Este suplemento comercial faz parte integrante do Jornal de Notícias e do Diário de Notícias de 25 de maio de 2017 e não pode ser vendido separadamente
Maio 2017 | Edição Nº105 “Há muito que a Póvoa deixou de ser apenas sol e praia”, Aires Pereira, Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim
“Queremos uma escola útil para a vida”,
Marília Raro, Diretora do Agrupamento de Escolas António Sérgio
“O Qualifica é um programa político de intervenção que tem uma forte componente na educação e formação de adultos” avança Gonçalo Xufre, Presidente do Conselho Diretivo da ANQEP
Cooperação Transfronteiriça Cerveira - Tomiño
Município Sustentável
Dois países, uma euroregião, um rio: um futuro comum “Está dado mais um passo na criação de um projeto transfronteiriço de fortalecimento da identidade europeia e de sentido de pertença comum”. É desta forma que o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, Fernando Nogueira, testemunha a vontade de Cerveira e de Tomiño (Galiza) em trabalhar num projeto comum, consolidando uma amizade secular entre populações de dois países e unidas pelo rio Minho. “Lançamos a semente à terra, o fruto está a crescer e a desenvolverse em prol de uma efetiva ‘desfronteirização’”, assegura.
Desde a assinatura da Carta da Amizade Cerveira-Tomiño, a 11 de junho de 2014, que os concelhos de Vila Nova de Cerveira e de Tomiño alavancaram a consolidação de relações existentes, dando início a um trabalho de dinamização e implementação de uma Agenda Estratégica para a Cooperação Transfronteiriça Amizade Cerveira-Tomiño 2014-2020, recentemente aprovada pelo Interreg V-A, num investimento de meio milhão de euros. Integrada nesta candidatura, a visão compartilhada dos dois concelhos já tem um vasto trabalho desenvolvido em diversas áreas de intervenção, nomeadamente na cidadania e participação pública, artístico-cultural e desportiva, perspetivando-se um alargamento para a vertente educacional e social: – Provedor Transfronteiriço: Trata-se de ter um canal de cidadania aberto para auscultar as opiniões dos cidadãos de Cerveira e de Tomiño, nomeadamente queixas e recomendações em prol de uma melhoria dos serviços e/ou atividades prestados em conjunto pelas duas autarquias, com destaque para. – Orçamento Participativo Transfronteiriço: Promover o conceito de ‘eurocidadania’, estimulando a participação cívica ativa na formulação de propostas e escolhas exercida de forma democrática e inovadora ao nível trans-
fronteiriço, implicando os cidadãos de Cerveira e Tomiño na constituição de soluções para necessidades comuns. A experiência piloto já está a decorrer, com a fase de execução dos três projetos vencedores da edição 2017: realização do “1º Campus Desportivo Cerveira-Tomiño” (Educação); implementação de um “Programa transfronteiriço para a informação, apoio e visibilidade das problemáticas de acessibilidade” (Ação Social); e organização da “Festa da Amizade Cerveira-Tomiño” (Cultura). – Gestão Partilhada de Serviços Públicos: Implementação de uma política de oposição à duplicação de equipamentos e serviços. Destaque para o “Gotas de Água por Notas de Música”, uma experiência-piloto de intercâmbio e utilização da Piscina Municipal de Vila Nova de Cerveira e da Escola de Música de Tomiño. Ao nível de serviços, uma primeira aposta recai no ‘Desporto para Todos’, com oferta de atividade desportiva saudável, controlada e adaptada às populações de Cerveira e Tomiño com mais de 55 anos de idade. Consiste num plano de treino semanal que visa o bem-estar psicológico e físico, a evolução/manutenção da motricidade grossa e fina, bem como o convívio e o intercâmbio cultural entre as duas comunidades vizinhas.
A constituição de um Parque Transfronteiriço ‘Castelinho-Espaço Fortaleza’ de cerca de 20ha, através de uma ponte pedonal/ciclável sobre o rio Minho, constitui-se como uma das prioridades. A existência de dois parques urbanos e de lazer nas margens do rio Minho, com uma oferta diversificada e complementar de valências, tem captado as atenções dos autarcas de Vila Nova de Cerveira e de Tomiño para um projeto inovador de cooperação transfronteiriça. Contudo, a viabilidade deste ‘ecoparque’ só é possível pela construção de uma nova ligação entre as duas margens separadas por cerca de 200 metros, estando iminente a abertura do concurso de ideias para o projeto da travessia pedonal/ciclável, no âmbito do projeto ‘VISIT Rio Minho’, cofinanciado pelo programa Interreg V-A. Também preocupados com as questões sóciourbanas, adequando uma política inclusiva ao seu território, tal como é preconizado pela estratégia Europa 2020, os dois concelhos já deram um primeiro passo apresentando-se como o 1º território transfronteiriço a aderir à Rede de Cidades e Vilas de Excelência que, orgulhosamente, já ostenta a respetiva bandeira. “Vila Nova de Cerveira e Tomiño estão a potenciar o fenómeno transfronteiriço, apresentando-se como um símbolo da cooperação europeia”, remata o edil cerveirense.
Turismo Sustentável
Município da Póvoa de Varzim
Aires Pereira, Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim
Póvoa de Varzim É Bom Viver Aqui! Ponto turístico de visita obrigatória, Póvoa de Varzim mantém os padrões de qualidade de vida para a sua população e ainda acolhe os turistas que durante todo o ano visitam a cidade, as suas praias e o famoso Casino da Póvoa de Varzim. Aires Pereira, Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim recebe o País Positivo no seu gabinete apresenta-nos a cidade, as suas valências e traça o futuro para este promissor concelho do norte do país
O turismo em Portugal assume, cada vez mais, um papel de destaque na economia nacional. Sendo a Póvoa de Varzim um ponto turístico de visita obrigatória quais as medidas implementadas pela autarquia para receber os cidadãos estrangeiros? A Póvoa de Varzim tem vindo a beneficiar com o movimento turístico à volta do Porto. No ano transato aterraram no Aeroporto Francisco Sá Carneiro cerca de 9 milhões de pessoas, o que espelha as oportunidades que surgiram e surgirão para a área do turismo de toda esta região. A Póvoa de Varzim tem vários fatores diferenciadores como o facto de ser a única região entre a foz do Rio Douro e a zona norte da área metropolitana que tem hotéis em frente ao mar. Creio que este facto será um dos motivos pelo qual muitos turistas que aterram no aeroporto do Porto entram no metropolitano para se instalarem na Póvoa de Varzim. Para um cidadão que vem do norte da Europa, 40 minutos de metropolitano é sinónimo de uma curta viagem e ainda desfruta da
comodidade e segurança que este meio de transporte oferece. Muitos juntam o destino turístico Porto com o alargar da visita para norte abraçando a cidade da Póvoa de Varzim como comprovado segundo dados estatísticos recentes que apontam para uma média de pernoita na ordem das três noites consecutivas, uma das taxas mais elevadas desta região. Valorizando a nossa relação como mar, a autarquia apostou na recuperação, o mais qualificada possível, de toda a orla marítima criando um conjunto de acontecimentos quer sob o ponto de vista lúdico e de passeio, quer sob ponto de vista de conhecer a nossa realidade, uma vez que é um pouco diferente da do Porto. O concelho apresenta fora da zona litoral, quando saímos da cidade, uma atividade agrícola muito intensa ligada à horticultura com terrenos arenosos, característica que não se encontra em mais nenhum ponto do país e à pecuária com grande ligação à produção leiteira. Estes setores acabam por proporcionar paisagens verdes e campestres que deliciam os turistas que apostam nos passeios fora
da orla marítima. Apostando nesta vertente, com o intuito de dar a conhecer esta e outras características muito próprias da região investimos numa rede de passadiços que vai até à Aguçadoura (a freguesia mais a norte do concelho). As unidades hoteleiras locais dispõem de informação e divulgam esta ecovia onde as pessoas podem passear e usufruir das paisagens únicas deste concelho sem terem de recorrer a nenhum meio de transporte. A ligação ao interior foi alvo de requalificação através da transformação da antiga linha de caminho-de-ferro, que ligava a Póvoa a Famalicão, numa ecovia em que as pessoas podem ir até Rates, no centro do concelho. Rates é uma localidade interessante no que concerne ao Românico português e muito importante pelo seuconceituado albergue que faz parte do caminho português de Santiago que reflete uma procura acima das 10 mil pessoas por ano. A Póvoa de Varzim, por força de ser uma sede de turismo, tem muitos e variados equipamentos desportivos como o cam-
Município da Póvoa de Varzim
po de golfe, a piscina olímpica ou o campo de tiro, satisfazendo o turista desportista mais exigente. A aposta na oferta cultural é uma valência alvo de grande investimento. Todas as as semanas temos espetáculos no Cineteatro Garrett, a nossa sala espetáculos por excelência, local onde recebemos os melhores artistas nacionais. O Casino é um elemento de capital importância, um local de encontro e de entretenimento das inúmeras pessoas que visitam a cidade. A gastronomia é muito apreciada e prende os nossos turistas. Nesse sentido celebrámos acordos com alguns restaurantes que, para além de praticarem a confeção de alguns pratos típicos poveiros, também têm vindo a melhorar muito a sua confeção e apresentação. Tendo em conta toda esta variedade de ofertas tentamos fazer com que a Póvoa de Varzim se posicione, dentro da região a norte do Porto, como uma localidade agradável para passar uma boa temporada.Sabemos que dar a oportunidade de estar junto ao mar, de poder gozar do sol e das areias limpasdas nossas praias são fatores muito valorizados pelos turistas do norte da Europa e é nesse sentido que caminhamos, o de proporcionar as melhores férias a quem nos visita sem prejudicar a qualidade de vida da população residente. A Póvoa de Varzim é conhecida pela animação de rua e pelo cartaz cultural sempre repleto de grandes nomes da música e cultura nacionais. O concelho sente as consequências da sazonalidade? De que forma as combate? A região da Póvoa de Varzim é, à semelhança do que se passa em todo o país, as-
O Turismo é Agora!
solado pelos picos entre a época alta e baixa e o município tenta equilibrar essa dicotomia com ofertas atrativas de forma a que essa diferença seja o mais plana possível. De uma maneira geral, a Póvoa de Varzim, nos meses de junho, julho e agosto fica repleta de veraneantes e não há necessidade de promover tanto o concelho. A sazonalidade tem vindo, aos poucos, a ser esbatida, porque o país – e, particularmente, a nossa Póvoa – há muito deixou de ser apenas sol e praia (ou seja, Verão). Hoje acolhemos ou promovemos eventos, de todo o género, de dimensão nacional ou internacional, ao longo de todo o ano, particularmente na que convencionou chamar-se “época baixa”. A Póvoa de Varzim é, na nossa região e em todo o norte, a cidade que reúne o mais vasto e mais qualificado conjunto de equipamentos desportivos, designadamente para a alta competição, razão por que é, frequentemente, solicitada a acolher campeonatos nacionais e internacionais, que atraem vastas comitivas e são alvo de ampla cobertura mediática. O mesmo se passa com o Correntes D’Escritas, o Festival Internacional de Música e, ao longo de todo o ano, a animação cultural que tem o Garrett como polo dinamizador, com crescente captação de públicos em toda a região. Conferências, debates, encontros (“O Turismo é agora!” promovido pelo município em parceria com a Universidade Portucalense) e residências artísticas (literatura, design, multimédia e dança) também fazem parte da aposta estratégica na cultura e no lazer como vetores de desenvolvimento. É visível o investimento que tem sido feito nos arruamentos e na re-
qualificação das ruas. Este é um trabalho de continuidade? Os poveiros têm respondido investindo na cidade e no comércio? Temos de tratar a cidade como sendo uma extensão de nossa casa. O nosso foco tem sido na remodelação urbana, na requalificação dos nossos arruamentos fundamentalmente nas zonas mais antigas e históricas da urbe. As cidades por um erro estratégico, cometido há muitos anos, deixaram o seu centro ficar progressivamente desabitado. O que temos vindo a constatar é que sempre que terminamos a requalificação de um arruamento surge, de imediato, a preocupação de recuperar e requalificar os imóveis dessa zona que, por sua vez, trazem novos negócios para essa zona.Uma cidade com vida é uma cidade que convida a vir viver nela. O mercado de arrendamento está em alta, as pessoas já descobriram a dinâmica cultural e a vida que esta cidade tem para oferecer e no início da época balnear já não existe oferta de casas para arrendar. O turista, por sua vez, quando chega à Póvoa de Varzim descobre de imediato que é uma cidade com vida, as pessoas passeiam na rua, as lojas estão abertas, existe cor, glamour e muita alegria. O município promove a cidade através da sua humanização. Queremos que quem nos visita se sinta em casa, integrados, seguros de forma a usufruírem das ofertas que a cidade propõe.Com a ajuda dos fundos comunitários estamos a reabilitar e recuperar todo o nosso casco histórico e arruamentos conferindo-lhes uma vertente pedonal, privilegiando o peão sobre o automóvel. Anteriormente houve uma grande preocupação com o estacionamento, agora a tendência inver-
Passadiços da Aguçadoura
Turismo Sustentável
te-se sem que deixe de haver preocupação em organizar o trânsito automóvel. Em novembro realizei o I Congresso Empresarial da Póvoa de Varzim. Fizemo-lo como um desafio através do Gabinete de apoio e promoção do investimento, o Investemais, que tem como propósito ajudar qualquer pessoa que pretenda fazer um investimento no concelho.Este gabinete assume-se como interlocutor nas relações entre a autarquia e os potenciais empreendedores, presta informação sobre legislação, formalidades, apoios e contactos a estabelecer e ainda assume um papel de parceiro nas relações interinstitucionais.Este congresso proporcionou atroca de experiências e de conhecimento entre os 240 participantes e, nalguns casos, houve lugar para a criação de novas oportunidades de negócio. Em suma, nos últimos dois meses, abriram quatro restaurantes novos, a Rua da Junqueira tem 14 novas lojas e outras 14 estão a ser remodeladas. Nota-se que muito por influência do turismo e pelo maior poder de compra existe mais dinamismo e isso reflete-se na taxa de desemprego que está abaixo dos 3% e é cada vez mais difícil encontrar recursos humanos qualificados para preencher as vagas disponíveis. Ao contrário da corrente nacional, o concelho da Póvoa de Varzim, optou por não construir um grande centro escolar. Qual foi a sua visão sobre esta matéria? Como referiu, o município da Póvoa de Varzim contrariou a tendência nacional ao recusar construir os grandes centros escolares e apostou na requalificação das escolas existentes no concelho. Entendemos que é importante que estas infraes-
Turismo Sustentável
Município da Póvoa de Varzim
Festas de São Pedro
truturas continuem a ser pólos de vida dentro da cidade e é essencial manter o movimento das crianças e dos responsáveis que os vão levar e buscar porque cria ligações e um dinamismo essencial para o crescimento saudável da cidade. Esta forma de atuar já expôs resultados uma vez que houve uma melhoria significativa nos níveis de aproveitamento escolar, nomeadamente nas três escolas secundárias existentes na cidade. Neste momento existem duas escolas secundárias a serem remodeladas, um investimento que ultrapassa os 3 milhões de euros, e estamos a construir uma nova escola primária, com quatro salas, na freguesia de Rates, que representa um investimento de 1 milhão de euros. Foi sempre este o nosso dinamismo e não fiquei nada desapontado com a opção que assumimos. O comércio e a habitação cresceram à volta das escolas e as pessoas que vivem mais afastadas da sede
Correntes d’Escritas
do concelho mantiveram os seus filhos a estudar perto de casa e do local de trabalho. Apesar dos programas comunitários estarem, regra geral, com atrasos a autarquia não deixou de fazer os investimentos necessários para a comodidade e bem-estar dos poveiros... Os programas comunitários estão atrasados e prevejo que o nível de execução, em 2017, seja muito fraco mas acredito que em 2018 atinja o seu auge. Apresento como exemplo a candidatura que temos aprovada no âmbito do PEDU - Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano de 11,5 milhões de euros do qual só recebeu a aprovação de cerca de 1 milhão de euros no que concerne a um programa que tem de ser executado até 2020! O município da Póvoa de Varzim goza de boa saúde financeira o que nos confere
uma capacidade de endividamento na ordem dos 33 milhões de euros. Passamos o ano com um saldo positivo de 4,5 milhões de euros, o que reflete a capacidade financeira que temos para investir, por isso, vamos antecipar as obras que temos em sede de fundos comunitários com verbas próprias do município e quando as candidaturas forem aprovadas faremos a reposição desses valores. Estes constrangimentos não nos impediram de ser, na área metropolitana do Porto, o município que tem a mais baixa política de impostos. Na Póvoa de Varzim o IMI é cobrado a 0,3%, não cobramos derrama (imposto cobrado em sede do IRC) o que representa um incentivo à industrias e comércio para que se fixe no concelho e ainda devolvemos 1% do IRS aos cidadãos residentes. A soma dos impostos não cobrados pela câmara municipal representa 7 milhões de euros. Para além destes benefícios proporcionamos, ajuda social de duas formas: através do apoio às instituições que existem no concelho e que fazem parte da denominada economia social. Apoiamo-las com os compromissos e contratosprograma que assumimos com elas quer para a construção de infraestruturas ou para apoios pontuais como a aquisição de viaturas ou para a cantina social. O Fundo de Emergência Social foi criado pelo município para acudir a situações de emergência pontual, como o caso de uma doença repentina que culmina com uma despesa extraordinária e está dotado com 150 mil euros por ano e tem ajudado a equilibrar a vida das famílias que recorrem a este fundo. A área da saúde representa um ponto fulcral para quem os turistas e re-
Festival Internacional de Música
sidentes, mas também para a área envolvente do concelho. Em que ponto se encontra o projeto para a construção do novo Hospital? Foi criado, há alguns anos, o Centro Hospitalar Póvoa-Vila do Conde que tinha por objetivo a construção de um novo hospital que serviria as duas cidades. A Póvoa de Varzim tem cerca de 150 mil habitantes durante todo o ano, mas no verão a população duplica e as pessoas que estão cá de férias têm, muitas vezes, necessidade de recorrer aos serviços de saúde. As duas unidades são muito antigas, pertencem à Santa Casa da Misericórdia de cada um dos municípios - Póvoa de Varzim e Vila do Conde - e ambas estão a precisar de obras para que continuem a ter condições para prestar cuidados de saúde aos utentes. No ano passado houve uma tentativa de fazer deslocar o Centro Hospitalar Póvoa-Vila do Conde para o Hospital Pedro Hispano e, na altura, tanto eu como a presidente do município de Vila do Conde insurgimo-nos contra esta medida. Posteriormente, em reunião com o senhor Secretário de Estado da Saúde na qual ficou acordado que, durante esta legislatura não haveria nenhuma deslocalização dos utentes da Póvoa e Vila do Conde, e que se iria fazer um estudo sobre as obras necessárias para proceder à remodelação do Centro Hospitalar Póvoa de Varzim– Vila do Conde de forma a podermos superar esta dificuldade enquanto não for possível construir o novo Hospital. Ficou ainda acordado que ambas as câmaras pagariam os remanescentes 15% da contrapartida nacional uma vez que o senhor Secretário de Estado da Saúde se comprometeu a angariar financiamento para os 85% da obra em fundos comunitários.
Município da Póvoa de Varzim
Passados alguns meses a autarca de Vila do Conde decidiu alterar a sua posição e manifesta a sua indisponibilidade em comparticipar qualquer obra do Centro Hospitalar Póvoa-Vila do Conde. Reitero a minha posição sobre esta matéria e sobre o edifício anexo ao centro hospitalar – do qual a autarquia é proprietária – que se encontra disponível para ser utilizado nas obras de alargamento do Centro Hospitalar de forma a podermos proporcionar as melhores condições de atendimento a todos os utentes. Espero que impere o bom senso e que a situação se resolva o mais rapidamente possível porque a saúde dos utentes do Centro Hospitalar Póvoa-Vila do Conde não se compadece com bairrismos exacerbados de qualquer um dos lados e é necessário travar a fuga dos utentes para as unidades de saúde do Porto quando existe um Centro Hospitalar capaz de dar resposta com rapidez e qualidade. Esta unidade de saúde ficou, no ano passado e dentro dos hospitais da sua categoria, no 1º lugar do ranking nacional, tem profissionais de excelência nomeadamente nos serviços de ortopedia e cirurgia e uma urgência médico-cirúrgica que funciona 24h por dia. O que falta é uma unidade de recobro, uma vez que não existe espaço para ter o número suficiente de camas para formar essa unidade. Participa em todos os projetos que realiza, nas conferências, seminários, bons e maus momentos que fazem parte de uma governação ativa. Considera-se um presidente próximo da população? Não vejo outra forma de exercer este car-
O Pavilhão Desportivo Municipal
go! Entrei para a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim em 1988 e tenho, com toda a certeza, uma relação de proximidade com as pessoas. Não há ninguém, na Póvoa de Varzim, que eu não conheça. Gosto da terra onde vivo, das pessoas que cá habitam e da cidade onde cresci, para além disso considero normal que esteja presente em todos os momentos, nos bons e nos maus. Os piores momentos concernem às 22 vidas perdidas no mar nos últimos cinco anos, a nossa comunidade piscatória é uma das maiores a nível nacional e são mortes que nos marcam e pesam nas comunidades locais. A minha forma de estar na vida é muito aberta, desloco-me para os Paços do Concelho de bicicleta, ando na rua diariamente e sou abordado para receber as boas e más críticas, mas acredito que esta é a melhor forma de percecionar a realidade da nossa cidade e do concelho. Estabeleci esta relação há muitos anos e cultivo-a diariamente. É antagónico a relação que alguns presidentes têm com as pessoas e o concelho, os que se deslocam diariamente de carro para a câmara municipal de forma a não estabelecerem contacto direto com a população. É evidente que exerce esta profissão com dedicação e paixão. Foram estes os motivos que o levaram a recandidatar-se? Quando me candidatei a presidente de Câmara em 2013 afirmei que tinha intenção de fazer, pelo menos, dois mandatos. A apreciação que as pessoas fazem deste meu primeiro mandato é muito positiva. Eu sinto isso quando converso com os meus munícipes e seria falta de modéstia
Turismo Sustentável
O Presidente Aires Pereira na renovada Fortaleza da Póvoa de Varzim
não o admitir. Ainda temos muito trabalho pela frente nomeadamente no que diz respeito às candidaturas, que foi um trabalho que eu lancei, que ainda está a meio e que eu pretendo concluir. Vou naturalmente recandidatar-me e concretizar o projeto que idealizei para o concelho da Póvoa de Varzim.Não tenho muita preocupação com a campanha e o ato eleitoral que se avizinha. Existem, nesta altura, obras em curso que cumprem os timmings normais, que não estão dependentes do calendário eleitoral mas sim da capacidade de investimento do municípioe o tempo normal decorrente de obras desta dimensão. Fui responsável pelas obras do município ao longo dos 25 anos que trabalhei nesta casa e tenho noção que é necessário dosear e priorizar as obras que são necessárias tendo em conta a convivência dos poveiros com estes constrangimentos.
O Parque da Cidade
Existe algum projeto futuro que nos queira apresentar? A relação com o mar e com a comunidade piscatória é ancestral, uma vez que a nossa frente de mar é muito extensa e a pesca representa uma atividade económica muito importante para o concelho. Vai haver uma revolução na nossa frente marítima. Pretendemos construir um segundo polo da marina, que já se encontra adjudicado, que irá transformar a zona do porto integrando-a, o mais possível, dentro da cidade e promovendo o contacto entre os pescadores e os cidadãos. Este polo irá ligar o quem chega pela via marítima diretamente à zona do Casino da Póvoa o que irá proporcionar uma nova vida e agitação à zona envolvente. Neste momento estamos na fase de criar atratividades para a zona portuária muito ligadas à restauração e animação de forma evidenciar as características únicas da cidade da Póvoa de Varzim.
Programa Qualifica
ANQEP – Agência Nacional para a Qualificação e Ensino Profissional
Projetar o futuro A educação e formação de adultos e jovens assumem, cada vez mais, um papel preponderante na sociedade atual. O reconhecimento das aptidões e sabedoria adquiridos ao longo da vida passaram a tem um instrumento de avaliação de forma a que os formandos passem a ter as suas competências reconhecidas. Conheça os objetivos e metas traçadas pelo programa Qualifica na entrevista a Gonçalo Xufre, Presidente do Conselho Diretivo da ANQEP.
Gonçalo Xufre, Presidente do Conselho Diretivo da ANQEP
dade e Segurança Social e pelo Ministério da Educação. Para além disso, a ANQEP coordena todos os instrumentos do Sistema Nacional de Qualificações, regula a oferta educativa, para os jovens com cariz profissionalizante, como as ofertas de dupla certificação (com componente académica e profissional) e a oferta direcionada para os adultos. As competências da ANQEP - Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional vão muito para além de assegurar a oferta formativa nacional? A ANQEP nasceu em 2007 com a criação do Sistema Nacional de Qualificações e o seu objetivo principal é o de interligar o mundo da educação com o do trabalho, por isso, somos duplamente tutelados pelo Ministério do Trabalho, Solidarie-
O Qualifica é uma nova versão do programa Novas Oportunidades? O Qualifica é, à semelhança das Novas Oportunidades, um programa político de intervenção que tem uma forte componente na educação e formação de adultos. Outra semelhança prende-se com os instrumentos que são utilizados para a promoção da educação e formação de adultos onde a componente de re-
conhecimento de competências, que foi muito visível no programa Novas Oportunidades, também representa um vetor estratégico neste novo programa. A iniciativa Novas Oportunidades teve um enquadramento político que apostava na educação e formação dos jovens e adultos, aliás, a meta dos 50% de jovens no ensino profissional nasce com este programa. A partir de 2012 deu-se um interregno de aposta na área da educação de adultos até à data em que o atual governo lança o programa Qualifica. Em que consiste o programa Qualifica? Há uma base que liga todos os objetivos dos programas de educação e formação de jovens e adultos que é a de instituir que todas as pessoas devem continuar a aprender ao longo da vida. Terminaram
de vez os momentos estanques de aprendizagem no nosso percurso, porque a velocidade a que a sociedade muda é tão grande que quem não apostar em si e na sua formação fica com fragilidades do ponto de vista da participação ativa na sociedade. O Qualifica pretende combater esta realidade contribuindo para melhorar a qualificação dos adultos e fomentar a empregabilidade. O sistema educativo está muito focado na formação inicial para os jovens até à idade da maioridade, mas também temos de apresentar soluções para os nossos adultos independentemente de eles estarem a desenvolver uma atividade profissional ou desempregados e aqui encontra-se o nosso grande desafio porque os nossos adultos, ao contrário dos nossos jovens, são muito mais heterogéneos nas suas características.
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ANQEP – Agência Nacional para a Qualificação e Ensino Profissional
A forma de avaliar o conhecimento adquirido pela experiência laboral ou académica, já está definida? O reconhecimento de competências é um instrumento que está, neste momento e em todo o espaço comunitário europeu, identificado como estratégico para apostar na educação e formação de adultos exatamente por causa da diversidade do público-alvo. Os adultos vão aprendendo dentro de vários contextos: seja na sua via profissional, familiar e em sociedade, seja em formação ou educação ou em processos que por que passam ao longo da vida, tudo isto contribui para a aprendizagem do adulto. Se estes fatores não forem tidos em conta quando a formação para os adultos for planeada, corremos o risco de colocar os adultos a aprender coisas que eles já sabem, o que lhes causará frustração, desinteresse pela matéria formativa e, consequentemente, insucesso nos objetivos a atingir. O reconhecimento de competências é transversal para todos os países da União Europeia? Este instrumento está aprovado pela União Europeia e assumido como estratégico, aliás, todos os estados-membros da UE têm até dezembro de 2018 para criar sistemas que usem o reconhecimento prévio de competências como base para a educação e formação de adultos. Portugal tem uma enorme vantagem porque criou, em 2001, este instrumento (que foi muito utilizado nas Novas Oportunidades) e é visto pela UE como um exemplo a seguir. Como temos este instrumento de reconhecimento de competências muito consolidado estamos a implementá-lo como pilar central do programa Qualifica, isto numa lógica de posicionamento num percurso formativo de forma a apresentar a melhor e mais adequada oferta formativa para cada adulto. Isto quererá dizer que, por exemplo, uma pessoa com o 4º ano de escolaridade e 30 anos de trabalho poderá ver as suas competências reconhecidas e ser-lhe atribuído um grau de escolaridade correspondente? Sim. O instrumento permite reconhecer não só as competências técnicas, aptidões e conhecimentos adquiridos ao longo do seu percurso académico, como do laboral. Depois, utilizando as referenciais associadas a cada uma das qualificações, o sistema analisa quantas competências correspondem aquela qualificação e certifica-as total ou parcialmente.
Programa Qualifica
Se qualificar totalmente é emitido um diploma, se certificar apenas uma parte, o formando é encaminhado para uma formação que lhe permita obter a certificação total. Neste momento existe um grande universo de adultos que têm competências para certificar: o exemplo que refere, do adulto que tem o 4º ano de escolaridade e 30 anos de trabalho e que aprendeu muito na sua vida pessoal, profissional e social e essas competências podem e devem ser certificadas é um deles. Estes processos de certificação e formação refletem-se de que forma no mercado de trabalho? Quando centramos a aposta na certificação reconhecemos e valorizamos o que as pessoas, sabem mesmo que não tenham formalmente completado um percurso escolar. Por outro lado, quando apostamos na formação esta reflete-se em profissionais mais qualificados que serão uma mais-valia para o mercado de trabalho. A certificação tem muitas vantagens, uma vez que as pessoas quando vêm reconhecido e certificado aquilo que sabem pela experiência que adquiriram no mercado de trabalho, sentem-se mais valorizadas e com outra capacidade de intervenção ao nível profissional. Mas se associado ao processo de certificação existir a aposta na formação, não só temos a certificação, como adicionamos competências às pessoas que compõem a massa laboral e logo mais capacidade às empresas. Queremos ajudar as pessoas a reconhecer o que já sabem e ajudar a adicionar conhecimento assim, as pessoas evoluem pessoal e profissionalmente e as empresas atingem os seus objetivos mais rapidamente com profissionais qualificados. O caminho está traçado e os objetivos definidos. Quais as linhas orientadoras para a promoção do Qualifica junto dos interessados? Abraçamos os objetivos através de duas abordagens: a de mobilizar o indivíduo pela importância que tem para ele este crescimento do ponto de vista da qualificação e aí o público-alvo são todos os adultos que não têm o 12º ano de escolaridade. Queremos mobilizar a nossa população adulta para concluírem o ensino secundário, de preferência com uma qualificação profissional associada. Este processo passa por mobilizar o indivíduo a vir ter connosco para fazer a sua certificação e qualificação. Outra estratégia, que complementa a primeira, é a de ir ter com as empresas para lhes demons-
trar quão importante é o crescimento dos seus profissionais, do ponto de vista da qualificação, para aquilo que é a capacidade competitiva da empresa. Com esta medida procuramos a mobilização estratégica da empresa, como um todo. A ANQEP realizou estudos prévios para determinar as áreas de intervenção ou são os Centros Qualifica que escolhem os cursos que pretendem lecionar? Temos identificadas, no país, as necessidades ao nível do desenvolvimento das qualificações e é exatamente neste ponto que vamos intervir (através da oferta formativa). Temos estudos prévios e criámos, em 2015, um sistema de antecipação de necessidades de qualificações que tem um diagnóstico central e um aprofundamento regional feito pelas Comunidades Intermunicipais que fazem o diagnóstico da realidade da região onde se inserem. Através desse estudo, a ANQEP, planeia a oferta profissionalizante para jovens e regista as opções a apresentar aos adultos, que posteriormente é associada à procura. Os Centros Qualifica, que estão espalhados por todo o país, mobilizam os adultos do seu território e fazem o diagnóstico das suas características e necessidades. Estes dados ajudam-nos a desenhar a rede de oferta formativa.
O Qualifica vai ajudar Portugal a atingir as metas europeias, ensino secundário completo (12º ano) para todos? Temos défices de qualificação muito elevados, comparativamente com outros países europeus, e ainda não resolvemos por completo o problema da alfabetização. O esforço tem sido grande, os resultados têm sido positivos mas, mais importante que o atingir as metas europeias é o impacto que este programa pretende ter não só na melhoria das condições de vida das pessoas, como na qualidade produtiva das nossas empresas. O Passaporte Qualifica é uma ferramenta essencial para quem procura fazer formação? Sem dúvida que será uma grande ajuda. O Passaporte Qualifica foi lançado em março e é uma ferramenta de orientação que ajuda o adulto a escolher a formação mais adequada ao seu percurso profissional. Este é o instrumento que serve para registar toda a formação que a pessoa teve ao longo da sua vida, seja num centro de formação, na vida académica ou na empresa onde trabalha. Após o registo, o instrumento processa a informação registada e encaminha o utente para as ofertas formativas mais adequadas ao percurso apresentado pelo adulto.
Ensino e Formação
Agrupamento de Escolas António Sérgio
Empenho no ensino para servir Gaia Conhecer a Escola Secundária António Sérgio, em Vila Nova de Gaia, propiciou-nos encontrar um ambiente escolar harmonioso e fervilhante por parte de alunos, professores e funcionários. Todo um afã de aulas e atividades pedagógicas estende-se pelas amplas e cuidadas instalações da António Sérgio, escola que desde 2012 se constitui como sede do Agrupamento de Escolas António Sérgio. A Diretora daquela unidade orgânica, Drª. Marília Raro, conversou connosco sobre a Escola e o Agrupamento, deixando alguns motivos para reflexão.
Marília Raro faz-nos desde logo uma caracterização do Agrupamento: “Estamos com aproximadamente 2.500 alunos no agrupamento todo, sendo que esta escola, a secundária, tem um período de funcionamento, em três turnos, entre as 08h20 e as 24h00 e cerca de 1400 a frequentá-la. Alunos diurnos são aproximadamente 1100. No turno da noite temos alunos do Ensino Recorrente nos cursos Científico Humanísticos de Ciências e Tecnologias e Línguas e Humanidades, nos cursos EFA (Educação e Formação de Adultos) Básico e Secundário e temos ainda muitos adultos estrangeiros de várias nacionalidades que estudam Português para Falantes de Outras Línguas. Sendo a única escola que funciona à noite, neste momento, no Concelho de Vila Nova de Gaia, somos Escola de Referência para o ensino de adultos. O agrupamento é composto por sete escolas: A Escola Secundária António Sérgio, a EB2/3 Santa Marinha, a EB1/JI das Pedras, a EB1/JI da Praia, a
Marília Raro, Diretora do Agrupamento de Escolas António Sérgio
EB1/JI Quinta das Chãs, a EB1/JI do Marco e a EB1/JI Dr. Marques dos Santos”. Com a criação em 1995 da Escola Básica de Santa Marinha, conseguiu-se ultrapassar problemas sociais e de exclusão através de experiências educativas que alcançaram o sucesso escolar em muitos jovens com problemas específicos. Aquela escola é agora, outra vez, palco de inovações. Marília Raro explica-nos: “A EB2/3 Santa Marinha está a ser alvo de uma transformação, a título experimental, do curriculum, com um grande enfoque no desenvolvimento das diferentes áreas artísticas. E há vontade de toda a Comunidade Educativa em transformá-la em Escola das Artes, projeto pensado já em 2014/2015, muito embora não fosse possível implementá-lo na altura. Nesse ano letivo, com o apoio da Câmara Municipal de Gaia que disponibilizou algumas horas da Piscina Municipal, iniciaram-se já as aulas de natação frequentadas uma vez por semana pelos alunos do 5º, 6º e 7º ano. Estive sempre consciente de que um projeto artístico mais alargado seria a forma mais adequada para inverter o curso da redução de alunos na escola de Santa Marinha. No final do ano letivo passado reuniram-se algumas condições para que o projeto fosse implementado. Solicitei já uma reunião de trabalho ao Senhor Secretário de Estado, Dr. João Costa, para lhe apresentar, entre outros assuntos, um Projeto de Integração pelas Artes, denomina-
do Projeto Escola das Artes que pretendo ver acarinhado e validado pelo Ministério da Educação. Entretanto está já a decorrer um projeto piloto em experiência pedagógica de integração artística. Os alunos no 5º e 6º ano têm integrada no currículo uma disciplina chamada AE, Apoio ao Estudo. Este AE foi desdobrado em quatro áreas: AE - Teatro, AE - Dança, AE - Música e AE - Arte Multimédia. Desta forma, com professores das várias áreas, e com a concordância dos Pais e Encarregados de Educação, o Apoio ao Estudo passou a ser obrigatório e os alunos marcam presença como em qualquer das restantes disciplinas do curriculum, sendo avaliados como nas outras aulas, mas com uma classificação qualitativa. Pretende-se dessa forma estimular o interesse pelas artes por parte dos alunos, mas também potenciar o desenvolvimento de competências transversais, tais como a capacidade de concentração, ou a de ser capaz de trabalhar em equipa, que poderão ter um contributo muito importante no desenvolvimento das restantes disciplinas do curriculum”. A oferta no domínio das artes pela EB2/3 Santa Marinha/Escola das Artes, motiva entusiasmo a Marília Raro: “A suportar estas áreas artísticas, nomeadamente a da música, temos a Orquestra Juvenil de Gaia, que o ano passado regressou à escola que a viu nascer há nove anos atrás, a Escola Básica de Santa Marinha. Antes de assumir o
cargo de Diretora a OJG tinha sido deslocada para o Agrupamento de Escolas D. Pedro I, onde permaneceu durante quatro anos. Fiquei muito feliz com o seu regresso, pois está a ser um pilar para mantermos esta dinâmica relacionada com o projeto Escola das Artes. Já temos este ano, alunos do 5º ano, a frequentar e a tocar na orquestra! Chegamos à conclusão de que cinquenta minutos para cada área é manifestamente pouco tempo e neste sentido, o nosso objetivo prevê a duplicação desse tempo para cem minutos por semana. No 5º e 6º ano os alunos mantêm a frequência das quatro áreas artísticas e no 7º, 8º e 9º escolhem as duas áreas pelas quais sentiram maior apetência, sendo que no final do 9º ano está previsto um evento de apresentação pública desenvolvido pelos alunos. Um projeto destes só fará sentido se vier dar resposta a uma necessidade/problema identificado. Temos que tentar perceber quais são os nossos problemas, do que necessitamos para melhorar e entender qual é o melhor caminho. Este projeto foi construído a partir das necessidades que se sentiram e para dar resposta a problemas de integração de alguns alunos. A Integração pelas Artes não é um conceito novo, apenas precisamos de explorá-lo contextualizando-o na nossa comunidade escolar”. E qual é o balanço possível de ser feito já? “O retorno da experiência pedagógica que estamos a fazer é muito positivo. Os pais manifestam-se muito satisfeitos porque os alunos acabam por ter o horário da manhã e da tarde preenchido, têm aulas das 8h20 até às 15h30 ou 16h30 e à 2ª e 5ª feira de tarde, uma das medidas de promoção do sucesso escolar que implementamos foram as Salas de Estudo, que funcionam das 16h30 às 18h30, onde os alunos são orientados por docentes de várias disciplinas. Nos restantes dias os alunos podem ainda ocupar o final da tarde com a frequência do Desporto Escolar, Xadrez, Tiro ao Arco e Golfe. Considerando a opinião dos Pais e Encarregados de Educação, a motivação dos Docentes e Não Docentes e o entusiasmo dos Alunos, posso afirmar que o balanço é francamente positivo”. Já referimos a harmonia que se sente naquele ambiente escolar. Marília Raro fala sobre isso: “Tenho trabalhado nestes quatro anos no sentido de se resolver problemas e conflitos, nomeadamente os problemas disciplinares, que foram uma grande preocupação. Assumi em 2013, com toda a convicção, de que precisavamos de um gabinete para tratar dos assuntos disciplinares. Neste sentido foram criados, dois gabinetes disciplinares a funcionar na Escola Secundária António Sérgio e na Escola Básica de Santa Marinha que são as duas
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maiores escolas do agrupamento. Se houver algum problema com um aluno, este é orientado para o gabinete disciplinar, a situação é avaliada por um professor que tenta perceber o que aconteceu e fará a sua participação disciplinar que enviará à Diretora. Se o problema com o aluno for grave, o Encarregado de Educação é chamado, o aluno é imediatamente suspenso e aberto um processo disciplinar. Não existindo essa gravidade, os procedimentos disciplinares decorrem de acordo com o que está previsto legalmente. O Gabinete Disciplinar propõe a instauração de um processo e a Diretora ou o Subdiretor tem de fazer cumprir os trâmites do processo”. Sobre a oferta formativa na António Sérgio, esclarece Marília Raro: “No que diz respeito ao ensino regular, temos os Cursos Científico Humanísticos: as Ciências e Tecnologias, as Línguas e Humanidades, as Ciências Económico Sociais e as Artes Visuais. E
quanto às Artes devo referir comentários, mormente de pessoas ligadas aos Artistas de Gaia, que referem estar esta escola a fazer um trabalho muito positivo e de muita qualidade. Estas são as quatro grandes áreas além dos Cursos Profissionais, onde temos também quatro cursos em funcionamento; o Curso Técnico de Receção, o Técnico de Multimédia, o Técnico de Apoio à Infância e o Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos. Ao nível do ensino de adultos temos; o Ensino Recorrente, os Cursos EFA – Educação e Formação de Adultos e o PFOL – Português para Falantes de outras Línguas”. A aposta do Governo para a qualificação de adultos através do Programa Qualifica passa também pela António Sérgio, como nos assevera Marília Raro: “Temos um Centro Qualifica, o que decorre do anterior CQEP. O Centro Qualifica entre as valências que lhe estão atribuídas, são também da sua competência o reconhecimento e validação de competências que os adultos já adquiriram ao longo das suas experiências de vida profissionais. O Centro Qualifica faz ainda o acolhimento e encaminhamento dos adultos para outras entidades formativas”. Qualificar alunos para a sua integração na vida profissional é uma das vocações da António Sérgio e uma preocupação de Marília Raro: “A nossa sociedade criou um pouco a ideia de que todos têm de ter cursos superiores e a mão-de-obra especializada escasseia em alguns setores. Esta escola tem 133 anos e foi sempre uma escola técnica, comercial e industrial. E tem essas valências. Os professores de algumas áreas relacionadas, à medida que se vão aposentando, tendem a rarear. As condições que o Ministério da Educação estabelece para a formação de turmas nos Cursos Profissionais são in-
compatíveis com a apetência dos alunos e as suas expetativas. A escola não funciona sem alunos! É claro que eu gostava muito de ter esta parte da área técnica e todas as nossas fantásticas oficinas em funcionamento, mas tenho de ser pragmática. O ensino técnico e profissional continua a ser olhado como um ensino de segunda qualidade. E vai continuar a ser enquanto as políticas educativas não se ajustarem à realidade das escolas e dos alunos que as frequentam. Enquanto não dotarem as escolas com estas valências, como é o caso desta escola, dos meios humanos e das formas adequadas de operacionalização destas áreas técnicas, não conseguiremos dar resposta à sociedade com técnicos nas áreas de carpintaria, eletricidade, eletrónica ou mecânica. O ano passado propusemos dois cursos para adultos de dupla certificação, nas áreas da Informática e da Construção Civil e não tivemos inscrições suficientes para abrir a turma! O paradoxo é que são áreas com procura no mercado de trabalho”. O desaproveitamento atual da alta qualidade das oficinas e laboratórios da Escola António Sérgio que testemunhamos numa visita que Marília Raro nos facilitou, justificam bem as suas palavras: “Somos a única escola no Concelho de Vila Nova de Gaia que tem estas condições de trabalho, com oficinas e equipamentos adequados ao ensino profissional. E que está, digamos, anulada, impedida de exercer um ensino técnico e profissional de qualidade. Alguma “escolarização” dos cursos profissionais que por vezes que se verifica, não é bom!… Isso também faz com que os alunos por vezes desistam, porque de alguma forma procuraram um curso profissional pois pretendiam um ensino mais prático. Na oficina não devem existir carteiras, mas
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sim bancadas e trabalho experimental!... E todos nós sabemos que há duas formas de aceder ao conhecimento, a via teórica e a via experimental”. Até porque deve ser frustrante ter ao lado as ferramentas e não mexer nelas, atrevemo-nos a completar a exposição de Marília Raro. “Exatamente. Alguns alunos acabam por desistir também por isso, por sentirem que as suas expetativas, de uma aprendizagem mais prática, estão defraudadas. Aqui há uma dificuldade essencialmente na escolha dos recursos humanos adequados, pois não estamos a falar só dos docentes das áreas técnicas, mas também dos técnicos residentes de apoio a cada oficina para a pôr em funcionamento. Há ainda o constrangimento que é o número de alunos que cada área pode ter dentro de uma oficina. Eu não posso pôr dentro de uma oficina quinze alunos com apenas um professor. A maquinaria que se utiliza nos trabalhos de carpintaria, por exemplo, se não for utilizada devidamente e acompanhada por profissionais responsáveis, pode tornar-se perigosa. Este é um problema que atinge escolas como esta, e somos a mais antiga do concelho, que sempre teve esta tradição, sempre teve oficinas com mestres que desenvolviam a área experimental na oficina em conjunto com o docente da área técnica. Precisa-se aqui de um olhar atento e de uma intervenção do Ministério da Educação em conjugação com Políticas Educativas adequadas a esta realidade, para que escolas como a nossa, que foram alvo de um investimento público avultado, dotadas de condições físicas excecionais para o desenvolvimento destas áreas profissionais, possam voltar a funcionar”. Marília Raro pugna, tal como António Sérgio o fazia, por uma escola útil para a vida.
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ESPRODOURO
Uma escola viva A ESPRODOURO – Escola Profissional do Alto Douro, com a sua experiência, o seu constante renovar e com a sua firmeza na vontade de ser uma escola viva, dá um competente e exemplar contributo ao desenvolvimento de S. João da Pesqueira, onde está localizada, e da região do Alto Douro. Conversamos com o seu diretor, Jorge Rocha.
Jorge Rocha, diretor da ESPRODOURO
A ESPRODOURO, Escola Profissional de S. João da Pesqueira, iniciou a sua atividade em 1995, através da iniciativa da Câmara Municipal de S. João da Pesqueira e da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo local. Essas duas entidades, sabendo da importância da família no determinar de linhas educacionais, convidaram a Associação de Pais da ESPRODOURO para a constituição da ASDOURO - Associação de Desenvolvimento do Ensino e Formação Pro-
fissional do Alto Douro, associação sem fins lucrativos, constituída em 1999 com o objetivo de proceder à educação e formação profissional e outras atividades educativas. A ESPRODOURO passava a pertencer à ASDOURO e a denominar-se ESPRODOURO-Escola Profissional do Alto Douro, dedicando-se então à educação e formação profissional com um campo de atuação mais amplo. Fruto da experiência adquirida e do conhecimento da região em que atuava, reviam-se e fixavam-se objetivos determinados e determinantes com vista ao apoio educacional às populações da região do Alto Douro. Passados estes anos, verifica-se que a ESPRODOURO tem cumprido a missão de proporcionar a todos uma oportunidade de qualificação e certificação, de nível básico ou secundário, adequada ao seu perfil de necessidades de qualificações profissionais dos jovens e dos adultos. Os bons resultados obtidos estão patentes no sucesso profissional de imensos educandos que ali passaram e contribuem agora para o progresso de S. João da Pesqueira, da região e do país. Jorge Rocha, diretor da ESPRODOURO, frisa-nos os motivos que levaram
à criação daquela escola e os resultados excelentes por ela obtidos: “A ESPRODOURO surgiu neste meio com a intenção de potenciar o desenvolvimento local, permitindo aos jovens obter qualificações de natureza profissional que lhes possibilitassem depois aceder de forma mais fácil ao mercado de trabalho. O sucesso da ESPRODOURO passa por alunos que frequentaram a nossa escola estarem no mercado de trabalho em situações excelentes, quer em Portugal quer no estrangeiro. Passa também por aqueles que conseguiram fazer formação superior, serem quadros que sobressaem. Isso faz de nós uma referência em termos de ensino”. Jorge Rocha refere casos de sucesso da escola: “Temos tido diversas formações, o Turismo foi uma delas e nela inclui-se a Hotelaria, um referencial desta casa, no âmbito da cozinha, da pastelaria e agora na vertente Restaurante-bar. Bem-sucedidos agentes da cozinha e da restauração fizeram formação na ESPRODOURO. Como empregados ou empreendedores, salientam-se na hotelaria alunos que passaram pela formação feita aqui. Nos quadros da EDP estão pessoas que frequentaram a ESPRODOURO na área da Eletricidade e Eletrónica. Na Informática espalham-se também, com relevo, formados nossos”. O êxito da ESPRODOURO muito remete para a sua inserção em todo um processo de desenvolvimento social que a região do Douro e o país têm vivido. A ESPRODOURO apresenta-se como uma escola viva e é-o realmente. Isso é justificado por Jorge Rocha: “Procuramos sempre dar resposta às necessidades regionais. A região, pode-se dizê-lo, tem ganho muito com a nossa presença. A ESPRODOURO trabalha com uma equipa altamente qualificada e empenhada que pretende abranger uma ação educacional num vasto território que se inscreve num raio bastante abrangente, chegando a nossa ação aos concelhos da NUTDouro. Estamos cientes que o nosso projeto contribui seriamente para o desenvolvimento local e regional, sendo aqui
ESPRODOURO uma mais-valia para todos”. Esse contributo, de que nos fala Jorge Rocha, é especificado na descrição da oferta formativa da ESPRODOURO: “Somos uma estrutura que dá resposta a públicos que pretendam Formação Profissional de nível IV; cursos de Educação e Formação de Jovens de nível II; Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências com certificação escolar/profissional ou de dupla certificação; Cursos de Educação e Formação de Adultos e Formações Modulares Certificadas”. Uma escola viva como a ESPRODOURO acrescenta sempre itens à sua oferta formativa e disso nos dá conta o seu diretor: “No próximo ano vamos ter outras ofertas formativas, por exemplo na área do Desporto e no Apoio à Gestão”. E porquê esses novos itens? Jorge Rocha justifica: “Isso tem a ver com as mudanças que vão ocorrendo ao longo do tempo. Vamos fazendo uma monitorização das intenções dos atores e dinamizadores do mercado de trabalho,
dos stakeholders. A ESPRODOURO, como escola viva, adapta-se e atualiza-se”. A aposta no Desporto fundamenta-se, além da evidente empregabilidade nos nossos dias que ela pode proporcionar, num pensamento sensível por parte da ESPRODOURO: “A empregabilidade é importante mas também temos de dar oportunidade aos jovens de prosseguirem estudos. Muitos deles entendem que, frequentando Desporto numa escola como a nossa, ficam melhor preparados para depois seguirem a área desportiva no ensino superior do que se não tiverem essa oportunidade aqui. Tivemos esse apelo e avançamos com Desporto”. Sobre o Apoio à Gestão, acrescenta ainda o Dr. Jorge Rocha: “O Apoio à Gestão vem na linha de formações relacionadas que já temos tido. A contabilidade e a fiscalidade precisam que se renove o seu lecionar, o que se vai sentir no Apoio à Gestão que estará em sintonia com a realidade, as necessidades e as oportunidades de hoje em dia”.
O êxito numa carreira profissional depende muito do empenhamento profissional de cada aluno. Mas a envolvência e o interesse da sua escola também serão motivadores desse êxito. Algo que nos refere o Dr. Jorge Rocha permite mais um olhar positivo para a ESPRODOURO: “Os jovens aqui sentem-se aconchegados e apoiados. Temos um espaço extremamente importante a que chamos GIVA, Gabinete de Inserção na Vida Ativa, que faz o apoio durante e após a formação. Ou seja, faz toda a monitorização do sistema, coordenada por uma psicóloga que também tem a capacidade de fazer a avaliação em termos de perfil de ingresso e de saída profissional e de verificar como o aluno se enquadra nas empresas. Averigua como os alunos podem articular-se com essas empresas e que tipo de formação elas necessitam. Depois faz o acompanhamento de como os jovens se sentem nas empresas. A ESPRODOURO dá respostas e projeta com elevada eficiência”.
Ensino e Formação
A ESPRODOURO não se confina aos cursos profissionais, sendo também um Centro Qualifica, o que também é relatado por Jorge Rocha: “Como Centro Qualifica a nossa missão é dar ensejo a todos os jovens e adultos de uma oportunidade de qualificação e certificação, de nível básico ou secundário, adequada ao seu perfil de interesses. Dando resposta às características populacionais de um território de baixa densidade, os objetivos estratégicos e operacionais traduzem-se na capacidade de polir uma peça com imenso saber empírico, sabedoria, arte e engenho, metamorfoseando esses saberes, validando-os e certificando-os. Técnicos de orientação desenvolverão atividade na escola e nas localidades em que isso se justifique, com o propósito de prestar aos jovens e adultos a sua certificação de competências escolares/ profissionais ou dupla certificação com o envolvimento dos stakeholders”.
Ciceco
CICECO – Instituto de Materiais de Aveiro
Excelência a nível internacional
Criado em 2002, com a missão de desenvolver o conhecimento e a tecnologia para a produção e utilização inovadora de materiais cerâmicos, híbridos orgânicos-inorgânicos e materiais para um desenvolvimento sustentável. Reconhecido como Laboratório Associado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, obteve a classificação de “Excelente” no âmbito de um processo de avaliação internacional.
Investigando para a sociedade O estudo e desenvolvimento de materiais tem como objetivo a sua aplicação em Tecnologias da Comunicação e Informação, em Energia e Aplicações Industriais, em Sustentabilidade e Saúde, e em Computação e Modelação, contribuindo assim para a melhoria da qualidade de vida, para a criação de novos serviços ao dispor das pessoas, para a competitividade das empresas e para a sustentabilidade ambiental, económica e social.
Massa crítica num ambiente internacional Contando com mais de 170 professores e investigadores doutorados, o CICECO é o maior centro português e um dos maiores centros europeus de investigação em Ciência e Engenharia dos Materiais. Um em cada três investigadores do CICECO é es-
trangeiro, e estão presentes 22 nacionalidades diferentes, o que contribui para criar um ambiente estimulante e verdadeiramente internacional. Com uma intensa participação nos programas europeus de investigação, o CICECO dispõe ainda de colaboradores nos vários continentes.
Um centro de formação avançada O CICECO participa ativamente na formação dos investigadores de amanhã e na qualificação avançada de pessoas, vocacionadas para trabalho em empresas, que incorporam um elevado nível de conhecimento e de tecnologia. Quase duas centenas de estudantes de pós-graduação desenvolvem os seus trabalhos no CICECO, designadamente no âmbito do programa doutoral ‘EngIQ’, direcionado para a indústria química e petroquímica nacional, dos programas doutorais em Nanociências e Nanotecnologia, em Ciências e Engenharia dos Materiais, em Química e em Engenharia Química, bem assim como do programa Europeu de doutoramento IDS-FunMat em Materiais Funcionais. O CICECO foi uma das poucas instituições portuguesas com o estatuto europeu de Centro de Formação Marie Curie.
é a estrutura de interface do CICECO que promove e facilita a transferência do conhecimento e inovação do CICECO para a sociedade, em geral, e para a indústria, em particular, fomentando a sua competitividade e, consequentemente, contribuindo para o desenvolvimento económico e social. Entre outras tarefas, o CDTM gere projetos de I&D de cooperação, promove serviços técnicos e de consultoria, apoia em processos de proteção de Propriedade Intelectual e de licenciamento de tecnologias, apoia a criação de spin-offs e identifica oportunidades de financiamento.
Ciência para todos Ciente da importância da divulgação do conhecimento, o CICECO desenvolve e participa em vários projetos com o objetivo de aproximar o cidadão da ciência. Esta linha de ação inclui uma forte colaboração com as Escolas dos vários níveis de ensino, com autoridades locais e associações e com a Fábrica-Centro de Ciência Viva de Aveiro. São exemplos deste
empenho a realização de palestras, Cafés da Ciência, visitas, Olimpíadas da Química, ciclo de debates “Havíamos de falar disso”, e a produção de conteúdos para os meios de comunicação social, como “A Química das Coisas” ou “Moléculas Sensacionais”.
Uma atividade com resultados A Universidade de Aveiro encontra-se no top 30 europeu das instituições com artigos científicos mais citados, sendo o CICECO responsável por 30% das citações nacionais em Ciências dos Materiais. Submeteu cerca de 130 pedidos de patentes, 50 dos quais de patentes internacionais. No último ano colaborou com cerca de 40 empresas. São concluídas anualmente cerca de 20 teses de doutoramento e 80 de mestrado. Desde o início do CICECO foram publicados mais de 5000 artigos (SCI), editados 30 livros e elaborados 260 capítulos de livros. ciceco@ua.pt www.ciceco.ua.pt
Com equipamento de última geração O CICECO possui laboratórios bem apetrechados e um dos mais importantes parques instrumentais do país incluindo, nomeadamente microscópios eletrónicos, difractómetros de raios-X e espectrómetros de ressonância magnética.
Trabalhando com as empresas O CICECO colabora ativamente com empresas nacionais e multinacionais, promovendo investigação conjunta e prestando serviços avançados. O CDTM-Centro de Design e Tecnologia dos Materiais
“Este trabalho foi desenvolvido no âmbito do projeto CICECO-Instituto de Materiais de Aveiro, POCI-01-0145FEDER-007679 (Refª. FCT UID/CTM/50011/2013), financiado por fundos nacionais através da FCT/MEC e quando aplicável cofinanciado pelo FEDER, no âmbito do Acordo de Parceria PT2020”
DeCivil de Aveiro
Departamento de Engenharia Civil de Aveiro
O Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Aveiro No mapa das escolhas de um caminho no ensino superior há um ponto central: Aveiro e mais propriamente a Universidade de Aveiro. Centrando-nos ainda mais, viramos a atenção para o Departamento de Engenharia Civil (DECivil) da Universidade de Aveiro (UA), porque ali se promove em termos de excelência ensino, investigação e transferência de conhecimento e tecnologia na área de Engenharia Civil. Os novos tempos exigem escolhas certas e pela parte das empresas, para os seus recursos humanos, o DECivil é de onde provêm muitos dos seus recrutamentos. Tal acontece porque ao longo dos anos o DECivil consolidou a sua posição a nível nacional e internacional em várias áreas em que os seus docentes têm desenvolvido ensino e investigação ao mais alto nível.
O DECivil tem a seu cargo a lecionação da Licenciatura em Reabilitação do Património, do Mestrado Integrado em Engenharia Civil e do Programa Doutoral em Engenharia Civil. Com laboratórios de grande qualidade, otimamente equipados, o DECivil desenvolve investigação, no âmbito da Unidade de Investigação Risco e Sustentabilidade na Construção (RISCO) e presta serviço ao seu exterior nas diversas áreas da Engenharia Civil, através de pareceres e desenvolvimento de projetos em parceria com empresas do setor, autarquias e outras instituições. O curso de Mestrado Integrado em Engenharia Civil dota os estudantes de conhecimentos que englobam um amplo currículo, das ciências de base à especialidade. O curso apresenta uma forte componente ligada à conservação e reabilitação de estruturas e infraestruturas que lhe confere características únicas no contexto português. O último ano do curso compõe-se com unidades curriculares opcionais de áreas diversas e que, em conjunto com a Dissertação/Projeto/Estágio, permitem aos estudantes direcionar de acordo com as suas preferências pessoais. A investigação, organizada através da unidade de investigação RISCO, desenvolve-se segundo três eixos fundamentais: I) Riscos no ambiente construído; II) Sustentabilidade na construção; III) Reabilitação e conservação do património construído. Es-
tes três vetores estão focados em temas para os quais se perspetiva, para os próximos anos, uma procura significativa de profissionais de engenharia civil. O Mestrado Integrado em Engenharia Civil foi distinguido com a marca de qualidade internacional EUR-ACE. Esta certificação de nível europeu reconhece os altos padrões de qualidade do curso, assim como o cumprimento dos requisitos educacionais para cursos de mestrado em Engenharia. As saídas profissionais de um Mestre em Engenharia Civil são variadas, podendo desempenhar as mais diversas funções desde consultoria, planeamento, gestão, fiscalização, coordenação e direção de obra e projeto. Os engenheiros civis podem trabalhar no sector público (serviços centrais, autarquias, institutos e empresas públicas) ou no sector privado (empresas de construção, consultoria ou projeto). O curso de Licenciatura em Reabilitação do
Património surgiu para colmatar uma lacuna no mercado crescente da reabilitação do edificado. Num país onde os números de 2011 do Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam quase 100 mil edifícios a precisarem de grandes reparações e cerca de 60 mil muito degradados, a requalificação do património edificado e a formação especializada de técnicos para a área da reabilitação urbana é fundamental para a preservação deste património. Com uma duração de 3 anos letivos, a Licenciatura em Reabilitação do Património estrutura-se em unidades curriculares semestrais com componentes teórica e prática. O ensino ministrado dotará os licenciados duma base teórica para o adequado exercício profissional, complementada com as componentes científica, laboratorial e técnica adaptadas à intervenção prática. Através das competências adquiridas os licenciados em Reabilitação do Património poderão integrar equipas de coordenação ou de projetos de reabilitação, servindo como elo de ligação entre as várias áreas de intervenção. Participar e operacionalizar ações de proteção do património, projeto e fiscalização, controlar e apoiar tecnicamente as respetivas obras, assim como definir soluções de reabilitação são algumas das competências dos futuros especialistas da UA na área. Definir estratégias nacionais na salvaguarda do património, efetuar a sua classificação e inventariação artística e técnica, bem como colaborar na elaboração de cadernos de encargos, normas de execução e especificação de materiais que devem ser usados nas obras de reabilitação, constituem outras das opções para os licenciados.
CESAM
Centro de Estudos do Ambiente e do Mar
Dentro e fora de portas, uma referência O Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) é uma unidade de investigação, da estrutura orgânica da Universidade de Aveiro (UA), sendo esta uma das universidades mais dinâmicas e inovadoras no país, integrando, pela sexta vez consecutiva, o ranking da Times Higher Education (THE) das 100 melhores instituições de ensino superior do mundo com menos de 50 anos. O CESAM é um Laboratório Associado com a missão de promover o desenvolvimento de atividades de investigação, fundamental ou aplicada, nas áreas cientificas das ciências da terra e do espaço, ciências e engenharia do ambiente, ciências do mar [Fig. 1], ciências biológicas, ciências sociais e políticas, química [Fig. 2] e física, de forma a contribuir ativamente para a formulação e implementação das estratégias nacionais e Europeias para o desenvolvimento sustentável. O CESAM tem como objetivo promover, no âmbito das ciências do ambiente e
Fig. 1 – Embarcação do CESAM para investigação na área das ciências do mar.
do mar, investigação multidisciplinar e transdisciplinar, formação graduada e pós-graduada, divulgação científica e a prestação de serviços, desenvolvendo ações com relevância a nível regional, nacional e internacional. Integram o CESAM 206 investigadores doutorados provenientes de cinco Departamentos da UA (biologia, ambiente e ordenamento, química, física e geociências) [Fig. 3] e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e cerca de 200 alunos de doutoramento. A qualidade da investigação no CESAM, que se consubstancia na publicação anual de mais de 450 artigos científicos em revistas indexadas no Journal of Citation Reports da plataforma InCities, permitiu nos últimos anos a sua consolidação como uma unidade de investigação de excelência, reconhecida pelas avaliações, com caráter internacional, da FCT. O CESAM é maioritariamente responsável por colocar a UA num lugar de destaque no panorama das Universidades Portuguesas no Ranking da Web of Science no domínio
Fig. 2 – Exemplo de infraestrutura de química analítica - Espectrómetro de alta resolução com analisador Orbitrap.
científico Ambiente/Ecologia. Presentemente, o CESAM participa em 25 projetos nacionais com um orçamento de cerca de 5M€, financiados principalmente pela FCT, e em 36 projetos internacionais com um orçamento para a UA que ronda 8M¤. No contexto global, a atividade humana causa sérios impactes negativos na qualidade ambiental, através da degradação e perda de habitats e de ecossistemas, com consequências na biodiversidade e nos serviços associados, nas alterações climáticas e na sobre-exploração dos recursos. No contexto das alterações climáticas, a região Mediterrânica, incluindo Portugal, será uma das mais afetadas prevendo-se que, no futuro, seja seriamente sujeita a ondas de calor e a secas extremas, assim como períodos de precipitação intensa, cheias e inundações e outros eventos climáticos extremos que causam danos nos ecossistemas e na sociedade. Por outro lado, os países costeiros, como Portugal, concentram a sua população e atividade económica na faixa litoral aumentando a necessidade de uma gestão integrada, tendo em conta os múltiplos atores e as partes interessadas. A preservação e o uso sustentável das zonas costeiras e áreas marinhas são, portanto, fundamentais para o bem-estar social, incluindo a saúde humana e o crescimento económico. Acresce que, provavelmente, Portugal virá a ter uma das maiores plataformas conti-
nentais estendidas na Europa, o que irá não só oferecer acesso para a próxima grande fronteira na exploração do fundo do mar, mas também resultar em novas responsabilidades e desafios. Neste contexto, e no âmbito das prioridades da União Europeia Europa 2020 e das suas iniciativas emblemáticas “União da Inovação” e “Uma Europa eficiente em termos de recursos”, alinhadas com o compromisso para um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo, baseado no conhecimento e inovação, o CESAM tem contribuído para promover uma utilização mais eficiente dos recursos naturais terrestres, costeiros e marinhos (incluindo os do mar profundo) e uma economia mais competitiva e sustentável, destinada a apoiar a criação de emprego e assegurar a coesão territorial e social. Através das suas competências científicas, estruturadas em quatro linhas temáticas estratégicas transversais: Ecossistemas & Recursos Marinhos; Biologia Ambiental & Saúde; Ecologia & Biodiversidade Funcional; e Sistemas Ambientais Integrados, contribui ativamente para a compreensão, mitigação e adaptação às alterações climáticas regionais e globais, e riscos naturais associados, incluindo a conservação dos ecossistemas terrestres e marinhos e a restauração de ambientes degradados. É ainda de salientar o papel relevante do CESAM na transferência de conhecimento para a indústria, os agentes políticos de tomada de decisão e a sociedade civil. Devido à natureza da investigação que desenvolve, o CESAM tem consolidado a ligação com os agentes locais, regionais e nacionais de tomada de decisão, bem como outras organizações regionais e nacionais, por forma a contribuir para o modelo nacional de desenvolvimento sustentável e da economia circular em benefício da sociedade e dos cidadãos. Fig. 3 – Vista aérea do enquadramento na cidade do Campus de Santiago da Universidade de Aveiro.
Agradecimentos são devidos pelo financiamento do CESAM (UID/AMB/50017 - POCI-01-0145-FEDER-007638), à Fundação para a Ciência e Tecnologia/Ministério da Ciência Tecnologia e Ensino Superior, através de fundos nacionais e co financiamento pelo FEDER no âmbito da parceria PT2020 e Compete 2020
2C2T
Centro de Ciência e Tecnologia Têxtil
Engenharia e inovação têxtil Alguns exemplos de I&D&I em : Têxteis inteligentes
Têxteis para aplicações técnicas
Os têxteis e vestuário são um dos principais ativos da região Norte de Portugal, representado aproximadamente 4% do volume de negócios, 10% das exportações nacionais, 18% do emprego e envolvendo cerca de 7.000 empresas. A nossa missão Criar e disseminar conhecimento e soluções inovadoras que ajudarão a sociedade a lidar com os problemas mais relevantes e contribuirão para a liderança na cadeia de valor têxtil. Os nossos objetivos e atividades • Criar e disseminar conhecimento e soluções inovadoras que ajudarão a sociedade a lidar com os problemas mais relevantes e contribuirão para a liderança na cadeia de valor têxtil. • Excelência em investigação e formação avançada nas áreas de Materiais Nano e Multifuncionais, Processos e Tecnologias Avançadas e Sustentáveis e Design e Engenharia do Produto. • Melhorar o reconhecimento e posicionamento internacional mantendo a liderança da investigação em Engenharia e Design de Materiais Fibrosos. • Reforçar a ligação investigação-inovação para promover a criação de novos produtos de maior valor acrescentado, ajudando a indústria a tornar-se mais competitiva e sustentável • Expandir parcerias e alianças estratégicas para apoiar a investigação e formação promovendo o desenvolvimento da economia nacional e europeia. Atualmente o Centro integra atualmente 30 investigadores doutorados e 43 investigadores não-doutorados, divididos em dois grupos de investigação, nomeadamente o grupo de Engenharia de Materiais Fibrosos e o grupo de Design de Produtos Fibrosos. Micronano funcionalização de superfícies
www. 2c2t.uminho.pt Projeto Estratégico POCI-01-0145-FEDER-007136
Nanopartículas coloridas
Escola das Artes
Escola de Artes da Universidade de Évora
Equilíbrios e Harmonização Uma escola de excelência com trabalho e resultados reconhecidos, um festival de música e artes de alta qualidade realizado num cenário fantástico. Motivos para conversarmos com a Doutora Ana Telles, Diretora da Escola de Artes da Universidade de Évora. Ana Telles, Diretora da Escola de Artes da Universidade de Évora
A Escola de Artes da Universidade de Évora é atualmente uma referência no ensino artístico em Portugal. Reunindo no seu corpo docente conceituados docentes e artistas, marca com elevada qualidade a formação no âmbito da Arquitetura, das Artes Cénicas, das Artes Visuais e Design e da Música. A qualidade do ensino e as dinâmicas artísticas geradas na Escola de Artes fazem com que esta instituição, para além da sua importância regional, tenha uma grande respeitabilidade nacional e internacional. A Escola de Artes destaca-se devido a uma real aquisição de competên-
cias e conhecimentos por parte dos alunos que a frequentam para que possam intervir com sucesso em campos de ação profissionais e científicos. A Escola de Artes é um local de equilíbrios e harmonizações. Ao ambiente descontraído que se vive nos seus corredores e espaços de lazer, à sua inserção no agradável viver da cidade de Évora, junta-se o rigor e o empenhamento formativo. E um espírito de integração. Ali existe enfoque mas também um sentido de interdisciplinaridade. Uma fórmula própria e especial distingue a Escola de Artes. A sua diretora, a Doutora Ana Telles, com segurança, explana-nos isso: «A Escola de Artes da Universidade de Évora é única, no sentido em que reúne quatro ramos do saber em áreas artísticas bastantes diferentes entre si. Temos quatro departamentos: Departamento de Arquitetura, Departamento de Artes Cénicas, Departamento de Artes Visuais e Design e Departamento de Música. Duas artes performativas e duas não performativas. Com todos os desafios que representa uma coexistência de áreas científicas e artísticas diferentes, também temos a enorme vantagem de poder desenvolver projetos conjuntos que são extremamente enriquecedores e que pretendemos fomentar cada vez mais. Eu penso que essa é uma nossa grande mais-valia». Projetos e trabalho conjuntos entre áreas científicas e artísticas diferentes são, portanto, estimulados na Escola de Artes. Uma colaboração de vertentes para que se cumpram objetivos determinados e que a Doutora Ana Telles refere: «Pretendemos fomentar uma aprendizagem continuada, sistematizada e integrada, nas componentes artística, técnica, científica, social e humana, dos estudantes, preparando-os para os desafios da sociedade moderna, da globalização e da competitividade». O reconhecimento do trabalho pedagógico e no domínio da investigação granjeiam reputação à Escola de Artes da Universidade de Évora, o que é notório na sua procura por parte de estudantes: «Temos tido uma procura crescente. E de facto aquilo que nos apraz registar é que, apesar do abandono do ensino superior ao longo dos últimos anos, apesar dos problemas decorrentes da crise, essa procura não baixou. O
que é muito bom sinal», regozija-se a Doutora Ana Telles». Olhando para o currículo dos diversos cursos e ciclos de estudos da Escola de Artes, e para o trabalho profissional e científico que desenvolve quem por lá passa, ficamos certos que justifica-se a procura de Évora e da Escola de Artes, onde os alunos são tidos em muita consideração: «Temos uma relação de proximidade com os alunos que talvez em estruturas muito maiores é mais difícil ou mesmo impossível obter», destacou pertinentemente a Doutora Ana Telles. A Pedreira dos Sons é uma manifestação artística que tem vindo a impor o Alentejo no calendário dos mais interessantes eventos culturais desde 2014. Quisemos fosse a Doutora Ana Telles a fazer a apresentação do acontecimento: «A Pedreira dos Sons é um festival integrado no Projecto Saber dos Sons; ocorre há uns anos a esta parte e começou com a anterior direção da Escola de Artes e com o Professor e Maestro Christopher Bochmann, em conjugação com o Município de Viana do Alentejo e com a Culartes – Cooperativa Cultural, CRL. Trata-se de um festival que ocorre na Pedreira dos Sons, uma pedreira desativada de mármores verdes em Viana do Alentejo, situada junto à estrada entre Viana do Alentejo e Vila Nova da Baronia. É um festival de música e artes com uma contribuição mais expressiva da área da música, assegurada pelo trabalho dos docentes e alunos do Departamento de Música, mas também com contribuições de outros departamentos, como sejam, neste ano, projeções de vídeos produzidos pelos estudantes do Departamento de Artes Visuais e Design. São três dias em que a Pedreira dos Sons em Viana do Alentejo acolhe e mostra o trabalho que se faz em
diversos setores da Escola de Artes». Com entusiasmo também, a Doutora Ana Telles fala-nos sobre o local onde se realiza o festival: «É uma pedreira ao ar livre, um sítio maravilhoso. Uma espécie de anfiteatro natural com uma acústica absolutamente extraordinária e uma beleza natural muito grande, fora do comum». Para enquadrar a iniciativa do ponto de vista histórico, a Doutora Ana Telles citou as palavras do Arquitecto Carlos Marques, um dos iniciadores do Festival: ““Descoberto” por um grupo de amigos residentes em Viana do Alentejo, amantes da música e das artes, no decurso do Limpar Portugal em 2010, logo deu sinais para a ideia de aproveitar e explorar as particularidades acústicas do local, aliadas à sua beleza natural. Sendo o resultado de uma intervenção do Homem na paisagem, para exploração de um recurso natural, transformou-se, “naturalizou-se” com a ajuda do tempo e da acção paciente da natureza. Revelou-se como um anfiteatro natural, de fácil acesso, imponente nas formas, generoso na luz, nas cores, nos cheiros e nos sons, um enorme palco branco amaciado pelo sol e pela chuva, dispondo de um cenário natural composto por diferentes volumes, planos e texturas de mármore, frágil e meticulosamente pontuados (decorados) por plantas que brotam da pedra como milagres da natureza, como pequenas obras de arte que escapam ao nosso olhar tantas vezes desatento. A Pedreira dos Sons é um convite aos sentidos, aos seus momentos de silêncio, a este particular momento dedicado à música e às artes para o qual vos convidamos… O Festival Pedreira dos Sons realiza-se este ano no fim de semana entre 26 e 28 de maio, e faz ser preciso nesses dias rumar a Viana do Alentejo.
Câmara Municipal da Chamusca
Qualidade de vida
Chamusca: O Coração do Ribatejo Chamusca, O Coração do Ribatejo, onde as planícies se confundem com o horizonte, paisagem de matizes ocres da terra com as flores que anunciam a primavera; o vermelho das papoilas, o amarelo dos malmequeres. Ao longe os touros pastam na tranquilidade da paisagem e os cavalos com os campinos de barretes de cores garridas saltitam com o pampilho na mão. Bem-vindos à Chamusca, O Coração do Ribatejo. Cláudia Moreira, vicepresidente da Câmara Municipal da Chamusca explica-nos a importância da marca para a coesão dos chamusquenses.
Na Chamusca existe uma tradição taurina muito presente? Temos história na tauromaquia, continuamos a ter ganadarias no concelho, existem dois grupos de forcados. Para exemplo, posso-lhe dizer que existe uma Associação dos Amigos dos Animais e os seus membros são aficionados. Foi uma das experiências mais engraçadas que tive, a Câmara começou a abordar esta questão da tauromaquia e fomos ver os toiros no campo que iam ser lidados numa corrida. Foi engraçado constatar que os toiros têm um comportamento em campo totalmente diferente do que têm em praça, no campo como estão em grupo não se sentem ameaçados.
Cláudia Moreira, vice- presidente da CM Chamusca
participar, como vão saber a quem se dirigir para resolver os seus assuntos. E com este trabalho que a autarquia tem realizado é uma forma de consciencialização dos mais jovens que transmitem aos pais. Por exemplo; Já tivemos crianças do jardim de infância que quiseram vir à Câmara falar com o presidente e com a vice presidente. Voltando ao slogan “Chamusca, O Coração do Ribatejo” que eventos têm tido para imbuir esta máxima no coração de todos os chamusquenses? Estamos a trabalhar esta questão nas escolas desde do pré-escolar, porque sentimos a necessidade de trabalhar a identidade. Houve duas áreas que para a autarquia passaram a ser estratégicas: uma na área da educação, e a outra, na cultura. O nosso trabalho é fundamentalmente de mudança de mentalidades. Porque não são meia dúzia de eleitos que vão conseguir fazer a diferença numa sociedade, se essa comunidade não tiver acometida com o projeto. Para nós é fundamental através da educação e da cultura trabalhar esta participação cívica de toda a comunidade. Pessoalmente, faz-me muita confusão existir pessoas que não percebem como funcionam os órgãos de uma autarquia, sendo assim, como vai querer
Tem tido uma boa receção por parte dos munícipes? Sim, temos. Por via deste trabalho que desenvolvemos jovens que nos procuram para apresentar as suas propostas. Apareceu-nos um jovem de 12 anos na autarquia para apresentar um projeto para um Skate Park e neste momento estamos a equacionar um equipamento do género para a Chamusca, por via do trabalho que este jovem realizou. E é isto que autarquia deseja estimular, o empreendedorismo das pessoas, ou seja, a força motriz que faz com que as coisas aconteçam. A nossa equipa deseja que as pessoas acreditem que faz sentido envolverem-se na vida da comunidade para que as coisas se desenvolvam. É um trabalho mútuo de participação, uma simbiose entre a autarquia e a população. E a questão do “O Coração do Ribatejo” fazemos a marca aparecer em todos os nossos proje-
tos, um slogan que envolve todos os chamusquenses. Há pouco tempo, recebemos o galardão do município amigo do desporto. Quando as pessoas participam num evento já nos estão ajudar e a envolver-se. E em relação aos eventos culturais? Na cultura, desde do início do ano passado, começamos a ter uma agenda cultural que não existia. Os eventos eram pontuais. Mas com uma agenda o principal objetivo é que as pessoas se possam organizar para que assistam aos eventos culturais que fazem parte do nosso calendário. Para a autarquia os projetos nunca são avulsos têm sempre o cunho; Chamusca; O Coração do Ribatejo.” eu não consigo pensar na educação sem pensar na cultura; não consigo pensar na cultura sem a coesão territorial. Uma das atividades que realizamos foi descentralizar a cultura pelo concelho. Fez agora um ano que inauguramos o projeto; a biblioteca itinerante. Que neste momento tem mais utilizadores do que a biblioteca municipal, esta iniciativa percorre as escolas e IPSS´s (Instituição Particular de Solidariedade Social) todas do concelho. Ao mesmo tempo, que levamos livros até às pessoas, fazemos a recolha de histórias orais, normalmente a população mais isolada nas freguesias tem uma grande necessidade de falar e partilhar o seu percurso de vida. Aproveitando essa informação, estamos a realizar um projeto que vai materializar a recolha que é feita das histórias das pessoas. Para cada população alvo vamos ter um caderno de recolha; que vai ser escrito, onde podem ser colados recortes, como fotografias ou outras recordações que desejem partilhar. Na biblioteca digitalizam, ficam num livro de registos, onde futuramente vai servir de base para uma publicação. Teremos um caderno para as IPSS´s, um para as escolas e outro para a comunidade em geral. A nossa biblioteca itinerante chama-se a Biblioteca do Rui, é um projeto de afetos que visa também nos aproximar das pessoas, e daquilo que é o nosso património cultural da região.
Qualidade de Vida
CM Resende
No coração do Douro, a capital da Cereja! Resende: Um concelho pautado pela beleza natural, onde o Douro e o relevo montanhoso se unem em perfeita harmonia. Porta de entrada no Douro Vinhateiro, Resende assume-se como um concelho de e para o futuro. Saiba mais na entrevista a Garcez Trindade, edil do município que agora iremos conhecer.
Garcez Trindade, Presidente da CM Resende
Resende ganhasse escala neste produto, foi traçado um plano estratégico e foram feitas candidaturas comunitárias que visassem a produção e comercialização da cereja, melhorando processos. Além disso, a autarquia criou o Gabinete de Desenvolvimento Rural que gere todas as problemáticas relacionadas com a cereja. Desta forma, a autarquia está a ajudar os produtores a terem acesso a toda a informação existente sobre a produção da cereja, inclusive mostrando qual as espécies que melhor se adaptam ao local onde querem fazer a sua produção. Ao mesmo tempo, garante também que se ganha escala na produção e comercialização de cereja, constituindo assim uma verdadeira e sólida alavanca económica.
Caldas de Aregos
A meses de terminar o segundo mandato, Garcez Trindade faz uma retrospetiva destes quatro anos que foram marcados pelo encerramento do tribunal de Resende no âmbito da Reforma Judiciária. Mas o presidente que tanto lutou pela manutenção do tribunal em Resende conseguiu o seu desiderato: “Um concelho do interior já se bate, diariamente, com as maiores dificuldades e ainda teve esta infelicidade de ver o seu tribunal encerrado, mas a investida do Governo de então não nos levou apenas o tribunal, mas também outros serviços públicos. Vimos encerrar, no mesmo dia, o tribunal e o serviço de urgência noturna do centro de saúde”. Na altura, o edil recorreu a tudo e a todos para mostrar que o encerramento destes serviços só aconteciam porque as pessoas que os ditaram não conheciam a realidade dos concelhos do interior e, portanto, eram indiferentes às necessidades aqui sentidas. O serviço de urgências foi reposto, mas foi a autarquia que teve que suportar todas as despesas inerentes à sua manutenção. Não sendo a situação ideal, foi a possível para conseguir dar, à população, a tranquilidade que um serviço de urgência transmite. A luta pelos serviços públicos retirados
do concelho não se prende apenas com o facto de restituir à população os serviços que lhe são devidos por direito, mas também garantir que os investimentos externos se possam efetuar: “Ninguém investe num local sem que ai existam os serviços públicos mínimos. Estamos, por exemplo, agora num processo de concessão do Hotel das Caldas de Aregos e é difícil atrair este investimento se não tivermos, no mínimo, urgências noturnas e tribunal”. Mas engane-se quem pensa que os encerramentos se ficam por aqui, também a segurança social foi “desmantelada”, como refere o nosso entrevistado. Passo a passo, foram acabando com o serviço, em Resende. Para dar resposta às necessidades da população, a autarquia viu-se na necessidade de tratar diretamente dos assuntos, acrescentando mais trabalho e despesa a uma autarquia já repleta de responsabilidades. Foi através de um compromisso pessoal de António Costa que a funcionalidade do tribunal foi reposta no início de 2017 estando, neste momento, o serviço já em funcionamento. Neste momento, os serviços retirados foram já repostos, mas o concelho continua com algumas dificuldades no campo da segurança social. Ainda assim, “tudo fa-
remos para voltarmos a ter as mesmas condições também neste serviço”, admite o nosso entrevistado.
Alavanca económica e financeira Resende não possui tradição industrial e, verdade seja dita, nem sequer possui acessibilidades que lhes permita atingir esse desiderato. No entanto, “estamos a preparar uma zona industrial e isso acabará por se traduzir em alguns investimentos”. De resto, tudo está ligado aos produtos endógenos e foi precisamente aqui que o autarca se focou, nomeadamente na definição das estratégias, levando em conta o que existe e a realidade do território sendo que foi fácil perceber que a “nossa economia só poderá ser alavancada através de alguns produtos endógenos”. A cereja é rainha, neste campo, mas também existe uma grande aposta na raça arouquesa e na saúde e bem-estar, através do investimento realizado em Caldas de Aregos, com a estância termal. “Sabemos que o cultivo da cereja é a atividade que mais contribui para a sustentabilidade económica do nosso concelho e foi ai que demos grande atenção neste mandato, tentando ordenar as áreas e tipos de cultivo”. Para garantir que
O balneário termal de Caldas de Aregos é um dos ex líbris do concelho. As suas águas, que brotam do solo a 62 graus, tem potencialidades únicas e o aquistas continuam a procurar Resende, ano após ano. No entanto, e apesar de o recurso natural estar imaculado, o balneário necessita de obras de requalificação para que a qualidade da água não contraste com a qualidade das instalações termais. Neste sentido, “estamos na fase de captação de investimento para esse setor. Tivemos um investidor interessado, estamos já em fase de desenvolvimento de negócio e o estudo económico e financeiro está a já a ser elaborado e que irá depois servir para dar apoio ao investidor já que o mesmo terá acesso a instrumentos financeiros que lhe permita sustentar o investimento”. O negócio, que prevê a concessão do balneário termal e a construção de um hotel, aumentando a capacidade hoteleira do concelho, está bem encaminhado e promete dotar o concelho de mais um recurso que será fulcral, também, para a tal sustentabilidade económica que Garcez Trindade procura para o concelho.
A recandidatura As autárquicas estão já marcadas para outubro e seria essencial perceber se Garcez Trindade prevê uma nova can-
CM Resende
didatura. Antes de responder à questão, o autarca refere que segue um pouco a linha do anterior edil, “pai da modernização de Resende”. Neste momento, o concelho tem tudo aquilo que são as necessidades básicas: Serviços públicos repostos, saneamento e abastecimento de águas extenso, rede escolar de excelente qualidade, equipamentos desportivos e muito trabalho na área económica, criando mecanismos de apoio aos investidores do concelho. Mas vai voltar a candidatar-se? “Vou-me recandidatar sim”, responde o nosso entrevistado. E esta recandidatura vem no sentido de restabelecer a ordem em Resende. Trazer de novo para o concelho a vitalidade que a austeridade imprimiu no país e no território de Resende. Apesar de os serviços principais estarem repostos, há ainda muito trabalho a fazer e Garcez Trindade assume a responsabilidade de tudo fazer para que Resende se assuma como território de excelência, com todas as condições para que as pessoas possam ter qualidade de vida.
A aposta na Cereja É na zona ribeirinha do Douro que se colhem as primeiras cerejas de toda a Europa, chegando ao mercado quase um mês antes do que as restantes produções. Resende beneficia assim de uma vantagem competitiva, quer em termos de timing, quer em termos de qualidade. No entanto, este ano a produção esteve ameaçada por uma praga de mosquitos que prometia arrasar a produção, deixando a cereja mole e sem polpa. A autarquia, antecipando o cenário catastrófico, decidiu investir em métodos de combate à praga, adquirindo centenas de garrafas de plástico e pintando-as de vermelho, ensinando depois os produtores a fazer o necessário para proteger as suas produções desta praga. Tendo em conta a qualidade da cereja que já se encontra em comercialização, a medida foi bastante eficaz.
Qualidade de Vida
Qualidade de Vida
CM Castro Daire
Natureza e qualidade de vida! José Fernando Carneiro Pereira, natural de Lamelas iniciou funções na Câmara Municipal de Castro Daire como membro da Assembleia Municipal em 1989, exerceu funções de vereador do executivo entre 2001 e 2009, ano em que se candidata à presidência da Câmara Municipal de Castro Daire vencendo as eleições. Marca a sua posição implementando uma rigorosa gestão financeira, apostando no turismo, na qualidade de vida e bem-estar da população castrense, linha que pretende seguir no próximo mandato. Conheça Castro Daire e as motivações que levam Fernando Carneiro a recandidatar-se à presidência da Câmara Municipal. Montemuro
Fernando Carneiro, Presidente da CM Castro Daire
Certamente que aponta muitas motivações para assumir a recandidatura a um cargo desta importância. Sou apologista de uma política de proximidade na qual as pessoas são a base central. Essa é a minha maior Motivação, fazer Mais e Melhor pelos castrenses e por Castro Daire.
Como para mim o mais importante são as pessoas considero que melhorar a qualidade e vida dos castrenses é essencial para o desenvolvimento. Depois de nos dois anteriores mandatos ter feito o saneamento económico e financeiro do Município, reduzindo a dívida, é fundamental neste mandato continuar com o mesmo rigor no controlo das finanças do município. Posso dizer que neste momento a Câmara de Castro Daire tem saúde financeira, sendo um dos municípios que melhor se encontra a nível económico e financeiro. Mantenho a mesma vontade de trazer novos investimentos e a mesma perseverança, na luta pelos serviços públicos e mantenho a mesma intenção de aproveitar todas as verbas disponíveis para o concelho através do overbooking e do Portugal 2020. Uma grande meta deste mandato é a requalificação de várias ETARs do concelho, dos espaços e instalações desportivas, bem como a requalificação e melhoria das estradas municipais e ruas. A minha grande prioridade são as pessoas, como já referi e essencialmente as pessoas mais desprotegidas, como são as crianças, os desempregados, os podres, e os idosos.
A ação social estende-se em que valências e qual a camada populacional abrangida? A Ação Social tem-se desenvolvido em 3 grandes eixos, a Ação Social Escolar, a Melhoria Habitacional e a Loja Social que distribui bens essenciais pelas pessoas carenciadas. A Loja Social é uma realidade desde 2013, com espaço aberto para promover e contribuir para a melhoria das condições de vida das famílias em situação de maior vulnerabilidade. Na ação social escolar tenho vindo a implementar várias medidas que em muito beneficiam a população castrense, das quais destaco os Programas de Atividades Sócio Educativas para o pré-escolar e 1º ciclo; transporte escolar gratuito para todos os alunos até ao 12º ano de escolaridade; manuais escolares gratuitos para o 1º ciclo do ensino básico; bolsas de estudo para alunos do Ensino Superior. Ainda como medidas sociais temos o Enxoval do Bebé que, a partir de janeiro deste ano, viu o seu valor foi reforçado para 1000¤ por criança natural de Castro Daire. Também foi criado um subsídio de amamentação/aleitação para os primeiros 6 meses de vida da criança no valor de 100¤/mês. Estas medidas tem vários efeitos práticos, como o apoio essencial nos primeiros meses de vida, apoio à natalidade e por fim sabermos qual a taxa de natalidade que existe no município, posso dizer que estamos a contrariar a tendência de decréscimo e, em comparação com anos anteriores, tivemos um aumento de bebés no concelho. O Gabinete de Apoio ao Idoso, também uma realidade e uma excelente medida, além da utilidade demonstrada pela afluência dos reformados obrigados a entregar o IRS, foi reforçado com novas valências como pedir a de isenção de Taxas (entre outras). O Cartão Viver+ foi uma medida que aproximou toda a população uma vez que garante viagens gratuitas nas carreiras públicas durante todo o ano. Também com este cartão é possível o acesso aos tratamentos nas Termas do Carvalhal, o acesso às Piscinas Municipais e a lojas
CM Castro Daire
Castro Daire, permitindo a todos os que o visitam ficar a conhecer melhor o território Castrense, bem como as inúmeras potencialidades que o Concelho tem, com especial destaque para a Serra de Montemuro e o Rio Paiva, dois ex-líbris desta região.
Igreja da de S. Pedro
associadas do concelho. As Termas do Carvalhal, as paisagens naturais e o património arquitetónico são fatores que distinguem a região e são notórias as melhorias que têm vindo a ser realizadas. Conte-nos como tem vindo a desenvolver este trabalho. As Termas do Carvalhal, o Rio Paiva e a Serra do Montemuro são as nossas grandes potencialidades turísticas. Nas Termas do Carvalhal foi feita a requalificação da envolvente termal, bem como a requalificação e ampliação do Balneário Termal. As propriedades terapêuticas das águas das Termas do Carvalhal, que brotam de uma falha sismotetónica no granito, foram descobertas no tempo dos romanos tendo começado a ser exploradas no início do século XX, com a abertura das Termas do Carvalhal. Para além dos seus atrativos naturais, Castro Daire é um município rico em património histórico, cultural e arquitetónico. Entre os monumentos mais marcantes destacam-se a Ermida do Paiva ou Templo das Siglas, monumento românico do século XII; a Casa da Cerca, a Capela das Carrancas, o Solar dos Aguilares e a Igreja Matriz de Castro Daire, no centro da vila. No rio Paiva foi construída as Infraestruturas de apoio à prática de desporto aventura no Rio Paiva, localizado no Lodeiro – Cabril. Foi requalificado o Solar dos Mendonça onde foi instalado o Centro de Interpretação e Informação Montemuro e Paiva, junto ao edifício dos Paços do Concelho. O Centro de Interpretação de Montemuro e Paiva é um cartão-de-visita do Concelho de
O Centro de Interpretação de Montemuro e Paiva é, como referiu, um cartão-de-visita. O que podemos lá encontrar? Agora de portas abertas, o Centro de Interpretação de Montemuro e Paiva está disponível para o público em geral com visitas guiadas, de instituições ou grupos, ou de turmas em idade escolar. Esta infraestrutura disponibiliza aplicações multimédia, aliadas a conteúdos e informações de diversas áreas do concelho onde os visitantes podem experimentar e conhecer o que de bom se pode encontrar no concelho de Castro Daire, divulga os nove percursos pedestres e assume-se como um importante lugar de aprendizagem e de transmissão de conhecimento. Este projeto revelou-se um enorme sucesso recebendo centenas de participantes oriundos de todas as regiões do país. Por onde passa o futuro do concelho de Castro Daire? Sempre e agora, o que nos deve preocupar é o futuro e é isso que eu quero transmitir aos castrenses: que esperem um futuro com confiança. Futuro para a resolução dos problemas sociais e estruturais, futuro para o crescimento e desenvolvimento harmonioso do concelho. Podemos resumir que o futuro de Castro Daire está nas suas gentes e nas forças vivas. Capela das Carrancas
Qualidade de Vida Termas do Carvalhal
Percursos pedestres
Setor Imobiliário
ACRESCENTAR S. A.
Personalização e sustentabilidade na construção Empreendimentos como Green Terrace, Green City e Green Side em Braga ou a Quinta do Vilar, junto ao Palácio de Cristal, no Porto, denotam especial qualidade e conceitos novos, sendo iniciativa da Acrescentar S. A, empresa sediada em Braga onde é uma referência na construção. Fomos conhecer a empresa e conversamos com dois responsáveis da Acrescentar S. A., Pedro Ferreira e o Gilberto Anjos.
Espírito empreendedor e vontade de inovar estão presentes desde os primórdios da Acrescentar S. A., como se depreende do relato de Pedro Ferreira: “Estou neste ramo há dezoito anos e decidi a certa altura da minha carreira abrir a minha própria empresa. A Acrescentar, que fez em outubro do ano passado dez anos, é uma empresa familiar que comecei com a minha esposa, Sara Ferreira. Pretendemos corrigir situações do mercado de construção que tendencialmente funciona em termos de quantidade, construindo-se em modos muito iguais. Principalmente em Braga havia pouca preocupação com a sustentabilidade futura dos edifícios e com a componente estética. Nunca fazemos uma construção ignorando totalmente o que está à volta”. A vontade de construir algo de novo prevaleceu. Prossegue Pedro Ferreira: “A Acrescentar nasceu numa altura em que já se falava em crise. É verdade que em 2011/2012 foi difícil, 90 por cento das empresas de construção civil acabaram
por desaparecer. Continuamos a ter bastante construção nessa altura e sempre achei que depois de passar a crise teríamos uma abertura de mercado e quem estivesse à frente iria beneficiar disso, o que está agora a acontecer”. Trabalho, força de vontade e um conceito novo são alicerces e pilares da Acrescentar. Com satisfação, diz-nos Pedro Ferreira: “Temos uma aposta muito grande na diferenciação e na personalização. Ou seja, todos os nossos clientes têm connosco satisfeito o seu objetivo de personalizar a construção que vão habitar. E temos muita preocupação com a imagem, com a sustentabilidade, com os espaços verdes. Cremos que serão esses o motivo do nosso sucesso. 90 por cento da nossa construção está vendida. Hoje vendemos em projeto! E atualmente os nossos imóveis são vendidos aos amigos e familiares dos já nossos clientes”. Pedro Ferreira especifica-nos outros fatores de diferenciação da Acrescentar “O design é forte motivo da nossa atenção mas preocupamo-nos também pela forma como a casa vai funcionar, ser limpa e mantida, enfim pela sua sustentabilidade. Temos muita atenção à questão da mobilidade, à situação da certificação
energética, à certificação acústica. Todas estas questões são ponderadas. Hoje num T3, uma família com um filho, para aquecer, arrefecer, iluminar, cozinhar, compensando com painéis solares e gás natural não precisa de cinquenta euros para a despesa com a energia. Há uma aposta em que as coisas sejam funcionais, as pessoas não tenham dificuldades nas tarefas domésticas e não percam tempo a arrumar um apartamento. Há uma relação direta em como se limpa um apartamento e os materiais utilizados. Acautelamos isso antecipadamente. Se por acaso surgir algum caso especial temos o nosso serviço pós-venda”. Sobre a personalização que a Acrescentar propicia aos seus clientes, Pedro Ferreira lembra: “Nas casas que disponibilizamos para os nossos clientes o interior é sempre instalado de acordo com o comprador. Em cada bloco de apartamento não temos dois iguais. É uma personalização segundo os critérios e a necessidade do cliente que vai ocupar os espaços”. Lembra Gilberto Anjos: “Fazemos um acompanhamento técnico das escolhas do cliente. Gestores de cliente fazem a ligação com a arquitetura, com o design e todos os itens. Dispomos de colaborado-
res que fazem projeções em 3D e assim o cliente eficazmente comprova por antecipação as suas escolhas, se elas vão ou não funcionar. Hoje, o estilo de vida das pessoas é diferente, temos clientes de todas as idades e com várias tipologias familiares. Com a Acrescentar o cliente não tem de se adaptar à casa mas a casa é que se adapta ao estilo de vida das pessoas. O nosso cliente adquire uma construção à sua medida garantida pela nossa orientação técnica. A Acrescentar propicia ao cliente um ambiente personalizado, sustentável e um valor perdurável”. Pedro Ferreira manifesta ainda: “Temos muita preocupação com a envolvente ambiental dos nossos edifícios que têm ao redor espaços verdes e quando passamos a responsabilidade deles ao condomínio procuramos que essas zonas naturais sejam também sustentáveis e mantidas muito economicamente”. Pedro Ferreira remata com uma declaração: “Gostamos do meio ambiente. Não podemos cair de paraquedas num lugar e destruir tudo à volta”. Percebe-se bem através desta conversa que mantivemos com responsáveis da Acrescentar S. A. que ali valores éticos aliam-se à dedicação profissional, o que resulta a favor dos seus clientes.
Green Side - Gualtar - Braga
Green Terrace - Condomínio Fechado - Braga
Quinta de Vilar - Condomínio Fechado - Porto
Fundação Maria Isabel Guerra Junqueiro e Luís Pinto de Mesquita Carvalho
À memória viva de Guerra Junqueiro A equipa do País Positivo entrevistou a Presidente da Administração da Fundação Maria Isabel Guerra Junqueiro e Luís Pinto de Mesquita Carvalho. A presidente, Dr.ª Maria Inês, começa por recordar que “a fundação nasce através da vontade de D. Maria Isabel Guerra Junqueiro de Mesquita Carvalho, filha do poeta Abílio Manuel Guerra Junqueiro, que dedicou toda a sua vida à preservação da obra e memória do seu pai.” Criou a primeira Casa-Museu na cidade do Porto (a segunda do país) “juntamente com a sua mãe D. Filomena Augusta da Silva Neves doando à Câmara Municipal do Porto todo o recheio da Casa-Museu: as mais de 600 obras de arte que compunham a coleção do poeta.” Durante toda a sua vida, a filha do poeta, foi recolhendo as peças que estavam expostas noutras instituições como “os seis anjos músicos que tinham sido doados ao Museu de Arte Antiga.” D. Maria Isabel Guerra Junqueiro de Mesquita Carvalho e o seu marido Luís Augusto de Salles Pinto de Mesquita Carvalho sempre tiveram a intenção de transformar a casa de família, em Lisboa, na segunda Casa-Museu Guerra Junqueiro, “mas após uma longa batalha judicial a casa acabou por ser demolida pela autarquia para abrir uma rodovia. ” explica a P. A. Antevendo este desfecho, a benfeitora “guardou a maior parte do espólio do seu pai, com especial relevo para a biblioteca pessoal, com a qual ela pretendia complementar a Casa-Museu. A coleção de artes decorativas de elevado valor e raridade, a coleção hispano-mourisca e a coleção de Nurenberg única no país.” No fim da sua vida, D. Maria Isabel Guerra Junqueiro de Mesquita Carvalho questionava-se quanto ao destino das restantes peças colecionadas pelo seu pai e “foi quando surgiu a ideia de instituir uma fundação como seu nome e do seu marido, um notável intelectual e colecionador, admirador da vida e obra de Guerra Junqueiro.” Sito numa antiga escola primária, em frente à Casa-Museu Guerra Junqueiro, “esta fundação tem o lema “À memória viva de Guerra Junqueiro” e é esse o objetivo que nos move.” Conclui a presidente da Administração, Dr.ª Maria Inês. Horário: Terça a Sábado: 14.30h – 17.30h Encerrado aos Domingos e Segundas Visitas de grupos mediante marcação prévia Fundação Maria Isabel Guerra Junqueiro e Luís Pinto de Mesquita Carvalho Rua de D. Hugo, 15 4050-305 Porto Portugal Tel. 22 200 11 55
Cultura
Dia Internacional da Saúde Feminina
28 de Maio: Dia Internacional da Saúde Feminina
Exige-se igualdade no acesso aos cuidados de saúde Celebra-se, a 28 de Maio, o Dia Internacional da Saúde Feminina, uma data que chega como forma de alertar a população para as desigualdades existentes no acesso aos cuidados de saúde, entre homens e mulher. Além disso, pretende-se promover ações de sensibilização para a importância da saúde feminina e do devido acompanhamento médico a todas as mulheres.
Este dia é também importante porque algumas das patologias são exclusivas da mulher e, portanto, há que chamar a atenção para sintomas e doenças especialmente femininas e para a importância de uma adequada higiene diária. Sabia que nos países em vias de desenvolvimento, existem muitas mulheres vítimas de discriminação no acesso aos cuidados de saúde, com base em fatores socioculturais? É também por isso que se celebra o 28 de maio, mas sem nunca esquecer que o trabalho de sensibilização deve ser feito diariamente.
atividade física. A alimentação deve ser equilibrada, completa e variada, evitando carências vitamínicas, ou outras, que conduzam à desnutrição. Deve basear a sua alimentação em peixe, carnes brancas e magras, aumentar o consumo de cereais completos, frutos e vegetais e evitar bebidas alcoólicas e refrigerantes. Sem nunca esquecer, claro, a diminuição drástica do açúcar e do sal e o aumento da ingestão de água.
As mulheres e a maternidade Cada vez se verifica um aumento da idade das mães. Em média, as mulheres têm agora o seu primeiro filho aos 28,6 anos e a própria taxa de natalidade tem vindo a descer. Apesar disso, e devido ao melhoramento dos cuidados de saúde da grávida, a taxa de mortalidade infantil tem vindo a diminuir. Aliás, Portugal tem uma das taxas de mortalidade neonatal mais baixas a nível mundial.
Parto na água Hoje, a mulher tem a possibilidade de escolher o tipo de parto que quer. Um deles é o parto na água no qual a mulher tem menos dores já que os partos na água permitem que a mãe se possa descontrair e que encontre a posição que mais lhe convém. O próprio líquido amniótico, onde se encontra o bebé, conduzirá melhor o seu filho para o mundo exterior. A mãe acaba por se
sentir como a principal protagonista de todo o processo, facto que não acontece com a mesma facilidade no parto normal.
dos cancros do colo do útero e da mama são áreas de intervenção prioritária para o bem-estar de todas as Mulher.
Higiene Íntima
Avanços científicos
O que é a higiene íntima da mulher? Basicamente, consiste na utilização de um produto próprio que não agrida os genitais externos e não altere a flora vaginal, contribuindo para o bem-estar, segurança e saúde da mulher.
No âmbito da saúde da mulher, os avanços mais significativos verificaram-se no domínio da reprodução, através do desenvolvimento da contraceção hormonal e de todas as técnicas relacionadas com a procriação medicamente assistida. Além disso, os avanços conseguidos na área da prevenção do colo do útero, com a introdução do teste de Papanicolau e, mais recentemente, com as vacinas contra a infeção pelo HPV, são também bastante importantes. Doenças cardiovasculares na mulher As doenças cardiovasculares na mulher são responsáveis por mais de 22 mil óbitos/ ano, devidos essencialmente ao acidente vascular cerebral e à cardiopatia isquémica. Surpreendentemente morrem mais mulheres que homens por ano, em Portugal, por doenças cardiovasculares, constituindo estas, ao contrário do que se pensa, a principal causa de morte das mulheres portuguesas.
Incontinência Urinária Feminina A incontinência urinária é a perda involuntária da urina e é mais comum nas mulheres. Apesar das perdas involuntárias de urina interferirem significativamente na qualidade de vida, esta continua a ser subdiagnosticada. Trata-se de uma situação muitas vezes ocultada, por vergonha ou por estar associada ao envelhecimento.
Cuidados a ter Os cuidados obstétricos e neonatais, o tratamento da infertilidade, a disponibilidade de métodos contracetivos e a prevenção
Qualidade de vida e alimentação Viver mais tempo é um desejo de todos, mas isso deixa de fazer sentido se não tivermos qualidade de vida. Por isso, é necessário que tenhamos muita atenção ao que escolhemos para comer. Tente perceber se tem uma relação saudável com a comida ou se, pelo contrário, se alimenta mal e, por isso, tem estado a colocar a sua saúde em risco. Também aqui neste campo entra a questão da obesidade já que a prevenção da obesidade passa por adotar estilos de vida saudáveis, assentes, sobretudo, na mudança de hábitos alimentares e no aumento da
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TENA
Dia Internacional da Saúde Feminina
Incontinência urinária no feminino: liberte-se de ideias pré-concebidas O que são perdas de urina? A temática da incontinência está muitas vezes associada a mitos ou meias verdades, e frequentemente é vivida como tabu. Liberte-se de preconceitos e saiba mais sobre esta situação que afecta uma em cada quatro mulheres em algum momento da sua vida. O que é o pavimento pélvico e porque é tão importante para as perdas de urina? Algumas mulheres ouvem falar pela primeira vez em pavimento pélvico nas aulas de pré-parto, outras descobrem-no quando o médico lhes diz que têm um problema como ‘incontinência urinária’. A verdade é que muitas não sabem o que é ou o que podem fazer para não perder qualidade de vida se esta musculatura está fragilizada. Além das referidas perdas de urina, pode originar dores de costas, prolapsos, disfunções sexuais… O pavimento pélvico é o conjunto de músculos que suportam os órgãos pélvi-
cos: a uretra, a bexiga, o útero e o reto. Esta musculatura/’ponte’ muscular permite que estes funcionem corretamente e mantém os esfíncteres fechados. Quando o pavimento pélvico está debilitado não consegue exercer corretamente a sua função de suporte, nem fechar os esfíncteres, e ocorrem perdas de urina. É uma situação mais frequente do que pensamos que pode ser provocada pela gravidez, parto ou menopausa. Também pode dever-se à obstipação crónica ou obesidade. Às vezes, as fugas surgem quando se realiza uma atividade física, como levantar um objeto pesado ou praticar exercício, ou ainda durante um ataque de tosse, um espirro ou uma gargalhada (incontinência de esforço). Em outros casos, sente-se uma vontade repentina e brusca de urinar, que não se consegue controlar antes de chegar à casa de banho. É a incontinência de urgência. Se as fugas ocorrem em ambos os cenários, estamos perante uma incontinência mista. É difícil assumir que se tem perdas de uri-
na. Estas provocam quase sempre mal-estar que, se não for enfrentado de forma positiva, pode evoluir para problemas mais importantes a nível emocional: frustração, tristeza, ansiedade… Para evitar que isso aconteça, devemos tomar consciência de que temos um problema. É necessário clarificar algumas ideias erróneas associadas a estas situações para procurar a melhor solução para cada caso. Em seguida apontamos-lhe alguns dos mitos mais comuns:
Só os idosos é que têm perdas de urina Como referido anteriormente, uma em cada quatro mulheres sofre de incontinência em algum momento da sua vida e isto nem sempre acontece na terceira idade. Há momentos-chave em que é frequente: na gravidez devido ao peso do bebé, depois do parto (sobretudo se tiver sido um parto vaginal complicado ou instrumental), ou durante a menopausa graças às alterações hormonais. Também há circunstâncias específicas que podem provocá-las, tais como praticar desportos que envolvam o impacto contra o solo (correr ou jogar basquetebol), o excesso de peso ou a obstipação.
Não tem cura A incontinência deve-se principalmente ao enfraquecimento do pavi-
mento pélvico e existem soluções para atenuá-la e minimizar os seus efeitos. Perante o menor indício de que o seu pavimento pélvico não está em condições, ou se lhe escaparem algumas gotas de urina, deve consultar um especialista e avaliar o seu caso. Muitas mulheres necessitam de fortalecer a musculatura com exercícios regulares de reabilitação. Para outras, será necessária uma intervenção cirúrgica. O seu caso deve ser sempre avaliado por um especialista. Se um médico lhe disser que “é próprio da idade” ou que “tem de assumir” e não faz caso, peça uma segunda opinião.
Vão julgar-me Quando se tem incontinência urinária, é normal sentirmo-nos inseguras e desconfortáveis, mas ninguém nos vai julgar por isso. Como já referimos, é muito mais comum do que pensamos. Por isso, na próxima reunião com amigas ou em família, imagine quantas estão a viver a mesma situação. Fale do assunto com outras mulheres, com o seu companheiro, e sobretudo, com o seu médico. Desdramatizar o problema e assumi-lo é a melhor forma de começar a resolvê-lo. Lembre-se que tomar as rédeas de uma forma ativa irá fazê-la sentir-se muito mais segura de si.
Não vou poder fazer tudo o que fazia antes As perdas de urina, mesmo quando são frequentes e abundantes, não implicam que tenha de deixar de fazer tudo o que fazia antes. Existem produtos específicos para a incontinência, que irão ajudá-la a continuar com as suas viagens, o seu ginásio, os seus compromissos, etc. Sem medos, com segurança e confiança. Controle as suas perdas de urina, não deixe que sejam elas a controlá-la. E enquanto procura a solução mais adequada para o seu problema, recomendamos o uso de pensos específicos para o pH e densidade específicos da urina, como os da nova gama TENA Lady Discreet. Com eles vai sentir-se segura e protegida. Vá a tena.pt ou ligue 808 201 274 e peça a sua amostra grátis.
Aldeias Humanitar
Aldeias Humanitar: Capital de Afetos
“Aldeias Humanitar”: A transformar pequenas aldeias na capital dos afetos. O Projecto-piloto em Sernancelhe e Penedono recebe o Alto Patrocínio do Presidente da República. Onde quase tudo parece perdido, quando quase todos partiram, as “Aldeias Humanitar” desejam trazer de volta aquilo que nunca se perde, a esperança para quem fica e resiste. Transformar as “nossas aldeias em residências assistidas com apoio integrado”.
Domingos Nascimento, da Direção da «Aldeias Humanitar»
Rita Moreira, Vice-presidente da Administração Regional de Saúde Norte, Mário Pinto, assessor do Presidente da República, Manuel Lopes, Coordenador da Rede Nacional de Cuidados Continuados
“Aldeias Humanitar” uma missão que comtempla levar afetos e cuidados aos que mais necessitam no seu domicílio. Este projecto pretende cuidar e proteger aqueles que resistem à desertificação das regiões do interior não deixando as suas raízes, com esta acção os cuidados de saúde vão até si. Foi no dia 19 de Maio que este projecto foi apresentado ao público, com o Alto Patrocínio do Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, integrado no evento Expo Desporto e Saúde em Sernancelhe. As “Aldeias Humanitar” conta com duas carrinhas equipadas para prestar aos utentes cuidados de saúde e sociais, uma equipa de técnicos com conhecimento do terreno e que trabalham neste projecto há vários meses, no sentido auscultar as necessidades primordiais da população e ir de encontro dos seus problemas com soluções adequadas aos seus desejos. A Santa Casa da Misericórdia de Sernancelhe é a entidade âncora para este projecto-piloto que inicia em dois concelhos; Sernancelhe e Penedono. Na apresentação pública, Domingos Nacimento, da direção das “Aldeias Humanitar” agradeceu a Santa Casa da Misericórdia na pessoa do Provedor “ pelo exemplo de vida, por estarem sempre abertos a inovação, à modernidade, pelo serviço que prestam a esta região.” Mas, também, aos membros
que estiveram desde do primeiro momento a apoiar este projecto, entre eles: “O Professor Manuel Lopes que é uma grande referência na dinâmica de Cuidados Integrados. No Douro Sul, o projecto-piloto que vai decorrer nos municípios de Sernancelhe e Penedono. Enquanto cidadão fico muito orgulhoso, a minha homenagem vai para estes autarcas pela abertura que demonstraram; pela frontalidade com que abordam as questões; pela proximidade com que ajudam os munícipes e quando tomam decisões pensam em cada um como um ser singular; com os seus problemas particulares e não como um todo. Pensam em concreto nas pessoas, conhecem cada um pelo seu nome, já entraram nas suas casas, conhecem os seus problemas. E isso é fantástico! E esta abertura ao novo, ao que pode fazer a grande mudança neste território, merece o nosso agradecimento” Conclui. Este projecto tem como base criar zonas (Aldeias) organizadas onde se possa dar assistência aos cidadãos numa vertente de saúde e social, indo de encontro das suas necessidades. Revertendo a tendência de desertificação em áreas do interior e de pouca densidade populacional, para que as pessoas não tenham que sair das suas casas, só quando é estritamente necessário. Sendo assim, este projecto desenvolve estruturas logísticas que se adaptam a
cada caso, incluindo neste trabalho a sociedade, as instituições e a comunidade em geral. Uma forma de Humanitar a saúde optimizando os meios já existentes, mas também, de uma forma integrada para que todas as instituições participem desenvolvendo actividades dentro das suas áreas. Por exemplo: “Humanização dos espaços públicos”, isto é, a construção de uma rampa, de um acesso, para que os seus munícipes possam usufruir do espaço sem limitações, este projecto também congrega essa preocupação. Carlos Silva Santiago, presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe explica a importância deste projecto e o orgulho que tem em o município que lidera ser escolhido: “Um projecto desta natureza é extramente importante, levar os cuidados paliativos a casa das pessoas é fundamental. Mas é óbvio, que esta descentralização da saúde no domicílio de cada um reflecte-se numa melhoria dos cuidados, tudo conta para melhorarmos o serviço de saúde. É um projecto muito interessante de qualidade de saúde de excelência com a proximidade dos profissionais de saúde, cuidadores e doentes nas suas casas, tenho a certeza que vai haver uma melhoria de cuidados ao nível da região, que depois será replicado a nível nacional. O fator primordial é a descentralização dos serviços, a qualidade de vida dos doentes que é preciso criar condições aos cuidadores e a quem está a ser tratado. E tenho a certeza que o projeto “Aldeias Humanitar” vai de encontro das ambições e desejos de uma população que está afastada dos grandes centros urbanos. Esta é uma forma, também, de coesão territorial, principalmente estes de baixa densidade populacional.” Dois municípios vizinhos que em conjunto congregam esforços com as instituições locais para que as suas populações usufruam dos benefícios de serviços de saúde e sociais nas suas residências, com este projecto pioneiro, que inicia dia 2 de Junho no terreno, vai criar uma dinâmica onde se pretende o envolvimento da comunidade e das vá-
Nooke
rias entidades. Carlos Esteves, presidente da Câmara Municipal de Penedono, município também envolvido neste projecto, defende a mais-valia das “Aldeias Humanitar” para as populações e região descrevendo como um grande passo que territórios pequenos pretendem dar, afirma agradecendo a presença de Mário Pinto, assessor do Presidente da República para a área da saúde, e continua, salientando, que as populações do território que representa sendo de baixa densidade, também têm as mesmas necessidades que nos grandes centros urbanos. Destaca igualmente que: É importante proporcionar às pessoas qualidade de vida e isso deve ser uma tarefa de todos, não só das entidades de saúde ou de apoio social, ninguém se pode demitir. Porque estamos a falar do que é mais caro para um autarca; as pessoas.” Mário Pinto, assessor do Presidente da República para a área da saúde refere em relação ao projeto: “Eu estou neste projecto desde de algum tempo, é um projecto que responde a uma das recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) que é; tratar os nossos doentes no domicílio, e quanto a isso, eu tenho tido a iniciativa estar ligado a esta área. Este projecto integra a realização de cuidados de saúde e sociais: o cuidar de doentes no domicílio é uma realidade com ótimos resultados em vários países da Europa. ( ) Neste sentido, desejamos criar condições em todo o país para que possamos cuidar de doentes que reúnam as condições em suas casas. É o local onde todas as pessoas se sentem mais confortáveis, onde as pessoas se sentem seguras rodeadas da família mesmo que estejam numa situação mais vulnerável.
Tendo como contraponto, ir para um hospital onde tudo é desconhecido, onde tudo é estranho, torna-se tudo mais difícil. Sendo o nosso Presidente da República um homem de afectos, o seu Alto Patrocínio vem mostrar que caminhamos para essa visão centrada no cidadão. Parece-me que estão criadas todas as condições para tratar os nossos doentes onde se sintam felizes, que é em suas casas. Nós temos que centrar nas pessoas, na sua dignidade, nos seus costumes, na sua forma de estar no mundo, nas suas expectativas e onde se sentem felizes. É essa a nossa missão. Estiveram, também, presentes neste evento; Rita Moreira, Vice-presidente da Administração Regional de Saúde Norte (ARS- Norte); Manuel Lopes, Coordenador da Rede Nacional de Cuidados Continuados, entre outros autarcas de concelhos vizinhos.
Carlos Silva Santiago, Presidente da CM Sernancelhe
Carlos Silva Santiago, Presidente da CM Sernancelhe, e Carlos Esteves, Presidente da CM Penedono
Portugal a Pedalar
A bicicleta portátil, leve e versátil Gonçalo Ferraz, um dos fundadores da Nooke, apresenta as linhas que guiarão o futuro da empresa que fundou juntamente com o seu colega de curso de Engenharia Mecânica. Em entrevista ao País Positivo apresentou alguns dos pontos de desenvolvimento da Nooke: “Estamos a apostar numa estrutura nacional de distribuidores sólida e consistente com vista a desenvolver uma rede de clientes que sejam muito mais do que meros recipientes do nosso produto.”
As imposições europeias, em relação à mobilidade, e a disponibilização de vias cicláveis nas cidades deram força a este projeto? Sem dúvida. A União Europeia está a apostar em retirar, progressivamente, os automóveis das cidades e a aquisição de um veículo não poluente como a bicicleta elétrica é uma opção a ter em conta. Decidimos que a Nooke teria de ter uma componente de design apurada, ou seja, as nossas bicicletas teriam que ser bonitas. Para além deste fator apostámos em construir uma bicicleta com produtos de qualidade, com componentes de marcas fiáveis e duráveis sem que isso inflacionasse o preço de venda.
que afasta as pessoas de realizarem essa compra ou até de a ponderarem uma vez que o preço de algumas bicicletas elétricas entram em concorrência direta com os motociclos. A Nooke Smart e os próximos modelos que surgirão no mercado têm uma excelente relação preço, qualidade e design, o que faz com que as bicicletas Nooke sejam uma opção muito aliciante para quem quer adquirir uma bicicleta elétrica. A Nooke Smart é um modelo citadino? Quisemos apresentar um modelo muito versátil e dobrável, primeiro para permitir que o seu transporte e armazenamento fosse fácil e segundo para que a sua utilização fosse feita por um grupo alargado de pessoas, com diferentes estaturas e idades. Sendo uma citadina a componente de ser dobrável, de caber na mala de um carro pequeno ou num apartamento é, sem dúvida, um dos pontos mais fortes da Nooke Smart. Após a fase de desenvolvimento e implementação no mercado nacional é necessário avançar. Quais serão os próximos passos? Finda esta fase de implantação no mercado queremos passar para uma segunda fase onde iremos ganhar propriedade sobre o produto. Para isso pretendemosdesenvolver uma linha de montagem e incorporar cada vez mais produtos portugueses. Numa terceira fase iremos projetar e produzir as bicicletas Nooke em Portugal, dando seguimento à tradição lusa na indústria de bicicletas. Numa vertente comercial, iremos investir na internacionalização. De início iremos apostar nos mercados periféricos (Europa) e, posteriormente, no Continente Africano e Sul Americano.
A qualidade, o design e os componentes têm um preço. A Nooke acompanha os valores de referência do mercado? A questão do preço foi alvo de um estudo cuidado. Queremos oferecer qualidade a preços razoáveis. Na sua generalidade, as bicicletas elétricas, são dispendiosas o
www.nooke.pt
info@nooke.pt
Telemóvel: 910991449
Portugal sou Eu
Monte da Colónia / Miguel Lemos
Um projeto familiar com passado e futuro!
Dar asas à imaginação
Descubra o Monte da Colónia é uma empresa com alguma diversidade nas atividades, sendo que atua na área da agricultura produção de gado bovino e ovino e, ainda, vitivinicultura e olivicultura, com produção própria de Vinhos, Azeites e azeitonas de Conserva, tudo marca Monte da Colónia.
Miguel Lemos nasceu no ano de 1979 na Cidade de Coimbra. O seu interesse pelo Ofício da cerâmica surgiu em 1997 no ensino secundário. Após conclusão do mesmo, ingressou no ensino profissional passando por vários centros de formação, onde realizou inúmeros cursos na área. Atualmente, desenvolve o seu trabalho no município de Condeixa-a-Nova. Como Artesão, Miguel Lemos descreve-se como um criativo que gosta de dar asas à imaginação, materializando-a sublimemente nas suas obras.
Com 37 anos de existência, o Monte da Colónia tem vindo a pautar a sua atuação pela qualidade. Como se fez este caminho e como se pode, hoje, caracterizar a Monte da Colónia? Ao longo dos 37 anos de existência a nossa empresa sempre procurou fazer um caminho de forma ponderada e com objetivos delineados, um trabalho de equipa, onde a qualidade sempre esteve presente em primeiro lugar. E quando me refiro a qualidade é num todo desde o campo até a produção de cada um dos nossos produtos, bem como a sua distribuição. Dedicamo-nos a este projeto familiar de forma ativa, atenta e persistente. Hoje o Monte da Colónia pode caracterizar-se como uma empresa de excelência e que, de forma astuta, conseguiu produzir uma linha de produtos que falam por si só. Onde os nossos clientes fazem gosto em partilhar com os amigos e familiares aquilo que de melhor temos para lhe oferecer aqui no Monte da Colónia. Numa altura em que os consumidores estão cada vez mais informados e em que existe uma maior preocupação
com a qualidade e com a saúde, quais os investimentos realizados no sentido de se adaptar às novas realidades? Essa é sem dúvida a nossa grande prioridade, a satisfação dos nossos clientes. Mas podemos afirmar de forma consciente que sempre tentamos estar de acordo não só com a qualidade do produto, bem como de todos os serviços em si. Ao longo de todos estes anos temos vindo sempre a investir, melhorando as nossas instalações, novas tecnologias, maquinaria, tornando nos totalmente autónomos na produção, embalamentos e engarrafamentos dos nossos próprios produtos. O setor agroalimentar foi também mudando nestes 37 anos. Quais as grandes diferenças da empresa, neste momento? Sim mudou bastante, mas no nosso ponto de vista para melhor. Melhores condições nas produções, nos equipamentos, nas regras de higiene e segurança no trabalho. Passamos de uma empresa tradicional para uma empresa totalmente modernizada e com capacidade para competir de forma saudável com outros mercados. A marca Portugal Sou Eu apresenta-se como uma mais-valia, em termos de valor acrescentado do produto e de diferenciação face à concorrência? A marca Portugal Sou Eu é importante para nós, porque acreditamos nos nossos produtos, na nossa marca Monte da Colónia e no nosso País, Portugal. E entendemos que só todos juntos é que conseguiremos um País mais dinâmico, mais rico e com maior visibilidade aqui e lá fora. Como se consegue marcar os consumidores no sentido de consumir o que é nacional e qual a grande mais-valia, real, para o comprador? É um desafio para nós enquanto empresários. Porque, como é sabido, há bastante oferta de produtos não nacionais com um preço mais baixo. No entanto, é aqui que a nossa atitude face ao mercado se apresenta de forma diferente já que aliamos qualidade à dedicação e humildade para conseguir fazer entender o consumidor que os nossos produtos são os melhores, que o nosso Pais é o melhor e que só com a ajuda de todos nós e que conseguiremos vencer, gerar riqueza e tornar o nosso País cada vez melhor.
O saber fazer Português apresenta-se como uma mais-valia em termos de posicionamento de mercado e de vantagem competitiva? Como caracteriza os trabalhos que apresenta? Preferiria responder de uma forma mais generalista. Ser um criativo empreendedor em Portugal é como Elon Musk proferiu, “Ser um empreendedor é como comer vidro e olhar para o abismo da morte ao mesmo tempo”. As peças de cerâmica por nós criadas têm por objetivo tocar nas pessoas de forma positiva, despertando sensações agradáveis e de alguma forma, proporcionar bem-estar interior. Este é o sentido do nosso trabalho. Trabalhamos para as pessoas, pois elas são o grande valor das sociedades. Para tal, usamos uma Linguagem transversal, o Amor. Ser parte da marca Portugal Sou Eu é essencial? Como encaram os consumidores o artesanato português? Fazer parte da marca Portugal Sou Eu tem sido importante uma vez que este é mais
um veículo de divulgação do trabalho, e uma forma de mostrar ao público a qualidade dos produtos portugueses. Em relação aos consumidores, estes sempre tiveram interesse por produtos artesanais, por estarem ligados à sua identidade cultural e por serem produtos diferenciados/personalizados, contendo valor acrescentado. Onde podemos encontrar os produtos de Miguel Lemos – Cerâmica Criativa? Os produtos Miguel Lemos encontram-se expostos em lojas em todo o país e em alguns países europeus, com maior relevância nos centros de grande fluxo turístico. Qual o cominho a seguir, em termos futuros? De olhos postos no futuro a marca Miguel Lemos-Cerâmica Criativa quer reforçar os passos já dados a nível internacional, continuar a apostar na qualidade e criação de novas linhas de produtos.