2 minute read

Prata da Casa

Next Article
Biblioteca

Biblioteca

O leitor da Revista Paineiras está acostumado a encontrar histórias sobre colaboradores que construíram suas carreiras e vidas no clube. Esta edição, no entanto, chega em tom de homenagem e agradecimento a uma profissional que se foi nos últimos dias e deixará saudades.

OPrata da Casa de dezembro vem para contar a história de uma colaboradora dedicada, organizada e comprometida com tudo o que fazia, até o último de seus dias. Essa é a imagem que fica de Amanda Nunes Marchesini, profissional de enfermagem que dedicou 8 anos de sua vida para atender e cuidar de funcionários e colaboradores necessitados de seu serviço no Centro Médico do clube.

Advertisement

Para conhecer um pouco mais sobre a história de Amanda, nada melhor do que ouvir uma pessoa que trabalhava com ela e era uma de suas melhores amigas. Lenira Lopes Ferreira, supervisora de higiene e saúde do clube, dividiu muitos momentos com Amanda e essa história começou bem antes do Paineiras.

“Conheci a Amanda no primeiro dia da faculdade de enfermagem, há 16 anos. Antes do clube, trabalhamos juntas em outros hospitais. Aqui, quando tive a oportunidade, a indiquei para trabalhar na enfermaria do Centro Médico, pois sabia o quanto ela era comprometida e levava o seu trabalho a sério”, relembra Lenira.

Além de executar seu trabalho sempre com muito amor e dedicação, ela fazia questão, desde 2015, de ser a responsável por ministrar o curso de primeiros socorros para os demais colaboradores do clube, preparando-os para agir em situações emergenciais. Recentemente, um dos alunos do treinamento salvou uma criança engasgada usando as técnicas ensinadas pela Amanda. Há 2 anos, no entanto, ela descobriu uma condição que comprometeria sua saúde e mudaria sua vida. Após alguns exames, ela foi diagnosticada com linfoma não Hodgkin (LNH), um tipo de câncer que tem origem nas células do sistema linfático e que se espalha de maneira não ordenada.

Resignada e consciente, Amanda nunca se vitimizou por sua condição. “Pelo contrário, ela se agarrava às possibilidades positivas e nunca desistiu do seu tratamento. Ela ganhava forças quando pensava em sua família. No trabalho, ela se mantinha forte nessa batalha e sempre fez questão de dar notícias sobre como ela realmente estava. Mesmo se o que ela tivesse que contar fosse algo ruim”, detalha a supervisora de higiene e saúde.

Outra pessoa que viveu e trabalho com Amanda foi Maria Aparecida Silva, também do Centro Médico. “Cida” lembra muito bem da dedicação de Prata da Casa e como o trabalho fazia bem para ela. “Era o que mantinha ela ativa e mais viva, até mesmo nos momentos em que ela deveria descansar. Ela chegou a levar o computador para o hospital”, conta.

Aos 43 anos, Amanda faleceu em 23 de novembro, deixando filho e marido. O Paineiras sente muito sua partida e se solidariza com a família. Fica a gratidão por toda a dedicação e comprometimento, mesmo em condições de saúde complicadas. Até o final, ela honrou sua profissão e seu trabalho, pois, como dizem Lenira e Cida, ela sempre pensou nos outros.

Seu legado será eterno nos corações paineirenses. Obrigado, Amanda.

PAINEIRAS NA COPA

Nunca desistiu do seu tratamento e nem se deixava abater. Ela ganhava forças quando pensava em sua família.

This article is from: