Revista Pai Eterno – nº 6, Julho a Dezembro 2017

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Editorial

Experiência da fé

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ocê é uma pessoa de fé? Você crê? Ao longo da nossa vida, nós, cristãos, aprendemos a acreditar naquilo que não vemos, no Deus do impossível. Aquele que é onipotente, onipresente e onisciente. E é por meio da fé que conseguimos experimentar Deus em nossa vida. A sua fé pode ter sido herdada de alguém que te ensinou. Ou ainda, pode ter vindo a partir de uma experiência diferente que você fez na vida. Qualquer que seja a origem da sua fé, tenha a certeza de que ela é um dom, um presente que o Pai Eterno nos concede. O fato é que a fé é o fundamento da esperança e, a cada dia, temos a oportunidade de confirmar a sua força em nossa vida de várias maneiras. A oração e a prática de boas atitudes são uma forma concreta de alimentar e testemunhar essa fé. Geralmente, as pessoas costumam associar as comemorações de fim de ano à prática de boas ações. Falam em espírito natalino e fazem campanhas pedindo que deixemos Jesus entrar em nossos corações. Todo cristão que vivencia verdadeiramente a sua fé, sabe que não é só neste momento que precisamos agir des-

sa forma. Devemos sempre seguir os preceitos de Deus. A celebração da encarnação do Verbo, no Natal, é apenas um momento que a Igreja escolheu para nos lembrar do cumprimento das promessas de Deus para este mundo. Promessas que foram feitas desde muito tempo, ao Seu povo, em Israel. Foi em Jesus que essas promessas se concretizaram e alcançaram a plenitude. O próprio profeta Isaías fala desse tempo que chegaria, em que os cristãos viveriam a plenitude do amor de Deus, amor que foi manifestado com a vinda de Cristo e que foi confirmado quando o Filho do Pai Eterno se entregou em uma cruz para nos libertar dos nossos pecados. Nós, que somos cristãos e acreditamos nessa verdade, não podemos esperar um tempo específico do nosso calendário para praticar o que é bom, servindo a Deus, por meio do serviço aos nossos irmãos. Devemos, sim, praticar o bem em todos os momentos, como forma de testemunhar a nossa fé e esperança de um mundo novo, de uma nova terra, onde as pessoas vão ouvir a Palavra de Deus, não

somente com seus ouvidos, mas também com o coração. Um mundo de luz, onde a glória de Deus resplandecerá sobre todos e a própria natureza humana de todo ser vivo será transformada. Essa transformação deve começar no coração de cada um de nós e o Pai Eterno nos dá esse grande presente para que nós estejamos sempre preparados para expandir o Seu amor. Sejamos sempre cheios da misericórdia de Deus Pai, para que possamos testemunhar a Sua palavra de forma plena e verdadeira.

Pe. Robson de Oliveira, C.Ss.R. Superior Provincial dos Redentoristas de Goiás e Presidente-fundador da Afipe

O ano de Nossa Senhora

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uando a CNBB instituiu o Ano Mariano, os bispos tinham como meta que ele fizesse “crescer ainda mais o fervor desta devoção” no Brasil. E, que conduzisse todos nós, cristãos católicos à “alegria em fazer tudo o que Jesus nos disser” (cf. Jo 2,5), a exemplo das Bodas de Caná. O Brasil cristão católico abraçou de corpo e alma esta ideia de tal modo, que o Ano Mariano inspirou inúmeras canções à Maria e colaborou com temas para festas religiosas em todo o País. Vale ressaltar que até a escola de samba: Unidos de Vila Maria se inspirou em Nossa Senhora Aparecida para fazer seu samba-enredo do carnaval de 2017, em São Paulo. Aqui no Santuário Basílica do Divi-

no Pai Eterno não deixamos por menos: “Maria: serva humilde e fiel ao Pai Eterno”, foi o tema que norteou toda a catequese dirigida a aproximadamente cerca de dois milhões e novecentos mil fiéis que circularam por Trindade durante os nove dias de Novena e a Festa. Isso, sem perder o foco da evangelização que é sempre a ação amorosa e misericordiosa que o Pai Eterno tem por cada um de nós. Em um de seus pronunciamentos durante o Ano Mariano, o Papa Francisco disse que “Deus criou a mulher para que todos nós tivéssemos uma mãe”. E, ao Brasil, “Deus ofereceu a sua própria Mãe”. Que alegria e bênçãos para todos nós. O que dizer deste Ano Mariano, então? Bem, nem sempre os efeitos de uma ação são percebidos tão logo sua reali-

zação. Por vezes, é preciso aguardar um tempo para que os resultados apareçam na vida das pessoas. Em todo caso, foi um ano de uma “grande ação de graças” a Mãe de Jesus.

Pe. Edinisio Pereira, C.Ss.R. Reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno Julho a Dezembro/2017 |

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Sumário

Fé para a Nova Geração A Turminha do Pai Eterno está de volta e totalmente renovada para evangelizar e divertir os pequenos devotos. Com ensinamentos cristãos, os novos episódios prometem incentivar as crianças a seguirem o caminho de Jesus em todos os momentos.

[18 A 21] A fé deles

O Terço dos Homens já se tornou uma tradição entre os homens em diversas igrejas pelo Brasil. Este semestre, os devotos se organizaram para um dia inteiro de oração e reflexão no Santuário Basílica do Divino Pai Eterno. [8]

Males da alma

O suicídio é um dos maiores problemas da atual sociedade. Este ato extremo geralmente nasce de doenças como depressão, ansiedade e até em momentos difíceis. Com fé e esperança, é possível encontrar uma solução diferente. [24]

Solidariedade

O Centro Social Redentorista, uma das primeiras Obras Sociais Redentoristas, em Trindade (GO), completou 25 anos e recebeu de presente uma grande reforma, que trouxe muito mais benefícios aos assistidos. [12]

Qual é o nome?

Muitos religiosos, quando recebem os votos perpétuos, decidem também trocar o nome oficial por um nome religioso. Saiba como isto ocorre e porque há esta tradição na Igreja Católica. [28]

PUBLICAÇÃO SEMESTRAL DA ASSOCIAÇÃO FILHOS DO PAI ETERNO E SANTUÁRIO BASÍLICA DE TRINDADE Superior Provincial dos Redentoristas de Goiás e Presidente-fundador da Afipe: Pe. Robson de Oliveira, C.Ss.R. Reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno: Pe. Edinisio Pereira, C.Ss.R. | Jornalista Responsável: Simone Borges - JP 2715 - GO Redação: Juliana Nunes, Pollyana Reis e Vinícius Braga | Coord. de Marketing: Bárbara Simões Projeto Gráfico e Diagramação: Elton Rosa | Arte/Anúncios: Diogo Oliveira, Richard Melchiades e Juliana Alves | Ilustrações: Ramón Fonseca Coord. de Produção: Andrei Renato | Fotografia: Danilo Eduardo e Rodolfo Carvalhaes | Colaboração: Michele Rodrigues Impressão: Scala Editora | Tiragem: 100.000 exemplares | Contatos: producao@paieterno.com.br | www.paieterno.com.br

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Artigo

Maria e a Santíssima Trindade

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Bem-aventurada Virgem Maria é venerada nos seus mais variados títulos: Aparecida, Conceição, Fátima, Guadalupe, Lourdes, Rosário, Salette, Nazaré e outros vários títulos. Maria é escolhida por Deus para ser a Mãe de Jesus, nosso Salvador. Ela concebe Jesus por obra do Espírito Santo. Vemos em Maria a presença da Trindade Santa e ela conduz, portanto, cada devoto ao seio da Trindade. Entre as várias afirmações sobre Maria Santíssima, será muito importante considerar dois dos Dogmas Marianos: Maternidade e Virgindade. Julga-se que o título Theotókos, Mãe de Deus, aparece pela primeira vez, na literatura cristã, nos escritos de Orígenes (†250). Foi solenemente proclamado pelo Concílio de Éfeso (431). Em que sentido Maria é a Mãe de Deus? Toda mãe é mãe de uma pessoa. A Pessoa que nasce de Maria é a segunda Pessoa da Santíssima Trindade, que dela assumiu a carne humana. Maria, porém, não é mãe apenas da carne humana, mas de toda a realidade do seu Filho, o Verbo encarnado. Daí dizer-se que Maria é Mãe de Deus enquanto Deus feito homem. Deus escolheu Maria, por benevolência ou gratuidade, para ser Mãe Santa. Portanto, encheu-a de graça. Maria correspondeu fielmente ao dom de Deus, dizendo-se e fazendo-se a serva do Senhor (cf. Lc 1,38.44). Maria foi escolhida como filha de Sião ou como membro de um povo chamado a gerar o Messias. Isto quer dizer que o Sim de Maria é o Sim de todo o gênero humano, chamado a se prolongar na Igreja através dos séculos. Maria concebeu o Filho de Deus de maneira livre e generosa. Maria é privilegiada, mas ela se intitula “servidora de Deus e dos homens” (cf. Lc 2,38.48). O próprio Jesus ensinou que “o maior

deve ser como aquele que serve”. (Cf. Lc 22,26; Jo 12,13-15) Desde remota época a Igreja professa que Maria é sempre virgem. Esta verdade pertence ao patrimônio da fé, como declarou, em conformidade com a Tradição, o Papa Paulo V (aos 7/08/1555): “A bem-aventurada Virgem Maria foi verdadeira Mãe de Deus, e guardou sempre íntegra a virgindade, antes do parto, no parto e constantemente depois do parto”. (DS 1880 [993]) A doutrina da concepção virginal de Maria começa a ter sentido quando abordada de modo contemplativo no contexto da encarnação. As narrativas da infância, de Mateus e Lucas, são as únicas fontes que falam da concepção virginal de Jesus. Elas testemunham que Maria concebeu Jesus pelo poder da sombra do Espírito Santo (cf. Lc 1,2638; Mt 1,18-25). A descrição extraordinária do nascimento de Jesus entra no discernimento cristológico de que Jesus é Filho de Deus, o Messias, desde o nascimento. Assim, a doutrina da virgindade de Maria é indicativo das origens de Jesus no mistério de Deus, que não se explicita apenas por ascendência humana, mas pela iniciativa criadora de Deus. Maria é virgem e mãe. Maria Virgem porque se guardou íntegra para Deus. Virgem por guardar íntegra a Palavra de Deus: “Faça-se em mim...”. Por isso é também a “sempre virgem Maria”: avançou íntegra na “penumbra da não-visão”; avançou em “peregrinação de fé”. (LG 58) Eis as muitas passagens bíblicas a demonstrar a fé no mistério da Santíssima Trindade, o Deus que é Uno e Trino, ou seja, um só Deus (unidade) em Três Pessoas (trindade) realmente distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, a quem Maria nos quer conduzir ao dizer no Evangelho de João: “Fazei tudo o que Ele [Jesus] vos disser”. (2,5)

A figura de Maria aparece no quarto Evangelho em duas ocasiões, no começo e no final do Evangelho. Em ambas, Maria é chamada “a Mãe de Jesus” (cf. Jo 2,1.3.5;19,26), e em ambas a palavra do Mestre vai dirigida a ela com o nome de “mulher” (cf. 2,3;19,26), mas nunca aparece o nome próprio de Maria. No Evangelho de João, Maria é chamada por dois nomes: “Mãe de Jesus” e “Mulher”. Enquanto a expressão “Mãe de Jesus” é um título que contrasta com a outra afirmação, “filho de José”, o termo “mulher” é comum em Jesus para dirigir-se às mulheres (cf. Mt 15,28; Lc 13,12; Jo4, 21; 8,10; 20,13). Contudo aqui, dito à Sua Mãe, tem uma conotação especial: o termo “mulher” dirigido por Jesus é um termo joânico que aparece em duas ocasiões (em Caná e na Cruz) e forma uma espécie de inclusão. A mulher está presente no começo e no fim da vida pública, no momento em que o Messias inicia suas obras e na hora da morte, quando consuma sua obra. Portanto, possa Maria, Filha dileta de Deus Pai, Mãe admirável de Deus Filho e Esposa agraciada do Divino Espírito Santo, ajudar-nos a aproximar de tão grande verdade da fé. Quem a busca com amor é verdadeiro cristão!

Cardeal Orani João Tempesta, O.Cist. Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

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Devoção

Mãe do Brasil Em homenagem aos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, um breve relato sobre a importância dela para todos os fiéis católicos brasileiros

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uem te olha assim, Mãe, de manto azul bordado e uma coroa dourada na cabeça, nem imagina que a Senhora foi encontrada no fundo de um rio, quebrada. João Alves, Domingos Garcia e Felipe Pedroso acharam seu corpo primeiro, depois a cabeça, e apesar da superstição da época dizer que não era bom guardar imagens quebradas, eles cuidaram da Senhora. Tanto carinho, tanta fé em teu santo Filho que a história não poderia ser outra: milagres e bênçãos abundantes. Assim, o oratório virou capelinha, a capela se tornou igreja até chegarmos ao maior Santuário Mariano do mundo. A Senhora sempre retratada como branca, em nossas terras, é ne-

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gra. O país onde a cor da pele ainda gera ódio e preconceitos ganhou uma rainha negra, que intercede em favor de todos os seus filhos, sem fazer distinção. “A negritude dela identifica a comunhão com o sofrimento do povo. Eram os escravos do século XVIII, ou mesmo os pobres trabalhadores de hoje. Por isso, este título é tão querido pelos brasileiros, e também, por isso, ela recebeu o título de padroeira do Brasil”, explica

o Missionário Redentorista Ir. Diego Joaquim. Há 300 anos, a imagem da Senhora foi encontrada, pesquisas e análises de historiadores dizem que era a “Nossa Senhora da Conceição”, mas aqui no Brasil se tornou Aparecida. Nossa Senhora da Conceição Aparecida, encontrada no fundo do rio Paraíba, interior de São Paulo, se tornou a fiel escudeira de todos os brasileiros. Uma série de coinci-

“Ao ver Sua Mãe e, junto dela, o discípulo que Ele amava, Jesus disse à Sua Mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí a tua Mãe.” (Jo 19,26-27)


Foto: Thiago Leon

“Sua Mãe guardava todas estas coisas no seu coração. E Jesus crescia em estatura, em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens.” (Lc 2,51-52)

tinha uma rainha; e a proclamação como Padroeira principal da nação, em 1930, em uma celebração que reuniu o presidente Getúlio Vargas, com todos os seus ministros e o corpo diplomático, além de mais de um milhão de pessoas no Rio de Janeiro. Ao longo dos anos, a divulgação da devoção e as peregrinações feitas com a imagem ou suas cópias pelo País fizeram com que a imagem se tornasse conhecida e amada por todos os brasileiros”, resume Ir. Diego Joaquim. Todo ano, milhões de pessoas visitam a tua casa, famosos e anôni-

Foto: Thiago Leon

Foto: Felipe Guimarães

Foto: Felipe Guimarães

mos, ricos e pobres, vão agradecer, pedir ou simplesmente ver a Rainha de perto. Uma Rainha que não exige riquezas, nem pompas e circunstâncias, uma Rainha que pede apenas uma oração baixinha e um coração cheio de fé em Seu Filho Jesus. Fé esta que a Senhora mesma precisou ter quando recebeu de Deus Pai a missão de gerar Jesus. Obrigada, Mãe Aparecida, por teu ‘sim’ à missão que o Pai Eterno lhe concedeu; por teu cuidado com o Nosso Salvador, Jesus Cristo; e por nos adotar como filhos e filhas, por quem intercede em todos os momentos.

Foto: Thiago Leon

Foto: Felipe Guimarães

dências que, pelos cristãos, são entendidas como Providência Divina, a tornaram um símbolo da nação tão importante quanto a bandeira ou o próprio hino nacional brasileiro. “O fato da imagem ter sido encontrada entre as duas maiores cidades do País [São Paulo e Rio de Janeiro], no caminho da Estrada Real – que ligava Minas Gerais com os portos – é um ponto importante para que a devoção se tornasse conhecida. Também há dois fatos históricos importantes: a coroação como Rainha do Brasil, em 1904. Nosso País já era uma República, mas agora

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Homens em comunhão

Em sua terceira edição, Romaria do Terço dos Homens atraiu devotos de todo o Brasil ao Santuário Basílica de Trindade

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om a missão de reunir homens de todas as idades que desejam conectar-se ao Pai Eterno por meio da oração, o movimento do Terço dos Homens tem ganhado força no Brasil e atraído cada vez mais fiéis. A 3ª Romaria do Terço dos Homens, promovida no dia 21 de outubro, no Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO), é uma prova disso. O evento reuniu milhares de devotos de todo o País, que dividiram momentos emocionantes de fé, devoção e louvor na Casa do Pai. Há quatro anos, o bancário Wilmar Alves, de 54 anos, integra o grupo do Terço dos Homens de Trindade. Ele demonstra muita gratidão ao falar da transformação em sua vida a partir disso. “Sou outra pessoa. Desde que comecei a participar das reuniões, tudo mudou para melhor. Hoje, sou uma pessoa mais iluminada e só tenho a agradecer ao Pai Eterno por essa nova vida”, diz. Wilmar participou da Romaria até a Basílica de Trindade e descreve a oportunidade como “única”. Para ele, a interação com devotos de vários lugares é enriquecedora e um alimento para a fé. Além disso, é uma maneira de agradecer por tantas bên-

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çãos recebidas e continuar pedindo a intercessão segura de Maria. O prefeito do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, o Missionário Redentorista Pe. Marcelino Ferreira, destaca a importância do movimento para que cresça a participação do homem na Igreja. “As mulheres sempre foram maioria nas celebrações litúrgicas. Muitas vezes, carecemos da força masculina. Nesse sentido, o Terço dos Homens desempenha um papel fundamental, uma forma de estar mais próximo do Pai”, sublinha. Segundo o Missionário Redentorista, é gratificante ver a quantidade de homens que tiveram suas vidas transformadas após entrar no grupo. “Muitos estavam distantes da Igreja, vivendo sem esperanças. Eles testemunham que o Terço dos Homens foi um divisor de águas, já que passaram por mudanças na família, no trabalho, na educação, enfim, melhoraram em todos os sentidos”, relata.

Unidade

Inspirada no Ano Nacional Mariano, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a edição de 2017 teve como tema “Maria: Ajuda os homens do

Terço a serem humildes e fiéis ao Pai Eterno”. O coordenador do Terço dos Homens de Trindade, Jairo Antônio Gonçalves, afirma que o encontro foi uma excelente oportunidade para compartilhar experiências entre os grupos e, consequentemente, enriquecer a vida espiritual. “O movimento representa a unidade dos homens na Igreja, que, juntos, louvam ao Pai Eterno e reconhecem a poderosa intercessão de Nossa Senhora. É uma alegria imensa notar que a figura masculina está mais engajada com as questões religiosas e se fazendo mais presente. Em comum, eles carregam diversas graças alcançadas e a eterna gratidão a Deus”, conta o coordenador. Ele acrescenta que, na Igreja Matriz de Trindade, o grupo de homens se reúne às segundas-feiras, após a missa, para rezar o terço e ter mais um momento de comunhão. “Temos cerca de 110 homens reunidos e, a cada encontro, percebemos um aumento. São irmãos que passaram a enxergar a Palavra de Deus como alimento e o bem que ela traz para si mesmo, para sua família e para a comunidade cristã”, pontua Jairo Antônio Gonçalves.


“O movimento representa a unidade dos homens na Igreja, que, juntos, louvam ao Pai Eterno e reconhecem a poderosa intercessão de Nossa Senhora.

História No Brasil, o Terço dos Homens foi fundado no dia 8 de setembro de 1936, na cidade de Itabi (SE), pelo Frei Peregrino. Começou a partir de um pequeno grupo de homens que rezavam o Santo Terço na rua, enquanto suas esposas participavam de reuniões. Em março de 1997, surgiu o primeiro grupo a nível paroquial, na capela de Nossa Senhora do Livramento, hoje transformada em Santuário Paroquial, em Jaboatão dos Guararapes (PE). Os grupos foram crescendo em diferentes partes do Brasil. Diante disso, Dom Gil Antônio Moreira, percebendo o grande valor evangelizador e santificador de tal devoção, decidiu apoiar todos os grupos. A partir de 2008, começou a Romaria do Terço dos Homens ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP). A iniciativa deu um extraordinário impulso ao movimento, com muitas outras iniciativas por todo o País. E em 2015, teve início a Romaria do Terço dos Homens ao Santuário Basílica de Trindade.

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Construção

Nova Casa do Pai: um sonho de fé O Novo Santuário tem sido levantado graças à contribuição de cada filho do Pai Eterno para que mais pessoas conheçam o Seu amor

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e você já precisou planejar a construção de algo, seja de uma casa ou da reforma de algum cômodo, já deve ter noção de todo o trabalho e desafios que isso envolve para que não se desperdice dinheiro, tempo e, principalmente, para que tudo seja feito com qualidade e segurança. Agora, imagine construir não só uma igreja nova, mas sim um Santuário, que será também um complexo onde os devotos terão disponíveis: área de alimentação, banheiros, estacionamento, uma praça para missa campal, entre outras coisas. Assim é o sonho que foi idealizado pelo Superior Provincial dos Redentoristas de Goiás e presidente-fundador da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), Pe. Robson de Oliveira. E graças ao Pai Eterno, desde 2012, começou a se concretizar com ajuda de devotos do Brasil inteiro. De lá para cá, todo o trabalho na construção se desenvolveu e hoje os romeiros que visitam o local já podem perceber como este novo Templo Santo será grandioso. Este ano, para aproximar ainda mais os devotos desta obra, o Pe. Robson de Oliveira começou a abençoar os pilares, sob a intercessão de santos e santas da Igreja Católica que, ao mesmo tempo, dão nome aos pilares. Para o sacerdote, este é um gesto muito especial, pois santifica não somente a futura igreja, mas também todos que trabalham na obra e também os que ajudam a edificá-la.

leva tempo para ser executada de forma ideal para que garanta a segurança de todos. Em 2012, quando foi dado o início do trabalho, foi feita a sondagem e preparação do terreno. “A necessidade de realização da sondagem se inicia na parte de projetos. Então, é feita a contratação de uma empresa especializada nesse tipo de serviço para começar a sondagem, que consiste em fazer vários furos, perfurações no terreno, de onde são retirados vários testemunhos de solo, que serão utilizados pelo projetista para verificar a resistência e a consistência do solo da obra. A partir disso, o projetista de fundações ou de terraplenagem, pode fazer todos os cálculos para poder dar andamento na obra”, explicou o engenheiro civil Kléssio Gonçalves. Na segunda parte, o engenheiro destaca o trabalho realizado para construir o subtérreo onde mais tarde será o local do ossário. Nessa parte, é necessária a utilização de muito concreto para garantir toda a sustentação. “A fundação do subtérreo foi a primeira etapa de fundação da obra. Ela iniciou com um projeto, após a realização das sondagens, em que foram especificados alguns tipos de fundações tais como tubulões, sapatas e blocos. Então, nessa cota do subsolo são executados serviços de preparação do terreno, concretagem, armação, formas”, pontua.

A partir daí, foi feita a cobertura de toda a laje do subtérreo. Este trabalho contou ainda mais com participação dos filhos do Divino Pai Eterno, que por meio da Campanha do Cimento, garantiram que a cobertura fosse feita completamente e da melhor maneira. “A parte concreta foi muito grande, não só de concreto, mas temos também as formas, os escoamentos, e isso demandou muito tempo e muitos profissionais envolvidos”, afirmou Kléssio Gonçalves. Com as fundações feitas e a cobertura da laje do subtérreo pronta foi a hora de começar a construir os pilares, que é uma parte essencial para a engenharia da obra, pois são eles que vão sustentar todo o peso do restante da construção. “Temos a engenharia como sendo tudo aquilo que recebe as cargas, as lajes e as vigas, ou seja, é importante ter um pilar bem feito, pois é ele que vai receber toda a carga sobre a laje. Essa é a primeira parte, de muita responsabilidade, tanto na parte de projeto, quanto na parte de execução”, finaliza. A construção do Novo Santuário do Divino Pai Eterno está unindo devotos do Brasil e do mundo inteiro que contribuem para que o trabalho continue evoluindo. É uma forma de cada um deles demonstrar sua gratidão ao Pai e fazer com que Seu amor seja conhecido por cada vez mais pessoas.

Retrospectiva

A obra do Novo Santuário acabou de dar início a uma nova fase. Os pilares das três pontas superiores da cruz (caso ela estivesse de pé) serão elevados cerca de 45 metros e será possível ter uma noção da grandiosidade de toda a estrutura. Serão, ao todo, cerca de 15 meses de trabalho intenso nessa etapa. A construção do Novo Santuário é de longo prazo devido ao seu tamanho e complexidade. Por isso, cada etapa Julho Julho aa Dezembro/2017 Dezembro/2017 ||

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Caridade

25 anos de amor ao próximo Instituição das Obras Sociais Redentoristas comemora bodas de prata no atendimento aos mais necessitados e ganha reforma da estrutura

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Centro Social Redentorista (CSR), obra social que tem o apoio da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), completou, em 2017, 25 anos de dedicação e contribuição com a comunidade carente. São anos de trabalhos realizados em favor dos moradores da região periférica de Trindade (GO), colaborando com a manutenção de diversas famílias por meio de oficinas e atividades pedagógicas e de lazer, além da formação pessoal e profissional. Para comemorar esses anos de existência e colaboração social, o CSR iniciou, ano passado, uma reforma da instituição com o objetivo de poder promover um trabalho ainda mais amplo, atingindo desde

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as crianças até o público adulto, levando a mensagem do Pai Eterno a todas as famílias e necessitados, e mais dignidade e qualidade de vida à comunidade local. Com a reforma, foram construídos banheiros infantis masculino e feminino, adaptados também para portadores de necessidades especiais; as salas pedagógicas ganharam mais espaço e iluminação; foram construídas duas novas salas onde serão oferecidos cursos profissionalizantes de costura e informática; um consultório odontológico; um mini auditório, novas salas de secretaria e coordenação; vestiários masculino e feminino com ducha; e a tão esperada piscina.

A reforma inclui também o campo de futebol, um espaço de lazer a céu aberto onde os assistidos praticam esporte, melhorando assim a sua qualidade de vida. O pátio, na entrada do centro social, agora está coberto e bem arejado para receber toda a comunidade durante os eventos. O espaço das crianças de 3 a 5 anos ficou mais alegre com o novo jardim e a nova pintura, que torna o ambiente mais harmônico e bonito. Com as novas instalações do Centro Social Redentorista, a instituição quer colaborar com mais famílias que necessitam de apoio. Essa obra é resultado de um trabalho em equipe feito pelos colaboradores do Centro Social Redentorista e a Comunidade.


Para o diretor das Obras Sociais Redentoristas, Pe. Reinaldo Martins, toda essa reforma e ampliação é uma grande realização para quem trabalha nos centros sociais. “Essa mudança veio para poder melhorar nosso atendimento à comunidade. A expectativa é que o público aumente. A melhoria vai acontecer, mas também a quantidade de assistidos vai ser ampliada. Ficamos muitos felizes, juntamente com a comunidade aqui do Pontakayana, por podermos proporcionar esse espaço tão privilegiado que também simboliza que nós colocamos a nossa fé em obras”, ressaltou.

História

Criado em outubro de 1992, o CSR é o sonho realizado do Ir. Sebastião Camargos, Missionário Redentorista, que, sensibilizado com a realidade das crianças do Setor Pontakayana, em Trindade, resolveu desenvolver no local o projeto de uma casa para oferecer acompanhamento pedagógico, moral e social. Em 2002, a então Casa da Criança foi assumida pela Congregação do Santíssimo Redentor de Goiás e passou a ser conhecida como Centro Social Redentorista, o CSR.

É uma obra pioneira em Trindade que atende hoje 198 pessoas acima de 3 anos de idade, oferecendo atividades lúdico-pedagógicas, reforço escolar, dança, teatro, judô, bazar social e várias atividades de lazer. O atendimento diário se inicia às 7h e se estende até as 17h. Cada assistido participa das oficinas específicas de acordo com sua faixa etária. São oferecidas às crianças que ali frequentam quatro refeições diárias, além de muito cuidado e carinho.

A reinauguração

O evento de reinauguração aconteceu com uma Missa em Ação de Graças pelo aniversário do CSR, para louvar ao Divino Pai Eterno por todas as bênçãos alcançadas. A celebração foi presidida pelo Superior Provincial dos Redentoristas de Goiás e presidente-fundador da Afipe, Pe. Robson de Oliveira. “O CSR é uma expressão do amor dos filhos do Pai Eterno para com as pessoas em situação de vulnerabilidade, dificuldades, pessoas que agora, com a ajuda desta instituição, passam a ter oportunidades melhores na vida. Inclusive, com técnicas profissionais e possibilidades de abrir o seu campo de trabalho. Por isso, é

muito importante o que nós temos feito aqui nesses 25 anos”, frisou o sacerdote. Além da Santa Missa, o evento contou com uma programação repleta de apresentações culturais e homenagens às pessoas que foram importantes nesses anos de história da instituição. A comemoração foi aberta à comunidade e demais convidados. Foi um momento especialmente gratificante para o diretor das Obras Sociais, Pe. Reinaldo Martins. “Eu me sinto muito grato a Deus por estar à frente desse trabalho que me dá um sentimento de querer servir cada vez mais ao próximo”, diz o Missionário Redentorista. Para ele, o CSR é um dos lugares em que ele consegue realizar de forma plena sua vocação. “Eu consigo ver a oração dos devotos do Divino Pai Eterno sendo transformada em obras do nosso trabalho social. Não tenho outra palavra a dizer que não seja gratidão, ao nosso Deus, o Divino Pai Eterno; e à Mãe do Perpétuo Socorro; por tantas graças e bênçãos recebidas na minha vida à frente dessa missão, na Congregação enquanto Província de Goiás e na vida de todos os nossos beneficiados”, finaliza.

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Comunicação

Espírito de fé e evangelização A RedeVida nasceu com o propósito de propagar valores cristãos em rede nacional e transformar vidas com o seu trabalho Arquivo: Redevida

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á pouco mais de 20 anos, a RedeVida de Televisão tem realizado um trabalho desafiador na comunicação: levar entretenimento e notícias de qualidade, sempre com a responsabilidade de evangelizar. Atualmente, a emissora alcança mais de 1500 municípios brasileiros, incluindo todas as capitais. De acordo com o jornalista e apresentador do Jornal da Vida, Luiz Antônio Monteiro, o Canal da Família (RedeVida) preza por valores insubstituíveis: cristãos, éticos, morais e cívicos. Para ele, o grande desafio da emissora é buscar a coerência com estes valores, sem julgamentos: “A tarefa é de coerência e testemunho. Se até o Papa Francisco indaga sobre seu poder de julgar, quanto mais uma emissora de TV. A RedeVida não critica, nem condena, não é dona da ver-

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dade. A missão é lembrar que Cristo é o caminho, a verdade e a vida”. A RedeVida é responsável pela cobertura de grandes momentos para os católicos aqui no Brasil. “Nós cobrimos todas as visitas dos papas ao Brasil. Cobrimos também as canonizações de Anchieta, Santo Antônio Galvão, Mártires”. Além disso, a programação da TV conta com a oração do terço e as missas, com celebrações direto das cidades de Santa Maria (RS), Rio Preto (SP), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Trindade (GO), Bom Jesus da Lapa (BA) e Canindé (CE). Atualmente, o canal já está funcionando no sistema digital. “Ter a cobertura nacional, aberta e gratuita, é uma conquista viva, real e qualificada para a nossa equipe”, comemora Monteiro. Em 2017, o slogan principal do

jornalismo da RedeVida foi “Esperança sempre faz bem”, um tema que reflete o espírito de fé e evangelização no trabalho realizado pela emissora. “O compromisso está em viver a ética cristã, cultivando a Boa Notícia, todos os dias, em toda a programação. Independentemente do modismo, da audiência fácil, da apelação com violência”, afirma o apresentador. Além disso, Luiz Antônio completa explicando que este slogan está baseado na própria Palavra de Deus. “A prática orientadora está baseada na carta aos Hebreus [11,1] com a luz atual: ‘A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê’”, finaliza.

Presente e futuro

A RedeVida nasceu no dia 20 de junho de 1995 e, desde o início, seu


principal fundamento é o Evangelho de Jesus. “O projeto nasceu na alma do jornalista João Monteiro Filho e contou com o apoio decisivo de Dom Luciano Mendes de Almeida e Dom Antônio Mucciolo: um leigo e dois arcebispos. Todos vocacionados, focados no Evangelho e devotos de Maria”, lembra Luiz Antônio. Desde o seu início, ela foi consagrada a Nossa Senhora de Fátima e isso interferiu diretamente na missão e nos valores que a TV busca levar aos lares brasileiros. “Ao visualizar a nova emissora, de cobertura nacional, Monteiro Filho fixou como meta ser o ‘Canal da Família’. Dom Luciano Mendes definiu como ‘uma TV que nasceu para fazer o bem’”, ressalta o jornalista. Para o futuro, de acordo com Luiz Antônio, o objetivo da RedeVida é investir em tecnologias que garantam cada vez mais uma transmissão de qualidade. Além disso, no próximo ano, a emissora vai atuar valorizando o Ano do Laicato, que teve início no dia 26 de novembro de 2017 e será celebrado pela Igreja no Brasil até o dia 25 de novembro de 2018. “O zelo com a parte tecnológica, o cuidado com a imagem na TV Digital e a atenção para a produção são pontos essenciais. Estará na pauta do jornalismo já para o próximo ano: o sínodo dos jovens e o debate de fortalecimento da família que são fundamentais na vida cristã”, explica. Para ele, o motivo de a alegria estar presente na RedeVida é a consciência de que “em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência”, completa.

ao Divino Pai Eterno e a santa intercessão de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Atualmente, a RedeVida transmite, todos os dias, a celebração da Santa Missa direto de Trindade, além das Novenas dos Filhos do Pai Eterno, de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e o Santo Terço. Faz parte da programação ainda o Programa Pai Eterno, exibido de segunda a sexta-feira. Para Luiz Antônio, a presença da Afipe na RedeVida fomenta três pontos importantes para a família: a espiritualidade, a esperança e o entusiasmo. “A espiritualidade vem com o carisma redentorista, dá norte à linha doutrinária e sustenta à base da fé. A esperança vem com o carisma do Pe. Robson de Oliveira, que oferece palavras de confiança na misericórdia divina. O entusiasmo está no carisma da graça presente em cada momento, em cada programa, em cada celebração no Santuário do Divino Pai Eter-

no”, pontua. O próprio apresentador já visitou Trindade. Ele tem em sua família uma forte presença de fé no Pai Eterno. “Estive com meu pai João Monteiro Filho, e meu irmão João Monteiro Neto, peregrinando em Trindade. Rezei no Santuário Basílica do Divino Pai Eterno. Acompanho as obras do Novo Santuário. Assisto aos sermões de sábado do padre Robson. Na família, recentemente, meu filho Lucas foi a Trindade visitar a Associação Filhos do Pai Eterno. Antes de voltar, recebeu a imagem do Divino Pai Eterno com a bênção do padre Robson. Era um presente para a minha esposa Márcia, diagnosticada com um tumor no intestino. Minha esposa foi operada e sua recuperação foi magnífica”, comemora. Assim como outras parcerias que a emissora mantém, o trabalho realizado junto com a Afipe é nutrido pelo espírito de fazer a vontade de Deus e de transformar a fé de tantas pessoas em obras. “A parceria com a Afipe é sinal de graça, dom de carinho e fruto da amizade, que une corações, promove a fé e forma missionários, tanto para fomentar a graça, como para exercitar a caridade”, finaliza Luiz Antônio.

Parcerias

Há 10 anos, a RedeVida e a Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) mantêm uma forte parceria que permitiu com que muitos brasileiros pudessem conhecer a bonita devoção Julho JulhoaaDezembro/2017 Dezembro/2017||

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Rastreando Novena Os Missionários Redentoristas da Província de Goiás juntamente com a comunidade da Paróquia de Trindade, realizaram de 17 a 26 de novembro, uma Novena pela Beatificação do Venerável Pe. Pelágio. As celebrações aconteceram na Igreja do Santíssimo Redentor, também conhecida como Igreja do Pe. Pelágio, pois abriga os restos mortais do sacerdote alemão. No dia 23 de novembro de 2017, completaram-se 56 anos de sua morte. A data é especialmente dedicada ao Missionário Redentorista que viveu sua missão junto aos pobres e marginalizados das comunidades de Trindade e da antiga Campininhas das Flores, que hoje é o bairro de Campinas, em Goiânia (GO).

Jubileu

Muticom Uma equipe de comunicadores da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) marcou presença no 10º Mutirão Brasileiro de Comunicação (Multicom). O evento, que é realizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), aconteceu no segundo semestre de 2017, na Diocese de Joinville (SC). O encontro reuniu profissionais comunicadores de todo o Brasil. Eles participaram de palestras, oficinas e estudos de caso, em que trataram sobre os desafios da comunicação na Igreja e a utilização das novas tecnologias como ferramentas de evangelização. O tema deste ano foi “Educar para a Comunicação”. O próximo Muticom será em 2019 e terá como sede a Arquidiocese de Goiânia, que realizará o evento em parceria com a AFipe.

Este ano, a Arquidiocese de Goiânia celebra a abertura do Jubileu de Ouro da Novena de Natal em Família, que completa 50 anos em 2018. Ela é um importante subsídio que ajuda as famílias a se reunirem para se preparar para o nascimento do Menino Jesus. A Novena de Natal em Família já é uma tradição que une centenas de famílias e até amigos pelo propósito da oração e reflexão do Evangelho inserido no mundo de hoje, levando em consideração questões atuais da sociedade. Além disso, a iniciativa incentiva os participantes a realizarem um gesto concreto, com boas ações para com os irmãos e irmãs, especialmente, os mais necessitados.

Prevenção As Obras Sociais Redentoristas, por meio do complexo Cespe/Cecam – Centro Social Pai Eterno / Centro Educacional e Capacitação de Apoio ao Menor – promoveram uma manhã de palestras sobre a conscientização em relação à saúde da mulher e do homem. Inspirado pelas campanhas Outubro Rosa e Novembro Azul, o seminário “Um toque pela vida” foi realizado no auditório Dom José Rodrigues no mês de novembro. O objetivo era falar sobre o câncer de mama e o câncer de próstata, pontuando hábitos preventivos que possibilitam o diagnóstico precoce da doença. Julho a Dezembro/2017 |

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Especial

Novas aventuras, mais ensinamentos Turminha do Pai Eterno chega à sua quinta temporada cumprindo a missão de evangelizar as crianças

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ivininho, Mariana, Pedro e Rosinha estão de volta. Para a alegria da criançada, a quinta temporada da Turminha do Pai Eterno estreou com mais histórias divertidas e, claro, muita evangelização. Com um novo personagem, Miguelito, o desenho animado retrata o cotidiano infantil, sem deixar de lado os valores religiosos, transmitidos de forma leve e descontraída. “Focamos nas crianças que estão na fase da pré-catequese, um período repleto de dúvidas. A missão é responder tais questionamentos e prepará-las para a iniciação cristã, propagando a Palavra do Pai de maneira ainda mais lúdica”, destaca a roteirista da Turminha, Patrícia Holanda. Ela acrescenta que, durante um ano, a equipe trabalhou para remodelar os personagens, rever a linguagem adotada e criar um desenho atual e dinâmico. A definição do conteúdo é uma das partes mais complexas e exige bastante cuidado dos seus criadores, já que trata-se de um público-alvo delicado, em fase de desenvolvimento, decisiva na formação da personalidade. “Quando se trata de comunicação voltada para crianças, os menores detalhes influenciam no produto final. Cada parte do episódio diz muita

coisa, por isso, temos de ter todo o zelo”, analisa Patrícia. Segundo ela, os personagens têm um papel fundamental neste sentido, pois o público precisa se identificar com eles. Assim, o desenho consegue passar sua mensagem e ditar comportamentos. Como exemplo, a roteirista cita Miguelito, o novo integrante do grupo, que representa a criança peralta, sem contato com a Igreja, mas que recebe ajuda e orientações dos demais para seguir o caminho correto. Os personagens adultos, Pe. Robson e Ir. Esperança, são os responsáveis por levar este ensinamento catequético e pregar sobre a devoção ao Pai Eterno.

Produção

Antes de ir ao ar, o episódio, que tem cerca de dois minutos, leva um mês para ficar pronto. São diversos profissionais envolvidos na criação e produção das histórias. A equipe é composta, diretamente, por quatro pessoas e outras 10 de forma indireta. “Passamos por várias fases, que demandam muita atenção, para entregarmos o desenho pronto”, ressalta Patrícia. Inicialmente, ela faz a concepção do episódio e desenvolve o roteiro, baseando-se, principalmente, nas homilias do Pe. Robson. Nesta temporada, a roteirista atentou-se em fa-

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zer um gancho da religiosidade com situações do dia a dia das crianças, como: relação com os pais, vida escolar, lazer, entre outros. Ramón Fonseca é o responsável pela ilustração. É ele quem cria os personagens, objetos e cenários. Nesta etapa, é preciso respeitar as características físicas de cada um, além de produzir as expressões exigidas pela cena, seja sorrindo, chorando, com raiva etc. “Cada personagem tem sua identidade, personalidade e singularidades. Tudo isso deve ser levado em conta quando se faz os desenhos. Pode parecer simples, mas levo cerca de duas semanas para fazer as ilustrações de apenas um episódio”, explica.

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zes nos personagens. Temos de ter muita atenção ao fazer isso, pois a sincronia é essencial. Além disso, precisamos reproduzir fielmente os movimentos com aquilo que é dito. Isso também leva duas semanas, por episódio, para ser concluído. Em seguida, vai para finalização e está pronto para ir ao ar”, pontua Felipe. Depois de desenhados, os personagens precisam ganhar vida. Para isso, entram em ação os animadores Felipe Pitombo e Pedro Pitombo. Eles colhem o material do ilustrador, separam as cenas e iniciam o processo de animação, inserindo as falas e os movimentos. “O mais difícil é inserir as vo-

Evangelização

Todos os envolvidos na Turminha do Pai Eterno carregam o mesmo sentimento: satisfação. “A sensação de contribuir para a evangelização de crianças é gratificante e nos motiva a executar este projeto de forma tão cuidadosa. Não há nada melhor do que ver nosso trabalho


Conheça a Turminha... Pedro (8 anos): O líder da Turminha. Ligado aos esportes, ele tem grande senso de equipe e está sempre cuidando dos amigos. Sua família tem forte ligação com o Santuário Basílica de Trindade e ele é muito devoto do Divino Pai Eterno. Mariana (7 anos): A “patricinha”. Atenta a todas as tendências, ela adora uma novidade. É o retrato da menina que quer ser mocinha. Estudiosa e conectada, não deixa passar nenhuma informação e faz questão de expor tudo que sabe aos amigos. Miguelito (7 anos): O “bad boy”. É o novo amigo da Turminha, que já chegou fazendo confusão. Vive procurando encrenca, mas, no fundo, é apenas um garotinho carente que deseja chamar atenção. Rosinha (6 anos): A “pimentinha”. Filha única, ela é mimada e hiperativa. É a menina que não para quieta e gosta de aprontar poucas e boas. Curiosa, está sempre tentando saber o porquê de tudo que envolve a devoção ao Divino Pai Eterno.

alcançando seu objetivo, ou seja, fazê-las aprender sobre a devoção ao Pai Eterno, sempre com o sorriso no rosto”, afirma Patrícia Holanda. Ramón Fonseca também não esconde a alegria por fazer parte disso: “É um orgulho imenso! O mais interessante é que, ao produzir um material focado na evangelização de crianças, nós também somos evangelizados, porque passamos a ter contato com os ensinamentos bíblicos e aprendemos mais sobre isso”. Pedro Pitombo sente-se privilegiado por trabalhar com duas coisas que tanto ama: religião e animação. “Ter a oportunidade de unir isso é extremamente prazeroso, mais ainda por ser em prol daquilo que é bom, que divulga a Palavra do Pai e engrandece o coração das crianças”, finaliza.

Divininho (5 anos): O medroso. O mais novo da Turminha e também o mais frágil, que busca no Pai Eterno toda a proteção. Ingênuo e imaginativo, ele sempre entende as coisas de um jeito engraçado. É também muito ligado à natureza e às suas origens rurais. Ir. Esperança: A sábia. É uma representante da Ordem da Copiosa Redenção, que forma e informa as crianças. É catequista, missionária e tem o importantíssimo papel de evangelizar com amor, sabedoria e muita paciência. Pe. Robson: O mediador. É uma representação animada do nosso querido Pe. Robson de Oliveira. Representa todos os Missionários Redentoristas que se dedicam à vida em comunidade. O apaziguador divertido que, com leveza, ensina a criançada a seguir o caminho do Pai Eterno.

Fique ligado!

A Turminha do Pai Eterno vai ao ar toda sexta-feira, no Programa Pai Eterno, que é exibido às 7h45 e às 10h45. Além disso, está disponível no portal Pai Eterno e no canal do Pai Eterno, no YouTube. Julho a Dezembro/2017 |

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Entrevista

A Igreja e a comunicação da Boa Nova “Que Jesus Cristo estamos anunciando? Creio que precisamos sempre lembrar das palavras de Jesus: ‘Eles estão no mundo, mas não são do mundo’.”

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Ir. Helena Corazza, foi uma das palestrantes do último Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom) realizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na cidade de Joinville (RS). Ela faz parte da Congregação das Irmãs Paulinas, é jornalista, doutora em Comunicação, autora do livro “Educomunicação. Formação pastoral na cultura digital” entre outros. Através do seu trabalho como pesquisadora e comunicadora, é possível repensar os caminhos da comunicação católica. REVISTA PAI ETERNO: Irmã, qual o maior desafio de trabalhar um viés católico nos meios de comunicação? IR. HELENA CORAZZA: Creio que o maior desafio é a ética, pois a Igreja se pauta por princípios e valores que, em geral, não são os mesmos da mídia, como por exemplo, o mercado, o sucesso e a visibilidade a qualquer preço. E a Igreja tem como princípio o respeito à dignidade humana, pois o ser humano é imagem e semelhança de Deus e

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não pode pautar-se apenas com os critérios da produtividade, do lucro, como a sociedade neoliberal. Para nós católicos, produtores de conteúdo, a primeira pergunta deveria ser: essa notícia, esse fato, este programa está de acordo com a orientação da Igreja? Que Jesus Cristo estamos anunciando? Creio que precisamos sempre lembrar das palavras de Jesus: “Eles estão no mundo, mas não são do mundo” (Jo 17,16). Qual é o conceito de Educomu-

nicação e como ele se aplica na realidade da comunicação católica? A palavra Educomunicação engloba comunicação e educação, e está voltada a educar. A Educomunicação sinaliza que a comunicação é o eixo transversal das ações e está comprometida com valores humanos, cristãos, éticos, cidadãos, com ações que transformem a realidade. O “Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil” (2014), número 214, orienta como aplicar na pastoral, em três aspectos: promover a for-


mação para os processos dialógicos de relacionamento; favorecer procedimentos de análise crítica frente aos meios de comunicação e oferecer formação para o uso adequado dos recursos da informação a serviço do bem comum. Sinteticamente, podemos dizer que educar para a comunicação é uma constante nos documentos da Igreja sobre o tema, pois ela se preocupa com leitores, ouvintes de rádio, televisão e internautas e pede que os pais sejam também educadores no cuidado e na escolha do que os filhos veem, ouvem, por onde navegam. Por que o trabalho da Pastoral da Comunicação (Pascom) é tão importante para as comunidades e para a Igreja? Porque tudo passa pela comunicação e pelo modo de comunicar, e as pastorais precisam compreender que fazem parte de todas as pastorais, mesmo sendo uma pastoral específica. Ao dizer isso, é bom lembrar que em todas as pastorais as pessoas se relacionam, precisam dialogar e desenvolver processos participativos que promovam a comunhão. Isso é comunicação. Daí a necessidade também de formar as equipes da Pascom, que compreendam os processos da comunicação, sua abrangência e atuação, e possam trabalhar em colaboração com todas as pastorais. Portanto, a missão da Pascom envolve os processos dialógicos e participativos, a formação para o senso crítico perante as mensagens que chegam e a produção da comunicação. Novamente, o “Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil” confirma: “não se pode reduzir essa pastoral aos meios de comunicação, pois ela é um elemento articulador da vida e das relações comunitárias” (n. 247). Dentro da Pascom, em todas as dioceses, há algum incentivo para a profissionalização da equipe que se dispõe a fazer este trabalho? Creio que as realidades das Dioceses são diversificadas. Sei que em

muitas há profissionais que atuam, sobretudo na assessoria de comunicação e na produção de conteúdos. Com a Internet, que tem o polo do emissor liberado, ou seja, cada internauta é potencial produtor, faz-se importante uma formação a todos os agentes pastorais e, por que não, aos fiéis, em relação aos critérios de produção, sobretudo nas redes digitais. A Igreja precisa, cada vez mais, trabalhar profissionalmente, com competência e espiritualidade para que a Palavra de Deus possa ser anunciada com propriedade nas diversas plataformas de comunicação, do impresso ao digital, sem esquecer que a pessoa é comunicação. Portanto, nossa comunicação precisa ser acompanhada pelo testemunho. Usar as mídias sociais para alcançar um público maior, especialmente o jovem, tem sido um desafio para a Igreja Católica. Qual seria a melhor forma de utilizar as redes sociais para chegar aos adolescentes com mensagens de fé, de amor e os ensinamentos de Jesus? Creio que, na Igreja Católica, há uma presença muito significativa nas mídias digitais e também muitas pesquisas na área para compreender esta mudança que é cultural e não apenas de tecnologias. A primeira forma de aproximar a mensagem cristã de adolescentes, jovens, crianças é estar presente onde eles transitam, ou seja, nas plataformas que acessam. Mas, também acho que é importante o como marcar esta presença, possibilitando a eles participarem e interagirem; buscando compreender o seu mundo e mostrando a importância de serem protagonistas do bem nas redes digitais. Só assim poderemos sensibilizá-los pelas coisas de Deus, valorizando o que é da Igreja, incentivando a pesquisa, inclusive acompanhando as postagens do Papa Francisco e outras mídias que trabalham temas religiosos e a catequese, inclusive cursos a distância (EAD). Trabalhar com eles a educação para a comunicação no sentido de culti-

var valores de respeito, amizade e solidariedade na rede. A propósito, a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Comunicações de 2018, recém-publicada é: “‘A verdade vos tornará livres’ (Jo 8,32). Notícias falsas e jornalismo de paz”. Não basta estar presentes na rede, precisamos testemunhar e fazer a diferença e não compactuar com os que criam notícias falsas para ganhar dinheiro a qualquer custo. Qual a importância de eventos como o Muticom para o fortalecimento dos trabalhos de comunicação sobre a fé católica? O primeiro benefício é a participação e a partilha entre os participantes, encontros que geram comunhão e, ao mesmo tempo, animam e fortalecem os agentes pastorais em sua missão, apesar das dificuldades. Em segundo, as temáticas tratadas também ajudam a abrir os horizontes, avaliar as próprias práticas pastorais e a projetar. A dinâmica adotada com temas comuns e grupos de interesse também ajudam as pessoas a crescerem. Um aspecto que esteve presente, desde o primeiro Mutirão Brasileiro de Comunicação, em Belo Horizonte (MG), em 1998, é o da reflexão sobre o contexto atual e as respostas que, como Igreja, precisamos dar. Por último, a senhora pode deixar uma mensagem especial para os devotos do Divino Pai Eterno? Um grande abraço a você que está em contato com a nossa mensagem. Que o Pai Eterno, que criou o mundo, “A casa comum”, e o ser humano como imagem e semelhança Sua, este Pai amoroso e misericordioso, estenda Sua graça e Seus dons sobre sua vida, sua família e a sociedade. E que Seu amor misericordioso, através de nós, Seus filhos e filhas, faça com que a humanidade se sinta irmanada, seja tolerante e misericordiosa, pois Ele é Pai de todos, vela por todos e quer que nos amemos uns aos outros, assim como Ele nos ama. JulhoaaDezembro/2017 Dezembro/2017|| Julho

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Libertação

Males da Alma

Depressão, ansiedade e demais transtornos mentais são doenças sérias e podem levar as pessoas a atentar contra a própria vida 24

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e acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio é um fenômeno global que atinge todas as sociedades e classes sociais. Os números indicam que cerca de 800 mil pessoas tiram a própria vida, por ano, e 78% dos casos ocorrem em países de renda média e baixa, como o Brasil. Entre os adolescentes e os jovens, os dados são ainda mais alarmantes: o suicídio é a segunda causa de morte em pessoas com idade entre 15 e 29 anos. Para muitos especialistas, isto já pode ser considerado uma epidemia. O suicídio é considerado um dos atos mais violentos que um ser humano pode cometer. É o lamento de uma profunda tristeza e que leva a uma atitude extrema de atingir a si mesmo. De acordo com a professora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Célia Maria Teixeira, existem vários motivos que levam alguém a cometer suicídio. “São vários fatores associados que culminam em uma atitude extrema. Entre eles, está a depressão ou algum transtorno mental onde o tratamento não é feito corretamente; o uso de drogas; o fator genético; casos de abusos; doenças incapacitantes; entre outros”, afirma. Da mesma maneira, a professora alerta que não são todas as pessoas que passam por esta situação que virão a tentar suicídio. “Atualmente, muitas pessoas têm passado por situações complicadas como desemprego ou endividamento. É um momento onde a pessoa pode vir a se sentir sem saída e buscar este tipo de solução. Mas, isso depende do caso, da rede de apoio que a pessoa possui à sua volta”, explica. Ainda segundo Célia, é necessário estar atento às pessoas da família e quebrar alguns paradigmas para acolher possíveis vítmas.

“Da mesma maneira que temos fatores de risco, nós também temos fatores de proteção, que podem impedir alguém de cometer suicídio. Uma pessoa quando ao chega ao ponto de falar que quer dar fim à sua vida é porque ela já tem algum plano para colocar isto em prática”, alerta a professora Célia.

Segundo o Missionário Redentorista Pe. Elismar dos Santos, que também é doutor em psicologia, para lidar com o suicídio é necessário compreender a sua definição: “Émile Durkheim escreve: ‘Chama-se suicídio todo caso de morte que resulta direta ou indiretamente de um ato, positivo ou negativo, realizado pela própria vítima e que ela sabia que produziria esse resultado’. O suicídio choca a consciência moral, ‘parece impossível não considerar um fenômeno de patologia social’”, comenta o sacerdote sobre as impressões do autor no livro “O Suicídio: Estudos de Sociologia”. Ainda segundo Pe. Elismar, a Igreja Católica tratou do tema do suicídio em dois momentos. No Concílio de Arles (452), por exemplo, o suicídio foi compreendido como uma espécie de efeito diabólico. E o Concílio de Praga (563) se deteve na prescrição penal para quem cometesse suicídio. “O suicídio, portanto, é reprovado através destes Concílios por transgredir o culto à pessoa humana no qual repousa a moral cristã católica”, explica. Um dos tabus que envolvem as pessoas que sofrem com algum tipo de transtorno mental, principalmente depressão, é acusá-la de não ter fé ou “falta de Deus”. Porém, o Pe. Elismar alerta que isto não é verdadeiro. “A depressão não significa falta de fé. Na verdade, o

que falta é serotonina no cérebro, e não Deus. Certamente a fé fortifica a pessoa que passa pela experiência da depressão, mesmo quando tudo parece estar ‘escuro’ e sem esperança. Entretanto, defender que a depressão ocorre devido à falta de fé, significa desconhecer o mínimo necessário acerca do que seja a depressão na vida de alguém. Segue, nessa mesma lógica, a ansiedade e o luto”, esclarece.

Esperança

É sempre importante alertar que para depressão, ansiedade, o luto e impulsos suicidas há sempre tratamento e uma solução. Nenhuma vítima está sozinha e deve ser acolhida por toda a sociedade não como alguém fraco ou incapaz, mas sim alguém que no momento precisa de mais atenção, carinho, uma conversa e tratamento médico. Para os filhos e filhas do Pai Eterno que estão nesta situação ou conhecem alguém que está, a mensagem que fica é que em Jesus Cristo há sempre esperança, não importa o que esteja acontecendo. Tudo que for pedido ao Pai em Seu nome Ele dará. Mas, de acordo com a professora, buscar a ajuda de amigos, familiares, médicos, psicólogos, uma atividade que dê prazer... todas essas pequenas coisas são essenciais para fortalecer a alma, produzir serotonina no cérebro e fazer com o que os pensamentos felizes e a motivação voltem a fazer parte da sua rotina. “Tudo é um processo, se a pessoa chegou ao ponto de desejar tirar a própria vida, isto não foi de uma hora para outra, e não será assim que ela vai se recuperar. É importante que a vítima e as pessoas à sua volta tenham paciência e celebrem cada pequena melhora”, finaliza a profª Célia Maria Teixeira.

Tabu

Quando se fala em suicídio, ainda há muitos mitos e até mesmo certo preconceito para lidar com esta situação. O correto na hora de acolher uma potencial vítima é estar atento aos sinais e mostrar para a pessoa que você está ali e que quer ajudá-la a encontrar uma saída. Demonstrar apoio e disposição é fundamental para salvar uma vida. Julho a Dezembro/2017 |

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Fotos: Web

Pelo Mundo

Cachorros

Ano Litúrgico

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Igreja no Brasil celebrará, de 26 de novembro de 2017 a 25 de novembro de 2018, o Ano do Laicato. O objetivo é estimular o protagonismo dos leigos cristãos, afinal são eles que movimentam a fé com suas orações, trabalhos voluntários e testemunhos. O tema escolhido para animar a mística do Ano do Laicato é: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino” e o lema: “Sal da Terra e Luz do Mundo” (Mt 5,13-14). A abertura será na Festa de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.

melhor amigo do homem também pode sofrer com o estresse. Os mascotes quando têm um dia ruim tentam dormir mais cedo para esquecer, mas acabam tendo a qualidade do sono alterada. De acordo com pesquisadores da Academia de Ciências da Hungria, que acompanharam a atividade cerebral de 16 cachorros voluntários, os animais não foram submetidos a nenhuma forma de violência durante o teste. Uma das experiências negativas foi deixar o animal amarrado na ausência do dono – uma cena comum na porta de padarias. Outra envolvia um estranho encarar o animal nos olhos por um longo período – um comportamento interpretado instintivamente como uma ameaça. Já as experiências positivas foram abraços, carinhos, coçadinhas e arremessos de bola (entre outras alegrias recomendadas pelos donos como particularmente eficientes). Os resultados mostraram que nos dias estressantes, os cachorros perdiam 20% do tempo em que passam na fase mais profunda e revigorante do sono.

Economia

Descoberta

os últimos dois anos o Brasil tem enfrentado uma grave crise econômica e isso refletiu diretamente no comportamento dos cidadãos brasileiros. É o que aponta a pesquisa da Associação das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Segundo os dados levantados, 94,45% dos brasileiros já mudaram hábitos para diminuir as despesas mensais. As principais práticas para minimizar gastos são a substituição por produtos mais baratos ou sem marca; a decisão de não adquirirem itens de vestuário ou supérfluos; e a substituição de viagens de férias por destinos mais baratos ou opções de lazer gratuitas. Segundo Martin Iglesias, vice-presidente do Comitê de Educação da Anbima, como muitas pessoas perderam o emprego ou estão com receio de perder, os cidadãos se veem obrigados a fazer algum tipo de ajuste, seja porque estão passando por dificuldades financeiras ou porque não querem chegar nesse ponto.

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arqueólogo David Kennedy, da Universidade do Oeste da Austrália, é especialista na pré-história da península arábica há mais de 40 anos. Nas suas pesquisas, ele costuma utilizar helicópteros e aviões para rastrear ruínas perdidas na região da Jordânia. Porém, a Arábia Saudita não libera seu espaço aéreo com facilidade, o que fez o arqueólogo buscar outros recursos: ele utilizou o Google Earth para navegar no interior das fronteiras sauditas, tropeçou em 400 estruturas de pedra cuja existência nem suspeitava. “Não dá para vê-las de forma discernível no nível do chão, mas quando você sobe algumas centenas de metros, ou usa um satélite, que é ainda mais alto, elas aparecem com muita nitidez”, explicou Kennedy. Segundo ele, a área homogênea do deserto traz muitas surpresas, é um baú de tesouros arqueológicos que precisa ser identificado e mapeado.


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Curiosidade

Em nome da Igreja A pessoa que segue a vida consagrada religiosa pode ser reconhecida, na Igreja, por um nome diferente daquele no qual foi registrado civilmente

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nome de batismo é o nome conhecido civilmente por todas as pessoas cidadãs. Porém, na Igreja, existe uma tradição que permite a alteração desse nome na Igreja por um nome religioso. Essa possível mudança se deve ao fato da pessoa se propor a viver uma nova vida com uma função especial de servir a Deus e aos seus semelhantes. Assim acontece em vários momentos, na Sagrada Escritura, quando Deus muda o nome de alguns personagens da história bíblica. “Jesus, então, lhe disse: Feliz és, Simão, fi-

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lho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus. E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mt 16,17-18). Frei Fernando Inácio Peixoto comenta que o costume da mudança de nomes surgiu com a Igreja e foi sendo usado em muitas situações. “É como se nascesse uma nova pessoa, com esse novo compromisso e missão. A mudança de nome significa vida nova, novos passos”, explica o religioso.

Segundo o Frei, a escolha do nome religioso envolve também um projeto pessoal: “Não há uma regra fixa, porém, tem que haver uma simpatia, uma história de vida. Além disso, precisa ser aprovado pela congregação na qual o religioso pertence. A escolha do nome tem influência da congregação, pois tem que estar coerentes com nosso projeto”. No Carmelo, a maioria das irmãs carmelitas quando são consagradas mudam seus nomes. Não por obrigação, mas porque sentem essa vontade. A irmã Aparecida Helena


da Imaculada Conceição, do Carmelo da Santíssima Trindade e da Imaculada Conceição teve seu nome de batismo transformado. Ela quis mudar em função da sua vivência e religiosidade. “Eu só acrescentei. Venho de uma história de vida, sou da cidade de Franca, interior de São Paulo, onde a padroeira é a Imaculada Conceição. Eu cresci dentro da Catedral com a imagem da Imaculada, então para mim era um modelo e por isso que quis colocar no meu nome”, explica. De acordo com a irmã Aparecida, na Ordem das Carmelitas atualmente, mudar o nome é opcional. “Fica a critério da irmã, da postulante. Se ela quer trocar de nome, ela troca, se não, ela acrescenta o nome religioso. A escolha de nome é um programa de vida, ela tem que se identificar com aquele nome que ela quer mudar ou permanecer”, ressalta. Ainda segundo a irmã Aparecida Helena, antigamente, a mudança de nome estava ligada à renúncia. “Era

uma renúncia até do próprio nome, para começar uma vida totalmente nova. Então, como a gente renuncia tudo com os nossos votos, renunciamos até o nome”, comenta a religiosa.

Simbologia

A troca de nome e a utilização do nome religioso é uma simbologia pura e específica da Igreja. Isso significa que, civilmente, o religioso não deixa de usar seu nome de batismo, registrado em cartório. “Na parte do religioso, o nome é alterado, vai pra Roma, na Santa Sé e, quando aprovado, você passa a usar dentro da Igreja o nome religioso que escolheu. Agora, civilmente, não muda. No registro, continua o mesmo”, completa a irmã Aparecida Helena. O próprio papa, quando eleito, tem de escolher o nome que irá utilizar no seu pontificado. Na história da Igreja, essa tradição começou no século VI com a eleição de Mercúrio como pontífice. O nome, por lembrar um deus pagão, não era adequado a

um papa. Surgiu, então, a ideia de mudar o nome dele para João. A partir daí, os papas começaram a optar pela mudança. Não era uma regra, porém todos acharam por bem fazer. Os mais utilizados foram João, Clemente e Pio. Ao ser eleito em 2005, Joseph Alois Ratzinger, adotou o nome de Bento XVI. O papa emérito tinha grande admiração por São Bento, patrono da Europa que colaborou para a reconstrução do continente, depois da invasão dos bárbaros, no século V. A escolha do nome de pontificado do Papa Francisco, se deu por conta de sua devoção e pela admiração do próprio Inácio de Loyola, fundador dos jesuítas, ordem à qual pertence Jorge Mario Bergoglio, seu nome de batismo. Segundo a história, Inácio tinha Francisco de Assis como modelo de vida e até desejou imitar o santo. Bergoglio, então, resolveu prestar esta homenagem e ter a mesma missão do santo: levar a Igreja de Jesus aos pobres.

Julho Janeiro a Dezembro/2017 a Junho/2017 |

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Entretenimento

Diversão que evangeliza Em 2017, Cineteatro Afipe atraiu centenas de visitantes devido à programação que mistura entretenimento com evangelização

“Foi um ano que superou todas as expectativas, muito além do que planejamos”. A avaliação da coordenadora do Cineteatro Afipe, Cláudia Belo, sobre o ano de 2017, evidencia o quanto o espaço tem evoluído desde a sua inauguração, em julho do ano passado, cumprindo o papel de evangelizar por meio de atrações artísticas e culturais, gratuitamente. Segundo ela, o local firmou-se como um importante ponto de encontro de moradores de Trindade (GO) e

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romeiros que buscam diversão para toda a família. “Durante todo o ano, nos preocupamos em construir uma programação de qualidade, com atrativos que possibilitassem às pessoas momentos de entretenimento, emoção e, principalmente, conexão ao Pai Eterno”, destaca. Inspirado no Ano Nacional Mariano, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), durante todo o ano de 2017, o Cineteatro contou com uma programação

especial em honra a Maria, Mãe de Jesus. Nos fins de semana, foram exibidos filmes que retrataram a vida de Maria, aspectos de sua história e todo o seu amor e carinho por cada um dos filhos e filhas do Pai Eterno. “Nossa intenção foi participar ativamente do Ano Mariano no Brasil, como forma de homenagear Nossa Senhora, valorizando e agradecendo a companhia e a proteção maternal que ela nos dedica. Para isso, contamos com uma grande variedade de


questão de voltar sempre”, afirma.

Romaria Sertaneja

filmes, o que atraiu muitos visitantes”, informa a coordenadora. Márcia Pereira Rodrigues é trindadense e frequentadora assídua do Cineteatro, juntamente com o filho. Ela conta que o espaço tornou-se uma excelente opção de lazer para o município, contribuindo para a cultura e o entretenimento local. “É um lugar aconchegante, com uma programação vasta, que diverte e evangeliza. Somos recebidos com muito carinho por toda a equipe, por isso, fazemos

Um dos grandes destaques do Cineteatro, em 207, foi o Programa Romaria Sertaneja. A atração foi promovida nas duas sextas-feiras da Tradicional Festa em Louvor ao Divino Pai Eterno e caiu nas graças do público. Após inúmeras solicitações, o projeto continua sendo realizado uma vez ao mês, sempre no segundo sábado, com a presença de artistas locais e nacionais. Garantia de bastante entretenimento e evangelização. “Acredito que esta aceitação deve-se ao que é apresentado: artistas da música sertaneja raiz, momentos de oração, bate-papo agradável, novos talentos e, claro, todo o carisma dos apresentadores Fábio Falcão e Pe. Edinisio Pereira. Tudo o que é feito com verdade e dedicação dá certo, o Romaria Sertaneja é uma prova disso”, diz Cláudia Belo. O reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, Pe. Edinisio Pereira, um dos apresentadores, demonstra satisfação ao falar do sucesso do programa. “Fico feliz ao ver o quanto o Romaria Sertaneja foi bem aceito

por trindadenses e romeiros. Nesta, propagamos o amor do Pai Eterno de forma simples, com uma linguagem voltada para o lado rural e tradicional. A intenção é justamente essa: evangelizar de uma maneira descontraída, valorizando nossa cultura”, pontua o sacerdote. O radialista Fábio Falcão, que também apresenta o programa, conta que é gratificante ver a empolgação dos visitantes durante as atrações. “A alegria no olhar do público é sinal de que estamos no caminho certo, superando todas as expectativas. Mais uma confirmação de que o trabalho feito com amor colhe bons resultados”, afirma. Para o próximo ano, a expectativa da coordenadora é que o Cineteatro receba cada vez mais visitantes. Ela adianta que, além de continuar com os projetos já existentes, novas ideias estão a caminho. “Com todo prazer, continuaremos nosso trabalho de auxiliar as pessoas a estarem sempre em comunhão com o Pai Eterno. Esta foi a missão que o Pe. Robson de Oliveira nos confiou e é o que sempre vamos nos dedicar a cumprir”, finaliza Cláudia Belo. Julho a Dezembro/2017 |

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Na Casa do Pai

“Foi muito emocionante ver nossos avós no altar, cantando e rezando!”

“Meu nome é Marina, sou neta do Sr. Izidoro e da Sra. Maria Madalena, de Itaúna (MG). Em julho de 2017, realizamos um grande sonho junto com meus avós: conhecer a Casa do Pai Eterno para comemorar os 70 anos de matrimônio deles. Esta é uma linda devoção em nossa família e já alcançamos muitas graças. Todos os dias, a vovó, que tem 87 anos e o vovô, que tem 91, rezam a Novena dos Filhos do Pai Eterno com o Pe. Robson! Eles sempre agradecem e rezam pelos seus 13 filhos, 30 netos e 8 bisnetos. Há alguns anos, ficou constatado que a vovó precisaria fazer uma cirurgia nas carótidas. Chegou a fazer todo o risco cirúrgico. E enquanto rezavam a Novena, o vovô pegou a água benta, passou no pescoço da vovó e pediu, com toda fé, que o Divino Pai Eterno a curasse. Ela retornou ao médico, ele analisou os últimos exames e surpreendentemente informou: ‘Não será preciso mais fazer a cirurgia, o que

a senhora tem pode ser controlado por remédios’. A vovó, muito feliz, saiu do consultório e em pleno corredor cheio de gente gritou: ‘Viva o Divino Pai Eterno!’ e o médico respondeu: ‘Viva!’. Ela pediu para se associar à Afipe e fica muito feliz e emocionada com cada cartinha. Meus avós sonhavam em conhecer o Santuário Basílica do Divino Pai Eterno para agradecer a grande graça. Mas, com a idade avançada, quase não saem mais de casa. No ano passado, a vovó começou a ficar muito debilitada. Ficava cansada com o pouco que andava. Pensamos que não seria mais possível realizar o sonho deles, porque ela não conseguiria viajar. Durante vários meses, escrevíamos a cartinha de intenções para o Pe. Robson e ela pedia para que o Pai Eterno lhe concedesse forças para conseguir conhecer a Casa do Pai. Em novembro, Cristiana, sua neta, que também é cardiologista, chamou toda a família e disse que a vovó precisaria fazer uma

cirurgia urgente no coração. Mais uma vez o Pai Eterno ouviu nossas orações. Deu forças para a vovó fazer e se recuperar bem do procedimento. Alguns meses depois já estava forte e liberada para viajar. A pedido deles, fomos no mês de julho para comemorar 70 anos de matrimônio. Que viagem abençoada! Conseguimos reunir os 13 filhos e quase todos os netos. Participamos da Santa Missa na Basílica com o Pe. Robson. Foi muito emocionante ver nossos avós no altar, cantando e rezando! Nós voltamos para casa cheios de boas lembranças e com ainda mais fé e devoção ao Divino Pai Eterno. Essa viagem renderá bons frutos por várias gerações em nossa grande e abençoada família! Como é bom fazermos parte desta linda Obra de Amor! Viva o Divino Pai Eterno!!!” Marina Machado de Azevedo Teresópolis (RJ)

Sua história pode aparecer aqui na Revista Pai Eterno. Mande fotos e um depoimento, sobre como foi sua experiência ao visitar a Capital da Fé de Goiás, para o e-mail: producao@paieterno.com.br

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Nas Redes

Nas Redes

Suas fotos na Capital da Fé de Goiás podem ser publicadas aqui na Revista Pai Eterno. No Facebook, curta a página oficial do Pe. Robson de Oliveira, facebook.com/PadreRobsonOliveira, ou siga o Pe. Robson no Instagram @padrerobsonoliveira, e faça uma postagem pública com a hashtag #PaiEternoNasRedes

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