“A profissão precisa de uma Ordem.”
Abril 2017 | Edição Nº104
Este suplemento comercial faz parte integrante do Jornal de Notícias e do Diário de Notícias de 24 de abril de 2017 e não pode ser vendido separadamente
João Pereira da Cruz, Administrador da J. Pereira da Cruz’
“A Operação Fátima incorpora diversas ações em dois campos distintos: socorro (safety) e segurança (security).” Jorge Gomes, Sec. Estado da Administração Interna
“...acrescentando um novo serviço registámos a marca Architecture Cost Management®” Artur Sousa, CEO Dimscale
“Não nos podemos desfasar da economia real.” Carlos Silva, Secretário-Geral da UGT
J. Pereira da Cruz, S.A.
Dia Mundial da Propriedade Intelectual
The art of cherry-picking A saĂda do Reino Unido da UniĂŁo Europeia tem sido vista muitos como um verdadeiro “cherrypickingâ€?. Nas mais diferentes matĂŠrias se assiste a uma criteriosa (para nĂŁo dizer discricionĂĄria) selecção por parte do governo Britânico para ficar com aquilo que a EU tem de melhor e deixar para trĂĄs aquilo que, afinal, jĂĄ nĂŁo interessa ao Reino Unido.
Maria Cruz Garcia, SĂłcia J. Pereira da Cruz, SecretĂĄria-geral da AIPPI e Agente Oficial da PI
NĂŁo ĂŠ, no entanto, contra a atitude do Reino Unido que me insurjo. Parece-me natural (e atĂŠ desejĂĄvel) que dentro de determinados limites um governo faça por “cherry pickâ€? o que ĂŠ melhor para o seu paĂs. 1mR VH DĂ€JXUD WmR QRUPDO GR PHX SRQto de vista, ĂŠ que o faça com a conivĂŞncia de todos os outros paĂses, em vez de imporem os limites desejĂĄveis‌ e atĂŠ necessĂĄrios. Um dos dossiers que me parece estar a ser muito mal negociado ĂŠ a questĂŁo da Patente UnitĂĄria e, mais concretamente, R 7ULEXQDO 8QLĂ€FDGR GH 3DWHQWHV A posição britânica nesta matĂŠria estĂĄ pouco clara. Por um lado ouvimos as deFODUDo}HV GR Ă€QDO GH GD %DURQHVD 1HYLOOH 5ROIHD FRQĂ€UPDU TXH R JRYHUQR VH HVWDULD D SUHSDUDU SDUD UDWLĂ€FDU R acordo do Tribunal Europeu de Patentes mas, por outro lado, sabemos que ainda nĂŁo o fez, nĂŁo obstante ter jĂĄ accionado o artigo 50Âş do Tratado de Lisboa. Ou seja, jĂĄ estĂĄ juridicamente formalizada a intenção de sair da UniĂŁo Europeia, mas segundo parece este paĂs nĂŁo
pĂľe de parte a hipĂłtese de ainda vir a ratificar acordos pensados por e para Estados pertencentes Ă EU. HĂĄ quem diga que a dĂşvida se prende essencialmente com a continuação da submissĂŁo a um Tribunal da UniĂŁo Europeia‌ Independentemente do motivo e mais do que a legitimidade, questiona-se a razoabilidade. Ainda em Janeiro deste ano, apenas alguns dias antes do discurso de TheresaMay, o novo Ministro britânico para a Propriedade Intelectual, Jo Johnson, declarou que o Reino Unido continua a ter a intenção de participar no TUP, salientando que o TUP ĂŠ um tribunal internacional e nĂŁo um tribunal da UE. Na lĂłgica do cherry picking, esta argumentação servirĂĄ, certamente, para justiĂ€FDU TXH R 5HLQR 8QLGR HVWHMD GLVSRVWR D aceitar a jurisdição de tribunais internacionais, como o TUP - na sua opiniĂŁo! SDUD GLULPLU TXHVW}HV OHJDLV HVSHFtĂ€FDV (nomeadamente, de patentes) que sĂŁo comuns ao Reino Unido e Ă sua “nova parceria com a UniĂŁo Europeiaâ€? (Livro Branco do Brexit).
A este respeito, o Governo britânico parece considerar que apesar de o TUP estar vinculado pelas decisĂľes do TJUE em relação a vĂĄrias questĂľes de patentes relacionadas com a UE – e decisĂľes do TUP sobre procedimentos cautelares e açþes de anulação em matĂŠria de patentes serĂŁo vinculativas no Reino Unido – esta ĂŠ uma situação muito diferente que VH YHULĂ€FD DWXDOPHQWH VRE D DPSOD MXULVdição do TJUE, cujas decisĂľes podem ter o efeito de alteração imediata de legislação nacional britânica numa grande variedade de diferentes ĂĄreas. Importa nĂŁo esquecer que o destino da participação continuada do Reino Unido no regime da patente unitĂĄria nĂŁo tem uma solução tĂŁo fĂĄcil e permanece incerto. É que, contrariamente ao TUP, este regime ĂŠ criado por um regulamento da UE, e nĂŁo hĂĄ como considerĂĄ-lo puramente um instrumento de “direito internacionalâ€? (apesar de que a patente europeia existente concedida pelo Instituto Europeu de Patentes se enquadraULD QHVWD GHĂ€QLomR $FHLWDU R UHJLPH GD patente unitĂĄria exigiria uma avaliação mais extensiva da legislação da UE e, por enquanto, o Governo britânico nĂŁo nos deu a menor pista sobre as suas intençþes. Continua a ser possĂvel que o Reino Unido – pĂłs-Brexit – continue a fazer parte do TUP, mas nĂŁo do regime da patente unitĂĄria. SerĂĄ, porventura, tudo uma questĂŁo de perspetiva e, como outra coisa nĂŁo seria de esperar, o governo britânico estarĂĄ a fazer o seu papel ao avaliar o que, de facto, serĂĄ melhor para o seu paĂs. E nĂłs? Perante tudo isto, qual a posição da UE? NĂŁo hĂĄ ninguĂŠm que questione que um paĂs que estĂĄ de saĂda possa ainda estar a assinar acordos desta natureza? Bem sabemos que da invocação do artigo 50.Âş Ă concretização do Brexit passarĂŁo, pelo menos, dois anos. Sabemos tambĂŠm que, atĂŠ sair de facto, o Reino Unido ainda ĂŠ membro da UniĂŁo Europeia e que, enquanto tal, pode assinar. Poder, pode! Mas que sentido faz um
paĂs que estĂĄ de saĂda da UniĂŁo EuroSHLD UDWLĂ€FDU XP DFRUGR TXH IRL SHQVDdo e negociado apenas entre - e sĂł para - paĂses da UniĂŁo e para o qual a sua participação seria, Ă partida, condição sine qua non? Ainda que lhes queiram chamar de “minorchangesâ€?, teria de haver uma grande inversĂŁo das regras do jogo para que o Acordo passasse a integrar um (e serĂĄ DSHQDV XP" SDtV TXH QmR Ă€]HVVH SDUWH da UniĂŁo Europeia. Acresce que o artigo 87.Âş do UPC, que permite a alteração do Acordo – como ĂŠ natural que assim seja - apenas entrarĂĄ em vigor com o prĂłprio Acordo, ou seja, DSyV DV UDWLĂ€FDo}HV REULJDWyULDV LQFOXLQGR D VXD UDWLĂ€FDomR SHOR 5HLQR 8QLGR Por esta razĂŁo, a nĂŁo ser que seja possĂvel persuadir os Estados Contratantes do UPC a chegarem a um acordo por unanimidade sobre as alteraçþes a fazer ao Acordo, ou que um novo Protocolo possa ser elaborado, a alteração do Acordo pelo ComitĂŠ Administrativo do UPC terĂĄ de esperar atĂŠ Ă sua entrada em viJRU 'HVWH PRGR SRGH DĂ€UPDU VH FRP segurança que as alteraçþes necessĂĄrias para “acomodarâ€? um paĂs nĂŁo-membro da UE nĂŁo estĂŁo, de forma alguma, garantidas. É que o Reino Unido pode atĂŠ considerar o TUP como um modelo para o tipo de tribunal comercial especializado – mantendo uma ligação directa mas limitada com o TJUE e a economia da UE em geral – que estaria disposto a tolerar na sua alegada nova “parceriaâ€? com a UE‌. Mas estarĂĄ a UE disposta a aceitar este tipo de acordo personalizado? Mais do que apontar o dedo a quem estĂĄ D WHQWDU Ă€FDU FRP R PHOKRU GRV GRLV mundos, penso que seria importante saber o que estĂĄ o nosso governo a fazer para aproveitar esta oportunidade e repensar a participação de Portugal num sistema que se jĂĄ nĂŁo era bom antes, acaERX GH Ă€FDU PXLWR SLRU Artigo de Maria Cruz Garcia, J. Pereira da Cruz, S.A.
Ficha TĂŠcnica: Propriedade e Edição: Actualidades do SĂŠculo, Lda. | Morada: Avenida da RepĂşblica, 872, Sala 5.1, 4430-190 V. N. Gaia DepĂłsito Legal: 215441/04 | Editora: Ana Mota | Publicidade: Moura Lopes | Email: geral@paispositivo.info | Distribuição Mensal Gratuita com o Jornal de NotĂcias e o DiĂĄrio de NotĂcias. Propriedade e Direitos: 7RGRV RV WH[WRV H IRWRJUDÂżDV VmR SURSULHGDGH H[FOXVLYD GR 3DtV 3RVLWLYR H QmR SRGHP VHU WRWDO RX SDUFLDOPHQWH UHSURGX]LGRV VHP SHUPLVVmR SUpYLD
Dia Mundial da Propriedade Intelectual
J. Pereira da Cruz, S.A.
“A profissão precisa de uma Ordem”
João Pereira da Cruz, Sócio J. Pereira da Cruz e Presidente da Direção da ACPI
Na altura em que é oficial a saída da Inglaterra do Reino Unido há outros temas que merecem a atenção dos países membros da UE. João Pereira da Cruz, sócio da J. Pereira da Cruz, Agente Oficial da Propriedade Industrial e Presidente da ACPI Associação de Consultores em Propriedade Intelectual conversou com o País Positivo sobre a Patente Europeia Unitária, o Código da Propriedade Industrial e sobre a necessidade de criar a Ordem dos Agentes Oficiais da Propriedade Industrial.
A Patente Europeia Unitária levantou diversas questões por parte dos industriais e dos profissionais da Propriedade Industrial. Em que consiste a Patente Europeia Unitária? Infelizmente, Portugal ratificou o Acordo sobre o Tribunal Unificado de Patentes, em 2015, contra a vontade da Industria Portuguesa. Ainda hoje não conhecemos ninguém que nos aponte com convicção as vantagens que este sistema possa trazer para as empresas nacionais, larga maioria (cerca de 97%) são pequenas ou microempresas. A Propriedade Industrial não serve o Estado ou os Consultores de Propriedade Intelectual, é uma poderosa e necessária ferramenta das Industrias e, por isso, a sua vontade deve ser ouvida e seguida. Quando há alterações legislativas as empresas deveriam obrigatoriamente ser consultadas como também os Agentes Oficiais nestas matérias, para darem o seu contributo e não somente serem chamados a comentar em 15 dias as leis preparadas pelo Estado. A Patente Europeia de efeito Unitário pretende ser um direito que resulta da transformação de uma Patente Europeia num direito único, válido em todos os países signatários. Como os países da União Europeia não chegaram a acordo nesta matéria, foi necessário recorrer a uma cooperação reforçada, tal era a pressa da Comissão Europeia. Com a Patente Unitária é excluída a obrigatoriedade da tradução da invenção na língua portuguesa, reduzindo a publicação a três idiomas: Inglês, Francês e Alemão. Este aspeto é particularmente negativo para a grande maioria das empresas nacionais porque necessitarão de efetuar traduções técnicas para português, para conhecerem eficientemente a matéria protegida. Foi difícil os três países “grandes” chegarem a acordo sobre a localização da sede do Tribunal Unificado de
Patentes que, por esse motivo, ficará partilhado entre Inglaterra (patentes do campo químico farmacêutico), Alemanha (patentes do campo mecânico) e França (com as patentes do campo eletrónico, etc). Atualmente, para que o Acordo do Tribunal Unificado de Patentes entre em vigor é necessário a ratificação de treze estados membros, entre eles, obrigatoriamente os já referidos três “grandes”. Quais as consequências para o tecido empresarial português? O tecido empresarial português é constituído em cerca de 97% por pequenas e microempresas e muitas indústrias em nome individual. Este acordo sobre o Tribunal Unificado de Patentes foi pensado para os grandes utilizadores de patentes, para as empresas com muitas patentes, de uma maneira geral, para as multinacionais. Infelizmente, a nossa realidade empresarial não tem nada que ver com a de Inglaterra, França ou Alemanha e muito menos com a Americana, Japonesa, Sul Coreana ou Chinesa, grandes utilizadores do sistema europeu de patentes. Relativamente à Patente Unitária, Portugal, no limite, irá receber 90.000 patentes por ano, (em vez das cerca de 4.500 atuais) significando que as nossas empresas irão ter que pagar mais royalties aos titulares das patentes para poder fabricar novos produtos ou usar novos processos, ou então o que nos entristece bastante, infringir esses mesmos direitos. Os conflitos sobre infrações de patentes serão dirimidos no Tribunal Unificado de Patentes. Para dar o exemplo só dos custos judiciais atualmente, em Portugal, uma empresa paga €612.00 para contestar uma ação judicial e outros €612.00 para a anulação da patente. Com o sistema do Tribunal Unificado de Patentes estes mesmos custos passarão a, respetivamente, €11.000 e €20.000 só na primeira instância.
J. Pereira da Cruz, S.A. Estes processos terminam geralmente num tribunal superior e, aĂ, estes custos duplicarĂŁo. Estou em crer que a maioria das empresas nacionais nem sequer tentarĂĄ defender-se e fecharĂŁo as suas portas ou abandonarĂŁo os seus projectos. Portugal era obrigado a ratificar o acordo Patente Europeia UnitĂĄria? NĂŁo, nĂŁo era. Portugal poderia nĂŁo ter assinado este acordo, Ă semelhança do que fez o governo espanhol, por exemplo. A CIP encomendou Ă Deloitte um estudo sobre o impacto econĂłmico que este pacote legislativo poderia ter nas empresas e as conclusĂľes foram negativas. O estudo apresenta e analisa as vantagens e inconvenientes deste acordo e conclui que Portugal nĂŁo o deveria ter ratificado. Em suma, se Portugal nĂŁo tivesse ratificado o acordo terĂamos um “sistema abertoâ€?: as empresas nacionais poderiam continuar a usar o sistema existente – que funciona perfeitamente – e os empresĂĄrios que desejassem usar a Patente Europeia UnitĂĄria tambĂŠm o poderiam fazer. Como presidente da ACPI - Associação de Consultores em Propriedade Intelectualassume as mesmas preocupaçþes? Como presidente da ACPI assumo o meu descontentamento com as consequĂŞncias que a Patente UnitĂĄria trarĂĄ para a indĂşstria portuguesa. Acredito que a entrada em vigor deste sistema apenas teria alguma justificação se Espanha tambĂŠm assinasse este acordo. Sendo Espanha um dos nossos principais parceiros comerciais e mais direto concorrente, a nossa entrada e a sua “nĂŁo entradaâ€? agora neste sistema dar-lhe-ĂĄ enormes vantagens competitivas. Sabe que um Agente Oficial mais nĂŁo ĂŠ do que um representante das empresas em matĂŠrias de Propriedade Industrial. É pois, nessa medida, que assumo a representação destas preocupaçþes. Mas deixe-me tambĂŠm dizer-lhe que esta nĂŁo ĂŠ a nossa Ăşnica preocupação... A criação da Ordem dos Agentes Oficiais da Propriedade Industrial estĂĄ prevista quando? É premente a criação da Ordem dos Agentes Oficiais da Propriedade In-
dustrial, mas para jĂĄ, nĂŁo posso avançar com datas. A ACPI e penso que tambĂŠm o INPI – Instituto Nacional da Propriedade Intelectual - e o MinistĂŠrio da Justiça tĂŞm vontade que seja instituĂda. Acreditamos e defendemos que faz todo o sentido que seja criada uma entidade que examine, discipline, defenda e regule a atividade e os seus agentes. Neste sentido, a anterior Ministra da Justiça, Dr.ÂŞ Paula Teixeira da Cruz, solicitou Ă ACPI uma proposta de CĂłdigo de DeontolĂłgico dos Agentes Oficiais da Propriedade Intelectual, mas fomos prĂł-activos e apresentĂĄmos o Estatuto do Agente Oficial. Esse documento foi enviado para o MinistĂŠrio da Justiça e, recentemente, fomos entregĂĄ-lo pessoalmente Ă Sr.ÂŞ Ministra da Justiça, Dr.ÂŞ Francisca Van Dunem. O CĂłdigo da Propriedade Industrial estĂĄ adequado Ă realidade nacional? HĂĄ pontos que necessitam de ser melhorados? A lei estĂĄ (ou estava, atĂŠ hĂĄ pouco tempo) adequada Ă realidade. O cĂłdigo foi revisto em 2008 e tem vindo a ser melhorado, mas creio que estĂĄ na altura de ser feita uma revisĂŁo cuidada, mais nĂŁo seja porque vamos ter de transpor para o Ordenamento jurĂdico interno, directivas em matĂŠrias de marcas e tradesecrets que poderĂŁo revelar-se numa boa oportunidade para que todos os operadores do sistema (INPI, Agentes, IndĂşstria e etc) possam dar o seu contributo para a melhoria do mesmo.
Dia Mundial da Propriedade Intelectual
Resumo do percurso profissional de João Pereira da Cruz Formação AcadÊmica: • Licenciatura pelo Instituto Superior TÊcnico de Lisboa, 1978 • Membro Efectivo da Ordem dos Engenheiros 3HUFXUVR 3URÀVVLRQDO • Sócio da J. Pereira da Cruz, S.A. desde 1974
‡ $JHQWH 2ÀFLDO GD 3URSULHGDGH ,QGXVWULDO
• Mandatårio Europeu de Patentes (acreditado junto do Instituto Europeu de Patentes, em Munique)
• Mandatårio Europeu de Marcas e Modelos e Desenhos Industriais (acreditado junto do EUIPO, em Alicante) • Presidente da AMEP - Associação Portuguesa dos Mandatårios Europeus de Patentes • Presidente do Grupo Português da AIPPI (Associação International para a Protecção da Propriedade Intelectual)
• Membro do Board do epi (Instituto dos Mandatårios Europeus de Patentes) • Secretårio Geral do epi (Instituto dos Mandatårios Europeus de Patentes)
• Presidente da UNION (Union of European Practitioners in Intellectual Property) de 2005 a 2008 • Presidente de Honra da UNION (Union of European Practitioners in Intellectual Property) • Presidente da ECTA entre 1996 e 1998
• Participação como orador em diversas conferências e seminårios, cursos e acçþes de formação no âmbito da Propriedade Intelectual em Portugal e no estrangeiro $VVRFLDo}HV 3URÀVVLRQDLV • ACPI (Associação de Consultores em Propriedade Industrial) • AIPLA (American Intellectual Property Law Association
• AIPPI (Associação International para a Protecção da Propriedade Intelectual) • AMEP (Associação Portuguesa dos Mandatårios Europeus de Patentes) • APRAM (Association of Practitioners in Trademark and Design Law) • BMM (Benelux Association of Trademark and Design Law)
• CCI (Comissão de Propriedade Intelectual da Delegação Portuguesa da Câmara de ComÊrcio Internacional) • ECTA (European Communities Trade Mark Association)
‡ (3, ,QVWLWXWH RI 3URIHVVLRQDO 5HSUHVHQWDWLYHV EHIRUH WKH (XURSHDQ 3DWHQW 2IÀFH
• INTA
• ITMA
• MARQUES • UNION
Dia Mundial da Propriedade Intelectual
Clarke, Modet & CÂş Portugal
Clarke, Modet & Co Portugal vence o prĂŠmio “IP Corporate of the Year in Portugalâ€? A Clarke, Modet & Co ĂŠ uma empresa especializada em serviços de propriedade intelectual que nasceu em 1879. Guarda algumas jĂłias raras como o pneu de Goodyear ou a lâmpada de Edison e exibe, nas paredes dos seus escritĂłrios, em Madrid, boletins de Propriedade Industrial (BOPI) do Instituto Espanhol de Marcas e Patentes (OEPM). Atualmente ĂŠ um dos maiores grupos especializados em Propriedade Intelectual em paĂses de lĂngua espanhola e portuguesa.
Eduardo Correia Andrade, Director-Geral
A Clarke, Modet & CÂş Portugal assinou um acordo de colaboração com a COTEC Portugal. Pode dizer-nos quais sĂŁo os aspetos principais desse Acordo? A Clarke, Modet & CÂş Portugal ĂŠ membro da COTEC Portugal, desde o inĂcio desta Associação em abril 2003. Esta COTEC que conta hoje com 347 Associados tem, como missĂŁo, promover o aumento da competitividade das empresas localizadas em Portugal, atravĂŠs do desenvolvimento e difusĂŁo de uma cultura e de uma prĂĄtica de inovação, bem como do conhecimento residente no PaĂs. Dadas a relevância e a missĂŁo desta Associação, propusemos Ă COTEC, na pessoa do seu Diretor-Geral, EngÂş Jorge Portugal, que aceitou, a celebração de um protocolo que englobasse a realização de um conjunto de açþes no âmbito da Propriedade Intelectual (PI). Entre as açþes a desenvolver destaco a criação de um canal de
apoio Ă PI, exclusivamente dedicado aos Associados da COTEC Portugal, que passam, desde jĂĄ, a ter, no âmbito do protocolo assinado, uma via direta para um serviço de aconselhamento em PI, disponĂvel atravĂŠs do e-mail: cotec@clarkemodet. com.pt. Para alĂŠm deste serviço de aconselhamento em PI, o protocolo de colaboração entre a Clarke, Modet & CÂş Portugal e a COTEC Portugal, assinado no passado dia 13 de março de 2017, prevĂŞ tambĂŠm a colaboração em iniciativas concretas, bem como a realização de açþes de formação sobre “Intellectual Property Strategiesâ€? no âmbito do Programa COHITEC da COTEC. Clarke, Modet & CÂş assume um papel de destaque entre os Agentes de Propriedade Industrial em Portugal. Qual o balanço que faz da utilização dos direitos de PI no Ăşltimo ano?
Os Agentes e TĂŠcnicos em Propriedade Industrial em Portugal desempenham um papel muito importante no sistema de Inovação. As empresas, universidades e particulares envolvidas em processos de Inovação ou internacionalização dos seus negĂłcios, tĂŞm toda a vantagem em recorrer aos serviços aconselhamento especializado no que respeita Ă criação, proteção, manutenção e defesa das Patentes, Modelos de Utilidade e Marcas. Frequentemente acontece que SRU HVFDVVH] Ă€QDQFHLUD DV HPSUHVDV universidades e particulares decidem desenvolver projetos de patentes e marcas sem esse apoio especializado, ou procurando esse apoio demasiado tarde, resultando assim num desperdĂcio de dinheiro e de oportunidade. Os direitos de Propriedade Industrial em Portugal, no que respeita ao registo de Invençþes mantĂŞm nĂveis muito reduzidos quando comparados com ou-
tros paĂses europeus de referĂŞncia. O nĂşmero de pedidos de Patentes Nacionais no INPI durante o ano 2016 foi inferior a 2015 em 20,6%. Quanto aos pedidos de Patente Europeia, o aumento de YHULĂ€FDGR HP UHODWLYDPHQWH D p PDQLIHVWDPHQWH LQVXĂ€FLHQWH para retirar Portugal do fundo da tabela dos paĂses europeus. O panorama ĂŠ melhor nas Marcas na UniĂŁo Europeia, que em 2016 cresceram 6,7%, nas Marcas Nacionais que em igual perĂodo aumentaram 0,5% e no Design Nacional que UHJLVWRX XP VLJQLĂ€FDWLYR DXPHQWR GH 14,6% no nĂşmero de pedidos depositados. A concorrĂŞncia baseada na Inovação aplicada, torna a criação de Patentes um imperativo nacional. Considerando o difĂcil contexto econĂłmico nacional, ĂŠ aconselhĂĄvel a implementação de programas de apoio destinados aos pedidos de Patente Nacional e sua internalização.
Clarke, Modet & CÂş Portugal
Existem diversos fatores a pondeUDU TXDQGR VH GHĂ€QH XPD HVWUDWpJLD de negĂłcio baseada em direitos de Propriedade Industrial, nomeadamente qual a opção mais correta para a sua exploração econĂłmica. Que tipo de assessoria oferecem Ă s empresas? A Clarke, Modet & CÂş Portugal pretende ser um parceiro de negĂłcio, ao longo da cadeia de inovação, desde a criação da ideia atĂŠ ao momento de transferir o coQKHFLPHQWR DR PHUFDGR $VVLP D GHĂ€QLção de uma sĂłlida estratĂŠgia de PI ĂŠ essencial em qualquer ĂĄrea de negĂłcio. Associamos a exploração econĂłmica Ă transferĂŞncia de uma tecnologia patenteada para o mercado, que pode ser efetuada pela exploração direta da patente pelo seu proprietĂĄrio, ou caso a exploração venha a ser efetuada por terceiros, implica que ocorra uma Venda ou Licenciamento dos direitos de exploração da patente. Estas opçþes nĂŁo sĂŁo hierarquizĂĄveis, uma vez que a sua opção resulta de um grau de ponderação de um conjunto de fatores do mercado e opçþes estratĂŠgicas de comercialização, que sĂŁo delineadas pelo seu proprietĂĄrio. O licenciamento ĂŠ a via mais utilizada quando a transferĂŞncia de conhecimento ĂŠ baseada numa tecnologia patenteada. A entidade titular autoriza a utilização da tecnologia, mediante uma licença que pode ser exclusiva, nĂŁo exclusiva, territorial ou nĂŁo territorial, mediante um pagamento inicial “single lump sum, ou paid-up licenceâ€?, ou pagamentos subsequentes, designados por “royaltiesâ€?. O acordo de licenciamento depende da avaliação do valor comercial dos ativos intangĂveis, o que normalmente ĂŠ caraterizado por um elevado grau de incerteza. De salientar, de igual forma, que muitas patentes sĂŁo licenciadas, nĂŁo sĂł pelas caraterĂsticas tĂŠcnicas inovadoras, mas por representarem um produto e/ou processo cujas funcionalidades, vantagens e atributos jĂĄ foram testados no mercado. As licenças trazem benefĂcios para ambas as partes, possibilitando uma expansĂŁo rĂĄpida da tecnologia desenvolvida e uma maior possibilidade de geração de resultados, em perĂodos mais curtos.
Pelo seu lado, uma venda implica que a entidade titular da tecnologia ceda todos os direitos quer de titularidade, quer de exploração atravĂŠs do pagamento de uma TXDQWLD Ă€[D 6mR WUDQVIHULGRV SDUD R FRPprador todos os riscos, particularmente, DV FRQGLo}HV GH PHUFDGR GHVDĂ€RV UHJXODmentares ou mesmo as consequĂŞncias relacionadas com a concorrĂŞncia. Assim, existem diversos fatores a ponderar TXDQGR VH GHĂ€QH XPD HVWUDWpJLD GH QHJyFLR baseada em PI, nomeadamente qual a opção mais correta para a sua exploração econĂłmica, tendo em conta a sua rentabilidade futura, primeiro objetivo empresarial, a criação de valor. É, neste contexto, que a Clarke, Modet & CÂş Portugal pretende ser um parceiro de excelĂŞncia. No caso das empresas spin-offs uma das perguntas que se coloca, desde o inĂcio, ĂŠ se o negĂłcio serĂĄ rentĂĄvel. Qual o papel que assumem os direitos de PI neste contexto e qual o apoio da Clarke, Modet & CÂş aos empreendedores? A Clarke, Modet & CÂş Portugal tem vindo a desenvolver uma ligação de proximidade com as universidades portuguesas, nĂŁo sĂł na proteção do conhecimento criado, mas tambĂŠm na colocação no mercado do conhecimento gerado no seio da investigação. É nas universidades que, nos Ăşltimos anos, tĂŞm nascido empresas de base tecnolĂłgica, conhecidas por spin-offs. Criar produtos e/ou serviços inovadores rentĂĄYHLV p R JUDQGH GHVDĂ€R TXH VH OKHV FRORFD no atual contexto econĂłmico. Estas empresas sĂŁo criadas para explorar comercialmente o conhecimento produzido por atividades acadĂŠmicas, incluindo nĂŁo apenas inovaçþes ou patentes, mas tamEpP WRGR R FRQKHFLPHQWR FLHQWtĂ€FR H WpFnico acumulado por um investigador/ professor durante a sua carreira. (P JHUDO RV HPSUHHQGHGRUHV Ă€FDP SUyximos da sua Universidade de origem, que serve como fonte de vantagem comSDUDWLYD DR IRUQHFHU WUDEDOKR TXDOLĂ€FDGR instalaçþes especializadas e fonte de conhecimento. A pergunta que se coloca na criação da empresa ĂŠ se o negĂłcio serĂĄ rentĂĄvel.
Dia Mundial da Propriedade Intelectual
Dina Chaves, Diretora de Consultoria do Grupo Clarke, Modet & CÂş
NĂŁo hĂĄ uma resposta objetiva e o sucesso depende de uma multiplicidade de fatores, nomeadamente: o Produto que se SUHWHQGH FRPHUFLDOL]DU R DFHVVR D Ă€QDQciamento adequado, a cultura e as polĂticas de PI da Universidade, a equipa e as caraterĂsticas da prĂłpria empresa (inFOXLQGR D IRUPD MXUtGLFD R WLSR GH Ă€QDQciamento e o modelo de negĂłcio). Contudo, hĂĄ um ingrediente secreto que estĂĄ na base do sucesso: uma adequada proteção e gestĂŁo da sua PI. Neste sentido, ĂŠ fundamental que as Politicas de PI das Universidades contemSOHP XPD UHJXODPHQWDomR HVSHFtĂ€FD para esta via de transferir conhecimento, facilitando uma cultura empreendedora e estimulando o sucesso destas jovens empresas. A Clarke, Modet & CÂş posiciona-se no mercado com uma assessoria personalizada durante todo o processo de inovação: da criação e proteção, Ă exploração e defesa dos direitos de PI. Que serviços sĂŁo oferecidos ao longo da cadeia de valor? Os nossos serviços de assessoria em PI posicionam-se em 4 grandes ĂĄreas e sĂŁo GHĂ€QLGRV HP IXQomR GDV QHFHVVLGDGHV dos nossos clientes: uma Consultoria de InteligĂŞncia TecnolĂłgica, em que desenvolvemos estudos de InteligĂŞncia e Vigilância TecnolĂłgica; estudos de Patenteabilidade e Liberdade de Exploração (FTO); a nĂvel de uma Consultoria EsWUDWpJLFD GHĂ€QLPRV D SURWHomR PDLV
adequada com recurso Ă s diferentes modalidades dos Direitos de PI, inventĂĄrios de Know-how e diagnĂłsticos de PI; adicionalmente ou em paralelo uma Consultoria de GestĂŁo em que realizamos Sistemas de GestĂŁo de PI, Due Dilligence, Formação, entre outros, e uma Consultoria de Valor, em que apresentamos serviços de transferĂŞncia de tecnologia, screening tecnolĂłgico, avaliação econĂłmica de marcas e patentes, parecer de royalties e assessoria legal ao longo da cadeia de valor. A Clarke, Modet & CÂş Portugal foi a vencedora do Corporate Intl Magazine Global 2017. Foi com satisfação que recebi a notĂcia de que a Clarke, Modet & CÂş Portugal tinha sido nomeada vencedora do Corporate Intl Magazine Global Award 2017 - “IP Expert of the Year in Portugalâ€?. Os prĂŠmios anuais da Corporate INTL sĂŁo atribuĂdos Ă s principais Consultoras e Investidores dos mais variados paĂses e continentes em todo o mundo. Este prĂŠmio ĂŠ o reconhecimento da exceOrQFLD SURĂ€VVLRQDO EDVHDGR QD ([SHULrQcia e na Qualidade do serviço prestado, ao longo dos Ăşltimos 12 meses. Os prĂŠmios que recebemos na Clarke, Modet & CÂş sĂŁo entendidos como estĂmulos para a melhoria constante dos nossos serviços os quais devem prioritariamente dar resposta Ă s mudanças do meio envolvente e, em especial, Ă s necessidades dos nossos Clientes.
Sindicalismo de Diálogo
UGT – União Geral de Trabalhadores
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UGT – União Geral de Trabalhadores
Abril 2017 | Edição Nº104
Quando se comemora mais um 25 de abril e em vésperas do 1º de maio, dia do trabalhador, decidimos trazer a estas páginas alguém para abordarmos questões que incidam na democracia e no trabalho. A recente realização no Porto do XIII Congresso da União Geral de Trabalhadores – UGT, sugeriu uma conversa com o seu reeleito Secretário-Geral, Carlos Silva. O nosso interlocutor revelou-se-nos um homem de diálogos, de pontes. Mas Carlos Silva não deixa de agitar águas, logrando da liberdade que a própria UGT muito ajudou a consolidar. Carlos Silva fez questão de a entrevista se realizar em Campelo, pequena aldeia onde reside, no concelho de Figueiró dos Vinhos. Ali integra a Assembleia Municipal e estende a sua cidadania a uma ligação tanto telúrica como reflexiva ao interior do país. No belo cenário que é Campelo, na descontração que a aldeia proporciona, de forma franca e sincera, o SecretárioGeral da UGT recebeu País Positivo. A conversa que mantivemos aqui fica. Para se possa conhecer ainda melhor a ação da UGT, o pensamento e a personalidade de Carlos Silva.
Sindicalismo de DiĂĄlogo
UGT – União Geral de Trabalhadores
Sindicalismo e humanismo altura, o que veio a acontecer e se repetiu em 2015 e 2016. Estou convencido que em 2017 o Governo cumprirĂĄ o seu Programa e o SMN passarĂĄ para os 580 euros. E o facto de defendermos atualizaçþes moderadas, ano apĂłs ano, atĂŠ se atingirem os 600 HXURV QR Ă€QDO GD DWXDO OHJLVODWXUD WDO WHP a ver com a nossa anĂĄlise Ă s condiçþes das empresas e do paĂs para corresponder aos GHVDĂ€RV 6HPSUH TXH ID]HPRV XPD SURposta, ela ĂŠ assente em critĂŠrios objetivos macroeconĂłmicos, mas tambĂŠm sociais e de satisfação das necessidades dos trabalhadores, evitando penalizar quem cria emprego.
Carlos Silva, secretĂĄrio-geral da UGT
A sua reeleição com 84,27 % como SecretĂĄrio-Geral da UGT ĂŠ um reconhecimento do trabalho feito no seu anterior mandato? Penso que ĂŠ, sobretudo, um reconhecimento do trabalho feito, num momento difĂcil do paĂs, nestes Ăşltimos quatro anos. Ontem mesmo, na vĂŠspera desta entrevista, teve o seu corolĂĄrio na eleição proposta, por mim, dos novos elementos do Secretariado Executivo, que vĂŁo liderar a UGT comigo nos prĂłximos quatros anos. É uma equipa que convidei, consensualizada naturalmente entre as tendĂŞncias socialista e social-democrata, maioritĂĄrias na UGT, e em que, dos 78 membros do Secretariado Nacional, 76 votaram sim e dois votaram em branco. Consolida-se assim o projeto coletivo, forte e coeso da UGT que, no recente congresso, teve oportunidade de criticar, ou aplaudir, o desempenho do seu SecretĂĄrio-Geral nos Ăşltimos quatro anos. Apesar de todos os constrangimentos do paĂs, tivemos um grande momento com a realização do XIII Congresso Nacional no Porto, cujo resultado sĂł me pode orgulhar por ter correspondido Ă s expectativas de 2013 e, a partir de agora, continuar o rumo de gerir uma grande organização que representa quase meio milhĂŁo de sindicalizados na UGT.
O elevado nĂşmero de membros que transitou para o atual Secretariado Nacional e Executivo pode ser lido, apesar das diferenças, como sinal de coesĂŁo na UGT? Sempre houve coesĂŁo na UGT. Nem sempre tem sido fĂĄcil em Portugal o papel da UGT, sempre muito acusada de estar ao serviço dos governos, sejam socialistas ou social-democratas, ou social-democratas e democratas-cristĂŁos. A UGT sempre teve um papel de muita responsabilidade. Quem normalmente lança farpas Ă UGT sĂŁo aqueles que hoje estĂŁo calados e que lançaram sempre crĂticas, anĂĄtemas e acusaçþes Ă UGT. A pergunta que se faz ĂŠ: quem estĂĄ hoje tĂŁo silencioso perante a governação do Partido Socialista? A UGT mantĂŠm a sua postura de sempre, nĂŁo mudou o seu paradigma. Quem ĂŠ que mudou? TerĂŁo sido outros, nĂłs nĂŁo. No nosso seio estamos coesos e no Ăşltimo congresso verificou-se que entre socialistas e social-democratas, independentemente das simpatias partidĂĄrias - eu sou socialista e a Presidente ĂŠ social-democrata - temos dado uma imagem de coesĂŁo que ĂŠ importante manter, atĂŠ como exemplo para as prĂłprias cĂşpulas partidĂĄrias.
A UGT nĂŁo deixou de ter uma ação reivindicativa... (P D 8*7 IH] Ă€QFD Sp QD DWXDOL]DomR do salĂĄrio mĂnimo nacional. O Dr. Passos Coelho, grande defensor de um certo estilo de respeito e atĂŠ de alguma subalternização Ă s polĂticas da UniĂŁo Europeia e Ă s teses economicistas do FMI e da Alemanha, acabou por corresponder Ă s reivindicaçþes da UGT, sobretudo porque, sempre o defendemos, a atualização do SMN corresponde, tambĂŠm, a uma questĂŁo de justiça social.Era necessĂĄrio que os trabalhadores com remuneraçþes mais baixas pudessem ter um sinal do Governo, depois de vĂĄrios anos de grandes sacrifĂcios. Foi a UGT que, mais uma vez, se responsabilizou por um acordo de concertação social nessa matĂŠria, porque a CGTP na altura, como sempre, defendia uma atualização superior.A passagem dos 485 para os 505 euros que conseguimos nesse ano, nĂŁo HUDP VXĂ€FLHQWHV SDUD TXH D &*73 DVVLQDVse. DaĂ nĂŁo ter celebrado o acordo do salĂĄrio mĂnimo nacional. Como nĂŁo celebrou os anteriores e nĂŁo celebra nenhum. Como sempre, submete as necessidades dos trabalhadores Ă ideologia e ao seu Partido, o PCP. A UGT estĂĄ ao serviço dos trabalhadores e do paĂs. Para nĂłs era importante TXH HVVD DWXDOL]DomR VH YHULĂ€FDVVH QHVVD
Logo, a UGT estĂĄ atenta Ă economia do paĂs? NĂŁo nos podemos desfasar da economia real. Portugal viveu um momento difĂcil nos Ăşltimos anos, talvez a crise mais sistemĂĄtica e difĂcil desde a grande depressĂŁo de 1929. No perĂodo democrĂĄtico ĂŠ certamente o momento mais difĂcil do ponto de YLVWD HFRQyPLFR H Ă€QDQFHLUR $ &ULVH GR Subprime em 2008, com a falĂŞncia do Lehman Brothers, criou uma crise sistĂŠmica ao nĂvel planetĂĄrio e Portugal, com uma economia frĂĄgil, naturalmente foi um dos SDtVHV TXH PDLV VHQWLX HVWDV GLĂ€FXOGDGHV Muitas das exigĂŞncias que foram colocadas ao paĂs, foram-no por um espaço polĂtico e econĂłmico de integração que ĂŠ a UniĂŁo Europeia, que ultrapassaram muito as conceçþes de justiça social, de solidariedade, de respeito pelos cidadĂŁos, pelas diferentes economias e o peso que cada uma tem. Conseguimos chegar a 2017 orgulhosos do caminho percorrido, mas tambĂŠm conscientes que a nova solução governativa existente em Portugal vem muito ao encontro das necessidades do paĂs e das pessoas. Acha que esta solução governativa ĂŠ atualmente a adequada? Acho que ĂŠ a solução adequada, tendo em consideração a decisĂŁo democrĂĄtica do Parlamento. Este Governo tem demonstrado, a Portugal e Ă Europa, que ĂŠ possĂvel governar sem fazer da austeridade uma bandeira, a qualquer preço, a qualquer custo, que esmagou os direitos dos trabalhadores e lançou para detrĂĄs das costas a sensibilidade social que se espera de qualquer Governo de um Estado democrĂĄtico, de Direito e Social. AntĂłnio Costa e o seu governo tĂŞm-nos demonstrado, e mesmo assim conseguindo
UGT – UniĂŁo Geral de Trabalhadores cumprir com as metas europeias: dĂŠfice excecionalmente histĂłrico a 2,1%, neste momento revisto em baixa pelo governo portuguĂŞs e pelas instâncias comunitĂĄrias para 1,5 % em 2017; a possibilidade de sairmos do procedimento de dĂŠfice excessivo; a possibilidade de Portugal se financiar junto do Banco Central Europeu em condiçþes mais atrativas para a economia portuguesa. Portanto, julgo que este governo demonstrou essa capacidade de desmistificar que Portugal podia cumprir metas orçamentais, sem esmagar os seus cidadĂŁos. Acho que essa compaginação tem sido extraordinĂĄria. Pela primeira vez foi possĂvel na histĂłria da democracia portuguesa, cujos 43 comemoramos em abril, haver um acordo parlamentar com a esquerda, o que tendo revelado Ă partida desconfiança para muitos, inclusive para mim prĂłprio, veio demonstrar na prĂĄtica que a teoria se aplicou no sentido de desmistificar que a esquerda sĂł quer a destruição do paĂs e a destruição da democracia. A esquerda tem sido responsĂĄvel e tem sabido dar uma grande demonstração de responsabilidade e fico satisfeito por isso, porque quem beneficia ĂŠ o paĂs e sĂŁo os trabalhadores e a economia. E considera que esta solução ĂŠ um sinal de maturidade democrĂĄtica? Sem dĂşvida. É um sinal de maturidade democrĂĄtica, ĂŠ um sinal de uma grande capacidade negocial e de governação de AntĂłnio Costa. Essa maturidade ĂŠ dele e do seu Governo, demonstrando que ĂŠ possĂvel governar eliminando as sequelas. E sĂł nĂŁo elimina sequelas no paĂs quem nĂŁo quer. Quando ouvi hĂĄ poucos dias a entrevista num canal de televisĂŁo generalista do ex-primeiro ministro Dr. Passos Coelho, presidente do PSD, reconhecer que tem havido sinais positivos na economia e do paĂs com a atual governação do Partido SociaOLVWD LVVR VLJQLĂ€FD TXH p XP UHFRQKHFLmento expresso que esta governação tem vindo aos encontros das necessidades de Portugal e dos portugueses. E quando se fala de portugueses nĂŁo se fala sĂł de trabalhadores. Fala-se de trabalhadores, naturalmente, mas fala-se acima de tudo das empresas e da reputação e credibilidade que o paĂs hoje merece das instituiçþes comunitĂĄrias, que elas prĂłprias e outros estados membros, num primeiro momento, QR Ă€QDO GH ODQoDUDP G~YLGDV JUDYHV sobre esta possibilidade de governação em Portugal. Acho que hoje, em termos europeus, hĂĄ um convencimento generalizado de que a “geringonçaâ€? tem sido um caso de sucesso e atĂŠ poderĂĄ ser replicado noutros paĂses.
Quais sĂŁo neste momento os grandes GHVDĂ€RV SDUD R VLQGLFDOLVPR SRUWXguĂŞs? Continuar a saber interpretar as necessidades e as reivindicaçþes dos trabalhadores. Naturalmente que, se elogio o atual governo pela sua sensibilidade social, por ter revertido um conjunto de perdas que se veriĂ€FDUDP QRV ~OWLPRV DQRV GH XPD IRUPD muito profunda pelos trabalhadores da administração pĂşblica, mas tambĂŠm do setor privado, perdas essas impostas por exigĂŞncia da troikae pelo prĂłprio Governo anterior, que se deixou conduzir por medidas polĂticas que foram para alĂŠm da prĂłpria troika, quero dizer que os grandes deVDĂ€RV TXH VH FRORFDP p FRQWLQXDU D UHYHUter essas perdas. Os trabalhadores perderam muito e ainda nĂŁo recuperaram tudo. Hoje estĂŁo em discussĂŁo matĂŠrias, sejam do setor pĂşblico, ou do privado, que implicam muitas negociaçþes em sede de concertação social, mas tambĂŠm ao nĂvel setorial com o prĂłprio Governo. Importa promover o diĂĄlogo social, mas com consequĂŞncias, ou seja, que existam decisĂľes que satisfaçam ambas as partes, e nĂŁo transformar o diĂĄlogo social num faz-de-conta. Essa ĂŠ uma exigĂŞncia da UGT e dos seus sindicatos, mas tambĂŠm do restante movimento sindical, com equilĂbrio e ponderação, porque sĂŁo precisas condiçþes para que as vĂĄrias matĂŠrias em discussĂŁo possam evoluir favoravelmente. Ora, uma das matĂŠrias mais relevantes e delicadas em anĂĄlise ĂŠ a que se prende com a segurança social, as reformas e a nĂŁo penalização das carreiras contributivas mais longas. É que, para alĂŠm da exigĂŞncia social de nĂŁo penalizar os trabalhadores que tenham descontado 40 anos, ou mais, e que completem 60 anos de idade, importa aferir se o Estado, neste caso os cofres da Segurança Social pĂşblica, tĂŞm os necessĂĄrios UHFXUVRV Ă€QDQFHLURV SDUD DVVXPLU HVVDV responsabilidades? Uma coisa ĂŠ a justiça social - e a UGT exigiu no seu congresso “mais justiça social. Outra ĂŠ garantir a sustentabilidade do sistema pĂşblico de segurança social. E aqui chegados, nĂŁo podemos demitir-nos da nossa responsabilidade de tentar compaginar estas duas faces da mesma moeda. Aguardamos que o Governo nos faculte os dados relativos a esta gestĂŁo. Cabe ao Governo informar qual o universo de trabalhadores abrangidos para alcançarem a reforma, qual ĂŠ a penalização que podem levar ou nĂŁo, qual ĂŠ a idade legal da reforma, quais sĂŁo as exigĂŞncias que a Segurança Social, em termos de sustentabilidade presente e futura tem para acomodar os pedidos de reformas antecipadas. Porque isso para nĂłs ĂŠ uma questĂŁo de justiça. Quem trabalha 40 anos,
atĂŠ pode ter trabalhado mais, mas quando falamos nos 40 anos nĂŁo ĂŠ sĂł de serviço, ĂŠ de descontos efetivos para a Segurança Social. HĂĄ quem tenha trabalhado mais, mas desde que tenha 40 anos de descontos achamos que chegou o tempo para se poder dedicar ao Ăşltimo terço da sua vida com a maior dignidade e bem-estar. Mas tambĂŠm cabe ao movimento sindical manter a reivindicação de continuar a reversĂŁo das medidas gravosas dos anos da troika, alterar cirurgicamente algumas regras do cĂłdigo de trabalho que retiraram direitos aos trabalhadores, bloquearam a negociação coletiva, cortaram as indemnizaçþes por despedimento, tiraram dias de fĂŠrias, retiraram para metade o preço do trabalho extraordinĂĄrio. Houve um conjunto de regressĂľes que queremos alterar. E gostarĂamos que fosse o mais rĂĄpido possĂvel. Sou um homem pragmĂĄtico e, em nome da UGT, tenho que dizer que ĂŠ preciso que o Governo informe, quer a administração pĂşblica, quer o setor privado, de quais sĂŁo as regras do jogo, a que ĂŠ que tem condiçþes de responder no imediato e o que ĂŠ que nĂŁo tem. O Governo tem de se comprometer com os sindicatos a um calendĂĄrio de revisĂŁo de vĂĄrias matĂŠrias e desbloqueio de outras. E se for preciso fasear a implementação de medidas, pois que o faça em diĂĄlogo com os sindicatos. Tem de existir essa boa-fĂŠ por parte do Governo. O diĂĄlogo social nĂŁo pode ser um diĂĄlogo de meias palavras, sĂł de meras intençþes. Tem de ser um diĂĄlogo com consequĂŞncias. Que a nossa negociação, seja na educação, na administração pĂşblica, na saĂşde, na justiça, na segurança social, no privado, em qualquer nĂvel setorial, tem de ter consequĂŞncias. As pessoas estĂŁo desiludidas por tantos sacrifĂcios lhes serem impostos, FRP XPD FDUJD Ă€VFDO EUXWDO H QmR YHUHP compensaçþes por esses esforços. O combate Ă precariedade ĂŠ uma necessidade do paĂs, que deve envolver empregadores, sindicatos e Governo. E nesta matĂŠria, cabe tambĂŠm ao Governo dar o exemplo a seguir, como maior empregador do paĂs, com a integração, mesmo que faseada, dos milhares de trabalhadores precĂĄrios que engrossam os quadros de pessoal dos vĂĄrios MinistĂŠrios e organismos do Estado. Trabalhadores precĂĄrios sĂŁo trabalhadores nĂŁo sindicalizados? O facto de um trabalhador ser precĂĄrio, nĂŁo quer dizer que nĂŁo seja sindicalizado. HĂĄ muitos trabalhadores que a partir do momento em que tĂŞm contrato assinado se VLQGLFDOL]DP 1R Ă€QDO GR FRQWUDWR R WUDEDlhador tem duas hipĂłteses: ou consegue a renovação do contrato e mantĂŠm-se sindicalizado, ou rescinde e deixa de ser sindi-
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calizado. Um dos problemas do movimento sindical ĂŠ perceber como ĂŠ que se pode continuar a defender quem deixa de WUDEDOKDU H Ă€FD QXPD VLWXDomR GH GHVHPprego. Um sindicato ĂŠ uma associação de trabalhadores por conta de outrĂŠm: ĂŠ um movimento associativo que diz respeito a quem trabalha e sĂł se sindicaliza quem trabalha por conta de outrem. Estar sindicalizado implica um custo com o pagamento de uma quota. Mas tem benefĂcios, como a negociação coletiva, apoio jurĂdico e outras valĂŞncias que cada sindicato pode dar. SĂł existe um sindicato se existirem trabalhadores que descontem para ele se manter vivo. Para mantermos a associação forte, viva e coesa ĂŠ preciso estarmos inscritos no sindicato, pagar a nossa quota, e percebermos que no dia em que possa existir um litĂgio laboral entre o trabalhador e a empresa, temos uma organização coletiva que nos pode apoiar. O facto ĂŠ que os trabalhadores que estĂŁo sindicalizados tĂŞm uma protecção na adversidade que se sente por aqueles que passam por situao}HV ODERUDLV GLItFHLV $Ă€QDO D XQLmR ID] D força. Prende-se com isso a sua declaração no Congresso dizendo aos empregadores para abrirem as portas aos sindicatos? 4XDQGR ODQFHL QR FRQJUHVVR R GHVDĂ€R SDUD os empregadores abrirem as portas das empresas, inspirei-me numa declaração de um homem extraordinĂĄrio que nos deixou Ă€VLFDPHQWH HP -RmR 3DXOR ,, ÂŤAbram os vossos coraçþes a Deus e a MariaÂť, disse. Eu sou um homem catĂłlico e, muitas vezes, transponho para a minha YLGD SHVVRDO H SURĂ€VVLRQDO RV H[HPSORV GH humanidade, tolerância, concĂłrdia e paz que vou conhecendo. Naquele momento do congresso estava a ler, mas de repente senti que o texto era apelativo e emotivo e‌ aconteceu aquele momento. NĂłs nĂŁo queremos o mal das empresas, mas sim que elas tenham viabilidade econĂłmica, que cresçam e que deem lucro. Mas que repartam a sua riqueza com os trabalhadores que tĂŞm ao seu serviço. Qual o papel do sindicato na sociedade? É o de representar ao mais alto nĂvel um conjunto de interesses e direitos da generalidade dos trabalhadores, seja a nĂvel setorial ou de empresa, seja nacional. A UGT ĂŠ uma confederação, nĂŁo temos sindicalizados inGLYLGXDLV RX VHMD SHVVRDV Ă€OLDGDV 2V QRVVRV Ă€OLDGRV VmR RV VLQGLFDWRV IHGHUDo}HV H uniĂľes distritais e regionais. Mas quando estamos em concertação social representamos todos os trabalhadores, porque das nossas
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decisĂľes resultam normas legais que se aplicam a todos. Na administração pĂşblica ou no setor privado - no comĂŠrcio, na indĂşstria, na agricultura e pescas, transportes e comuQLFDo}HV VHWRU Ă€QDQFHLUR HWF ² FDEH DR GLilogo setorial entre sindicatos e empresas promover o necessĂĄrio espaço de diĂĄlogo e negociação para a obtenção de instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho. Essa ĂŠ a função primordial dos sindicatos. A concertação social estĂĄ colocada ao nĂvel macro, de cĂşpula, abrange tudo e todos no paĂs. É geral. Discute a nĂvel do cĂłdigo de trabalho. O sindicato discute ao nĂvel da empresa, ou ao nĂvel de um setor de forma mais particular. Portanto reforça-se a necessidade de defendermos que o movimento sindical serĂĄ tanto mais forte quantos mais trabalhadores sindicalizados houver. Atravessamos um momento Ă escala global que premiou o excesso de individualismo nas relaçþes de trabalho. Numa linha de produção, um trabalhador pode ser recrutado por uma empresa de outsourcing outro pela prĂłpria empresa e os dois podem ter salĂĄrios diferentes, fazendo o mesmo cada um deles e atĂŠ trabalhando lado a lado. É isso que temos de combater. A contratação coletiva combate a desigualdade. Combate o dumping salarial e social. HĂĄ um princĂpio bĂĄsico do sindicalismo e da vida democrĂĄtica: a trabalho igual, salĂĄrio igual. NĂŁo ĂŠ aceitĂĄvel que um trabalhador contratado por uma empresa de out-
sourcing receba menos que outro colega que faz o mesmo trabalho. Quanto mais fortes os sindicatos forem, mais capacidade de reivindicação tĂŞm para combaterem injustiças e desigualdades. Qual ĂŠ a importância dessa liberdade sindical? A importância de cada organização, de cada pessoa, de cada trabalhador ter a capacidade e o discernimento de decidir se deve, ou nĂŁo deve, ser sindicalizado, se deve ou nĂŁo deve respeitar aquilo que os sindicatos fazem e acima de tudo se deve ou nĂŁo obediĂŞncia a alguĂŠm. Esse ĂŠ o princĂpio da liberdade sindical. NĂŁo temos que ter reservas mentais em relação Ă liberdade, porque quando se fala de liberdade sindical ela ĂŠ perante o Estado e os partiGRV SROtWLFRV RX FRQĂ€VV}HV UHOLJLRVDV $ UGT nĂŁo presta vassalagem a nenhum partido polĂtico. Quando me perguntam se a UGT estĂĄ ligada ao PS e ao PSD eu respondo: NĂŁo estamos. Essa pergunta ĂŠ recorrente. Mas hĂĄ outros atores da vida sindical nacional que dependem ideologicamente e “de factoâ€? de diretrizes emanadas de uma sede partidĂĄria. A sua maneira de ser estĂĄ prĂłxima da atitude polĂtica do Presidente da Republica que esteve no congresso da UGT onde pugnou por convergĂŞn-
cias, consensos e concertaçþes... Tenho elogiado a atitude e a forma como o senhor Presidente da RepĂşblica tem desempenhado o seu mandato. Foi meu professor. Este Presidente decidiu nĂŁo ser apeQDV XPD Ă€JXUD GH UHIHUrQFLD H HVWDELOLGDGH institucional do nosso PaĂs. Entendeu ser seu dever estar perto do povo, demonstrar TXH D Ă€JXUD FRQVWLWXFLRQDO GR 3UHVLGHQWH da RepĂşblica pode permitir aos portugueses fazer as pazes com a classe polĂtica, atravĂŠs dos afectos, da proximidade, do carinho e empatia que vai conseguindo com a sua magistratura. O Presidente Marcelo ĂŠ um de nĂłs. Estimula os afetos, protege, faz sentir que todos sĂŁo importantes. EstĂĄ ao serviço do paĂs, constantemente na estrada, potenciando as convergĂŞncias, estimulando os entendimentos e a criação de pontes. E a sua presença no Congresso da UGT ĂŠ um marco histĂłrico para a democracia sindical do nosso paĂs e para a UGT H VHUYH GH EDUyPHWUR SDUD PHGLU D LQĂ XrQcia e a responsabilidade que a UGT, enquanto parceiro social, tem para Portugal. O que o leva a viver em Campelo, FigueirĂł dos Vinhos? Vivo numa aldeia por opção de vida e amor Ă s minhas raĂzes maternas, que por aqui andam desde hĂĄ sĂŠculos. E tambĂŠm para me retemperar para as lutas que travamos. HĂĄ 43 anos a minha aldeia tinha
muitas casas em pedra. Entretanto evoluiu muito. Aqueles que falam muito de abril e das portas que abril abriu, se calhar nunca YLYHUDP QXPD DOGHLD FRP WDQWDV GLĂ€FXOdades e num mundo rural, nos hoje chamados territĂłrios de baixa densidade, que sĂŁo talvez aqueles que podem expressar PHOKRU R TXH VLJQLĂ€FD R GH DEULO DV OLberdades e a integração europeia nestes 43 anos. Estou em condiçþes de testemunhar, sentir, viver no dia-a-dia a alteração de paradigma. EvoluĂmos muito, na alfabetização, na educação, na saĂşde, na segurança social, na justiça, na vida das pessoas. Eu nĂŁo vivo cĂĄ desde sempre, pois nasci em Lisboa, mas fui baptizado na Igreja de Campelo, casei aqui, vinha cĂĄ sempre de fĂŠrias, conheço as pessoas desde sempre. Acho fundamental a valorização do interior para um desenvolvimento harmonioso de Portugal que nĂŁo pode ser sĂł o litoral e as suas grandes cidades. E o interior nĂŁo se harmoniza? As pessoas de cĂĄ tĂŞm de se ir embora? NĂŁo podem ter direito a serviços fundamentais como correios, justiça e saĂşde? As pessoas daqui nĂŁo pagam impostos como os outros cidadĂŁos? O governo nĂŁo tem de aproveitar os projetos que SHUPLWDP jV SHVVRDV Ă€[DUHP VH DTXL H criarem riqueza promovendo os produtos endĂłgenos? Ter-se capacidade de atração de investimentos, de pessoas para aqui habitarem e de turistas? Ă€s vezes chamaYDP PH SURYLQFLDQR QD -XYHQWXGH 6RFLDOLVWD H HX Ă€FDYD DERUUHFLGR +RMH SDUD PLP isso ĂŠ um orgulho. Portugal sĂł pode ter um verdadeiro desenvolvimento sustentĂĄvel e harmonioso se respeitar a liberdade de cada um viver onde quiser dentro do seu PaĂs e ser feliz. O sindicalismo pode fazer tambĂŠm algo por isso. Se na concertaomR VRFLDO VH GLVFXWH Ă€VFDOLGDGH LQYHVWLPHQWR Ă€[DomR GH HPSUHVDV FULDomR GH HPSUHJR FRPEDWH j GHVHUWLĂ€FDomR GR LQWHrior, natalidade, entre tantas outras matĂŠrias, porque nĂŁo hĂĄ-de ali promover-se uma discriminação positiva ao nĂvel dos impostos para quem vive, investe e trabaOKD QR LQWHULRU GH 3RUWXJDO" -RVp 0DOKRD chamou uma vez a FigueirĂł dos Vinhos “Sintra do Norteâ€?. Pois entĂŁo faça-se jus Ă s belezas naturais que a nossa regiĂŁo tem e promova-se a indĂşstria do turismo, que ĂŠ uma das maiores riquezas de Portugal e que tornam o nosso paĂs um dos melhores destinos do mundo para viajar e conhecer. E se nĂŁo chegarem os postais ilustrados e as fotos atravĂŠs dos novos canais de partiOKD GH LQIRUPDo}HV XWLOL]HP VH DV Ă€JXUDV conhecidas como embaixadores da nossa regiĂŁo. E foi este o caminho que escolhi ao conceder esta entrevista na minha aldeia de Campelo, no concelho de FigueirĂł dos Vinhos.
Embaixada da Holanda em Portugal / Câmara de ComÊrcio Portugal Holanda
Dia Nacional do Reino dos PaĂses Baixos
Embaixada da Holanda em Portugal Embaixador do Reino dos PaĂses Baixos na RepĂşblica Portuguesa, Govert Jan Bijl de Vroe abraça a missĂŁo de representar a Holanda em Portugal.
Govert Bijl de Vroe, Embaixador do Reino dos PaĂses Baixos na RepĂşblica Portuguesa
2V SULPHLURV FRQWDFWRV HQWUH RV 3DtVHV %DLxos e Portugal remontam ao sĂŠculo XII TXDQGR RV FUX]DGRV GD )ODQGUHV H GD )UtVLD LQWHUURPSHUDP D VXD YLDJHP SDUD DX[LOLDU R UHL GH 3RUWXJDO QD UHFRQTXLVWD GH /LVERD DRV 0RXURV 2 FRPpUFLR VHPSUH IRL XP HOHPHQWR LPSRUWDQWH QDV UHODo}HV HQWUH RV GRLV SDtVHV SRU HVWD UD]mR IRL LQVWDODGD XPD IHLWRULD SRUWXJXHVD HP $QWXpUSLD TXH VH HQFDUUHJDYD WDQWR GH LQWHUHVVHV FRPHUFLDLV FRPR GLSORPiWLFRV Atualmente, a Embaixada dos dos PaĂses %DL[RV ORFDOL]DGD HP /LVERD H FRP GHOHJDo}HV HP $OEXIHLUD $oRUHV H 0DGHLUD SULPD SRU SURWHJHU RV LQWHUHVVHV GD +RODQda e dos seus nacionais, inteirar-se das FRQGLo}HV H[LVWHQWHV H GD HYROXomR GRV DFRQWHFLPHQWRV HP 3RUWXJDO 3DUD DOpP GLVVR SURPRYH UHODo}HV DPLVWRVDV H GHVHQYROYH UHODo}HV HFRQyPLFDV FXOWXUDLV H
FLHQWtĂ€FDV HQWUH RV GRLV SDtVHV $ (PEDL[DGD WHP XP 'HSDUWDPHQWR GH &XOWXUD ,PSUHQVD H (GXFDomR TXH VH GHGLFD j SURPRomR GD FXOWXUD H GD OtQJXD QHHUODQGHVDV HP 3RUWXJDO 3UHVWD LQIRUmaçþes gerais sobre os PaĂses Baixos e a VRFLHGDGH QHHUODQGHVD HP iUHDV TXH VH SUHQGHP FRP D FXOWXUD OtQJXD H OLWHUDWXUD HQVLQR WXULVPR GHVSRUWR HQWUH RXWUDV 3URPRYH DV UHODo}HV FXOWXUDLV ELODWHUDLV H D SURMHomR GRV 3DtVHV %DL[RV HP 3RUWXJDO RUJDQL]DQGR H RX DSRLDQGR LQLFLDWLYDV FXOWXUDLV H VRFLDLV HP 3RUWXJDO FRP XPD FODUD FRPSRQHQWH QHHUODQGHVD (VWH 'HSDUWDPHQWR p WDPEpP UHVSRQViYHO SHORV FRQWDFWRV GD (PEDL[DGD com os ĂłrgĂŁos de comunicação social SRUWXJXHVHV H QHHUODQGHVHV Fonte: http://portugal.nlembaixada.org/
KWWS SRUWXJDO QOHPEDL[DGD RUJ ( PDLO OLV#PLQEX]D QO 0RUDGD $Y ,QIDQWH 6DQWR QU ž /LVERD &RQWDFWR
Câmara de ComĂŠrcio Portugal Holanda Presente em Portugal desde 1986, a Câmara de ComĂŠrcio Portugal Holanda desempenha o importante papel de divulgação e promoção comercial nas relaçþes entre os dois paĂses. ApĂłs a abolição dos apoios estatais de Portugal e da Holanda, a Câmara de ComĂŠrcio teve de se adaptar e estabeleceu uma “estreita colaboração com ambas as Embaixadas, bem como com as respetivas agĂŞncias para o Investimento e ComĂŠrcio Externo AICEP e RVO.â€?
Marjon van Dinther, Diretora da Câmara de ComÊrcio Portugal Holanda
Diretora da Câmara de ComĂŠrcio Portugal Holanda desde 1998, Marjon Van Dinther DĂ€UPD TXH IRL ´FRQYLGDGD SDUD JHULU D &kPDUD GH &RPpUFLR QXPD DOWXUD HP TXH RV subsĂdios estatais iriam ser abolidosâ€? e, na DOWXUD IRL QHFHVViULR ´FRQVWUXLU XP PRGHOR GH QHJyFLR VXVWHQWiYHO SDUD HVWD DVVRFLDomR VHP Ă€QV OXFUDWLYRV Âľ &RP XP IXQFLRQDPHQWR VHPHOKDQWH DR GH XPD HPSUHVD HVWD &kPDUD ´DSRLD HPSUHVDV SRUWXJXHVDV H KRODQGHVDV QD VXD H[SDQVmR SDUD
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GHLUD PyYHLV H DJURDOLPHQWDU ¾ 5HDOoD 0DUMRQ 9DQ 'LQWKHU $V HPSUHVDV KRODQGHVDV WrP LQYHVWLGR FDGD YH] PDLV HP 3RUWXJDO QRPHDGDPHQWH QD iUHD GR WXULVPR PDV D GLUHWRUD GR &&3+ DSRQWD H[HPSORV ´QHVWH PRPHQWR HVWi D VHU FRQWHPSODGR XP LQYHVWLPHQWR GH FHUFD GH PLOK}HV GH HXURV SRU SDUWH GH XPD IXQGDomR KRODQGHVD D &DVD $FDdÊmica Amsterdam, numa unidade hoWHOHLUD HP /LVERD FRP PDLV GH TXDUtos, baseado num conceito social em TXH RV TXDUWRV VmR DOXJDGRV D SUHoRV DFHVVtYHLV SDUD HVWXGDQWHV H IRUD GD pSRFD HVFRODU D WXULVWDV ( DSRQWD RXWUR H[HPSOR ´D FRQVWUXomR GH XP KRWHO TXH VHUi XP GRV PDLV OX[XRVRV HP /LVERD R 3DODFHWH Santa Catarina (cujos donos são de origem +RODQGHVD H TXH HVWi SUHVWHV D VHU LQDXJXUDGR ¾ 'HSRLV GH HYLGHQFLDU R WUDEDOKR H RV LQYHVWLPHQWRV UHDOL]DGRV GH SDUWH D SDUWH p KRUD GH FRQYLGDU D FRPXQLGDGH KRODQGHVD SDUD FHOHEUDU R GLD GR UHL R .RQLQJVGDJ ´QHVWH GLD R VHQKRU (PEDL[DGRU DEUH DV SRUWDV GD VXD UHVLGrQFLD D WRGD D FRPXQLGDGH KRODQGHVD UHVLGHQWH HP 3RUWXJDO e XP GLD FRP PXLWR DOHJULD FHUYHMDV H FRU GH /DUDQMD ¾ &RQFOXL 0DUMRQ 9DQ 'LQWKHU diretora da Câmara de ComÊrcio Portugal +RODQGD
Dia Nacional do Reino dos PaÃses Baixos
CRUZIMPEX
Experiência e conhecimento em carnes A carne é um elemento nutricional fundamental na nossa alimentação. Quando a compramos num talho, quando a preparamos e a colocamos à mesa, as nossas preferências e os nossos critérios interrelacionam-se com toda uma cadeia que fez chegar a carne até nós.
Armando da Cruz e Raquel da Cruz, Gestores Cruzimpex
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PORTUGAL: Rua Vasco da Gama, bloco 2E, Loja A, Urbanização dos Plátanos 2200-046 ABRANTES - PORTUGAL ESPANHA: Avenida General Fanjul 2B, planta 2, R¿FLQD 0$'5,' (63$f$
Hoooked
Dia Nacional do Reino dos PaĂses Baixos
No Waste; 100% recycled DIY inspiration No centro da freguesia de Minde, em Alcanena, enquadrada na bela paisagem da Serra d’Aire e Candeeiros, a apenas uma hora de distância do aeroporto de Lisboa, encontra-se a Hoooked, uma prĂłspera empresa holando-portuguesa que proporciona uma sĂŠrie de mais-valias para os habitantes locais. Fundada em 2008 dedicou-se, desde essa data, aos negĂłcios com empresas internacionais tornando-se uma referĂŞncia na ĂĄrea dos excedentes tĂŞxteis. A ideia original da Hoooked surgiu em 2007 quando a fundadora Geesje Mosies se apercebeu que havia imensa matĂŠria tĂŞxtil a ser desperdiçada. A fundadora inspirou-se na arte do artesanato da tapeçaria portuguesa e viu a oportunidade de fundar um sĂłlido negĂłcio de DIY - “faça vocĂŞ mesmoâ€?.
DIY (Do it Your Self) a revolução da reciclagem
Geesje Mosies
Portugal, um destino apetecĂvel
A escolha de Portugal foi fĂĄcil devido Ă proximidade da indĂşstria tĂŞxtil de alta qualidaGH QR QRUWH GR SDtV D IRUQHFHGRUHV Ă€iYHLV H j oportunidade de trabalhar com pessoal de produção valioso dentro da UniĂŁo Europeia. *HHVMH 0RVLHV &(2 GD +RRRNHG IRL DXWRGLGDWD QD DSUHQGL]DJHP GD OtQJXD SRUWXJXHVD o que a ajudou a comunicar com os trabalhadores e fornecedores e a concentrar-se, FDGD YH] PDLV QR VHX GHVHPSHQKR FRPR embaixadora empresarial das regiĂľes de SantarĂŠm e Leiria, trabalho desenvolvido para a Câmara do ComĂŠrcio de Portugal e dos PaĂses Baixos (CCPH): “Quando comeoDPRV D WUDEDOKDU HP 3RUWXJDO D FULVH Ă€nanceira tinha acabado de chegar Ă Europa, mais e mais fĂĄbricas estavam a fechar, causando enormes problemas sociais nesta reJLmR )HOL]PHQWH KRMH YHMR XPD QRYD H YLEUDQWH DWLYLGDGH FRPHUFLDO QD ]RQD PDV precisamos de mais investimento fora dos principais centros de /LVERD H 3RUWR 0LQGH QD UHgiĂŁo de Alcanena, estĂĄ muiWR EHP ORFDOL]DGD H HVSHUR que mais empresas nos acompanhem de forma a podermos proporcionar rendiPHQWRV VyOLGRV SDUD DV IDPtOLDV desta regiĂŁo.â€?
$ +RRRNHG ID] D UHFLFODJHP GH Ă€RV GH WULcĂ´, como “Zpagettiâ€?, “Ribbonxlâ€? e “Ecobarbanteâ€? atravĂŠs dos quais desenvolve padrĂľes de malha e crochĂŠ, livros e kits de bricolage. Todos os produtos sĂŁo baseados QR VORJDQ ´4XDOTXHU SHVVRD p FDSD] GH WULFRWDU RX GH ID]HU FURFKp FRP D +RRRNHGÂľ As criaçþes DIY sĂŁo modernas e fĂĄceis de seguir, o seu foco sĂŁo as mulheres jovens TXH TXHUHP DSUHQGHU D WULFRWDU RX D ID]HU crochĂŠ. Em 2009, a Hoooked publicou seu primeiro livro “Get Hoooked, crochet with Zpagettiâ€?. Este livro tornou-se, instantaneamente, num bestseller internacional e Mi IRL WUDGX]LGR HP VHLV OtQJXDV $V HGLo}HV seguintes foram muito bem-sucedidas por isso continuam a lançar livros sobre crochĂŠ e tricĂ´ com novos padrĂľes e sugestĂľes como explica Geesje “os excedentes tĂŞxWHLV VmR D PDWpULD SULPD SDUD WRGRV RV Ă€RV Eles sĂŁo selecionados, processados e embalados no Centro de Reciclagem de TĂŞxWHLV GD +RRRNHG HP 0LQGH 3RU WHU XP FHQWUR GH SURGXomR SUySULR D +RRRNHG controla os padrĂľes de produção, qualidade tĂŞxtil e de condiçþes de trabalho. A Hoooked atualmente distribui seus produtos no mundo, ĂŠ representado por mais de 250 clientes na distribuição, tem clientes grossistas em mais de 50 paĂses e emprega cerca de 80 pessoas em Portugal. Para alĂŠm destes canais de distribuição “um terço das vendas da Hoooked estĂĄ concentrado online (tanto para consumiGRUHV Ă€QDLV FRPR SDUD SHTXHQRV HPSUHViULRV 2OKDQGR SDUD R SDVVDGR D JHVWRUD recorda “tem sido tudo muito emocionante. Nos primeiros anos nĂŁo tĂnhamos horĂĄrio de entrada e saĂda, o que interessava era garantir que as
encomendas saĂssem a tempo para os clientes. A minha famĂlia, nos PaĂses Baixos, ajudou-me a embalar os cartĂľes para FOLHQWHV RQOLQH H JURVVLVWDV 7RGRV Ă€]HPRV turnos duplos.â€?
A evolução da start up para um negócio sólido
Em 2010 a Hoooked tinha conquistado a VXD SRVLomR GH VROLGH] QRV SDtVHV QyUGLFRV Na temporada 2012/13 a empresa enfrentou uma crise devido Ă s longas greves no porto de Lisboa que atrasaram a importação e exportação dos nossos produtos e os nossos parceiros em Portugal nĂŁo conseguiram acompanhar o crescimento dentro do tempo necessĂĄrio, por isso decidimos terminar a colaboração por acordo mĂştuo: ´1yV WLYHPRV TXH FRPHoDU SUDWLFDPHQWH GR ]HUR 2 PHX SDUFHLUR $QWyQLR 0DWRV Fernandes, mudou-se para Portugal com o intuito de implementar um processo de SURGXomR FRPSOHWDPHQWH QRYR )HOL]PHQWH IRPRV FDSD]HV GH DVVXPLU D PDLRULD GRV trabalhadores de produção em 2013 e foram eles que nos ajudaram neste novo começo.â€? Um dos pontos fundamentais para ultrapassar esta fase foi “a ajuda dos fornecedores portugueses e da excelente equipa TXH WHPRV Âľ 5HIRUoD D &(2 GD +RRRNHG Atualmente a empresa estĂĄ em excelente IRUPD ´1yV PLVWXUDPRV R SODQHDPHQWR H R instinto comercial holandĂŞs com o serviço e a produção de qualidade portuguĂŞs. Esta PLVWXUD p XP GH QRVVRV SRQWRV IRUWHV 2 foco principal da minha empresa ĂŠ a de exSORUDU iUHDV JHRJUiĂ€FDV PDLRUHV SDUD YHQder a nossa linha de produtos, o que exigiria um crescimento da capacidade de produção e da necessidade de “excedentes tĂŞxteisÂť de origem nacional. Por isso, se alguma das empresas tĂŞxteis portuguesas lerem este artigo e quiserem saber mais, convido-as a chamar-nos para conversar “, acrescenta Geesje com um sorriso.
Dia Nacional do Reino dos PaĂses Baixos
ProWinko
Creating Landmark Retail Spaces A criação de espaços comerciais de referência Ê a missão assumida pela ProWinko. Instalada em Portugal desde 2015 assume-se como uma das mais fortes imobiliårias a trabalhar em Portugal. De origem Holandesa estå presente nos mercados da Benelux e aposta no imobiliårio prime do mercado nacional.
Presente no setor imobiliĂĄrio desde 1990 a ProWinko decide investir em Portugal em 2015. O que atraiu a empresa a fazer esta aposta no mercado nacional? HĂĄ muito tempo que gostamos de Portugal. O Director Geral e Parceiro da ProWinko, Philip van Perlstein, tem uma forte ligação com Portugal, uma vez que a esposa e uma tia sĂŁo portuguesas. Em 2011 pensĂĄmos que era o momento certo para começar a investir, RX VHMD TXDQGR Ă€]HPRV D QRVVD SULmeira compra em Lisboa. Na ĂŠpoca a economia nĂŁo era tĂŁo boa, nem o turismo tinha a mesma representatividade que tem nos dias atuais. 2 SRUWRIyOLR GD 3UR:LQNR FRQĂ€QD-se Ă compra e venda de espaços comerciais de alta qualidade ou estĂĄ aberto a outras transaçþes? A ProWinko estĂĄ principalmente interessada nos locais Prime Retail em Lisboa e no Porto. Procuramos imĂłveis nos melhores edifĂcios aliados a uma excelente localização. Estamos tambĂŠm interessados em apartamentos para arrendamento dentro deste mercado, bem como de hotĂŠis para investimentos a longo prazo. Temos como objetivo fazer crescer substancialmente a nossa carteira nos prĂłximos 5 anos. Esperamos que os processos burocrĂĄticos nĂŁo sejam demasiado demorados, isso nĂŁo ĂŠ positivo para a economia nacional nem para os inquilinos.
Foram efetuados vĂĄrios investimentos no mercado imobiliĂĄrio nacional. Quais sĂŁo os que realça? As lojas “Kikoâ€? e a futura loja do “Sporting Clube de Portugalâ€? estĂŁo localizadas no melhor enquadramento da Rua Augusta com a Rua Santa Justa, bem como os edifĂcios do “Burger Kingâ€? e da “MultiOpticasâ€? na Rua do Carmo, no antigo edifĂcio da “Lanidorâ€? na Rua Garrett e a “Emporio Armaniâ€? na esquina da Avenida Liberdade. Em breve iniciaremos as obras de renovação de dois PalĂĄcios junto ao Hotel Tivoli Liberdade.
O mercado imobiliĂĄrio teve as suas quebras no passado, hoje isso jĂĄ nĂŁo se nota e acreditamos que continuarĂĄ a evoluir favoravelmente.
A ProWinko estĂĄ representada em quantos paĂses? Pretendem continuar a expandir-se a nĂvel internacional? Estamos actualmente ativos na Benelux (BĂŠlgica, Noruega e Luxemburgo), Portugal, SuĂça e CanadĂĄ e estamos a estudar mais um ou dois paĂses. Apesar de estarmos representados nestes paĂses continuamos atentos ao mercado imobiliĂĄrio Ă escala global por isso, ser um edifĂcio, a localização e as circunstâncias nos convierem investiremos espontaneamente em novos paĂses.
– 2005 ICSC Re-Store PrĂŠmio de Melhor Requalificação Europeia para “De Klanderij Shoppingâ€? (concluĂdo em 2003);
É público que o mercado imobiliårio sofreu uma forte quebra de transaçþes. O investimento da ProWinko em Portugal Ê um sinal de que o setor estå a recuperar?
Foram galardoados com um prÊmio recentemente, o MIPIM 2016. A sua reação a este reconhecimento. Sentimo-nos honrados por ter recebido este prÊmio juntamente com alguns outros nos últimos anos. Indico alguns por ordem cronológica:
– 2012 NRW PrĂŠmio Anual de Melhor Projeto “MarkthofHoofddorpâ€?; – 2013 PrĂŠmio Arquitetura Amstelveen para os nossos escritĂłrio “Bella Donnaâ€? em Amstelveen; – 2016 O Conselho LuxemburguĂŞs de Centros Comerciais concedeu-nos “Le Toison d’Orâ€? como Vencedor do Shopping Awards 2016 na categoria “High street Projectsâ€?.
Jorge Gomes, Secretário de Estado da Administração Interna
“A Operação Fátima incorpora diversas ações em dois campos distintos: socorro (safety) e segurança (security).”
Abril 2017 | Edição Nº104
Este suplemento comercial faz parte integrante do Jornal de Notícias e do Diário de Notícias de 24 de abril de 2017 e não pode ser vendido separadamente
Visita do Papa/ Segurança Nacional
MAI – MinistÊrio da Administração Interna
Segurança ao mais alto nĂvel O Papa Francisco visitarĂĄ Portugal, pela primeira vez, nos dias 12 e 13 de maio, por ocasiĂŁo do CentenĂĄrio das Apariçþes do SantuĂĄrio de FĂĄtima. Apesar de ser uma visitarelâmpago, de apenas 24 horas, a segurança do Sumo PontĂfice e dos peregrinos ĂŠ uma prioridade para as autoridades nacionais.
Jorge Gomes, Secretårio de Estado da Administração Interna
Quais foram as principais preocupaçþes no âmbito da preparação da Operação Fåtima? A Operação Fåtima Ê uma ação transversal a vårias åreas do Governo. A coordenação global depende do Senhor Ministro Adjunto e a operação de segurança Ê coordenada pela Senhora Secretåria Geral do Sistema de Segurança Interna. Esta Operação incorpora diversas açþes em dois campos distintos: socorro (safety) e segurança (security). A componente da segurança Ê, sobretudo, da responsabilidade da Guarda Nacional Republicana (GNR), enquanto a componente da proteção e socorro Ê coordenada pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) e conta com a participação de diversos agentes de proteção civil. Estas duas grandes operaçþes foram objeto de um planeamento muito cuidado e
estĂŁo perfeitamente articuladas, de modo a garantir a minimização dos riscos e as melhores condiçþes de segurança para todos os cidadĂŁos portugueses e estrangeiros que visitem FĂĄtima, por ocasiĂŁo das comemoraçþes do centenĂĄrio das Apariçþes e da visita do Papa Francisco. Relativamente aos recursos tecnolĂłgicos empregues na operação de segurança, o que distingue este evento dos anteriores? Neste âmbito, destacaria a integração dos trĂŞs sistemas de videovigilância existentes em FĂĄtima (o da GNR, o do MunicĂpio de OurĂŠm e o do SantuĂĄrio) numa plataforma Ăşnica, integrada numa rede de comunicaçþes segura, com sistemas de inteligĂŞncia associados que, por questĂľes de segurança, nĂŁo irei detalhar.
No que diz respeito à proteção civil, o Posto de Comando dispþe de recursos tecnoOyJLFRV GLYHUVLÀFDGRV GH PRGR D DVVHJXrar as comunicaçþes de voz e de dados, bem como a gestão da informação dos diferentes agentes de proteção e socorro. Não houve propriamente necessidade de criação de novos sistemas. Os existentes foram reforçados e desenvolvidos para estarem aptos a suportar a exigência decorrente da elevada concentração de pessoas, com os inerentes acrÊscimos QRV à X[RV GH FRPXQLFDomR H LQIRUPDomR Onde poderão os interessados obter informação útil para uma peregrinação segura atÊ Fåtima? Os diversos agentes envolvidos, desde a Câmara Municipal de OurÊm aos Serviços da Administração Interna, dispþem de sistemas de informação aos cidadãos. A ANPC lançou uma pågina eletrónica
com informação pĂşblica relevante sobre os percursos, bem como sobre os serviços e meios disponĂveis em FĂĄtima. A ANSR promoverĂĄ uma campanha de sensibilização no âmbito da segurança rodoviĂĄria, com conselhos Ăşteis para peĂľes e automobilistas. A GNR realizarĂĄ sessĂľes de esclarecimento para os residentes e serviços locais, de modo a que estejam preparados para algumas limitaçþes nas rotinas do quotidiano. Por outro lado, os ĂłrgĂŁos de comunicação social serĂŁo um preciso auxĂlio na divulgação de informação relevante aos peregrinos e Ă população em geral. Como serĂŁo asseguradas as comunicaçþes entre as diferentes entidades envolvidas? A maior parte dos elementos irĂŁo utilizar a rede SIRESP.
MAI – MinistÊrio da Administração Interna
Visita do Papa/ Segurança Nacional
PROGRAMA OFICIAL DETALHADO DA VISITA DO PAPA FRANCISCO A PORTUGAL Sexta-feira, 12 de Maio de 2017
O SIRESP corresponde ao sistema de comunicaçþes de Segurança e EmergĂŞncia de Portugal, permitindo a transmissĂŁo de voz e de dados, dentro de uma mesma entidade, mas tambĂŠm entre diversas entidades utilizadoras, atravĂŠs de grupos de conversação, com simplicidade e HĂ€FiFLD e XPD UHGH VHJXUD H TXH JDUDQWH a inviolabilidade das comunicaçþes. Diversas entidades utilizadoras da rede utilizam a aplicação SIRESP GL que garante a geolocalização permanente dos meios humanos e materiais. No âmbito desta rede foi duplicada a capacidade da Estação Base de FĂĄtima e serĂĄ instalado um sistema de redundância a utilizar numa eventual situação de contingĂŞncia. Que medidas especiais serĂŁo tomadas para mitigar os constrangimentos tĂpicos de eventos desta envergadura no que diz respeito ao trânsito? A gestĂŁo do trânsito serĂĄ uma responsabilidade da GNR, que contarĂĄ com os seus meios prĂłprios, altamente especializados, e com o apoio do municĂpio na criação de bolsas de estacionamento para 18 mil viaturas. A grande inovação nesta ĂĄrea serĂĄ a utilização de um helicĂłptero equipado com uma câmara, que permitirĂĄ o envio permanente de imagens para o Posto de CoPDQGR TXHU GRV Ă X[RV QD UHGH URGRYLiria de acesso a FĂĄtima, quer da circulação e estacionamento na prĂłpria cidade e ĂĄreas envolventes. O empenhamento deste tipo de meio garante um controlo abrangente, a tomada de decisĂŁo oportuna, bem como a marca-
ção das coordenadas de um determinado ponto, a detecção de viaturas que circulem com velocidade ou comportamentos anormais e o acompanhamento automĂĄtico de veĂculos prioritĂĄrios ou suspeitos. No sentido de prevenir a ocorrĂŞncia de crimes associados a grandes concentraçþes de pessoas, quais sĂŁo as principais intervençþes previstas? AlĂŠm do forte dispositivo, serĂŁo empenhados militares na recolha de informação e prevenção criminal. Por outro lado, serĂŁo implementados planos de contingĂŞncia em diversas ĂĄreas, com estratĂŠgias de atuação e empenhamento de meios criteriosamente planeados e testados. A GNR disporĂĄ tambĂŠm de meios aĂŠreos de monitorização e de intervenção tĂĄtica em caso de necessidade. Quais sĂŁo as entidades pĂşblicas e privadas envolvidas nas operaçþes de segurança e de proteção civil? Para alĂŠm das Forças e Serviços de Segurança e Proteção Civil do MinistĂŠrio da Administração Interna, participam o MunicĂpio de OurĂŠm – que nĂŁo poupou esforços para a garantia das melhores condiçþes estruturais –, os Corpos de Bombeiros, as Forças Armadas, a PolĂcia JudiciĂĄria, o Sistema de Informaçþes de Segurança, o INEM, os hospitais e vĂĄrios serviços do MinistĂŠrio da SaĂşde, a FĂĄbrica do SantuĂĄrio de Nossa Senhora do RosĂĄrio de FĂĄtima, a Cruz Vermelha, o Corpo Nacional de Escutas, outros agentes de proteção civil, a ANACOM, todos os operadores de telecomunicaçþes, o IMT e as concessionĂĄrias rodoviĂĄrias.
14:00 – Partida do Aeroporto de Roma/Fiumicino para Monte Real 16:20 – Chegada Ă Base AĂŠrea de Monte Real, e CerimĂłnia de Boas–Vindas 16:35 – Encontro privado com o Presidente da RepĂşblica na Base AĂŠrea de Monte Real 16:55 – Visita Ă Capela da Base AĂŠrea 17:15 – Deslocação em helicĂłptero para o EstĂĄdio de FĂĄtima 17:35 – Chegada ao EstĂĄdio de FĂĄtima e deslocação para o SantuĂĄrio em viatura aberta 18:15 – Visita Ă Capelinha das Apariçþes – Oração do Santo Padre 21:30 – Benção das Velas na Capelinha das Apariçþes – Saudação do Santo Padre e Recitação do RosĂĄrio SĂĄbado, 13 de Maio de 2017 09:10 – Encontro com o Primeiro–Ministro 09:40 – Visita Ă BasĂlica de Nossa Senhora do RosĂĄrio de FĂĄtima 10:00 – Santa Missa no Recinto do SantuĂĄrio presidida pelo Papa – Homilia do Santo Padre e Saudação do Santo Padre aos doentes 12:30 – Almoço com os Bispos de Portugal na Casa “NÂŞ Sr.ÂŞ do Carmoâ€? 14:45 – CerimĂłnia de Despedida na Base AĂŠrea de Monte Real 15:00 – Partida de aviĂŁo da Base AĂŠrea de Monte Real para Roma 19:05 – Chegada ao Aeroporto de Roma/Ciampino
CONTACTOS EMERGĂŠNCIA NĂşmero Nacional de EmergĂŞncia | 112 Bombeiros VoluntĂĄrios OurĂŠm | 249 540 500 | geral@bvourem.pt Bombeiros VoluntĂĄrios FĂĄtima | 249 531 200 | geral@bvfatima.pt Bombeiros VoluntĂĄrios Caxarias | 249 574 415 | secretaria@bombeiroscaxarias.pt PSP - PolĂcia de Segurança PĂşblica | 249 540 440 | ourem.santarem@psp.pt GNR - Guarda Nacional Republicana (OurĂŠm) | 249 540 310 | ct.str.dtmr.pour@gnr.pt GNR - Guarda Nacional Republicana (FĂĄtima) | 249 530 580 | ct.str.dtmr.pftm@gnr.pt Centro de SaĂşde OurĂŠm | 249 540 630 | ucsp.ourem@arslvt.min-saude.pt Centro de SaĂşde FĂĄtima | 249 531 836 | csfat@csfatima.srssantarem.min-saude.pt Centro Hospitalar de Leiria| 244817000| sec.urgenciageral@chleiria.min-saude.pt
No dia 13 de Maio, no âmbito do centenário das aparições, o Santuário de Nossa Senhora de Fátima recebe a visita do Papa Francisco. A pé ou de carro, aguarda-se mais de um milhão de pessoas. Seja cumpridor das regras do Código da Estrada.
RECOMENDAÇÕES PEREGRINOS • Ande na berma ou no passeio e não na estrada. • Caminhe em sentido contrário DR WUkQVLWR H HP ÀOD indiana. • Use roupas claras e coletes ou materiais UHWURUUHÁHWRUHV • À noite, o primeiro da ÀOD GHYH OHYDU XPD OX] branca e o último uma OX] YHUPHOKD • Evite o uso de telemóvel e de auscultadores durante o caminho. • Tenha sempre atenção aos veículos, mesmo quando vai em oração.
CONSELHOS PARA O CONDUTOR • Durante este período esteja atento aos peregrinos e modere a velocidade. • Lembre-se que irá encontrar peões em locais onde habitualmente não circulam. • Faça uma condução preventiva. Esteja atento e antecipe possíveis perigos. Qualquer distração pode ser fatal. • Seja tolerante e partilhe a mensagem.
A PÉ OU DE CARRO, VÁ COM MUITO CUIDADO.
Rede de Judiarias de Portugal
Exposição “Heranças e VivĂŞncias Judaicas em Portugalâ€?
RĂŠplica da Exposição “Heranças e VivĂŞncias Judaicas em Portugalâ€? inaugurada em Oslo Uma comitiva da Rede de Judiarias de Portugal, liderada pelo Presidente da Rede, Dr. AntĂłnio Pinto Dias Rocha (Presidente do MunicĂpio de Belmonte), deslocouse a Oslo - Noruega para, no âmbito do Projeto ROTAS DE SEFARAD Valorização da Identidade Judaica Portuguesa no DiĂĄlogo Interculturas, dar a conhecer e promover a redescoberta da realidade cultural, histĂłrica e social. Desta comitiva fizeram parte alguns dos MunicĂpios, nomeadamente: Almeida, Alenquer, Belmonte, Bragança, Castelo de Vide, Leiria, Penamacor, Sabugal, Torres Vedras, Trancoso e Vila Nova de Paiva.
AntĂłnio Dias Rocha, presidente da Rede de Judiarias de Portugal, Senhora Embaixadora de Portugal na Noruega Clara Nunes dos Santos e Marco Baptista agente dinamizador da Rede de Judiarias de Portugal.
Neste contexto, foi inaugurada, em Oslo no HL-Senteret, uma rĂŠplica da Exposição “Heranças e VivĂŞncias Judaicas em Portugalâ€?, a qual contou com a presença da Se-
A Rede de Judiarias de Portugal conta jĂĄ com 37 MunicĂpios associados: Alenquer, Almeida, Belmonte, Bragança, Castelo Branco, Cascais, Castelo de Vide, CovilhĂŁ, Elvas, Évora, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Freixo Espada Ă Cinta, FundĂŁo, Gouveia, Guarda, Idanha - A - Nova, Lamego, Leiria, Lisboa, Manteigas, MĂŞda, Moimenta da Beira, Penamacor, Penedono, Pinhel, Porto, Reguengos de Monsaraz, SĂŁo JoĂŁo da Pesqueira, Sabugal, Seia, Tomar, Torre de Moncorvo, Torres Vedras, Trancoso, Vila Nova Foz CĂ´a, Vila Nova de Paiva.
nhora Embaixadora de Portugal na Noruega Clara Nunes dos Santos. Os Fadistas 1XQR GD &kPDUD 3HUHLUD H $QD 6RĂ€D DEULOKDQWDUDP D FHULPyQLD TXH Ă€QGRX FRP uma degustação de produtos kosher portugueses. Esta iniciativa teve por base o tĂŠrmino do PROJETO ROTAS DE SEFARAD, fiExposição “Heranças e VivĂŞncias Judaicas em Portugalâ€?
nanciado pelo EEAGrants, no âmbito das relaçþes bilaterais entre Portugal e a Noruega. A Rede de Judiarias de Portugal pretende conjugar a valorização histĂłrica e patrimonial com a promoção turĂstica, ação que ajudarĂĄ igualmente a descobrir uma forte componente da identidade portuguesa. O contributo dos judeus portugueses para a histĂłria do mundo foi enorme; desde a ciĂŞncia nĂĄutica que hĂĄ mais de 500 anos deu ao paĂs um avanço decisivo para o inĂcio da globalização, Ă evolução da economia mundial e da medicina, muitos foram os sectores em que o papel dos sefarditas nacionais se tornou preponderante. Portugal liderou internacionalmente o processo de globalização, foi o primeiro paĂs que contribuiu para o diĂĄlogo entre culturas em todos os continentes. A Rede de Judiarias de Portugal tem agora uma estratĂŠgia de levantamento, reabilitação, organização e disponibilização. A ação da missĂŁo prevista na Rede de Judiarias ĂŠ precisamente a reabilitação de peças que neste âmbito irĂŁo refazer o “puzzleâ€? dessa realidade. Neste sentido, estĂŁo em forte colaboração para a construção de uma base histĂłrica cultural documentada os 37 MunicĂpios associados da Rede. A missĂŁo, de todos, ĂŠ organizar o passado para o oferecer ao futuro; disponibilizando- o ao povo portuguĂŞs, ao povo judeu internacional e Ă sociedade internacional no geral.
“727 anos de existência conferem a solidez necessária para nos projectarmos no futuro...”
Luís Menezes, Vice-Reitor para o Turismo da U. C. Abril 2017 | Edição Nº104
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Turismo Cultural
Universidade de Coimbra
Uma volta ao mundo sem sair de Coimbra Com mais de sete sĂŠculos de existĂŞncia, a Universidade de Coimbra, a mais antiga de Portugal e uma das mais antigas do mundo, conta com um patrimĂłnio material e imaterial Ăşnico, peça fundamental na histĂłria da cultura cientĂfica europeia e mundial. Aqui se conta, de forma viva, a HistĂłria de Portugal, com raĂzes em D. Afonso Henriques e marcos que chegam ao Estado Novo. Espaços como o antigo ColĂŠgio de Jesus, que hoje contempla uma galeria aberta ao pĂşblico que combina HistĂłria Natural, Mineralogia, Botânica e Antropologia, com peças Ăşnicas no mundo, o Jardim Botânico, a Biblioteca Joanina, o PalĂĄcio Real, a Torre da Universidade, a Capela de SĂŁo Miguel, entre outros, fazem deste PatrimĂłnio da Humanidade da UNESCO uma visita obrigatĂłria. HĂĄ quatro anos, nasceu no seio da Universidade de Coimbra um projecto que resulta hoje na SURĂ€VVLRQDOL]DomR GR WXULVPR H QD TXDOLĂ€FDção de toda esta oferta monumental. Passados quatro anos, a aposta no turismo alcanoRX Mi UHVXOWDGRV TXH GLJQLĂ€FDP D RIHUWD Dos 230 mil turistas que visitavam a UC em 2013, este trabalho permitiu que, no ano passado fosse duplicado o nĂşmero de visitantes, projectando-se para 2017 um novo recorde TXH UHSUHVHQWD XPD UHFHLWD ~QLFD IRQWH GH Ă€QDQFLDPHQWR TXH SHUPLWH UHTXDOLĂ€FDU WRGRV estes espaços e partilhĂĄ-los com o pĂşblico. /XtV 0HQH]HV 9LFH 5HLWRU SDUD R 7XULVPR GD Universidade de Coimbra, foi o nosso guia numa vista Ă UC e abre-nos as portas a este caso de estudo‌ Partindo deste mote, a celebração do ž DQLYHUViULR GD 8QLYHUVLGDGH GH &RLPEUD FRPR p JHULU HVWH ELQyPLR TXH alia uma tradição de excelĂŞncia que resulta no reconhecimento internacional e uma era moderna marcada pela aposta QR WXULVPR HQTXDQWR SyOR GH GHVHQYRO-
LuĂs Menezes, Vice-Reitor para o Turismo da Universidade de Coimbra
vimento territorial? 727 anos de existĂŞncia conferem a solidez necessĂĄria para nos projectarmos no futuro‌ NĂŁo somos propriamente um espaço criado ontem e que estĂĄ a tentar criar espaço para o futuro‌ É esta solidez histĂłrica que temos que nos garante que somos de facto uma universidade moderna, que explora o futuro em todas as suas vertentes, desde o ensino e a LQYHVWLJDomR HP WRGDV DV iUHDV FLHQWtĂ€FDV com provas dadas em sectores em que somos lĂderes a nĂvel mundial. E isso tem a ver com uma consolidação permanente. Ou seja, uma universidade que dura 727 anos soube claramente renovar-se e manter-se activa e moderna em cada ĂŠpoca da sua histĂłria, o que QRV Gi JDUDQWLDV Ă€UPHV GH SURMHFomR SDUD mais 727 anos‌
com o espaço muçulmano‌ Esta foi a Ăşnica universidade em Portugal e, em simultâneo, a Ăşnica de lĂngua portuguesa, atĂŠ Ă implantação da RepĂşblica‌ Tudo isto torna a Universidade de Coimbra um marco e uma marca de renome mundial e levanta tambĂŠm a nossa responsabilidade nesse sector do turismo e, por isso, sentimos a obrigação de colocar este espĂłlio de sete sĂŠculos Ă disposição de quem nos visita. Somos tambĂŠm uma das trĂŞs universidades laureadas pela UNESCO como PatrimĂłnio Imaterial da Humanidade, o que resulta tambĂŠm num factor de atracção. A receita que o turismo nos dĂĄ permite QRV WHU XPD EDVH GH Ă€QDQFLDPHQWR VyOLGD ² H ĂŠ a Ăşnica - para a reabilitação de todos estes espaços e para a manutenção desta histĂłria viva.
E como surge entĂŁo a aposta no turismo? O turismo surge naturalmente com a nossa histĂłria. Na Europa, contamos cerca de duas dezenas de universidades com alguns sĂŠculos de existĂŞncia mas nem todas tĂŞm este aproveitamento turĂstico revelado pela Universidade de Coimbra que, alĂŠm dos sete sĂŠculos de histĂłria, tem a base da nacionalidade. O local onde decorre esta entrevista foi o PalĂĄcio Real de toda a Primeira Dinastia‌ O primeiro rei de Portugal, D. Afono Henriques, vem viver para este local cerca de dez anos antes da Declaração da IndependĂŞncia do paĂs, que tinha o Mondego como fronteira
Se ĂŠ verdade que o conhecimento nĂŁo conhece fronteiras, neste caso, serĂĄ legĂWLPR DĂ€UPDU TXH R SDWULPyQLR GD 8& DEUH IURQWHLUDVÂŤ 4XDO p R SHUĂ€O GR WXrista que vos visita? O turismo na UC ĂŠ essencialmente cultural. As pessoas nĂŁo vĂŞm unicamente ver o patrimĂłnio material mas igualmente a histĂłria e a envolvente. Repare que nĂŁo foi apenas Portugal que se tornou aqui independente‌ O Brasil, enquanto paĂs, foi pensado e preparado aqui, com estudantes que aqui se organizaram. Muito por força do autoritarismo de MarquĂŞs de Pombal, que mantinha apenas uma universidade aberta em todo o impĂŠrio
portuguĂŞs, com o intuito de controlar o pensamento, o que acabou por originar que a elite brasileira que vinha estudar para Coimbra e que era una, se tenha organizado. Basicamente, ĂŠ essa força cultural que faz com que as pessoas nos visitem e, por isso, a UC ĂŠ quase uma vista obrigatĂłria para o turista brasileiro que vem Ă Europa. Posso recordar um historiador brasileiro que dizia que, nos primeiros sĂŠculos de existĂŞncia do Brasil, os senadores eram chamados de coimbrĂľes. Porque a maior parte tinha estudado em Coimbra. Esse aproveitamento ĂŠ claro e, actualmente, cerca de 10 por cento dos nossos visitantes sĂŁo brasileiros. No entanto, o nosso mercado ĂŠ global e, como tal, temos muitos visitantes de todos os cantos do mundo, com destaque para os europeus que procuram o turismo cultural. Assim sendo, os franceses sĂŁo os que mais nos visitam. E o que podem esses visitantes encontrar? Muita coisa! Uma visita Ă UC nĂŁo se esgota numa hora‌ É uma visita Ă HistĂłria de Portugal‌ Estamos a organizar um curso subordinado a um olhar sobre Portugal, na ĂĄrea do turismo e constatamos que nesse olhar, desde a histĂłria, atĂŠ Ă cerâmica, passando pela ourivesaria e muitos outros domĂnios, tudo se encontra aqui. Em suma, podemos projectar um olhar sobre Portugal sem sairmos de Coimbra, o que representa bem a dimensĂŁo deste espaço. Quanto a espaços visitĂĄveis, elenco desde logo o PalĂĄcio Real. Grandes acontecimentos da nossa histĂłria passaram-se neste pĂĄtio e talvez o mais emblemĂĄtico seja a aclamação de D. JoĂŁo I, em 1385, na antiga Sala do Trono. Dentro deste PalĂĄcio Real, temos uma parte visitĂĄvel, constituĂda pela Sala dos Actos Grandes da UC, onde podemos ver todos os reis de Portugal, desde D. Afonso Henriques atĂŠ D. Manuel II, Ă excepção da terceira diQDVWLD D Ă€OLSLQD 'HSRLV WHPRV DFHVVR j Sala de Exame Privado, onde se realizavam RV H[DPHV Ă€QDLV GR VpFXOR ;9, D ;,; H onde estĂŁo expostos os 38 primeiros ReitoUHV GD 8& GR VpF ;9, DR 6pF ;9,,, +i DLQda uma visĂŁo parcial da Sala Amarela, a que se junta a Sala das Armas. Descendo o PalĂĄcio Real, temos a Capela de SĂŁo Miguel, de estilo predominantemente Manuelino e que foi sendo alargada ao longo dos sĂŠculos, R TXH SHUPLWH LGHQWLĂ€FDU YiULDV IDVHV GD DUquitectura. Trata-se de uma capela lindĂssima, que acabou de ser restaurada, dotada de um dos maiores ĂłrgĂŁos de tubos da PenĂnsuOD ,EpULFD PDQGDGR LQVWDODU SRU ' -RmR 9 Outro espaço fenomenal ĂŠ a Torre da UniverVLGDGH XPD HVSpFLH GH GHĂ€QLomR GD 8& H GD prĂłpria cidade de Coimbra, um lugar simbĂłlico. Uma subida Ă Torre resulta numa experiĂŞncia Ăşnica: ĂŠ o ponto mais alto da cidade,
Universidade de Coimbra de onde temos uma visĂŁo de 360 graus da mesma. Depois, temos a jĂłia da coroa, a Biblioteca Joanina, cujo edifĂcio contĂŠm vĂĄrios espaços de visita. Começando pela cave, uma prisĂŁo acadĂŠmica medieval utilizada para as elites da altura; depois, temos um piso intermĂŠdio, onde viviam os biblioteFiULRV QR VpFXOR ;9,,, H ;,; +RMH p WDPbĂŠm um espaço de reserva, onde se reali]DP H[SRVLo}HV WHPSRUiULDV Ă€QDOPHQWH R piso nobre, que constitui talvez uma das mais bonitas bibliotecas do mundo. Desde o ouro Ă s madeiras, passando pelas pinturas, pelo tipo de mesas, paredes e tectos, trata-se efectivamente de um espaço monumental, que sempre foi, ĂŠ e serĂĄ um dos pĂłlos de atracção da UC e que, durante muitos anos, foi o pĂłlo principal. E aqui estĂĄ a primeira alteração que temos vindo a tentar fazer em termos de promoção turĂstica: procuramos que nos roteiros mundiais da UC nĂŁo se evidencie em demasia a Biblioteca Joanina porque a oferta que temos p GH IDFWR GLYHUVLĂ€FDGD 3UHWHQGHPRV TXH as pessoas venham visitar a UC e nĂŁo apenas a Biblioteca. Fora do espaço do PalĂĄcio, estamos actualmente a divulgar e a dinamizar o ColĂŠgio de Jesus, uma obra do tempo dos JesuĂtas posteriormente alterada pela Reforma Pombalina. Na altura, foi aberto o Museu de HistĂłria Natural, muito fruto do que era feito nesta universidade. Os investigadores faziam grandes viagens pelo territĂłrio portuguĂŞs, no que foi designado SRU ´YLDJHQV Ă€ORVyĂ€FDVÂľ UHFROKHQGR XP HVpĂłlio valiosĂssimo. Tudo era estudado, catalogado e trazido para este espaço, o que resulta num espĂłlio imenso e num espaço fantĂĄstico de exposição aberto ao pĂşblico. É uma galeria de HistĂłria Natural, de Mineralogia, de Botânica e de Antropologia com peças Ăşnicas no mundo. Paralelamente, do ponto GH YLVWD FLHQWtĂ€FR WDPEpP FRP D 5HIRUPD Pombalina, MarquĂŞs de Pombal teve a sensatez de introduzir a ciĂŞncia experimental na UC e, com essa revisĂŁo, mandou construir ODERUDWyULRV PRGHUQRV j OX] GR VpFXOR ;9,,, para o estudo da fĂsica e da quĂmica. E para atrair estudantes para essas ĂĄreas criou verdadeiras peças de arte que serviam a realizaomR GH H[SHULrQFLDV ,VVR IRL Ă€FDQGR H UHVXOWD hoje tambĂŠm num espĂłlio Ăşnico na Europa, VHQGR R HVSDoR FODVVLĂ€FDGR FRPR (VSDoR (Xropeu da FĂsica porque conta a histĂłria da FĂVLFD QRV VpFXORV ;9,,, H ;,; e PDLV XPD YLVta fantĂĄstica a um espaço que designĂĄmos Museu da CiĂŞncia. Finalmente, o Jardim Botânico‌ Frisaria que, em todo este espaço, WDPEpP WHPRV DOJR FODVVLĂ€FDGR FRPR 3DWULmĂłnio da Humanidade, correspondente a todo o aspecto construtivo. Temos o PalĂĄcio Real, que ĂŠ um edifĂcio milenar onde se misturam estilos arquitetĂłnicos, temos a Reforma Pombalina, com toda a ala do ColĂŠgio de
Jesus, o Museu ChĂmico, os ColĂŠgios de SĂŁo JerĂłnimo, a Trindade e o Jardim Botânico. E temos as construçþes do Estado Novo, dos anos 50-60 do sĂŠculo passado, um marco QD KLVWyULD TXH Ă€FD QD FROLQD DR DOWR GD FLdade, em que ĂŠ possĂvel ver de longe a majestosidade das construçþes de Salazar daTXHODV GpFDGDV 9ROWDQGR DR -DUGLP %RWknico, trata-se de um espaço onde ĂŠ possĂvel fazer uma viagem Ă volta do mundo sem sair de Coimbra‌ Apresenta a particularidade de ser multifacetado, onde podemos contar a histĂłria dos eucaliptos, ver a histĂłria das plantas medicinais, visitar uma estufa-fria, uma zona de canaviais‌ Trata-se de um espaço imenso e que, este ano, abrirĂĄ ao pĂşblico em toda a sua extensĂŁo. E, dentro de pouco tempo, começarĂĄ a circular neste espaço um autocarro hĂbrido, que trarĂĄ pessoas da baixa de Coimbra para a Universidade, atravessando a mata do Jardim Botânico. Quantos visitantes atrai anualmente a 8&" Em 2016, chegĂĄmos aos 450 mil visitantes, quase duplicando o nĂşmero de 2013‌ Num paĂs cada vez mais voltado para o turismo e onde ĂŠ jĂĄ possĂvel obter resulWDGRV GD TXDOLĂ€FDomR GHVWD DSRVWD HP TXH PHGLGD WHUi D 8& UHVSRQVDELOLGDdes acrescidas neste domĂnio, enquanto centro de produção de conhecimento e, eventualmente, enquanto incubadora de novas prĂĄticas e projectos na ĂĄrea do turismo? Sendo evidente que a nossa principal missĂŁo ĂŠ a Universidade, o que tem acontecido ao longo dos Ăşltimos quatro anos no domĂnio do turismo advĂŠm da necessidade que VHQWLPRV GH SURĂ€VVLRQDOL]DU D RIHUWD TXH temos. AtĂŠ aĂ, tĂnhamos algo incipiente, ao passo que, hoje, possuĂmos uma equipa que, em ĂŠpoca alta, chega Ă s 50 pessoas a trabalhar em permanĂŞncia apenas para a oferta, controlo e divulgação turĂstica. ClaUR TXH WXGR LVWR QmR SRGH Ă€FDU DIDVWDGR GD nossa realidade e, como tal, o turismo nĂŁo deixa de ser um laboratĂłrio. Dentro do gabinete de Turismo da Universidade de Coimbra temos estudantes a preparar teses de mestrado, utilizando o turismo da Universidade de Coimbra como laboratĂłrio, nas ĂĄreas do marketing, logĂstica, divulgação, entre outras. Por outro lado, na Faculdade de Letras existe uma licenciatura e um mestrado em Turismo. Tendo dentro da casa um laboratĂłrio vivo, procuramos que o mesmo sirva tambĂŠm essas ĂĄreas. Muitos dos nossos colaboradores estĂŁo a fazer mestrados em Turismo, ao mesmo tempo que alunos de outras escolas vĂŞm DTXL ID]HU HVWiJLRV SURĂ€VVLRQDLV
Turismo Cultural
Turismo Cultural
Universidade de Coimbra
Sala dos Capelos
Antiga Sala do Rei, foi remodelado pelo mestre Marcos Pires durante a segunda dÊcada do sÊculo de quinhentos. Foi na Sala Grande dos Actos que ocorreram importantes episódios da vida da nação portuguesa, não fosse esta a Sala do Trono do Paço Real da Alcåçova, onde foi a aclamação de D. João I, Rei de Portugal. Esta alcåçova foi tambÊm o local onde viveram todos os Reis de PorWXJDO GXUDQWH D SULPHLUD 'LQDVWLD 3RUWXJXHVD
PĂĄtio das Escolas
(QWUDQGR QR 3iWLR GDV (VFRODV GHSDUDPRV DR ODGR GLUHLWR FRP D 9LD Latina, varanda de colunatas alterada na segunda metade do sÊculo ;9,,, 1R FHQWUR GHVWD HUJXH VH XPD HVFDGDULD UHPDWDGD SRU IURQWmR WULDQJXODU 1R FHQWUR SRGH REVHUYDU VH XP PHGDOKmR FRP D ÀJXUD GH ' -RVp , $WUDYpV GD 9LD /DWLQD DFHGH VH j 5HLWRULD H VXDV GHSHQGrQFLDV UHIRUPXODGDV QD VXD PDLRU parte, na Reforma Pombalina de 1772, durante o reitorado de D. Francisco de Lemos. 2V *HUDLV RFXSDUDP DV DQWLJDV LQVWDODo}HV GD DOD GD UDLQKD REMHWR GH UHPRGHODomR QRV ÀQDLV GR VpFXOR ;9,, UHOHYRV EDUURFRV DOXVLYRV jV YiULDV GLVFLSOLQDV XQLYHUVLWiULDV H HVFXOSLGRV QR topo das portas das salas de aula, obra executada por Claude Laprade.
HorĂĄrio Turismo UC
Biblioteca Joanina
ConstruĂda entre os anos de 1717 e 1728, ĂŠ um dos expoentes do Barroco PortuguĂŞs e uma das mais ricas bibliotecas europeias. FicarĂĄ conhecida como Biblioteca Joanina em honra e PHPyULD GR 5HL ' -RmR 9 TXH SDWURFLQRX D VXD FRQVWUXomR H FXMR UHWUDWR GD DXWRULD GH 'RPHQLFR 'XSUj GRPLQD FDWHJRULFDPHQWH R HVSDoR É composta por trĂŞs pisos: o Piso Nobre, espaço ricamente decorado, a face mais emblemĂĄtica da Casa da Livraria; o Piso IntermĂŠdio, local de trabalho e funcionou como casa da Guarda; a PrisĂŁo AcadĂŠmica, que de 1773 atĂŠ 1834 foi o local de clausura dos estudantes.
Jardim Botânico
9LVLWDU XP MDUGLP ERWkQLFR p FRPR YLDMDU SHOR SODQHWD VHP VDLU GD FLdade. As coleçþes de plantas que preenchem cada espaço transportam-nos para diferentes latitudes e regiþes do mundo, transformando o Jardim num verdadeiro museu vivo. O Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, localizado no coração da cidade de Coimbra desde 1772, por iniciativa do Marquês de Pombal, estende-se por mais de 13 ha em terrenos que na sua maior parte foram doados pelos frades Beneditinos.
6 de Março a 30 de Outubro de 2017: %LOKHWHLUD K jV K &LUFXLWR 7XUtVWLFR K jV K 7RUUH GD 8QLYHUVLGDGH K jV K HQWUH GH DEULO H GH RXWXEUR 2EVHUYDo}HV por razĂľes de segurança ĂŠ interdita a entrada em dias de mau tempo e a crianças menores de 6 anos. 31 de Outubro a 5 de Março de 2018: Loja: 9h00 Ă s 12h45 e das 13h45 Ă s 16h30 | Circuito TurĂstico: 9h00 Ă s 13h00 e das 14h00 Ă s 17h00. / Biblioteca Joanina, Ăşltimas entradas: ManhĂŁ: 12:40h | Tarde: 16:40h.
DGPC - Direção Geral do Património Cultural
Património Cultural
Visitar Fátima e olhar tudo à volta Em 1917 quem consultasse o Guia das Estradas de Portugal não seria através dele que chegaria a Fátima e à Cova da Iria, locais nele não mencionados. Hoje, nos caminhos portugueses Fátima marca presença e a visita que ali fará o Papa Francisco a 13 de maio próximo esperase que atraia imensas pessoas. Será um momento em que se poderá estar com o Papa Francisco e complementar a viagem com enriquecedoras experiências proporcionadas pelo património cultural de Fátima e suas redondezas.
Foi há exatamente cem anos que num lugar então ignorado do concelho de Ourém - Cova da Iria, freguesia de Fátima, três pastorinhos disseram ter visto «uma mulher de branco em cima de uma azinheira». Era o ano de 1917 e o Estado, com a I República, assumia-se como anticlerical. Apesar de ceticismos, o relato dos pastorinhos difundiu-se, Fátima deixou de ser um ponto obscuro de Portugal e passou a ser visitado amplamente por todos que acreditam ter acontecido ali uma aparição mariana. E este ano Fátima está mais do que nunca na ordem do dia com a anunciada presença no próximo dia 13 de maio do Papa Francisco. O Papa é um símbolo que liga todos os católicos, mas pode dizer-se que o Papa Francisco com a sua atuação aberta tem atingido o coração dos católicos e de uma
Diretora Geral do Património Cultural, Arquiteta Paula Silva
forma geral, mesmo entre não católicos, alcançado muita simpatia e popularidade. Será então de esperar que mais pessoas se desloquem a Fátima no 13 de maio deste ano. As peregrinações religiosas ou quaisquer outros motivos de ida à Cova da Iria poderão também ser uma oportunidade para que se conheça melhor a Fátima atual e as suas cercanias. E já que todas as ocasiões devem ser aproveitadas para que se aprecie o importante e rico património cultural português, quisemos deixar algumas sugestões que possam ser úteis. 3DUD PHOKRU À[DU LGHLDV GH UXPRV H inscrever dados sobre o património visitável em Fátima e suas proximidades, ouvimos a Arquiteta Paula Silva, Diretora-Geral do Património Cultural (DGPC). Paula Silva, chama, por exemplo, a atenção para um olhar atento em Fátima sobre a nova Basílica, inaugurada em 2007: «É um belíssimo projeto de arquitetura, da autoria do arquiteto grego Alexandros Tombazi,muito interessante e com impacto, que do ponto GH YLVWD XUEDQR DMXGRX D TXDOLÀFDU H melhorar aquele espaço. Há dias tive oportunidade de ir a Fátima a propósito do lançamento de um livro na área GD FRQVHUYDomR H UHVWDXUR H YHULÀTXHL que o Reitor do Santuário tem tido a
preocupação de convidar artistas plásticos de grande nomeada e reconhecimento para fazer trabalhos plásticos em diversos locais de Fátima. A qualidade do ponto de vista cultural e artístico tem sido muito cuidada em Fátima. Isso é muito interessante de se ver». Segundo o olhar atento de Paula Silva. Fátima centro devocional é também agora um repositório de excelente arquitetura e arte moderna, ao abrigo
da ideia da Igreja Católica de querer perpetuar o seu gosto pelo belo. A Arquiteta apela ainda à atenção em Fátima para «um painel de azulejos muito bonitos da autoria de Siza Vieira, que se encontra num deambulatório da Basílica». E lembra: «há muitas, muitas obras de arte ali». Próximo de Fátima, deve-se visitar, pela qualidade das arquiteturas e pelas suas ligações históricas, o Convento de Cristo em Tomar, o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha e o Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, monumentos estes sob a responsabilidade da Direção-Geral do Património Cultural. Mas como nos refere Paula Silva, «há ainda muito outro património para ver naquela região». Instada por nós a continuar as suas sugestões pessoais, diz Paula Silva: «Estou a lembrar-me do Castelo de Leiria onde fui há pouco tempo, um castelo muito interessante que vai iniciar agora obras de requalificação, e o Castelo de Ourém. Não posso deixar de sugerir uma visita às ruínas de Conimbriga, o sítio romano mais importante do país. Conimbriga constitui além do mais uma possibilidade de imaginar como era uma cidade romana, porque ali estão as casas, a muralha, o fórum que é o local onde as pessoas se encontravam, as termas...
PatrimĂłnio Cultural
DGPC - Direção Geral do Património Cultural
E deve visitar-se tambĂŠm ali o Museu MonogrĂĄfico de Conimbriga. As cidades e vilas da regiĂŁo sĂŁo naturalmente dignas de visita. Caso de Coimbra, onde recomendo uma ida ao Museu Nacional Machado de Castro. Todo o patrimĂłnio da regiĂŁo centro merece ser visitado. EstĂĄ a fazer-se agora um esforço grande das comunidades intermunicipais e do Turismo do Centro para a divulgação desse patrimĂłnioÂť. O turismo religioso, de que as comemoraçþes do centenĂĄrio das apariçþes de FĂĄtima sĂŁo um exemplo, insere-se na realidade que se tem vindo a sentir da diYHUVLĂ€FDomR GDV IUHQWHV GR WXULVPR HP Portugal. Paula Silva aponta: ÂŤSe conseJXLUPRV GLYHUVLĂ€FDU R WXULVPR HVWHQGr-lo ao interior do nosso paĂs, isso do ponto de vista econĂłmico ĂŠ extremamente importante porque ĂŠ um recurso estratĂŠgico onde se inclui o patrimĂłnio. NĂłs, patrimĂłnio, temos consciĂŞncia da importância que temos para o desenvolvimento econĂłmico do paĂsÂť. Paula Silva dei[D QRV DLQGD RXWUD UHĂ H[mR SHUWLQHQWH que ĂŠ um reforçado incentivo para que, a propĂłsito de uma ida a FĂĄtima, se queira conhecer as cidades e vilas prĂłximas: ÂŤOs pequenos nĂşcleos histĂłricos das cidades estavam muito abandonados. Os centros foram abandonados em detrimento de as pessoas fazerem construçþes novas nas periferias. Este voltar aos centros ĂŠ absolutamente fundamental para dar nova vida Ă s cidades e Ă s vilas. O nosso modo de funcionamento territorial, desde a ancestralidade, vem de cidades e vilas e de pessoas concentradas QHVVH HVSDoR $ GHVHUWLĂ€FDomR H SXOYHULzação de pessoas ao longo do territĂłrio nĂŁo sĂŁo caracterĂsticas do nosso urbanismo e da nossa forma de viver. É muito importante voltar aos nĂşcleos antigos e o turismo tambĂŠm ajuda nisso.Âť. Ir a FĂĄtima, aproveitar as excelentes acessibilidades disponĂveis, sentir e conhecer o Portugal Ă volta, serĂĄ enriquecedor para o viajante e, de alguma forma serĂĄ um contributo para as novas dinâmicas que o paĂs vive quando repensa o seu territĂłrio.
Escola Profissional Mariana Seixas
“Selo Escola Interculturalâ€? Entrevista a Nuno Marques, diretor pedagĂłgico $ (VFROD 3URĂ€VVLRQDO 0DULDQD 6HL[DV ² EPMS conquistou o “Selo Escola Interculturalâ€?. Quais as açþes e estratĂŠgias implementadas que levaram a este reconhecimento? Consideramos que este reconhecimento deveu-se Ă perspetiva dinâmica e integradora que a EPMS sempre primou por aplicar. O “Selo Escola Interculturalâ€? foi uma resposta Ă nossa ação de integração de todos os alunos promovendo, frequentemente, a articulação entre as diferentes ĂĄreas, de forma a valorizar e
reconhecer as diferenças culturais da comunidade escolar atravÊs da organização de atividades que valorizem a realidade de cada um. A estratÊgia da EPMS passa por inovar, integrar e ter uma dinâmica criativa não estando fechada para si, pois embora foque a atuação nos alunos e o sucesso dos mesmos, não descura a importância e o papel dos restantes agentes da comunidade escolar e mesmo da comunidade em geral. 1HVWH VHQWLGR R TXH VH YHULÀFRX IRL XP UHFRnhecimento do trabalho de toda a comunidade escolar que tem atuado numa perspetiva de valorizaçãoda diversidade como uma oportunidade e fonte de aprendizagem para todos.
Av. Boavista, 117, 6º, Sala 607 4050-115 Porto • Telf.: 226 104 394
Este selo pode ser utilizado durante dois anos letivos consecutivos. Como foi utilizado e as suas repercussĂľes para os alunos, professores e divulgação da escola? Embora as diferenças culturais sempre tivessem estado presentes na dinâmica da EPMS, o selo permitiu-nos um reconhecimento efetivo das mesmas. AlĂŠm da sensibilização de todos os agentes da comunidade escolar, verificou-se um trabalho concreto na acessibilidade e uniformização de documentação comunicacional da escola para os alunos e mesmo na forma de apresentação dos trabalhos dos prĂłprios alunos. Reconhecendo assim a diversidade linguĂstica e uma aproximação no esclarecimento de todos.
Selo Escola Intercultural
A EPMS recebeu “Selo Escola Interculturalâ€? de nĂvel I. O prĂłximo passo ĂŠ avançar com a candidatura para o nĂvel intermĂŠdio? Sim, a nossa intenção ĂŠ efetuar nova candidatura, aliĂĄs, neste momento demonstrĂĄmos interesse em fazer parte do projeto REEI (Rede de Escolas para a Educação Intercultural), no qual fomos selecionados para a fase de candiGDWXUD DR Ă€QDQFLDPHQWR FRQFHGLGR DR DEULJR do Fundo Asilo, Migração e Integração, da responsabilidade do Alto Comissariado para as Migraçþes, I.P. Esta serĂĄ, com certeza, uma oportunidade de dinamizar um conjunto de atividades e preparar os nossos recursos humanos numa perspetiva de valorização face ao contexto da diversidade cultural com base nos princĂpios da educação intercultural.
A Festa das Tradiçþes estå de regresso a Ponte da Barca no ÀP GH VHPDQD GH D GH PDLR 2 FHUWDPH p SURPRYL GR SHOD &kPDUD 0XQLFLSDO HP FRODERUDomR FRP $VVR FLDo}HV $UWHVmRV H 5DQFKRV )ROFOyULFRV ORFDLV H SUHWHQGH j VHPHOKDQoD GDV HGLo}HV DQ WHULRUHV SURPRYHU RV XVRV H FRVWXPHV PLQKRWRV
Ação Social
Santa Casa da Misericórdia de Almada
A Misericórdia de Almada a atuar de alma e coração As origens da Santa Casa da Misericórdia de Almada remontam a 1555. Nesse ano estabeleceu-se a confraria da Misericórdia de Almada inserida no advento das Misericórdias em Portugal. 462 anos depois a Santa Casa da Misericórdia de Almada continua a desenvolver uma importante intervenção social entre a sociedade almadense. O Provedor da Misericórdia de Almada, Dr. Joaquim Barbosa, falou-nos sobre a ação atual da instituição.
Dr. Joaquim Barbosa, Provedor
Dr. Joaquim Barbosa, faça-nos a sua apresentação. Sou um beirão de Penalva do Castelo a viver desde 1978 em Almada, cidade que me adotou. Estou no terceiro mandato como Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Almada. Antes já era Vice-Provedor e estava já há bastante tempo na Mesa. Vim para Almada, dediquei-me à ação social e tive toda uma vida de voluntariado. Sou técnico da CITE - Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego. Sou jurista e enquanto não me reformar continuarei a minha vida profissional. Sempre me dediquei ao social. Há trinta anos ajudei a criar a Associação Solidariedade e Desenvolvimento do Laranjeiro, onde pertenço ainda aos orgãos sociais. Foi criada na altura do Projeto Raízes para um Futuro de Sucesso, quando se criaram os projetos de luta contra a pobreza.
Conhece bem os cantos à casa na Misericórdia de Almada... Já pertenço à Mesa há uns cinco mandatos, vão uns dezasseis anos. Eu poderia dizer TXH VLP PDV QmR VHL VH R SRGHULD DÀUPDU de forma completamente realista porque a Misericórdia de Almada é uma grande instituição. Tem mais de 400 trabalhadores, entre prestadores de serviços e trabalhadores - temos muitos prestadores de serviço por causa das amas familiares, enfermeiros, etc. A Misericórdia de Almada é uma instituição muito grande com quase nove milhões de euros de orçamento, número que chegou a atingir. Presta serviços ou tem equipamentos em vários pontos do Concelho, o que implica alguma diversidade de trabalho e de situações concretas. &RP D PLQKD YLGD SURÀVVLRQDO QmR SRVVR dizer que conheço perfeitamente os cantos à casa mas acho que conheço com algum detalhe.
Como traça o quadro das problemáticas sociais de Almada? Eu referiria as situações que são mais problemáticas. Almada é um concelho com bastante dinâmica, com grande capacidade de atração, cerca de metade das pessoas que vivem em Almada trabalham em Almada. Mas tem alguns focos de pobreza graves que apesar de tudo não se conseguiu ainda ultrapassar. Há dois sítios onde nós estamos a intervir neste momento de forma mais efetiva. Um é o Bairro do Segundo Torrão, na Trafaria. A Trafaria sempre foi e continua a ser a zona de Almada mais problemática em termos sociais, a zona mais pobre, podemos dizer assim. É uma freguesia que merece todo o empenhamento das entidades. A Misericórdia de Almada desde há uma dúzia de anos passou a intervir de uma forma efetiva na Trafaria porque tem um acordo de gestão com a Segurança Social para a administração de um equipamento que é da Segurança Social, o Centro Social da Trafaria. Temos Centro de Dia, Creche e Jardim de Infância e também o apoio a famílias com o Rendimento Social de Inserção através de protocolo com a Segurança Social. Creio que é reconhecido, a situação na Trafaria melhorou nos últimos anos com as pessoas sendo mais apoiadas. Depois há uma outra zona problemática, sendo a mais nobre em termos turísticos e de desenvolvimento, a Costa da Caparica. Temos uma ilha na Costa da Caparica que é muito problemática, chamada Terras da Costa, um bairro de barracas. No Bairro do Segundo Torrão e nas Terras da Costa, temos um programa CLDS, Contrato Local de Desenvolvimento Social, para intervir nos dois lados, nas duas zonas, nos dois bairros. Isso em colaboração com o Centro Paroquial da Costa da Caparica para uma intervenção direcionada para essas populações que possibilite o realojamento das pessoas que vivem em barracas ou em habitações muito degradas. A Câmara tem participado como parceira. ([LVWHP SURJUDPDV HVSHFtÀFRV SDUD apoiar as pessoas idosas em Almada? A Misericórdia intervém nessa área? A Misericórdia tem respostas para idosos de Lar, de Centro de Dia e de Serviço de Apoio Domiciliário. Hoje em dia o isolamento e a solidão dos idosos são proble-
Santa Casa da Misericórdia de Almada
Café Memória
mas graves. Às vezes não é fácil pois temos de estar atentos para não deixar no esquecimento as pessoas, a quem se deve dar a liberdade de estarem como entenderem, mas ao mesmo tempo estar atentos para ao mínimo alerta de algum vizinho ou de alguma instituição, o idoso não cair no isolamento. É uma questão de alerta para com essas pessoas que são autónomas mas estão em risco. O alerta vem do trabalho social que se faz junto das famílias. Quer a Ação Social, quer o Rendimento Social de Inserção, quer outros programas como o apoio domiciliário e os centros de dia fazem alerta para situações que posVDP VHU LGHQWLÀFDGDV H LU GH VRFRUUR D HODV Falou em redes de solidariedade. E existe colaboração entre todos intervenientes na ação social em Almada? Em Almada há uma tradição de trabalho em rede já muito antiga. Posso dar um caso conIgreja SCMA
Ação Social
dádiva de roupas
creto: A Misericórdia assinou em dezembro do ano passado um protocolo para criação de um Café Memória. É o primeiro do sul do Tejo até ao Algarve. Um protocolo que a Misericórdia assinou com a Fundação Sonae Sierra e a Associação Alzheimer Portugal. Este protocolo, assinado depois também pelos parceiro do Grupo Concelhio de Idosos de Almada é um exemplo concreto de como uma parceria funciona. Da parte da Câmara houve um total apoio e disponibilizou um espaço para funcionamento no Museu da Cidade e disponibilizou-se para cobrir uma componente do que temos de pagar à rede dos Café Memória. As outras instituições têm colaborado na disponibilização de voluntários para as ações e têm participado nas sessões que se realizaram. O Café Memória é um programa que resulta de uma parceria. É um franchising trazido de Inglaterra pela Fundação Sonae Sierra e pela Associação Alzheimer Portugal que tem o objetivo de apoiar as famílias dos idosos. Um local de tertúlia, um encontro de famílias ou de pessoas interessadas. Durante duas horas e meia realiza-se uma palestra. Há doze sessões, de janeiro a dezembro, uma por mês, regra geral ao segundo sábado de cada mês entre as 10H00 e e as 12H30. Sessões abertas num espaço aberto, onde quem quiser aparece, em que há uma atividade programada com uma pessoa que pode fazer uma palestra. O Dr. Alexandre Castro Caldas foi uma delas. E depois há uma parte de troca de experiências e de ideias entre as pessoas. E no ÀQDO XP FDIH]LQKR 3UHWHQGH VH D VHQVLELOLzação da população geral e ajuda a pessoas que estão com idosos com demências para melhorarem a sua maneira de agir. Ouvem-se elogios ao trabalho da Misericórdia de Almada na questão das demências. Fomos reconhecidos como uma das seis melhores instituições a nível nacional entre as
que trabalham com as demências. Temos o trabalho de um projeto que há mais de três ou quatro anos funciona nos nossos lares e centros de dia com os idosos com demência, com os cuidadores, com os nossos trabalhadores que lidam com os idosos e também com os familiares. As demências hoje em dia são um problema muito grave para as instituições mas eu diria, sobretudo para as famílias. Nesse aspeto as nossas técnicas têm feito um trabalho muito bom e o trabalho que nós fazemos nos centros de dia e nos lares com os idosos tem sido reconhecido. Há dois anos, realizamos um seminário sobre as demências e a partir daí o trabalho foi cada vez mais tecnicamente elaborado. O Café Memória veio pôr a cereja no topo do bolo. A população de Almada tem aderido muito a esta iniciativa.
vens e famílias desestruturadas não é fácil também. Esse lar tem 45 internos. Temos programado para o dia 30 de maio um seminário sobre o acolhimento de crianças e jovens que esperamos seja um acontecimento relevante para a Misericórdia e para o Concelho. A Câmara Municipal integrou este seminário numa iniciativa a acontecer nessa altura, a Semana Social – Almada Somos Nós. A Misericórdia foi escolhida como a instituição de abertura da Semana. Participirão pessoas de alta relevância na nossa vida social em termos de trabalho com crianças e jovens. Nomeadamente está previsto que o Dr. Armando Leandro venha, uma representante do Instituto de Segurança Social, o Dr. Carlos Andrade, vice-Presidente da União das Misericórdias, bem como o Sr. Presidente da Câmara.
Que outras valências salienta da atividade da Misericórdia de Almada? Eu diria que a Misericórdia centra a sua atividade num tripé: infância e juventude, os idosos e o apoio às famílias. O apoio às famílias não é muito comum embora algumas misericórdias tenham esse apoio. Na luta contra a pobreza, nos anos 80 foi quando se voltou para essa área, a partir do alojamento de pessoas no chamado Picapau Amarelo, que é o Bairro do Monte da Caparica e nos outros bairros do Monte da Caparica. A partir daí houve sempre um empenhamento muito grande. Basta dizer que a Misericórdia de Almada participou no projeto piloto do chamado na altura Rendimento Mínimo Garantido e o provedor da Misericórdia de Almada, então o Dr. Valente da Cruz, foi membro da Comissão Nacional do Rendimento Mínimo Garantido. Há uma outra área que nos é cara e tem alguma tradição, que é o Lar de Infância e Juventude, que talvez seja a valência mais problemática em termos de gestão. Apesar de ser difícil o trabalho com idosos, trabalhar com crianças, jo-
O que relataria ainda sobre a Misericórdia de Almada que agora celebra 462 anos? A Misericórdia de Almada construiu dois equipamentos de raiz: A Casinha, em Vale Figueira, com creche e jardim de infância e no Monte da Caparica o que nós chamamos Centro Integrado Arco Íris que tem centro de dia e creche. O Lar de São Lázaro, onde estamos agora, foi inaugurado em 2002 mas ainda se pode considerar um lar novo. Temos também um lar «velho», o lar de Costas de Cão, na Quinta de Santa Bárbara, no Monte da Caparica, o Lar granja Luís Rodrigues. Fale-nos um pouco sobre a Igreja da Misericórdia, um dos locais mais belos de Almada. $ UHFXSHUDomR GD ,JUHMD ÀQDOL]RX VH HP e nela aplicamos 500.000 euros. A Igreja tem um retábulo maneirista pintado por Giraldo Fernandes do Prado em 1590. Tendo em conta a qualidade artística do retábulo e a sua importância histórica, foi um contributo para valorizar Almada e a arte portuguesa.
MunicĂpio Empreendedor
MunicĂpio de Proença-a-Nova
Investimento e Inovação Proença-a-Nova distinguese pela beleza natural da sua floresta, praias fluviais de ĂĄgua lĂmpida e investimento em ciĂŞncia e tecnologia. Proença-aNova, concelho da Beira Baixa pertencente ao distrito de Castelo Branco, tem combatido as assimetrias que normalmente caracterizam os concelhos do interior ao implementar medidas de atração de investimento e reduzir a taxa de desemprego para nĂşmeros abaixo dos 5%. O PaĂs Positivo foi conhecer melhor este concelho, o tecido empresarial e as suas gentes atravĂŠs de JoĂŁo Lobo, Presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova. Passados 40 anos de poder autĂĄrquico local (1976-2016) continua a sentir os mesmos constrangimentos que os anteriores autarcas enfrentaram? O que mudou entretanto? 2V DQRV GR SRGHU DXWiUTXLFR ORFDO FRmemorados em dezembro do ano passado pelo MunicĂpio de Proença-a-Nova com a homenagem a todos os autarcas que nas Ăşltimas quatro dĂŠcadas trabalharam em prol do seu concelho, foram um marco na histĂłria polĂtica nacional ao trazer o poder para perto da população e promover uma gesWmR SUy[LPD VHQGR R SRGHU ORFDO VLQyQLPR GH HĂ€FLrQFLD GH UHFXUVRV 2 SRGHU DXWiUquico local ajudou a iniciar o combate Ă s assimetrias regionais, dando resposta a necessidades bĂĄsicas como distribuição de ĂĄgua potĂĄvel, iluminação elĂŠtrica, saneamento bĂĄsico, abertura e pavimentação de vias rodoviĂĄrias, entre outras. Atualmente, os constrangimentos que se colocam Ă atividade autĂĄrquica continuam a estar relacionados com a falta de aposta em polĂticas pĂşblicas que tendem a olhar para o
veis. Estamos a fazer o ajuste do regulamento das zonas industriais, para nivelar as condio}HV RIHUWDV H D FDSDFLGDGH GH HGLÀFDomR GDV Zonas Industriais e do PEPA. Queremos criar novos lotes na Zona Industrial de Proença-a-Nova, por isso prescindimos de lotes com gestão camaråria e vamos abrir a segunda fase de loteamento do PEPA com 58 novos lotes que nos irão garantir a capacidade de DWUDWLYLGDGH QRV SUy[LPRV DQRV
João Lobo, Presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova
que ĂŠ diferente como igual, tornando-se necessĂĄrio a consciencialização de todos – Governo Central, administraçþes desconcentradas do Estado e municĂpios – da urgĂŞncia de uma estratĂŠgia duradoura de investimento nestes dois terços do territĂłrio, valorizando e criando condiçþes de empregabilidade e daĂ, FRQVHTXHQWHPHQWH D Ă€[DomR GH SHVVRDV H D criação de riqueza para o todo nacional. ImSRUWD VXEOLQKDU H UHĂ€UR FRP HVSHUDQoD D criação da Unidade de MissĂŁo para a Valorização do Interior pelo atual Governo, sendo um sinal importante por na agenda polĂtica o tema e investindo na interligação dos vĂĄrios ministĂŠrios para que, de forma articulada, implementem nestes nossos territĂłrios as açþes vertidas no Plano Nacional de CoesĂŁo Territorial para um desenvolvimento que se quer transversal e sustentĂĄvel. Mas, entretanto, hĂĄ vĂĄrias apostas que os municĂpios podem e devem implementar. No nosso caso, temo-lo feito na atração e apoio a empresas, no turismo, na cultura, na educação, no desporto, na inclusĂŁo e ação social, no estabelecimento de parcerias com vĂĄrias instituiçþes, promovendo e congregando vĂĄrios agentes para, sempre em conjunto, realizarmos mais. Que medidas ĂŠ que o MunicĂpio de Proença-a-Nova tem implementado com vista a assegurar e potenciar o concelho? Entendemos que nĂŁo devemos estar somente Ă espera da administração central para promover o nosso territĂłrio e as suas
potencialidades. Temos a nossa autonomia e devemos fazer uso dela. Nesse sentido realizĂĄmos um FĂłrum Empresarial, em fevereiro, onde avançåmos com mais medidas de apoio Ă s empresas que jĂĄ estĂŁo sediadas no concelho, com especial incidĂŞncia na criação de postos de trabalho e na inovação. Apoiamos aqueles que abram YDJDV SDUD UHDOL]DomR GH HVWiJLRV SURĂ€VVLRnais de quadros superiores e se resultar em contrato de trabalho apoiamos novamente FRP LQFHQWLYR Ă€QDQFHLUR 1R kPELWR GR apoio Ă criação de novas empresas, disponibilizamos a Inova Startup Proença, instalada no Parque Empresarial de Proença-a-Nova (PEPA). JĂĄ tivemos sete projetos em incubação, sendo que um deles jĂĄ ĂŠ hoje uma empresa que se instalou no Parque e H[SRUWD GD VXD SURGXomR (VWD HPpresa, criada por trĂŞs jovens licenciados e GHVHPSUHJDGRV ID] D H[WUDomR GRV yOHRV essenciais da rama do eucalipto, do pinheiro e da esteva para os setores da medicina e cosmĂŠtica, aproveitando os nossos recursos endĂłgenos. O concelho conta com mais dois polĂgonos industriais: a Zona Industrial de Proença-a-Nova que estĂĄ quase na sua totalidade ocupada, destacando-se as indĂşstrias de serraOKDULD PHFkQLFD H WRUQHDULD VHUUDOKDULD GH DOXPtQLRV H SHGUD LQG~VWULD GH FHUkPLFD H FRPSyVLWRV GH EHWmR FLPHQWR RĂ€FLQDV DXWR indĂşstria de tratamento de postes e madeiras e espaços de venda de equipamentos agrĂcolas; e a Zona Industrial de Sobreira Formosa que conta com apenas quatro lotes disponĂ-
A necessidade de alargar a oferta para a instalação de novas empresas era premente... Em que altura foi decidido fazer o investimento numa nova zona empresarial? (P VXUJLX R SUREOHPD GH R FRQFHOKR nĂŁo ter capacidade de atratividade e as insWDODo}HV GD H[ 6RWLPD IRUDP D UHVSRVWD DR nosso problema. Foi nessa altura que criĂĄPRV R 3(3$ DWUDYpV GD UHTXDOLĂ€FDomR H UHconversĂŁo de um espaço que estava devoluto. A Sotima foi a maior empresa do paĂs de transformação de madeira que acabou por falir. O municĂpio tomou a iniciativa de comprar essas instalaçþes e o terreno envolvente num total de 24 mil m² de ĂĄrea coEHUWD H KD GH WHUUHQR e XP HVSDoR GLIHrenciador que, para alĂŠm dos lotes infraestruturados, oferece naves industriais para instalar empresas. Encontram-se jĂĄ instaladas empresas dos mais diversos ramos de negĂłcio como uma carpintaria (com conceito evolutivo) que foi a responsĂĄvel pela criação dos estojos das medalhas dos Jogos OlĂmpicos do Brasil, uma empresa que produz Estaçþes de Tratamento de Ă guas Residuais para vĂĄrios tipos de indĂşstrias e estĂĄ em fase de implantação uma empresa que faz a transformação e embalamento de cereais para consumo humano, investimento paquistanĂŞs, bem como a instalação de fĂĄbrica de FHUkPLFD GH PHVD LQG~VWULD GH SURFHVVDmento de cogumelos silvestres, lagar de azeite e uma destilaria. O municĂpio conseguiu transformar um espaço devoluto e sem utilidade pĂşblica num Parque Empresarial que alberga o investimento privado e emprega atualmente 75 pessoas. Neste momento sĂł temos disponĂveis 7 dos 24 mil m² da ĂĄrea coberta total. Durante este percurso, e dentro daquilo que ĂŠ a capacidade de atração de investimento, saliento a resiliĂŞncia dos empresĂĄrios que se mantiveram no concelho, que fazem com que a energia de Proença-a-Nova se mova, que criam
MunicĂpio de Proença-a-Nova
Praia Fluvial do Malhadal
postos de trabalho e contribuem para o desenvolvimento econĂłmico do concelho. SĂł FRQVHJXLPRV Ă€[DU SHVVRDV FRP RIHUWDV GH emprego, as restantes condicionantes sĂŁo relegadas para segundo plano. Na altura em que surgiu a Inova Startup Proença foi celebrado um protocolo com outra Startup. Em que consiste esse acordo? Quando a Inova Startup Proença foi criada protocolamos com a Startup de Lisboa um novo conceito: depois da incubação, quando o negĂłcio necessita de ĂĄrea de implantação para crescer, estes sĂŁo direcionados para Proença-a-Nova. O PEPA tem ĂĄrea disponĂvel para implantar ĂĄreas fabris e automaticamente usufruem de todas as regalias e medidas de atratividade empresariais que o concelho oferece. Para alĂŠm do resultado prĂĄtico, este ĂŠ um sinal de que ĂŠ possĂvel trabalhar no sentido de promover a equidade territorial, sendo que os dois MunicĂpios deram o primeiro passo nesse sentido. A cultura e o turismo tambĂŠm sĂŁo setores de investimento? Temos apostado muito na agenda cultural e na promoção do turismo em Proença-a-Nova sendo que o patrimĂłnio natural ĂŠ o
MunicĂpio Empreendedor
Centro CiĂŞncia Viva da Floresta
QRVVR H[ OtEULV )RPRV SLRQHLURV QD FULDomR GH SUDLDV Ă XYLDLV DSURYHLWDQGR DV UHSUHVDV que tinham sido feitas para efeitos de regadio, promovendo o lazer e a fruição dos espaços por parte da população e dos turistas que nos visitam. Sendo um investimento de continuidade apostamos na criação de XP QRYR SDUTXH DTXiWLFR LQVXĂ iYHO QD Praia Fluvial do Malhadal, fazendo um upJUDGH j RIHUWD H[LVWHQWH FRQVWLWXLQGR XP fator de diferenciação. Mas tambĂŠm as ouWUDV SUDLDV Ă XYLDLV YmR UHFHEHU PHOKRULDV Mi este verĂŁo, nomeadamente a Aldeia Ruiva e posteriormente a FrĂłia (qualidade ouro nos Ăşltimos quatro anos consecutivos). A promoção da beleza natural do territĂłrio, o Campo ArqueolĂłgico criado hĂĄ cerca de 4 anos e que tem atraĂdo estudiosos de vĂĄrias partes do mundo e o Centro de CiĂŞncia 9LYD GD )ORUHVWD TXH FRPHPRUD DQRV GH H[LVWrQFLD VmR SRQWRV FXOWXUDLV H DFDGpPLcos que ajudam a divulgar o concelho de Proença-a-Nova. O Espaço Ribeiro Farinha, de homenagem a este pintor proencense, reconhecido nacional e internacionalmente, foi criado para receber as obras que o pintor doou ao municĂpio, os percursos pedestres com a Grande Rota da CortioDGD TXH SHUFRUUH .P GR WHUULWyULR H que passa nos alojamento locais, a gastronomia e a criação de programas que levam
a que as pessoas passem vårias noites no concelho têm sido algumas das apostas GHVWH H[HFXWLYR TXH DFDEDP SRU DJOXWLQDU os vårios setores empresariais do concelho. Portugal Ê, cada vez mais, um destino de eleição e as previsþes apontam para que este setor continue a crescer na ordem dos dois GtJLWRV (VWDPRV DWHQWRV D HVWH FRQà XLU GH WXrismo e estamos a construir, juntamente com InovaStartup Proença
os concelhos vizinhos, pacotes que atraiam ainda mais turistas, nomeadamente aqueles que visitam os grandes centros como Lisboa, Porto e este ano, especialmente, Fåtima. O Turismo Ê de facto gerador de riqueza para estes territórios e, alicerçada na Floresta e Património Natural, temos a equação com toGDV DV YDULiYHLV SDUD XP H[FHOHQWH UHVXOWDGR QR IXWXUR SUy[LPR
Qualidade de Vida
MunicĂpio de Freixo de Espada Ă Cinta
Um cantinho encantado Freixo de Espada Ă Cinta ĂŠ um lugar especial. Quem ĂŠ daquele concelho do distrito de Bragança, pertinho jĂĄ de Espanha, diz que ĂŠ uma terra Ăşnica. NĂŁo exagera quem o afirma, confirmamos, por exemplo, ao admirar o singular e belo azul do cĂŠu de Freixo de Espada Ă Cinta nestes dias de primavera. Muitos sĂŁo os encantos da terra que viu nascer Guerra Junqueiro. Este, no poema “ Aos Simplesâ€? manifestou as saudades imensas da sua meninice no Freixo. A casa natal de Guerra Junqueiro permanece, estimada, aberta a quem a queira visitar, por entre os mil encantos da malha urbana da vila e as incontĂĄveis atraçþes naturais de todo o concelho. Um concelho habitado por gente simpĂĄtica e hospitaleira. Conversar com Maria do CĂŠu Quintas, Presidente da Câmara de Freixo de Espada Ă Cinta permitiunos saber mais sobre o concelho e obter informaçþes sobre eventos ali programados para breve e que justificam bem uma visita Ă quela terra transmontana nas margens do Douro.
Maria do CÊu Quintas, Presidente da Câmara de Freixo de Espada à Cinta
Pode-nos fazer uma caracterização do concelho de Freixo de Espada Ă Cinta? O concelho de Freixo de Espada Ă Cinta ĂŠ Ăşnico no paĂs. Este ĂŠ um cantinho encantado que estĂĄ aqui na fronteira e nĂŁo deve haver outro lugar igual nem parecido. Um concelho pequenino, que neste momento tem quatro freguesias, sendo duas delas uniĂľes de freguesias. É um concelho essencialmente agrĂcola com produtos muito bons, o vinho, o azeite, as laranjas, a amĂŞndoa. E temos um produto Ăşnico, de excelĂŞncia, como ĂŠ tudo em Freixo de Espada Ă Cinta, a seda natural, produzida pelo processo artesanal com uma grande qualidade. Freixo de Espada Ă Cinta tem os problemas que todo o interior apresenta FRP DOJXPD GHVHUWLĂ€FDomR e SUHFLVR investir-se mais aqui. Mas temos alguns projetos para o concelho e algumas candidaturas feitas. Temos o projeWR SDUD D UHTXDOLĂ€FDomR H YDORUL]DomR
nosso castelo e da zona envolvente, uma candidatura a fundos comunitĂĄULRV TXH Mi IRL DSURYDGD )RL ODQoDGR concurso para reabilitar a nossa zona histĂłrica que ĂŠ espetacular e vai ser cenĂĄrio do Mercado Medieval de Freixo de Espada Ă Cinta que pelo lugar onde se realiza jĂĄ tem tudo para correr muito bem. Que outras atividades podem dinamizar economicamente Freixo de Espada Ă Cinta? &RPHoD DJRUD D DSRVWD GHVWD &kPDUD no turismo em que temos vindo a investir. Os espanhĂłis vĂŞm muito aqui, FRPHoD D UHJLVWDU VH FRP IUHTXrQFLD um turismo francĂŞs e inglĂŞs. A restauUDomR H R DORMDPHQWR GmR GLVVR UHWRUQR Temos paisagens maravilhosas, miradouros em todas as freguesias, como o Penedo DurĂŁo, em Poiares, o decano dos miradouros, acostado ao Douro Internacional. Daqui se podem fazer pas-
MunicĂpio de Freixo de Espada Ă Cinta
Qualidade de Vida
seios de barco entre paisagens naturais de sonho. O nosso trecho do Douro ĂŠ o PDLV ERQLWR 7HPRV XPD SUDLD Ă XYLDO maravilhosa, a Congida, um recanto onde uma pessoa se pode esquecer do resto do mundo. O nosso centro histĂłrico ĂŠ cativante, cheio de patrimĂłnio ao ORQJR GR VHX WUDoDGR XUEDQR EDVWDULD salientar que somos a vila mais manuelina de Portugal. Saliento que aqui ou na regiĂŁo temos alojamentos para albergar com qualidade todos que nos visitem. Num lugar idĂlico como Freixo de Espada Ă Cinta o que falta ao concelho? SĂŁo precisos mais alguns postos de traEDOKR HP )UHL[R SDUD Ă€[DU DV SHVVRDV aqui. Considera que o interior ĂŠ deixado ao abandono pelas sucessivas polĂticas nacionais? Acho que ninguĂŠm quer saber do interior. Esta ĂŠ a minha opiniĂŁo. Somos nĂłs aqui a trabalhar sozinhos para manter a nossa terra pois somos resilientes como reconheceu o Senhor Presidente da RepĂşblica, Marcelo Rebelo de Sousa. É isso que nos mantĂŠm porque o poder central tem ignorado, sistematicamente, o interior. Fala-se muito de coeVmR WHUULWRULDO PDV Ă€FD VH WXGR SHOD UHtĂłrica, nada mais. Acabam com os VHUYLoRV DFDEDP FRP WXGR ,VVR QmR p de quem aposta no interior mas nĂłs temos de batalhar e vamos nos manter porque gostamos muito da nossa terra. Sente que faltam acessibilidades a Freixo de Espada Ă Cinta? NĂłs nĂŁo podemos exigir tudo quando nĂŁo ĂŠ possĂvel. Na altura em que as coisas deviam ter sido feitas corretamente, nĂŁo o foram. O IC 5 no projeto inicial, passaria perto do Freixo, na zona GH /DJRDoD H )RUQRV 3RUTXH Mi H[LVWLD uma ponte feita em Meirinhos,o IC 5 foi desviado para norte e o sul do disWULWR Ă€FRX VHP QDGD 'H TXDOTXHU PDneira, o IC5 jĂĄ veio ajudar bastante o Freixo que estĂĄ agora a duas horas e meia do Porto e a Lisboa chega-se em quatro horas, usando a A 23. Permita VH TXH R DĂ€UPH FRP XP VRUULVR OXJDres encantados como o Freixo de Espada Ă Cinta tĂŞm de ter algo de menos fĂĄcil para lĂĄ chegar. Qual ĂŠ o estado das coisas quanto Ă ação social no Freixo? $ DomR VRFLDO VHQVLELOL]D PH EDVWDQWH As pessoas dizem-me muito. Quanto
aos idosos, Freixo tem uma cobertura muito boa com os lares da Santa Casa da Misericórdia. Hå um lar na União GH IUHJXHVLDV GH /DJRDoD H )RUQRV Centro de dia em Fornos, Poiares tem, tambÊm, um lar e Ligares dispþe de um lar particular. Em termos de cobertura para os idosos acho que estamos bem. 'RLV WpFQLFRV GD &kPDUD GHVORFDP VH às aldeias para levar a ginåstica e a aniPDomR FXOWXUDO SDUD RV LGRVRV 7DPEpP temos um apoio aos doentes oncológiFRV DVVXPLQGR D &kPDUD 0XQLFLSDO R transporte deles quando precisam ir ao IPO, no Porto. Temos o Bairro Social FRP XPD SDUWH Mi DQWLJD QR TXDO À]HPRV UHPRGHODo}HV QDV FDVDV SURSULHGDGH GD &kPDUD R TXH QXQFD DOJXpP tinha feito. Apesar da menos boa situaomR ÀQDQFHLUD GD &kPDUD TXH Mi HVWHYH pior, vamos conseguindo servir as pessoa. O Presidente da Republica, Marcelo Rebelo de Sousa, de quem jå nos falou, permitiu que o Palåcio de BelÊm tenha agora algo proveniente do Freixo de Espada à Cinta. Pode contar-nos isso? O Freixo de Duarte D`Armas Ê uma årvore com 540 anos que temos aqui em Freixo de Espada à Cinta, que segundo a lenda deu o nome à terra e que agora tem um clone nos jardins do Palåcio de BelÊm. Por razþes de simbolismo o clone número um do freixo foi oferecido à Presidência da República. Foi uma oferta imediatamente aceite pelo Senhor Presidente da República que no passado Dia Internacional da Floresta
o plantou pessoalmente nos referidos jardins. Para o efeito teve a gentileza de receber uma comitiva do concelho,da Universidade de TrĂĄs-os-Montes e Alto Douro, Universidade do Algarve e do ICNF. Foi algo muito bonito, sendo marcante para os jovens de Freixo de Espada Ă Cinta que estiveram no PalĂĄcio de BelĂŠm. Freixo de Espada Ă Cinta ĂŠ berço de duas distintas personalidades portuguesas‌ Sim. Guerra Junqueiro e o Almirante Sarmento Rodrigues. Guerra Junqueiro ĂŠ um nome cimeiro da literatura do nosso paĂs e estamos a desenvolver um WUDEDOKR GH SURPRomR H GLYXOJDomR H HYRFDomR tPSDU ( Mi R ID]HPRV HP MXnho prĂłximo, entre os dias 01 e 03, atravĂŠs da FFIL - Freixo Festival InterQDFLRQDO /LWHUiULR RQGH FRPHoDPRV destacando o nosso poeta Guerra Junqueiro que aqui nasceu em 1850 numa SHTXHQD FDVD TXH HVWi Ă€QDOPHQWH aberta ao pĂşblicopara que todos possam e conhecer e partilhar um pouco da vida e obra de Guerra Junqueiro. No Freixo Festival Internacional LiterĂĄrio estarĂŁo presentes convidados como os escritores MĂĄrio ClĂĄudio, MĂĄrio ZamEXMDO ,VDEHO $OoDGD 7LDJR 3DWUtFLR $ M. Pires Cabral e JosĂŠ Fanha. EstarĂĄ ainda na terra natal de Guerra Junqueiro o romancista chileno Luis SepĂşlveda. O ator Ruy de Carvalho, o comentador Nuno Rogeiro e outras personalidades vĂŁo contribuir tambĂŠm para tornar rico este evento literĂĄrio. Com a FFIL, Freixo vai ser palco de perfor-
mances e teatro de rua a que se somaUmR H[SRVLo}HV IHLUD GR OLYUR H FRQIHrĂŞncias. Tudo sobre a ĂŠgide de Guerra Junqueiro, nome e memĂłria indissociĂĄvel de Freixo de Espada Ă Cinta.
Antes da FFIL, fazendo jus ao seu belo Castelo, Freixo de Espada Ă Cinta terĂĄ o Mercado Medieval. O que nos pode antecipar sobre ele? Vai-se realizar nos dia 06 (sĂĄbado) e 07 de maio (domingo) e logo no primeiro dia serĂĄ inaugurado com um cortejo KLVWyULFR FRP DV FULDQoDV GR QRVVR agrupamento escolar. SerĂĄ todo um aparato de Ăndole medieval, pleno de HVSHWiFXORV GH P~VLFD WHDWUR H GDQoD XPD GHPRQVWUDomR GH IDOFRDULD HWF ( teremos 60 expositores, incluindoprodutores endĂłgenos que irĂŁo expor, divulgar e vender, tudo o que de excelĂŞnFLD WHPRV 2V Ă€JXUDQWHV YHVWLGRV D ULgor ajudarĂŁo a transportar no tempo quem nos visitar e a estar num Freixo de Espada Ă Cinta medieval. Como tudo acontecerĂĄ na zona histĂłrica, junto ao Castelo, o efeito serĂĄ maravilhoso!
Qualidade de Vida
Município de Sever do Vouga
Sever do Vouga, um concelho com natureza A vila de Sever do Vouga, distrito de Aveiro, abraça quem a visita com paisagens bucólicas que convidam a longos passeios pelos vários percursos pedestres existentes no concelho. Conhecida pelos desportos de aventura e automobilístico enriquece a panóplia de ofertas com uma agenda cultural invejável e de elevada qualidade. António Coutinho, Presidente da Câmara Municipal de Sever do Vouga, apresenta o concelho e as suas potencialidades.
Parque Municipal
António Coutinho, Presidente da Câmara Municipal de Sever do Vouga
A Feira Quinhentista e comemoração dos 503 anos do Foral serão dois dos grandes eventos culturais celebrados na mesma data. Quais são as suas expectativas e o que pode desvendar da programação? Depois das comemorações dos 500 anos da atribuição do Foral, por D. Manuel I, em 1514, decidimos realizar atividades sobre esta temática bianualmente. Sendo uma data identitária do território severense vamos contar com a participação ativa da população e dos comerciantes tanto nas celebrações dos 503 anos da atribuição do foral como na realização da Feira Quinhentista. As comemorações estarão concentradas no Largo do Município e no Jardim do Lago nos dias 30 de abril e 1 de maio e contará com a recriação de uma Feira Quinhentista, sendo a organização dos eventos da responsabilidade da Associação AlbergAR-TE em articulação com a Câmara Municipal de Sever do Vouga. Teatro, música, animações de rua e várias tendas alusivas à época serão algumas das propostas que apresentamos à população e aos visitantes. Contamos com a participação das coletividades locais, dos comerciantes e da população em geral de forma a fazermos destes dois eventos mais um motivo para celebrar Sever do Vouga. Estação Ecopista
Sever do Vouga é conhecida pela diversidade de atividades culturais. Evidencia algumas? Somos um concelho que promove cultura durante todo o ano, em 2016 organizámos mais de 160 atividades. Recentemente recebi um relatório elaborado pelo INE – Instituto Nacional de Estatística sobre a atividade cultural a nível nacional, contando com as NUT (Nomenclaturas de Unidades Territoriais) I, II e III que abrangem as grandes cidades nacionais. Esse estudo demonstra que Sever do Vouga está muito acima da média nacional no que concerne à promoção e realização de atividades culturais. ([HPSOLÀFR FRP DOJXQV GRV HYHQWRV PDLV mediáticos, com a FicaVouga, um festival GH FXOWXUD PXLWR GLYHUVLÀFDGR D )HLUD GR Mirtilo que aglutina uma das atividades mais proeminentes do concelho: a cultura do mirtilo, com música e artes performativas e que, este ano, vai coincidir com o Festival de Guitarras Mágicas, e o Festim - Festival Intermunicipal de Músicas do Mundo, um evento organizado por nós e mais cinco municípios vizinhos, que atrai grupos musicais de vários pontos do globo. A nível desportivo Sever do Vouga destaca-se pela organização de vários eventos. Tem sido um setor alvo de in-
MunicĂpio de Sever do Vouga vestimento por parte do municĂpio e da população? Temos grande tradição no automobilismo. Sever do Vouga disponibiliza uma pista de automobilismo onde se realizam provas para o campeonato nacional e atĂŠ internacionais. O Kartcross, Ralicross, CamiĂŁo Racing atraem milhares de pessoas inclusivamente espanhĂłis e franceses que aproveitam para visitar o concelho. O promotor destes eventos ĂŠ o Vouga Sport Clube, um clube com muita tradição no concelho e quase 40 anos de existĂŞncia, que sempre se dedicou, maioritariamente, ao automobilismo. Recentemente foi criado um novo setor, o motociclismo que promove passeios de motas pelo paĂs. Os recursos naturais aquĂĄticos propiciam diversas atividades ligadas Ă ĂĄgua como a canoagem, rafting ou canyoning e ao aparecimento de empresas locais ligadas a estas atividades. A Ponte do Poço de Santiago, sobre o rio Vouga, ĂŠ um dos nossos ex-lĂbris que proporciona a prĂĄtica de vĂĄrios tipos de desportos como o slide, rapel ou escalada. Sever do Vouga ĂŠ sinĂłnimo de desporto, aventura e cultura. Existe alguma opção para quem aprecia atividades ao ar livre menos agitadas? Sever do Vouga foi abençoado pela nature]D $ QRVVD JHRJUDĂ€D QmR IDFLOLWD D PRELOLGDde das pessoas e veĂculos talvez por isso fomos brindados com uma beleza natural rara e com paisagens inigualĂĄveis. Conseguimos reunir um conjunto de atraçþes turĂsticas: a beleza natural, os rios e ribeiros, o verde das SDLVDJHQV D EHOH]D GR SDWULPyQLR HGLĂ€FDGR e histĂłrico e tambĂŠm a riqueza do patrimĂłnio megalĂtico. Para quem gosta de passear Cascata Cabreia
dro do Sul tinha a capacidade hoteleira para receber tĂŁo elevado nĂşmero de pessoas para TXH QmR Ă€FDVVHP GLVSHUVRV SRU YiULDV iUHDV A câmara farĂĄ tudo o que estiver ao seu alcance para atrair e apoiar os investidores que pretenderem investir numa unidade hoteleira na regiĂŁo. A autarquia disponibiliza um projeto hoteleiro e turĂstico, devidamente aprovado, para a zona das antigas Minas do Braçal. Este projeto engloba um Museu ao vivo, espeleologia, desporto, hipismo entre outras atividades que podem vir a ser desenvolvidas naquela zona, sĂł nos falta encontrar o investidor.
Ponte do Poço de Santiago
e apreciar a natureza pode começar por explorar os vĂĄrios Percursos Pedestres do Concelho de Sever do Vouga. A antiga linha do Vouguinha foi transformada numa ecopista ciclĂĄvel e pedonal, a Ecopista do Vouga que hoje ĂŠ uma referĂŞncia a nĂvel nacional. Os percursos estĂŁo bem delineados e devidamente marcados para as pessoas poderem tirar partido da natureza e das paisagens que o concelho de Sever do Vouga tem para oferecer. Para alĂŠm disso existem os miradouros, a Praia Fluvial da Quinta do Barco que oferece as condiçþes favorĂĄveis para descansar nos dias de maior calor. Para SDUD Ă€QDOL]DU DSUHFLDU D EHOH]D GD FDVFDWD da Cabreia, as margens do Rio Vouga, a zona do espelho de ĂĄgua Ribeiradio/Ermida e futuramente a Praia Fluvial do Couto de Baixo, junto Ă barragem. NĂŁo faltam motivos para visitar Sever do Vouga! A hotelaria estĂĄ preparada para receber todas as pessoas que visitam o concelho?
Qualidade de Vida
A variedade de oferta de alojamento local, de turismo de habitação e as duas unidades hoteleiras existentes em Sever do Vouga albergam todos os turistas que nos visitam, contudo quando se realizam provas de cariz nacional ou internacional tornam-se claraPHQWH LQVXĂ€FLHQWHV $QVLDPRV SHOD FULDção de uma estrutura hoteleira que albergue cerca de 70 camas para colmatar esta falha que limita a permanĂŞncia de grupos XPD YH] TXH QmR SRGHP Ă€FDU WRGRV DORMDdos no mesmo local. Em setembro, os municĂpios que compĂľem a ADRIMAG – Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Serras do Montemuro, Arada e Gralheira – onde estamos inseridos – realizarĂŁo a ConferĂŞncia Internacional de Geoparques Europeus de UNESCO que pretende promover a regiĂŁo sob o tema “Montanhas MĂĄgicasâ€?. A conferĂŞncia que trarĂĄ muitos estrangeiros Ă regiĂŁo, cerca de 400 pessoas de todo o mundo. Quando planeamos o alojamento para estas pessoas constatĂĄmos que apenas a regiĂŁo de S. PeCascata Gresso
A população de Sever do Vouga, ao contrĂĄrio do que ĂŠ habitual nas regiĂľes DIDVWDGDV GR OLWRUDO Ă€[D VH IDFLOPHQWH no concelho. A que se deve este facto? Para alĂŠm da oferta educativa, social, cultural e de Ăłcio, em Sever do Vouga praticamente nĂŁo existe desemprego. A autarquia tem o cuidado de oferecer as melhores condiçþes para a instalação de empresas no concelho. Disponibilizamos vĂĄrios tipos de apoios começando pelo preço acessĂvel dos lotes empresariais, o valor da derrama e do ,0, VmR FREUDGRV SHOD WD[D PtQLPD $ GLĂ€culdade encontra-se no facto de a população feminina ter menos oferta de emprego do que a população masculina, este ĂŠ o Ăşnico ponto que precisamos de ver reforçado a nĂvel de empregabilidade. Um ponto que necessitamos de ver reforçado e pelo qual continuamos a batalhar ĂŠ a construção de uma via de acesso mais rĂĄpida que ligue a principal zona industrial atĂŠ Ă A25. Procuramos apoios estatais e comunitĂĄrios no sentido de satisfazer esta pretensĂŁo o mais rapidamente possĂvel.
Sabugal, fonte de energia natural
2.ยช ediรงรฃo da ENERTECH - Feira das tecnologias para a energia
Sabugal, fonte de energia natural A 2.ยช ediรงรฃo da ENERTECH - FEIRA DAS TECNOLOGIAS PARA A ENERGIA, presenteia os seus visitantes com o que melhor se faz no setor da atividade das energias naturais e promove reuniรตes conjuntas (brokage) entre empresas, consumidores e investidores.
A ENERTECH - Feira das Tecnologias para a Energia na sua 1ยช ediรงรฃo, em 2016, revestiu-se de รชxito no que se refere ao nรบmero de expositores e visitantes. Qual o balanรงo que foi feito do evento quanto ao cumprimento do objectivo de realizar um encontro de promoรงรฃo, divulgaรงรฃo e demonstraรงรฃo do mundo das energias renovรกveis e amigas do ambiente? 'HSRLV GR VXFHVVR GD SULPHLUD HGLomR GD (1(57(&+ HP R PXQLFtSLR GR 6DEXJDO YROWD D DSRVWDU QXPD )(,5$ '$6 7(&12/2*,$6 3$5$ $ (1(5*,$ SURFXUDQGR QHVWD ย HGLomR DXPHQWDU DLQGD PDLV D TXDOLGDGH H D DGHVmR GH H[SRVLWRUHV
FLiPRV D ย PRVWUD GH DWLYLGDGHV HFRQyPLFDV GR FRQFHOKR GR 6DEXJDO SURFXUDQGR DVVLP GLYXOJDU R TXH VH ID] GH PHOKRU QR FRQFHOKR $ (1(57(&+ 6$%8*$/ ยฒ )(,5$ '$6 7(&12/2*,$6 3$5$ $ (1(5*,$ e XP HYHQWR GD UHVSRQVDELOLGDGH GR 0XQLFtSLR GR 6DEXJDO QR kPELWR GD ยด6DEXJDO 9$/25 'HVHQYROYLPHQWR 5XUDOยต HP SDUFHULD FRP D $'(6 $VVRFLDomR (PSUHVDULDO GR 6DEXJDO (1(5$5($ $JrQFLD 5HJLRQDO GH (QHUJLD H $PELHQWH GR ,QWHULRU ,3* ,QVWLWXWR 3ROLWpFQLFR GD *XDUGD ,3&% ,QVWLWXR 3ROLWpFQLFR GH &DVWHOR %UDQFR H 8%, 8QLYHUVLGDGH GD %HLUD ,QWHULRU $LQGD QHVWD HGLomR D )HLUD WHP XP SURJUDPD TXH FRQVLVWLUi HP GHGLFDU FDGD GLD GR HYHQWR D XPD WHPiWLFD HVSHFtร FD SURFXUDQGR DEUDQJHU R PDLRU Q~PHUR GH SDUWLFLSDQWHV
Vรญtor Proenรงa, Vereador da C. M. do Sabugal
A realizaรงรฃo da ENERTECH Sabugal 2016 IRL XP GHVDร R JDQKR SHOR PXQLFtSLR GR 6DEXJDO Mi TXH DSRVWRX IRUWH QD FRQFUHWL]DomR GH XPD JUDQGH IHLUD GHGLFDGD jV HQHUJLDV QXPD FLGDGH GR LQWHULRU GR SDtV WHQGR FRQWUDULDPHQWH jV H[SHFWDWLYDV XPD IRUWH SDUWLFLSDomR GH H[SRVLWRUHV ORFDLV H QDFLRQDLV (IHWLYDPHQWH D (QHUWHFK IRL XP HYHQWR TXH WHYH GHVGH D SULPHLUD KRUD JUDQGH DGHVmR SRU SDUWH GRV HPSUHViULRV H HQWLGDGHV GR VHFWRU GDV HQHUJLDV UHQRYiYHLV IXQ-
GDPHQWDOPHQWH SRU QmR H[LVWLU QD UHJLmR XP HYHQWR GLUHFLRQDGR SDUD HVWDV WHPiWLFDV Depois da experiรชncia da sua ediรงรฃo inaugural, o que se aguarda este ano do programa da 2ยช ediรงรฃo da ENERTECH? 2 FRQFHOKR GR 6DEXJDO TXHU DVVXPLU VH FRPR WHUULWyULR FHQWUDO QR XVR FRQWURODGR GRV UHFXUVRV H GD SURFXUD GH QRYDV VROXo}HV DPLJDV GR DPELHQWH SDUD DV TXHVW}HV HQHUJpWLFDV DSRVWDQGR QD Hร FLrQFLD HQHUJpWLFD H QR DSURYHLWDPHQWR GDV HQHUJLDV QDWXUDLV 1D SULPHLUD HGLomR WLYHPRV XP HVSDoR FRP PDLV GH PHWURV TXDGUDGRV RQGH HVWLYHUDP PDLV GH H[SRVLWRUHV WHQGR DLQGD XPD VDOD GH FRQIHUrQFLDV RQGH GHFRUUHUDP FRQIHUrQFLDV ZRUNVKRSV VREUH DV HQHUJLDV D ELRPDVVD ร RUHVWDO H D Hร FLrQFLD HQHUJpWLFD 1HVWD VHJXQGD HGLomR HPEDODGRV SHOR VXFHVVR GD SULPHLUD DXPHQWiPRV D IDVTXLD H SURSRPRV GXSOLFDU D iUHD GH H[SRVLomR H R Q~PHUR GH VWDQGV $FUHVFH TXH HVWH DQR FULiPRV SHOD SULPHLUD YH] XP HYHQWR GH VSHHG PHHWLQJ TXH SHUPLWLUi DRV DJHQWHV HFRQyPLFRV LQYHVWLJDGRUHV H FRQVXPLGRUHV UHXQLUHP HP SHTXHQRV HQFRQWURV ELODWHUDLV H DVVLP HVWDEHOHFHU UHODo}HV FRPHUFLDLV H HFRQyPLFDV FRP RV SDUFHLURV $LQGD FRPSOHPHQWDUPHQWH j (1(5(7&+ DVVR-
O grande nรบmero de expositores e visitantes alcanรงados o ano passado levarรฃo a um alargamento da รกrea expositiva e a um incremento das possibilidades de encontro e troca de ideias entre os participantes? 6LP 1HVWD HGLomR SURFXUiPRV SRU XP ODGR FULDU PDLV DWLYLGDGHV TXH QRV JDUDQWLVVHP PDLV YLVLWDQWHV GXUDQWH WRGR R HYHQWR H SRU RXWUR WHQWiPRV GHVHQYROYHU HYHQWRV GLIHUHQFLDGRUHV TXH IRVVHP DR HQFRQWUR GRV FRPHQWiULRV H RSLQL}HV UHร HWLGDV QD SULPHLUD HGLomR $ JUDQGH QRYLGDGH GHVWH DQR p D UHDOL]DomR QR GLD H GH EURNHUDJH WHFQROyJLFRV RX VHMD DJHQGDU PLQL UHXQL}HV ELODWHUDLV HQWUH HPSUHVDV FRQVXPLGRUHV LQYHVWLGRUHV H RXWURV LQWHUHVVDGRV TXH SHUPLWDP FULDU QHJyFLRV Serรฃo propiciadas complementarmente oportunidades para que os participante da ENERTECH possam, de forma integrada na Feira, usufruir das muitas ofertas endรณgenas do Sabugal? 'D H[SHULrQFLD GD SULPHLUD HGLomR YHULร FiPRV TXH KRXYH XPD HOHYDGD SUHVHQoD QR UHFLQWR GH YLVLWDQWHV GH IRUD GR FRQFHOKR $VVLP HVWH DQR QXPD OyJLFD GH SURPRomR GR FRQFHOKR DVVRFLiPRV D SULPHLUD H[SRVLomR GH DWLYLGDGHV HFRQyPLFDV GR PXQLFtSLR GR 6DEXJDO TXH SUHWHQGH VHUYLU GH PRVWUD GR TXH PHOKRU VH ID] QD UHJLmR
2.ª edição da ENERTECH - Feira das tecnologias para a energia
Sabugal, fonte de energia natural
Reabilitação Urbana
DIMSCALE
Architecture Cost ManagementÂŽ A perseverança e espĂrito empreendedor do arquiteto Artur Sousa deu origem Ă Dimscale, a sua capacidade de criação e inovação levaram a que registasse a marca Architecture Cost ManagementÂŽ. Artur Sousa, CEO da Dimscale apresenta a empresa que fundou, a sua evolução e o futuro que tem traçado para a Dimscale.
Entretanto realizĂĄmos outros trabalhos para clientes distintos e a margem de erro QXQFD VXSHURX RV R TXH p PXLWR JUDWLĂ€cante para a equipa Dimscale.
Arq. Artur Sousa, CEO
Presente no mercado nacional hĂĄ seis anos, a Dimscale tem vindo a crescer. Como decorreu essa evolução? A Dimscale ĂŠ uma empresa com apenas 6 anos de existĂŞncia que surge apĂłs uma viraJHP QD PLQKD YLGD SURĂ€VVLRQDO H TXH DFDERX por ser tornar na concretização de um sonho. Desde cedo assumimos a aposta no marketing e comunicação empresarial vertentes que considero de extrema importância para um crescimento sustentĂĄvel. O ponto de partida da Dimscale foram as mediçþes, os cadernos de encargos e as estimativas orçamentais para arquitetos e promotores. Passada a fase inicial de dois anos, jĂĄ nos encontrĂĄvamos com uma posição consolidada no mercado nacional o que, para o tempo de existĂŞncia que tĂnhamos, acabou por ser um excelente começo. EntĂŁo tinha duas opçþes: ou me mantinha na zona de conforto ou pensava “outside the boxâ€?, apostando na evolução dos nossos serviços. Mantendo a linha que me fez criar a Dimscale arrisquei e criei um novo conceito, que hoje ĂŠ a marca que nos diferencia, a Architecture Cost ManagementÂŽ, o que nos possibilitou a internacionalização. Em que baseou o conceito Architecture Cost ManagementÂŽ e em que consiste? O modelo de “cost managementâ€? jĂĄ existia apesar de nĂŁo ser muito comum a sua utilização nos projetos a nĂvel nacional. Baseados nesse modelo e acrescentando um novo serviço registĂĄmos a marca Architecture Cost ManagementÂŽ. O conceito ĂŠ simples mas torna-se complexo quanto Ă sua
formalização e procedimentos. JuntĂĄmos quatro ĂĄreas de negĂłcio, da parte da construção e da parte da reabilitação que normalmente nĂŁo se encontram mas que, na realidade, deveriam ser inseparĂĄveis: a arquitetura e a construção, a economia e a sustentabilidade. Ao unir estas quatro ĂĄreas criĂĄmos uma linguagem Ăşnica e desenvolvemos um conceito que estĂĄ assente na sustentabilidade dos projetos. Architecture Cost ManagementÂŽ tem como objetivos principais a otimização/redução do capital investido no projeto e o controlo de todos os custos ao longo das fases de desenvolvimento e execução com uma abordagem focada na salvaguarda do conceito arquitetĂłnico, consistĂŞncia tĂŠcniFD TXDOLGDGH Ă€QDO H IXQFLRQDOLGDGH GR mesmo. Como referiu, o conceito parece simples, mas porque ĂŠ que nĂŁo estĂĄ replicado noutras empresas? Porque o segredo estĂĄ na forma como o fazemos e isso nĂŁo vou divulgar. Todo este trabalho tem um princĂpio, um ponto de partida. O know how da equipa ĂŠ essencial para o sucesso, o facto de conhecermos muito bem a Arquitetura, a Construção e a parte do “procurementâ€?, sĂŁo trunfos que nos colocam num patamar cimeiro nesta ĂĄrea de negĂłcio. O conceito ĂŠ inovador e apresenta vantagens para todos os intervenientes. A adesĂŁo e impacto no cliente corresponderam Ă s expectativas criadas pela equipa da Dimscale?
Os nossos clientes sĂŁo, na sua maioria, internacionais, sendo que o nĂşmero de clientes nacionais tem vindo a aumentar. E isto deve-se ao facto da Dimscale ser praticamente a Ăşnica empresa que realiza este tipo de trabalho quer a nĂvel nacional, quer a nĂvel internacional e a ter uma marca registada nesta ĂĄrea. Um dos nossos primeiros clientes foi uma empresa sul-africana, mercado este que estĂĄ habituado a trabalhar com Cost Management. Fomos contratados como gestores de custo de um Resort, e mais tarde, recebemos o convite para assumir um outro projeto para o mesmo cliente. Aquando a entrega dos projetos de execução, o valor indicado por nĂłs ao nosso cliente tinha um desvio entre 1% a 2,7% relativamente aos preços apresentados pelas empresas construtoras. Este facto ĂŠ inĂŠdito e nĂŁo hĂĄ registo no mercado da apresentação de uma anĂĄlise de custo com margem de erro tĂŁo tQĂ€PD FRPR D DSUHVHQWDGD SHOD 'LPVFDOH Foi um orgulho ter conseguido estes resultados e em mais especial, por ter sido o primeiro realizado com base no nosso conceito de Architecture Cost ManagementÂŽ. Este ĂŠ um dos nossos case studies que iremos divulgar em futuros eventos da Dimscale, sendo que estes resultados tĂŞm trazido notoriedade dentro e fora de Portugal.
Qual a importância do Architecture Cost ManagementÂŽ para a Arquitetura e Construção em Portugal? Em Portugal ĂŠ recorrente haver desvios na ordem dos 20 a 30% ou mais. É quase como uma crença. Imaginem que todas as obras pĂşblicas e privadas com desvios derrapagem inferiores a 3%, jĂĄ pensou no impacto nos investidores, na banca e na Economia? Essa tendĂŞncia tem de ser alterada e a solução passa por uma boa gestĂŁo entre o objetivo do projeto e a sua sustentabilidade, e ĂŠ ai que entramos. Queremos ser uma referĂŞncia a este nĂvel, ser distinguidos pela precisĂŁo do nosso trabalho e respetiva qualidade de serviços apresentados aos demais. Acho que qualquer promotor gostaria de ter a certeza e de saber quanto ĂŠ que YDL JDVWDU QXPD REUD VH Ă€FD PXLWR RX SRXco aquĂŠm do valor previsto, evitando assim complicaçþes e gastos desnecessĂĄrios. E connosco hĂĄ essa possibilidade, trazemos a realidade aos clientes, procuramos os serviços ao melhor preço e qualidade, e a reFHLWD Ă€QDO p GHOLFLRVD Por onde passa o futuro da Dimscale? O futuro da Dimscale passa por continuarmos a aprender e a criar a inovação no mercado nesta ĂĄrea de negĂłcio. Quando estamos a fazer um trabalho nĂŁo podemos pensar que ĂŠ para nĂłs, esse trabalho ĂŠ para outras pessoas. Ele tem de ser visto, entendido e entendĂvel por um vasto universo de pessoas e o futuro da Dimscale passa por continuar a criar esta inovação e esta mais-valia no mercado nacional, mas tambĂŠm ingressarmos cada vez mais no mercado internacional. A marca Architecture Cost ManagementÂŽ estĂĄ bem consolidada no mercado e vamos continuar a trabalhar para dar qualidade e sustentabilidade aos projetos que nos surjam, vamos continuar a fazer crescer a nossa equipa H FRPSHWrQFLDV GH IRUPD D EHQHĂ€FLDUPRV GD melhor forma os nossos clientes.
JosĂŠ Firmino da Silva Ferreira, Lda.
Reabilitação Urbana
Rigor, Qualidade e Inovação JosĂŠ Firmino da Silva Ferreira inicia a atividade em nome individual nos anos setenta, com apenas 20 anos de idade e juntou uma pequena equipa de cerca de trĂŞs pessoas. Ultrapassou todas as dificuldades inerentes ao negĂłcio da construção, chegando aos anos oitenta com 20 colaboradores. Em 1984, decide dar mais um passo rumo ao sucesso criando a JosĂŠ Firmino da Silva Ferreira, Lda. Tendo como referĂŞncia o crescimento sustentado, JosĂŠ Firmino dedica a sua vida a acompanhar todos os trabalhos realizados ensinando a arte de bem construir Ă equipa que o acompanha. “Manter um crescimento sustentado ĂŠ a base do sucesso para sobreviver num mercado competitivoâ€?, defende JosĂŠ Firmino, gerente da empresa.
A empresa JosĂŠ Firmino da Silva Ferreira, Lda surge do seu empreendedorismo e visĂŁo de futuro. Como decorreu esse processo? Iniciei atividade em nome individual em 1976, com cerca de trĂŞs funcionĂĄrios. Nessa ĂŠpoca, as obras eram de pequena dimensĂŁo e como tinha um nĂşmero reduzido de IXQFLRQiULRV QmR FRQVHJXLD UHVSRQGHU DĂ€Umativamente a todas as solicitaçþes de obra. A equipa foi, entĂŁo, aumentando, de forma a conseguir responder ao maior nĂşmero de solicitaçþes possĂvel. Em 1984 jĂĄ com uma equipa de 20 colaboradores e decidi criar a empresa JosĂŠ Firmino da Silva Ferreira, Lda. O meu maior cliente era a EDP (na altura CPE) que contratou os meus serviços para trabalhar no grupo de
dores, mas somente porque coincidia com o volume de trabalho existente. Desde hĂĄ 10 anos que o nĂşmero de funcionĂĄrios se mantĂŠm. A forma que encontrei para contrariar as fases menos produtivas foi abrir o leque de serviços. Faz parte do grupo uma empresa imobiliĂĄria que ĂŠ promotora direta dos edifĂcios que construo. Para alĂŠm disso desenvolvemos atividades complementares Ă ĂĄrea da construção civil H REUDV S~EOLFDV FRPR DV OLPSH]DV Ă RUHVtais, construção e manutenção de espaços verdes pĂşblicos ou privados, assim como, limpeza urbana e industrial. JosĂŠ Firmino Ferreira, Gerente
Centrais do CĂĄvado que englobava um total de cinco barragens. O facto de a empresa ter sido contratada pela EDP foi crucial para o crescimento JosĂŠ Firmino da Silva Ferreira, Lda? Sim. Ao trabalhar para clientes empresariais consegui obter mais-valias, o volume de trabalho aumentou exponencialmente, alĂŠm de que obtive novos contatos para outras empreitadas e comecei a concorrer para realizar obras para os municĂpios. Foi assim que a empresa foi FUHVFHQGR H VROLGLĂ€FDQGR R VHX YROXPH de negĂłcios. Atualmente a EDP solicita o nosso trabalho essencialmente na zona norte: desde Miranda atĂŠ Coimbra. A quebra no setor da construção e obras pĂşblicas afetou todas as empresas deste ramo. De que forma contornou essa contrariedade? A quebra que existiu no ramo imobiliĂĄrio e nas obras pĂşblicas ressentiu o mercado e teve repercussĂľes em todas as empresas do ramo. Vi muitas empresas a fechar e a despedir trabalhadores. Houve uma fase em que esta empresa teve mais trabalhaCentro Social e Paroquial de Rio Caldo
Abriu o leque de serviços e o segmento de mercado... Exato! Apesar de ter iniciado a atividade com obras particulares, o meu maior cliente era, e ainda ĂŠ, a EDP, seguido das Câmaras Municipais. Atualmente disponibilizamos serviços para o segmento empresarial e a promotora imobiliĂĄria estĂĄ dedicada ao segmento particular. Engloba, na sua atividade empresarial, a fase da construção atĂŠ Ă conclusĂŁo, Ă â€œchave na mĂŁoâ€?? A nossa equipa ĂŠ composta por engeQKHLURV DUTXLWHWRV H WpFQLFRV TXDOLĂ€FDdos que acompanham todas as fases desde o projeto atĂŠ Ă entrega da chave ao proprietĂĄrio. Damos continuidade Ă atividade de construção comercializando os imĂłveis atravĂŠs da nossa promotora imobiliĂĄria. A otimização dos recursos humanos e materiais e o crescimento sustentado dita o sucesso desta empresa. Atualmente a JosĂŠ Firmino da Silva Ferreira, Lda ĂŠ uma empresa de suFHVVR D HTXLSD p TXDOLĂ€FDGD R VXcesso ĂŠ evidente e tudo se deve Ă perseverança e empreendedorismo de uma pessoa. Quem ĂŠ JosĂŠ Firmino da Silva Ferreira?
A JosĂŠ Firmino da Silva Ferreira, Lda comemora 33 aos de existĂŞncia este ano. No inĂcio foi muito difĂcil, comecei do zero em todos os sentidos. NĂŁo existia nenhuma infraestrutura pertença da empresa, nem uma sala para colocar uma secretĂĄria, nem um bocado de terreno para guardar o material que, aos poucos, ia conseguindo comprar. Comecei a trabalhar com apenas 13 anos, quando tinha 20 anos achei que deveria tentar a minha sorte e aventurar-me num QHJyFLR SUySULR 2 QRVVR SHUFXUVR SURĂ€Vsional desenha-se como o resultado do nosso trabalho, da experiĂŞncia que possuĂmos e das estratĂŠgias que adotamos. Eu, como empresĂĄrio, tive de escolher caminhos que julgava certos e revelaram-se errados, mas nunca desisti dos meus objetivos. Vi empresas que se desenvolveram mais que a minha a cair, por isso, defendo e defenderei, enquanto comandar esta empresa, um crescimento sustentado e investimentos muito bem ponderados. Eu delineio um limite para a minha empresa e apesar de ter uma equipa com competĂŞncias tĂŠcnicas e acadĂŠmicas, gosto de controlar todas as atividades pessoalmente. Por vezes, a equipa queixa-se que eu nĂŁo delego funçþes. Talvez o faça porque sĂł eu sei o quanto me custou erguer esta empresa, as horas que deixei de dedicar Ă famĂlia para trabalhar e angariar mais clientes. 'HĂ€QH D -RVp )LUPLQR GD 6LOYD )HUreira, Lda como uma empresa de cariz familiar? 6HP G~YLGD TXH VLP 2V PHXV Ă€OKRV WLYHUDP a oportunidade de estudar, de se licenciarem e hojefazem parte dos quadros da empresa. Mas quem trabalha no terreno sou eu, porque tenho a experiĂŞncia no contato direto com os fornecedores e clientes e conheço-os hĂĄ muitos anos. O futuro desta empresa passa, obviamente, pela gestĂŁo por parte dos PHXV Ă€OKRV GHL[R OKHV HVWH OHJDGR
Casa particular Arq. Valentim Miranda
Contactos http://www.josefirmino.pt/ geral@josefirmino.pt • 253 390 140 Gerês Albufeira: http://www.geresalbufeira.com/ reservas@geresalbufeira.com • 253 390 030
MunicĂpio SustentĂĄvel
MunicĂpio de Vila Nova de Cerveira
Viagem pelos sabores do rio e da terra Imagine este cenĂĄrio: Juntar a famĂlia e/ou amigos Ă mesa a degustar pratos saborosamente genuĂnos, desfrutar de uma bela paisagem natural e envolver-se numa contemplação artĂstica. NĂŁo ĂŠ preciso imaginar mais, quem visita Vila Nova de Cerveira nĂŁo fica indiferente a uma experiĂŞncia gastronĂłmica que desperta todos os sentidos.
Os sabores aliados aos saberes tĂŞm contribuĂdo para potenciar o turismo gastronĂłmico de Cerveira. Aqui, num (en)canto do Alto Minho, o rio e a terra revelam os usos e costumes e a forte ligação que a população mantĂŠm ao rio Minho e ao cultivo de produtos endĂłgenos. Fazer uma refeição em Vila Nova de Cerveira ĂŠ absorver uma explosĂŁo de sabores e de conhecimento da identidade de um povo. “Dispomos de uma riqueza JDVWURQyPLFD PXLWR Ă€HO j WUDGLomR PDV igualmente audaz pela evolução e adapWDomR jV H[LJrQFLDV GRV WHPSRVÂľ DVVHJXra o autarca cerveirense, Fernando Nogueira. Usufruindo de um enorme ‘abraço’ do rio Minho, os cerveirenses souberam como partilhĂĄ-lo. Ă€ mesa, o Debulho de SĂĄvel ĂŠ um dos pratos mais caracterĂsticos. O divinal arroz nasce do engenho da mulher do pescador que, aproveitando as partes menos nobres do peixe, concebe um inesquecĂvel arroz inebriado por uma mescla de especiarias que lhe confeUHP XP VDERU LQFRQIXQGtYHO 6H Mi Ă€FRX FRP iJXD QD ERFD UHVHUYH XP Ă€P GH VH-
mana de maio para degustar esta iguaria. Mas, nas åguas do rio Minho, num percurso de correntes e obståculos, hå ainda a lampreia de textura tenra. A sua Êpoca estå a terminar, mas para o ano, entre os meses de fevereiro e abril, volta a ser presença tradicional na cozinha de Cerveira. &RP DUUR] HP HVFDEHFKH j ERUGDOHVD RX assada no forno, a lampreia då origem a um festival de sabores, cuja paixão e mestria dos/as cozinheiros/as transformaram-na num prato de excelência. Reavivando a existência de uma forte relação dos cerveirenses ao cultivo da terra H j FULDomR GH DQLPDLV H DYHV R )LP GH-Semana Gastronómico de Vila Nova de Cerveira apresenta o Galo de Cabidela. Reza a história que o melhor Galo era sempre o eleito a ser poupado e engordaGR SDUD VHU VHUYLGR j PHVD HP GLDV IHVWLvos. Este ano, a iniciativa estå agendada SDUD R ~OWLPR ÀP GH VHPDQD GH DEULO dias 29 e 30. Para aguçar o apetite de quem procura novas experiências gastronómicas e noYRV VDERUHV VXUJLX R 9HDGR j ' 'LQLV um prato que associa história e tradição
j FRQWHPSRUDQHLGDGH 5HOHPEUDQGR D fundação da vila pelo Rei D. Dinis e a lenda do Rei Cervo, esta ‘obra de arte gastronĂłmica’ – como assim foi denomiQDGD UHSUHVHQWD XPD KRPHQDJHP j respeitosa defesa de todo o patrimĂłnio natural do concelho, com um toque atual HYRFDQGR R FRQFHLWR GH ´9LOD GDV $UWHVÂľ E apĂłs o repasto, e quando o estomago pede consolo, as gentes da terra, inspiradas pelo ciclo do milho, criaram o biscoito de milho: um doce genuĂno de Cerveira que se assume como a companhia perfeita para acompanhar um delicioso cafĂŠ. A sua confeção surge de tempos remotos, quando o Biscoito de Milho era apenas confecionado nas casas mais abastaGDV VHQGR PHVPR R SULQFLSDO DQĂ€WULmR nas mesas da PĂĄscoa. Este doce tradicional integra-se no enquadramento social e econĂłmico existente na altura, em que Vila Nova de Cerveira era terra de muiWRV PRLQKRV ´7HUUD GH 0ROHLURVÂľ Mais do que falar de gastronomia, o melhor mesmo ĂŠ provar in loco estas iguarias tĂpicas de Vila Nova de Cerveira. Fica o convite para um roteiro gastronĂłmico pela ‘Vila das Artes’.
NOOKE / TECNO-LUSITO
A bicicleta elÊtrica, portåtil e versåtil Idealizada por dois colegas do Curso de Engenharia Mecânica, a Nooke surge no mercado nacional com um modelo de bicicleta elÊtrica, portåtil e versåtil que promete surpreender tudo e todos com estes conceitos e o seu design inovador.
Gonçalo Ferraz, um dos fundadores da Nooke, apresenta o conceito que promete revolucionar a mobilidade urbana nacional. A Nooke surge da ideia de dois engenheiros mecânicos, que trabalhavam no ramo automóvel, que se propuseram a apresentar uma alternativa a quem quer alterar os seu håbitos de mobilidade... Ambos temos experiência no setor automóvel, por isso temos sensibilidade para questþes relacionadas com a mobilidade e questionavamo-nos porque Ê que os portugueses não adotavam a bicicleta como meio de transporte. Após alguns estudos concluimos que existem três motivos principais: o fator cultural pela associação da bicicleta ao tempo dos avós TXH QmR WLQKDP FDSDFLGDGH ÀQDQFHLUD
www.nooke.pt
Tecnologia e Inovação A perspicåcia e a capacidade de inovação da Tecno-Lusito têm sido fatores-chave par ao sucesso desta empresa sediada na Borralha, à gueda. ArsÊnio Martins, Diretor da Tecno-Lusito apresenta a sua empresa e revela um dos fatores de diferenciação desta empresa de sucesso.
ArsĂŠnio Martins, Diretor da Tecno-Lusito
A Tecno-Lusito existe desde 1990. Teve, desde essa altura, dedicada å mesma atividade? Sim, desde a sua fundação (23 maio 1990) a Tecno – Lusito sempre dedicou a sua atividade à transformação de cabos de aço, principalmente para as indústrias do ciclismo e motociclismo que nos anos 90 tinham uma grande presença na indústria do nosso distrito. A crise no sector das bicicletas e o decrÊscimo de investimento empresarial na zona de à gueda ditou a abertura de outros setores/ serviços? Sem dúvida que a crise no sector das duas rodas não só na zona de à gueda, mas em todos os distritos (de onde eram predominantemente os nossos principais clientes) obrigaram a Tecno-Lusito a procurar outras indústrias onde a aplicação de cabos de aço fosse colmatando a perda constante de clientes na årea das duas rodas. Assim, HP ÀQDLV GRV DQRV QR LQtFLR GD FULVH HFRQyPLFD GLYHUVLÀFDPRV D QRVVD SURGXção para responder as necessidades da inG~VWULD GDV SHTXHQDV PDTXLQDV DJUtFRODV (motocultivadores, motoenxadas, etc.), iluminação e indústria automóvel, merca-
para comprar uma motorizada, o fator da falta de segurança para os ciclistas e, por ~OWLPR R IDWRU JHRJUiÀFR FRP HVSHFLDO incidência nos declives acentuados caraWHUtVWLFRV GR QRVVR SDtV Estes fatores deram o mote para o desenho da primeira Nooke? Baseados nestes três fatores começamos a trabalhar no projeto da primeira Nooke, a Nooke Smart. O fator cultural jå estava a ser quebrado uma vez que as pessoas começavam a utilizar a bicicleta para efeitos de lazer e desporto e o fator segurança tambÊm estå a evoluir favoravelmente, uma vez que existem cada vez mais cidades com vias ciclåveis. O fator WRSRJUiÀFR p FRQWRUQDGR DWUDYpV GD DGLção de um motor elÊtrico, discreto e com boa autonomia. Esta foi a solução ideal encontrada para contrariar os declives das nossas cidades e o facto de os ciclistas chegarem ao seu destino sem exerceUHP PXLWR HVIRUoR ItVLFR As imposiçþes europeias, em relação à mobilidade, e a disponibilização de vias ciclåveis nas cidades deram força a este projeto?
info@nooke.pt
dos atÊ essa altura pouco explorados por nós. A aposta na criação de novos produtos Ê dos fatores diferenciadores da Tecno /XVLWR" 5HÀUD RXWURV 2 LQYHVWLPHQWR FRQWtQXR HP QRYRV SURGXtos dentro do âmbito dos cabos de aço Ê uma constante. Para alÊm da perspicåcia e poder de adaptação, a Tecno-Lusito aposta na capacidade de produção e rapidez de serviço. Hoje somos das poucas empresas que faz a injeção de zamak em cabos de aço com mais de 100 moldes diferentes de terminais e outras peças injetadas. Esta vertente permite-nos oferecer aos nossos clientes um produto de excelente qualidade num curto espaço de tempo e com sÊries de produção em quantidades mais pequenas, do que aquelas que quem pretende importar Ê obrigado a adquirir. Temos a capacidade de, dentro de portas e dada a nossa larga experiência e conhecimento tÊcnico desenvolvido ao longo dos anos, de fabricar qualquer tipo de cabo por mais antigo que seja o modelo. Tem havido mais aceitação da bicicleta como meio de transporte. Acredita que esta tendência se vai manter?
Portugal a Pedalar
Sem dúvida. A União Europeia estå a apostar em retirar, progressivamente, os automóveis das cidades e a aquisição de XP YHtFXOR QmR SROXHQWH FRPR D ELFLFOHWD elÊtrica Ê uma opção a ter em conta. Decidimos que a Nooke teria de ter uma componente de design apurada, ou seja, as nossas bicicletas teriam que ser bonitas. Para alÊm deste fator apoståmos em construir uma bicicleta com materiais de qualidade, com componentes de marcas ÀiYHLV H GXUiYHLV VHP TXH LVVR LQà DFLRnasse o preço de venda. Quais são as linhas de crescimento da Nooke? Neste momento temos projetamos o nosso crescimento em duas vias. Para alÊm da loja online estamos a criar uma rede de revendedores sólida e consistente. Actualmente a Nooke jå tem revendedores em Lisboa, Cascais, Viseu e Braga e contamos, em breve, marcar tambÊm presença no Porto. Independentemente do canal de venda, queremos que os nossos clientes sejam os primeiros embaixadores da Nooke e estamos a trabalhar neste sentido.
TelemĂłvel: 910991449
Atualmente a bicicleta estå mais associada ao bem-estar e å responsabilidade ambiental do que a meio de transporte, mas creio que a bicicleta estå a retomar um lugar de grande importância na nossa sociedade. Existem cada vez mais projetos de mobilidade urbana que se baseiam no uso da bicicleta, temos o exemplo da nossa capital de distrito de Aveiro com o projeto da BUGA ou o projeto de bicicletas partilhadas desenvolvido pela nossa Camara Municipal de à gueda. A Internacionalização Ê um dos passos futuros da Tecno-Lusito? 6LP GHÀQLWLYDPHQWH HVVH p R FDPLQKR $ Tecno-Lusito não estå parada nesta vertente, GHVGH DOJXQV DQRV SDUD Fi WHPRV LQWHQVLÀFDdo o nosso esforço no desenvolvimento de parcerias com empresas Europeias da indústria do ciclismo e motociclismo, mas infelizPHQWH D FRQFRUUrQFLD GH SDtVHV FRPR D &KLQD GHL[D QRV FRP GLÀFXOGDGHV GDGR RV SUHços baixos que praticam. Temos desenvolvido em parceria com a ABIMOTA a participação em algumas feiras internacioQDLV GR VHFWRU D ÀP GH QRV GDU D FRQKHFHU H que tem trazido alguns resultados, alguns deles com negócios concretizados outros ainda em desenvolvimento.
Rua do Alto do Vale do Grou, n.º 728, 3750–870 Borralha – à gueda • www.tecnolusito.pt • Email: geral.tecnolusito@gmail.com • Tel. (+351) 917 388 391 / (+351) 234 724 399
Portugal a Pedalar
Abimota
ABIMOTA quer que Portugal seja a capital europeia da indĂşstria de duas rodas A ABIMOTA - Associação Nacional das IndĂşstrias de Duas Rodas, Ferragens, MobiliĂĄrio e Afins junta empresas do setor para as divulgar no mercado internacional. JoĂŁo Miranda, Presidente da Direção e JoĂŁo Medeiros, SecretĂĄrio-geral explicam como em entrevista ao PaĂs Positivo.
-RmR 0HGHLURV 6HFUHWiULR *HUDO H -RmR 0LUDQGD 3UHVLGHQWH GD 'LUHomR
A ABIMOTA representa os seus associados hĂĄ 42 anos. Como iniciou a ABIMOTA e quais os seus objetivos? JoĂŁo Miranda – A ABIMOTA iniciou como uma Associação de equipamentos de rodas que teve o seu inĂcio em 1975. Começou com uma abrangĂŞncia local com empresa de rodas, depois alargou-se ao âmbito das ferragens. Tem como objetivo ajudar o setor e todas as empresas locais. JoĂŁo Medeiros – É uma Associação que sĂł tem indĂşstria: temos 53 das duas rodas, 29 de ferragens, 10 de mobiliĂĄrio PHWiOLFR H DĂ€QV 1XP WRWDO GH DVVRciadas, mais de 60% em Ă gueda. Sendo certo que os associados se repartem pelos distritos de Aveiro, Braga, Coimbra, Porto, SantarĂŠm e Viseu. A maior empresa das duas rodas estĂĄ sediada em Vila 1RYD GH *DLD 6H IRUPRV DR VHWRU GDV IHUUDJHQV D PDLRU FRQFHQWUDomR JHRJUiĂ€FD continua a ser em Ă gueda. A razĂŁo de ser que trouxe a sede da Associação para Ă gueda, sendo uma associação empresarial de âmbito nacional, ĂŠ porque a indĂşstria dos setores nela representado se encontra maioritariamente neste municĂpio.
A associação evoluiu ao longo destes anos. O associativismo continua a ser o objetivo primordial? Quais as valĂŞncias adquiridas? J. Miranda – AlĂŠm da parte associativa, temos o laboratĂłrio que ajuda os nossos associados na investigação, homologação de produtos, no desenvolvimento de todo o setor produtivo das indĂşstrias. Isso ĂŠ bastante importante, porque podem testar e afeiçoar os seus equipamentos. Damos apoio jurĂdico aos nossos associados. A ABIMOTA tambĂŠm intervĂŠm com a ĂĄrea governamental, com as normas e leis internacionais, apoia e desenvolve contatos com parceiros estrangeiros, nas visitas ou participação em feiras que ĂŠ um instrumento de projeção de Portugal a nĂvel internacional. J. Medeiros – O nosso LaboratĂłrio ĂŠ exclusivo para bicicletas e ĂŠ Ăşnico da PenĂnsula IbĂŠrica. A ABIMOTA para as bicicletas ĂŠ o organismo de normalização setorial, estatuto que o Instituto PortuguĂŞs da Qualidade conferiu Ă $%,027$ SDUD FHUWLĂ€FDU DV ELFLFOHWDV todos os modelos deverĂŁo passar aqui. 1D 3HQtQVXOD ,EpULFD VRPRV RV ~QLFRV H potencialmente temos mercado Portu-
JXrV H (VSDQKRO D SRGHU GHYHU FHUWLĂ€car os equipamentos no nosso laboratĂłrio. Em Barcelona temos um parceiro protocolado connosco que faz o mesmo tipo de ensaios para as bicicletas elĂŠtricas, que obviamente ĂŠ uma mais-valia Ă€QDQFHLUD QyV ID]HPRV D SDUWH PHFkQLca, eles fazem a parte elĂŠtrica, essa parceria vai gerar frutos quer econĂłmicos como de projeção de imagem. A associação tem apostado nesta ĂĄrea, esta semana estamos em Coimbra com o Instituto Superior de Engenharia de Coimbra numa feira com alguma dimensĂŁo, estamos presentes para mostrar que possuĂmos um laboratĂłrio de referĂŞncia. Vamos tambĂŠm estar presentes aqui em Ă gueda, parceiros da autarquia num evento de âmbito mundial, chamado IMBA (International Mountain Bike Association) Summit for Europe, a ABIMOTA vai ter um stand onde vamos divulgar todas as nossas valĂŞncias. Divulgamos por todo o lado a ABIMOTA, porque nĂŁo ĂŠ sĂł a bicicleta, temos outros laboratĂłrios associaGRV XP ODERUDWyULR GLPHQVLRQDO SRVsuĂmos um braço mĂłvel que vai fazer o trabalho Ă s empresas, temos laboratĂłrio quĂmico, de superfĂcies e de produtos (balizas de futebol, tabelas de basquetebol, chaminĂŠs, cabines de duche, fechaduras) e ensaios de ruĂdo que fazemos Ă s motas, entre muitos outros. Portanto, existem outras valĂŞncias para alĂŠm do laboratĂłrio das bicicletas, naturalmente com concorrĂŞncia no mercado. O Grande PrĂŠmio ABIMOTA continua a ser um ex-lĂbris da associação? Qual a sua representatividade nos dias atuais? J. Miranda ² e XP *UDQGH 3UpPLR $%,MOTA que existe desde o inicio, nĂŁo divulga sĂł a ABIMOTA, mas tambĂŠm, a maioria dos nossos associados a nĂvel de imagem de marcas. É como se fosse a nossa medalha, ĂŠ um cartĂŁo-de-visita, uma projeção da associação. J. Medeiros – Este ano vai para a estraGD D ž HGLomR GR *UDQGH 3UpPLR $%,MOTA, a associação tem 42 anos. Repa-
Abimota re que sĂŁo 38 ediçþes, em 42 anos de vida, e com cerca de 95 % de investimento privado dos associados, fornecedores e colaboradores e 5% de investimento pĂşblico: temos connoscoa Universidade de Aveiro e as autarquias onde começa e termina cada etapa, como tivemos num passado recente a CIM de Aveiro (Comunidade Intermunicipal da regiĂŁo de Aveiro) e o turismo, mas basicamente ĂŠ a vontade dos associados, dos dirigentes, dos colaboradores que “pĂľe em pĂŠâ€? esta prova. Isto ĂŠ uma organização arrojada, responsabilidade 100% privada, quer da parte dos custos como das receitas, o que nĂŁo costuma acontecer em PortuJDO (VWH *UDQGH 3UpPLR p XP DFRQWHFLmento nacional de ciclismo que junta muita gente na rua para ver este evento. Este ano conseguimos alargar a prova para 4 dias, que ĂŠ uma tarefa que requer investimento, vai ser dia 15 de junho atĂŠ dia 18. Com o percurso que estamos a estudar este ano vamos privilegiar o interior, existe aĂ uma grande recetividade das autarquias. Vamos começar em Proença atĂŠ BelPRQWH YDPRV DQGDU QD %HLUD ,QWHULRU Penamacor, Sabugal, Almeida, Manteigas, sendo que a Ăşltima etapa farĂĄ a liJDomR HQWUH *RXYHLD H ÉJXHGD 2 *UDQGH 3UpPLR SDVVD VHPSUH j QRVVD porta, serĂĄ no domingo. Em Ă gueda a prova ĂŠ recebida com grande entusiasmo por parte da população, atĂŠ porque a autarquia ĂŠ parceira da ABIMOTA desde sempre. Outra das prioridades da ABIMOTA ĂŠ a de estar presente em eventos internacionais, como, por exemplo, feiras? J. Miranda – Estamos presentes em feiras internacionais com os nossos associados na maioria delas relacionadas com a bicicleta, com o intuito de os projetar no estrangeiro, mas tambĂŠm, divulgar o nosso laboratĂłrio com capacidade de ensaios para clientes externos e com a possibilidade de investimento estrangeiro para vir a construir nesta zona uma unidade industrial. Temos vĂĄrios investidores estrangeiros que estĂŁo interessados em instalarem-se em Ă gueda, de certa forma com alguma intervenção da ABIMOTA. Estamos, assim, a tentar colocar Ă gueda como a capital da bicicleta. Concorda que as acessibilidades ainda sĂŁo um fator de desmotivação para circular de bicicleta? J. Miranda- Os acessos ainda sĂŁo poucos e maus. Todos os paĂses latinos tĂŞm esse
problema, nĂŁo existem vias rodoviĂĄrias destinadas Ă s bicicletas. Porque ĂŠ que nos paĂses nĂłrdicos e na Alemanha existe esse hĂĄbito? Porque existem ciclovias em condiçþes para se circular, nĂŁo ĂŠ perigoso circular na estrada. Em Portugal jĂĄ se começa a pensar nisso, tem-se feito um esforço nesse sentido, mas as infra estruturas antigas nĂŁo podem ser substituĂdas de um dia para o outro. Devagar estamos a modernizar-nos. Eu nĂŁo corro o risco de vir de bicicleta numa estrada nacional e um camiĂŁo ultrapassar-me e ser atropelado ou abalURDGR 1HVWH PRPHQWR XWLOL]D VH PDLV D bicicleta de montanha para desporto, para andar na estrada, a citybike nĂŁo ĂŠ uma bicicleta que se venda muito, porque ainda nĂŁo existem condiçþes. Por onde passa o futuro da ABIMOTA? J. Medeiros – Somos promotores do projeto Portugal Bike Value Empresarial que decorre da vontade dos parceiros e dos associados que nĂŁo sĂŁo sĂłvda indĂşstria, de criar um cluster das duas rodas. Os clusters tĂŞm de ser reconhecidos pela ĂĄrea governamental. Este nĂŁo foi reconhecido formalmente, mas trabalhamos sobre o projeto informalmente, nĂŁo hĂĄ cluster, no entanto, estĂŁo criadas todas as condiçþes para um cluster das duas rodas. Isto porque nĂŁo hĂĄ ainda uma acentuada tradição em Portugal nas deslocaçþes de bicicleta de casa para o trabalho, embora nesta zona seja comum. Penso que serĂĄ um fator cultural e ainda faltam as condiçþes rodoviĂĄrias para isso porque nĂŁo temos infra estruturas. Ainda reIHUHQWH DR 3RUWXJDO %LNH 9DOXH UHĂ€UD VH que a ABIMOTA registou esta marca em termos nacionais e internacionais, da ideia ao logotipo e uma brochura informativa para ser apresentada nas feiras, HP TXH HVWi LQHUHQWH D LGHLD GR FOXVWHU que era juntar a produção de componentes e a montagem de bicicletas Ă tecnologia que existe no nosso laboratĂłrio, ao apoio jurĂdico que prestamos, ao pĂłlo universitĂĄrio nosso vizinho e parceiro. Este projeto Portugal Bike Value permite mostrar internacionalmente que em Portugal este setor ĂŠ forte, existe e resiste hĂĄ muito tempo, hĂĄ tradição, knowhow, condiçþes de estabilidade e, pelo conjunWR GR TXH Ă€FD GLWR ID]HPRV XPD IRUWH DSRORJLD GR VHWRU H GR SDtV 1D YHUWHQWH do Portugal Bike Value Empresarial, associĂĄmo-nos Ă s pequenas e mĂŠdias empresas para desenvolver um projeto comum, para ganharmos escala e admitindo que, em conjunto, associados, somos mais fortes.
Portugal a Pedalar
Turismo Cultural
Grutas da Moeda
Grutas da Moeda: a porta de entrada para o paraĂso terreno Lago da Felicidade
8P QpRQ UHĂ HWH QD HQWUDGD 1XP SDVVR H XP degrau espera-nos com uma atmosfera dourada e hĂşmida, a Calcite que reluz das paredes. Ao longe o pingar de ĂĄgua, como fosse uma pequena cascata, esse ĂŠ o som que nos HQYROYH GXUDQWH WRGR R SHUFXUVR QD *UXWD GD 0RHGD ,PHUJLPRV QXPD HVFDGD VLQXRVD HP pedra entre a neblina e os tons terra que forram a gruta. Acompanhou-nos na visita um casal holandĂŞs. Numa curva, surge uma pequena lagoa de ĂĄgua translĂşcida, onde no fundo brilham moedas de todo o mundo. Viramo-nos de costas, pensamos num inconfesViYHO GHVHMR H DWLUDPRV D QRVVD 4XH VH FXPpra a lenda. É o lago da felicidade. 0RHGD SRUTXH HUD FRVWXPH QDTXHODV WHUUDV encontrar moedas perdidas, alimentou o sonho de um tesouro escondido nas rochas. Foi em 1971 que o proprietĂĄrio do terreno decidiu entrar na gruta, teve de descer uma ladeira Ăngreme e rochosa quando atingiu o paraĂ-
so, mesmo ali, debaixo do chĂŁo. O calcĂĄrio mostra-se em diversas formas, as rochas tornam-se gigantes, meninos, ĂĄrvores e atĂŠ um presĂŠpio, tudo aquilo que a nossa imaginação desenha. A argila escorre na parede colorindo-a num tom ocre. Criam-se cristais, estalactites e estalagmites como dentes numa boca rasgada na rocha. Ao longo do tempo por processos quĂmicos e pela circulação da ĂĄgua pelas fendas a estrutura vai-se DODUJDQGR H PRGLĂ€FDQGR GH DVSHWR QXPD transformação contĂnua. Seguimos para as cavernas e salas da gruta; a Sala do PresĂŠpio; Algar d´à gua; Sala do Pastor; Cascata; Nicho da Virgem; CĂşpula Vermelha Capela Imperfeita; AbĂłbada Vermelha e Fonte das LĂĄgrimas. É entre o calcĂĄrio carregado de cores terra que as rochas criam formas como fossem personagens de uma histĂłria. As pedras ruJRVDV HVFDYDGDV WUDQVIRUPDGDV HP Ă€JXUDV mitolĂłgicas, sempre numa constante trans-
Fonte das LĂĄgrimas
formação. A profundidade atinge os 45 metros abaixo da entrada e a temperatura mantĂŠm-se nos 18Âş, a ĂĄgua lĂmpida convida a um banho num cenĂĄrio de sonho. O som da ĂĄgua FRQWLQXD D JRWHMDU VHPSUH VHP SDUDU H SDUHFH que poderĂamos viver ali para sempre. Sobe-se para um copo, oferta da casa, o AbafadiQKR GD PRHGD H HVSHUD QRV XPD ORMD GH SURGXWRV UHJLRQDLV Vy QmR YHQGH R GHVHMR TXH IRL pedido no Lago da Felicidade. Esse sĂł a gruta o pode realizar.
Grutas da Moeda, como a geologia conta a nossa histĂłria Quem nos acompanha nesta visita como DQĂ€WULmR p 'DQLOR *XLPDUmHV UHVSRQViYHO SHOD &RPXQLFDomR GDV *UXWDV GD 0RHGD Começamos pelo Centro Interpretação &LHQWLĂ€FR H $PELHQWDO TXH WHP XP REMHWLYR EHP GHĂ€QLGR ´ SUHWHQGH PRVWUDU DR YLsitante de FĂĄtima que temos um paĂs rico em rochas e minerais, nomeadamente os calcĂĄrios que compĂľem esta regiĂŁo. O paĂs ĂŠ feito de montes e vales, feito de rochas onde existem minerais. NĂłs, aqui, pretendemos mostrar aos portugueses que somos um paĂs mineiro. Um paĂs que tem pirite, volfrâmio, cobre, etc. E, essencialmente na regiĂŁo de FĂĄtima somos uma zona rica em FDOFiULR TXH H[SRUWD SDUD D &KLQD TXH p utilizado no revestimento de casas, no fabrico da cal e cimento, no fabrico da pasta de dentes e de muitos produtos farmacĂŞuticos, estas sĂŁo algumas das nossas maiores riquezas. Explicamos tambĂŠm, no Centro de Interpretação, os acontecimentos de FĂĄtima sob o ponto de vista da geologia; FĂĄtima estĂĄ num planalto, dentro de um macioR FDOFiULR TXH VH GHVLJQD SHOR 0DFLoR &DOcĂĄrio da Estremadura, que ĂŠ o maior do nosso territĂłrio nacional. Este planalto com o tempo foi erodido pela chuva, soprado
SHORV YHQWRV H Ă€FRX OLVR $ &RYD GH ,ULD HVWi situada numa depressĂŁo no meio deste planalto. O que acontece? Toda a chuva que caĂa ia descendo, empurrando o sedimento PDLV Ă€QR H IpUWLO SDUD D GHSUHVVmR SRU LVVR os pastores procuravam as terras mais ricas (Cova de Iria) para alimentar o seu gado. (‌) neste maciço toda a ĂĄgua pluvial se inĂ€OWUD QDV URFKDV SDUD DV JUXWDV R TXH GHL[D o solo seco. EntĂŁo, era importante procurar locais onde existisse erva e nĂŁo sĂł rocha para alimentar os animais. É de fato uma curiosidade para explicar aos nossos visitantes. (‌) Este maciço tem a existĂŞncia de 200 milhĂľes de anos. E as pessoas pergunWDP ´&RPR p TXH VDEH LVVR"Âľ 1yV H[SOLFDmos, dentro da rocha que hĂĄ em FĂĄtima, vamos encontrar fosseis de animais que viveram hĂĄ milhĂľes de anos e alguns desses exemplares estĂŁo aqui expostos. E quanto mais funda estĂĄ a rocha, mais antigos sĂŁo os H[HPSODUHV HQFRQWUDGRV Âľ 8P GRV REMHWLYRV GR &HQWUR p GHVPLVWLĂ€FDU HVWDV TXHVW}HV Âľ ([SOLFD 'DQLOR *XLPDUmHV (VWH p R roteiro de todas as visitas que se fazem Ă s *UXWDV GD 0RHGD D H[SOLFDomR JHROyJLFD RV IyVVHLV RV PLQHUDLV H SRU Ă€P D JUXWD $ geologia pode explicar muita coisa do nos-
so passado, datar a transformação de todo o territĂłrio e seres vivos que habitavam esta regiĂŁo. ´$ FLrQFLD H UHOLJLmR QmR VmR LQFRPSDWtYHLV muitos monges refugiavam-se em grutas e HUDP HVWXGLRVRV FRP PpWRGRV FLHQWtĂ€FRV As grutas estĂŁo abertas hĂĄ 45 anos, foram descobertas em 1971 e disponĂveis ao pĂşblico em 1974. O Centro de Interpretação inaugurou em 2009, a empresa tem como Ăşnicas receitas as entradas dos visitantes, PDV R &HQWUR IRL XP HVIRUoR TXH Ă€]HPRV para tentar oferecer ciĂŞncia a quem a procura. Aqui temos a facilidade em conseguir dar esses momentos de conhecimento cienWtĂ€FR HPERUD RV YLVLWDQWHV QmR VHMDP Vy RV que vĂŞm a FĂĄtima em turismo religioso, existe uma heterogeneidade no nosso pĂşblico. Recentemente tivemos um grande boom de nacionalidades diferentes das haELWXDLV DVLiWLFRV EUDVLOHLURV H UXVVRV (VFODUHFH 'DQLOR *XLPDUmHV E parcerias com instituiçþes nacionais? Perguntamos. Temos imensas atividades para a comunidade escolar e municĂpios. Parcerias com o 0XVHX GH +LVWyULD 1DWXUDO HP /LVERD FRP R *HRSDUN 1DWXUWHMR QD %HLUD %DL[D FRP R
Danilo Guimarães, Relaçþes Públicas
3DUTXH GRV 0RQJHV HP $OFREDoD H FRP R 0XVHX GH $UWH 6DFUD H 3HJDGDV GH 'LQRVVDXURV HP )iWLPD 'LYXOJDPRV DV QRVVDV URWDV MXQWR GRV RSHUDGRUHV WXUtVWLFRV SDUWLcipamos em feiras tanto destinadas a turismo, como para a educação. Procuramos diYXOJDU MXQWR GH QLFKRV GH PHUFDGRV FRPR por exemplo, estrangeiros residentes em 3RUWXJDO H QDWXUDOPHQWH MXQWR GR S~EOLFR nacional que Ê o nosso maior cliente. ConFOXL 'DQLOR *XLPDUmHV UHVSRQViYHO SHOD &RPXQLFDomR GDV *UXWDV GD 0RHGD
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TR NA PA AB FE RT AB A L S T IC IP ER HA A D A TU DO OS RA RE :1 0 S
1 7 0 2 CRESCIMENTO EMPREGO + JUSTIÇA SOCIAL ANIMAÇÃO MUSICAL
Bombos Banda Filarmónica Folclore
SONS do MINHO Tuna da Ass. Agostinho Roseta
UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES
VIANA DO CASTELO CENTRO CULTURAL DE
VIANA DO CASTELO