Romeirinhos do Pai Eterno nº 47, jan 2015

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Ano V nº 47 - Janeiro de 2015

O Quarto Rei Mago FOLIA DE REIS pág. 6

ATIVIDADES págs. 2, 4 e 5

O QUARTO REI MAGO

O REINO EM PARÁBOLAS

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O QUARTO REI MAGO LIÇÃO: TUDO O QUE FIZESTES A UM DESSES PEQUENINOS, FOI A MIM QUE FIZESTES (MT 26,40).  Pe. Clóvis de Jesus Bovo Missionário Redentorista

Muitos anos atrás, numa cidadezinha do distante Oriente, apareceu uma estrela misteriosa... Alguns magos conhecedores das estrelas, viram nela,a estrela anunciada pelas Escrituras... a estrela do Messias. Combinaram então ir visitar o Messias que já devia ter nascido. Gaspar, Melchior e Baltazar partiram, montados em seus dromedários, levando víveres e presentes para o Menino recém-nascido. O estranho cometa seria sua estrela-guia. Eram três ou eram quatro? - Na verdade eram quatro, mas um deles foi se atrasando pelo caminho. Aqui começa

EXPEDIENTE

Produzido por: ANA CLÁUDIA F. REIS CORRÊA ANJOS COLABORADORES: Nelson Rodrigo Correa Neves, Ir. José Alves de Almeida, Pe. Clóvis de Jesus Bovo C.Ss.R. e Equipe da AFIPE PROJETO GRÁFICO: AFIPE ILUSTRAÇÃO: Atilla Mundoca de Oliveira IMPRESSÃO E ACABAMENTO:

a sua história, tão inédita quão maravilhosa. Na tarde do primeiro dia da viagem, já bastante cansado, ele avistou uma cabana. Estaria abandonada? Seja como for, dormirei à sombra das palmeiras que a rodeiam pensou. Tentou empurrar a porta feita simplesmente com ramos de palmeira. Alguém respondeu com voz fraquinha: “Pode entrar”. Um velhinho jazia sobre uma esteira, tremendo de febre. Disse-lhe o rei: - Você não deve estar bem. Com sua licença ficarei cuidando de você até ficar melhor. Tenho comida e remédios. Nem que eu atrase um pouco... E assim, ficou com ele uma semana. Quando o velhinho melhorou, ele prosseguiu viagem. Mais na frente, parando para tomar um lanche, um pobre se aproximou dele. O rei convidou-o para lanchar. - Mas como? O senhor deve ser um rei e eu um mendigo... - E daí? Você não tem fome só porque é pobre? Repartiu o lanche com ele. E assim foi parando diversas vezes para socorrer os necessitados. Agora é um pobrezinho a quem deu o próprio manto. A outro, a coroa... A um homem com sede, ofereceu a água do seu cantil dizendo: - Meu cantil está no fim, mas nem por isso deixarei você morrer de sede. Andando sempre, defrontou-se com uma cena de tortura: escravos carregando pedras a poder de chicotadas, para uma construção. O rei se aproximou do patrão e perguntou: - Você me vende esses escravos? - Sim, pagando bem! Preço combinado, pagou o feitor pensando: ‘‘Este dinheiro

destinava-se a um rei recémnascido. Agora vai servir para libertar seus súditos, esses escravos maltratados’’. Mais na frente deparou com outra cena desumana: Na falta de bois, era um condenado que movia o engenho da moenda. O rei se compadeceu e pegou o lugar do condenado: - Descanse. Ajudá-lo-ei um pouco. Faça de conta que está empurrando o engenho, sozinho, para o patrão não desconfiar. O rei caridoso caminha noite a dentro. Seu fiel dromedário morreu durante a longa caminhada. Também, pudera! Já eram passados trinta anos desde a sua partida. Mas... alongando a vista: ‘‘Eis a estrela... Eis a cidade de Jerusalém... Estou ansioso para ver o Messias’’. Enquanto amanhece, o velho rei caminha pelas ruas silenciosas da cidade apoiado no seu bastão de peregrino. Desconhecido por estar sem o manto e sem a coroa, perguntou aos passantes onde estava o Messias, pois viera visitá-lo. Eles responderam: - Bom velhinho, os inimigos o mataram...

- Mataram-no? Como? - Crucificaram-no porque lutou pela justiça! Veja lá em cima sua cruz, entre as outras duas dos malfeitores. - Ah! Se eu não tivesse parado tantas vezes no caminho.... Chorando, foi ao encontro do Cristo, que lhe apareceu: ‘‘De que te lamentas, bom velhinho?’’ - Não vi o Messias e não o verei mais... A aparição respondeu: O rei que procuravas, tu te encontraste com ele muitas vezes ao longo do caminho. - Eu?.. Quando? Quem? Como?... - Lembras-te do pobre a quem deste a coroa? Do velho a quem deste o manto? E dos escravos que libertaste?... - Sim, lembro-me. Mas quem eram eles? E tu, quem és? - Sou o Messias anunciado pela estrela. Eu te segui durante toda a viagem. Eu estava naqueles que socorreste. Mais ainda: Socorrendoos, estavas me socorrendo. Todo o bem que fizeste aos outros, especialmente aos necessitados, foi a mim que fizeste... Podes voltar em paz!

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O REINO EM PARÁBOLAS  Pe. Clóvis de Jesus Bovo Missionário Redentorista

ETERNA É SUA MISERICORDIA Certo rapaz vivia cabisbaixo e tristonho. Parecia estar curtindo um grande arrependimento por alguma coisa errada que praticou tempos atrás, mas não conseguia lembrar que pecado tinha sido. Precisava desabafar-se com alguém que o compreendesse e tirasse esse peso da consciência. Na sua paróquia havia uma senhora “intercessora” que tinha colóquios com Jesus, chegando mesmo a expor-lhe problemas que os outros lhe confiavam. O caminho mais curto seria uma boa confissão, mas o rapaz preferiu falar primeiramente com essa senhora que “conversava com o céu”. Que ela em seus colóquios perguntasse a Jesus que pecado ele cometeu para sentir tanto arrependimento e perder a paz. Ela concordou e prometeu fazer essa pergunta no próximo colóquio com Ele. Passados alguns dias o rapaz foi ansioso saber a resposta de Jesus. - Então! Qual o pecado que cometi no passado e pelo qual estou tão arrependido? - Sim, respondeu ela. Perguntei direitinho, e Jesus respondeu, acentuando bem as palavras: Eu não me lembro.

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