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Comportamento Você Sabe o Que é Phubbing?

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Eventos com amigos, encontros com familiares, momentos à mesa e um hábito que se torna mais comum: pessoas vidradas na frente de um celular, ignorando tudo que se passa em seu redor.

PHUBBING

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VOCÊ SABE O QUE É?

Paineirense, você sabia que esse hábito tem nome? Isso se chama phubbing, termo inglês resultante da união das palavras “phone” (telefone) e “snubbing” (esnobar). A atitude, até pouco tempo atrás, era considerada de falta de educação e respeito, mas, hoje em dia, se tornou algo comum. É natural encontrar em todos os lugares pessoas conectadas, mas vale a reflexão sobre alguns limites e como isso pode ser prejudicial para as relações.

O phubbing é uma realidade que engloba vítimas e protagonistas. E as consequências deste comportamento moderno podem ser profundas. Alguns estudos mostram que o hábito impacta relacionamentos gerando sentimentos de desconexão e desconsideração entre as pessoas.

VÍTIMAS E PROTAGONISTAS

O hábito acaba afetando ambas as partes: os protagonistas (pessoas que ficam conectadas ao celular) e as vítimas (aqueles que são colocados de lado pelo protagonista), de acordo com a psiquiatra Júnea Chiari, em seu artigo “Phubbing: você anda negligenciando seus relacionamentos por causa do celular?”, publicado no site da Oficina Psicologia Portugal. Segundo ela, isso pode afetar a relação de casais, por exemplo.

“Um estudo realizado na China avaliou 243 adultos casados e constatou que, quando uma das partes dava mais atenção a seu smartphone do que deveria, havia menor satisfação conjugal e maiores sentimentos de depressão. Outras pesquisas mostram que ter um telefone na mesa durante uma conversa interfere na conexão com a pessoa com quem você está conversando, o que, consequentemente afeta os sentimentos de proximidade experimentados e a qualidade da conversa”, relata Chiari.

Precisamos nos lembrar que nós, humanos, somos seres profundamente sociais, necessitamos do sentimento de pertença e conexão com outras pessoas para sermos saudáveis e felizes

JÚNEA CHIARI

Segundo Chiari, as pessoas sentem mais empatia quando os smartphones são guardados durante o momento do contato. “Quando estamos com nossos telefones, não estamos olhando as pessoas, não lemos suas expressões faciais, não ouvimos as nuances do tom de voz, nem observamos a linguagem do corpo. Todos esses sinais de comunicação não-verbal são essenciais para se estabelecer uma conexão autêntica e satisfatória”, detalha.

Mas quem acaba sofrendo ainda mais é a pessoa “ignorada”. Para a psiquiatra, a chamada “vítima” começa a recorrer às redes sociais para se sentir incluída, com o risco de voltar para o celular para se distrair dos sentimentos dolorosos por serem socialmente negligenciados.

“Precisamos nos lembrar que nós, humanos, somos seres profundamente sociais, necessitamos do sentimento de pertença e conexão com outras pessoas para sermos saudáveis e felizes. A nossa maior necessidade, após o alimento e a proteção, é ter conexões sociais positivas com outras pessoas”, enfatiza Chiari.

Então, fica a dica para o próximo café, almoço ou qualquer ocasião com uma pessoa querida: que tal tentar olhar nos olhos da companhia e escutar, de fato, o que ela tem a dizer?

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