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Editorial do Conselho

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Escrevo ainda com o Clube fechado, em função da pandemia que nos assombra há mais de 1 (um) ano, sem que o Conselho Deliberativo tenha se reunido, debatido ou decidido qualquer assunto de interesse do clube e de seus Associados nos últimos meses. Problemas a pensar e resolver, contudo, não faltaram para essa Mesa Diretora.

Em toda a história do Clube Paineiras, o Conselho Deliberativo foi um fomentador de ideias e propostas, uma casa de debates e busca do consenso, de soluções e melhorias, desempenhando seu papel de tratar de qualquer assunto de interesse social para o qual tenha sido convocado.

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Pela primeira vez em nossa história, o Conselho Deliberativo se mantém de mãos atadas, tendo limitadas as suas funções. Pela primeira vez, faltam as palavras, principalmente para expressar toda nossa dor e tristeza por amigos queridos que partiram nesse ano, vitimados pela Covid, ou mesmo de outras causas naturais. Tudo se mistura e nos confunde.

O Clube sempre foi refúgio da vida atribulada, porto seguro das agruras do mundo lá de fora, um oásis pleno de natureza, alegrias e muito esporte, mas agora, também nele se instalou a insegurança, representada pelas catracas fechadas e alamedas vazias de gente.

Claro, são palavras repletas de amarguras e incertezas que contaminou a todos, porém, nosso papel e responsabilidade é manter viva a alma do nosso Clube, mantendo acesa a chama da nossa paixão pelo Paineiras, deixando tudo pronto para o novo retorno, com todos presentes, sem mais nenhuma perda. Já perdemos demais.

É tempo de renascer nossas esperanças e recuperarmos nosso otimismo. Vai passar, sei que vai passar, só está demorando demais. Importante nos mantermos seguros, respeitando a doença e nos resguardando até que a vacina seja uma realidade para todos.

Estamos no outono, estação onde caem as folhas, indicando a passagem do tempo, em uma transição entre o verão e os dias frios do inverno. Mas sempre vem a primavera, nos encantando com o renascer das folhas e das flores, sem que esqueçamos que as melhores frutas são aquelas colhidas no outono.

Vamos, portanto, nos alimentar das frutas de outono que estão à nossa mesa, tirarmos lições da tragédia que se abateu sobre a nossa sociedade, valorizarmos

DA ESQUERDA PARA DIREITA - ALESSANDRO MARIA PAGANO, EDOARDO GUGLIELMI E MARCELO DE LIMA DIAS

nossas famílias, ligar para nossos amigos, respeitar as opiniões contrárias, organizar aquele álbum de fotos do Clube e de momentos felizes, entender a política do Clube como importante agente de transformação, não de conflitos, abandona as mágoas, pois quando tudo passar e tivermos novamente nossa vida “quase” normal, pois as cicatrizes demorarão para desaparecer, o Clube Paineiras estará lá, do mesmo jeito, com as mesmas pessoas, esperando-nos de braços abertos e, o Conselho Deliberativo voltará a ser a casa de todos os paineirenses que, ali, são representados com amor e dedicação por todos os Conselheiros e colaboradores.

Termino com um pequeno trecho da “Carta do Chefe Seattle”, que apesar das dúvidas de sua autenticidade, é de uma beleza ímpar (recomendo a leitura integral). “Isto sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem pertence à terra. Isto sabemos: todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo.O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo.Onde está o arvoredo? Desapareceu. Onde está a águia? Desapareceu.É o final da vida e o início da sobrevivência.

Abraços paineirenses, cuidem-se bem

EDOARDO GUGLIELMI

PRESIDENTE DO CONSELHO DELIBERATIVO

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