Dezembro 2017 | Edição Nº111
Este caderno comercial faz parte integrante do Jornal de Notícias e do Diário de Notícias de 30 de dezembro de 2017 e não pode ser vendido separadamente
The Best of Wines 2017 – – – – –
Dão Douro Setúbal Vinho Verde Alentejo
Feira Gastronómica do Porco de Boticas em destaque
Climex, 50 anos a inovar
“Acreditamos que temos soluções inovadoras para um mercado que necessita de ser apoiado” Pedro Pinto Coelho, Presidente Executivo BNI Europa
DPO Consulting / Samsys
Regulamento Europeu da Proteção de Dados
Os crimes na tecnologia
“O sucesso reside na antecipação de situações”
Elsa Veloso, CEO da DPO Consulting, em entrevista ao País Positivo.
No âmbito do novo Regulamento Europeu de Proteção de Dados, entramos à conversa com Samuel Soares, Diretor Geral da Samsys.
O progresso nas tecnologias da informação e da comunicação mudaram radicalmente o nosso dia-a-dia, tanto a nível pessoal como profissional. Existem muitas vantagens e novas ferramentas, mas, como qualquer ferramenta usada pelo ser humano, é também susceptível de ser utilizados para fins ilícitos de qualquer tipo. Diariamente sabemos de casos de ameaças através de vírus ou programas de computador (malware) que circula livremente pela internet instalando nos nossos dispositivos. Às vezes eles tentam causar danos aos computadores e redes de computadores, às vezes eles tentam roubar informações ou espiar-nos (Spyware). Estas mesmas ameaças são reproduzidas por ataques dirigidos por humanos (hackers) que os realizam com objetivos idênticos. As motivações e propósitos desses atos criminosos podem ser tantos como os autores que os promovem. Em alguns casos, será obter informações para vender, plagiar ou chantagear e, em outros casos, será satisfazer um mero ego “intelectual”. Do mesmo modo, os crimes tradicionais encontraram nas novas tecnologias um terreno fértil para inovar e ampliarem-se. Aos crimes tradicionais e falsificações de identidade encontraram novas variáveis como o phishing. Também outro horrível crime como seja o de obter material sexual de menores, praticar o assédio ou abuso
Elsa Veloso, Advogada, DPO e Certified Information Privacy Professional Europe CEO da DPO Consulting ev@dpoconsulting.pt
sexual (grooming) encontrou um terreno propício, já que através do correio eletrônico, mensagens instantâneas ou redes sociais, os criminosos podem contatá-los induzindo os menores em erro por meio de perfis falsos e, o que é mais preocupante, sem que os adultos possam perceber e controlar. Mais grave ainda quando as tecnologias servem para troca de material sexual de menores para e por pedófilos. Apesar de ser o mesmo tipo de crimes, o número de vítimas em potencial é perigosamente maior, devido à facilidade de acesso aos menores e a possibilidade de manter, o delinquente, no anonimato.
No que diz respeito ao novo Regulamento Europeu de Proteção de Dados, de que forma se afirma a Samsys como parceiro privilegiado dos seus clientes? Estão vários motivos subjacentes, mas deve-se sobretudo ao pelo facto de conhecermos bem a realidade dos nossos clientes, nas mais variadas áreas de negócio. Ao longo de 20 anos a empresa foi crescendo, seja a equipa, infraestruturas, as redes tornaram-se mais complexas, as soluções mais completas e, mais importante do que tudo, a relação com as empresas que são nossas clientes ficaram mais coesas. Os serviços prestados no âmbito das auditorias e formação são absolutamente a chave de todo o processo. O caminho que nos leva até ao cumprimento absoluto do DGPR é moroso e minucioso. É no conhecimento e na antecipação de situações, por parte das empresas, que reside grande parte do sucesso destas ações. O último fator passa pelo facto de termos um portfólio completo com soluções vanguardistas, para cada setor. Mais do que apresentar um número grande de soluções, queremos ajudar os nossos clientes com as soluções globais mais avançadas, adequadas às suas necessidades e expectativas. Para isso, já organizámos dois eventos que ajudaram a esclarecer o tema e estamos já a organizar o próximo, em fevereiro de 2018.
Samuel Soares, Diretor Geral da Samsys, no evento DDC Samsys (maior evento nacional gratuito de Desenvolvimento Pessoal e Profissional)
Considera que este regulamento irá trazer, efetivamente, mais segurança no que diz respeito aos dados e à privacidade? Efetivamente, essa é a nossa expectativa. Esperamos que mude para melhor, só não temos a certeza que trará mais segurança. Haverá maior controlo, certamente, por uma entidade que fará auditorias e aplicará coimas em caso de infrações, o que irá contribuir para as empresas cumprirem todas as obrigatoriedades. Agora o seu cumprimento está do lado dos indivíduos. De que forma poderão as empresas ganhar competitividade? As empresas poderão ganhar competitividade a partir do momento em que estiverem devidamente informadas e se protegerem. É necessário trabalhar e planear as ações antecipadamente. Acreditamos que o segredo das boas práticas reside na devida antecipação de problemas e na prevenção.
Regulamento Europeu da Proteção de Dados
Capgemini
“Fator crítico de diferenciação competitica” Carlos Vidinha, Principal Manager na área de Application Development and Maintenance com mais de 20 anos de experiência nas áreas de compliance, data privacy, implementação de sistemas e transformação digital. É co-responsável pelas áreas de Data Privacy, Cyber Security e pelo portfólio de soluções GDPR. Possui ainda as certificações Certified Information Privacy Professional/Europe (CIPP/E) e Certified Information Privacy Manager (CIPM).
Carlos Vidinha
O mercado único digital europeu contribuirá com 415 mil milhões de Euros para a economia europeia, dinamizando a criação de emprego, o crescimento, a competitividade, o investimento e
a inovação. No contexto da onda global de transformação digital, o objectivo é expandir mercados, oferecer bens e serviços novos e mais competitivos, criar oportunidades para o surgimento de novas startups e estimular o crescimento e a inovação nas empresas existentes, num mercado com cerca de 500 milhões de cidadãos. À data atual, os principais pilares da moldura legal de proteção de dados na UE são a diretiva sobre privacidade e comunicações electrónicas e o regulamento geral de proteção de dados (RGPD). A primeira data de 2009, existindo desde o início deste ano uma proposta da Comissão Europeia para a criação de um novo regulamento que substitua a atual diretiva. O segundo foi
aprovado em Abril de 2016 e produzirá efeitos a partir de Maio de 2018. O Regulamento Geral de Proteção de Dados (Regulamento (UE) 2016/679) é um diploma através do qual o Parlamento Europeu, o Conselho Europeu e a Comissão Europeia pretendem reforçar e unificar a legislação sobre proteção de dados pessoais na União Europeia (EU). O objetivo é o de, complementarmente à promoção da livre circulação de dados, proteger todos os cidadãos da UE de possíveis violações de privacidade e fugas de informação, garantindo os direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos a este nível. O novo regulamento é diretamente aplicável por todos os Estados-Membros não necessitando de ser transposto para a legislação nacional, aplicando-se transversalmente a todas as áreas de atividade económica no espaço da UE, tendo apenas de, em áreas específicas, ser conjugado com alguma legislação sectorial nacional. As alterações impostas são vastas e profundas em relação à legislação anterior (baseada na diretiva 95/46/CE), ao nível dos princípios a observar, fundamentação jurídica, categorias especiais de dados e direitos do titular dos dados, impondo sanções que podem ir até 20M€ ou 4% do volume total de negócios da organização. Em cada empresa, o respetivo Admi-
nistrador responde por omissão de aplicação das regras do RGPD com base nos deveres gerais previstos no Código das Sociedades Comerciais. Cada estado membro estabelecerá uma Autoridade de Supervisão (AS) para recolher evidências do cumprimento, ouvir e investigar queixas, recomendar a adoção de medidas de remediação, sancionar infrações administrativas, etc. cabendo à Comissão Europeia de Proteção de Dados (CEPD) a coordenação das AS de cada país. A aplicação do RGPD irá provocar impactos operacionais significativos nas organizações, tendo estas deveres de autoresponsabilização sobre a proteção de dados das pessoas singulares, o que implica a implementação de um programa de transformação organizacional a vários níveis tendo em vista uma evolução alinhada com os princípios do regulamento.
Site: www.pt.capgemini.com/ E-mail: geral.pt@capgemini.com
Tendo presentes: A proposta aprovada em 14 de novembro de 2016 pelo plenário do Conselho Nacional da Economia Social (CNES) para realização do 1.º Congresso Nacional da Economia Social; O amplo e profícuo trabalho de preparação deste Congresso que decorreu ao longo do ano de 2017, sobretudo materializado na realização de quatro sessões temáticas, em Lisboa, Póvoa de Varzim, Mangualde e Évora, amplamente participadas, quer por dirigentes, quadros e associados das organizações da Economia Social, quer por membros da sociedade civil sem ligação a estas organizações; O empenhamento assumido pelas Entidades de âmbito nacional da Economia Social na organização deste Congresso, visando alcançar os objetivos delineados, em particular: - o reforço do sector da Economia Social no plano institucional, legal e organizacional valorizando o seu papel na economia e na sociedade portuguesa; - a promoção e o aprofundamento de um debate alargado em torno de temas nacionais e internacionais relevantes para a Economia Social portuguesa e para as entidades que a integram; - a apresentação de uma declaração comum contendo um conjunto de recomendações que, no respeito pela diversidade, contribuam para uma melhoria qualitativa da representatividade do sector da Economia Social perante os poderes públicos, a sociedade em geral e, em particular, as instâncias de concertação social; A crescente consciência, por todos assumida, de que o primeiro destes objetivos só será eficazmente concretizado através da criação de uma estrutura comum, de natureza confederativa, que, respeitando a autonomia, a independência e o espaço próprio de intervenção de cada entidade, faça a promoção e a defesa da Economia Social, como um sector específico, designadamente como parceiro social, na concertação, na definição das políticas públicas e nas orientações estratégicas destinadas à Economia Social; Os relevantes passos que, neste sentido, já foram dados, tendo sido possível estabelecer um consenso entre as Entidades signatárias de âmbito nacional da Economia Social para a aprovação do projeto de Estatutos da Confederação da Economia Social Portuguesa (CESP) em anexo. As seguintes Entidades de âmbito nacional da Economia Social: ANIMAR – ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA PARA O DESENVOLVIMENTO LOCAL; CNIS – CONFEDERAÇÃO NACIONAL DAS INSTITUIÇÕES DE SOLIDARIEDADE; CONFAGRI – CONFEDERAÇÃO NACIONAL DAS COOPERATIVAS AGRÍCOLAS E DO CRÉDITO AGRÍCOLA DE PORTUGAL, CCRL; CONFECOOP – CONFEDERAÇÃO COOPERATIVA PORTUGUESA, CCRL; CPCCRD – CONFEDERAÇÃO PORTUGUESA DAS COLECTIVIDADES DE CULTURA, RECREIO E DESPORTO; CPF – CENTRO PORTUGUÊS DE FUNDAÇÕES; UMP – UNIÃO DAS MISERICÓRDIAS PORTUGUESAS; UMP – UNIÃO DAS MUTUALIDADES PORTUGUESAS;
aqui representadas, assumem, no encerramento do 1.º Congresso Nacional da Economia Social / 2017, o compromisso solene de, até 31 de março de 2018, realizarem o acto formal de constituição da CESP - Confederação da Economia Social Portuguesa, nos termos do projecto de estatutos já aprovado. Lisboa, 14 de novembro de 2017
Ficha Técnica: Propriedade e Edição: Actualidades do Século, Lda. | Morada: Avenida da República, 872, Sala 5.1, 4430-190 V. N. Gaia Depósito Legal: 215441/04 | Editora: Ana Mota | Publicidade: Moura Lopes | Email: geral@paispositivo.info | Distribuição Mensal Gratuita com o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias. Propriedade e Direitos: Todos os textos e fotografias são propriedade exclusiva do País Positivo e não podem ser, total ou parcialmente, reproduzidos sem permissão prévia.
Behaviour
Regulamento Europeu de Proteção de Dados
“Objetivo: Suportar as empresas na implementação do RGPD” Entrevista a Joaquim Pereira, CEO da Behaviour Group, sobre o tema Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD).
Joaquim Pereira, CEO
A Behaviour está a implementar medidas de forma a garantir a aplicação dos requisitos previstos no Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) que vigorará a partir de 25 de maio de 2018. Refira-nos as principais alterações deste regulamento e as medidas mais significativas a serem implementadas. Sem dúvida que as medidas mais significativas espelham a necessidade de se evidenciar a aferição dos riscos com impacto a nível da privacidade dos dados e a necessidade de existir um DPO designado. No que respeita ao ambiente da Behaviour utilizou-se uma abordagem simples, na qual se inclui, sucintamente, a identificação dos dados pessoais processados dentro do âmbito das nossas atividades; os fluxos de informação e respetivas partes interessadas envolvidas; as atividades de processamento realizadas; e a realização de um DPIA, ou seja, avaliação de impacto da proteção de dados, onde se insere a aferição de riscos, identificação de medidas existentes e sua eficácia e medidas propostas para tratamentos dos riscos identificados. Estas atividades, juntamente com uma análise de diferenças realizada inicialmente, deram origem a um conjunto de iniciativas que têm como objetivo a mitigação dos riscos identificados e o cumprimento com os requisitos do RGPD. Para a implementação destas medidas a Behaviour utilizou um conjunto de boas práticas internacionais, entre elas, as práticas espelhadas nas mais recentes normas ISO.
As empresas, profissionais e demais interessados procurarão aconselhamento, infomação e, consequentemente, formação qualificada e certificada relativa ao RGPD. Quais as respostas que a Behaviour apresenta a estas entidades/ parceiros? A Behaviour desenvolveu dois programas que têm como objetivo suportar as empresas na implementação do RGPD e dotar os profissionais envolvidos nas competências necessárias para a implementação e aconselhamento nas temáticas e requisitos de proteção de dados. O primeiro programa, “Data Protection Foundation” é abrangente, focando-se não só nos conceitos do RGPD, mas também num conjunto de frameworks internacionais relacionadas com a temática da privacidade e proteção de dados. Está suportado por exercícios práticos e destina-se a todos os profissionais que pretendam conhecer a temática e/ou que estejam envolvidos na implementação de um programa de proteção de dados. A realização de um exame de certificação final permite que os candidatos atinjam a certificação com o mesmo nome. O segundo programa “EU Data Protection Officer (EU-DPO)” foi desenvolvido com base nos requisitos necessários para a função de DPO, de acordo com o RGPD, está alinhado com as boas práticas internacionais mais recentes, nomeadamente normas ISO e outras práticas emergentes, e é suportado pelos requisitos e linhas orientadoras para DPOs do grupo responsável pelo RGPD. O curso foca-se nos conceitos e princípios de privacidade e proteção de dados, em todo o ambiente legislativo, incluindo referências ao ambiente atual e as diferenças para o novo RGPD, nos requisitos relacionados com a função de DPO e respetivas responsabilidades, e ainda no planeamento, implementação e monitorização de um programa de proteção de dados tendo por base o modelo do PDCA (plan-Do-Check-Act). Não sendo a temática da implementação de um programa de RGPD um dos requisitos de um DPO, pretende-se que o DPO adquira estas valências por forma a melhor responder aos desafios que irá encontrar numa organização. Este curso integra uma metodologia de implementação do RGPD, a qual serve de linha condutora para o desenvolvimen-
to do curso, na forma de desafio, acompanhado por um caso de estudo que, ao longo dos vários momentos, apresenta questões práticas, de acordo com a função do DPO durante o processo de implementação do RGPD e, onde se colocam diversas situações a que o participante terá que dar resposta. A realização de um exame de certificação final permite que os candidatos atinjam a certificação ‘Associate EU Data Protection Officer’ ou ‘EU Data Protection Officer’, dependendo da experiência profissional e das referências profissionais do candidato.
plementação, e na monitorização contínua da eficácia das medidas e ao cumprimento dos requisitos. É ainda o ponto de contacto com os organismos supervisores, referidos no RGPD como “autoridades de controlo”. Conforme já referido anteriormente, a Behaviour apresenta uma oferta única no mercado, tendo desenhado dois cursos e estruturado duas certificações que permitem atribuir as competências aos profissionais, conforme o perfil dos mesmos. Mais informação sobre os programas pode ser consultada em http://www.behaviour-group.com.
Uma das novidades do RGPD é a criação da figura do DPO – Data Protection Officer ou Encarregado de Proteção de Dados. Quais serão as suas principais funções? A Behaviour está preparada para suprir a necessidade de formação e certificação destes profissionais? Bem, na realidade a função é a de DPO, o qual tem um conjunto de responsabilidades, nomeadamente as de desempenhar as tarefas do Artigo 39, sendo essa a tradução do regulamento na sua versão original, ou seja, Tasks of the data protection officer. O DPO é, definitivamente, o advisor da organização no que respeita às diversas temáticas relacionadas com a proteção de dados, sendo alguém que a organização pode e deve consultar no que respeita, por exemplo ao DPIA e à implementação das medidas técnicas e organizacionais necessárias à mitigação dos riscos. É alguém que compreende as diversas funções e responsabilidades relacionadas com a proteção de dados e as medidas associadas, incluindo no cumprimento de políticas as quais, podem muito bem fazer parte de um sistema já implementado de segurança da informação. Ainda, o DPO é alguém com competências para monitorizar e auditar a eficácia das medidas implementadas e um dinamizador no que respeita à melhoria dessas medidas, recomendando, por exemplo, medidas adicionais, revisão de critérios do DPIA, ou mesmo, ações de formação e consciencialização relacionadas com a temática. De notar que, não sendo da responsabilidade do DPO a implementação do sistema de RGPD, o mesmo deverá estar envolvido em todos os momentos, desde o planeamento, passando pela im-
A Behaviour, entidade formadora e de certificação de competências profissionais ajuda na implementação, auditoria e aconselhamento dos seus clientes quanto ao cumprimento do RGPD. Na sua opinião estas alterações são as necessárias para salvaguardar os interesses dos clientes e empresas? Os prazos legais são os suficientes para a correta aplicação e formação dos interessados? As alterações que o RGPD nos traz são relevantes no sentido em que se tem vindo a assistir a uma utilização abusiva, por parte de algumas organizações, dos dados pessoais que eram facultados para um determinado fim, incluindo a venda massiva das bases de dados. A obrigatoriedade de cumprimento do regulamento, a necessidade do DPIA, o aconselhamento de um profissional especializado, como o DPO e as elevadas multas associadas são fatores que facilitarão a consciencialização dos profissionais e das organizações que processam os dados pessoais. É claro que os organismos supervisores deverão ter uma função de relevo, não só na supervisão, mas também no acompanhamento das organizações e na orientação para o cumprimento destes requisitos. Em relação aos prazos legais, tivemos dois anos para implementar os requisitos, sendo que a Behaviour possui oferta de formação e certificação desde o início de 2017. É certo que a maioria das organizações não despertaram para esta nova realidade e que ainda estão a pensar se é mesmo necessário implementar ou sequer como o vão fazer, o que é um cenário preocupante. No entanto, 25 de maio de 2018 está próximo. Até lá, vamos aguardar e tentar perceber qual o apetite do risco de algumas destas empresas.
Parceria Europeia
Banco BNI Europa
Banco BNI Europa e Edebex Os parceiros das PME`s O Banco de Negócios Internacional, BNI Europa posiciona-se no mercado nacional como sendo um banco inovador, baseado nas plataformas digitais, desburocratizado e apresenta produtos bancários inovadores. Vencedor de vários prémios internacionais com o The European Global Banking and Finance Award “BANK OF THE YEAR PORTUGAL”, o Global Banking & Finance Review Award “BEST DIGITAL BANK PORTUGAL”, o Finance Digest “EXCELENCE IN GROWTH FOR RETAIL BANKING PORTUGAL” e o Global Business Outlook Award “BEST INTERNET BANK PORTUGAL”. Tem vindo a estabelecer parcerias com empresas finftech como é o caso da Edebex que promete vir revolucionar o segmento das PME`s. Conheça o BNI Europa e a sua nova aposta, a Edebex. Entrevista a Pedro Pinto Coelho, Presidente Executivo do BNI Europa e Xavier Corman, cofundador e CEO da Edebex.
O BNI Europa é um banco jovem que aposta nas plataformas online e na desburocratização de processos. O posicionamento do Banco esteve assim alinhado desde o início? Antes era uma subsidiária de um banco em Angola, focado no negócio entre Angola e Portugal, mas dadas as dificuldades na angariação de negócio decidimos diversificar e apostar noutros segmentos de mercado. Nos últimos dois anos decidimos mudar a estratégia do banco. Apostámos em produtos que atingem determinados nichos de mercado, apesar de não concorrermos com os grandes bancos a nível de mercado, queremos garantir que temos uma solução para cada segmento. Uma das maiores apostas deu-se com a parceria estabelecida com a Edebex. Já tínhamos uma relação histórica, fruto dos seus interesses em investir em diversos tipos de crédito fora de Portugal, e agora essa relação foi reforçada com o apoio no investimento em faturas. A Edebex participa nos mercados belga e francês, com investidores de um lado e clientes com interesse em descontar as suas faturas do outro. O passo seguinte foi o de trazer para Portugal este produto, que é distinto do produto tradicional de factoring que existe no mercado nacional, orientando o Banco BNI Europa para novos nichos de mercado diferenciando-nos da concorrência instalada. Este produto tem um potencial muito interessante para um segmento de mercado que não estava a ser atendido pelos bancos tradicionais. Apoiamos a Edebex na angariação de clientes para a esta plataforma, a Edebex utiliza-a para analisar o seu crédito, fazer o acompanhamento do cliente (nomeadamente na cobrança) e o BNI Europa é o investidor da fatura.
Xavier Corman, cofundador e CEO da Edebex esclarece, em detalhe, o funcionamento e propósitos da plataforma Edebex. Como surge a Edebex? O início da Edebex dá-se com a constatação de que há muitas pequenas e médias – PME`s empresas que têm inúmeras dificuldades para financiar o seu cash flow
Pedro Pinto Coelho, Presidente Executivo BNI Europa
existem apresentam baixo rendimento. Existem muitas empresas que encontram dificuldades para se financiarem, por outro lado, existe muito dinheiro disponível para ser utilizado e não há grandes hipóteses para o canalizar e retirar os devidos rendimentos. A ideia da Edebex foi a de criar uma faixa de mercado onde as PME`s podem vender as faturas que têm em caixa.
Xavier Corman, cofundador e CEO da Edebex
e, por outro lado, enfrentam problemas para conseguir melhores condições de pagamento por parte dos seus clientes. Sendo Pequenas e Médias Empresas geralmente não têm peso suficiente para conseguir negociar o prazo de pagamento das faturas, nomeadamente na redução desses prazos. Uma PME que fature a uma grande empresa não tem poder de negociação para encurtar os prazos de pagamento das suas faturas. Por outro lado, há muitas empresas – bancos incluídos – que têm muito dinheiro disponível, mas existem poucas oportunidades de investimento e as poucas que
Como se processa? O princípio passa por facilitar o acesso das PME`s que necessitam de dinheiro de forma célere e sem necessidade de passar por inúmeros processos burocráticos. Construímos um sistema que faz a análise financeira da empresa que necessita de dinheiro, a análise financeira do cliente e, para finalizar, da fatura. Este processo é um game-changer, muda completamente o paradigma do financiamento empresarial. Somos os únicos no mercado belga, francês e português a poder financiar as empresas que hoje são recusadas pelos sistemas tradicionais, seja pelo factoring, pelo crédito empresarial ou pelo simples cartão de crédito. Enumere as principais vantagens da Edebex. As principais vantagens para o vendedor são a de não ter de esperar pela data de vencimento da fatura para a receber e
Banco BNI Europa
a de libertar as empresas utilizadoras do risco de não-pagamento. Uma empresa que não tem uma boa situação financeira, ou que passa por momentos menos favoráveis, pode encontrar na Edebex uma solução rápida, sem contratos nem volume, ou seja, pode vender apenas uma fatura e resolver a situação de imediato. Outra vantagem é a rapidez do processo. Tudo é tratado online. Não é necessário apresentar documentação, deslocar-se para reuniões ou perder horas de expediente para tratar deste processo. Depois de terminar o dia de trabalho, o empresário pode aceder à plataforma da Edebex e realizar as operações que achar serem necessárias, de forma desburocratizada, simples e rápida. As empresas utilizadoras recebem o dinheiro da venda nas suas contas à ordem no prazo médio de 72 horas, reduzindo-se este prazo se o cliente tiver conta à ordem no Banco BNI Europa. Esta é uma ideia simples que oferece aos investidores a oportunidade de comprarem essas faturas, acedendo a um investimento de muito baixo risco que oferece um retorno muito mais alto do que qualquer outra alternativa atualmente disponível no mercado. Tendo sido lançada oficialmente em 2014, qual o balanço que faz destes três anos de atividade? A plataforma online da Edebex, www. edebex.com, entrou em funcionamento em setembro de 2014, antes disso, em 2013, estava a funcionar como plataforma de testes. No espaço de três anos, mais de 600 empresas já depositaram sua confiança na Edebex vendendo mais de 135 milhões de euros em faturas online. O mercado belga continua a crescer rapidamente e de forma sustentada, enquanto que a penetração da Edebex em França tem vindo a fazer-se muito rapidamente e com uma elevada taxa de penetração no mercado-alvo. Com base nesse sucesso, a Edebex lançou-se em abril no Luxemburgo, e entra agora em Portugal, onde espera que a adesão à sua solução venha a ser igualmente elevada. A procura por este tipo de solução no mercado português é muito elevada, por isso esperamos que a Edebex venha a apresentar números bastante interessantes a curto prazo. Esta plataforma www.edebex. com oferece uma solução rápida, segura e eficaz a quem quer melhorar a sua gestão de tesouraria, gerir melhor os fundos líquidos e otimizar o fundo de maneio da sua PME. A perspetiva de crescimento aponta para os 150 milhões de euros de financiamento por ano. No primeiro
ano estamos expectantes por poder apresentar números bastante interessantes, entre os cinco e os dez milhões de euros por ano, mas e só nos anos seguintes é que esperamos atingir a meta dos 150 milhões de euros de financiamento. Vamos começar por colocar o produto no mercado, conhecer melhor e ver como é que o mercado reage e só depois vamos ajustar as metas e objetivos anuais. Há anos que trabalhamos com o Banco BNI Europa e estamos muito satisfeitos com esta colaboração aliás, é mais do que uma simples colaboração comercial, é uma parceria, um elo de confiança estabelecido entre duas empresas. Não posso prever o futuro, mas posso garantir que o nosso objetivo, neste momento, é o de satisfazer o mercado português.
Pedro Pinto Coelho, Presidente Executivo do Banco BNI Europa É correto afirmar que o BNI Europa e a Edebex identificaram e estão a colmatar as falhas de mercado que a banca tradicional não contempla? Queremos que atingir todas as PME`s mesmo aquelas que , neste momento, não conseguem trabalhar com bancos. Acreditamos que temos soluções inovadoras para um mercado que necessita de ser apoiado e a Edebex vai, sem dúvida, ajudar essas empresas. Outras empresas estão insatisfeitas porque os processos são muito rígidos e burocráticos, querem garantias pessoais dos sócios e estes, muitas vezes, não estão dispostos a disponibilizar e expor o seu património pessoal. Em suma, e convém salientar que nem todas as PME`s têm acesso a este produto. Um dos processos que a Edebex está a implementar em Portugal, em parceria com o BNI Europa, é o de educar o cliente para entender em que circunstância é que pode utilizar esta plataforma. É claro que este produto tem uma caraterística muito espe-
cífica que possibilita ajudar as empresas para financiar o seu fundo de maneio se, em particular, uma das condições se manifestar, que é estas empresas trabalharem com clientes de dimensão considerável. Em comparação: se tiver uma agência de meios que trabalha com entidades muito pequenas encontrará dificuldades, mas se, por outro lado, houver uma agência de meios que trabalhe com empresas de média e grande dimensão certamente não haverá nenhum impedimento para finalizar o processo de forma positiva. Tudo tem que ver com o risco do devedor, dos seus clientes. Está prestes a entrar em vigor a nova diretiva PSD2. Esta diretiva vem beneficiar, de alguma forma, a parceria entre o BNI Europa e a Edebex? O PSD2 é vantajoso porque permite atrair mais clientes e extrair a informação que eles têm nas outras instituições bancárias e avaliar o risco de crédito, por outro lado também abre portas para que possamos analisar que outro tipo de produto serve melhor os interesses desses clientes. Para nós é uma medida muito interessante porque o BNI Europa é um banco muito jovem, logo não tem uma base de clientes muito alargada. Desta forma, o PSD2 permite assim alavancar a sua expansão. Para este produto, em particular, não temos uma necessidade muito grande mas no futuro poderá vir a ser muito útil para ajudar a melhorar as análises de risco dos nossos clientes e das empresas com quem trabalhamos. Apresente o percurso do BNI Europa até ao momento e as novidades mais recentes... Definimos, logo desde o início, que queríamos ser um banco totalmente digital, sem balcões e que nos iríamos apoiar neste novo ecossistema de fintech que permite alargar o espetro de produtos apoiado em parcerias deste género. Em certos casos pode ser interessante desenvolvermos o produto de A a Z, como é o caso de uma plataforma de crédito, online, à semelhança da Edebex, mas direcionada para o consumo. Estamos a alargar o espetro dessa plataforma, queremos que seja versátil, intuitiva e user friendly. Acreditamos que ainda temos muito para crescer e desenvolver na área financeira. O consumidor é cada vez mais exigente e espera dos serviços financeiros o que já encontra em aplicações direcionadas para a compra de livros ou para chamar um transporte. A aposta do BNI Europa passa por facilitar
Parceria Europeia
a vida ao seu cliente, sem que este tenha de perder muito tempo para concretizar os seus objetivos a nível financeiro, seja para pedir um crédito ou para efetuar um pagamento. Nesse sentido, o BNI Europa tenta procurar nichos de mercado que, efetivamente, os bancos tradicionais não estão a trabalhar da forma mais ágil ou onde ainda existe margem de negócio que podemos ganhar ou, por outro lado, são segmentos que estão a ser rejeitados pela banca tradicional por razões de capital ou de foco do banco. Apostamos em vários segmentos: no crédito ao consumo e na área dos cartões de crédito onde vamos lançar um novo produto. Criamos um produto de nicho de crédito hipotecário que era a hipoteca inversa. Este produto permitia que pessoas com uma determinada idade obtivessem liquidez com o seu ativo. Neste momento estamos a trabalhar com o Banco de Portugal no sentido de desenvolver a regulamentação própria para este produto. Em simultâneo estamos a desenvolver parcerias – como é o caso da Edebex – que nos permitem, dentro da cadeia de valor, apoiar determinadas iniciativas focadas no desconto de faturas, ou seja, em apoiar as PME`s para desenvolverem o seu fundo de maneio. Foi o caso da parceria, anunciada recentemente, com a empresa “Parcela Já”. Esta solução permite que o banco financie os lojistas e, em simultâneo, essa empresa faz a gestão dos pagamentos dos clientes que querem pagar a prestações as compras efetuadas nesse estabelecimento. A parceria mais recente que o BNI Europa celebrou com uma empresa brasileira vai permitir que os empregados por conta de outrem façam créditos a valores muito mais atrativos do que o crédito ao consumo normal. Este crédito permite que as prestações sejam descontadas pelo banco diretamente no salário do funcionário, o que nos permite ter uma garantia de pagamento, logo permite reduzir o valor do prémio de risco do crédito.
Consultoria Imobiliária
Keller Williams Business
“Por vidas que realmente valham a pena” Miguel Aguiar, CEO da KW Business e diretor da KW Business Porto fala, em entrevista ao País Positivo, sobre o novo espaço da marca no Porto. Um autêntico cluster da habitação onde a dinâmica da compra e venda de imóveis começa a mudar de rumo. Miguel Aguiar, CEO
O conceito KW é diferente, em tudo. Na forma de se posicionar no mercado, na forma em como se criam equipas de venda, na forma como se apresentam e, agora, na forma como se estruturam. O final de novembro marcou a abertura do Centro de Negócios Imobiliários da KW Business, no Porto, Centro Empresarial da Circunvalação. O espaço, com 1400 metros quadrados, está preparado para receber 300 consultores KW na cidade do Porto, criando assim mais cem postos de trabalho diretos. Na base da abertura deste espaço está o conceito de equipas imobiliárias. Miguel Aguiar explica melhor: “Os agentes, preparados para tal, come-
çam por criar as suas próprias equipas e, aqui, todas essas equipas e consultores imobiliários coabitam todos no mesmo espaço em que nós, KW Business, fornecemos todos os outros serviços complementares. A grande diferença está em que o agente imobiliário tradicional não tem grande margem de progressão na carreira. Ou seja, chegando ao topo não há mais para ambicionar. Aqui, no conceito KW, os próprios consultores vão delegando tarefas em pessoas da sua equipa para que eles próprios tenham mais tempo e disponibilidade para as tarefas que dão mais dinheiro e progressão. E assim todos, dentro da equipa, vão crescendo”. Sob o lema «Vidas que valem
a pena», os consultores imobiliários conseguem, à medida que as suas equipas vão crescendo, ter cada vez mais tempo para construir uma vida além trabalho. Nomeadamente, “podem ir de férias ou ficar doentes sem que isso se traduza numa quebra da faturação que, quer se queira, quer não, afeta grandemente a qualidade de vida de um trabalhador”. Aqui, as pessoas deixam de pensar como vendedores e passam a pensar como empresários e toda “a formação que damos é nesse sentido. Damos ferramentas para que os consultores deixem de pensar apenas nos seus rendimentos, mas também na forma de gerir o seu negócio. É todo um pensamento empresarial que transmitimos e que se reflete em crescimento do próprio consultor e, consequentemente, da própria marca KW Business”. A grande diferença nesta empresa é que existe uma componente de desenvolvimento pessoal e de formação que faz com o consultor não seja apenas um, mas consiga criar uma equipa que o apoie e lhe permita ter tempo para ele. Isso faz com que as pessoas construam carreiras e não troquem apenas o seu tempo por dinheiro. Se pensarmos bem, “um consultor imobiliário não pode tirar férias ou ficar doente, caso contrário não ganha dinheiro. Connosco, para terem vidas que valham a pena têm esta formação que lhes permite chegar a este
nível de produção e ainda ter tempo para eles próprios e para a família porque vão ser ensinados a contratar e a gerir pessoas que os podem ajudar nas outras tarefas, tendo tempo para gerir o seu negócio e para a sua vida pessoal. É aqui que a KW faz a diferença e é este tipo de pessoas que quer crescer que nós procuramos”. Uma empresa que cresce à medida do crescimento das suas equipas de consultores e que procura que todos consigam ter, verdadeiramente, «uma vida que vale a pena».
Cluster do Imobiliário No Centro de Negócios Imobiliários não há apenas a KW Business. Ao útil juntou-se o agradável e este é um autêntico cluster mobiliário. Além da KW, neste espaço existe também a Finsa – que oferece todos os materiais de madeira para a sua habitação -, A Casais - a parte de materiais de construção e cerca de 150 designers e Arquitetos trabalhando numa área de cooworking. Com esta junção de interesses, qualquer pessoa que queira comprar, vender ou arrendar uma casa tem a certeza de que, aqui, consegue ter todas as soluções para construção remodelação alteração. Se está a pensar mudar de casa, não deixe de ir ao encontro da KW Business e consiga a solução mais adequada às suas necessidades.
PSS - Engenharia e Construção
Reabilitação Urbana
Engenharia de Excelência Nas férias da escola já acompanhava o pai, empreiteiro com quem começou a trabalhar, e expandiu depois as suas capacidades dentro dos diversos ramos da construção ao trabalhar por sua conta. Tirou um curso técnico-profissional de obras e com muita força de vontade e apoio familiar decide concluir os seus estudo graduando-se em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Pedro Silva enriquece o seu currículo com uma pós-graduação em Reabilitação de Edifícios e comanda a PSS – Engenharia e Construção desde 2006, ano em que a fundou juntamente com a sua esposa, Arminda Silva. Pedro Silva recorda as palavras que o seu pai lhe repetia quando era pequeno: “Os meus filhos podem não dar nada na escola mas pelo menos uma arte, eles saberão!” Entrevista a Pedro Silva, fundador e gestor da PSS – Engenharia e Construção.
A PSS - Engenharia e Construção é criada numa época em que a nova construção estava em alta. Seguiram-se anos de quebra de mercado e a PSS mantém-se até aos dias de hoje, qual foi o método que seguiu? A crise da construção não nos afetou muito porque os nossos clientes são os nossos publicitários. Eles sabem que o que fazemos, fazemos bem e com qualidade. Hoje somos uma empresa sólida, com muitas solicitações para realizar trabalhos de engenharia e construção civil. O mercado da construção civil mudou desde que iniciou a atividade empresarial? Em 2006 a nossa atividade era centrada na construção de raiz, era essa a exigência do mercado. Havia muito pouca solicitação para reabilitarmos edifícios ou para remodelar espaços. Entre 90 a 95 por cento do nosso trabalho era de construção nova. Atualmente a nossa atividade principal, quase cem por cento, centra-se na reabilitação de edifícios. A reabilitação veio apresentar desafios e perspetivas diferentes das que estavam habituados com as construções novas? Sem dúvida porque a forma de atuação na reabilitação é totalmente diferente de construir novo. Há que aproveitar ao máximo o que existe, adaptar os espaços às novas exigências. Uma casa com 100 ou 200 anos não está preparada para servir as necessidades de uma família nos dias de hoje. Refiro-me, por exemplo, ao número de casas de banho, aquecimento, isolamento, até à disposição e áreas das divisões. As técnicas, os materiais e métodos de construção atuais são completamente diferentes dos usados nos séculos anteriores. Considera a reabilitação mais exigente que a construção nova? Muito mais exigente porque requer, da nossa parte, o conhecimento da forma como o edifício foi construído. É necessário conhecer as técnicas e materiais aplicados para sabermos se podemos, por exemplo, aproveitar algum material.
Pedro e Arminda Silva
A PSS - Engenharia e Construção assegura todo o processo de construção? Temos um quadro de pessoal que trata de todo o trabalho de construção e subcontratamos os serviços de eletricista, picheleiro e carpinteiro. Cada vez mais as empresas e os profissionais têm de se especializar, não vale a pena querermos alcançar tudo se depois não conseguimos dar uma resposta célere, com qualidade e profissionalismo. Qual é, na sua opinião, o maior entrave ao crescimento do setor da construção civil? As empresas têm obras para concretizar e projetos para realizar, mas temos falta de mão-de-obra. A crise obrigou os profissionais da construção civil a procurar melhores oportunidades no estrangeiro, onde conseguiram condições salariais que são incomportáveis para a grande maioria das empresas nacionais, para além do facto de que para formar um operário que saiba trabalhar bem e que seja um bom profissional são necessários vários anos. Muitos dos que ficaram têm acima dos cinquenta anos, daqui por vinte anos não iremos ter quem realize trabalhos de construção civil.
Vai continuar a haver investimento na reabilitação? Vai ser forçosamente necessário investir na reabilitação e o Estado tem de ser uma peça fulcral neste rumo. Existem muitos fogos habitacionais que não foram construídos da melhor forma e outros que não foram concluídos e infelizmente há muitos exemplos pelo nosso país. Há edifícios com revestimentos de fachada a destacar-se, com fissuras visíveis, coberturas com infiltrações e muitos mais exemplos de anomalias da construção. Este mercado vai explodir e é necessário dar respostas adequadas para que as pessoas possam habitar as suas casas com qualidade e comodidade. Qual é o futuro que traça para a PSS - Engenharia e Construção? Nestes últimos dois anos temos expandido a nossa atividade para a consultoria na engenharia civil. Se um cliente tiver problemas de infiltrações em casa pode contratar os nossos serviços que nós vamos ao local, identificamos as causas e apresentamos as soluções para eliminar o problema. Creio que é um papel fundamental porque, muitas vezes, comete-se o erro de generalizar em vez de procurar a causa que provoca o problema.
Coaching
Business Coaching
“Alavancar o negócio e entregar resultados” Entrevista a Filipe Martins, Coach especialista em negócios.
Antes de mais, quem é Filipe Martins? Filipe Martins é coach especializado em negócios, desenvolve programas de Business Coach direcionado para empresários. Licenciado em Gestão de Empresas e com Pós-Graduado em Ciências empresariais, possui a certificação internacional de Coaching e de PNL e efetuou parte da sua aprendizagem com os melhores do mundo. Tem 25 anos na área da consultoria empresarial, fez parte dos quadros das BIG FOUR mundiais de consultoria, para além de já ter trabalhado com mais de 500 empresários e com mais de 1000 empresas. Apaixonado por pessoas e
focado na entrega de resultados, que permitam aos empresários ter o maior lucro e qualidade de vida. Trabalha a Alta Performance. O compromisso do Filipe Martins, é fazer as empresas crescer em mais de cem por cento. Todo o seu trabalho está envolvido com resultados pois sabe que o seu trabalho vai dar lucro e vai criar valor. Se o coaching se vocaciona para resultados, o Business Coach tem o mesmo objetivo. Em que consiste o Business Coach? O Business Coach consiste num treino vivencial e
Ter um Business Coach é sinal de fraqueza? Se para alguém que quer cuidar do corpo, ter a inteligência de ir a um ginásio e contratar um personal trainer porque reconhece que dessa forma terá resultados consistentes no mais curto espaço de tempo não é sinal de fraqueza, para o empresário é igual. O empresário até pode conseguir alcançar resultados, mas reconhecer que ao contratar um coach irá alcançar resultados para a sua empresa com mais rapidez e consistência é sinal de inteligência. Utilizo este exemplo com frequência, porque os meus clientes ao serem treinados por mim alcançam a alta performance e ficam com o seu cérebro como os músculos do Cristiano Ronaldo.
Av. Brasil, nº 1 -piso 9 – 1749-008 Lisboa – www.filipemartins.net – T: 217 923 777/ 926 220 625
intenso que de forma geral e abrangente, permite que cada um descubra o potencial de excelência, numa relação de parceria entre Coach e Coachee, em que a participação e envolvimento de cada uma das partes têm de ser idêntica para que os resultados sejam efetivos. Trabalham-se organizações, departamentos, equipas ou empresários. Enquanto Business Coach, trabalho a alta performance, o alinhamento, a identidade, os valores, as competências e a diferenciação com os empresários. O meu acompanhamento como
coach é alavancar o negócio e entregar resultados. De que forma se consegue, através do Business Coach, fazer uma organização atingir o patamar de excelência e de sucesso? Sem dúvida, o meu compromisso é fazer as empresas crescer em mais de cem por cento no prazo de até um ano. O meu trabalho está envolvido com o compromisso de colocar os empresários e as suas empresas num patamar de excelência para alcançarem o sucesso e resultados. Não trabalho sem ter o meu resultado colocado no resultado das empresas e dos empresários, pois só assim faz sentido... Os empresários estão já cientes da mais-valia do Business Coach ou há ainda um longo caminho a percorrer? Começam a estar cientes, embora também seja importante a nós enquanto Coaches demonstrar as mais-valias. No meu caso, quando os empresários entendem quais os benéficos que terão trabalharem comigo, sobretudo quando esses empresários querem realmente resolver os seus problemas e resolvê-los de uma vez por todas, torna-se mais fácil entenderem a mais-valia. Vale a pena investir tempo e dinheiro num Business Coach? Sem dúvida que vale a pena. Quem trabalha comigo, tem um investimento em tempo e em dinheiro muito reduzido. Para fazer o que hoje faço, investi mais de 25 anos da minha vida e dezenas de milhares de euros, que me permitiram ter a experiência e conhecimento que hoje tenho para servir os meus clientes, sem que estes tivessem de fazer o mesmo que fiz.
Filipe Martins
60 anos de História
Adega Cooperativa de Sabrosa
Qualidade no Douro A Adega de Sabrosa aposta na qualidade e inovação dos seus vinhos, com mais um lançamento especial e numerado de um Reserva Moscatel Fernão de Magalhães.
A Adega de Sabrosa deu início às comemorações dos seus 60 anos de atividade, com o lançamento de uma edição especial numerada do Moscatel Reserva Fernão de Magalhães, um vinho cem por cento da casta moscatel galego branco que envelhece em cascos velhos de carvalho. De cor alourada, este vinho apresenta aromas de tangerina, casca de laranja cristalizada e algumas notas de caramelo e nozes, que lhe confere um perfil aromático complexo. Possui uma boa relação açúcar/acidez que lhe dá uma excelente frescura. Sendo já esta Adega conhecida pelos seus vinhos de excelência onde se encontra o afamado moscatel Fernão de Magalhães, superou este ano as expectativas dos clientes com a criação de um Moscatel Reserva, a ideia passa por aumentar o número da oferta de produtos da Adega para que seja possível alcançar um leque maior de clientes. A escolha da data para lançamento (mês de Dezembro de 2017), foi pensada para homenagear os 100 primeiros associados que ainda são eles a colocar uvas na adega em seu nome ou os seus conjugues, bem como todos os presidentes de Direção que ajudaram a manter até à data esta Instituição. Sendo também este o mês do Natal, muitas foram as pessoas que não quiseram deixar a oportunidade de adquirir uma garrafa com o seu número de sócio, ano de nascimento ou outra data especial. A Adega de Sabrosa, vai ainda durante o ciclo de comemorações dos seus 60 anos, fazer outro lançamento especial desta vez dedicado ao vinho do Porto, fique atento.
Seja responsável. Beba com moderação.
A origem conta!
ADEGA COOPERATIVA DE PONTE DA BARCA, TRADICIONALMENTE IRREVERENTE. O VINHO VERDE DA ADEGA COOPERATIVA DE PONTE DA BARCA REFLETE COR, SABOR E TRADIÇÃO. A EXCELÊNCIA DAS CONDIÇÕES NATURAIS QUE POTÊNCIA A EXUBERÂNCIA DAS SUAS CASTAS, A HISTÓRIA, CULTURA E COMPROMISSO DO SEU POVO, ATRIBUEM AOS SEUS VINHOS SINGULARIDADE DE AROMAS E SABORES. OS SEUS VINHOS CARACTERIZAM-SE POR SER AROMÁTICOS, FRUTADOS, EQUILIBRADOS, FRESCOS E FÁCEIS DE BEBER. A ORIGEM E SINGULARIDADE DO VINHO VERDE, ÚNICO NO MUNDO, FAZ DOS VINHOS ADEGA COOPERATIVA PONTE DA BARCA UMA REFERÊNCIA. A GAMA É AMPLA, COM VINHOS RESULTANTES DE MISTURAS DE DIFERENTES CASTAS OU DE UMA SÓ CASTA, A ESCOLHA É SEMPRE UMA ARTE!
Av. Fernão Magalhães | Lugar de Agrelos | 4980-601 Ponte da Barca | Portugal | GPS Coordinates: Latitude – 41.80100º | Longitude – 8.4148º Conservatória R.C. Ponte da Barca, insc. 1 AP. 100/20080313 | NIPC: 508 187 990 | Telef.: +351 258 455 084 | Fax: +351 258 455 086 | www.viniverde.pt | geral@viniverde.pt
“A Feira Gastronómica do Porco é uma marca e um postal de visita do Concelho de Boticas” Fernando Queiroga, Edil de Boticas
Feira Gastronómica do Porco
Câmara Municipal de Boticas
“A sustentabilidade é o mais importante em tudo” Entrevista a Fernando Queiroga, presidente da Câmara Municipal de Boticas, sobre a Feira Gastronómica do Porco e as potencialidades dos produtos endógenos do concelho.
Nos próximos dias 12, 13 e 14 de Janeiro, Boticas volta a tornar-se num local de romaria com a Feira Gastronómica do Porco. Como tem sido a evolução da Feira e quais as melhorias que têm vindo a ser implementadas? A Feira Gastronómica do Porco vai este ano cumprir a sua 20.ª edição consecutiva, sendo um evento de referência na região e oferecendo a todos o que de melhor se produz no concelho de Boticas. A Feira foi crescendo e ganhando uma dimensão cada vez maior, pelo que foi necessário ir introduzindo pequenas alterações a cada edição, para poder dar resposta ao aumento de números de visitantes e
garantir que a sua qualidade se mantenha. A grande valia deste certame é, sem qualquer dúvida, os seus produtos, de qualidade reconhecida, mas é também importante dar-lhe uma imagem que esteja à altura desses mesmos produtos. Sempre procuramos que não fosse apenas mais uma feira de fumeiro, mas sim diferenciadora das restantes, pelo que a gastronomia está intrinsecamente ligada à venda de fumeiro. Isto porque no próprio recinto podem ser degustados os mais variados pratos da nossa gastronomia, em especial aqueles que são confeccionados à base do porco. A evolução da Feira Gastronómica do Porco não se fez de um momento para o outro, mas sim a cada edição e a cada ano que passou. A principal preocupação foi garantir que estão reunidas todas as condições para uma visita inesquecível, desde o seu aspeto visual à animação, passando, obviamente, pela segurança, quer alimentar, quer do próprio recinto.
Este ano, quais as grandes novidades? O que podem esperar os visitantes? Os moldes da realização da XX Feira Gastronómica do Porco mantêm-se semelhantes às edições anteriores, até porque, como se costuma dizer, “em receita de sucesso não se mexe”. Contudo, há sempre algumas alterações pontuais tendo em vista a melhoria do certame e o ultrapassar pequenas lacunas de que nos vamos apercebendo de ano para ano. Este ano haverá, por exemplo, tasquinhas localizadas no exterior do pavilhão onde serão servidas comidas rápidas e petiscos, que permitirão aliviar um pouco o grande afluxo de gente que acorre aos restaurantes da Feira para almoçar ou jantar. Ao mesmo tempo, será também reforçada a parceria com os restaurantes do Concelho que não estão presentes no recinto da Feira, para que os mesmos possam servir exactamente os mesmos pratos que estão disponíveis no certame. Isto permitirá que as muitas pessoas que não conseguem arranjar mesa no recinto da feira tenham oportunidade de degustarem as mesmas iguarias em qualquer restaurante, havendo, assim uma maior disponibilidade de oferta, capaz de acolher todos os que durante este fim-de-semana se associam a esta verdadeira festa da gastronomia barrosã. Globalmente falando, os visitantes podem esperar uma Feira muito animada, com muita animação e onde os produtos aí existentes são de excelente qualidade.
A Feira do Porco é já uma fonte de atratividade e uma marca de Boticas? A Feira Gastronómica do Porco é obviamente uma marca e um postal de visita do Concelho de Boticas, isto porque no mesmo espaço e durante os três dias em que decorre o certame está representado um pouco do muito de bom que se faz no nosso Concelho. Com a visita à Feira as pessoas ficam a coFernando Queiroga, edil de Boticas nhecer um pouco daquilo que é Boti-
cas e do que melhor se faz nestas terras de Barroso. O objetivo é que este certame atraia as pessoas a visitar o nosso concelho, mas que essa visita não se fique apenas pela feira. Queremos deixar nas pessoas a vontade de voltarem a Boticas, noutras ocasiões e noutras alturas do ano, para conhecerem um pouco melhor a nossa terra. Com isto garantimos importantes dinâmicas económicas, com fortes repercussões ao nível social e da qualidade de vida e bem-estar na nossa terra. Não tenho dúvidas de que muito por força da Feira gastronómica do Porco o Concelho de Boticas é hoje bem mais conhecido e goza de maior notoriedade ao nível do país. A aposta nos produtos tradicionais é a receita do sucesso? Este é um certame que marca a diferença? A razão de ser deste certame é, naturalmente, a qualidade dos produtos tradicionais. O fumeiro continua a ser produzido de uma forma artesanal e tradicional, respeitando costumes ancestrais. Há, isso sim, uma maior preocupação e um maior controlo ao nível das condições necessárias à sua produção, sendo esta actividade acompanhada e controlada ao longo das diferentes etapas, desde a criação e alimentação dos porcos ao abate e à produção de fumeiro propriamente dita, sendo cumpridas todas as regras de hi-
Câmara Municipal de Boticas
giene, o que garante que os produtos cheguem nas melhores condições ao consumidor. Aliás, esta nossa preocupação não se fica apenas pelo fumeiro, estendendo-se a todos os produtos tradicionais. Queremos acrescentar valia aos nossos produtos, apostando na sua qualidade. É fundamental a sua divulgação e notoriedade, tornando-os mais apetecíveis junto dos consumidores, porque de pouco adianta ter produtos tradicionais com esta qualidade se os mesmos não são conhecidos. A Feira Gastronómica do Porco é sobretudo isso: um certame que procura divulgar e potenciar esses produtos, o que garante mais oportunidades de negócio para os nossos agricultores, com fortes repercussões nos rendimentos das famílias.
Este evento é também importante para a economia local? Qual a importância em termos financeiros? Obviamente que sim. Esperamos receber mais de 70 mil pessoas durante os três dias do certame, o que se repercutirá na venda de aproximadamente 40 toneladas de fumeiro e num volume de negócios superior a meio milhão de euros. A estes valores somam-se outros, nomeadamente os decorrentes de alojamento, refeições nos restaurantes que não estão presentes na Feita, etc. É uma importante fonte económica complementar ao rendimento dos agregados familiares que não podemos descurar e que é sempre importante. É um evento que além de promover os nossos produtos tem também, naturalmente, uma grande importância local em termos económicos.
Mas nem só de produtos e degustações vive esta feira. A animação é também uma constante. Este ano, fica a cargo de quem? Na Feira Gastronómica do Porco a animação faz parte integrante do programa, garantindo a “alegria” e a vivacidade que pretendemos no evento. No interior do recinto atuarão os grupos de música tradicionais do concelho, os ranchos folclóricos e os tocadores de concertina. Não se trata de uma animação de palco, mas sim dispersa por vários pontos da Feira, o que permite um maior contacto e interacção com o público. No exterior do recinto decorrerão, na tarde de sábado e na tarde de domingo, as afamadas e tão procuradas chegas de bois, geradoras de verdadeiras romarias a esta região e que fazem as delícias do público. Animação ao longo dos três dias do certame não irá faltar, pelo que há razões de sobra para um fim de semana em grande.
Boticas é já sinal de qualidade e futuro? Procuramos sê-lo. É um caminho que se faz lentamente, sendo fundamental dar passos consistentes e perfeitamente sustentados. Há toda uma estratégia de desenvolvimento que está apoiada em diferentes vectores, pelo que é fundamental que exista um equilíbrio que permita seguir o rumo que pretendemos para o concelho. A sustentabilidade é o mais importante em tudo. Não queremos um desenvolvimento a todo o custo, pelo que ponderamos cada passo que damos. Os nossos produtos endógenos são uma mais-valia que temos obrigação de explorar, mas preocupamo-nos que a sua qualidade não seja afetada em todo este processo. É mais importante a qualidade do que a quantidade. Assim, temos a plena confiança de que o que produzimos, embora possa não chegar a todo o lado, onde chega há garantia de qualidade. É esta característica que distingue os nossos
Feira Gastronómica do Porco
Produtos endógenos O Mel do Barroso e a Carne Barrosã foram recentemente premiados. Quais as características de ambos os produtos? O que os torna únicos? São dois produtos de excelente qualidade e com denominação de origem protegida, cujos agrupamentos de produtores estão sedeados em Boticas. São também produtos diferenciadores, de qualidades únicas, que os distinguem de todos os outros. A Carne Barrosã é proveniente da raça bovina com o mesmo nome. São animais de pequeno porte e cuja alimentação é completamente natural. São animais de pasto e não são alimentados a razões, o que ajuda a tornar a sua carne muito tenra e suculenta, não necessitando de quaisquer ingredientes adicionais para lhe dar sabor. Aliás, a melhor forma de confeccionar a carne barrosã é coloca-la na grelha apenas com uma pitada de sal e assim se obtém todo o seu sabor. Por sua vez, o Mel de Barroso distingue-se por ser um mel de cor escura, proveniente de ericáceas (sobretudo a urze),tendo uma textura aveludada e um teor de açúcar porco elevado. É um mel que, para além do seu uso culinário, sobretudo na utilização ao nível das sobremesas, tem também propriedades terapêuticas. São dois produtos excelentes e verdadeiramente únicos.
produtos e é nossa obrigação preservá-la. Acreditamos, por isso, num concelho com futuro, contando com a colaboração de todos e preservando o que de melhor se faz na nossa terra e a forma como se faz. Quais os grandes projetos de promoção territorial previstos para 2018? Não gosto de falar em grandes projetos, porque todas as pequenas coisas são importantes e é o conjunto delas todas que garante que nos permite alcançar as metas e os objectivos a que nos propomos. Acredito que estamos a trabalhar no caminho certo e de que alcançaremos os tão desejados frutos num curto espaço de tempo. Sinceramente, acredito que estas regiões do interior do país têm um futuro positivo pela frente, até porque há cada vez mais pessoas a quererem deixar o stress do dia-a-dia das cidades para viverem no campo. Depois, com as acessibilidades de que dispomos e com a tecnologia que hoje temos há nossa disposição é muito mais fácil trabalhar a longas distâncias sem sacrificar a qualidade e a ra-
pidez do trabalho. O desenvolvimento destas regiões, trará, simultaneamente, novos desafios e necessidades, abrindo-se aqui algumas oportunidades que poderão ser uma espécie de pontapé de saída para novos projetos e novos investimentos. Estes galardões são importantes para o incremento da região e da economia local? Os prémios e galardões são sempre importantes, pois são o reconhecimento, por parte de entidades externas e credíveis, da qualidade dos produtos, indo ao encontro daquilo que sempre defendemos. E não se trata de algo esporádico, já que estes galardões têm sido conquistados de uma forma sistemática ao longo dos últimos anos, o que atesta bem da qualidade e homogeneidade das características destes produtos. Os prémios trazem sobretudo reconhecimento e ajudam na divulgação dos produtos, o que, obviamente, se reflete na procura que os mesmos têm
Há vinhos bons e muito bons. Depois há vinhos que transcendem: os Vinhos do Alentejo. Elaborados a partir das castas melhor adaptadas às condições naturais da região, criamos vinhos que estimulam os sentidos e emocionam. Este é o mérito dos Vinhos do Alentejo: não basta pensar além, é preciso ir.
Vinhos do Porto e Douro
Vinho do Porto: Saiba escolher Harmonizações Aperitivos Amêndoas torradas, azeitonas e canapés de salmão fumado. Para acompanhamento sugerimos um Porto Branco aromático ou um Porto Rosé, frescos! Quem goste de inventar, pode até acrescentar água tónica ao Porto Branco, em proporções iguais, gelo, uma rodela de limão e uma folha de menta - Portonic. Com o Porto Branco pode-se usar a imaginação – existem inúmeras possibilidades para criar cocktails com ingredientes como o limão, a lima, o gengibre (e outras especiarias), melão, açúcar castanho, gelo, menta e água tónica. O Porto Rosé também é o ponto de partida para cocktails surpreendentes. Servir com gelo esmagado e laranja (em rodelas ou em sumo), tangerinas, limas e menta. O vinho do Porto, straight ou como cocktail, constitui uma escolha excelente para receber amigos em casa, como bebida de boas-vindas antes de uma fantástica refeição. Entradas Quando se deseja servir um queijo cabra
envolto em massa folhada, uma entrada de salmão fumado (ou outro peixe gordo) ou um queijo cremoso, sugerimos o Porto Branco, seco ou extra-seco, como acompanhamento. O vinho tem a intensidade necessária para equilibrar o prato, o álcool atenuará a gordura do peixe ou do queijo. Os toques de mel, sementes de sésamo ou frutos secos no prato agirão com ponte aromática com o vinho. Ao servir um Porto Branco com aromas exuberantes, esta ponte pode ser criada com ervas aromáticas como o endro, o manjericão ou o tomilho.
ocasião muito especial, quando se quer servir o melhor vinho que se tem na cave com um prato gourmet de luxo idêntico como a Perdiz à Convento de Alcântara (recheada de foie-gras e trufas). Para que a refeição não se torne demasiado pesada, acompanhar as entradas com um vinho mais leve e depois servir a perdiz estufada com um Vintage de alguma idade, para que a sua elegância e insinuações de bosque e especiarias misturem com os aromas de caça, sempre complementados com a complexidade do paté e a singularidade da trufa.
Uma combinação diferente, mas muito harmoniosa, é servir foie-gras com um Tawny 10 Anos velho ou um Porto Branco. As intensidades são semelhantes, os aromas casam e o vinho “limpa” o palato da pasta de fígado. Quando se deseja tornar este prato num prato ainda mais invulgar, pode-se querer adicionar cebolas salteadas ou caramelizadas em vinho do Porto.
Sobremesa Este é o momento em que se serve muitas vezes vinho do Porto durante a refeição. A sua doçura não choca nem cria demasiado contraste quando é consumido com um doce, como seria o caso de um vinho seco. É um dos poucos vinhos que, dado o seu teor alcoólico, consegue “limpar” o palato após doces de ovos, chocolate ou queijo. De um ponto de vista do aroma, há sobremesas para Tawnies e sobremesas para Rubies.
Prato Principal Normalmente não se serve vinho do Porto com o prato principal. No entanto, nada nos impede de o fazer. Por exemplo, numa
Porto Branco • Apresenta-se sob vários estilos, nomeadamente associados a diferentes graus de doçura e que resultam do modo como é conduzida a sua elaboração. • Aroma floral e complexo com um teor alcoólico mínimo de 16,5% para o branco leve seco e 19% para os outros • Cor : tonalidades diversas (branco pálido, branco palha e branco dourado). • Estilo: desde o extra-seco até ao muito doce. • Consumo: Consumir: breve Decantar: não necessita Copo ideal: vinho, tipo tulipa Temperatura: servir muito fresco. Porto Tawny • Com indicação de idade – 10 anos, 20 anos, 30 anos ou 40 anos: Data de Colheita • Porto evoluído, elegante e complexo. • Cor: do alourado ao âmbar, com castanhos dourados, conforme a idade. • Aromas e sabores complexos subtis a frutos secos, torrefação, madeira e especiarias. • Envelhecimento em madeira em pipas ou tonéis • Consumo: Consumir: breve Decantar: não necessita Copo ideal: vinho, tipo tulipa Temperatura: ideal c. 120 / 140
Sobremesas para Tawnies O Porto Tawny é mais adequado para com-
binações com aromas a especiarias (canela), caramelo e frutos secos. Das diversas sobremesas que se ajustam a esta descrição, podemos recomendar a tarte de amêndoa, o pudim flan, doces confecionados com laranja e doces de ovos. O vinho do Porto Branco Velho também deve ser incluído no grupo de vinhos do Porto que condizem com estas sobremesas. Sobremesas para Rubies Neste caso, o acasalamento aromático pende para os frutos vermelhos (morangos, cerejas, framboesas) e frutos pretos (amoras, groselhas e mirtilo) e chocolate. Para que o contraste entre os dois não seja demasiado grande, os frutos devem ser apresentados em doce ou geleia ou acompanhados por algo doce. Exemplos deste tipo de combinações harmoniosas são o cheesecake de frutos vermelhos e o fondant de chocolate. Apesar de muitos preferirem especialmente chocolate com um Porto Ruby e um queijo com um Porto Tawny, é importante notar que ambos os tipos de alimentos condizem com Tawnies velhos como o LBV e o Vintage, dependendo dos outros ingredientes do doce e, sobretudo, o gosto pessoal de cada um.
Late Bottled Vintage (LBV) • Porto de uma só colheita muito boa. • Engarrafado obrigatoriamente 4 a 6 anos após a colheita. • Cor vermelho ruby mais ou menos intensa • encorpado, macio e de aroma mais ou menos frutado, dependendo da duração do estágio em madeira. • Consumo: Consumir: desde a compra até 10 anos. Decantar: não necessita Copo ideal: vinho, tipo tulipa Temperatura: ideal c. 160 / 180 Porto Vintage • Porto de qualidade excecional proveniente de uma só colheita. • Engarrafado obrigatoriamente no 2º/3º ano após colheita. • Envelhecimento em garrafa. • Cor: muito encorpado e retinto no momento da aprovação (aos dois anos). • Com o envelhecimento adquirem um aroma equilibrado, complexo e muito distinto a torrefação, especiarias e por vezes aromas frutados • Consumo Guardar: posição horizontal Consumir: até mais de 100 anos Decantar: sim Copo ideal: vinho, tipo tulipa Temperatura: ideal c. 160-180
Queijaria Prado da Sicó
A arte da Tradição A Queijaria Prado da Sicó, situada na Serra de Sicó, tem garantido a continuidade da qualidade e do sabor da tradição dos queijos desta região. O nosso processo mantém-se fiel à receita tradicional proveniente dos antepassados. O saber fazer e a qualidade do leite da pastorícia desta Serra são o segredo para o sabor único dos queijos Prado da Sicó.
A Queijaria Prado da Sicó é uma empresa familiar do setor dos lacticínios com sede no concelho de Ansião, mais concretamente em Santiago da Guarda, em plena região das Terras de Serra do Sicó. Com 18 anos de experiência na arte de fazer queijo, a receita tradicional dos antepassados continua a ser reproduzida nestas instalações com a ajuda de 24 colaboradores fabris e dos técnicos especializados que apoiam sempre na produção e maturação dos queijos. O sucesso vem da qualidade que, antes de mais, tem que ser conseguida através do leite utilizado e da receita de origens familiares que, ao longo dos tempos, tem vindo a ser melhorada e aperfeiçoada em prol da melhor qualidade possível. Aqui, na Queijaria Prado da Sicó, é ponto de honra a continuidade das tradições da região com origens ancestrais, o Queijo Rabaçal que é produzido e certificado com Denominação de Origem Protegida. A qualidade dos produtos da Queijaria Prado da Sicó tem sido reconhecida pelos prémios recebidos já que em 2014 e 2015 foram galardoados com o prémio de melhor queijo fresco e, em 2016, teve direito a menções honrosas no queijo curado de ovelha e cabra, no requeijão e no queijo fresco. Já no ano de 2017, a empre-
sa foi novamente premiada com o galardão de melhor queijo fresco de mistura e o melhor requeijão de mistura. O passado, o presente e o futuro estão alicerçados no constante desenvolvimento e na criação de novos queijos e na atualização de todas as normas de segurança alimentar. Só a título de exemplo, em 2016 foram criados quatro novos queijos - queijo com malagueta picante “O Pica”, queijo sem lactose, queijo atabafado de vaca e cabra com 5 pimentas e queijo com ervas aromáticas. O sucesso de vendas, nacional e internacional, tem feito a empresa crescer e isso fez com que a empresa amplias-
se, pela quarta vez, o espaço fabril ao abrigo do Programa 2020. Para o futuro, o grande projeto é continuar a produzir queijo de excelência. Para mais informações: Fátima Carvalho, 919 848 533
O que são Produtos Tradicionais? São designados como Produtos Tradicionais todos os produtos Agroalimentares (incluindo os produtos da agricultura, da pecuária, da floresta bem como os da pesca e da caça), transformados ou não, e os produtos não alimentares cujos métodos de obtenção, produção, conservação e maturação, quando aplicáveis, foram consolidados ao longo do tempo. Considera-se como tempo mínimo para consolidação um espaço de 50 anos, equivalente à transmissão de saber entre 2 gerações.
São devidamente valorizados o uso de matérias-primas locais ou, no limite, nacionais (incluindo raças, sementes e variedades autóctones ou muito bem adaptadas); a utilização de práticas agrícolas e de transformação ambientalmente sustentáveis; de processos naturais bem como de instrumentos, utensílios, ambientes e formas de acondicionamento com materiais locais e tradicionais. Não é aceitável a utilização de aditivos,
de auxiliares tecnológicos, de radiações ionizantes nem de outras práticas não tradicionais. Não existem critérios específicos para materiais de acondicionamento nem para formas de comercialização modernas ou a apresentação dos produtos fatiados, picados, moldados, ralados ou mesmo refrigerados, congelados ou pré-cozinhados, etc. (Fonte: Critério 29CQ1 da QUALIFICA).
Produtos Tradicionais
A Limpeza inteligente já chegou a Portugal
Climex
Climex 50 anos a inovar Por Sara Hipólito, Diretora de Marketing, Innovation & Training da Climex.
Sara Hipólito
A Climex foi fundada em 1967 e trouxe para Portugal o conceito, já existente na época noutros países europeus, do outsourcing. À data, a vasta maioria das empresas tinha serviços de limpeza internos e eram realizados de forma manual. A entrada da Climex no mercado introduziu a mecanização dos serviços, o que permitiu externalizar este tipo de serviço. Com a chegada da Democracia e a plena integração Europeia, a Climex tornou-se um player ainda mais ativo, tendo fundado a Associação de Empresas de Limpezas APFS (hoje conhecida como Associação Portuguesa de Facility Services) e participado na criação do primeiro Contrato Coletivo de Trabalho. Algumas das suas normas, como a proteção dos trabalhadores nos locais de trabalho quando muda a entidade patronal, vieram a fazer parte da lei europeia TUPE. A estas mudanças estruturais que Portugal e o mundo enfrentou nestes 50 anos, a Climex respondeu com inovação, profissionalismo e conhecimento. Fomos a primeira empresa a introduzir na sua gestão os sistemas informáticos, os primeiros a usar a transferência bancária como forma de pagamento salarial, fomos
a primeira empresa de limpeza em Portugal com a qualidade dos nossos serviços certificados pela APCER e mais tarde pela SGS. Fomos os primeiros a criar um centro de formação para os trabalhadores, tendo hoje centros em Lisboa e Madrid. Fomos a primeira empresa portuguesa de limpeza a internacionalizar-se (Londres e Barcelona). Os primeiros e a única empresa de limpeza a ter a sua responsabilidade social reconhecida através da SMETA 4P, versão 6.0, assegurando a prática do negócio de forma ética, livre de práticas racistas, abusivas, discriminatórias ou coercivas. Desde a nossa fundação que somos uma empresa que constrói conhecimento e que cria valor acrescentado para os nossos clientes. Hoje o conhecimento, a capacidade inovadora e técnica da Climex, que se traduz na capacidade em criar soluções para os mais variados desafios de higiene e limpeza, são reconhecidos por um conjunto vasto de clientes, desde a indústria aeronáutica, alimentar, eletrónica, têxtil, passando pelos grandes complexos de escritórios corporativos, pelos edifícios inteligentes, pelo setor da aviação e transportes e também pelo setor de healthcare. Esta nossa capacidade de constante inovação e criação de valor, foi recentemente reconhecida pelos European Cleaning & Hygiene Awards, os “Óscares” da indústria de Facility Services a nível Europeu. Mais recentemente fomos distinguidos com o prémio “The ones to watch” no European Business Awards, como uma das empresas portuguesas mais inovadoras. A Climex abraçou a revolução digital e tem hoje todo o seu processo produtivo totalmente digitalizado com soluções 4.0, inte-
grando as tecnologias de sensores e IOT nos seus processos de limpeza, o que nos permite focar ainda mais nas necessidades do nosso cliente. Através do sistema Climex “Intelligent Cleaning”, disponibilizamos ao nosso cliente informação qualitativa e quantitativa em tempo real em relação ao cumprimento dos SLA’s (Service Level Agreement) acordados permitindo assim utilizar essa informação através da sua organização para criar valor no seu processo produtivo. A Higiene e Limpeza de uma área de trabalho reveste-se de uma importância capital em todas as áreas produtivas ou de serviços e em especial nos negócios abertos à concorrência global. É aqui que a diferenciação, como Climex Intelligent Cleaning, traz novas soluções para os desafios que surgem e, tem sido preferida por inúmeros clientes industriais e corporativos. Esta inovação não pára e a Climex lançou a Climex Robotics que é já hoje o segmento onde mais investimos (absorve cerca de 60 por cento do orçamento de mais de 300 mil euros anuais). A Climex lidera em Portugal com a utilização de robótica na limpeza de áreas industriais e aguarda a homologação do primeiro robot para desinfeção hospitalar para o poder colocar ao serviço do setor de healthcare. Hoje a Climex é uma empresa que lidera pela inovação o setor dos Facility Services em Portugal, disponibilizando aos seus clientes um ecossistema de serviços integrados, desde a limpeza, passando pela robótica, pelos consumíveis de wc, jardinagem, controlo de pragas, fornecimento de tapetes matador, contando com 2790 cola-
para um ambiente melhor.
boradores e mais de 18 milhões de euros de volume de negócios. Quando nos perguntam qual o segredo para chegarmos aos 50 anos de atividade contínua, a resposta é simples: colocamos o conhecimento partilhado de todos os nossos colaboradores ao serviço do crescimento dos nossos clientes e parceiros. Esse conhecimento partilhado faz parte do nosso DNA, e a Climex deseja que seja partilhado por todas as gerações. Para isso, em 2018 vamos atribuir a todos os filhos e netos dos nossos colaboradores a possibilidade de acederem a uma bolsa de estudo para acesso ao ensino superior. É construindo um futuro de inovação que a Climex chega ao seu 50º aniversário. Muitas gerações passaram pela Climex, mais de 1,200 mil pessoas tiveram, em algum momento, ligação como colaborares à Climex nestes 50 anos. E todas elas deixaram a sua marca nesta empresa de referência na prestação de serviços de limpeza, no setor de Facility Services. O nosso futuro começa hoje. É construído diariamente através do profissionalismo, ética e competência técnica das nossas equipas de limpeza, espalhadas por Portugal, e esse futuro é promissor. Estamos prontos para os próximos 50 anos!
A Climex foi nomeada como “One to Watch” na Europa numa lista de excelência empresarial publicada pelos European Business Awards patrocinados pela RSM. A Climex foi escolhida, pois demonstra uma conquista excecional na Categoria ‘The Award for Innovation’ dos European Business Awards e reflete os valores fundamentais do programa de inovação, sucesso e ética. Os ‘Ones to Watch’ para Portugal podem ser encontrados em www.businessawardseurope.com
Climacom / Berjar
Legionella
“A Legionella não é a única ameaça” Na atualidade, o tema Legionella tem levantando grandes celeumas. Uma bactéria que mata é sempre um tema que gera medos e pânico. No entanto, não há que temer a bactéria, mas sim a falta de prevenção e de manutenção de sistemas de climatização e da Qualidade do Ar Interior. Saiba tudo, na entrevista a Norberto Presa, Engenheiro e Perito Qualificado na Vertente Energia e Qualidade do ar Interior (no âmbito do anterior Decreto Lei 78/2006) da Climacom, com 20 anos de experiência no ramo.
Segundo o nosso entrevistado, Norberto Presa da Climacom, a Legionella não é uma bactéria que deva causar pânico já que ela vive e está presente em todos os ambientes aquáticos, seja um rio, um lago ou outro qualquer ambiente com água. Ou seja, “a Legionella é uma bactéria que coabita com outros microrganismos e apenas se torna nociva e fatal para os humanos quando se criam as condições favoráveis para o seu desenvolvimento e para a sua distribuição de modo a que o nosso organismo inale os aerossóis onde a bactéria está presente”. Então e quais são essas condições favoráveis e onde é que, afinal, se esconde a bactéria Legionella? Pelo que nos foi possível perceber, existem alguns sistemas de ar condicionado que utilizam, no seu processo, os chamados sistemas evaporativos, quer para humidificação quer para arrefecimento, e que, portanto, têm acoplado um sistema de armazenamento de água – as tão faladas torres de Arrefecimento – e é precisamente aqui que reside o grande problema da contaminação pela bactéria da Legionella. Caso a água armazenada nas torres de arrefecimento não seja controlada em termos bioquímicos, físicos
Norberto Presa
e microbiológicos, e tendo em conta que dentro desses depósitos existem nutrientes que servem de alimento e que a temperatura da água nunca ultrapassa os 50 graus, a própria bactéria vai-se alimentando e desenvolvendo, se inalarmos os aerossóis que transportam a bactéria, a mesma é então nociva e letal, dependendo obviamente da intensidade de exposição e o tipo de hóspede, principalmente para os que possuem um sistema imunitário deficitário. Os aerossóis podem percorrer quilómetros dependendo da Humidade Relativa no ar e podem entrar nos edifícios e casas domésticas, quer por uma janela aberta quer pelos sistemas de ar condicionado ou de ventilação, sendo posteriormente inalada pelos utilizadores de determinado espaço. Norberto Presa refere que é necessário que se tomem medidas de prevenção e que as manutenções sejam feitas periodicamente para que este tipo de situações não se tornem em casos de perigo para a saúde pública: “A Climacom faz diversas manutenções preventivas em muitos edifícios, inclusive hospitalares e temos sempre o cuidado de fazer análises à água dos sistemas de armazenamento de água fria, quente e outros, para perceber se existem parâmetros fora do normal. Basta que a água que abastece estes sistemas ter níveis de cloro mais baixos para que não exista uma correta desinfestação. Quando percebemos, através das análises á agua armazenada, que algo foge dos parâmetros, agimos de imediato para controlar qualquer contaminação”. Mas engana-se quem pensa que apenas existe perigo de contaminação por Le-
gionella nas torres de arrefecimento. Também ele existe em sistemas de rega, Chafarizes, redes de distribuição de água fria estagnada, água quente sanitária, e o risco aumenta em especifico em sistemas de água de captação própria, etc. Portanto, em qualquer ginásio ou piscina, por exemplo, sem manutenção adequada dos sistemas de armazenamento de água quente e da rede distribuição dessa mesma água a bactéria pode aparecer e desenvolver… Vamos perceber: “Tal como acontece com as torres de arrefecimento, alguns dos sistemas de aquecimento de águas sanitárias são providos de depósitos onde a mesma é armazenada a uma temperatura que pode variar entre 35 a 50 graus que são propícias ao desenvolvimento da bactéria da Legionella. Ou seja, mais uma vez, estão criadas as condições físicas e microbiológicas para que a bactéria se desenvolva e possa tornar-se fatal”. Ficamos então a perceber que a Legionella se desenvolve exponencialmente com temperaturas entre os 35 e os 45 graus e que, curiosamente, o nosso próprio sistema imunitário para combater uma infeção aumenta a temperatura corporal e, portanto, ao tentar combater a contaminação por Legionella está a criar um ambiente ideal para que ela se desenvolva. Mas nem todos os sistemas de climatização ou de aquecimento de água sanitária são emissores da bactéria. Portanto, o que faz com que uns sejam letais? A resposta é a mais simples e a mais assustadora possível: Falta de planeamento, manutenção e fiscalização. “Quando não existe de um modo diferenciado um Técnico responsável pelo funcionamento (TRF) onde efectua planeamento e gestão da manutenção (Engenheiros Mecânicos, Electromecânicos), um Técnico de Instalações Mecânicas (TIM) responsável por cumprir operacionalmente o cronograma e manutenção definida (Técnico com qualificações em Sistemas de Climatização/ Qualidade do ar Interior) e por fim um Perito qualificado em qualidade do ar Interior em que vai efectuar uma Auditoria ao trabalho efectuado e que em
simultâneo efectua umas inspecções periódicas e valida que a manutenção está a ser bem executada quer comprovando pela verificação do registos dos trabalhos realizados quer pela execução das análises físicas, químicas e microbiologias aos sistemas de abastecimento/armazenamento de água e sistemas/componentes de climatização, a probabilidade de propagação da bactéria da Legionella e outros microrganismos aumenta espontaneamente, pois neste momento o que existe legalmente não funciona. Juntando uma eficaz gestão e planeamento da manutenção através dos Engenheiros com uma eficaz execução da mesma através dos Técnicos e apostando em sistemas de fiscalização com auditorias periódicas à qualidade do ar interior por intermédio dos Peritos consegue-se impedir e punir quem está a prevaricar, problemas como a doença do legionário deixariam de existir. Mas os problemas não se ficam por aqui e há cada vez mais sistemas que poderão causar essa doença onde legalmente inclusive é mais difícil de actuar. Vejamos, cada vez mais, nas instalações domésticas e derivado à eficiência energética, temos em nossas casas as chamadas bombas de calor e esses sistemas não conseguem potenciar um aquecimento de águas quentes sanitárias superior a 55 a 60 graus de temperatura. Muitas vezes, os utilizadores para pouparem energia, desactivam o sistema anti Legionella que no mínimo é ligado uma vez por semana, através de resistência eléctrica, eleva-se a temperatura da água superior aos 80 graus e isso faz com que a Legionella seja eliminada. Assim, quer por falta de conhecimento ou de informação aos utilizadores, para poupar energia temos, nas nossas casas, um sistema em constante desenvolvimento da bactéria Legionella” este problema agrava-se quando os clientes finais tem sistemas de água de captação própria e não utilizam água da rede. E a legislação, onde entra? A portaria 353 A/2013 que estabelece os valores mínimos de caudal de ar novo por espaço, bem como os limiares de prote-
Legionella
Climacom
ção e as condições de referência para os poluentes do ar interior dos edifícios de comércio e serviços novos, sujeitos a grande intervenção e existentes e a respetiva metodologia de avaliação. Ou seja, os limites estão estabelecidos, como se pode verificar na portaria em questão. Contudo, a APA – entidade responsável por fazer as fiscalizações, não tem “meios ou recursos necessários para tal. Só quando morrem pessoas é que a APA é obrigada a atuar porque é impossível que a Agência esteja em todo o lado”. Segundo nos refere Norberto Presa, o anterior regulamento delegava responsabilidades nos Perito da Qualidade de Ar Interior à realização de auditorias periódicas e a uma certificação, além de energética, da Qualidade do Ar Interior e era precisamente esse o despoletar e o incenti-
vo para os donos dos edifícios serem alertados para aquilo que estaria menos bem. “Nessas auditorias de qualidade do ar interior eram levantados vários problemas, eram elaborados inclusive planos de acção corretiva, estava inclusive estabelecido um determinado tempo para fazer as correções indicadas e muitos dos clientes tinham a sensibilidade necessária para fazer as acções de correcção, mesmo com poucos recursos financeiros, realizar os planos de acção de manutenção correctiva e melhorar os planos e procedimentos de manutenção preventiva”. Neste momento, não há uma obrigatoriedade em fazer auditorias à Qualidade do Ar Interior . “Tudo bem, se calhar poderia existir um espaço maior entre auditorias, mas nunca poderíamos ter acabado com esta ferramenta
essencial para conhecer o estado geral de todo o sistema de ar interior. Isto sim, foi o verdadeiro erro do legislador. É mesmo muito importante que se volte a delegar a responsabilidade aos Engenheiros (TRF) que realizavam os planos de manutenção e delegar aos peritos de qualidade do ar interior a realização das auditorias periódicas como ferramenta fiscalizadora da manutenção realizada, devolvendo uma verificação obrigatória de todos os sistemas”. Norberto vai ainda mais longe: “Os donos dos edifícios por ausência de fiscalização só realizam o estritamente necessário, é importante, nesta altura, as empresas de manutenção sensibilizarem os clientes para os perigos que correm com a ausência da realização de uma manutenção ade-
quada, contudo as empresas de manutenção tem de perceber que há limites ao que têm para oferecer aos clientes. Havendo alteração da legislação ou não todos nós temos responsabilidades e, portanto, é preciso que as empresas instaladoras e de manutenção também não sobrecarreguem os proprietários de edifícios com orçamentos incomportáveis sob pena de o sistema voltar novamente a cair no esquecimento”. A finalizar, o responsável do departamento de engenharia da Climacom relembra que 80 por cento da atividade da empresa prende-se com a manutenção e andamos numa procura constante em desenvolver e ter equipamentos adequados para fazer manutenção, quer industrial, em pequenos edifícios de serviços, comerciais ou hospitalares.
O Ozono é um biocida natural com características únicas Entrevista a Paulo Jarro, Administrador da BERJAR.
Paulo Jarro
Como surge a BERJAR e quais os motivos subjacentes à sua fundação? A Empresa BERJAR surge por minha iniciativa e do meu filho num momento da nossa vida em que entendemos que seria “agora ou nunca!”. O nosso objetivo era criar uma empresa que permitisse por em prática todo o conhecimento e experiência profissional que adquiri ao longo de muitos anos em conjugação com a juventude e forma-
ção académica do meu filho. Nasce assim uma empresa com sede em Mira, na Incubadora de Empresas, que após um estudo de mercado, viria a responder a uma lacuna identificada no mercado português, no âmbito de tecnologias de aplicação de Ozono, cuja oferta apesar de ser muito promissora em termos de resultados era bastante omissa e com custos incompatíveis para a maioria das empresas e organismos públicos portugueses. Portanto, a ideia de fundo era trabalhar segundo o conceito BATNEEC (“Best Avalaible Technique Not Entailing Excessive Cost”), ou seja, soluções que selecionam a melhor tecnologia disponível, de modo a não envolver custos incompatíveis com a natureza da atividade em análise. Quais os serviços e produtos que disponibilizam no mercado? A nossa atividade reflete-se essencialmente ao nível da energia e ambiente, sendo os produtos que comercializamos geradores de ozono e periféricos para aplicações muito diversas desde o tratamento de águas potáveis, águas residuais, ar ambiente em habitações e espaços públicos. O ozono (o3) é um gás natural, produzido “In-Situ”, com características únicas quando comparado com todos os
outros biocidas. Tendo maior potencial de oxidação, reage de forma muito mais rápida e não cria nenhum tipo de subprodutos depois de exercer a sua função desinfetante, convertendo-se novamente na sua molécula original, o Oxigénio (O2). O que é a Legionella e de forma se propaga? A Legionella é a bactéria responsável pela doença dos Legionários que no ano de 1976, em Filadélfia (USA), atingiu os participantes de um congresso de antigos legionários, provocando 34 mortos. Atualmente, sob o ponto de vista de saúde pública, importa informar cada vez mais a população que é uma bactéria que se encontra em estado latente na água das canalizações e hospeda-se sob a forma de aerossóis em sistemas de climatização, duches e outras fontes de vapor de água. Em
Portugal, têm surgido surtos desta doença com graves consequências, sobretudo em grandes instalações de torres de arrefecimento, onde a manutenção é de importância primordial. Adotar modelos de gestão assentes em equipas de técnicos, da confiança dos Conselhos de Administração, capazes de assegurar as boas práticas e as recomendações da DGS é, na minha opinião, a melhor forma de combatermos de forma eficaz a propagação desta doença. Quais as soluções disponibilizadas pela BERJAR para este fim? Os geradores de ozono dimensionados de forma adequada garantem uma desinfeção mais eficaz que os biocidas convencionais no tratamento da água das canalizações e, sobretudo, nas condutas de ar condicionado por onde a bactéria se liberta atingindo as pessoas.
Resitejo
eGAR
“Em dez anos estaremos ao nível daquilo que melhor se faz na Europa” A RESITEJO foi constituída em 1996 para gerir os Resíduos Urbanos produzidos em dez concelhos do distrito de Santarém: Alcanena, Chamusca, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Golegã, Santarém, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha. Saiba mais na entrevista a Diamantino Duarte, Administrador da Resitejo.
Antes de mais, gostaria que nos fizesse uma apresentação breve da Resitejo. Quando surge e quais os motivos subjacentes à sua fundação? A Resitejo nasce em 1996 e tem como primeira e principal finalidade o tratamento dos resíduos sólidos urbanos produzidos nos seus dez municípios associados, e ainda, proceder ao encerramento de todas as lixeiras que existiam nos mesmos A Resitejo é responsável pela gestão e tratamento dos resíduos sólidos urbanos de dez municípios do médio Tejo, mas as suas áreas de atuação não ficam por aqui. Quais as áreas de atuação e os serviços que disponibilizam? A Resitejo para além de proceder ao tratamento dos resíduos sólidos urbanos produzidos na sua área de intervenção é também responsável pela gestão de diversos ecocentros que se encontram instalados em todos os dez municípios, assim como pela recolha, transporte e triagem de todos os resíduos provenientes da recolha seletiva. Por outro lado e aproveitando a disponibilidade dos seus equipamentos ainda realiza o tratamento de resíduos provenientes de outros sistemas.
As eGAR - Guias Eletrónicas de Acompanhamento de Resíduos entrarão em vigor em janeiro de 2018. Estando em regime de transição, até 31 de dezembro de 2017, quais são as diferenças entre as eGAR e as guias de acompanhamento? A existência deste novo tipo de GAR, representa um avanço e um aproveitamento que as novas tecnologias nos disponibilizam, pois permitem reduzir muito do tempo que hoje se gasta no tratamento manual destes documentos assim como possibilita o acompanhamento de forma mais expedita de todo o caminho realizado pelo resíduo. A obrigatoriedade de utilização das eGAR - Guias Eletrónicas de Acompanhamento de Resíduos trazem muitas alterações ao setor? Acima de tudo exigem uma maior preparação de todos os intervenientes pois só dessa forma será possível tirar o máximo proveito desta nova ferramenta. Quais as vantagens e desvantagens que aponta relativamente à implementação das eGAR?
As vantagens, como atrás já dissemos, está ligada a um mais rápido tratamento e um melhor conhecimento de toda a informação dos caminhos que os resíduos percorrem. Um dos problemas que decerto se irão colocar, essencialmente nos primeiros tempos, será a dificuldade que os pequenos produtores terão em realizar em tempo útil todos os registos por forma a poderem emitir as respetivas eGAR’s.
Como em tudo na vida todos os dias se aprende e todos os dias temos margem para evoluir, no tratamento de resíduos também isso acontece, para que se possa manter esse estado de evolução não podemos deixar de aproveitar todo o manancial de oportunidades que as novas tecnologias colocam ao nosso dispor, por isso a resposta à sua pergunta só pode ser sim.
Portugal está ao nível dos países da UE ao nível da gestão e tratamento dos resíduos? Portugal ainda não atingiu o nível de muitos países da EU mas se atendermos à diferença que existia quando se iniciou este caminho e a que existe atualmente podemos afirmar que temos caminhado a uma grande velocidade o que me leva a pensar que dentro de uma década estaremos ao nível daquilo que melhor se faz na europa na área do tratamento de resíduos.
Em termos de empresa, quais os grandes projetos? A Resitejo como qualquer empresa que quer ter um crescimento sustentável tem de ter sempre presente a necessidade permanente de novos desafios e novos projetos. Assim estamos atentos a novos processos que melhorem a qualidade do serviço que prestamos aos nossos Municípios, assim como encontrar novos projetos que possibilitem atingir as metas que nos são colocadas nos Planos Estratégicos. A Resitejo, como todos os sistemas de tratamento de resíduos, está a estudar novas hipóteses que possibilitem tratar a fração resto, ou seja todos aqueles resíduos que não são passiveis de serem enviados para a indústria recicladora. Este é sem dúvida o nosso novo grande projeto.
O futuro, no que diz respeito à gestão e tratamento dos resíduos, apresenta ainda alguma evolução? As novas tecnologias poderão também ser, aqui, grandes aliadas?
Saúde & Beleza
SUN SECRET
We love Sun
SUN SECRET, o seu
Solário, saúde e
solário no Porto
beleza? We Love Sun!
Solário intimista, com poucas máquinas, para permitir um atendimento mais personalizado, sempre com a garantia da qualidade do bronzeado e da proteção da saúde da pele foram os objetivos que levaram João Garrido Fernandes a abrir o Solário Sun Secret em janeiro de 2015. Estabelecemos elevados padrões de qualidade de serviço a prestar aos nossos clientes e, por isso, “investimos em máquinas totalmente novas e de elevada qualidade da marca Ergoline”. O facto de serem máquinas novas de fábrica e de terem a chancela da Ergoline faz com que “tenhamos diversos fatores diferenciadores”. O conforto para o utilizador “é indiscutível nomeadamente ao nível de temperatura e da qualidade das lâmpadas que definem a durabilidade, qualidade e cor do bronzeado”. O facto de as lâmpadas serem certificadas
Tudo começou com uma viagem à Alemanha para conhecer melhor a Ergoline e a estrutura por detrás desta grande empresa. “Foi uma experiência muito enriquecedora que nos abriu os horizontes e fez com que apostássemos mais na área da saúde. Decidi abrir este espaço com máquinas solário e de estimulação de colagénio”, ou seja, os clientes usufruem das vantagens do solário e também recebem um fotorejuvenescimento da pele. A Prestige 1600, da Ergoline, uma das máquinas recentes e avançadas do mercado é a estrela do solário We Love Sun. Para além da qualidade das máquinas e da certificação que “a Ergoline nos concedeu preocupamo-nos com a saúde dos nossos clientes e estimulamo-los a serem responsáveis e cuidadosas quanto à sua pele, daí ter investido em máquinas de estimulação do colagénio”. “O solário é importante e faz bem à saúde” desde que os utilizadores cumpram as normas de funcionamento e os tempos de exposição adequados ao seu tom de pele. “Não há necessidade de fazer sessões to-
dos os dias ou todas as semanas cada pessoa tem as suas caraterísticas e as sessões devem adequadas a cada tipo de pele. É importante estimular a produção de vitamina D, que ajuda a fixar o cálcio nos dentes e ossos, durante todo o ano; é um ótimo estimulador emocional principalmente para quem sofre de depressão e há doenças de pele que são controladas pela exposição solar”. Remata Mariana Gregório, gerente do We Love Sun. Horário de seg. a sex.: 10h30 – 21h, sábado 11h – 19h. Encerrado ao domingo. Avenida da Praia,1325 • 3885-405 Esmoriz
pela Ergoline é um fator de qualidade e de confiança para o consumidor, “o bronzeado é o mais natural possível dentro das caraterísticas da pela da pessoa”. As lâmpadas estimulam a melanina da pele em vez de “queimar a camada superficial, o que confere um bronzeado mais natural, intenso e, acima de tudo, mais saudável”. O solário Sun Secret aceita marcações e dispõe de um horário alargado, está aberto todos os dias (incluindo feriados) das 10h às 22h e aos domingos das 15h às 21h na Rua O 1º de Janeiro 15, 4100-365 Porto (à Avenida da Boavista/Bessa) Telefone: 930 619 011
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Ergoline marca de solários reconhecida mundialmente como a Nº 1, a nível de melhor qualidade e segurança no bronzeamento, proporcionando um bronzeado único, atraente e de longa duração, cuidando da sua pele em simultâneo. Recomendamos que apenas faça solário em espaços com o certificado de garantia da Ergoline, só assim terá a protecção do seu corpo ao mais alto nível. www.ergoline.pt www.abelgim.com www.ergolineportugal.com
País Positivo
Os Benefícios dos Animais de Estimação para a Saúde Humana Os animais desempenham um papel importante na vida de muitas pessoas. Além dos vários e reconhecidos atributos terapêuticos desempenhados pelos animais, também são muito valorizados como excelentes companheiros, o que certamente pode afetar a qualidade das nossas vidas. E essa companhia é benéfica para nossa saúde.
Vários estudos indicam que as pessoas que têm um animal de estimação podem ter um coração mais saudável, ficar doentes com menos frequência, fazer mais exercício e reduzir o risco de depressão. Os animais de estimação também podem ter um impacto positivo significativo em alergias, asma, apoio social e interações sociais com outras pessoas.
Impacto na Saúde Física Os animais de companhia podem melhorar a saúde do coração reduzindo a pressão sanguínea e regular a frequência cardíaca durante situações de stress. Num estudo conduzido por Allen K, Blascovich J, Mendes WB (2002), os investigadores analisaram situações de maior ansiedade e stress, como o desempenho de determinadas tarefas ou a elaboração de exercícios de matemática, e mediram as mudanças da frequência cardíaca e da pressão arterial entre as pessoas que tinham um cão ou gato, em comparação com aqueles que não tinham. As pessoas com um cão ou gato tiveram frequências cardíacas e medidas de pressão arterial mais baixas. As pessoas com um cão ou gato também cometeram menos erros num plano de exercícios de matemática
quando o seu animal de estimação estava presente na sala. Todos esses dados sugerem que ter um cão ou gato diminui o risco de doença cardíaca, bem como reduz o stress aquando de um desempenho de uma determinada tarefa, melhorando, muitas vezes, o resultado final do mesmo. Outras pesquisas indicaram que o simples ato de acariciar um animal de estimação pode ajudar a baixar a o colesterol e a pressão arterial. A exposição das crianças aos animais de companhia também pode reduzir a ansiedade. Por exemplo, um estudo conduzido por Nagengast SL, Baun MM, Megel M, Leibowitz JM (1997) mediu a pressão arterial, a frequência cardíaca e o distúrbio comportamental em crianças saudáveis de 3 a 6 anos em duas visitas médicas diferentes para exames físicos de rotina. Numa visita, um cão (não relacionado à criança) estava presente na sala e na outra visita o cão estava ausente. Quando o cão estava presente, as crianças apresentavam valores menores de pressão arterial, menor frequência cardíaca, e menor sofrimento comportamental. No entanto, a investigação sobre os benefícios para a saúde da criança que resulta da interação entre crianças e animais é ainda
limitada, sendo necessário estender a investigação à influência dos animais no desenvolvimento infantil. Outros resultados sugerem que o suporte social que um animal de estimação oferece pode fazer uma pessoa sentir-se mais relaxada e diminuir assim o seu stress. O suporte social de amigos e familiares pode ter benefícios semelhantes, mas as relações interpessoais muitas vezes também causam stress, ao passo que os animais de estimação podem ser menos propensos a causar esse stress. O suporte social dado por um animal de estimação também pode encorajar mais a socialização com as pessoas, reduzindo sentimentos de isolamento ou solidão. Por exemplo, caminhar com um cão potencia a interação social, especialmente com estranhos, em comparação com a caminhada sem um cão. Entre os idosos, a posse de animais de estimação também pode ser uma importante fonte de apoio social que melhora o bem-estar. Num estudo conduzido por Raina P, Waltner-Toews D, Bonnett B, Woodward C, Abernathy T (1999), os resultados revelaram que os idosos que tinham um cão ou gato eram mais capazes de realizar certas atividades físicas consideradas “ativi-
dades da vida diária”, como a capacidade de subirem escadas, de se dobrarem, ajoelharem ou inclinarem; de tomarem a medicação, prepararem as refeições, tomarem banho e de se vestirem. Não se verificaram diferenças significativas entre os donos de cães e gatos nas suas capacidades para realizarem essas atividades, assim como o tempo de ter um cão ou gato e o nível de apego ao animal influenciaram as habilidades de desempenho. Um grande estudo de Headey B & Grabka MM (2007) recolheu informações de animais de estimação (cão, gato, cavalo, peixe, pássaro ou outros animais de estimação) numa amostra de mais de 9.000 pessoas em dois períodos diferentes (1996 e 2001). A pesquisa incluiu problemas de saúde, económicos e sociais, de modo que os entrevistados não identificassem o interesse dos investigadores numa ligação entre animais de estimação e a sua saúde. Os investigadores concluíram que as pessoas que tinham um animal de estimação tinham ido a menos consultas médicas, naquele período, em comparação com o grupo de pessoas que não tinha um animal de estimação. Da mesma forma, um estudo que envolveu mulheres na China, conduzido por Headey BW, Fu Na, Zheng R (2008), concluiu que aquelas que eram donas de cães tiveram menos consultas médicas, faltaram menos dias ao seu emprego e fizeram mais exercício físico. Como é verdade com qualquer relacionamento, algumas relações entre animais de estimação e humanos são suscetíveis de ser mais gratificantes para uns do que para outros. Algumas pessoas são mais apegadas aos seus animais de estimação do que outros e esses sentimentos podem influenciar o impacto do animal de estimação sobre a saúde da pessoa. Outros fatores, como o género e o estado civil, podem desempenhar um diferente tipo de papel. Assim, embora a posse do animal de estimação possa ter um impacto positivo no bem-estar de algumas pessoas, isso não afeta todos da mesma maneira.
SABIA QUE… AS PERNAS PESADAS, CANSADAS E INCHADAS PODEM SER SINTOMAS DE DOENÇA VENOSA CRÓNICA? A doença venosa crónica (DVC) é uma patologia bastante prevalente, que atinge entre 5 a 30% da população adulta1, capaz de reduzir a qualidade de vida, tendo em conta que a doença e as suas complicações podem ser responsáveis por dor crónica e incapacitante. A doença venosa resulta de uma alteração estrutural do sistema venoso dos membros inferiores, comprometendo a sua função de transportar o sangue venoso de retorno ao coração. Esta situação resulta no aparecimento de varizes.
CAUSAS MAIS FREQUENTES O fator genético é responsável pela doença venosa primária, com evolução mais lenta. Os fatores circunstanciais são vários, destacando-se a trombose venosa profunda, os traumatismos, as terapêuticas hormonais femininas, a gravidez e um número considerável de fatores causais como a obesidade, a exposição excessiva ao calor, etc. Mas há outros fatores que desempenham um papel importante no seu aparecimento ou agravamento: o tabaco, ingestão exagerada de bebidas alcoólicas, o excesso de peso, a permanência prolongada na posição de pé ou sentada.
FATORES DE RISCO O principal fator de risco é a idade. O sexo feminino é o mais afetado por este problema. As mulheres em fase de alterações hormonais pronunciadas devem ser mais vigiadas, como é o caso da puberdade e da menopausa, entre outras. A terapêutica anticoncecional hormonal é mais um fator relevante. A gravidez é o período de maior risco.
COMO PREVENIR AS VARIZES Para prevenir a doença venosa é fundamental começar por eliminar os fatores de risco, ou pelo menos minimizá-los. A segunda etapa será fazer um exame de diagnóstico. Se houver dor, cansaço, peso, inchaço, então é porque já pode ter a doença. Neste caso deverá procurar um médico para fazer exames, e que lhe aconselhe quais as medidas profiláticas, que podem ser a prática de exercício físico: marcha, bicicleta, natação ou hidroginástica.
CONSELHOS ÚTEIS A TER EM MENTE se tem doença venosa dos membros inferiores: – Use meias elásticas principalmente durante a gravidez, ou durante atividades em que permaneça muitas horas de pé. – Mantenha um peso corporal adequado, controlando o excesso de peso e faça uma alimentação equilibrada. – Pratique regularmente exercício físico moderado, evitando peso excessivo nas pernas. – Use roupas e sapatos confortáveis. Quando apertados dificultam a circulação e o retorno do sangue. Os saltos altos são prejudiciais. – Evite a exposição prolongada dos membros inferiores a temperaturas elevadas, porque provoca dilatação das veias e edema, dificultando o retorno venoso. – Evite estar muito tempo sentada e com as pernas cruzadas.
Curiosidade: Podemos confiar nas plantas medicinais? A nível científico tem-se vindo a assistir a um grande interesse pelo estudo das plantas medicinais, não só no que se refere à sua constituição como às suas ações farmacológicas, que se tem apoiado na investigação na área da saúde e divulgação dos conteúdos em revistas e ao público em geral. Assim, hoje a fitoterapia e o uso das plantas medicinais já não se baseia no uso tradicional, passando a estar, cada vez mais, apoiada em aspetos de qualidade, da eficácia e da segurança2. Numa época em que existem preocupações crescentes do público em geral sobre as questões do bem-estar e da saúde, existe uma preferência e uma procura cada vez maior pelos ingredientes naturais e vegetais, em detrimento dos produtos químicos, sintéticos e com efeitos tóxicos para o corpo humano. As plantas medicinais são, também por isso, uma escolha cada vez mais segura e acertada. (1) EBERHARDT, R.T., RAFFETTO, J.D.. Chronic venous insufficiency. Circulation, 2005. 111: 2398409. (2) Cunha A P, Silva A, Roque O. Plantas e produtos vegetais em fitoterapia (2ª Edição) Fundação Calouste Gulbenkian, 2006.