de humildade e amor a Deus, evangelizou e curou muitas pessoas”, diz.

Pobres e Enfermos

Uma das coisas que trouxe fama de santo para Pe. Pelágio era sua constante preocupação com os mais necessitados, principalmente os doentes. Era comum ele visitar as pessoas doentes em casa, dar a bênção e interceder por sua cura. De acordo com as crônicas Redentoristas, somente em um ano ele chegou a visitar cerca de 300 enfermos e seus últimos anos de vida foram dedicados à Pastoral do Enfermo. Ele dava bênçãos na então Matriz de Campinas, todos os dias. Muitos dos que tiveram contato com ele afirmam que receberam a cura, inclusive de forma inexplicável para a medicina. Um de seus últimos atos antes de ficar doente e vir a falecer foi visitar uma pessoa enferma. Ao voltar para casa, ele tomou chuva e desenvolveu um quadro grave de pneumonia. O religioso faleceu no dia 23 de novembro de 1961, aos 83 anos de idade. “A história de vida de Pe. Pelágio, sua dedicação à essência do catolicismo renovou meu sacerdócio. Por isso, estamos trabalhando para que mais pessoas possam conhecer sua história e peçam a intercessão dele, especialmente no caso de doenças incuráveis”, afirma Pe. Bráulio. Estima-se que no seu velório mais de 40 mil pessoas estiveram presentes. Na ocasião, elas realizaram uma vigília ininterrupta por sua alma. Os restos mortais de Pe. Pelágio estão na Igreja do Santíssimo Redentor, em Trindade (GO).

Ano Devocional No último dia 23, teve início o Ano Devocional dedicado ao Pe. Pelágio Sauter. O objetivo é buscar milagres atribuídos ao padre para que o seu processo de beatificação se desenvolva no Vaticano. Atualmente, ele é considerado Venerável, título concedido em 7 de novembro de 2014 pelo Papa Francisco e que abriu caminhos para seguir os estudos sobre sua santidade. O Ano Devocional contará com diversas iniciativas, entre elas: a realização de um congresso missionário sobre a santidade; visitas às paróquias para divulgar a devoção; visitas a hospitais; divulgação de milagres e coleta de novos casos; transmissão de uma missa semanal pela TV e de uma bênção aos enfermos através do rádio, diretamente da Igreja do Santíssimo Redentor, entre outras. Todas essas atividades serão realizadas para que pessoas de todo o estado possam conhecê-lo e pedir sua intercessão. Nas visitas, as pessoas receberão uma relíquia do religioso. “A exemplo de Pe. Pelágio, queremos ser santos para recebermos as bênçãos e curas do Divino Pai Eterno”, finaliza Pe. Bráulio.

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Rastreando Eleição

Confraternização As Obras Sociais Redentoristas realizaram no dia 16 de dezembro o Natal das Obras, uma manhã inteira de confraternização com as crianças assistidas pelos centros sociais, familiares e a comunidade em geral. O evento conta com a entrega de brinquedos, atividades recreativas e distribuição de pipoca, algodão doce, picolés e cachorro-quente. Este ano o tema da confraternização foi “Jesus nasce todos os dias para nós”, para relembrar que Cristo nos dá a chance de uma nova vida a cada amanhecer. O Natal das Obras ocorreu no Centro Social Pai Eterno (CESPE), em Trindade (GO).

O Missionário Redentorista Pe. André Ricardo de Melo toma posse como Superior Provincial dos Redentoristas de Goiás no dia 16 de dezembro de 2018. O religioso foi eleito no último capítulo eletivo da Província, que ocorreu no mês de outubro. Além dele, tomam posse também o Vice-Provincial, Pe. João Paulo Santos; além dos conselheiros: Pe. João Bosco de Deus, Pe. Jesus Flores e Pe. Marco Aurélio Martins; e dos membros do Conselho Extraordinário: Pe. Alex Venâncio Gonçalves, Pe. José Bento de Oliveira, Pe. Reinaldo Martins e Pe. Walmir Garcia. O mandato do novo Superior e dos demais religiosos vai até 2022.

Bíblia

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou uma nova tradução da Bíblia. Todo o trabalho para desenvolver esta edição levou 11 anos e o livro servirá de referência para todas as igrejas católicas brasileiras. A tradução se baseia nos textos originais hebraicos, aramaicos e gregos, cotejados com a Nova Vulgata - a tradução oficial católica, conforme orienta o Concílio Vaticano II. De acordo com o coordenador de tradução e revisão da Bíblia, padre Luís Henrique, o objetivo era elaborar uma publicação segura, a ser usada em futuras publicações oficiais da Igreja. Além disso, o texto está mais fluido e transparente para que possa entrar facilmente no ouvido e ser guardado no coração como alimento espiritual.

Celebração

A Congregação do Santíssimo Redentor celebrou no dia 9 de novembro, 286 anos de fundação. Fundada por Santo Afonso Maria de Ligório, os Missionários Redentoristas buscam evangelizar e seguir o carisma instituído por ele: “Fortes na fé, alegres na esperança, ardentes na caridade, inflamados pelo zelo, humildes e sempre dados à oração”. Atualmente, a Congregação tem províncias espalhadas por todo o mundo, no Brasil, os Missionários Redentoristas estão à frente de duas grandes devoções católicas: Nossa Senhora Aparecida e o Divino Pai Eterno. Dezembro - 2018 |

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GratidĂŁo

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Tempo de refletir e agradecer

Devotos demonstram gratidão por graças concedidas pelo Pai Eterno no ano de 2018

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ais um ano chega ao fim e, nesta época, é comum avaliarmos o que passou, refletirmos sobre nossas ações e agradecermos por todas as bênçãos alcançadas. Seja pela realização de um sonho, pela cura de alguma doença, pelo livramento de algum mal. O importante é demonstrar gratidão pelas nossas conquistas, atribuindo-as ao amor misericordioso e incondicional do Pai Eterno. A professora Regina Kersten, de Goiânia (GO), é um exemplo e tem muito que agradecer. Em 2018, ela finalmente realizou seu grande sonho: casar-se. No ano passado, época em que já estava desanimada em relação à vida sentimental, sem perspectivas, ela conheceu o autônomo André Lima Rocha. No início, as conversas eram apenas por mensagens. Depois de algum tempo, eles resolveram dar um passo adiante e marcaram um encontro. O local escolhido foi a Rodovia dos Romeiros. A ocasião foi a Festa do Divino Pai Eterno. Como grandes devotos, eles aproveitaram o percurso que separa Goiânia de Trindade para rezarem, agradecerem ao Pai Eterno e se conhecerem melhor. A partir daquele momento, Regina e André deram uma chance ao amor e começaram a namorar. O noivado foi em janeiro deste ano, após uma missa realizada no Santuário Basílica do Divino Pai Eterno. Durante a Quaresma, como forma de penitência e agradecimento por tantas bênçãos, o casal caminhava todo fim de semana (aos sábados ou domingos) de Goiânia a Trindade. Eles sempre pediam direcionamento ao Pai para que tudo ocorresse bem durante o noivado e, no futuro, depois de casados. “Nossa história de amor está toda ligada à devoção, por isso nos sentimos tão abençoados e iluminados pelo Pai. Tenho certeza que Ele reservou algo muito especial para nós e o mínimo que devemos fazer é agradecer pelas graças recebidas”, afirma Regina. O casamento foi no dia 1º de dezembro deste ano. A data serve como uma reflexão para ambos, que olham para trás e se orgulham de tudo o que viveram até terem a união consagrada a Deus. “O ano de 2018 foi a prova de que o Pai Eterno realmente escuta nossas orações e sempre nos guia para o melhor caminho. O conselho que dou para aqueles que estão descrentes e angustiados é que tenham fé. Por mais difícil que seja, temos que entender que o nosso tempo é diferente do tempo de Deus. O importante é nunca desistir”, aconselha.

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Fotos: Arquivo Pessoal

Livramento Assim como Regina, a manicure Débora Correa, devota de Vacaria (RS), também faz questão de demonstrar sua gratidão pelo ano que passou, mas por outro motivo. Em março deste ano, seu filho, Théo Correa, que tinha apenas seis meses na época, vivenciou um grande milagre. Ele foi atingido por uma bala perdida e, mesmo diante da gravidade, sobreviveu sem sequelas. Débora conta que o disparo partiu de uma briga entre vizinhos, ao lado de sua casa. Um dos projéteis atravessou a porta e atingiu o rosto de Théo, que estava no colo de uma amiga. “Quando vi a quantidade de sangue no rostinho do meu filho, entrei em desespero, comecei a chorar junto com ele. Imediatamente o peguei no

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“Nem o médico soube explicar. Foi um verdadeiro milagre! Naquele momento, percebi o quanto o Pai Eterno é misericordioso e nunca nos desampara. colo e corri para a rua atrás de socorro. Um desconhecido parou o carro e, comovido, nos levou para o hospital. Foram realizados alguns exames e, como em Vacaria não possui UTI, imediatamente o encaminharam para Bento Gonçalves, município próximo que possui mais recursos”, conta Débora. Após três horas de viagem, ele chegou à cidade vizinha já com dificuldades de respiração. Théo ficou 18 dias na UTI, sendo oito deles entubado. Durante esse período, Débora nunca perdeu a fé no Divino Pai Eterno e em Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Toda sua família fez uma

forte corrente de oração, acompanhanando as Novenas pela televisão e bebia a água benta, eles acreditavam que tudo ficaria bem. E assim aconteceu, após a internação, o quadro do pequeno Théo melhorou e ele voltou para casa sem qualquer sequela, apenas com uma pequena cicatriz. “Nem o médico soube explicar. Foi um verdadeiro milagre! Naquele momento, percebi o quanto o Pai Eterno é misericordioso e nunca nos desampara. Hoje, eu costumo dizer que meu filho possui duas datas de aniversário: a oficial e a da recuperação”, diz a mãe, emocionada.


“No fim das contas, quem ganha a maior recompensa somos nós.” Solidariedade Uma das formas mais bonitas de demonstrar nossa gratidão ao Pai Eterno é por meio da caridade. É o que faz o contador Júnior Roriz, fundador do grupo Desenvolvendo Amor. Guiados pelo espírito da solidariedade e amor ao próximo, ele e os demais membros se reúnem para acolher de forma especial aqueles que vivem à margem da sociedade. Há sete anos, às quartas-feiras, o grupo prepara, com todo cuidado e dedicação, cerca de 500 marmitas e

serve às pessoas que vivem nas ruas de Goiânia e Aparecida de Goiânia. Hoje, aproximadamente 50 voluntários se revezam para realizar esse trabalho. Além disso, uma vez por mês, eles atuam junto a alguma entidade assistencial e oferecem atendimentos diversos, como: doação de roupas, cestas básicas, brinquedos, corte de cabelo, cuidados com a higiene, entre outros. “É uma forma de retribuir tudo que recebemos. Com esse gesto, passamos a perceber o quanto nossos problemas são mínimos quando comparados aos outros. Por

isso, devemos ser gratos sempre”, pontua Roriz. Para o próximo ano, ele planeja aumentar ainda mais o número de atendidos pelo grupo e continuar propagando o ensinamento do Pai sobre o amor ao próximo. “No fim das contas, quem ganha a maior recompensa somos nós. Não há nada melhor do que ver o sorriso no rosto daqueles que recebem nosso apoio. Tudo isso é um verdadeiro aprendizado, já que passamos a reclamar menos da vida e a agradecer pelas graças concedidas pelo Pai”, finaliza Roriz.

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Artigo

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A sabedoria dos ciclos

sabedoria dos ciclos ensina, com simplicidade, que a vida se configura a partir de elos que se abrem e se fecham. Importante saber a hora certa para iniciar um ciclo ou fechá-lo. Administrar de forma equivocada os ciclos da vida resulta em perdas. Paga-se caro pela falta de sabedoria na gestão de diferentes fases. Trata-se, obviamente, de um desafiador processo existencial. Por falta dessa sabedoria, tropeça-se nas escolhas. E a vida é feita de escolhas. Perde-se muito com a incompetência para conduzir processos. Os resultados são atropelos e descompassos, gerando prejuízos. Desperdiça-se a oportunidade para ganhos que poderiam levar indivíduos e a sociedade a alcançarem metas importantes. Essa incompetência em reger processos deriva, em parte, da síndrome da desconexão: a pessoa desconhece qual é o seu lugar e a relevância da sua participação em ambientes institucionais, segmentos diversos ou mesmo no contexto mais amplo da sociedade. As opiniões são desconexas, indivíduos se acham os “donos” da verdade – pura ilusão. Essa síndrome leva à perda da capacidade para discernir e interpretar a realidade. Consequentemente, mistura-se tudo, sem adequada leitura dos cenários sociopolíticos, culturais, religiosos, entre tantos outros. Perde-se a noção dos ciclos da vida. Saber reconhecê-los é fundamental para identificar e gerir bem as muitas etapas, desde seu início, o desenrolar dos processos, até o momento de sua conclusão. Somente assim pode-se alcançar conquistas, pois a vida, em sua complexidade, é muito mais que um con-

junto de dados matemáticos. Exige sabedoria na articulação das muitas variáveis que definem cada ciclo, produzindo avanços e encontrando respostas, recuperando sentidos e reabilitando valores. A sabedoria dos ciclos na composição da vida pessoal, familiar, religiosa e política é uma referência civilizatória no tecido de uma sociedade, nas suas práticas sociais e políticas. A inevitável experiência da morte revela uma verdade: os diferentes ciclos da vida, invariavelmente, chegam a um fim. Por isso, é preciso urgência em gerenciá-los bem, pois a morte - fim de um ciclo - não pode significar fracasso. Ao invés disso, deve representar a passagem para uma nova etapa. O Mestre ensina: a morte é caminho para uma vida que não passa, cuja garantia vem d’Aquele que morreu e ressuscitou, Jesus Cristo, o único Senhor e Salvador. Na morte de Jesus, a morte humana, experiência sob o signo do pecado, torna-se acesso à vida. Deus permanece fiel ao ressuscitar Jesus para uma vida nova. Identificada com a morte de Cristo, a morte humana torna-se sacramento pascal da passagem deste mundo para o Pai. A morte, assim, fecha um ciclo, o tempo que é dado a cada pessoa, como dom de Deus. Compreende-se, no horizonte desse desfecho decisivo, a importância de se gerenciar, com qualidade, os diversos ciclos da existência. É imprescindível qualificar-se, humana e espiritualmente, para reger os diferentes processos da vida, de modo adequado. A sabedoria para se viver ciclos conta muito também na configuração ou recomposição do tecido social e político de uma sociedade. As eleições de

2018, com suas peculiaridades e muitos desafios, significaram o fechamento de um momento político. Agora, nos primeiros passos de uma nova etapa, é ainda mais fundamental a participação dos cidadãos, das instituições e diferentes segmentos da sociedade. Configura-se no horizonte a exigência de reformulações profundas, a substituição de dinâmicas, a adoção de técnicas modernas para respostas eficazes. Um tempo para repensar e redefinir a sociedade brasileira. Não falte lucidez para o mea culpa que se fizer necessário, nem a abertura para o diálogo, de modo a superar intolerâncias. Assim não se perderá o valor da democracia. Cada pessoa e diferentes instituições estarão unidas para superar destrutivas polarizações e acusações. As muitas diferenças não serão obstáculos para os avanços, pois prevalecerá a força da unidade e da comunhão que permitem ao povo se reconhecer como pertencente a uma mesma pátria. Avanços e correções, conquistas e novas respostas serão possíveis se todos forem aprendizes da sabedoria dos ciclos.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo

Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte

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Mural dos Devotos

PATOS DE MINAS-MG

DOM BASÍLIO-BA

BRASÍLIA-DF

RIO DO PIRES-BA

GARÇA-SP

PORTO FERREIRA-SP

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IEPÊ-SP


LUZIÂNIA-GO

ARCOS-MG

SÃO JOAQUIM DA BARRA-SP

BARBACENA-MG

LEME-SP

JOÃO MONLEVADE-MG

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Na Casa do Pai

“Eu me senti maravilhado e contagiado pela fé do povo de Trindade”

“A oportunidade de visitar Trindade (GO) foi uma graça alcançada para mim e minha família. Meu coração se sentia muito atraído para conhecer a Casa do Pai, exatamente como quando rezamos durante a consagração “Vós nos atraístes ao Vosso Santuário.” Este ano, minha mãe e eu tivemos a oportunidade de conhecer o Santuário Basílica do Divino Pai Eterno. Ao passar pelo Portal de entrada da cidade já nos sentimos abençoado. Nós também visitamos a Igreja do Santíssimo Redentor, a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes e

passamos pela Via-Sacra. Mas, sem dúvida, o mais especial foi estar na Basílica, na Casa do Pai! Cada lugar que eu passava e visitava na igreja eu me sentia maravilhado e contagiado pela fé do povo de Trindade (GO). Minha devoção ao Pai Eterno começou quando passei a prestar atenção na pregação do padre Robson. A forma convicta com que ele fala, como evangeliza. Para mim, o ministério dele é a vontade de Deus Pai se cumprindo. O Pe. Robson nos leva para perto do Pai. Demorei muito para me dar conta de quem é o “Pai Eterno” e estar

Sua história pode aparecer aqui na Revista Pai Eterno.

Mande fotos e um depoimento, sobre como foi sua experiência ao visitar a Capital da Fé de Goiás, para o e-mail: imprensa@paieterno.com.br ou pelo telefone (62) 3506-9800

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em Trindade me fez entender muitas coisas sobre esta devoção. Lá, não louvamos a um santo, mas ao próprio Deus, que é nosso Pai! Isso me deixou encantado e me fez ver que quando eu rezava o “Pai-Nosso” negligenciava para quem eu estava rezando, que é Deus Pai! Outra coisa que só depois me dei conta: a cidade de Trindade louva ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, que honra! Foi uma alegria imensa estar em Trindade e fortalecer minha fé. Espero poder voltar em breve. Viva ao nosso Pai Eterno!”

Jean Pyerre Pires de Camargo

Devoto de Curitiba - PR



Comunicação

Mensagem que promove e

salva vidas

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Católicos são incentivados a pensar a prática da fé no uso da internet com o objetivo de evangelizar e transformar corações

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realidade da internet e das redes sociais para interagir, informar e entreter está consolidada na maior parte do mundo, especialmente com o uso dos smartphones. A comunidade católica aderiu a essas tecnologias com o objetivo de levar a palavra, o amor e a misericórdia de Deus para mais corações. De acordo com Paulo Giraldi, professor do curso de jornalismo da Universidade Federal do Amapá, o grande desafio da comunicação católica pelas redes sociais é promover o bem comum para além dos muros da religião. “O discurso não pode ser apenas para os católicos. O grande desafio é passar uma mensagem intereligiosa no sentido de que todos estão convidados a partilhar do banquete do Senhor Jesus”, explica o professor. Tendo essa perspectiva humanista e evangelista, Paulo Giraldi argumenta que nós olhamos para a internet como o instrumento mais importante, mas, na verdade, não é. “A vida é a grande ferramenta dos cristãos. É pela vida de cada um que acontecem os milagres, as conversões, as curas e os testemunhos”, afirma. Os cristãos católicos têm nas redes sociais, e na internet de forma geral, uma aliada para levar o Evangelho àqueles que fazem parte do seu ciclo de amizades e convívio social. Testemunhar o amor de Jesus e praticar os Seus ensinamentos pode transformar vidas.

Papa Francisco

Para o próximo ano, no Dia Mundial das Comunicações, Papa Francisco propôs o tema “Somos membros uns dos outros (Ef 4,25). Das comunidades às comunidades”, o objetivo é promover e restaurar a comunicação em uma perspectiva ampla, baseada na pessoa. A

comunicação deve prezar pelo diálogo e deve proporcionar a oportunidade do encontro com o próximo. O pontífice incentiva que o uso da internet pelos católicos seja mais que uma teia de fios, mas que seja uma rede de pessoas humanas. Francisco pede ainda uma reflexão sobre os relacionamentos estabelecidos pelas redes sociais: são realmente lugares de diálogo? De troca? De uso responsável e respeitoso da linguagem? “Neste contexto de comunicação eclesial é preciso pensar a prática ‘eu faço para quê?’, ‘por que eu faço?’ porque senão estaremos copiando os modelos mercadológicos que não se aplicam à evangelização”, incentiva o professor Paulo Giraldi.

Encontro

O presidente-fundador da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), Pe. Robson de Oliveira, desde 2004, quando ainda era reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, faz um trabalho de evangelização muito forte pelos meios de comunicação, especialmente pela televisão, com a transmissão de Missas e Novenas, direto de Trindade (GO). Tudo isso

com o intuito de propagar a devoção e o amor do Pai Eterno a cada vez mais pessoas. Além de utilizar a televisão, o impresso e também a rádio, ele adotou a plataforma da internet como uma ferramenta para a realização desse trabalho. Além do portal Pai Eterno, onde podem ser encontradas informações relacionadas à devoção e aos Missionários Redentoristas, o sacerdote ainda está presente no Facebook; Instagram; Twitter; aplicativo Pai Eterno e também no YouTube, com o canal Pai Eterno. Com isso, o conteúdo produzido pela Afipe é capaz de alcançar mais e mais corações de fiéis por todo o Brasil e até fora dele. Somente nas redes sociais do Pe. Robson de Oliveira, são cerca de 4,5 milhões de pessoas que acompanham, deixam seus testemunhos, pedem oração, curtem, comentam e compartilham o material. “A minha missão é promover a fé no Divino Pai Eterno. Os meios de comunicação permitem levar o Evangelho mais longe, para pessoas que anseiam pelo amor e o perdão do Pai”, finaliza o Missionário Redentorista. Dezembro - 2018 |

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Caridade

ExercĂ­cio da Empatia

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Ter um sentimento de compaixão pelo outro impacta diretamente na saúde do ser humano, especialmente quando se trata da saúde mental

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omo tem sido o seu diálogo com as pessoas do seu ciclo? Você tem escutado e dialogado com o seu pai, filho, marido, sua mãe, sua esposa, seus colegas de trabalho? Ou está no automático, onde as atividades cotidianas ocorrem sem pausas para uma boa conversa? Muitas perguntas que, às vezes, faltam respostas. Mas, é preciso considerar que as pessoas estão ficando distraídas facilmente e, muitas vezes, “desperdiçando” grande parte do seu tempo. Um exemplo disso é o uso desenfreado da internet, com as redes sociais. Pessoas trocam amigos reais por aqueles virtuais e isso pode geral um grande problema na vida social delas. “A solidão que a grande maioria das pessoas experimenta é filha da falta do diálogo que lapida as personalidades”, é o que diz o Missionário Redentorista Pe. Natalino Martins. Segundo o religioso, a timidez, o medo de ir até o outro e de expor seus sentimentos, acabam produzindo uma sensação de vazio existencial. “Para que seja esmaecida ou suavizada essa solidão velada, há que se ter coragem e arvorarse em um encontro desafiador com quem estamos convivendo. Não se acovardar diante da chance de uma boa convivência”, completou o sacerdote.

Amizade

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mestre em psicologia e especialista em psicologia social Wadson Gama concorda com a ideia do Pe. Natalino e afirma que o grande problema da sociedade é a falta de empatia com o outro. “Nós precisamos exercitar a empatia! Isso porque, a partir do momento que eu consigo me colocar no lugar do outro e perceber que o outro é diferente, tem uma história diferente, aí sim será possível dialogar e respeitar o outro”, ressalta. Inevitavelmente, essa falta de diálogo reflete na saúde mental do indivíduo e da sociedade em geral. Um levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontou que aproximadamente 300 milhões de pessoas no mundo tem depressão. Logo, ter uma conversa calma e tranquila, onde mais se ouve do que se fala, sem julgamentos desnecessários, pode ser o primeiro passo para ajudar quem precisa. “A solidão é uma das causas da depressão e causa um efeito cascata. As pessoas depressivas demonstram pouca capacidade de concentração nas atividades cotidianas. A autoestima fica mais baixa, pode haver descuido com a aparência pessoal, muitos perdem o apetite e emagrecem, o sono fica prejudicado e o cansaço é evidente”, explica Wadson Gama. Para o Pe. Natalino, algumas pessoas se apegam às suas próprias convicções e medos e criam uma barreira nos relacionamentos familiares, de amizades e sociais. Para ele, é importante que as pessoas se abram e também ouçam o próximo: “É preciso coragem para descobrir a beleza e os valores contidos no interior das outras pessoas”.

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Carreira

Desafios de empreender Empreendedorismo avança no Brasil e atrai cada vez mais pessoas que buscam o crescimento profissional

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empreendedorismo vem se destacando como uma das maiores tendências da economia brasileira, seja para fugir da crise ou para tornar-se dono do próprio negócio. É o que aponta a última pesquisa feita pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizada no Brasil em parceria com o Sebrae, em 2017. Pelos dados, um em cada três adultos brasileiros, entre 18 e 64 anos, é empreendedor ou está envolvido na abertura de um novo empreendimento. A pesquisa comprova que é considerável o número de brasileiros que tem deixado o ambiente corporativo de empresas públicas ou privadas em busca de bons resultados e negócios de sucesso. A jornalista Maraísa Lima é um exemplo. Formada em 2007,

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ela sempre exerceu a profissão em grandes organizações e se orgulha bastante de sua trajetória. Contudo, em 2016, despertada pela vontade de alçar novos voos, ela resolveu se dedicar integralmente ao treinamento e consultoria em comunicação para empresas, órgãos públicos e pessoas físicas. “Depois de passar por várias especializações e por um processo de coaching, finalmente me encorajei e decidi que iria empreender. De alguma forma, eu queria fazer aquilo que amo e, ao mesmo tempo, compartilhar meu conhecimento com outras

pessoas. Assim, me tornei uma microempreendedora e, hoje, me encontrei no que faço”, afirma Maraísa. Apesar de se sentir feliz e realizada, a jornalista lembra que, no início, não foi tão simples. Foram vários os desafios enfrentados, principalmente, ligados à questão financeira. Mas, ela estava certa daquilo que queria e resolveu arriscar. “É preciso ter planejamento e estar preparado para a mudança. Até chegar a uma fase de estabilidade, é um processo longo e exige muita paciência e perseverança. O importante é ter fé e não desistir”, aconselha.

“Depois de passar por várias especializações e por um processo de coaching, finalmente me encorajei e decidi que iria empreender.”


Pastoral do Empreendedor O receio que Maraísa sentiu antes de empreender é compartilhado por muitos brasileiros. Com o objetivo de orientar e capacitar aqueles que desejam abrir sua empresa, em janeiro deste ano, foi criada a Pastoral do Empreendedor da Paróquia Nossa Senhora da Assunção, em Goiânia (GO). A programação conta com oficinas, palestras e cursos ministrados por especialistas, os quais apresentam aos participantes conceitos e técnicas de gestão e empreendedorismo. Segundo Karla Lobo, coordenadora da Pastoral, mais de 400 pessoas já foram capacitadas e a

“Corra atrás! Por mais difícil que seja no início, é preciso ter coragem. Não devemos colocar toda a culpa na crise econômica.” expectativa é que esse número aumente ainda mais. “Trata-se de uma excelente oportunidade para transformar realidades, impulsionar com qualificação a criação de novos negócios e aprimorar os negócios já existentes”, diz. Gilson Moreira participa dos encontros e destaca que isso foi decisivo para encorajá-lo a empreender. Ele trabalhava como vendedor em uma empresa do ramo alimentício e, depois de capacitar-se na Pastoral, decidiu abrir sua empresa ao

lado da mãe. Hoje, eles trabalham na produção de pizzas e possuem vários clientes, como: lanchonetes, escolas, hospitais, entre outros. Para aqueles que estão com receio de se aventurar no mundo do empreendedorismo, ele aconselha: “Corra atrás! Por mais difícil que seja no início, é preciso ter coragem. Não devemos colocar toda a culpa na crise econômica. Todos nós temos um dom. Acreditar e investir nesse dom é a receita do sucesso”.

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