“Escola de líderes, alicerçada nos imóveis”,
Keller Williams Business
Este suplemento comercial faz parte integrante do Jornal de Notícias e do Diário de Notícias de 1 de julho de 2017 e não pode ser vendido separadamente
Julho 2017 | Edição Nº106
“Alegrete é uma freguesia muito peculiar”,
Maria Adelaide Teixeira, Edil de Portalegre
“Nos últimos dez anos a atividade deste Departamento foi mudando, tentando acompanhar a evolução das áreas da Química e Bioquímica”, Refere Ana Cristina Freire, Diretora do Departamento de Química e Bioquímica da FCUP
“Portugal tem e assume as suas responsabilidades na Governação dos Oceanos”, Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino
Keller Williams - Business
Setor ImobiliĂĄrio
Escola de lĂderes, alicerçada nos imĂłveis A Keller Williams ĂŠ uma marca americana de imobiliĂĄria que se introduziu em Portugal hĂĄ pouco mais de trĂŞs anos. Mas mais do que uma imobiliĂĄria, a Keller Williams ĂŠ uma escola de liderança que faz dos seus consultores os verdadeiros ativos da marca.
Em entrevista ao PaĂs Positivo, PatrĂcia Santos, responsĂĄvel pela KW Business de Braga, HĂŠlder Ferreira, responsĂĄvel pela KW Business de FamalicĂŁo, Carlos Santos, Administrador da KW Business e Miguel Aguiar, Administrador e responsĂĄvel pela loja KW Business do Porto, falam sobre este aliciante projeto e levantam o pano sobre os projetos para um futuro bem prĂłximo. IniciĂĄmos a nossa conversa contextualizando a aposta na marca Keller Williams e facilmente percebemos que este grupo se tornou demasiado ambicioso para o mercado em que estavam inseridos: “Inicialmente, representĂĄvamos uma outra marca, mas os nossos resultados eram bem acima da mĂŠdia do que era o setor e, nesse sentido, fomos contactos pela marca Keller Williams. Depois de analisarmos a marca, a sua Ă€ORVRĂ€D H FXOWXUD SHUFHEHPRV TXH HVtavamos mais alinhados com a forma de estar da KW e, ai, decidimos mudarâ€?, avança PatrĂcia Santos. No setor em que estavam inseridos, a marca que representavam era jĂĄ lĂder de mercado e o sentimento era que a evolução, o atingir o patamar seguinte, jĂĄ nĂŁo seria possĂvel porque era necessĂĄrio que existisse algo ou alguĂŠm capaz de puxar e incentivar. E foi isso que fez toda a diferença na hora de mudar para a Keller Williams, em 2015: “Fruto dos modelos existentes, da plataforma, da formação e o desenvolvimento das pessoas foi, de facto, o empurrĂŁo que precisĂĄvamos para fazer crescer a empresaâ€?, avança a interlocutora.
PatrĂcia Santos, HĂŠlder Ferreira, Carlos Santos e Miguel Aguiar
A marca e as diferenças
Para o cliente comum, as diferenças entre a KW Business e as restantes marcas existentes no mercado sĂŁo pouco visĂveis. Ou seja, o trabalho continua alicerçado na angariação, compra e venda de imĂłveis. No enWDQWR LQWHUQDPHQWH D Ă€ORVRĂ€D GD HPSUHVD ĂŠ completamente diferente do que existe no nosso mercado. A KW ĂŠ uma empresa focada no consultor imobiliĂĄrio e, portanto, “aqui a marca nĂŁo ĂŠ a KW, mas sim o consultor e tudo estĂĄ centrado no crescimento do consultor e do seu negĂłcio. Acreditamos, verdadeiramente, que a mediação imobiliĂĄria ĂŠ um negĂłcio local impulsionado pelos consultoresâ€?, acrescenta PaWUtFLD 2V FOLHQWHV p FHUWR FRQĂ€DP QR consultor imobiliĂĄrio e nĂŁo tanto na marca que cada um deles representa. Esta forma de pensar leva a que este seja um negĂłcio de pessoas para pessoas e, por isso mesmo, o caminho certo ĂŠ apostar no desenvolvimento das pessoas. Como? “Dando-lhes modelos, ferramentas e formação para que
possam desenvolver o seu negĂłcio, dota-las de competĂŞncias de liderança para que possam criar equipas imobiliĂĄrias e terem um crescimento considerĂĄvel dentro do prĂłprio grupo KW Businessâ€?. E esta ĂŠ uma grande diferença face Ă concorrĂŞncia. SenĂŁo vejamos, “todas as decisĂľes sĂŁo tomadas em consonância com os consultores. Aqui, nĂŁo existe a ideia de que todas as decisĂľes sĂŁo tomadas pelo dono da empresa e todos os outros tĂŞm que acata-las. Temos um conselho de liderança de consultores – cada um dos market center KW tem o seu – e o facto de as decisĂľes serem tomadas HP FRQVHOKR GH OLGHUDQoD UHĂ HWH VH D QtYHO nacional. Ou seja, o prĂłprio master nĂŁo toma decisĂľes sozinho, mas sim baseado naquilo que sĂŁo os conselhos do concelho de liderança de agentes nacional, baseado naquilo que se decide em cada market centerâ€?. Outro aspeto diferenciador da marca ĂŠ que os prĂłprios consultores acabam por desenvolver a sua prĂłpria marca, dentro da mar-
ca KW e isso mostra que a marca acaba por ser uma espĂŠcie de incubadora de pequenas empresas, lideradas por consultores que vĂŁo criando a sua equipa imobiliĂĄria. Aqui, criam-se todas as condiçþes para que o consultor cresça enquanto empresĂĄrio. Vejamos, “aqui existem equipas imobiOLiULDV GH GH] SHVVRDV FDGD H LVVR VLJQLĂ€FD que a KW Business tem, dentro do grupo, equipas de trabalho que sĂŁo maiores do que algumas empresas imobiliĂĄrias existentes no mercado. DaĂ que os consultores comecem a desenvolver a sua prĂłpria marca, sempre, claro estĂĄ, associada Ă marca KW Business, porque isso ĂŠ uma forma de desenvolvimento do prĂłprio negĂłcio do consultor. Aqui, as pessoas deixam de pensar como vendedores e passam a pensar como empresĂĄrios e toda “a formação que damos ĂŠ nesse sentido. Damos ferramentas para que os consultores deixem de pensar apenas nos seus rendimentos, mas tambĂŠm na forma de gerir o seu negĂłcio. É todo um pensamento empresarial que
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Setor ImobiliĂĄrio
Keller Williams - Business
WUDQVPLWLPRV H TXH VH UHĂ HWH HP FUHVFLmento do prĂłprio consultor e, consequentemente, da prĂłpria marca KW Businessâ€?, avança PatrĂcia Santos. 4XHU VDEHU VH WRGD HVWD Ă€ORVRĂ€D Gi IUXWRV" “O crescimento foi exponencial. Desde que nos tornamos na KW Business passamos de cem pessoas para 350â€?. Miguel Aguiar refere que a KW Business nĂŁo se preocupa em vender franchising e, se repararmos bem, existem poucos market center KW no paĂs. No entanto, cada um destes market center possui mais de cem colaboradores e ĂŠ este coabitar entre consultores que vai permitir a rapidez do negĂłcio. “Ao entrar numa KW vai com certeza encontrar a casa que procura porque nĂŁo existem trĂŞs pessoas a angariar imĂłveis, existem cem. O nosso negĂłcio baseia-se na concentração de talento e por isso os agentes das outras marcas tĂŞm vindo a ter connosco e nos ajudam a crescer porque veem em nĂłs a mais-valia para elevar o seu negĂłcioâ€?. Miguel vai ainda mais longe, quebrando mesmo alguns tabus: “O que faz um vendedor numa imobiliĂĄria tradicional? Troca o tempo por dinheiro e FKHJD DR Ă€P GH RLWR KRUDV GH WUDEDOKR H nĂŁo consegue fazer mais. A grande diferença nesta empresa ĂŠ que existe uma componente de desenvolvimento pessoal e de formação que faz com o consultor nĂŁo seja apenas um, mas consiga criar uma equipa que o apoie e lhe permita ter tempo para ele. Isso faz com que as pessoas construam carreiras e nĂŁo troquem apenas o seu tempo por dinheiro. Se pensarmos bem, um consultor imobiliĂĄrio nĂŁo pode tirar fĂŠrias RX Ă€FDU GRHQWH FDVR FRQWUiULR QmR JDQKD dinheiro. Connosco, para terem vidas que valham a pena tĂŞm esta formação que lhes permite chegar a este nĂvel de produção e ainda ter tempo para eles prĂłprios e para a famĂlia porque vĂŁo ser ensinados a contratar e a gerir pessoas que os podem ajudar nas outras tarefas, tendo tempo para gerir o seu negĂłcio e para a sua vida pessoal. É aqui que a KW faz a diferença e ĂŠ este tipo de pessoas que quer crescer que nĂłs procuramosâ€?.
AnĂĄlise do mercado imobiliĂĄrio by Keller Williams Business
Quem começa esta anĂĄlise ĂŠ mercado imobiliĂĄrio ĂŠ Miguel Aguiar: “Neste momento, o mercado imobiliĂĄrio passou para um mercado de compradores. Fala-se muito de bolha imobiliĂĄria, mas penso que ainda estamos a passos largos desse fenĂłmeno. Os preços ainda nĂŁo sĂŁo os que eram antes da crise e isso faz com que ainda exista bons negĂłcios e estejamos longe da bolha imobiliĂĄria. No entanto, existem zonas nos grandes centros urbanos cujos preços estĂŁo
Mi EDVWDQWH LQĂ DFLRQDGRV PDV LVVR p IUXWR tambĂŠm, do momento que se viveâ€?. Vejamos o caso concreto do Porto. Foi criada uma dinâmica em torno do turismo que permitiu que os investidores procurassem o Porto. “HĂĄ cinco anos atrĂĄs, os motivos para visitar o Porto nĂŁo eram muitos. Hoje, fruto de todo o trabalho de promoção e do investimento no turismo, fazem com que o 3RUWR WHQKD VLGR Ă€[DGR QR PDSD GR WXULVmo mundial. Todas as semanas o porto ĂŠ falado e isso atrai turistas, mas tambĂŠm investimento para a criação de locais de short term rental, de alojamento local, hĂĄ toda uma implosĂŁo desse setor e isso faz com que o investimento na reabilitação e na criação de estruturas de apoio. Ou seja, vale a pena recuperar no porto – e hĂĄ muito investidor que o faz – porque hĂĄ muito turismo a alimentar tudo issoâ€?, admite Carlos Santos. Este crescimento do Porto enquanto destino turĂstico de excelĂŞncia, acaba tambĂŠm SRU VH UHĂ HWLU HP %UDJD" ´6HP G~YLGD Braga começa jĂĄ a ser muito procurado por clientes estrangeiros, algo que ĂŠ atĂpico. E essa procura dĂĄ-se a nĂvel de investidores e de clientes particularesâ€?, admite PatrĂcia. Mas Miguel Aguiar vai ainda mais longe: “Em termos de tempo, viajar do aeroporto para o centro do Porto ou para o centro de Braga ĂŠ quase igual. AlĂŠm disso, Braga tem uma localização privilegiada para os europeus porque estamos a 15 minutos da praia, 15 minutos da montanha e a 30 minutos do porto. Quem vem ao Porto quer tambĂŠm conhecer o norte e isso faz com que todo o setor, turĂstico e imobiliĂĄrio, cresça a reboque do crescimento do Porto enquanto destino turĂstico de excelĂŞnciaâ€?. O crescimento turĂstico de Braga aliado ao
FUHVFLPHQWR H[SRQHQFLDO GD FLGDGH HP Q~mero de habitantes devido Ă criação de esWUXWXUDV GH WHFQRORJLD TXH SHUPLWLX Ă€[DU empresas e pessoas na cidade poderia trazer alguns constrangimentos ao nĂvel da oferta imobiliĂĄria. No entanto, Braga, tem ainda muita oferta, como avança Carlos Santos: “Ao contrĂĄrio do que aconteceu nas principais cidades do paĂs, em Braga o imobiliĂĄrio cresceu bem mais rĂĄpido do que a prĂłpria sociedade. Ou seja, construiu-se demasiado e hĂĄ ainda prĂŠdios inteiros com dez anos para comercializar. Quem quiser viver em Braga, tem com certeza uma casa que corresponde Ă s suas expectativas. AtĂŠ que este mercado sature, vai um longo caminho, atĂŠ porque entretanto a construção continua a existir porque as pessoas querem produtos modernos e aqui entra tambĂŠm a arte do consultor imobiliĂĄrio, de mostrar as mais-valias de adquirir um imĂłvel construĂdo hĂĄ dez anos e que nunca foi habitado. Aqui, temos que jogar com os preços porque mesmo que a casa esteja desatualizada ao nĂvel da estĂŠtica, ĂŠ possĂvel fazer algumas obras e torna-la numa casa moderna, mas muito mais barata do que comprar um apartamento acabado de construirâ€?. Esta mestria acaba por ser apoiada pelas parcerias que a KW Business acaba por criar com parceiros do setor. Neste caso concreto, a KW Business Braga tem uma parceria com o Leroy Merlin que permite que seja criado um projeto de reabilitação/ recuperação de habitaçþes de forma mais simples e isso faz com que o cliente comprador consiga ter, no mesmo espaço, todas as soluçþes que necessita para criar a sua casa de sonho.
Sucesso que se traduz em nĂşmeros
Na KW Business vende-se uma casa a cada PLQXWRV H VHJXQGRV 6mR Q~PHURV impressionantes que se conseguem com a dinâmica criada e com o apoio dado aos consultores. É verdade que a marca se foca no consultor, mas por trĂĄs deste existe uma equipa de marketing que se especializa e o ajuda a vender melhor os imĂłveis, existe um departamento jurĂdico que analisa cada caso e encontra as soluçþes que sejam EHQpĂ€FDV SDUD RV HQYROYLGRV XP GHSDUWDPHQWR Ă€QDQFHLUR TXH OKH Gi DSRLR ² SRU H[HPSOR VH XP FOLHQWH QHFHVVLWDU GH Ă€QDQciamento para a compra de habitação ĂŠ este departamento que trata do assunto, deixando o consultor liberto desta burocracia. AlĂŠm disso, “temos os diretores comerciais que prestam todo o apoio em termos de coaching, de formação, de motivação Estamos a falar de uma mĂĄquina que SHUPLWH DR FRQVXOWRU Ă€FDU OLEHUWR DSHQDV H Vy SDUD ID]HU QHJyFLR 'H IDFWR HVWHV Q~meros alcançam-se com todo este dinamismo e sabendo aquilo que ĂŠ o mercado. As nossas reuniĂľes sĂŁo focadas neste aspeto, VDEHQGR R TXH Ă€]HPRV GHVHQKDPRV RV REjetivos, analisamos o mercado, perceber se o tempo mĂŠdio aumenta ou diminui... No fundo ĂŠ, em todas as reuniĂľes e formaçþes, darmos argumentos para aumentar a sua proposta de valor para que os consultores, junto do cliente, tenham uma apresentação brutal e os clientes nĂŁo tenham quaisquer duvidas que ĂŠ com o consultor KW que quer trabalharâ€?, refere PatrĂcia Santos. Outro ponto importante e diferenciador ĂŠ o facto de, diariamente, os consultores serem lembrados que o cliente nunca deverĂĄ ser esquecido. Muitas vezes, demasiadas
Keller Williams - Business vezes, os agentes imobiliĂĄrios esquecem o cliente na altura em que estes assinam o contrato de exclusividade e apĂłs a assinatura da escritura, o cliente nunca mais volta a ouvir falar da pessoa que lhe vendeu o imĂłvel. Na KW isso ĂŠ impensĂĄvel. “A comunicação com os clientes ĂŠ fundamental. Vendemos a casa mas nĂŁo cortamos relaçþes, temos que manter o contacto durante o tempo porque nunca sabemos quando as necessidades daquele cliente mudam e voltam a precisar dos serviços do consultor. AlĂŠm disso, o consultor tem que saber criar contactos. Ou seja, tem que criar uma rede de contactos que lhe permita nĂŁo estar dependente das oscilaçþes do mercado, mas sim das necessidades que vĂŁo surgindoâ€?. Vejamos, em Portugal, em mĂŠdia, as pessoas mudam de casa de sete em sete anos e se um consultor acompanhar os seus clientes vai conseguir vender diversas casas a XPD Vy IDPtOLD 6H DV SHVVRDV FRQĂ€DUDP QR consultor, seguem-no. Diz-nos Miguel Aguiar que ĂŠ fĂĄcil criar contactos, o difĂcil ĂŠ mante-los, criando uma relação de conĂ€DQoD H LVVR PRVWUD EHP TXH ´D PDUFD p secundĂĄria. O que ĂŠ necessĂĄrio ĂŠ dotar o consultor de ferramentas que o façam gerir HĂ€FD]PHQWH D VXD UHGH GH FRQWDFWRV H WUDQVPLWLU FRQĂ€DQoD DRV VHXV FOLHQWHVÂľ 'DL TXH QD .: %XVLQHVV D Ă€ORVRĂ€D SDVVH tambĂŠm por dar ao cliente aquilo que quer e que tem capacidade de ter. “Se chegar aqui e pedir um T3, nĂłs vamos analisar a situação e vender-lhe um T3 se tiver necessidade disso ou se tem condiçþes para a compra. Se for o caso, atĂŠ lhe dizemos para comprar um T1 ou mesmo para nĂŁo comprarâ€?. Confuso? Esta forma de estar no mercado pode ser confusa para quem estĂĄ habituado a lidar com vendedores, mas na KW lida-se com consultores imobiliĂĄrios e isso faz toda a diIHUHQoD SRLV HVWH SURĂ€VVLRQDO LUi DQDOLVDU e aconselhar a melhor opção para o cliente, seja ele comprador, seja vendedor. E isto vai trazer, com toda a certeza, conĂ€DQoD SDUD R IXWXUR
Deus, FamĂlia e sĂł depois o negĂłcio
A formação ĂŠ, no fundo, a base do sucesso da KW Business. Segundo nos referem os nossos interlocutores, hĂĄ trĂŞs anos consecutivos que a Keller Williams ganha o prĂŠmio da melhor empresa de formação do mundo, atribuĂdo pela Training Magazine. Isto mostra que a KW jĂĄ nĂŁo ĂŠ apenas uma imobiliĂĄria, mas sim uma empresa de desenvolvimento e formação de pessoas que, por acaso, vende casas. “Quando ganhamos o prĂŠmio da terceira melhor empresas para trabalhar em Portugal, referiram que
erĂĄmos a melhor escola de liderança e ĂŠ precisamente isso que somos. Toda a formação que damos ĂŠ focada na liderança, de desenvolvimento pessoal, alicerçada nas casas e porque isso nos permite ter relaçþes com aquela famĂlia durante toda a vidaâ€?. A cultura KW ĂŠ algo que se vive e o contacWR FRP GLiULR FRP HVWDV Ă€ORVRĂ€DV ID] FRP que as pessoas, dentro da KW, sejam muitos homogĂŠneas e partilhem dos mesmos princĂpios e valores. Um destes princĂpios ĂŠ que nenhuma transação poderĂĄ colocar em causa a dignidade e os negĂłcios win win sĂŁo, efetivamente, negĂłcios que permitam que todos os envolvidos ganhem. Apesar de o dinheiro ser essencial, Miguel $JXLDU UHIHUH TXH ´DR Ă€P GH DOJXP WHPpo de as pessoas cĂĄ estarem, o dinheiro passa a ser uma consequĂŞncia do trabalho que se desenvolve e nunca estĂĄ Ă frente dos valores que incutimos em cada um dos consultores. E ĂŠ esse tipo de pessoas que nĂłs queremos porque o quando colocamos o dinheiro Ă frente nunca conseguiremos construir relaçþes duradouras com os clientes e essas pessoas nĂŁo estĂŁo bem dentro desta empresa e sĂŁo convidadas a sairâ€?. PatrĂcia refere ainda que a formação ĂŠ, de facto, um pilar fundamental da KW: “Para terem noção, ao nĂvel da formação, em cada um dos market centers, damos cerca de 100h de formação por mĂŞs. Apesar de nĂŁo ser obrigatĂłria – apenas o primeiro pack de formação ĂŠ exigido – a maioria dos consultores frequenta as formaçþes e, muitos deles, inclusive, repetem as formaçþes. Outro fator que nos distingue ĂŠ o facto de a formação ser absolutamente gratuita para os nossos consultores porque sabemos que o crescimento deles acaba por fazer o nosso crescimentoâ€?. AliĂĄs, “se queremos que os consultores tenham um negĂłcio, que tenham vida, temos que lhes dar cada vez mais ferramentas para que eles possam desenvolver esta Ă€ORVRĂ€D 7RGRV RV GLDV TXHUHPRV DFUHVFHQtar valor Ă nossa equipa porque ĂŠ isso que nos vai fazer crescerâ€?. AlĂŠm disso, existem jĂĄ muitos consultores que sĂŁo tambĂŠm jĂĄ formadores e isto tem dois objetivos muito claros. Por um lado, quem estĂĄ a receber a formação percebe que nĂŁo sĂŁo apenas teorias que estĂŁo a ser debitadas porque a formação estĂĄ a ser dada por alguĂŠm que coloca aqueles princĂpios em causa todos os dias para crescer. Por outro lado, o facto de os consultores terem que se preparar para as formaçþes permite que eles prĂłprios relembrem o que aprenderam e, caso nĂŁo o estejam a fazer, apliquem os ensinamentos. Isto dĂĄ, aos consultores
Setor ImobiliĂĄrio
Responsabilidade Social
A responsabilidade social ĂŠ tambĂŠm um dos grandes pilares da KW. AliĂĄs, outra das marcas distintivas da KW ĂŠ a existĂŞncia de um fundo que cada market center deve ter, chamado de KW Care. Trata-se de um fundo de emergĂŞncia para apoiar qualquer colaborador que tenha uma situação de emergĂŞncia, seja a que nĂvel for. “NĂŁo permitimos que os nossos colaboradores se sintam desamparados e, por isso, o KW Care ĂŠ um elemento fundamental da empresaâ€?, admite PatrĂcia Santos. AlĂŠm disso, e ao nivel da responsabilidade social externa, existe o RED Day – Renovar, Energizar, Doar – executado na segunda quinta-feira de Maio. Nesse dia, a nĂvel mundial, todas as KW fecham portas e dedicam o dia ao voluntariado. Este ano, a KW Business esteve envolvida na reabilitação exterior e interior de alguns espaços da Associação AntĂłnio Cândido, no Porto, na reabilitação do recreio do InfantĂĄrio ÂŤA BeneditaÂť, em Vila do Conde, e na reabilitação de duas habitaçþes de famĂlias carenciadas, em Braga e FamaliFmR (P %UDJD Ă€]HPRV DMXGDPRV DLQGD D UHFXSHUDomR GH XPD SUDoD TXH VH HQFRQWUDYD FRPSOHWDPHQWH GHJUDGDGD H SLQWDPRV Ă€]HPRV XPDV DWLYLGDGHV SDUD DV FULDQoDVÂľ Escolher quem e como ajudar ĂŠ uma tarefa do Conselho de Liderança, mas sĂŁo os prĂłSULRV FRQVXOWRUHV TXH LGHQWLĂ€FDP DV VLWXDo}HV H[LVWHQWHV H FRPXQLFDP DR &RQVHOKR TXH depois, decide o que fazer neste dia tĂŁo especial. formadores, uma noção de responsabiliGDGH H FRQĂ€DQoD TXH VH WUDGX] TXDVH GH LPHGLDWR QRV UHVXOWDGRV SURĂ€VVLRQDLV
Maior Centro ImobiliĂĄrio do Norte
Com capacidade para 350 consultores, a KW Business estå em vias de abrir, em setembro, aquele que serå o maior Centro de Negócios Imobiliårios em Portugal. Localizado nas antigas instalaçþes da Cunha Gomes, na circunvalação, o novo centro de negócios vai permitir à KW Business estar junto de empresas que oferecem soluçþes que compram
imóveis. Com parceiros como a Finsa e gabinetes de arquitetura e design, a KW Business consegue oferecer aos seus clientes um conjunto de serviços que facilitam a aquisição de casa. Mas este projeto mostra bem que a KW Business não Ê apenas uma imobiliåria porque caso contrårio não abriria um local onde nem sequer montra existe. (VWH p XP SURMHWR DUURMDGR VHP G~YLGD mas Ê precisamente disso que a KW Business gosta. Projetos arrojados e que seMDP XP FRQVWDQWH GHVDÀR ( FRQKHFHQGR D KLVWyULD H D ÀORVRÀD GR JUXSR VHUi com certeza, um projeto ganhador.
Reabilitação Urbana e Investimento Imobiliårio
Aquecinox Industries
Qualidade que se sente AmĂŠrico Gomes ĂŠ o rosto de uma empresa que, ao longo de mais de 20 anos, se soube estruturar para se manter no mercado. Conheça a Aquecinox, uma empresa alicerçada na tecnologia e na qualidade e que garantiu, mais uma vez, o estatuto de PME LĂder e de PME ExcelĂŞncia.
mas mesmo assim a equipa desloca-se ao local e faz uma anålise do problema, desenvolvendo depois um relatório que Ê entregue ao cliente e onde consta a razão para determinado produto não funcionar como esperado�. Este serviço, aliado à qualidade GRV SURGXWRV WUD] FRQÀDQoD QD PDUFD ÀDELOLGDGH H DFLPD GH WXGR SUHVWtJLR
Os mercados
AmĂŠrico Gomes, Administrador
Foi em 1996 que AmĂŠrico Gomes decidiu criar uma empresa especializada na produomR GH FXEDV HP DoR LQR[ SDUD R VHWRU YLQtFROD H DJUtFROD HP JHUDO 1R HQWDQWR UDSLGDmente percebeu que o mercado exigia mais e, nessa mesma altura, começou a dar-se o crescimento daquilo que eram as novas formas de energia, nomeadamente os painĂŠis solares H DV ERPEDV GH FDORU 1HVVH PRPHQWR SHUFHbeu que era preciso reestruturar a empresa e redirecionar a atuação da mesma, especializando-se na produção de reservatĂłrios de ĂĄgua quente e fria, vasos de expansĂŁo e termoacumuladores. “Quando tomamos consFLrQFLD GR UXPR TXH GHYHUtDPRV WRPDU D empresa começou a crescer e a desenvolver-se e, assim, acabamos por abandonar quase totalmente a produção de equipamentos SDUD R PHUFDGR DJUtFRODÂľ DYDQoD $PpULFR Gomes. Quando falamos da gama de produtos existentes na Aquecinox, rapidamente percebemos que ĂŠ um setor que exige mĂŁo-de-obra especializada: “Precisamos, alĂŠm de PXLWD WHFQRORJLD GH UHFXUVRV KXPDQRV HVpecializados e capazes de dar resposta Ă s VROLFLWDo}HV e XP VHWRU TXH H[LJH PXLWR cĂĄlculo, muito dimensionamento “, refere, sem esquecer que “existem muitas soluo}HV FKDYH QD PmRÂľ 2X VHMD XP FOLHQWH consegue, com a Aquecinox, ter o produto certo para o local exato. Quando o cliente solicita um fato Ă medida das suas necessidades, “uma equipa desloca-se ao local, tira as medidas e vĂŞ quais as verdadeiras
necessidades do cliente. Depois, na fåbrica faz-se precisamente aquilo que Ê necessårio�. Este serviço, de extremo valor e importância, requer uma equipa de pessoas muito especializada e que estå mesmo à vontade com os equipamentos e o material para que tudo corra na perfeição.
Fator chave: Qualidade
Um dos verdadeiros alicerces do sucesso da Aquecinox ĂŠ, de facto, a qualidade dos seus produtos. E essa qualidade ĂŠ conseguida atravĂŠs da compra de matĂŠria-prima de elevada qualidade. Segundo nos diz AmĂŠrico Gomes, “a qualidade dos nossos produtos nunca poderĂĄ ser posta em causa e para isso fazemos questĂŁo de comprar aço inox e aço carbono – as nossas principais matĂŠrias-primas – em grandes produtos internacionais porque sĂł assim conseguimos garantir a qualidade do produto TXH SURGX]LPRV H WHU FRQĂ€DQoD QR PHVPR H QDV VXDV FHUWLĂ€FDo}HV JDUDQWLQGR Ă€FKDV tĂŠcnicas imaculadas e com os dados mais Ă€iYHLV SRVVtYHOÂľ AlĂŠm disso, na ĂĄrea da produção, o controlo de qualidade ĂŠ apertado e garantido atravĂŠs de vĂĄrias anĂĄlises. Mas a qualidade nĂŁo se vĂŞ apenas na questĂŁo da produção, mas tambĂŠm no apoio dado no pĂłs venda: “Temos, em permanĂŞncia, uma equipa que DSHQDV WUDWD GH DFRPSDQKDPHQWR SyV YHQda que garante que todos os problemas que VXUMDP WHQKDP XPD VROXomR 0XLWDV YH]HV acontece que o problema nĂŁo ĂŠ do produto,
$SHVDU GH QmR WUDEDOKDU GLUHWDPHQWH FRP R FOLHQWH Ă€QDO D $TXHFLQR[ JDUDQWH TXH WRGR R SDtV FRQVHJXH WHU DFHVVR DRV VHXV SURGXWRV atravĂŠs de uma vasta rede de revendedores que garantem a comercialização e a colocaomR GRV SURGXWRV 7KHUFD H 7KHUYD[ DV GXDV marcas registadas da Aquecinox. Consciente de que Portugal ĂŠ o grande mercado da Aquecinox, AmĂŠrico Gomes pretende internacionalizar ainda mais a sua empresa. “Estamos, neste momento, a abrir portas Ă exportação. Temos jĂĄ alguns clientes pela Europa, mas o nosso intuito ĂŠ crescer, ainda mais, fora de portasâ€?. Para isso, ĂŠ preciso tambĂŠm dotar a empresa de estruturas e equipamentos capazes de garantir maior produção. Dai, estar jĂĄ em andamento a ampliação das infraestruturas e R PHOKRUDPHQWR GR SDUTXH GH PiTXLQDV existentes. Desta forma, produzindo mais, serĂĄ ainda mais fĂĄcil entrar em outros mercados da UniĂŁo Europeia.
Surpresas programadas
O futuro, como não poderia deixar de ser, DSUHVHQWD VH EDVWDQWH ULVRQKR 2V SURMHWRV de ampliação do parque de måquinas e das SUySULDV LQVWDODo}HV HVWmR Mi HP DQGDPHQto e isso irå garantir uma maior capacidade GH UHVSRVWD jV VROLFLWDo}HV 1R HQWDQWR AmÊrico Gomes revela que existem ainda DOJXPDV VXUSUHVDV QD FDOKD ´7HPRV SUHvisto o lançamento de novos produtos e marcas, mas para jå não podemos falar muito mais sobre isso. O que interessa Ê TXH FRQWLQXDUHPRV D WUDEDOKDU SDUD GDU DV PHOKRUHV VROXo}HV FRP RV PDLV HOHYDGRV SDGU}HV GH TXDOLGDGH¾ ÀQDOL]D R QRVVR HQtrevistado, aproveitando tambÊm para relembrar que vale a pena comprar o que Ê nacional, garantindo a dinamização da nossa economia e, ao mesmo tempo, garantindo tambÊm a qualidade dos produtos comprados.
$ 7KHUFD p PDUFD SURSULHGDGH GD Aquecinox e devota-se à constante inYHVWLJDomR GH QRYDV VROXo}HV SDUD permitir sempre aos seus clientes ter os produtos mais inovadores aos meOKRUHV SUHoRV $ PDUFD 7KHUFD VXEGLYLGH VH QD SURdução dos seguintes equipamentos: - Termoacumuladores - Termoacumuladores AQS Instantânea - TermoelÊtricos - Depósitos de InÊrcia 7HUPRVVLI}HV
$ 7KHUYD[ p XPD PDUFD UHJLVWDGD GD Aquecinox e dedica-se ao fabrico de vasos de expansão e autoclaves. Os vasos de expansão devem integrar XPD LQVWDODomR VRODU WpUPLFD FRP D Ànalidade de compensarem as dilatao}HV GD iJXD SURYRFDGDV SHOR DTXHFLmento/arrefecimento da mesma. Existem dois tipos de vasos de expanVmR IHFKDGRV H DEHUWRV 1D XWLOL]DomR GRV YDVRV GH H[SDQVmR IHFKDGRV H[LVWH SUHVVmR QR FLUFXLWR enquanto que utilizando vasos de expansão abertos não existe pressão no sistema, uma vez que estes são instalados a altura superior dos depósitos e por isso a ågua quando aumenta de volume devido à temperatura sofre apenas o efeito da gravidade. Os autoclaves servem para manter a rede de ågua fria sempre pressurizada. O autoclave acoplado a uma bomba, corretamente selecionada, Ê a solução pråtica e de fåcil operação, garantindo pressão e vazão constante e FRQWtQXR
IW
Qualidade no pormenor JosÊ Tavares Ê o rosto que apresenta a IW, uma empresa de construção que surge para colmatar uma necessidade sentida pelas principais marcas hoteleiras.
Nascida hĂĄ cerca de quatro anos, a IW aparece como uma lufada de ar fresco no setor da construção civil. Falamos com JosĂŠ Tavares, administrador da empresa, que nos contextualizou o aparecimento da IW, tendo destacado o fato da empresa ter vindo a ganhar terreno gradualmente. Fruto da crise, JosĂŠ Tavares conheceu o antigo proprietĂĄrio da empresa, que aproveitou os seus conhecimentos com clientes da restauração para ir JDQKDQGR WHUUHQR QHVVH PHUFDGR HVSHFtĂ€FR HĂĄ alguns meses a empresa mudou de proprietĂĄrio, tendo convidado JosĂŠ Tavares para administrador, a partir daqui, pretende criar novos mercados tais como Espanha e França. “Sempre estive ligado ao setor da construção e, por isso, fui criando relaçþes com algumas marcas presentes no panorama da hotelaria, como sendo a Segafredo, a Delta, a Nicola, o Grupo Moia ou a Rede Espaço e senti que existia, por parte destas marcas, a vontaGH GH YROWDU D LQYHVWLUÂľ $VVHQWH QD FRQĂ€DQoD que estas marcas tinham em JosĂŠ Tavares, a IW começou a ganhar obras, mesmo que de forma envergonhada. Para ter uma noção, hĂĄ quatro anos atrĂĄs os investimentos eram muito contidos: “O Grupo Carlos Moia fazia cerca de duas lojas por ano, a Delta passou tambĂŠm a investir algo e a Segafredo começou a mostrar interesse em investir. Consciente de que era uma necessidade, começamos a posicionarmo-nos ao lado dos nossos clientes e a criar dinamismo para que o investimento começasse a ser uma realidadeâ€?. Hoje, os investimentos estĂŁo jĂĄ em marcha e as obras sĂŁo uma constante.
JosĂŠ Tavares, Administrador
JosĂŠ Tavares refere que, apesar destas serem obras muito complicadas e com prazos muito apertados, “a IW tem conseguido responder a todas as solicitaçþes e necessidades. Penso que seja esta nossa forma de estar que tem garantido o sucesso da empresa porque os responsĂĄveis pelas marcas sabem que ao nos entregarem uma obra tĂŞm a garantia de que tudo serĂĄ feito de acordo com as suas expectativas pois aqui as necessidades dos clientes sĂŁo sempre o nosso focoâ€?. Esta forma de estar no mercado garante o sucesso da IW, sem sombra de dĂşvidas, mas WUD] WDPEpP DOJXPDV GLĂ€FXOGDGHV -RVp 7Dvares refere que, hoje em dia, o grande entrave ao crescimento da empresa ĂŠ a falta de recursos humanos: “Estamos com imensas GLĂ€FXOGDGHV HP UHFUXWDU PmR GH REUD HVSHcializada. Por um lado, porque Portugal sofre hoje com o fenĂłmeno da imigração, mas tambĂŠm porque nĂŁo temos capacidade de contratar para a nossa empresa, mas nĂŁo deixamos de precisar, esporadicamente, de pessoal especializado, mediante o nĂşmero de obras que temos, e nĂŁo nos ĂŠ possĂvel recrutar por determinado tempo. AlĂŠm disso, tePRV WDPEpP WLGR PXLWD GLĂ€FXOGDGH HP IDzer subcontratação porque as prĂłprias empresas estĂŁo cheias de trabalho e muitas vezes nĂŁo nos conseguem garantir os serviços e produtos que necessitamosâ€?. Apesar de tudo, JosĂŠ Tavares refere que os recursos hu-
manos da IW sĂŁo de excelĂŞncia, dando tudo por tudo para que as obras se façam e os prazos sejam cumpridos, mesmo que isso implique trabalho fora de horas ou demasiado tempo afastados da famĂlia. Um esforço que merece reconhecimento e que JosĂŠ Tavares nĂŁo deixa passar em branco. No que diz respeito a obras propriamente ditas, a IW faz obras com projeto prĂłprio ou com projetos dos prĂłprios clientes. “Temos a capacidade de fornecer um serviço chave na mĂŁo, com projeto incluĂdo. Como estamos tambĂŠm muito ligados Ă restauração, sabemos exatamente o que o setor necessita e isso facilita na hora de desenhar um projeto. AlĂŠm disso, possuĂmos produção de equipamentos hoteleiros e isso dĂĄ-nos a capacidade de produzir precisamente aquilo que o cliente necessita, fugindo um pouco Ă s medidas VWDQGDUWÂľ DĂ€DQoD O grande foco da atividade da IW sĂŁo as lojas e os quiosques das marcas, mas nem sĂł disso vive a empresa, trabalhando tambĂŠm em projetos impares e de uma visibilidade tremenda. É o caso das mais recentes obras para a Delta: “A Delta tem algumas carrinhas de distribuição que jĂĄ ultrapassaram a quilometragem aceitĂĄvel e, entĂŁo, transforma-as e envia-nos para fazermos todo o projeto de reconversĂŁo das carrinhas em pequenos espaços de restauração. NĂłs fazemos toda a reconversĂŁo da carrinha, colocando todo o equipamento hoteleiro, dotando o espaço de infraestruturas internas necessĂĄrias ao bom funcionamento da carrinha como espaço hoteleiro, a decoração e, ainda, toda a parte burocrĂĄtica que permite a utilização destas carULQKDV SDUD Ă€QV KRWHOHLURVÂľ $R FRORFDU uma carrinha para reconversĂŁo na IW, a Delta sabe que nĂŁo terĂĄ que se preocupar com nada e quando a carrinha for entregue, estarĂĄ pronta para ser colocada no espaço destinado a ele, sem complicaçþes ou problemas. É este esforço e dedicação que a IW coloca em todos os seus projetos que faz com que a empresa tenha vindo a crescer, paulatinamente, ao longo destes quatro anos.
A marca da diferença
Como pode imaginar, fazer uma obra dentro de um centro comercial ou de um aeroporto nĂŁo ĂŠ propriamente fĂĄcil. Quer pelos acessos, quer pelas horas a que ĂŠ possĂvel fazer obras. No entanto, “jĂĄ andamos neste mercado hĂĄ muitos anos e sabemos como nos de-
Reabilitação Urbana e Investimento Imbiliårio
vemos comportar e movimentar dentro destes espaços. Sabemos os constrangimentos existentes nos aeroportos, o que ĂŠ necessĂĄrio assegurar, sabemos tambĂŠm que nos centros comerciais temos que ter muitos cuidados com obras durante o dia e que os quiosques sĂł podem ser colocados durante a noiteâ€?. Assim, na IW trabalha-se de acordo com as necessidades de cada cliente e do espaço onde as lojas ou quiosques vĂŁo ser construĂdos. AlĂŠm disso, e fruto da experiĂŞncia de mais de 20 anos no setor, “sei que muitas vezes as coisas nĂŁo sĂŁo o que aparentam ser. Por exemplo, nĂŁo podemos fazer um projeto apenas baseado nas plantas que nos sĂŁo fornecidas porque muitas vezes essas plantas nĂŁo estĂŁo atualizadas. É necessĂĄrio ir ao local, perceber qual a verdadeira dimensĂŁo do HVSDoR YHULĂ€FDU VH WRGDV DV FDUDFWHUtVWLFDV tĂŠcnicas estĂŁo salvaguardadas “, avança o nosso entrevistado. HĂĄ todo um conjunto de situaçþes que sĂŁo necessĂĄrias salvaguardar antes de a obra se iniciar para que nĂŁo existam derrapagens, quer orçamentais, quer de prazos.
A IW no futuro
A histĂłria ĂŠ cĂclica e, por isso mesmo, o mais QDWXUDO p TXH XPD QRYD FULVH HFRQyPLFD H Ă€nanceira possa assolar o nosso paĂs. Assim, e como forma de garantir a continuidade da empresa, JosĂŠ Tavares tem alguns projetos que gostaria de concretizar o mais breve possĂvel. O futuro passa, entĂŁo, pela internacionalização da empresa para que o mercado alvo passe a ser maior do que ĂŠ, atualmente. No entanto, JosĂŠ Tavares refere que para que LVVR DFRQWHoD p QHFHVViULR FHUWLĂ€FDU SURFHVVRV e serviços e isso nĂŁo estĂĄ a ser fĂĄcil porque a burocracia ĂŠ demasiada: “Precisamos, antes de mais, licenciar as nossas instalaçþes para Ă€QV LQGXVWULDLV 1R HQWDQWR HVWDPRV Ki FHUFD de ano e meio para conseguir ter a licença da autarquia e sem isso nĂŁo conseguimos avançar com o licenciamento das instalaçþes e FRQVHTXHQWH FHUWLĂ€FDomR GD HPSUHVD H GRV VHUYLoRVÂľ Ă€QDOL]D R QRVVR LQWHUORFXWRU QD HVperança que esta situação se resolva o mais rapidamente possĂvel e que a IW possa continuar o seu caminho ascendente.
Reabilitaรงรฃo Urbana e Investimento Imobiliรกrio
Reabilitaรงรฃo Urbana
Reabilitaรงรฃo Urbana O tecido urbano tem vindo tem vindo a degradar-se decorrente do envelhecimento natural... 2V DQRV TXH SDVVVDP DRV ROKRV GRV KDELWDQWHV H UHร HWHP VH QDV IDFKDGDV GRV HGLItFLRV TXH HOHV KDELWDP GR LQWHULRU GDV VXDV FDVDV TXH Mi QmR WrP DV IXQFLRQDOLGDGHV GH RXWURV WHPSRV QRV PXURV TXH UHVHUYDP RV HVSDoRV H[WHULRUHV nos seus logradouros. 7RUQRX VH LPSUHVFLQGtYHO WUDWDU RV LPyYHLV TXH JXDUGDP D KLVWyULD GD FLGDGH H GH WDQWDV IDPtOLDV )RL QHVVD DOWXUD TXH VH FRPHoRX D LPSOHPHQWDU R FRQFHLWR GH 5HDELOLWDomR 8UEDQD 2 FRQFHLWR GH UHDELOLWDomR XUEDQD UHIHUH VH jV LQWHUYHQo}HV QHFHVViULDV QXP HGLItFLR RX SURSULHGDGH GH IRUPD D WRU Qi OR KDELWiYHO RX DSWR SDUD XP UDPR GH QHJyFLR ,PSOLFD REUDV GH EHQHร FLDomR TXH YLVDP DXPHQWDU D YLGD ~WLO GR LPyYHO H R VHX YDORU PHOKRUDQGR D TXDOLGDGH GH YLGD GRV KDELWDQWHV H FRPHUFLDQWHV 1XPD HUD HP TXH R KRPHP VH SUHRFXSD FDGD YH] PDLV FRP R DPELHQWH D LPSOHPHQWDomR GH PHGLGDV TXH WRUQHP RV LPyYHLV PDLV Hร FLHQWHV D QtYHO HQHUJpWLFR H DPELHQWDOPHQWH VXVWHQWiYHLV WRUQRX VH XPD UHDOLGDGH )D] SDUWH GHVWH FRQFHLWR D H[HFXomR GH LQVWDODo}HV H VLVWHPDV GH VHUYLoRV HTXLSDPHQWRV H DFDEDPHQWRV DSURYHLWDQ GR DSHQDV RV WRVFRV GR HGLItFLR DQWLJR SUHVHUYDQGR DR PHVPR WHPSR DV SDUWHV RX FDUDFWHUtVWLFDV TXH WUDQVPLWHP RV VHXV YDORUHV KLVWyULFR FXOWXUDO H DUTXLWHFWyQLFR
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MinistĂŠrio do Mar
Economia do Mar: O futuro! Foi no dia 3 de Junho que se deu o Encontro Internacional dos Oceanos, altura em que a Ministra do Mar reforçou a importância de Portugal naquilo que Ê a Governação dos Oceanos.
Ana Paula Vitorino, Ministra do Mar
Segundo discursou Ana Paula Vitorino, Portugal tem, e assume, as suas responsabilidades naquilo que ĂŠ a governação dos Oceanos, como sendo um Estado com uma das maiores ĂĄreas marĂtimas da UE, com a sua vocação Atlântica, com a enorme diversidade de recursos biolĂłgicos, geolĂłgicos e geostratĂŠgicos, como sendo uma nação historicamente PDUtWLPD SHOD TXDOLĂ€FDomR GRV VHXV UHcursos humanos na ĂĄrea das ciĂŞncias e tecnologias do mar, como nação que percebe e defende a Governação do Oceano tem que ser acordada e implementada em cooperação internacional Os temas escolhidos deste Encontro Internacional dos Oceanos foram a Economia do Mar, a CiĂŞncia e Inovação no Oceano e a Cultura e Literacia dos Oceanos. De acordo com as palavras de Ana Paula Vitorino, a economia do mar HFRQRPLD D]XO WHP PDUJHP GH FUHVFLmento, muito no setor portuĂĄrio e do transporte marĂtimo ou do turismo, mas SUHFLVD DLQGD DVVLP GH PD[LPL]DU D SURdutividade e sustentabilidade das suas atividades tradicionais. Achamos que LVVR Vy SRGH VHU IHLWR DWUDYpV GR ´FUX]Dmento produtivoâ€? de algumas dessas DWLYLGDGHV VHMD QDV ]RQDV FRVWHLUDV ]Rnas de marinas e portos) seja nas ĂĄreas de offshore atravĂŠs de um “planeamenWR RUGHQDPHQWR HVSDFLDO GDV ]RQDV PDUtWLPDVÂľ FRP ]RQDV GHGLFDGDV D DWLYLGD-
GHV HVSHFtĂ€FDV PDV WDPEpP D PXOWLXVRV (ex. energia/aquacultura), ou com a utiOL]DomR GH ´SODWDIRUPDV RIIVKRUH PXOtiusosâ€? onde atividades como a produção energĂŠtica, a aquacultura ou a inYHVWLJDomR FLHQWtĂ€FD SRVVDP VHU FRH[LVtentes, coordenadas e criadoras de novas cadeias de valor econĂłmico, FRPR PHQRV XWLOL]DomR H[WHQVLYD GR HVpaço marĂtimo e menos impacto ambiental. Nas atividades emergentes da economia do mar, Portugal, em linha FRP DV GLUHWUL]HV LQWHUQDFLRQDLV H HXURpeias nomeadamente o Crescimento $]XO %OXH *URZWK WDPEpP DSRVWD HP ĂĄreas como a biotecnologia ou a mineração dos fundos marinhos, mas aĂ, por falta de informação histĂłrica e empĂrica, ĂŠ onde se requer maior aposta no conheFLPHQWR FLHQWtĂ€FR FRPR EDVH SDUD D WRmada de decisĂľes, sejam de carĂĄcter econĂłmico, ambiental ou de soberania, sobre os recursos e espaçosâ€?. De salientar que o “Objetivo do Desenvolvimento SustentĂĄvel 14â€? do sistema das Naçþes Unidas, prevĂŞ a “Conserve and sustainably use the Oceans, seas and marine resources for sustainable devĂŠlĂłpmentâ€? e ĂŠ “neste contexto que o &RQKHFLPHQWR &LHQWtĂ€FR p LQXOWUDSDVsĂĄvel, e nĂŁo tem sido completamente DSURYHLWDGR H YDORUL]DGR QRV SURFHVVRV de planeamento e gestĂŁo do oceanoâ€?. A falta de conhecimento do que existe no
Oceano ĂŠ precisamente o que leva Ă necessidade de recolher mais dados “sobre RV UHFXUVRV PDULQKRV H D VXD ORFDOL]DomR mas precisamos tambĂŠm de ir para lĂĄ de XPD LGHQWLĂ€FDomR ELRItVLFD GRV UHFXUVRV H DVVXPLU XPD LGHQWLĂ€FDomR HFRQyPLFD H social com o ambiente marinho, para que seja um planeamento e gestĂŁo nĂŁo conserYDFLRQLVWD GH QmR PH[HU PDV GH XWLOL]Dção sustentĂĄvel (de usar e proteger o recurso). É por isso que achĂĄmos imprescinGtYHO WUD]HU SDUD HVWH HYHQWR XP GHEDWH sobre ciĂŞncia e tecnologia do mar nas suas componentes biolĂłgicas e tecnolĂłgica, porque ambas nos podem abrir essas perspetivas de desenvolvimento sustentĂĄvelâ€?. Conhecer o que existe e o seu potencial, “e as novas tecnologias que nos permitirĂŁo ser o menos intrusivo e impactante possĂvel no ambiente marinho. Simultaneamente estas novas tecnologias SRGHUmR FULDU XPD QRYD Ă€OHLUD GH QHJycio, o que poderĂĄ originar novas empresas ou a reconversĂŁo de existentes, como por exemplo a construção naval, que poGHUmR GLYHUVLĂ€FDU R VHX QHJyFLR SDUD D construção de equipamentos subaquĂĄticos de exploração e prospeção ou de produção energĂŠticaâ€?, avança a Ministra. SĂł conhecendo o que estĂĄ abaixo da superfĂcie ĂŠ possĂvel usufruir desse potencial de uma forma sustentĂĄvel, protegendo o capital natural e serviços dos ecossistemas marinhos, essencial para uma verGDGHLUD ´(FRQRPLD $]XOÂľ 0DV D 0LQLVWUD YDL PDLV ORQJH ´$VVXPLPRV R GHVDĂ€R do conhecimento: É este o garante da exploração econĂłmica sustentĂĄvel dos recursos oceânicos, com maior probabilidade de retorno efetivo para as populaçþes. Possuir conhecimento exige um investimento estratĂŠgico na investigaomR FLHQWtĂ€FD OLJDGD DR 0DU PDV D PpGLR H ORQJR SUD]R SRVVLELOLWD XP FUHVFLmento mais sustentĂĄvel e duradouro. Para isso temos em marcha um conjunto de programas e iniciativas que visam a TXDOLĂ€FDomR DYDQoDGD GRV UHFXUVRV KXmanos e das Infraestruturas tecnolĂłgicas, onde se prevĂŞ a criação de um ObservatĂłrio para o Atlântico, dedicado ao conhecimento e exploração do mar profundo a situar no centro do Atlântico na RegiĂŁo AutĂłnoma dos Açoresâ€?.
Economia do Mar JosĂŠ ApolinĂĄrio: “Diminuição dos recursos reflete-se nos resultados de 2016â€?
Dados do INE apontam que foram pouco mais de 124 toneladas de peixe capturado pela frota nacional em 2016, a segunda mais baixa em 48 anos. No entanto, apesar destes nĂşmeros, os valores foram bastante superiores Ă mĂŠdia. JosĂŠ ApolinĂĄrio, secretĂĄrio de estado das Pescas, referiu, no decorrer da 7.ÂŞ edição B2S/FĂłrum do Mar, a decorrer atĂŠ terça-feira, na Alfândega do Porto, que estes nĂşmeros se devem ao estado dos recursos: “HĂĄ uma efetiva redução do atum nas regiĂľes autĂłnomas e o limite imposto Ă pesca da sardinha tem afetado os nĂşmeros, sem dĂşvidaâ€?, refere, aproveitando o momento para relembrar que ĂŠ preciso tambĂŠm analisar o nĂşmero das pescas de embarcaçþes portuguesas em pesqueiros externos que subiram 1% face a perĂodo homĂłlogo. 2 JUDQGH GHVDĂ€R UHIHUH R VHFUHWirio de estado, ĂŠ desenvolver mecanismos de cogestĂŁo para recuperar stocks de forma sustentĂĄvel, contando para isso com os meios cienWtĂ€FRV H FRP DV RUJDQL]Do}HV GH produtores. JosĂŠ ApolinĂĄrio refere ainda que o desenvolvimento da aquicultura ĂŠ tambĂŠm fundamental e estratĂŠgico para o paĂs e, nesse sentido, o GoYHUQR WHP DSRVWDGR QD GHĂ€QLomR de ĂĄreas para a atividade e na simSOLĂ€FDomR GH SURFHVVRV
Economia do Mar
PROGRAMA OPERACIONAL MAR 2020
Um paĂs, um mar de financiamentos Teresa Almeida, Gestora do Programa Operacional Mar 2020
Portugal, um paĂs com o mar a seus pĂŠs, dispĂľe de apoios do Fundo Europeu dos Assuntos MarĂtimos e das Pescas, que pĂ´s ao serviço da economia do mar atravĂŠs do Programa Operacional Mar 2020, com o objetivo de “promover a competitividade baseada na inovação e no conhecimento, de assegurar a sustentabilidade econĂłmica, social e ambiental do sector da pesca e da aquicultura e de contribuir para o desenvolvimento das zonas costeiras, atravĂŠs do aumento do emprego e da coesĂŁo territorialâ€? esclarece Teresa Almeida, Gestora do referido Programa Operacional, em entrevista ao PaĂs Positivo.
Em que consiste o Programa Operacional Mar 2020? O Programa Operacional Mar 2020 insere-se no Acordo de Parceria celebrado entre a ComissĂŁo Europeia e Portugal, denominado Portugal 2020, que reĂşne a atuação dos 5 Fundos Europeus Estruturais e de Investimento, dentre os quais o Fundo Europeu dos Assuntos MarĂtimos e das Pescas (FEAMP), sob o signo da Crescimento Inteligente, SustentĂĄvel e Inclusivo e com vista Ă prossecução da EstratĂŠgia Europa 2020. 4XDLV RV YDORUHV GH Ă€QDQFLDPHQWR atribuĂdos a este programa operacional? O Programa Operacional Mar 2020 dispĂľe de 508 milhĂľes de euros para apoios pĂşblicos, dos quais 392 milhĂľes de euros correspondem Ă comparticipação do Fundo Europeu dos Assuntos MarĂtimos e das Pescas e 116 milhĂľes de euros correspondem Ă comparticipação nacional. Esta dotação de 508 milhĂľes de euros estĂĄ repartida por sete prioridades estratĂŠgicas: Promover uma pesca ambientalmente VXVWHQWiYHO HĂ€FLHQWH HP WHUPRV GH UHcursos, inovadora, competitiva e baseada no conhecimento; Promover uma aquicultura, tambĂŠm ela, DPELHQWDOPHQWH VXVWHQWiYHO HĂ€FLHQWH em termos de recursos, inovadora, competitiva e baseada no conhecimento; Fomentar a execução da PolĂtica Comum das Pescas, atravĂŠs da melhoria dos coQKHFLPHQWRV FLHQWtĂ€FRV GD UHFROKD H JHVtĂŁo de dados e do controlo da atividade da pesca; Aumentar o emprego e a coesĂŁo territorial; Promover a Comercialização e a Transformação dos Produtos da Pesca e da Aquicultura; Fomentar a execução da PolĂtica MarĂtima Integrada; e AssistĂŞncia tĂŠcnica. AtĂŠ que datas podem ser submetidas as candidaturas? Podem ser apresentadas candidaturas durante todo o perĂodo de programação, que decorre atĂŠ 2020, sendo que as desSHVDV VmR HOHJtYHLV SDUD FRĂ€QDQFLDPHQWR pelo Mar 2020 atĂŠ 31 de dezembro de 2023, o que permite que a execução dos
REPĂšBLICA PORTUGUESA MAR
~OWLPRV SURMHWRV FRĂ€QDQFLDGRV SRVVD prolongar-se atĂŠ esta data. Pese embora o atual perĂodo de programação tenha tido inĂcio em 1 de janeiro de 2014, o Programa Operacional Mar 2020 apenas foi aprovado pela ComissĂŁo Europeia em 30 de novembro de 2015. Com estas oportuQLGDGHV GH Ă€QDQFLDPHQWR SUHWHQGHPRV potenciar o crescimento inteligente, sustentĂĄvel e inclusivo dos setores da pesca e da aquicultura, aumentar a consciĂŞncia ambiental, estimular a criação de emprego, promover a competitividade daqueles setores, alavancar investimento privado nestes domĂnios e, com isto, dinamizar a economia do mar e aumentar o seu peso na economia nacional. A missĂŁo da Autoridade de GestĂŁo prende-se apenas com a receção e aprovação das candidaturas? A Autoridade de GestĂŁo do Mar 2020 tem como missĂŁo, a gestĂŁo, controlo, acompanhamento e execução do Programa Operacional Mar 2020, garantindo a correta utilização dos fundos disponĂveis nas diversas ĂĄreas de intervenção e SURFXUDQGR PD[LPL]DU RV UHVXOWDGRV Ă€nais em linha com os objetivos que referi, estimulando a inovação, aumentando a consciĂŞncia ambiental e potenciando mais e melhor investimento no setor das pescas e da aquicultura. As parcerias envolvem os agentes do setor ou estĂŁo abertas janelas de oportunidade para outros players? As medidas de apoio estĂŁo mais vocacionadas para os agentes do setor da pesca e da aquicultura. No entanto, ĂŠ fomentada a constituição de parcerias entre os diversos RSHUDGRUHV GR VHWRU H R PHLR FLHQWtĂ€FR porque efetivamente se pretende trazer inovação para a pesca e para a aquicultura, ao nĂvel dos mĂŠtodos, dos processo e dos produtos. Queremos apostar nesta vertente de forma a combater a ideia de que a investigação estĂĄ desfasada da realidade. Muitas vezes a elegibilidade das operaçþes e/ou o nĂvel dos apoios dependem da existĂŞncia de uma parceria com orgaQLVPRV FLHQWtĂ€FRV RX WpFQLFRV RX GD H[LVtĂŞncia de uma dimensĂŁo de inovação no projeto.
PROGRAMA OPERACIONAL MAR 2020 AlÊm deste envolvimento indireto de LQVWLWXLo}HV FLHQWtÀFDV RX WpFQLFDV FDVRV hå em que as próprias universidades e centros de investigação podem candidatar-se diretamente a apoios do Mar 2020. Por outro lado, no âmbito do Desenvolvimento Local de Base Comunitåria pode vir D EHQHÀFLDU GH DSRLRV XP FRQMXQWR PXLWR GLYHUVLÀFDGR GH DJHQWHV ORFDLV QmR GLUHWDmente relacionados com os setores da pesca da aquicultura e em åreas que não apenas as da pesca e da aquicultura, como seja a do turismo. De resto, os Grupos de Ação Local consubstanciam uma parceria de agentes locais de natureza diversa, públicos e privados, que podem tambÊm eles EHQHÀFLDU GH DSRLRV GR 0DU
O número de candidaturas aprovadas corresponde ao que foi previsto quando este programa foi desenhado? AtÊ 30 de abril deram entrada 1396 candidaturas, das quais 1062 jå estão aprovadas. Esse volume de candidaturas excede, nalguns casos, as metas previstas no Programa Operacional. Neste momento jå temos comprometidos 30% do Fundo e jå asseguråmos pagamentos aos EHQHÀFLiULRV QD RUGHP GRV R TXH UHà HWH XPD JUDQGH DGHVmR DR SURJUDPD H tambÊm då nota do esforço que temos feito no sentido de pôr estes apoios ao serviço do setor e da economia do mar. Temos uma primeira meta de execução a
cumprir em 2018 que, face ao volume de compromissos e de execução jĂĄ alcançado nĂŁo nos traz preocupação quanto ao cumprimento dos objetivos. Os anĂşncios e candidaturas sĂŁo efetuados online? Os avisos de abertura de candidaturas e respetivos formulĂĄrios sĂŁo disponibilizados online. NĂŁo hĂĄ histĂłrico em anteriores perĂodos de programação e na ĂĄrea dos apoios Ă pesca e aquicultura de candidaturas eletrĂłnicas e procedimento de anĂĄlise, seleção, controlo e acompanhamento de operaçþes desmaterializado, pelo que nĂŁo encontrĂĄmos uma Autoridade de GestĂŁo minimamente apetre-
Economia do Mar
chada para garantir esse procedimento PDLV VLPSOLĂ€FDGR H DPLJiYHO SDUD RV EHQHĂ€FLiULRV H GLJD VH SDUD D SUySULD JHVtĂŁo. Por isso, um dos grandes objetivos que temos ĂŠ precisamente o de assegurar a total desmaterialização dos processos de candidatura, em benefĂcio dos promotores e da Administração. Queremos, de resto, que tambĂŠm os Grupos de Ação /RFDO ² 3HVFD EHQHĂ€FLHP GHVWH HVIRUoR podendo garantir nos respetivos territĂłrios a abertura e tramitação de candidaWXUDV GH IRUPD VLPSOLĂ€FDGD H DPLJiYHO SDUD RV SRWHQFLDLV EHQHĂ€FLiULRV(VWD p por isso, uma ambição expressa no nosso orçamento e nos objetivos traçados para 2018.
PRIORIDADES ESTRATÉGICAS DO PROGRAMA OPERACIONAL MAR 2020 PRIORIDADE 1
Promover uma pesca ambientalmente VXVWHQWiYHO HĂ€FLHQWH HP WHUPRV GH UHFXUsos, inovadora, competitiva e baseada no conhecimento. DOTAĂ‡ĂƒO FINANCEIRA: 151 milhĂľes de euros Medida 1 – Investimentos a bordo e seletividade Medida 2 – Apoio ao arranque da atividade de jovens pescadores Medida 3 – Inovação e conhecimento Medida 4 – Proteção e restauração da biodiversidade Medida 5 – Investimentos em portos de pesca, locais de desembarque, lotas e abrigos Medida 6 – Promoção do capital humano Medida 7 – Cessação temporĂĄria das atividades de pesca 0HGLGD ² 'LYHUVLĂ€FDomR GR UHQGLPHQWR 0HGLGD ² ,PRELOL]DomR GHĂ€QLWLYD GDV DWLvidades de pesca PRIORIDADE 2
Promover uma aquicultura ambiental PHQWH VXVWHQWiYHO HĂ€FLHQWH HP WHUPRV GH recursos, inovadora, competitiva e baseada no conhecimento. DOTAĂ‡ĂƒO FINANCEIRA: 79 milhĂľes de euros Medida 1 – Desenvolvimento sustentĂĄvel da aquicultura Medida 2 – Desenvolvimento dos sĂtios aquĂcolas Medida 3 – Aquicultura biolĂłgica e serviços ambientais Medida 4 – Medidas de saĂşde pĂşblica Medida 5 – Promoção da saĂşde e do bem-estar animal Medida 6 – Constituição de seguros das populaçþes aquĂcolas Medida 7 – Promoção do capital humano e ligação em rede PRIORIDADE 3
PRIORIDADE 4
Medida 5 – Planos de compensação à Região Autónoma da Madeira(RAM) Medida 6 – Ajuda ao armazenamento dos produtos da pesca PRIORIDADE 6
Aumentar o emprego e a coesĂŁo territorial. DOTAĂ‡ĂƒO FINANCEIRA: 41 milhĂľes de euros Medida 1 – DLBC – Apoio preparatĂłrio Medida 2 – Custos operacionais e animação Medida 3 – Execução das EDL Medida 4 – Atividades de cooperação internacional PRIORIDADE 5
Fomentar a execução da polĂtica marĂtima integrada. DOTAĂ‡ĂƒO FINANCEIRA: 7 milhĂľes de euros Medida 1 – Execução da PolĂtica MarĂtima Integrada no domĂnio da Vigilância MarĂtima Integrada Medida 2 – Execução da polĂtica marĂtima integrada para a melhoria do conhecimento marinho PRIORIDADE 7
Fomentar a execução da polĂtica comum das pescas, atravĂŠs da melhoria dos coQKHFLPHQWRV FLHQWtĂ€FRV GD UHFROKD H JHVtĂŁo de dados e do controlo da atividade da pesca. DOTAĂ‡ĂƒO FINANCEIRA: 67 milhĂľes de euros Medida 1 – Apoio ao controlo e inspeção relativo Ă PolĂtica Comum das Pescas Medida 2 – Recolha de dados no Quadro da PolĂtica Comum das Pescas
Promover a comercialização e a transformação dos produtos da pesca e aquicultura. DOTAĂ‡ĂƒO FINANCEIRA: 132 milhĂľes de euros Medida 1 – Planos de produção e comercialização Medida 2 – Desenvolvimento de novos mercados, promoção e comercialização Medida 3 – Transformação dos produtos da pesca e aquicultura Medida 4 – Planos de compensação Ă RegiĂŁo AutĂłnoma dos Açores (RAA)
AssistĂŞncia tĂŠcnica. DOTAĂ‡ĂƒO FINANCEIRA: 30 milhĂľes de euros Medida 1 – AssistĂŞncia tĂŠcnica
Economia do Mar
Docapesca
Docapesca: O sabor do mar atĂŠ ao seu prato
É a faina dos pescadores a bordo da embarcação. AlguĂŠm grita: “Puxem!â€? Ele viu um forte esticĂŁo na rede, começa a azĂĄfama de braços que se cruzam para retirar o peixe que saltita. â€œĂ‰ fresco e vivinho, venha cĂĄ freguesa.â€? Grita a varina. Este era o circuito comercial de outros tempos. Hoje, ĂŠ a Docapesca que promove a qualidade do pescado, garantindo as condiçþes adequadas nas lotas e postos de venda do pescado, para que Ă nossa mesa sĂł chegue o melhor, o melhor do peixe portuguĂŞs. Do mar ao prato, em entrevista com Teresa Coelho, a Presidente do Conselho de Administração da Docapesca.
SĂŠrgio Faias, membro do CA da Docapesca e Teresa Coelho, Presidente do CA
Qual o balanço que a Docapesca faz deste Ăşltimo ano? AcabĂĄmos o ano de 2016 com um resultado muito positivo. No que respeita Ă s vendas de pescado, foram transacionadas menos 13.500 toneladas mas com um acrĂŠscimo no valor face a 2015, de 7.500 euros, o TXH VLJQLĂ€FD XPD YDORUL]DomR GR SURGXWR na primeira venda. Sabemos que se esbaWHX D GLIHUHQoD GR SURGXWRU SDUD R FRQVXPLGRU Ă€QDO 1D QRVVD RSLQLmR R SHVFDGR HVWi PDLV YDORUL]DGR QD SULPHLUD YHQGD HP ORWD SRUTXH WrP VLGR UHDOL]DGDV XP FRQMXQWR GH LQWHUYHQo}HV VLJQLĂ€FDWLYDV DR nĂvel das suas infraestruturas e, tambĂŠm, Do}HV GH VHQVLELOL]DomR jV ERDV SUiWLFDV QR PDQXVHDPHQWR H FRQVHUYDomR GR SHVFDGR junto dos armadores e compradores de pescado, bem como junto do pĂşblico em geral. A Senhora Ministra do Mar deu-nos RULHQWDo}HV PXLWR FODUDV SDUD LQWURGX]LU melhorias em diferentes ĂĄreas na Docapesca, nomeadamente, ao nĂvel da sustentabiOLGDGH TXH p XP GRV YHWRUHV GH DWXDomR GR MinistĂŠrio. Assim, continuaremos a requaOLĂ€FDomR GDV ORWDV SDUD JDUDQWLU XPD PHOKRU TXDOLGDGH QD PDQXWHQomR GD FDGHLD
de frio e do cumprimentos de todas as reJUDV GD VHJXUDQoD DOLPHQWDU EHP FRPR D VHQVLELOL]DomR j DGRomR GH ERDV SUiWLFDV por parte de todos os agentes envolvidos no circuito de pescado. Quais as açþes que estão a desenvolver para a valorização do setor? Porto de Pesca da NazarÊ
(VWDPRV D FHUWLĂ€FDU GXDV ORWDV QR kPELWR GD ,62 )LJXHLUD GD )R] H 3yYRD GR 9DU]LP &RPR D ORWD GH 3HQLFKH HVWi FRP um volume de vendas extraordinĂĄrio, HVWDPRV D LQWURGX]LU QRYRV PHFDQLVPRV de venda, projetos inovadores ao nĂvel da rastreabilidade, melhorar os circuitos, GHVLJQDGDPHQWH HP PDWpULD GH UDSLGH] na entrega de pescado. Temos um projeto de sustentabilidade com duas grandes UHGHV GH GLVWULEXLomR D UHWDOKR TXH VmR nossas parceiras, com o objetivo de virPRV D LQWURGX]LU XP 45 &RGH TXH SHUPLWD YLVXDOL]DU WRGR R FLUFXLWR GR SHVFDGR 2 QRVVR 3ODQR GH ,QYHVWLPHQWRV (VSHFtĂ€FRV DWp FRQWHPSOD D FRQWLQXDomR GR PHOKRUDPHQWR GDV FRQGLo}HV GDV ORWDV H GRV SRVWRV H D XQLIRUPL]DomR GRV locais onde existe venda de pescado, com vista a garantir as adequadas condio}HV KLJLRVDQLWiULDV H D SUHVHUYDU D TXDlidade do pescado, porque um produto com melhor qualidade atinge um melhor SUHoR SHOR UHFRQKHFLPHQWR QR FRQVXPLGRU Ă€QDO $OpP GLVVR WHQWDPRV YDORUL]DU R SHL[H GH 3RUWXJDO JDUDQWLQGR D VXD qualidade e frescura em todo o percurso GHQWUR GDV QRVVDV LQVWDODo}HV $GLFLRQDOmente, com o objetivo de transferir valor para o setor, temos participado em diversas feiras internacionais, em Espanha, InJODWHUUD )UDQoD %pOJLFD $OHPDQKD &DER 9HUGH H (8$ %RVWRQ QHVWH ~OWLPR FDVR WHQGR VLGR D SULPHLUD YH] TXH 3RUWXJDO HVWHYH SUHVHQWH FRP XP SDYLOKmR
Docapesca SUySULR HP TXH R IHHGEDFN GRV HPSUHsĂĄrios foi muito bom e onde estiveram presentes a Senhora Ministra do Mar e o 6HQKRU 6HFUHWiULR GH (VWDGR GDV 3HVFDV DWHQGHQGR j JUDQGH LPSRUWkQFLD TXH DTXHOD SDUWLFLSDomR UHYHVWH SDUD DV H[SRUWDo}HV GH SHVFDGR SDUD R PHUFDGR QRUWH DPHULFDQR $ 'RFDSHVFD ID] TXHVWmR GH HVWDU SUHVHQWH HP HYHQWRV UHODFLRnados com o setor agro- alimentar, tendo YLQGR D ID]HU HVWH FDPLQKR MXQWDPHQWH com o setor, no intuito de promover e inWHUQDFLRQDOL]DU RV SURGXWRV SRUWXJXHVHV GR PDU $R QtYHO GD 1iXWLFD GH 5HFUHLR temos vindo a trabalhar com as autarquias, preparando a transferĂŞncia de competĂŞncias, nesta matĂŠria. No que resSHLWD jV IXQo}HV GH DXWRULGDGH SRUWXiULD temos tentado garantir melhores condio}HV QRV SRUWRV VRE QRVVD MXULVGLomR 1R ano de 2016 estivemos presentes com as empresas da nĂĄutica de recreio em duas LPSRUWDQWHV IHLUDV QR 5HLQR 8QLGR HP Southampton, designadamente no que UHVSHLWD j FRQVWUXomR H UHSDUDomR QDYDO H nĂĄutica. Tentamos prosseguir uma polĂtica de proximidade com os nossos concessionĂĄrios, designadamente Marinas, de forma a implementar alguns ajustamentos que permitam melhorar a oferta para os nautas nacionais, europeus e de paĂses terceiros.
( TXDQWR Ki LPSRUWkQFLD GDV FHUWLÀcaçþes das lotas? As empresas transformadoras possuem a FHUWLÀFDomR ,62 ( R IDWR GDV ORWDV REWHUHP D PHVPD FHUWLÀFDomR p XP SDVVR importante. É uma matÊria relevante deVLJQDGDPHQWH HP WHUPRV GH H[SRUWDo}HV 2 QRVVR REMHWLYR p FHUWLÀFDU RV HVWDEHOHFLmentos que gerimos com todas as normas LQWHUQDFLRQDLV TXHU DR QtYHO GD VHJXUDQoD alimentar, quer em termos de qualidade e GH DPELHQWH (P UHODomR jV SHVFDULDV SRGHPRV DÀUPDU TXH WHPRV XPD SHVFD VXVtentåvel. Muito do produto vendido em lota Ê da pequena pesca local, detendo eleYDGRV SDGU}HV GH IUHVFXUD H TXDOLGDGH H D garantia da sustentabilidade da pescaria. As nossas campanhas pretendem atingir XP GXSOR REMHWLYR D YDORUL]DomR GR SHVFDdo e a sua sustentabilidade para as gerao}HV YLQGRXUDV $V QRVVDV LQLFLDWLYDV YLsam, internamente, melhorar a qualidade GR VHUYLoR S~EOLFR DWUDYpV GD DTXLVLomR GH novas competências pelos nossos quadros H H[WHUQDPHQWH GHVHQYROYHU FRODERUDo}HV com diversas entidades que, nas diferentes PDWpULDV SHUPLWDP PHOKRUDU R VHUYLoR VHQVLELOL]DU R SURGXWRU H R FRQVXPLGRU H YDORUL]DU R SURGXWR DXPHQWDQGR DV H[SRUWDo}HV GH SHVFDGR H XP FRQVXPR VXVWHQWiYHO 1HVWDV SDUFHULDV HVWmR LQFOXtGRV R ,30$ DV (VFRODV GH +RWHODULD H 5HVWDXUD-
omR D $1,&3 H DV $XWDUTXLDV HQWUH RXWURV H HVWmR YRFDFLRQDGDV SDUD WHPDV FRPR D VXVWHQWDELOLGDGH D YDORUL]DomR D LQWHUQDFLRQDOL]DomR D JDVWURQRPLD HQWUH RXWURV O que se pode dizer em relação Ă s campanhas que a Docapesca realiza? $ 'RFDSHVFD IH] UHFHQWHPHQWH XPD DYDOLDomR GDV FDPSDQKDV TXH WHPRV YLQGR D UHDOL]DU TXDQWR j &DYDOD 3ROYR H &DUDSDX desde 2012. Foi constatado que onde deFRUUHUDP Do}HV GDV FDPSDQKDV H[LVWH uma maior notoriedade destas espĂŠcies, um maior consumo dos produtos divulgaGRV FRPR SRU H[HPSOR R +DPE~UJXHU GH &DYDOD H DV SHVVRDV HVWmR LQIRUPDGDV GRV seus benefĂcios. Estamos interessados em que as campanhas passem a ter uma maior DEUDQJrQFLD DWUDYpV GD LPSOHPHQWDomR GH XPD GLQkPLFD GLIHUHQWH PDQWHQGR R PRdelo, mas tentando conquistar um pĂşblico, onde o nosso produto chega com maior diĂ€FXOGDGH 3UHWHQGHPRV VHQVLELOL]DU DV FDPDGDV PDLV MRYHQV GD SRSXODomR SDUD RV benefĂcios do consumo do pescado em geUDO H GHVWDV HVSpFLHV HP SDUWLFXODU 8PD campanha ao nĂvel da sustentabilidade, TXH WHYH XPD JUDQGH DGHVmR IRL ´$ 3HVFD por um mar sem lixoâ€?. Vamos replicar, FRP D LQWURGXomR GH PHOKRULDV UHVXOWDQWHV da experiĂŞncia adquirida, noutros portos. Nesta matĂŠria, a pesca do arrasto ĂŠ impor-
Economia do Mar
tantĂssima, porque ĂŠ quem recolhe mais lixo vindo do mar. Nesse sentido, a nossa LGHLD Ă€QDO p GHVHQYROYHU XP SURMHWR RQGH a partir do lixo recolhido no mar se consiga criar energia e de onde possa resultar um maior rendimento para os pescadores. Ao mesmo tempo, que conseguimos limpar o PDU RV SHVFDGRUHV Ă€FDP PDLV VHQVLELOL]DGRV SDUD D TXHVWmR H REWrP XP UHQGLPHQto superior Ă quele que tĂŞm atualmente. (VWD DomR p WUDQVYHUVDO D WRGR R WLSR GH pesca. Vai ser um projeto com sucesso garantido, jĂĄ temos os parceiros e vamos iniciar ainda este ano. A Docapesca promove outras açþes, como por exemplo workshops de culinĂĄria ou provas de degustação? 1yV WHPRV YLQGR D SURPRYHU HVVH WLSR GH Do}HV 1R DQR SDVVDGR WLYHPRV FHUFD GH 250 iniciativas no paĂs, com chefes, ShowFRRNLQJV DXODV GH FXOLQiULD GHJXVWDo}HV entre outros. É importante que as pessoas WHQKDP D FRQVFLHQFLDOL]DomR GR TXH HVWmR D comer, tanto ao nĂvel da qualidade, como dos benefĂcios que os alimentos tĂŞm para a sua saĂşde e, experimentar, ĂŠ uma forma HĂ€FLHQWH GH PXGDU DWLWXGHV H FRPSRUWDmentos. O importante ĂŠ criar valor no produto, com qualidade e cumprindo as reJUDV GD VHJXUDQoD DOLPHQWDU (VWHV YDORUHV VmR SDUD QyV HVVHQFLDLV
Economia do Mar
Escola Superior NĂĄutica Infante D. Henrique (ENIDH)
Por mares hĂĄ muito navegados‌ Formar profissionais de qualidade incontestĂĄvel ĂŠ o desĂgnio da Escola Superior NĂĄutica Infante D. Henrique (ENIDH). Saiba mais, em entrevista a LuĂs Filipe Baptista, presidente da instituição.
LuĂs Filipe Baptista, Presidente da ENIDH
Portugal ĂŠ um nome sonante no panorama marĂtimo e, como tal, nĂŁo poderia deixar de ter uma escola nĂĄutica. Apesar do ensino marĂtimo remontar a sĂŠculos longĂnquos – memĂłrias falam de ensino nĂĄutico desde o sĂŠculo XVI – a Escola NĂĄutica surge em 1924, altura em que se dĂĄ a separação entre o ensino nĂĄutico para militares e para nĂŁo militares HPERUD QD GHSHQGrQFLD GD 0DULQKD 3RUWXguesa. Durante alguns anos, a Escola NĂĄutica e a Escola Naval partilharam instalaçþes da 0DULQKD QD 5XD GR $UVHQDO HP /LVERD DWp que, em 1936, a Escola Naval muda-se para as suas atuais instalaçþes situadas no Alfeite. 0HVPR H[LVWLQGR PDLV HVSDoR DV LQVWDODo}HV H[LVWHQWHV QD 5XD GR $UVHQDO QmR HUDP DV mais adequadas e, portanto, havia a necessidade de criar uma escola de raiz que garantisse a qualidade do ensino e a modernização de procedimentos. O projeto avança e, em 1972, inauguram-se as novas instalaçþes da Escola 1iXWLFD ,QIDQWH ' +HQULTXH (1,'+ HP Paço de Arcos. E como se pode caracterizar esta escola? “Esta escola tem um legado enorme, uma tradição gigantesca e nĂłs temos feito o nosso caminho, apostando na qualidade, sabendo que somos a Ăşnica escola de formação marĂtima existente em Portugal o que nos traz responsabilidades acrescidasâ€?, refere LuĂs Filipe Baptista, mostrando, no entanto,
que nĂŁo vĂŞ necessidade de existir outra escola do ramo jĂĄ que, a marinha mercante nacional de primeiro registo, nos Ăşltimos anos, tem vindo a diminuir. Ainda assim, relembra que este facto nĂŁo faz com que “existam menos oportunidades de emprego. Vejamos, mais de 90 por cento do trĂĄfego mundial ĂŠ feito por via marĂtima e, portanto, a necessidade de RĂ€FLDLV SDUD D 0DULQKD 0HUFDQWH QmR VH HVJRta no nosso mercado. Hoje, o negĂłcio marĂtiPR p LQWHUQDFLRQDO H QyV IRUPDPRV RĂ€FLDLV para o mundo inteiro. Isto traz garantias de HPSUHJDELOLGDGH DRV QRVVRV RĂ€FLDLV H QR FRQjunto dos nossos cursos temos uma taxa de empregabilidade global da ordem dos 95 por centoâ€?. Se por um lado, o mercado de trabalho nĂŁo tem fronteiras, por outro, a qualidade que ĂŠ reconhecida aos portugueses para trabalhar no mar ĂŠ imensa e, portanto, a facilidade de um diplomado da ENIDH arranjar emprego ĂŠ grande. A juntar a isso, “os nossos FXUVRV VmR FHUWLĂ€FDGRV LQWHUQDFLRQDOPHQWH RX VHMD XP RĂ€FLDO GLSORPDGR QD (1,'+ FRP RV FHUWLĂ€FDGRV PDUtWLPRV HPLWLGRV SHOD escola, tem a possibilidade de embarcar em qualquer marinha estrangeira pois eles sĂŁo reconhecidos a nĂvel internacionalâ€?. 0DV QHP Vy GH RĂ€FLDLV GD PDULQKD PHUFDQWH se fala aqui. A escola oferece tambĂŠm outros cursos e isso faz com que esteja presente em diversas ĂĄreas de negĂłcio. Por exemplo, “ao nĂvel da logĂstica e gestĂŁo portuĂĄria, o nosso SDtV WHP YLQGR D DĂ€UPDU VH FRPR IXOFUDO 9Hjamos o caso do Porto de Sines que tem tido XP FUHVFLPHQWR H[SRQHQFLDOÂŤ ,VWR VLJQLĂ€FD TXH WHPRV TXH WHU SURĂ€VVLRQDLV FDSD]HV GH IDzer a gestĂŁo dos transportes e logĂstica, gestĂŁo portuĂĄria‌ Temos tambĂŠm que ter engenheiros de sistemas eletrĂłnicos marĂtimos, de eletrotĂŠcnica marĂtima‌â€?. Ou seja, aqui nĂŁo se fala apenas em navios mercantes, mas tambĂŠm de todas as ĂĄreas que envolvem o mar, sendo que as oportunidades sĂŁo imensas. Durante alguns largos anos vivemos de costas voltadas para o mar. Hoje, o mar apresenta-se como um verdadeiro e efetivo recurso econĂłmico para potenciar o nosso desenvolvimento e existe uma forte aposta na economia do mar, atravĂŠs de fundos comunitĂĄrios e outras verbas para investimento no setor. Neste sentido, a ENIDH apresentou uma candidatura Ă Direção Geral da PolĂtica do 0DU '*30 SDUD REWHU Ă€QDQFLDPHQWR SDUD renovar os simuladores marĂtimos existentes na Escola. “Tratando-se de equipamentos PXLWR HVSHFtĂ€FRV DV YHUEDV HQYROYLGDV VmR elevadas e, como tal, foi necessĂĄrio recorrer a fundos europeus. Esse projeto tem sido desenvolvido pelo governo e existem boas pers-
SHWLYDV GH FRQVHJXLU XP Ă€QDQFLDPHQWR DWUDvĂŠs do programa EEA Grants para a aquisição dos equipamentos necessĂĄrios o que, a FRQĂ€UPDU VH VHUi XPD H[FHOHQWH QRWtFLD SRUque dessa forma conseguiremos melhorar de XPD IRUPD PXLWR VLJQLĂ€FDWLYD D QRVVD FDSDcidade formativaâ€?. Agora que se fala de simuladores marĂtimos, era importante salientar que a ENIDH nĂŁo possui qualquer navio escola porque isso acarretaria custos incomportĂĄveis para a instituição. No entanto, a escola possui algumas pequenas embarcaçþes que garantem uma formação efetiva dos seus alunos, em contexto real. AlĂŠm disso, “a escola tem tentado criar parcerias com armadores no sentido de colocar estagiĂĄrios a bordo. Os primeiros protocolos foram feitos com armadores portugueses, mas estamos tambĂŠm a trabalhar para conseguir captar o interesse de armadores estrangeiros. Neste momento, temos jĂĄ um acordo com um armador alemĂŁo que nos garante estĂĄgios a bordo e suporta parte do salĂĄrio do estagiĂĄrio, sendo que a outra parte ĂŠ garantida atravĂŠs do programa Erasmus+. Onde ainda estamos numa fase mais embrionĂĄria ĂŠ junto dos armadores do registo da 0DGHLUD SRUTXH Dt RV SURJUHVVRV QmR WrP
sido tĂŁo rĂĄpidos como gostarĂamos, mas continuaremos a tentar estabelecer protocolos com esses armadores de modo a garantir mais estĂĄgios aos nossos diplomadosâ€?, avanoD 0DV RV SURWRFRORV QmR VH Ă€FDP SRU DTXL sendo que existe um protocolo bastante proYHLWRVR FRP D 0DULQKD TXH SHUPLWH FRORFDU um largo nĂşmero de alunos em formação no QDYLR &UHRXOD H HP FRUYHWDV GD 0DULQKD LuĂs Filipe Baptista refere que o futuro da ENIDH se apresenta bastante promissor jĂĄ TXH D DSRVWD QR PDU p XPD HYLGrQFLD ´$ 0LQLVWUD GR 0DU GLVVH TXH TXHU GXSOLFDU R SHVR da economia do mar no PIB nacional atĂŠ 2020 e isso implica um maior investimento no setor, dinamização da atividade e provavelmente irĂŁo aparecer armadores interessados em apostar nos marĂtimos portugueses e na sua capacidade de trabalho e de criação de valor. Assim, vejo aqui uma oportunidade muito interessante de promoção dos nossos cursos, de formar mais diplomados para o mercado de trabalho que, apesar de internacional, permite TXH RV RĂ€FLDLV GD PDULQKD PHUFDQWH SRUWXgueses mantenham a sua residĂŞncia no nosso paĂs, aqui constituam as suas famĂlias e mantenham as suas competĂŞncias marĂtimas no QRVVR SDtVÂľ Ă€QDOL]D R QRVVR LQWHUORFXWRU
O Mar, no seu esplendor Quando o sol vai caindo sobre as ĂĄguas Num nervoso delĂquio d’oiro intenso, Donde vem essa voz cheia de mĂĄgoas Com que falas Ă terra, Ăł mar imenso?... Tu falas de festins, e cavalgadas De cavaleiros errantes ao luar? Falas de caravelas encantadas Que dormem em teu seio a soluçar? Tens cantos d’epopeias? Tens anseios D’amarguras? Tu tens tambĂŠm receios, Ă“ mar cheio de esperança e majestade?! Donde vem essa voz, Ăł mar amigo?... ... Talvez a voz do Portugal antigo, Chamando por CamĂľes numa saudade!
O mar, como podemos ver neste poema de Florbela Espanca, ĂŠ parte intrĂnseca do nosso Portugal. Nenhum de nĂłs, gente cosmopolita, urbana e evoluĂda, consegue imaginar a sua vida sem o azul, e muitas vezes turbulento, mar. Quem de nĂłs consegue imaginar um dia triste que nĂŁo melhore sem um olhar para as ondas agitadas de um mar bravio? Hoje, o mar e a praia fazem parte do nosso dia-a-dia e ninguĂŠm consegue imaginar uma rotina sem que o mar esteja presente. O mar serve para nos banhar em dias quentes, para nos confortar em dias cinzentos, para nos lembrar de um sonho que perseguimos ou de uma vida que deixamos abandonada no passado. O mar ĂŠ sinĂłnimo de saudade, de alegria e de tristeza. Muitos sĂŁo aqueles que fazem do mar o seu escritĂłrio. Que largam os fatos e as graYDWDV RV FDUURV H DV Ă€ODV GH WUkQVLWR RV telemĂłveis e os computadores, e se atiram corajosamente para as ondas que trazem e levam memĂłrias, vivĂŞncias Esses bravos que fazem do mar a sua casa e da sua casa o seu repouso, vĂŞem no mar muito mais do que nĂłs. Para estes, o mar ĂŠ forma de vida, ĂŠ ganha-pĂŁo e, todos os dias, se lançam nele, desbravando ondas e tempestades, para nos trazerem algo que tomamos por certo: o peixe. No mar hĂĄ tesouros ocultos, /brancos pavores /
Onde as plantas sĂŁo animais/ E os aniPDLV VmR Ă RUHVÂľ Mi GL] 6RSKLD GH 0HOOR Breyner. No mar os encantos sĂŁo mil, o desconhecido povoa o imaginĂĄrio, / Mas por mais bela que seja cada coisa / 7HP XP PRQVWUR HP VL VXVSHQVRÂľ UHlembra a autora nacional. Mas hĂĄ ainda quem nunca tenha, em pleno sĂŠculo XXI, posto os pĂŠs na areia hĂşmida e olhos no mar azul. Consegue imaginar a vida sem mar? Pois, eu tambĂŠm nĂŁo. Mas neste pequeno paĂs Ă beira-mar plantado, hĂĄ uma imensidĂŁo de gente que nĂŁo conhece o aroma a maresia e que, quiçå, morrerĂĄ sem provar a felicidade de ter um mar sĂł para si. A esta altura deverĂĄ estar a pensar que ninguĂŠm tem um mar sĂł para si, mas a verdade ĂŠ que cada pessoa que olha o mar, vĂŞ uma imagem completamente diferente de outra que o esteja a fazer ao mesmo tempo. A nossa vida, as nossas memĂł- rias, a nossa capacidade de sonhar, de imaginar e de ouvir, faz com que todos tenham uma sensação diferente ao olhar a imensidĂŁo de um oceano. ExperiPHQWH 6HQWH VH QD DUHLD DR Ă€QDO GR GLD com outra pessoa. Fiquem em silĂŞncio e desfrutem de uma visĂŁo sobre o mar. Permane- çam assim algum tempo, mas nĂŁo incomodem a vivĂŞncia um do outro. Deixem-se levar pelos cinco sentidos e LPSUHJQHP R VDERU GR PDU 1R Ă€QDO
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olhem um para o outro e partilhem a experiência, partilhem sentimentos e sensaçþes. Com certeza que a pessoa ao seu lado não viveu o mesmo, que o mar lhe transmitiu uma sensação diferente, uma segurança (ou insegurança) que você não teve. Experimente e deslumbrese com este elemento tão nosso, tão português, mas tantas vezes subestimado e mal tratado. Acima de tudo, respeite os nossos oceanos e dê-lhes o merecido valor. Lembre-se que hå milhares de pessoas no mundo que não têm oportunidade de ver e sentir o mar e dê-lhe o verdadeiro valor! E para terminar, como não poderia deixar de ser, mais um poema sobre o nosso mar, da autoria de Fernando Pessoa, um dos nossos autores mais portugueses: Ó mar salgado, quanto do teu sal São lågrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, 4XDQWRV ÀOKRV HP YmR UH]DUDP 4XDQWDV QRLYDV ÀFDUDP SRU FDVDU Para que fosses nosso, ó mar! 9DOHX D SHQD" 7XGR YDOH D SHQD 6H D DOPD QmR p SHTXHQD 4XHP TXHU SDVVDU DOpP GR %RMDGRU 7HP TXH SDVVDU DOpP GD GRU 'HXV DR PDU R SHULJR H R DELVPR GHX 0DV QHOH p TXH HVSHOKRX R FpX
Ensino & Investigação
CESAM - Centro de Estudos do Ambiente e do MAR
Contribuiçþes do CESAM para a Sustentabilidade Ambiental: da atmosfera ao mar-profundo A investigação desenvolvida no CESAM enquadra-se nas agendas de inovação e nos desafios societais identificados para Portugal, no contexto da Europa, dos quais destacam-se: a Ação ClimĂĄtica, o Ambiente e EficiĂŞncia de Recursos, a Agricultura SustentĂĄvel e Florestas, a Investigação Marinha, MarĂtima e DulceaquĂcola e a Economia Circular.
Enquanto unidade de I&D o CESAM tem como missĂŁo: i) a investigação ambiental ao ORQJR GDV EDFLDV KLGURJUiĂ€FDV DWp DR PDU profundo; ii) a abordagem baseada em ecossistemas para o desenvolvimento sustentĂĄvel, incluindo a economia verde e azul; iii) o conhecimento transdisciplinar de suporte Ă s polĂticas ambientais e para a sociedade; iv) um ambiente inclusivo e programas de formação avançados com vista Ă investigação e inovação para uma especialização inteligente (Fig.1). As atividades de I&D integram-se em quatro linhas transversais estratĂŠgicas - “Ecossistemas e Recursos Marinhosâ€?, “Biologia Am-
biental e SaĂşdeâ€?, “Ecologia e Biodiversidade Funcionalâ€? e “Sistemas Ambientais Integradosâ€? - operacionalizadas atravĂŠs dos grupos de investigação, permitindo uma maior integração do conhecimento (Fig. 2). Os grupos contribuem de forma complementar para a sustentabilidade ambiental, nomeadamente:
para suportar um melhor desempenho ambiental, incluindo a conservação, gestão e o uso sustentado dos recursos naturais em compatibilidade com atividades económicas como a agricultura, silvicultura, turismo, cinegÊtica e mineração.
Processos AtmosfÊricos e Modelação
Dada a importância global dos oceanos e do seu uso sustentåvel, a investigação visa o conhecimento do funcionamento dos ecossistemas marinhos, incluindo o mar profundo, e desenvolver novas tecnologias para a utilização dos seus recursos. Estas preocupaçþes estão em linha FRP RV DWXDLV GHVDÀRV VRFLHWDLV PLWLJDção das pressþes antropogÊnicas sobre o meio ambiente e adaptação às mudanças climåticas.
Promover uma melhor compreensão da relação entre planeamento, clima, qualidade do ar e saúde humana, para construir a cidade sustentåvel do sÊculo XXI. A modelação e a medição de processos atmosfÊricos, da escala JOREDO j ORFDO SHUPLWHP TXDQWLÀFDU R HIHLWR de medidas de resiliência, como as soluçþes baseadas na natureza, melhorando a resposta GD FLGDGH DRV GHVDÀRV GDV DOWHUDo}HV FOLPiWLcas.
Processos Ambientais e Poluentes
A utilização de resĂduos da indĂşstria do papel na produção de carvĂľes ativados para rePRomR GH IiUPDFRV GH HĂ XHQWHV RX FRPR FRUretivos de solos ĂĄcidos e degradados, inserida nos princĂpios da economia circular, ĂŠ uma forte aposta de investigação. Outro exemplo ĂŠ a utilização da energia solar em conjunção com agentes foto-sensibilizadores no desenvolvimento de novas metodologias de degradação de poluentes orgânicos em ĂĄguas.
Biodiversidade Funcional
A investigação centra-se na avaliação de impactes de pressþes antropogÊnicas e alteraçþes climåticas na biodiversidade, funciona-
Ecologia Marinha e Estuarina
Fig. 2. Exemplos de tópicos de investigação desenvolvidos no CESAM, relacionadas com a qualidade do ar, cidades e Ria de Aveiro e mar profundo.
mento e serviços de ecossistemas marinhos, costeiros, dulçaquĂcolas e terrestres e no desenvolvimento de metodologias para remediação de solos contaminados, usando plantas autĂłctones e biochar, gerando conheciPHQWR GH EDVH FLHQWtĂ€FD GH DSRLR jV SROtWLFDV ambientais (Fig.3).
Ecotoxicologia
A atuação Ê focada na anålise da perda de biodiversidade, como resultado de pressþes e atividades antropogÊnicas, promovendo a utilização sustentåvel dos recursos naturais. A avaliação da sensibilidade das espÊcies mais representativas dos ecossistemas permiWH D LGHQWLÀFDomR GH JUXSRV HP ULVFR SURPRvendo a sua conservação e a salvaguarda dos serviços de que a humanidade depende.
Biologia do Stress
A investigação visa contribuir para a sustentabilidade ambiental e econĂłmica num contexto de alteraçþes globais. Pretende-se conhecer, em diferentes nĂveis de organização biolĂłgica, os mecanismos de resposta a vĂĄrios tipos de stress abiĂłtico e biĂłtico, possibilitando desenvolver uma avaliação de risco sustentada no conhecimento e estratĂŠgias eco sustentĂĄveis de mitigação dos efeitos do stress.
Biologia de Adaptação e Processos Ecológicos
Fig. 1 – Representação esquemåtica das åreas de atuação do CESAM
É estudada a interação entre as espÊcies e o seu ambiente, com maior ênfase em åreas com intervenção humana (e.g. urbanas, DJUtFRODV à RUHVWDLV FRQWULEXLQGR DVVLP
Oceanografia e Geologia Marinha
Sob a temåtica da sustentabilidade, a investigação realizada foca temas como a produtividade da aquacultura em zonas costeiras e estuarinas, o transporte de algas nocivas na margem ibÊrica ocidental e a erosão costeira. A anålise inclui a monitorização e a simulação numÊrica destes sistemas costeiros, num contexto das alteraçþes climåticas, LGHQWLÀFDQGR SRWHQFLDLV ULVFRV DWXDLV H IXturos.
Planeamento e GestĂŁo de Zonas Costeiras
A investigação visa o planeamento e gestão sustentåvel de recursos naturais e serviços de HFRVVLVWHPDV PDULQKRV FRVWHLURV H DJURà Rrestais, valorização energÊtica e material de recursos no âmbito da Economia Circular. Avaliação de ciclo de vida de produtos e processos, modelos de governança, avaliação económica, ambiental, social e sua integração no apoio à decisão.
Agradecimentos
$JUDGHFLPHQWRV VmR GHYLGRV SHOR ÀQDQFLDmento do CESAM (UID/AMB/50017 - POCI-01-0145-FEDER-007638), à Fundação para a Ciência e Tecnologia/MinistÊrio da Ciência Tecnologia e Ensino Superior, atraYpV GH IXQGRV QDFLRQDLV H FR ÀQDQFLDPHQWR pelo FEDER no âmbito da parceria PT2020 e Compete 2020.
2C2T
Ensino & Investigação
Engenharia e Design Têxtil Obtenção de cor estrutural com Cristais Nanofotónicos
Com o objetivo de valorizar a oferta educativa e a educação integral em particular na promoção e desenvolvimento da IndĂşstria tĂŞxtil e de vestuĂĄrio (ITV), devido Ă sua importância regional e nacional, o Departamento de Engenharia TĂŞxtil e o Centro de CiĂŞncia e Tecnologia TĂŞxtil da UniversidaGH GR 0LQKR SRVVXHP XP SRUWHIyOLR GLYHUVLĂ€FDGR GH SURMHtos de ensino, acadĂŠmica e socialmente relevante, de prĂĄticas educativas adequadas Ă aquisição de competĂŞncias HVSHFtĂ€FDV H WUDQVYHUVDLV No domĂnio da engenharia e materiais tĂŞxteis, o DepartaPHQWR SURFXUD RIHUHFHU XP FRQMXQWR GLYHUVLĂ€FDGR GH FXUsos centrado numa estreita articulação com a investigação que ĂŠ realizada no departamento e no 2C2T-Centro de CiĂŞncia e Tecnologia TĂŞxtil: • Mestrado Integrado em Engenharia TĂŞxtil (MIET)
Exploração criativa da relação entre o corpo e os objetos vestĂveis
Vestido de ballet interativo O desenvolvimento do negĂłcio de moda necessita de quadros superiores especializados, capazes de responder aos GHVDĂ€RV GR PHUFDGR HXURSHX H PXQGLDO FRP FULDWLYLGDGH LQRYDomR UDSLGH] H HĂ€FLrQFLD SHOR TXH D 8QLYHUVLGDGH GR Minho oferece no domĂnio do Design de Moda e TĂŞxteis os seguintes cursos: • Licenciatura em Design e Marketing de Moda
• Mestrado em QuĂmica TĂŞxtil
• Mestrado em Design e Marketing de Produtos Têxteis, Vestuårio e Acessórios
• Mestrado em Hi-Tech Textiles
• Mestrado em Design de Comunicação de Moda
• Programa Doutoral em Engenharia Têxtil
• Programa Doutoral em Design de Moda
3DVVDGHLUD SDUD GHVĂ€OH GH PRGD FRP HVWDPSDGR WHUPRFURPiWLFR
Produção de Moda Otimização de processos
ZZZ F W XPLQKR SW ‡ ZZZ GHW XPLQKR SW ZZZ XPLQKR SW 37 HQVLQR RIHUWD HGXFDWLYD ZZZ GHVLJQ XPLQKR SW 3URMHWR ÀQDQFLDGR SHOR )('(5 DWUDYpV GR &203(7( ² 3URJUDPD 2SHUDFLRQDO &RPSHWLWLYLGDGH H ,QWHUQDFLRQDOL]DomR 32&, H SRU IXQGRV QDFLRQDLV DWUDYpV GD )&7 )XQGDomR SDUD D &LrQFLD H 7HFQRORJLD QR kPELWR GR SURMHWR 32&, )('(5
Ensino & Investigação
Instituto PolitĂŠcnico de Beja
10 RazĂľes para escolher o Instituto PolitĂŠcnico de Beja RECONHECIMENTO E NOTORIEDADE DA FORMAĂ‡ĂƒO
Os cursos do IPBeja sĂŁo acreditados pela AgĂŞnFLD 1DFLRQDO GH $FUHGLWDomR $ (6 H EHQHĂ€ciam de crescente notoriedade junto das entidades empregadoras por terem planos de estudos ajustados Ă s necessidades do mercado de trabalho, dos quais fazem parte estĂĄgios integrados.
LOCALIZAĂ‡ĂƒO GEOGRĂ FICA E ACESSIBILIDADES
Localizado no sul de Portugal, o IPBeja estĂĄ sedeado na cidade de Beja, sensivelmente equidistante entre Lisboa (177km) e Sevilha (217km) e a 110 km de Sines.
QUALIDADE DO CAMPUS, LOCALIZAĂ‡ĂƒO E TRANSPORTES
O campus do IPBeja tem as 4 escolas, residências e serviços de apoio ao aluno concentrados num único espaço a 5 minutos a pÊ do centro histórico da cidade, local onde se situam os principais pontos de diversão noturna.
SEGURANÇA E QUALIDADE AMBIENTAL
O IPBeja situa-se numa das cidades mais seguras de Portugal, permitindo a fruição de um espaço pĂşblico de grande qualidade, onde as quentes noites de verĂŁo favorecem a diversĂŁo e o convĂvio sob um imenso cĂŠu estrelado, tĂŁo perto da reserva Dark Sky Alqueva.
APOIOS SOCIAIS E ALOJAMENTO
O IPBeja promove medidas de apoio social complementares às Bolsas da Direção Geral de Ensino Superior, devidamente ajustadas às necessidades individuais e à integração de cada estudante, bem como medidas inclusivas com a preocupação de promover o mÊrito social e acadÊmico.
PROXIMIDADE E TRADIÇÕES DA COMUNIDADE ACADÉMICA
A dimensĂŁo do IPBeja proporciona um ambiente de proximidade entre professores e alunos, favorĂĄvel ao apoio individualizado e ao traba-
lho em rede potenciado pelo investimento em plataformas colaborativas de ensino-aprendizagem, essenciais para o ensino a distância e como complemento para o ensino presencial.
“Arte Chocalheiraâ€?, o “Cante Alentejanoâ€? ou a gastronomia com base na “Dieta Mediterrânicaâ€?, reconhecidas pela UNESCO como patrimĂłnio imaterial da humanidade.
DIVERSIDADE CULTURAL, INCLUSĂƒO E INTERNACIONALIZAĂ‡ĂƒO
INVESTIGAĂ‡ĂƒO, EMPREGABILIDADE E EMPREENDEDORISMO
O IPBeja oferece um ambiente inclusivo de grande diversidade cultural, resultado da tradição de bem receber que tĂŁo bem caracteriza o povo Alentejano. Os estudantes internacionais, entre os que concorrem ao abrigo do Estatuto de Estudante Internacional, ou em mobilidade ERASMUS, representam mais de 40 paĂses diferentes.
PATRIMĂ“NIO, CULTURA E TURISMO
2 ,3%HMD EHQHĂ€FLD GR IDFWR GH HVWDU QXPD FLGDde e numa regiĂŁo onde a histĂłria milenar se traduz num vasto patrimĂłnio e numa cultura de mĂşltiplas expressĂľes, com destaque para a
A investigação aplicada ao contexto socioeconómico regional, potenciada pela participação do IPBeja no Sistema Regional de Transferência de Tecnologia e no projeto Engage SKA (Square Kilometre Array) tornam o Instituto um parceiro fundamental na transferência de tecnologia e conhecimento.
COLABORAĂ‡ĂƒO EM REDE COM A COMUNIDADE
O IPBeja promove o trabalho em rede e as parcerias regionais, nacionais e internacionais. Destaca-se o trabalho em rede com escolas de Ensino 6HFXQGiULR H 3URÀVVLRQDO FRP DV DXWDUTXLDV RUganizaçþes de produtores e associaçþes setoriais.
Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto
Ensino & Investigação
Um Departamento em transformação Inserido na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, o Departamento de Química e Bioquímica assume, cada vez mais, um papel de destaque na formação de novos investigadores e profissionais ligados a estas duas áreas de intervenção. Entrevista a Ana Cristina Freire, Diretora do Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.
O Departamento de Química evoluiu e alterou a sua designação, hoje é o Departamento de Química e Bioquímica (DQB). Inicialmente o nosso Departamento tinha como oferta formativa a Licenciatura em Química, posteriormente, em 1981, foi constituída a Licenciatura em Bioquímica, em parceria com o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, aumentando e GLYHUVLÀFDQGR D RIHUWD IRUPDWLYD GR 'Hpartamento e alargando o leque de contratações, nomeadamente na área da Bioquímica. A notoriedade e procura pela Licenciatura em Bioquímica criaram a necessidade de, em 2007, passarmos a assumir a designação de Departamento de Química e Bioquímica, ação que estava a ser concretizada em muitos Departamentos de Química, a nível nacional e internacional, uma vez que a Química alargou os seus horizontes e passou a englobar várias áreas de extrema importância. A que se deve esta inversão? Creio que se deve à relação forte que a Química passou a ter com áreas ligadas à componente “bio” como a Biologia e a Medicina. A Bioquímica começou a ser mais atrativa para os estudantes que
ção, que incluem a Investigação, Indústria, Centros Tecnológicos e Laboratórios de Estado, a parte comercial associada às duas áreas e áreas afins, e ainda criação de empresas, mostrando a grande flexibilidade que a nossa oferta formativa transmite aos nossos estudantes.
Ana Cristina Freire, Diretora do Departamento de Química e Bioquímica da FCUP
querem enveredar por essa área, mas isto não significa que seja mais abrangente porque a área da Química continua a ser muito transversal. Há muitos estudantes que optam pela formação em Química fazendo a interface com a Bioquímica e Biologia e vice-versa. Atualmente, a Química posiciona-se em várias áreas de interfaces e desde que concluímos a reestruturação dos cursos, no âmbito do processo de Bolonha, flexibilizámos bastante a formação académica ao nível dos 1º e 2º ciclos. Há uma maior facilidade de cruzar formações entre as áreas do Departamento de Química e Bioquímica com as várias áreas existentes na Faculdade de Ciências, nomeadamente na formação de 1º ciclo que pode ser diferente da do 2º ciclo. A investigação faz parte do ecossistema do departamento? O Departamento de Química e Bioquímica desenvolve a sua atividade letiva e de investigação, estando os nossos Docentes e Investigadores integrados em vários Centros de Investigação, nomeadamente, no Centro de Investigação em Química da Universidade do Porto (CIQUP), Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) e na Rede de Química e Tecnologia – REQUIMTE, que envolve duas unidades orgânicas, o Laboratório Associado para
a Química Verde (LAQV) e Unidade de Ciências Biomoleculares Aplicadas (UCIBIO). Esta transversalidade permite-nos varrer as mais diversas áreas mantendo a Química como componente principal, alargando a nossa área de intervenção e abrindo o leque aos mais variados projetos de intervenção. A abrangência da Química e da BioquíPLFD WHP VH UHÁHWLGR QD WD[D GH HPSUHgabilidade dos vossos discentes? A taxa de desemprego dos formados nas áreas da Química e Bioquímica é equivalente aos formados em cursos equivalentes nas áreas de Engenharia. No passado o nosso Departamento estava muito direcionado para a Investigação e Formação de Professores (no caso da Licenciatura em Química); no entanto, houve sempre formados que enveredaram por posições na Indústria, Centros Tecnológicos e Laboratórios de Estado. Com a reestruturação de Bolonha, a formação em Química foi reestruturada em três ciclos: 1º ciclo – Licenciatura, 2º ciclo – Mestrado e 3º ciclo – Doutoramento. No caso da formação em Bioquímica, existe apenas a Licenciatura e o Mestrado em Bioquímica. A Formação de Professores, continua a ser feita mas a nível do 2º ciclo – Mestrado .Atualmente, os nossos formados em Química e em Bioquímica distribuem-se pelas várias áreas de atua-
A evolução do Departamento de Química e Bioquímica fez-se de forma sustentada. O que mudou nestes últimos anos? Nos últimos 10 anos a atividade deste Departamento foi mudando, tentando acompanhar a evolução das áreas da Química e Bioquímica. Passou a incluir, para além da investigação fundamental, investigação mais aplicada, direcionada para a resolução dos desafios societais atuais, desafios colocados pela indústria e desenvolvimento de novas tecnologias. Contribuiu para este fato, a possibilidade que foi dada aos nossos estudantes de Licenciatura e Mestrado após a reestruturação de Bolonha, de realizarem os seus Estágios em ambiente empresarial, dando a conhecer ao exterior as valências das formações em Química e em Bioquímica numa Faculdade de Ciências. Mantemos um Departamento de investigação fundamental, da qual nos orgulhamos e porque pensamos que o nosso crescimento só poderá ser sustentável e competitivo se a mantivermos. Mas, também promovemos fortemente as parcerias em projetos de investigação, desenvolvimento e inovação com entidades exteriores de forma a abrir a colaboração e o contacto entre os estudantes e os potenciais empregadores, dando a conhecer a componente de investigação aplicada que vamos paralelamente desenvolvendo. Atualmente, e alinhados com a terceira missão da Universidade do Porto, também incluimos na nossa missão a componente de transferência do conhecimento e, mais recentemente, de valorização económica. A evolução aponta hoje para um caminho que coloca a Ciência Química e Bioquímica a par da Tecnologia, e por isso consideramo-nos um Departamento de Química e Bioquímica numa Faculdade que desejamos que seja de Ciência e de Tecnologia.
Ensino & Investigação
CiĂŞncia
Investigação consegue atravĂŠs da inibição de uma proteĂna que as cĂŠlulas cancerĂgenas se autodestruam A falta de uma proteĂna essencial para a divisĂŁo das cĂŠlulas normais pode ocasionar a autodestruição das cĂŠlulas cancerĂgenas. Investigadores do Porto tentam dar resposta para que este trataPHQWR VHMD HĂ€FD] SDUD R FDQFUR GR SXOmĂŁo. “Quando as cĂŠlulas de linhas celulares de cancro do pulmĂŁo sĂŁo impedidas de SURGX]LU D SURWHtQD ÂśVSLQGO\¡ HVWDV SDVVDP D UHVSRQGHU GH IRUPD PDLV HĂ€FLHQWH DR SDFOLWD[HOÂľ HVWH p XP IiUPDFR XVDGR HP TXLPLRWHUDSLD GLVVH j /XVD R SURIHVsor da Cooperativa de Ensino Superior 3ROLWpFQLFR 8QLYHUVLWiULR &(638 +DVVDQ %RXVEDD XP GRV UHVSRQViYHLV SHOD investigação. O paclitaxel evita assim o crescimento GDV FpOXODV FDQJHUtJHQDV Mi TXH HYLWD D GLYLVmR FHOXODU QHVWH FDVR p DSOLFDGR HP
FDVRV GR FDQFUR GR SXOPmR WLGR FRPR XPD GRHQoD DJUHVVLYD PDV WDPEpP GRV RYiULRV H GD PDPD $R ID]HU FRPR TXH HVVD SURWHtQD ´VSLQGO\Âľ VHMD VXSULPLGD D GLYLVmR GDV FpOXODV QmR VH UHDOL]D H DV FpOXODV FDQFHUtJHnas acabam por se autodestruir. 2 HVWXGR GXUD Ki FHUFD GH GRLV DQRV H IRL SXEOLFDGD QD UHYLVWD &DQFHU /HWWUHV Os investigadores criam assim uma nova esperança para que as doenças oncolĂłgicas nĂŁo progredidam e as cĂŠlulas cancerĂgenas se destruam: Os investigadores pretendem:“dar uma nova vida aos medicamentos mais usados e com uma longa histĂłria de sucesso QR FRPEDWH DR FDQFUR PDV DRV TXDLV DOgumas cĂŠlulas do cancro conseguem DGDSWDU VH H VREUHYLYHUÂľ VXEOLQKRX +DVVDQ %RXVEDD
Nova espĂŠcie de dinossauros descoberta por Universidade Portuguesa Conhecido pelo seu pescoço alto e trianJXODU MXQWR GD ]RQD GD FDEHoD PDV WDPbĂŠm pela sua cauda. Os PaleontĂłlogos OcWiYLR 0DWHXV H (PDQXHO 7VFKRSS GRXWRUDGRV SHOD 8QLYHUVLGDGH GH /LVERD GHVFRbriram esta nova espĂŠcie e concluiram que GHYLGR jV FDUDFWHUtVWLFDV R DQLPDO ´QmR p GR JpQHUR $SDWRVVDXUXV PDV p VLP um Galeamopus.â€? Esta descoberta foi puEOLFDGD QD UHYLVWD FLHQWtĂ€FD ´3HHUM Âľ 2FWiYLR 0DWHXV GHIHQGH TXH ´R -XUiVVLFR Superior dos Estados Unidos da AmĂŠrica (8$ p R FHQWUR GD ELRGLYHUVLGDGH GRV GLnossauros saurĂłpodes diplodocĂdeosâ€?. 1RV (8$ VmR FRQKHFLGDV PDLV GH TXLQ]H espĂŠcies destes dinossauros gigantes. O SDOHRQWyORJR FRQĂ€UPD TXH D GLYHUVLGDGH desta espĂŠcie ĂŠ muito mais vasta do que HVSHUiYDPRV
Nova esperança para as mulheres que sofreram de doenças oncolĂłgicas As mulheres que tiveram doença oncolĂłgica e desenvolveram infertilidade podem ter uma nova esperança. Alguns cientistas dos Estados Unidos inYHQWDUDP RYiULRV DUWLĂ€FLDLV IpUWHLV DWUDYpV GH XPD LPSUHVVRUD ' HVWD WpQLFD YHP FROmatar a possibilidade de doentes oncolĂłgiFDV SXGHUHP UHDOL]DU R VRQKR GH VHUHP mĂŁes. (VWHV RYiULRV WrP R QRPH GH ELRSURVWpWLFRV H YrP DMXGDU SDUD TXH D IHUWLOLGDGH SURGX]D hormonas para mulheres que tiveram de fa]HU WUDWDPHQWRV RQFROyJLFRV HP DGXOWDV RX em crianças. 0RQLFD /DURQGD FRDXWRUD GR HVWXGR GL] que o “que acontece com algumas das nosVDV GRHQWHV GH FDQFUR p TXH RV RYiULRV QmR IXQFLRQDP D XP QtYHO VXĂ€FLHQWH H SUHFLVDP de terapias hormonais de substituiçãoâ€?. Esta inovadora terapia foi testada em ratos de laboratĂłrio infĂŠrteis e o resultado foi animador. O material ĂŠ hidrogel gelatinoso elaERUDGR FRP FRODJpQLR XPD SURWHtQD TXH ID] SDUWH GRV WHFLGRV KXPDQRV 2 SURIHVVRU GH FLrQFLD GRV PDWHULDLV H HQJH-
QKDULD 5DPLOOH 6KDK UHYHOD TXH QD PDLRULD o hidrogel ĂŠ fraco e “como ĂŠ composto prinFLSDOPHQWH SRU iJXD PXLWDV YH]HV FRODSsaâ€?. 2 RYiULR DUWLĂ€FLDO DORMDP VH QRV yYXORV H amadurecem ao mesmo tempo que os vasos VDQJXtQHRV TXH FLUFXQGDP R ´DQGDLPHÂľ permitindo que as circulaçþes das hormanas libertem o leite apĂłs parto.
Universidade de Coimbra
Turismo e Cultura
O Museu da Ciência da Universidade de Coimbra OHFomR GH LQVWUXPHQWRV FLHQWtÀFRV p XPD UHSUHVHQWDomR QRWiYHO GD HYROXomR GD )tVLFD QRV 6pFXORV ;9,,, H ;,; R *DELQHWH GH )tVLFD IRL FODVVLÀFDGR FRPR 6tWLR +LVWyULFR SHOD 6RFLHGDGH (XURSHLD GH )tVLFD HP
Artigo por Carlota Simões, Diretora do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra.
Grande parte das colecções cientÃficas da Universidade de Coimbra são hoje geridas pelo Museu da Ciência, que se distribui por dois edifÃcios do iluminismo: o Laboratorio Chimico e o Colégio de Jesus. Os primeiros objectos das suas colecções datam, na sua maioria, do Século das Luzes. Muito contribuÃram para a riqueza do espólio a transferência para Coimbra da colecção de fÃsica experimental do Colégio dos Nobres em Lisboa, mas também as Viagens Philosophicas de Alexandre Rodrigues Ferreira à Amazónia. Parte do acervo do Museu da Ciência pode ainda hoje ser visitado nas salas originais do Séc. XVIII. O Laboratorio Chimico
2 /DERUDWRULR &KLPLFR IRL FRQVWUXtGR SDUD R HQVLQR H[SHULPHQWDO GD TXtPLFD 1R GHFXUVR GDV REUDV GH DGDSWDomR D PXVHX RV trabalhos arqueológicos revelaram que o HGLItFLR GR 6pF ;9,,, IRUD FRQVWUXtGR D SDUtir da sala do refeitório que servia o comSOH[R GRV FROpJLRV MHVXtWDV GR VpF ;9, $ LQWHUYHQomR WURX[H j OX] LQWDFWDV DOJXPDV SURYDV GD XWLOL]DomR GR HGLItFLR SHOD &RPSDQKLD GH -HVXV YiULDV MDQHODV H XP S~OSLWR EHP FRPR DV IXQGDo}HV GDV FR]LQKDV 2 SURMHWR GH DUTXLWHWXUD TXH FRQVLVWLX QD UHTXDOLÀFDomR H DGDSWDomR GR /DERUDWRULR &KLPLFR j IXQomR PXVHROyJLFD YLX UHFRQKHFLGD D VXD TXDOLGDGH FRP D DWULEXLomR
Galeria de História Natural
O Colégio de Jesus, face a face com o LaboUDWRULR &KLPLFR p D UHFRQVWUXomR GR DQWLJR HGLItFLR FRP R PHVPR QRPH HVWDEHOHFLGR em 1542 pela Companhia de Jesus. A interYHQomR SRPEDOLQD HQWUH H DGDStou o colégio, que passou a albergar os equipamentos destinados ao ensino expe-
$ FROHFomR GH LQVWUXPHQWRV GH )tVLFD GD 8QLYHUVLGDGH GH &RLPEUD p GHFHUWR XPD das mais notáveis e raras da Europa. Estabelecida inicialmente no Colégio dos Nobres em Lisboa, foi transferida para CoimEUD SDUD IXQGDU R *DELQHWH GH )tVLFD ([SHULPHQWDO 2 TXH UHVWD GR *DELQHWH GR VpFXOR ;9,,, VmR KRMH YHUGDGHLUDV REUDV GH DUWH valorizadas pela riqueza dos materiais e SHOD SHUIHLomR QD H[HFXomR TXH DLQGD RFXpam as salas e o mobiliário originais. PorTXH SHUPDQHFH QR VHX HVSDoR GH RULJHP PDQWHQGR DV VXDV FDUDFWHUtVWLFDV GHVGH R WHPSR GD VXD IXQGDomR H SRUTXH D VXD FR-
'H DFRUGR FRP RV (VWDWXWRV GD 8QLYHUVLGDGH R *DELQHWH GH +LVWyULD 1DWXUDO GD 8QLversidade de Coimbra deveria englobar FROHFo}HV UHVXOWDQWHV GH FROKHLWDV FRRUGHnadas pelos professores da Faculdade de )LORVRÀD 'HVWH PRGR VH GHX R SURJUHVVLYR HQULTXHFLPHQWR GR HVSyOLR GR *DELQHWH GH História Natural, iniciado com a incorporaomR GH XPD FROHFomR SULYDGD GH 9DQGHOOL H enriquecido com as remessas enviadas por Alexandre Rodrigues Ferreira recolhidas no âmbito da sua Viagem Philosophica à Amazónia. Ao longo de mais de dois séculos, foram PXLWRV RV TXH FRQWULEXtUDP SDUD DV FROHFo}HV GD 8QLYHUVLGDGH GH &RLPEUD H XPD ERD SDUWH GD FROHFomR GR 6pFXOR GDV /X]HV conseguiu chegar intacta ao Séc. XXI. O 0XVHX GD &LrQFLD p XP SURMHFWR GH JUDQGH I{OHJR GD 8QLYHUVLGDGH GH &RLPEUD TXH YLVD D SUHVHUYDomR D GLYXOJDomR H R HVWXGR deste valioso património do iluminismo nacional. $ 8QLYHUVLGDGH GH &RLPEUD IRL FODVVLÀFDGD FRPR 3DWULPyQLR 0XQGLDO SHOD 81(6&2 HP H ID] SDUWH GD $VVRFLDomR GH Cidades e Entidades do Iluminismo desde Outubro de 2015. Passaram 727 anos desde a assinatura do documento fundador da 8QLYHUVLGDGH GH &RLPEUD 6FLHQWLDH WKHVDXUXV PLUDELOLV JUDoDV DR 5HL ' 'LQLV R GRFXPHQWR IXQGDGRU GD 8QLYHUVLGDGH GH &RLPEUD Mi FRQWLQKD HP VL D SDODYUD FLrQcia.
2 &ROpJLR GH -HVXV IRWRJUDÀD GH *LOEHUWR 3HUHLUD
2 *DELQHWH GH )tVLFD IRWRJUDÀD GH *LOEHUWR 3HUHLUD
Sala Vandelli da Galeria de História Natural )RWR %UXQR 3LUHV
Laboratorio Chimico (Foto: FG+SG)
dos Prémios de Arquitectura Diogo de Castilho em 2007 e ENOR em 2009. O Museu da Ciência inaugurou a sua priPHLUD IDVH HP FRP D UHTXDOLÀFDomR GR /DERUDWRULR &KLPLFR H D H[SRVLomR SHUmanente Segredos da Luz e da Matéria, uma mostra interdisciplinar de exemplares GDV YiULDV FROHFo}HV FLHQWtÀFDV GD 8QLYHUsidade de Coimbra. Logo em 2008, foi o vencedor do Prémio Micheletti, que distingue o melhor e mais inovador museu europeu do ano em ciência, técnica e indústria.
O Colégio de Jesus
ULPHQWDO GDV FLrQFLDV &RP HVWH HVStULWR IRUDP FULDGRV QR HGLItFLR RV *DELQHWHV GH +LVWyULD 1DWXUDO H GH )tVLFD ([SHULPHQWDO preservados no Colégio de Jesus até aos nossos dias.
Gabinete de FÃsica
CiĂŞncias da Vida
Medicina da Reprodução
Cemeare
Desde 1999 a “cemeareâ€? vidas: para cada diagnĂłstico, uma solução Uma equipa clĂnica e laboratorial experiente, multidisciplinar e de reconhecido mĂŠrito cientĂfico, para dar vida aos sonhos da maternidade e da paternidade. Maria JosĂŠ Carvalho (MJC) e Carlos Plancha (CP) revelam o segredo do Centro MĂŠdico de AssistĂŞncia Ă Reprodução (CEMEARE).
Como se desenvolve todo o processo desde que o utente chega ao vosso Centro? MJC: Na CEMEARE existe uma preocupação de fazer um atendimento personalizado, e tratar cada caso como Ăşnico. Todos os QRVVRV FOtQLFRV VmR SURĂ€VVLRQDLV GH VD~GH com muita experiĂŞncia, que aqui exercem a sua atividade privada. Respeitam-se muito os aspetos do diagnĂłstico, do rastreio, da avaliação, e acreditamos que este processo rigoroso de diagnĂłstico nos permite encontrar o tratamento mais adequado a cada situação. Para alĂŠm de Ginecologia/ObstetrĂcia com a sub-especialidade de Medicina de Reprodução, existe uma equipa multidisciplinar com endocrinologista, andrologista, urologista, nutricionista e psicĂłloga com quem trabalhamos sempre que necessĂĄrio. Dispomos ainda de consultas de aconselhamento genĂŠtico e de Medicina Interna dirigida a patologias de risco materno. Temos como parceiro um centro ecoJUiĂ€FR GH REVWHWUtFLD H JLQHFRORJLD GH H[FHlĂŞncia que nos apoia. De facto especializĂĄmo-nos em casos difĂceis, e talvez por isso, valorizamos muito o apoio psicolĂłgico aos casais, principalmente quando existe doação de gâmetas de terceiros. Consideramos a avaliação psicolĂłgica um passo imporWDQWH SDUD UHĂ H[mR SUySULD H HVWDELOLGDGH na decisĂŁo a tomar.
Carlos Plancha e Maria JosĂŠ Carvalho
CP: O factor tempo durante os tratamentos pode ter um peso muito variĂĄvel. De facto uns casais poderĂŁo obter sucesso logo na primeira tentativa, mas noutros casos poderĂĄ demorar meses. É sempre importante aconselhar e motivar o casal para uma mudança de estilo de vida que poderĂĄ ter uma repercussĂŁo muito positiva no sucesso da terapĂŞutica para a obtenção de uma gravidez. A CEMEARE tem uma equipa numerosa, e a troca de impressĂľes nos casos mais complexos ĂŠ uma constante. A par desta heterogeneidade para a procura do melhor atendimento personalizado na componente clĂnica, existe uma estandardização rigorosa dos procedimentos a nĂvel laboratorial. Os clĂnicos podem ter optado por diferentes abordagens e protocolos, mas no laboratĂłrio seguem-se procedimentos muito precisos relativamente Ă s diversas tĂŠcnicas. O nosso laboratĂłrio estĂĄ particularmente bem equipado para responder a todas as solicitaçþes. Quais os novos projetos realizadas na CEMEARE? 0-& $ &HPHDUH p XPD HPSUHVD FHUWLĂ€FDGD por um sistema de gestĂŁo de Qualidade e realiza todas as tĂŠcnicas essenciais ao tratamento de Procriação Medicamente Assistida (PMA). Encontramo-nos em fase de expansĂŁo das instalaçþes por forma a dar resposta Ă s necessidades de funcionalidade da CEMEARE. Essa expansĂŁo espacial per-
mitiu tambĂŠm a aquisição de novos equipamentos, como estufas de bancada, ecĂłgrafos e um novo sistema de laser. Tal possibilitou o alargamento da nossa oferta para o diagnĂłstico e o “screeningâ€? genĂŠtico prĂŠ-implantatĂłrio. AumentĂĄmos as nossas parcerias no âmbito dos laboratĂłrios de diagnĂłstico genĂŠtico de forma a reforçar a resposta que podemos dar aos nossos utentes, porque existem estudos laboratoriais ainda nĂŁo disponĂveis em Portugal. Estas tĂŠcnicas sĂŁo importantes em casais em que um dos elementos seja portador de uma doença genĂŠtica, ou entĂŁo, em casais que tĂŞm um historial de aborto de repetição ou falhas de implantação. É tambĂŠm relevante referir que tratamos por tĂŠcnicas de PMA os casais serodiscordantes em que o parceiro masculino ĂŠ portador de doença viral. Em resumo, a CEMEARE procura constantemente estabelecer novas parcerias com entidades pĂşblicas e privadas, no sentido GH SRGHU EHQHĂ€FLDU RV VHXV FDVDLV Soubemos tambĂŠm que a CEMEARE foi pioneira na utilização da tĂŠcnica da IVM? MJC: A IVM ou maturação in vitro de ovĂłcitos surgiu para evitar os quadros de hiperestimulação ovĂĄrica, principalmente no SĂndrome do OvĂĄrio PoliquĂstico, sendo os Ăłvulos colhidos antecipadamente, evitando nĂveis hormonais muito elevados. Este princĂpio de evitar o aumento dos nĂveis hormonais serve para vĂĄrias situaçþes: nĂŁo sĂł nos quadros graves da hiperestimulação, mas tambĂŠm, nos casos de doença oncolĂłgica. HĂĄ quase 10 anos atrĂĄs nĂŁo existia alternativa segura para evitar a hiperestimulação ovĂĄrica e o nosso centro iniciou assim essa tĂŠcnica em Portugal, com muito bons resultados. É uma tĂŠcnica exigente soEUHWXGR SDUD R ODERUDWyULR WHQGR Ă€FDGR UHservada para casos particulares. CP: Atualmente, a IVM estĂĄ a ser reativada, tambĂŠm porque existe um maior conhecimento e desenvolvimento de tĂŠcnicas laboratoriais e para a mulher ĂŠ um fator diferenciador fazer um quarto da dose de medicação com a tĂŠcnica da maturação in vitro, o que nĂŁo acontece com outros mĂŠtodos. Existe atĂŠ a facilidade de poder nĂŁo fazer qualquer medicação, pelo que
WHP LQĂ XrQFLD HP WHUPRV GH FXVWRV SDUD D utente e exige uma menor monotorização. Qual a idade mĂŠdia das mulheres que procuram a CEMEARE? MJC: As utentes que nos procuram tĂŞm muitas vezes uma idade acima dos 37-38 anos. O sistema de produção de gâmetas (cĂŠlulas sexuais) deixa mais cedo de ser HĂ€FD] QDV PXOKHUHV GR TXH QRV KRPHQV $ facilidade que uma mulher pode ter em engravidar aos trinta e trĂŞs anos, nĂŁo ĂŠ a mesma 8-10 anos depois. Muitas vezes a probabilidade de obter ovĂłcitos de qualidade que originem embriĂľes que implantem ĂŠ muito baixa ou quase nula, e nessas situaçþes serĂĄ possĂvel recorrer Ă doação de ovĂłcitos e/ou espermatozoides. A criopreservação de ovĂłcitos foi um passo importante? CP: A possibilidade de criopreservação dos ovĂłcitos da prĂłpria mulher para, se necessĂĄrio, serem utilizados passados alguns anos, foi sem dĂşvida um avanço importante. Para alĂŠm das situaçþes de necessidade de criopreservação de ovĂłcitos previamente ao inĂcio de terapĂŞuticas agressivas, em doenças graves, nomeadamente do foro oncolĂłgico, surgem hoje as situaçþes com o objetivo da programação temporal da reprodução, por motivos de ordem social. É a estes dois nĂveis que a criopreservação dos ovĂłcitos pode apresentar vantagens adicionais. E um aspeto de importância crescente ĂŠ a informação correta e apropriada, que pode ser facilmente encontrada pelas utentes na nossa clĂnica. $ &(0($5( QRWRX PRGLĂ€FDo}HV FRP a entrada em vigor da nova legislação? MJC - Com a nova legislação, cada vez mais utentes nos procuram como casais de mulheres ou mulheres que desejam engravidar sem parceiro. Começando sempre por uma consulta de avaliação da situação, na CEMEARE as/os utentes encontrarĂŁo seguramente as respostas e o atendimento personalizado que procuUDP SDUD D VXD VLWXDomR HVSHFtĂ€FD GH LQfertilidade. Aguarda-se a regulamentação no que respeita Ă gestação de substituição que desencadeou muitas expectativas em alguns casais.
Clínica de Medicina da Reprodução dedicada aos casais com alterações de fertilidade Diagnóstico: • Monitorização da Ovulação • Espermograma • Histeroscopia • Biópsia Testicular Tratamentos: • Estimulação da Ovulação • Inseminação Intra-Uterina • Fertilização in-vitro (FIV) • Micro injecção de Gâmetas (ICSI) • Criopreservação de Gâmetas e Embriões • Maturação in vitro de ovócitos • Diagnóstico genético pré-implantação (DGPI) • Doação de Gâmetas (oocitos e espermatozóides)
www.cemeare.pt Rua Alfredo Mesquita, nº 2E, 1600-922 Lisboa Tel.: +351 21 780 10 72 • Fax: +351 21 780 10 73 Tlm.: +351 91 525 00/1/2 e-mail: geral@cemeare.pt
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SaĂşde Feminina
InsuficiĂŞncia Venosa
Insuficiência Venosa A insuficiência venosa Ê consequência de uma alteração estrutural do sistema venoso dos membros inferiores, em que as veias perdem a função de transportar o sangue venoso, jå usado, para o coração.
Esta situação resulta no aparecimento de GHUUDPHV QR DSDUHFLPHQWR GH YDUL]HV H repercute-se na microcirculação, responsĂĄvel pelas formas mais avançadas da GRHQoD HF]HPDV YHQRVRV YiULDV DOWHUDo}HV GD SHOH Ă HELWHV KLSHUSLJPHQWDomR H ~OFHUD GH SHUQD A doença pode ter origem genĂŠtica ou dever-se a um factor circunstancial. Os factores genĂŠticos sĂŁo responsĂĄveis pela doença venosa primĂĄria, de inĂcio insidioso e com evolução relativamente lenta. Os factores circunstanciais podem ser a trombose venosa profunda, traumatismos, terapĂŞuticas hormonais femiQLQDV D JUDYLGH] H DLQGD XP Q~PHUR
considerĂĄvel de factores causais como a obesidade, o ortostatismo prolongado, a tomada excessiva de calor, a obesidade, a obstipação, entre outros. É desaconselhado o uso de calçado e vestuĂĄrio apertados e o uso de sapatos rasos ou de saltos superiores a cinco centĂmetros. Desportos como tĂŠnis, voleibol, futebol, aerĂłbica e equitação tambĂŠm nĂŁo sĂŁo recomendĂĄveis. Em qualquer estĂĄdio da doença venosa, ĂŠ fundamental o exercĂcio fĂsico adequaGR D FRQWHQomR HOiVWLFD HĂ€FD] DV PHGLdas higieno-dietĂŠticas e a medicação com Ă HERWURSRV A doença deve ser tratada desde o inĂcio,
tentando, sempre que possĂvel, eliminar os factores de risco. 2 GLDJQyVWLFR ID] VH QRUPDOPHQWH DWUDvĂŠs do exame clĂnico e da tĂŠcnica ecogrĂĄĂ€FD YDVFXODU $FWXDOPHQWH RV WUDWDPHQWRV FXUDWLYRV VmR FDGD YH] PHQRV DJUHVsivos, os tratamentos paliativos sĂŁo mais HĂ€FD]HV H RV WUDWDPHQWRV SUHYHQWLYRV mais frequentes. 2V PHGLFDPHQWRV Ă HERWURSRV VmR GH JUDQGH LPSRUWkQFLD XPD YH] TXH SHUPLtem uma maior elasticidade das veias, melhorando as condiçþes circulatĂłrias. Alguns actuam tambĂŠm na circulação caSLODU H FRP DFomR DQWL LQĂ DPDWyULD HVSHFtĂ€FD GDV YHLDV DOLYLDP D GRU H HYLWDP R DSDUHFLPHQWR GH Ă HELWHV Em relação Ă contenção elĂĄstica, esta deve ser prescrita caso a caso (meia, meia DWp j UDL] GD FR[D RX FROODQW H FRP WHQVmR VXĂ€FLHQWH SDUD UHGX]LU RV HIHLWRV GD pressĂŁo venosa nos membros inferiores. $ HVFOHURWHUDSLD VHFDJHP H R ODVHU transcutâneo estĂŁo indicados no trata-
Dicas recomendadas
PHQWR GDV WHODQJLHFWDVLDV H YDUL]HV UHWLFXODUHV YDUL]HV GH SHTXHQR FDOLEUH Quando a indicação Ê correcta e a execução efectuada com rigor tem excelentes resultados, não só no que respeita aos sintomas mas tambÊm no que se refere à estÊtica. 1DV YDUL]HV PDLV YROXPRVDV RX QDV GHpendentes dos sistemas das safenas interna ou externa, a cirurgia Ê a única solução. Nos estados iniciais, a cirurgia pode ser efectuada em regime ambulatório, sob anestesia local ou loco regional, por procedimento endovascular com laser atraYpV GH ÀEUD ySWLFD RX SRU UHVVHFomR GDV YDUL]HV FRP PLQL LQFLV}HV FXWkQHDV 1DV situaçþes mais avançadas e mais graves, a cirurgia Ê mais complicada, requerendo anestesia geral ou intradural. Cerca de um terço dos portugueses sofre de doença venosa crónica dos membros inferiores e cerca de 2 milhþes de mulheres portuguesas em idade activa sofre de doença venosa.
Praticar exercĂcio fĂsico, como seja caminhar, nadar, subir as escadas a pĂŠ Moderar o consumo de ĂĄlcool, cafĂŠ e chĂĄ NĂŁo fumar 7HU XPD GLHWD HTXLOLEUDGD SDUFD HP FDORULDV H ULFD HP Ă€EUD Evitar usar sapatos de salto alto Evitar altas temperaturas Elevar ligeiramente os pĂŠs na cama Concluir o duche com ĂĄgua fria nas pernas (YLWDU FUX]DU DV SHUQDV TXDQGR VHQWDGD Em viagens longas, nĂŁo deixe de movimentar as pernas e os pĂŠs
Investigação e Inovação em Saúde Ocular
Edema Macular Diabético
Edema Macular Diabético A diabetes já é considerada a primeira pandemia do século XXI e um dos mais sérios problemas de saúde pública dos tempos modernos. De acordo com a Federação Internacional de Diabetes, estima-se que em 2013 existissem 382 milhões de diabéticos, o que corresponde a cerca de 8.3% da população mundial. O mais preocupante é que se prevê um rápido crescimento nos próximos anos e, se nenhuma ação for desenvolvida para contrariar esta evolução, dentro de 25 anos o número de diabéticos rondará os 600 milhões, cerca de 10% da população mundial. Segundo os dados do Observatório Nacional da Diabetes, a prevalência em Portugal é uma das mais elevadas na Europa, atingindo os 13% e, à semelhança do resto do mundo, com uma tendência de crescimento nos próximos anos.
João Figueira
$ÀOLDo}HV Professor Auxiliar Convidado de Oftalmologia na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) Assistente Hospitalar Graduado no Centro de Responsabilidade Integrada de Oftalmologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CRIO-CHUC) Investigador na Associação para Investigação Biomédica e Inovação em Luz e Imagem (AIBILI)
João Figueira
A retinopatia diabética (RD) continua a ser uma das principais complicações da diabetes e, provavelmente, aquela que os doentes mais temem, porque pode levar à perda de um dos sentidos que eles mais valorizam: a visão. A RD continua a ser a principal causa de cegueira na população ativa na maioria dos países do mundo ocidental e, segundo dados da OMS, é responsável por 5% das causas de cegueira no planeta, pelo que é fundamental o seu conhecimento e prevenção. A alteração ocular mais frequentemente associada ao compromisso visual destes doentes é o edema macular diabético (EMD) e em segundo lugar a retinopatia diabética proliferativa (RDP). Estima-se que cerca de 12% dos doentes com RD possuem pelo menos uma destas formas ameaçadoras da visão. A mácula corresponde à zona mais nobre da retina e é responsável, por exemplo, pela visão de pormenor, discriminação das cores e permite ainda tarefas importantes, como a leitura e a condução. O EMD corresponde a um aumento da espessura retiniana dessa área macular devido à acumulação de líquido. Penso que é facilmente compreensível que o edema da região macular vai acarretar não só uma alteração estrutural, mas também funcional, nesta zona da retina extremamente importante para a visão. O EMD em fases iniciais pode ser complemente assintomático, isto é, não se
acompanha de sintomas visuais, sendo muitas vezes o seu diagnóstico ocasional. Por esse motivo, recomenda-se um controlo oftalmológico periódico aos diabéticos, mesmo quando não têm queixas oftalmológicas. O EMD se não for diagnosticado e tratado atempadamente, com o passar do tempo, e em especial quando atinge a zona macular central (que chamamos fóvea), acompanha-se de uma perda de visão que, em situações extremas, poderá levar à cegueira. O diagnóstico do EMD faz-se muitas vezes através do exame oftalmológico quando o oftalmologista observa o fundo ocular após a dilatação pupilar. No entanto, quase sempre são necessários exames complementares de diagnóstico, que vão permitir a confirmação do diagnóstico, a caracterização do edema e, ainda ajudar o médico na orientação terapêutica. Os exames mais frequentemente solicitados são as
A alteração ocular mais frequentemente associada ao compromisso visual destes doentes é o edema macular diabético (EMD) e em segundo lugar a retinopatia diabética proliferativa (RDP).
fotografias do fundo do olho, a angiografia fluoresceínica e o OCT (Tomografia de Coerência Ótica). Este último corresponde a um exame não invasivo que revolucionou o estudo das doenças retinianas e, obviamente, também do EMD. Através desse exame é possível quantificar e localizar de forma precisa o EMD e ainda avaliar de forma pormenorizada a estrutura retiniana. Equipamentos mais recentes, utilizando a tecnologia de OCT angiografia, são mesmo capazes de avaliar a estrutura vascular retiniana sem necessidade de injeção de nenhum contraste. O diagnóstico precoce das situações de RD que necessitam de referenciação é
O diagnóstico do EMD faz-se muitas vezes através do exame oftalmológico quando o oftalmologista observa o fundo ocular após a dilatação pupilar.
fundamental para o rápido encaminhamento destes doentes para centros especializados onde possam receber atempadamente os tratamentos adequados. Por forma a garantir o diagnóstico precoce, os diabéticos devem ser submetidos a um controlo oftalmológico regular, até porque muitas vezes os diabéticos com formas mais graves de RD, são completamente assintomáticos, não apresentam qualquer queixa visual. Os rastreios oftalmológicos utilizando fotografias do fundo ocular são métodos perfeitamente validos para o controlo da retinopatia diabética. Além de serem economicamente mais vantajosos para o sistema de saúde, quando comparados com a consulta oftalmológica mais diferenciada, podem ser realizados mais comodamente na área de residência dos doentes e possuem uma boa sensibilidade na deteção das situações que necessitam de encaminhamento diferenciado. Para combatermos a perda de visão as-
Edema Macular Diabético As terapêuticas intravítreas, isto é, tratamentos nos quais os fármacos são injetados no interior no olho, vieram revolucionar a forma de tratar o EMD.
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sociada à diabetes é fundamental prevenir o desenvolvimento da RD, bem como a sua progressão. Muitos casos graves de RD poderiam ser evitados com um bom controlo do açúcar e dos lípidos sanguíneos, da pressão arterial e claro, se fossem diagnosticados e tratados atempadamente. Na última década houve uma grande evolução no tratamento das formas de RD que estão associadas à baixa da visão, e em especial do EMD, que melhorou o prognóstico visual destes doentes. A fotocoagulação laser é utilizada no tratamento do EMD há mais de 4 décadas e foi fundamental para evitar a cegueira de muitos diabéticos no passado. Com o laser conseguíamos muitas vezes evitar a perda de visão mas, infelizmente, raramente obtínhamos uma melhoria visual quando tratávamos o edema macular. Mais recentemente, as terapêuticas intravítreas, isto é, tratamentos nos quais
os fármacos são injetados no interior no olho, vieram revolucionar a forma de tratar o EMD. Medicamentos como os corticoides ou fármacos anti-VEGF, utilizando a referida via de administração, revelaram-se mais eficazes que o laser na recuperação da visão dos doentes com EMD. O laser apesar de não ter sido abandonado, o seu uso ficou praticamente restringido a algumas situações muito específicas de EMD ou em combinação com os novos tratamentos, em especial quando estes últimos não funcionam como desejado. Os corticoides aprovados para o EMD são o Ozurdex© (dexametasona) e o Iluvien© (fluocinolona). Embora não tenham efeitos sistémicos conhecidos, estão associados a um risco de desenvolvimento de catarata e aumento da tensão ocular. A duração de ação é estimada em cerca de 3-6 meses no caso do Ozurdex© e em aproximadamente 3 anos no Iluvien©. Os fármacos anti-VEGF que tiveram aprovação para o tratamento do EMD foram o Lucentis© (ranibizumab) e, mais recentemente, o Eylea© (aflibercept). O Avastin (bevacizumab) é um outro anti-VEGF também utilizado no EMD, embora não tenha recebido aprovação pelas entidades reguladoras do medicamento para utilização ocular.
Na última década houve uma grande evolução no tratamento das formas de RD que estão associadas à baixa da visão, e em especial do EMD.
Os anti-VEGF mostraram-se bastante seguros e eficazes quando injetados nos olhos destes diabéticos. No entanto, os doentes necessitam de ser submetidos a periódicos tratamentos e monitorizações, especialmente nos primeiros anos, embora com uma significativa redução ao longo do tempo. Apesar das melhorias verificadas no diagnóstico e tratamento do EMD, muitos doentes continuam a perder a visão e esta complicação ocular da DM persiste nos nossos dias como uma das principais causas de cegueira nas sociedades modernas. Alternativas terapêuticas são obviamente necessárias para conseguir melhorar ainda mais o prognóstico visual destes doentes e, em especial, dos que não respondem favoravelmente, ou o fazem de forma limitada, aos tratamentos atualmente disponíveis. Novos fármacos da mes-
Investigação e Inovação em Saúde Ocular
ma família dos atualmente disponíveis ou utilizando novos alvos terapêuticos, estão já a ser testados, com o objetivo de conseguir potenciar ainda mais os resultados já atualmente conseguidos, aumentar a sua duração de ação e, por conseguinte, reduzir o número de tratamentos necessários e/ou aumentar o intervalo entre eles, bem como procurar outras formas de administração, mais comodas para o doente, podendo eventualmente ser possível a sua administração por via tópica ou oral. O futuro parece-nos promissor e estão criadas grandes expectativas para os
O futuro parece-nos promissor e estão criadas grandes expectativas para os oftalmologistas, mas em especial para os doentes que padecem desta complicação ocular da diabetes.
destes doentes.
oftalmologistas, mas em especial para os doentes que padecem desta complicação ocular da diabetes. No entanto, não nos podemos esquecer que estes novos tratamentos terão de passar necessariamente por rigorosos ensaios que comprovem não só a sua eficácia e segurança, mas também uma inquestionável relação risco/benefício que permita a sua aprovação e comercialização.
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Alternativas terapêuticas são obviamente necessárias para conseguir melhorar ainda mais o prognóstico visual
Lousada: Artes e Cultura
Município de Lousada
VILA - Festival de Música de Lousada O VILA - Festival de Música de Lousada está de volta. Nos dias 30 de Junho, 1 e 2 de Julho, através do VILA a população de Lousada manifestará mais uma vez Identidade com a sua terra, orgulho por ali viver de encontro com a Cultura e com Arte.
Lousada é palco habitual de uma animação social e cultural inusitada fora das portas daquele concelho. Em Lousada toda a população vive uma movida constante dentro de uma dinâmica que não deixa barreiras entre diversão e fruição cultural. Nestas noites cálidas de verão, o VILA - Festival de Música de Lousada será um ponto ainda mais especial de uma vila que construiu para a sua população, também através dos caminhos da arte, uma essencial alegria de viver. O VILA é um festival inclusivo e brindará todos com muita música. Pequenos e grandes, jovens ou menos jovens, todos se comprazerão com a sua brisa musical, sendo que o evento evidencia atenção no público jovem e académico. &RPR DÀUPRX GXUDQWH D DSUHVHQWDomR do VILA a Vereadora da Juventude, Drª Cristina Moreira, «este evento é destinado aos vários públicos, com mais enfoque nos jovens. Aliás é também um ALCATRÃO
modo de premiar aqueles que terminam o ano letivo e têm, desta forma, a possibilidade de assistirem a concertos com artistas de que gostam». O VILA assume-se assim como um instrumento de rejubilação da juventude, faixa etária tão importante e muito presente no quotidiano de Lousada. Um quotidiano onde a música está bem presente. Porque em Lousada teve-se a consciência de que a modernidade se constrói de mãos dadas com a música, evidente integrante da “indústria criativa” e um fator que alavanca negócios, designadamente os relacionados com o turismo. Sendo também que a música quando acessível como prática e consumo de uma comunidade tem resultantes de bem-estar e felicidade. Mas vamos ao VILA, festival que terá entrada gratuita. Aliás é fundamental ir ao VILA, o que se constata olhando para o seu cartaz. Logo no primeiro dia, 30 de Junho, sexta-feira, a partir das 21h00, no palco que se instalará no Parque Urbano Dr. Mário da Fonseca estarão os Alcatrão, banda rock lousadense
Coro Feminino CVS
AGIR
que em 2017 comemora 25 anos de estrada alcatroada com persistência e amor à música. Os Alcatrão, que com a sua acarinhada longa carreira bem provam o enraizamento da música em Lousada, ligarão gerações entoando, entre outros, “Aceleras”, um tema mítico em Lousada. Outra banda local que vai ter destaque especial na sexta-feira, será a Ergo`s Band. Mas a festa musical muito promete e vai-se estender até ser já dia claro, contando ainda com VIRGUL, ex Da Weasel, artista premiado pela MTV e conhecido, entre outros, pelo seu tema “I Need This Girl”, incluído na banda sonora da telenovela da TVI “A Única Mulher”. A primeira noite do VILA terá também a presença do rapper VALAS, músico que tem origem em Évora e alcançou sucesso na-
cional. O tema “As Coisas”, de VALAS, será certamente um dos que o popular rapper irá interpretar no VILA. O VILA contará ainda na sua primeira noite com a presença dos NO MAKA, considerados a melhor dupla de DJs em Portugal, uma referência no género. Os NO MAKA fazem a fusão dos beats Afro e Kuduro com sonoridades atuais, sem problema, com balanço. Sábado, 1 de Julho, a noite voltará a ser de muita animação no Parque Urbano Dr. Mário da Fonseca com outro cartaz aliciante e mais espetáculos imperdíveis. Destaque para Diana Martinez & The Crib. Diana Martinez é uma artista muito jovem mas com um madurado projeto musical que passou já pelo MEO Marés Vivas e outros festivais. Diana Martinez leva a Lousada um som cativante que se situa entre o r&b, a soul e o hip hop. A ebulição musical continuará com AGIR, estrela pop do momento, com uma carreira já consolidada como cantor e produtor. AGIR, depois de lotar as grandes salas de espetáculo portuguesas, estará no VILA para deleite de todos. A noite terá ainda tempo e espaço para The Fucking Bastards, trio de DJs bem conhecido na noite do Porto onde tocam habitualmente há dez anos. Além do Parque Urbano Dr. Mário da Fonseca, Lousada no dia 1 de Julho terá uma miríade animações musicais que começarão de tarde, às 15h30. Atrevemo-nos a destacar as atuações da Banda de Música da Associação de Cultura Musical de Lousada e do Coro Feminino do Conservatório do Vale do Sousa. Domingo, dia 2 de Julho, a partir das 15h00 o Parque Urbano Dr. Mário da )RQVHFD ÀFD SRU FRQWD GRV PDLV SHTXHnos que, com os seus pais verão chegar, talvez no seu Trolipop e de mala cor-de-rosa, Xana Toc Toc. O mundo encantado de Xana Toc Toc, de que os miúdos tanto gostam, estará também no VILA Festival de Música de Lousada. Será que Xana Toc Toc vai gravar mais um dos seus vídeos nos cenários de sonho de Lousada? Virgul
MunicĂpio de Lousada
Lousada: Artes e Cultura
#LousadaViladaMĂşsica No final da tarde de domingo, 18 de Junho, na Casa da MĂşsica, no Porto, depois do concerto de tributo aos Trovante realizado pelo projeto ParaSeres da Terra do ConservatĂłrio do Vale do Sousa (CVS), de Lousada, o mĂşsico LuĂs Represas afirmou: ÂŤLousada tem que mostrar ao paĂs e ao mundo a maior riqueza que tem. NĂŁo se trata de uma pĂŠrola, mas sim de um o colar de pĂŠrolas, resultado de um trabalho de desenvolvimento ao longo de vĂĄrios anos atravĂŠs da educação da mĂşsicaÂť.
Ao fazer esta declaração, LuĂs Represas certamente nĂŁo partiu apenas da demonstração qualitativa e quantitativa em termos do grande nĂşmero de pessoas envolvidas no concerto. O ParaSeres da Terra fez na Casa da MĂşsica uma exibição do trabalho que tem desenvolvido em torno do estudo e preservação da mĂşsica popular portuguesa num concerto que contou com participação da Orquestra de Cordas, da Classe de Improvisação, da Classe de Improvisa-
LuĂs Represas
ção, do Coro de Pais, da Orquestra de Sopros do CVS e dos Coros Juvenis. O ex-Trovante conhece o panorama musical de Lousada, o que tem sido investido no concelho em termos de educação e formação musical e os frutos que disso se colhem. Com efeito, o ConservatĂłrio do Vale do Sousa, na continuidade do trabalho que tinha jĂĄ desenvolvido como Associação de Cultura Musical, com a aposta no ensino articulado de mĂşsica, tem sido um dos eixos propulsores da intenção de promover a prĂĄtica musical no concelho de Lousada. Vale saber que existiu um investimento do MunicĂpio de Lousada feito na educação em geral e o reconhecimento de que o ensino musical ĂŠ muito importante para o desenvolvimento social e cultural do conce-
LuĂs Represas
lho. Para isso o MunicĂpio de Lousada estabeleceu parcerias com o ConservatĂłrio do Vale do Sousa para o ensino da mĂşsica, que assim ĂŠ gratuito no concelho desde o ensino prĂŠ-escolar atĂŠ ao 12Âş ano. Um trabalho paulatino mas determinado no âmbito do ensino da mĂşsica tem permitido casos como o do pianista lousadense
JoĂŁo Xavier, nascido em 1993. JoĂŁo Xavier, concertista hoje renomado, em 2011 obteve o primeiro lugar no PrĂŠmio Jovens MĂşsicos, promovido pela Antena 2, na categoria piano-nĂvel superior, e posteriormente, em 2014, granjeou o terceiro prĂŠmio no concurso internacional de piano “PrĂŠmio JaĂŠnâ€?, em Espanha. JoĂŁo Xavier ingressou no ConservatĂłrio do Vale do Sousa aos nove anos e terminou o 8Âş grau em 2011 FRP D FODVVLĂ€FDomR Pi[LPD JĂĄ que se mencionaram prĂŠmios, deixe-se aqui tambĂŠm a menção de que o Coro Feminino do Vale do Sousa do CVS tem tambĂŠm obtido prĂŠmios internacionais, enquanto muito atua alĂŠm- fronteiras. A mĂşsica estĂĄ no ADN de Lousada e o potencial que ela representa nĂŁo tem deixado de ser tomado em conta. Da Banda de MĂşsica de Lousada, criada em 1855 e conceituada no panorama filarmĂłnico nacional, atĂŠ aos muitos DJs e bandas de garagem lousadenses, inĂşmeros agentes fazem a banda sonora de Lousada. Na mĂşsica tradicional, no fado, em vĂĄrios gĂŠneros, nomes ficam por citar aqui. O VILA ĂŠ um festival que acontece tendo tido a precedĂŞ-lo vĂĄrias ativaçþes musicais como as que aconteceram recentemente no RUA FESTIVAL ASSOCIATIVO que animou a pitoresca e pontilhada de bares e restaurantes Rua de Santo AntĂłnio. Viu-se e ouviu-se assim mais uma vez Lousada Vila da MĂşsica. Em Lousada faz-se concretamente uma DSRVWD QD P~VLFD FDSD] GH Ă€[DU SHVVRDV no concelho integradas em oportunidades SURĂ€VVLRQDLV SRVVLELOLWDGDV H VXSRUWDGDV pelo capital de empreendedorismo.
Qualidade de Vida
Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares
“Poiares Capriland na capital da Chanfana promover o nosso concelho, com base numa marca âncora que ĂŠ Caprinicultura e WRGD D Ă€OHLUD DVVRFLDGDÂľ
O PaĂs Positivo foi ao encontro de JoĂŁo Miguel Henriques, edil de Vila Nova de Poiares, que nos falou sobre o mais recente projeto da autarquia, a criação do Poiares Capriland.
Foi constituĂdo, recentemente, em Vila Nova de Poiares, o Centro de CompetĂŞnFLDV GD &DSULQLFXOWXUD XP SURMHWR GHVHQvolvido no enquadramento do Programa EstratĂŠgico de Desenvolvimento Local desenvolvido pelo executivo camarĂĄrio e o qual foi denominado de Poiares Capriland. 0DV DĂ€QDO R TXH SUHWHQGH HVWH SURJUDPD" JoĂŁo Miguel Henriques responde: “O que quisemos foi pegar numa marca local, num produto endĂłgeno que estĂĄ diretamente ligado Ă histĂłria, as tradiçþes e Ă cultura do FRQFHOKR H GHVHQYROYHU WRGR XP FRQMXQWR de açþes que preencha e desenvolva toda a Ă€OHLUD GD &DSULQLFXOWXUD GHVGH D SURGXção, a gastronomia, o artesanato, a exploraomR WXUtVWLFD H Ă RUHVWDO 2X VHMD WXGR DTXLOR TXH GLUHWD RX LQGLUHWDPHQWH HVWHMD DVVRFLDdo Ă Caprinicultura deve ser explorado e WUDEDOKDGR QR VHQWLGR GH FULDU XP FRQMXQWR de oportunidadesâ€?. Assim, com base nesta ideia, surge, em Poiares, um Centro de CompetĂŞncias Caprino que, no fundo, pretende reunir, analisar, dissertar e transmitir XP FRQMXQWR GH LQIRUPDo}HV TXH VHMDP GR interesse do prĂłprio setor, sendo um elemento facilitador de desenvolvimento de competĂŞncias e conhecimento. SĂŁo cinco as entidades que estĂŁo na base da elaboração do protocolo de criação Centro de CompetĂŞncias da Caprinicultura: Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares, a Universidade de Coimbra, a Escola Superior AgrĂĄria, o INIAV (Instituto Nacional de Investigação AgrĂĄria e VeterinĂĄria) e a ANCOSE (Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Serra da Estrela). Estas VmR DV FLQFR HQWLGDGHV TXH LQLFLDUmR R SURMHto, mas posteriormente o Centro de CompetĂŞncias serĂĄ aberto a outras entidades TXH HVWHMDP OLJDGDV GLUHWD RX LQGLUHWDPHQWH j Ă€OHLUD GD &DSULQLFXOWXUD
Atração de investimento
Assinatura do protocolo do Centro de CompetĂŞncias da Caprinicultura
O protocolo em causa foi assinado na Câmara Municipal, na presença do SecretĂĄrio de Estado da Agricultura e Alimentação, Luis Medeiros Vieira, que homologou o documento e felicitou o MunicĂpio de Vila Nova de Poiares por todo o trabalho desenvolvido nesta matĂŠria. O representante do Governo foi mesmo mais longe e sublinhou que, a partir de agora, ÂŤVila Nova de Poiares serĂĄ o Centro Nacional da Caprinicultura, tendo todas as condiçþes para relança-la no nosso paĂs, num setor que ĂŠ muito importante e que muito contribui para o desenvolvimento das zonas ruraisÂť.
A Caprinicultura e a prevenção de incêndios
A produção de caprinos ĂŠ muito importanWH SDUD D SUHYHQomR GH IRJRV Ă RUHVWDLV 6Hgundo nos refere o nosso interlocutor, “a produção extensiva de caprinos ĂŠ feita em iUHD Ă RUHVWDO H DV FDEUDV VmR GRV DQLPDLV que melhor conseguem fazer, de uma forPD QDWXUDO D OLPSH]D GDV Ă RUHVWDV Mi TXH VH trata de um animal de alimentação fĂĄcil e de excelente adaptação Ă s vĂĄrias condiçþes do terreno e do tempo. Atendendo a que estamos numa zona bastante propĂcia a inFrQGLRV Ă RUHVWDLV H TXH JUDQGH SDUWH GRV fogos se deve Ă falta de cuidados com as propriedades, a produção de caprinos SRGH HYHQWXDOPHQWH GDU DTXL XPD ERD DMXda, fazendo naturalmente a limpeza desses espaçosâ€?.
Os caprinos e a gastronomia
A cabra ĂŠ um dos principais elementos da
gastronomia de Poiares. Como ĂŠ sabido, Vila Nova de Poiares, ĂŠ a Capital Universal da Chanfana e, portanto, ĂŠ um concelho conhecido por essa iguaria de excelĂŞncia onde a cabra ĂŠ o ingrediente principal. No entanto, â€œĂŠ importante que existam cabras para que se possa confecionar a chanfana SRUTXH VH QDGD Ă€]HUPRV FRUUHPRV R ULVFR de nĂŁo termos matĂŠria-prima para manter esta tradição. Um dos grandes problemas que enfrentamos ĂŠ a escassa matĂŠria-prima, quer para a chanfana, quer, por exemSOR SDUD D SURGXomR GH TXHLMR (VWH SURgrama de desenvolvimento estratĂŠgico ĂŠ tambĂŠm criar condiçþes para o aparecimento de novas unidades produtoras e para que o mercado comece a receber mais quantidade e mais oferta face Ă s necessidades que vĂŁo existindoâ€?.
Turismo: Um setor que tambĂŠm sai a ganhar
Sabemos que a gastronomia ĂŠ um dos principais polos de atração turĂstica da regiĂŁo e do concelho, assim como o artesanato –nĂŁo nos esqueçamos que a chanfana ĂŠ confecionada nos caçoilos de barro preto. Mas o autarca quer ainda mais: “Queremos criar polos turĂsticos com capacidade de atratividade, nomeadamente em função de açþes diferenciadoras, que possam trazer as pessoas, nĂŁo para aquele turismo tradicional, fazendo com que as pessoas experimentem no terreno nomeadamente para terem acesso a experiĂŞncias relacionadas FRP HVWD Ă€OHLUD GD &DSULQLFXOWXUDÂľ 3RUWDQto, “penso que todas estas valĂŞncias estĂŁo relacionadas e serĂŁo fundamentais para
É importante que o concelho tenha capaFLGDGH SDUD DWUDLU H Ă€[DU LQYHVWLPHQWR QR setor agrĂcola, nomeadamente da Caprinicultura. Para isso, existe uma constante procura de locais que possam servir para alocar unidades de produção de gado caprino. Desta forma, estĂŁo criadas as condiçþes para que a produção de caprinos e VHXV VXESURGXWRV VHMDP XPD LQWHUHVVDQte atividade econĂłmica: “De salientar TXH Ki WRGR XP FRQMXQWR GH SURGXWRV que podem ser retirados da produção de FDSULQRV H FXMD RIHUWD p EHP LQIHULRU j procura portanto o investimento que possa ser feito serĂĄ, com certeza, um investimento com retornoâ€?, adianta JoĂŁo Miguel Henriques, deixando a certeza de que a autarquia estĂĄ disposta a apoiar os investidores em tudo aquilo que for necessĂĄrio, dando informaçþes sobre o setor, encaminhando os empreendedores para açþes de formação importantes e, mesmo, mostrando quais os mecanismo GH Ă€QDQFLDPHQWR H[LVWHQWHV SDUD TXH RV SURMHWRV JDQKHP YLGD
O passo seguinte
&RP EDVH QDTXLOR TXH HVWi Mi D VHU IHLWR HP Poiares, o futuro promete ser animador. Este Centro de CompetĂŞncias nĂŁo serĂĄ um SURMHWR LVRODGR PDV VLP IXQGDPHQWDGR H trabalhado para que tenha continuidade e consiga ter todas as condiçþes para crescer H GHVHQYROYHU R Ă€P SDUD R TXDO IRL FULDGR 1R HQWDQWR RXWURV SURMHWRV HVWmR D Mi D VHU pensados e, neste momento, JoĂŁo Miguel Henriques e o seu executivo estĂĄ tambĂŠm a investir na procura de um parceiro que permita criar, em Poiares, uma unidade demonstradora de produção de caprinos em grande escala: “Procuramos um produtor que nos garanta, aqui, uma unidade de produção em grande escala para que possa servir de exemplo a outras pequenas produçþes. Assim, estaremos a criar as bases para o sucessoâ€?. No fundo, Poiares quer passar da Capital da Chanfana para a Capital da Caprinicultura em Portugal. Um obMHWLYR TXH HVWi FDGD YH] PDLV SUy[LPR GH ser atingido.â€?
Câmara Municipal de Estremoz
Entre a serra e os monumentos Agraciado pela beleza da Serra d`Ossa, que confere ao concelho uma beleza peculiar, Estremoz recebe os visitantes com inĂşmeras ofertas culturais, de desporto e de lazer. PrĂŠ-finalista das “7 Maravilhas de Portugalâ€?, na categoria de Aldeia Monumento Evoramonte assume-se como uma das mais fortes candidatas a receber este prĂŠmio. Entrevista a MĂĄrcia Oliveira, Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Estremoz.
A NATUREZA DE ESTREMOZ
Estremoz ĂŠ um concelho “riquĂssimo a nĂvel cultural, turĂstico, histĂłrico e tem muito para oferecer a quem nos visitaâ€?. A variedade de recursos naturais e de biodiversidade sĂŁo atrativos que “caraterizam esta regiĂŁo marcada pela beleza das suas planĂcies e por lugares de beleza excecionalâ€?. Apesar de ser um concelho do interior, Estremoz, “tem conseguido aproveitar as oportunidades que tĂŞm surgido e daĂ termos vindo a constatar que o nĂşmero de visitantes tem vindo a aumentar de forma constanteâ€?.
O QUE VISITAR
Os turistas chegam demonstrando muita “curiosidade sobre a nossa gastronomia e vinhosâ€?. Os vinhos de Estremoz tĂŞm ganho prĂŠmios a nĂvel nacional e internacional. As vinhas usufruem das “caraterĂsticas climĂĄticas, ambientais e naturais Ăşnicas no paĂs para a produção de determinadas castas que conferem uma identidade peculiarâ€? aos nossos vinhos. Segundo os dados que “temos vindo a recolher
MĂĄrcia Oliveira, Vereadora da Cultura da C. M. Estremoz
constatamos que os turistas tambĂŠm nos visitam devido Ă candidatura dos Bonecos de Estremoz a PatrimĂłnio Imaterial da Humanidadeâ€?. Os castelos de Vieiros, de Estremoz e de Evoramonte e as respetivas envolventes “compĂľem tambĂŠm uma rota turĂstica muito interessanteâ€?. A paisagem do concelho estĂĄ fortemente “marcada pelo mĂĄrmore, recurso abundante no concelho e muito utilizado para a construção das tradicionais calçadas Ă portuguesaâ€?. O mĂĄrmore branco de Estremoz ĂŠ “internacionalmente conhecido pela sua qualidadeâ€? sendo exportado para inĂşmeros paĂses. Estremoz “orgulha-se de ter conseguido preservar uma Torre de Menagem toda revestida em mĂĄrmoreâ€?. A visita a uma pedreira em atividade ou a uma RĂ€FLQD GH FDQWDULD p WDPEpP XP ´SURgrama muito procurado por aqueles que nos visitam.â€?
EVENTOS EMBLEMĂ TICOS
A FIAP – Feira Internacional de AgropecuĂĄria de Estremoz ĂŠ dos eventos mais marcantes da regiĂŁo que “este ano contou com mais de 50 mil visitantesâ€?. O
“Festival da Rainhaâ€?, a “Corrida de Carrinhos de Rolamentosâ€? atraem cada vez mais “participantes e pĂşblico a assistirâ€?. A “Cozinha dos GanhĂľesâ€? ĂŠ um certame gastronĂłmico no qual “exibimos os melhores pratos e doçarias regionaisâ€?, sendo o evento que reĂşne maior nĂşmero de participante e visitantes, “ultrapassado apenas pela FIAPâ€?. O “Estremoz Bikeâ€? ĂŠ uma prova de BTT que aproveita as caraterĂsticas naturais da “Serra d` Ossa, que estĂĄ divida entre os concelhos de Estremoz e do Redondo, e a freguesia de Evoramonte para realizar esta prova que atrai cada vez mais participantesâ€?. No prĂłximo dia dois de julho “vamos realizar o “Estremoz Fun Runningâ€? uma iniciativa que conjuga a atividade fĂsica com diversĂŁo, mĂşsica e muita corâ€?!
EVORAMONTE
Estremoz ĂŠ um “concelho repleto de joias e Evoramonte ĂŠ uma das mais preciosasâ€?. Sendo uma aldeia pequena, com apenas cem quilĂłmetros quadrados e quinhentos habitantes, “tem uma identidade Ăşnica uma vez que consegue juntar o melhor de duas paisagens: uma parte baixa, com caraterĂsticas contemporâneasâ€? e uma parte alta, com quatrocentos e oitenta metros de
7 Maravilhas de Portugal
altitude, “onde estĂĄ localizado o castelo que exibe uma parte medieval. Na torre do Castelo de Evoramonte a amplitude de visĂŁo ĂŠ tĂŁo vasta que, nos dias de cĂŠu limpo, ĂŠ possĂvel observar a Serra da Estrelaâ€?. A candidatura de Evoramonte Ă s “7 Maravilhas de Portugalâ€?, na categoria de Aldeia Monumento, “baseou-se na beleza natural de Evoramonte, na dicotomia entre as zonas contemporânea e a medieval, a paisagem que pode ser observada da aldeia, a proximidade com Estremoz e a riqueza gastronĂłmica e vĂnicaâ€?. A histĂłria enriqueceu esta candidatura, uma vez que foi o local onde se assinou a Convenção de Evoramonte (que terminou com a guerra entre os Absolutistas e os Liberais)â€?.
BONECOS DE ESTREMOZ
O MunicĂpio de Estremoz entregou a candidatura da Produção de Figurado em Barro de Estremoz a PatrimĂłnio Imaterial da Humanidade, na ComissĂŁo Nacional da UNESCO (CNU). “Neste momento existem poucos artesĂŁos dedicados a esta arte e esta foi uma forma de a salvaguardar e de atrair novos interessados por esta arteâ€?. A candidatura foi “formalmente aceite pela UNESCO e encontra-se em avaliação para a sua inclusĂŁo na Lista Representativa do PatrimĂłnio Cultural Imaterial da Humanidadeâ€?, em dezembro deste ano. EstĂĄ patente, no Museu Municipal, uma coleção dos Bonecos de Estremoz. “Estes bonecos sĂŁo Ăşnicos, nĂŁo sĂł pelo seu modo de produção, onde ĂŠ usada a tĂŠcnica da bola, da placa e do rolo, mas tambĂŠm porque retratam crenças e as vivĂŞncias do povo alentejano e do seu quotidiano.â€?
7 Maravilhas de Portugal
Câmara Municipal de Portalegre
Liderança com dinamismo e perseverança! Portalegre, capital de distrito do (Alto) Alentejo tem sido alvo de investimento por parte de empresas nacionais e internacionais. O executivo camarĂĄrio, liderado por Maria Adelaide Teixeira, responde com redução de impostos e medidas de apoio aos empresĂĄrios, fomentando o emprego e elevando a qualidade de vida dos portalegrenses. Alegrete ĂŠ uma das jĂłias do concelho de Portalegre jĂĄ que foi eleita prĂŠfinalista das “7 Maravilhas de Portugalâ€?, na categoria de Aldeia Rural. Venha conhecer Portalegre. Entrevista a Maria Adelaide Teixeira, Presidente da Câmara de Portalegre.
6HUUD GH 6mR 0DPHGH WHP PXLWR SDUD PRVWUDU $SUHVHQWH QRV R FRQFHOKR GH 3RUWDOHJUH Portalegre ĂŠ a capital de distrito do norte alentejano e temos o privilĂŠgio de quarenta por cento do nosso territĂłrio se encontrar em pleno Parque Natural da Serra de SĂŁo Mamede, o que confere caraterĂsticas Ăşnicas a este concelho. A cidade de Portalegre tem uma moldura lindĂssima que ĂŠ a Serra de SĂŁo Mamede, uma serra que do ponto GH YLVWD JHRPRUIROyJLFR IDXQtVWLFR H Ă RUtVWLFR p GHYHUDV GLYHUVLĂ€FDGR RQGH DEXQGDP os recantos e encantos de beleza inigualĂĄvel e extremamente aprazĂveis. A maioria das
Maria Adelaide Teixeira, Presidente C. M. Portalegre
sete freguesias do concelho de Portalegre situam-se em pleno Parque Natural da Serra de SĂŁo Mamede. Algumas dispĂľem de piscinas pĂşblicas, outras com zonas de lazer Ă beira rio, mas cada uma ĂŠ Ăşnica como se comprova ao mirar a paisagem envolvente e o patrimĂłnio local. Portalegre ĂŠ uma cidade urbanisticamente equilibrada que nĂŁo cedeu Ă pressĂŁo da construção apressada e sem regra de que muitas foram alvo. É conhecida como a segunda cidade com maior nĂşmero de casas brasonadas, e tambĂŠm pela cidade dos sete conventos, entre eles, alguns dos mais bonitos de Portugal que nos deixou como herança uma grande variedade de doçaria conventual. De realçar tambĂŠm a qualidade da gastronomia. O Instituto PolitĂŠcnico de Portalegre representa um polo de atração para a população jovem e que nĂłs acarinhamos e apoiamos a todos os nĂveis, na medida do possĂvel, alĂŠm de se constituir como uma entidade de Ensino Superior de qualidade e com RIHUWD GLYHUVLĂ€FDGD H TXH WHP XP LPSDFWR muito importante na economia local e regional, para lĂĄ da excelente investigação que promove. Caraterizada por ter vĂĄrios nomes sonantes da arquitetura nacional, a reTXDOLĂ€FDomR H UHFRQVWUXomR GH HGLItFLRV PtWLFRV VmR FRPXQV SHOD FLGDGH
8P GHOHV p R HGLItFLR RQGH QRV HQFRQWUDPRV $ TXHP VH GHYH HVWD REUD" $ UHFRQVWUXomR H UHTXDOLĂ€FDomR GH HGLItFLRV mĂticos da cidade tĂŞm sido feitas com base na sustentabilidade e qualidade de forma a podermos aproveitar os recursos que a ciGDGH QRV GLVSRQLELOL]D $ UHTXDOLĂ€FDomR GR complexo da Fundação Robinson, a Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre cujo projetoĂŠ do arquiteto Souto de Moura, e ainda a obra de Carrilho da Graça com a Igreja de Santo AntĂłnio, no Bairro dos Assentos. O edifĂcio da Câmara Municipal, onde nos encontramos, foi projetado por Sequeira Mendes que consistiu na recuperação do conjunto arquitetĂłnico constituĂdo pelo ColĂŠgio e Igreja de S. SebastiĂŁo, fundado em 1605, e pela Real FĂĄbrica de LanifĂFLRV HGLĂ€FDGD GXUDQWH D pSRFD GH 0DUTXrV de Pombal. O Clube de TĂŠnis do arquiteto Homem, ainda Chuva Gomes com as reTXDOLĂ€FDo}HV GD ,JUHMD GH 6mR )UDQFLVFR H GR Castelo, Teresa Nunes da Ponte com o Museu Municipal de Portalegre, entre outros nomes sonantes da arquitectura. PoderĂamos atĂŠ elaborar um roteiro turĂstico de forma a dar a conhecer a obra destes nomes sonantes da arquitetura nacional, uma ideia que queremos explorar no futuro. Portalegre ĂŠ sinĂłnimo de histĂłria e tra-
GLomR 3RU RQGH GHYHP SDVVDU RV FLUFXLWRV GH TXHP YLVLWD R FRQFHOKR" As tapeçarias de Portalegre levam o nome desta cidade alĂŠm-fronteiras, sĂŁo Ăşnicas no mundo e sĂŁo o ex-lĂbris da cidade e de todos os portugueses. A representar esta arte existe o Museu da Tapeçaria e Manufatura. Outros museus e monumentos deverĂŁo ser alvo de visita como o Museu Municipal, a Casa-Museu JosĂŠ RĂŠgio (escritor que viveu parte da sua vida em Portalegre), as casas brasonadas e as igrejas. Para alĂŠm dos sete conventos aconselho a visita Ă Catedral e aos noventa e seis retĂĄbulos maneiristas que esta exibe e que a tornam um monumento Ăşnico a nĂvel nacional. O espaço da Fundação Robinson (antiga fĂĄbrica da cortiça que laborou atĂŠ 2009), ocupa uma ĂĄrea de cerca de sete hectares, no centro histĂłrico da cidade, ĂŠ considerado o maior complexo de arqueologia industrial da Europa e em meOKRU HVWDGR GH FRQVHUYDomR 3RU Ă€P XPD visita Ă Serra de SĂŁo Mamede, aos seus miradouros e a todas as freguesias do Concelho. Recentemente tem havido um investiPHQWR QR VHWRU YLQtFROD 2V YLQKRV GH 3RUWDOHJUH HVWmR D VHU UH GHVFREHUWRV" Os vinhos de Portalegre sĂŁo completamente diferentes dos vinhos do Alto Alentejo, como ĂŠ facilmente comprovado pelas caraWHUtVWLFDV GRV WHUUHQRV H SHOD LQĂ XrQFLD GRV ares da serra de SĂŁo Mamede. SĂŁo vinhos de altitude e com uma maturação diferente dos vinhos tipicamente alentejanos que sĂŁo cultivados em terras planas. Esta ĂŠ uma reaOLGDGH UHĂ HWLGD SHOD FXULRVLGDGH GRV LQYHVtidores neste setor, nomeadamente pela famĂlia Symington, que recentemente adquiriu a Quinta da Queijeirinha onde irĂĄ apostar fortemente no enoturismo e na vinicultura e a antiga Adega Cooperativa de Portalegre que foi comprada por outra empresa ligada ao Licor BeirĂŁo. Estes sĂŁo os mais recentes investimentos neste setor em franco crescimento, embora existam muitos RXWURV QRV ~OWLPRV DQRV TXH VH DĂ€UPDP QR mercado pela sua qualidade. $OHJUHWH IRL HOHLWD SUp Ă€QDOLVWD GDV ´ Maravilhas de Portugalâ€?, na categoria GH $OGHLD 5XUDO (VWD HOHLomR Mi WURX[H UHSHUFXVV}HV SDUD R FRQFHOKR" Alegrete ĂŠ uma freguesia muito peculiar. A natureza privilegiou esta localidade, que nasceu em pleno coração do Parque Natural da Serra de SĂŁo Mamede, e usufrui do HQTXDGUDPHQWR GD Ă RUD H GD IDXQD VHUUDQD O Castelo de Alegrete ĂŠ Monumento NacioQDO GHVGH IRL UHTXDOLĂ€FDGR SHOD DXWDUquia e ganhou um prĂŠmio por essa obra. Alegrete atrai por ser peculiar dentro de uma regiĂŁo alentejana que se imagina sem-
Câmara Municipal de Portalegre estudo anual da “City Brand Rankingâ€?, que mede o desempenho que cada marca municipal tem nas dimensĂľes de NegĂłcios, Visitar e Viver, Portalegre ocupa a 5.ÂŞ posição entre 58 municĂpios de todo o Alentejo. A cidade de Portalegre ĂŠ considerada a 4.ÂŞ melhor do Alentejo para viver, a 5.ÂŞ na categoria NegĂłcios e a 12.ÂŞ para visitar. No contexto, dos 15 municĂpios do Alto Alentejo, Portalegre ĂŠ a melhor cidade para viver e fazer negĂłcios.
Cidade de Portalegre
pre plana, com uma Igreja matriz extremamente bonita. As pessoas que lĂĄ habitam e que tĂŁo bem recebem quem as visita, sĂŁo genuĂnas e calorosas como todas as gentes da regiĂŁo. Convido todas as pessoas a visitarem e a votarem em Alegrete porque ĂŠ, de facto uma freguesia sui generis e de beleza inigualĂĄvel. $ EDL[D GHPRJUDĂ€D p XP WHPD TXH DEUDQJH WRGRV RV FRQFHOKRV GR LQWHULRU GR SDtV 2 H[HFXWLYR FRPEDWH HVWD UHDlidade atravĂŠs de que tipo de incentiYRV" $ TXHVWmR GD GLPLQXLomR GHPRJUiĂ€FD p FRPEDWLGD DWUDYpV GRV LQFHQWLYRV Ă€VFDLV jV HPSUHVDV GH IRUPD D DWUDLU H Ă€[DU HPSUHVDV e, consequentemente, população. O concelho dispĂľe de um parque industrial devidamente infraestruturado, o terreno ĂŠ vendido a um cĂŞntimo o metro quadrado, isenção total de derrama, redução de trinta por cento do valor do IMI, setenta por cento de redução no valor das taxas de licenciamento. Todos os processos que entram na Câmara sĂŁo tratados com a mĂĄxima celeridade e agilizamos o contacto com outras entidades de forma a facilitar o processo. A nossa polĂtica ĂŠ acarinhar todos os investidores, sem exceção, quer os que jĂĄ existem, quer aqueles que pretendem instalar-se. (VWD DJLOL]DomR Mi WHYH HIHLWRV SRVLWLYRV" A regiĂŁo vive muito dos serviços pĂşblicos. A ULSNA – Unidade Local de SaĂşde do Norte Alentejano ĂŠ o maior empregador da regiĂŁo, seguido da empresa Hutchinson que emprega seiscentas e oitenta pessoas, mas que vai chegar aos mil funcionĂĄrios atĂŠ Ă€QDO GHVWH DQR 1RV ~OWLPRV GRLV DQRV FRQseguimos um investimento de cerca de sessenta milhĂľes de euros em Portalegre. Uma dessas fĂĄbricas, que pertence Ă JerĂłnimo
Martins, representa quarenta e sete milhĂľes de euros, este ĂŠ o maior investimento das Ăşltimas dĂŠcadas nesta regiĂŁo. Obviamente estas fĂĄbricas sĂŁo muito importantes para o concelho, mas nĂŁo esquecemos as empresas mais pequenas e os empresĂĄrios que jĂĄ tĂŞm as suas empresas instaladas. Nos Ăşltimos dois anos conseguimos mais oitocentos postos de trabalho, fruto do trabalho e do investimento de todos os empresĂĄrios que se instalaram no concelho e abriram novas oportunidades de emprego. Portalegre estĂĄ no quinto lugar, a nĂvel nacional, como a melhor cidade para se investir. Segundo o
Portalegre ocupa os lugares cimeiros QR TXH FRQFHUQH j DJHQGD FXOWXUDO $ TXH VH GHYH HVWD GLVWLQomR" 3RUWDOHJUH Ă€FD VHPSUH HQWUH R VH[WR H VpWLmo lugar, a nĂvel nacional, no que concerne Ă agenda cultural. Conseguimos ter uma DJHQGD FXOWXUDO GLYHUVLĂ€FDGD H GH TXDOLGDde, que vai de encontro aos gostos do pĂşblico mais heterogĂŠneo e ultrapassa muitas cidades de maiores dimensĂľes. BalĂŠ, Jazz, Ăłpera, exposiçþes e festivais, passando pelos eventos desportivos com a conhecida “Baja de Portalegreâ€?, trails, provas de BTT, sĂŁo apenas alguns dos eventos que oferecemos aos portalegrenses e turistas que nos visitam. A segunda e terceira bandas de mĂşsica mais antigas de Portugal sĂŁo do Concelho de Portalegre, ambas centenĂĄrias. -i p S~EOLFR TXH YDL UHFDQGLGDWDU VH (VWHV TXDWUR DQRV IRUDP Foram quatro anos que eu sabia, logo Ă
7 Maravilhas de Portugal
partida, que nĂŁo iriam ser fĂĄceis porque herdamos uma dĂvida muito elevada. TrabalhĂĄmos no sentido de a poder pagar e, ao mesmo tempo, realizar as obras necessĂĄrias para satisfazer as necessidades da população. Investimos na criação de HPSUHJR DWUDYpV GRV LQFHQWLYRV Ă€VFDLV para as empresas que se queiram instalar no concelho como a JerĂłnimo Martins, a fĂĄbrica de queijos Santiago, a Hutchinson que vai aumentar o nĂşmero de funcionĂĄULRV DWp DR Ă€QDO GR DQR H DFDULQKDQGR RV empresĂĄrios que jĂĄ estĂŁo no concelho hĂĄ mais tempo. Continuaremos a apostar na cultura e no desporto porque temos consciĂŞncia que tambĂŠm representam fatores de atração turĂstica, na qualidaGH GH YLGD GDV SHVVRDV QD UHTXDOLĂ€FDção de escolas, de casas de habitação social e da rede de saneamento. Apesar de nĂŁo termos autoestrada estamos apenas a duas horas de Lisboa, a sessenta quilĂłmetros de Badajoz e a cem de CĂĄceres. PrecisĂĄvamos apenas de treze quilĂłmetros de ligação Ă A23, se tivĂŠssemos este WURoR D YLGD GRV SRUWDOHJUHQVHV Ă€FDYD muito mais facilitada. Continuamos a ser a Ăşnica capital de distrito que nĂŁo tem um troço de ligação a uma autoestrada, mas essa continuarĂĄ a ser uma luta que vou travar enquanto estiver Ă frente da Câmara Municipal de Portalegre, para alĂŠm de outras reivindicaçþes em que vamos continuar a insistir.
Qualidade de Vida
Câmara Municipal de Ponte de Sor
Onde a cultura acontece
vez mais procura intencional.
PrĂĄtica desportiva na albufeira de Montargil
RogĂŠrio Alves, vereador do turismo da cidade de Ponte de Sor, explica como a interioridade pode ser uma mais-valia na qualidade de vida.
Como o municĂpio pretende investir no potencial turĂstico como a barragem de Montargil? Sentimos claramente que a albufeira de Montargil ĂŠ o nosso ex-lĂbris turĂstico e tem um potencial ainda por explorar e no qual continuaremos a apostar. O investimento do municĂpio tem sido relacionado sobretudo com infraestruturas, criação de melhores condiçþes, nĂŁo sĂł para quem vive naquela localidade, mas tambĂŠm para quem nos visita. AtualPHQWH HVWDPRV D Ă€QDOL]DU D FRQVWUXomR do Centro Cultural, a antiga Casa do 3RYR TXH VH MXVWLĂ€FD SRUTXH 0RQWDUJLO WHP XPD GLQkPLFD FXOWXUDO GLYHUVLĂ€FDGD GHVGH GR IROFORUH DWp jV QRYDV WHQGrQFLDV GD DUWH 3RVVXHP XP HVSHFWUR muito interessante de dinamização cultural. E, portanto, estamos a investir nesVD iUHD (VWD YDOrQFLD YDL WDPEpP DWUDLU DOJXP Ă X[R WXUtVWLFR TXH p LPSRUWDQWH referenciar. Estamos a apostar na imaJHP GD ORFDOLGDGH UHTXDOLĂ€FDQGR DV HQtradas norte e sul da vila dotando-as de passeios, passadiços e melhorando os miradouros. O jardim do centro da vila HVWi D VHU UHTXDOLĂ€FDGR H UHJHQHUDGR Uma reestruturação urbana que a vila Zona ribeirinha
merece. A albufeira tem vivido por si prĂłpria, pelo potencial turĂstico que encerra, pelas unidades hoteleiras que se foram estabelecendo ao longo dos anos, que tambĂŠm levaram uma panĂłplia sigQLĂ€FDWLYR GH GLIHUHQWHV YDOrQFLDV GHVGH unidades de turismo rural com excelentes infraestruturas que oferecem aos turistas a comunhĂŁo com a natureza, a prĂĄtica de desportos nĂĄuticos, os passeios pedestres, as atividades equestres, vastas opçþes relacionadas com o turismo natureza. Existe, igualmente, um parque de campismo de elevada qualidade localizado na margem da albufeira, que tem uma alta taxa de ocupação; temos unidaGHV KRWHOHLUDV GH H[FHOrQFLD TXH DWUDHP um setor de turismo muito interessante, com dois hĂłteis de cinco estrelas. Este turista ĂŠ por vezes um opinion maker, que LQĂ XHQFLD SRVLWLYDPHQWH D RSLQLmR S~EOLFD 7RGRV HVWHV IDWRUHV WrP IHLWR FRP que Montargil volte a ser conhecida, com XP DXPHQWR PXLWR VLJQLĂ€FDWLYR GD DWLYLdade turĂstica. Podemos dizer que Mon-
targil estĂĄ novamente na moda. A intenção ĂŠ a criação, no futuro, de uma praia Ă XYLDO FRP WRGDV DV FRQGLo}HV H DWUDWLYRV TXH SRVVDP VHUYLU R S~EOLFR HP JHral, capaz de constituir um ponto marFDQWH H GHFLVLYR SDUD D DĂ€UPDomR FDEDO GHVWH GHVWLQR WXUtVWLFR GH H[FHOrQFLD QR panorama nacional e internacional. Considera que a sazonalidade pode ser um entrave. Como a autarquia consegue contornĂĄ-la? Apesar da sazonalidade, mesmo no inverno, temos condiçþes para que exista turisPR WRGR R DQR H DR Ă€P GH VHPDQD HVVD UHDlidade jĂĄ ĂŠ evidente. Mesmo assim, temos desenvolvido polĂticas para combater a sazonalidade. Como? Por exemplo, este ano tivemos a estagiar connosco a seleção de remo da Dinamarca resultado de um acordo que conseguimos com alguns hotĂŠis. Fizemos uma pista de remo na barragem para que a seleção pudesse treinar no inverno. Como os lagos estĂŁo gelados no norte da Europa, podemos tirar partido do nosso clima e apostar no turismo desportivo. AlĂŠm dos desportos nĂĄuticos no verĂŁo, apostamos nos campeonatos, como; Jet Ski, wakeboard, canoagem, vela e pesca GHVSRUWLYD (P VHWHPEUR WHUHPRV XPD Ă€nal de ĂĄguas abertas, ou seja, natação em ambiente de rio ou mar. Ao atrair alguns eventos desportivos, estamos a promover tambĂŠm a regiĂŁo e a combater alguma sazonalidade. CriĂĄmos recentemente uma escola de vela e iremos criar uma publicação sobre a observação de aves na albufeira, registando todas as espĂŠcies que “ocorremâ€? nas vĂĄrias estaçþes do ano, que poderĂĄ originar um produto turĂstico com cada
Em relação Ă atividade cultural no concelho. Sabemos que existe uma dinâmica nessa ĂĄrea? Sim. O grande polo cultural do concelho ĂŠ o Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor, que era uma antiga fĂĄbrica de descasque e moagem de arroz e que foi transforPDGD QXP FHQWUR FXOWXUDO GH H[FHOrQFLD com uma vasta resposta cultural. Tem uma SURJUDPDomR DODUJDGD H GLYHUVLĂ€FDGD $FROKHPRV IHVWLYDLV FRPR SRU H[HPSOR R Festival Sete SĂłis Sete Luas que permite um intercâmbio cultural com todos os paĂses da bacia do Mediterrâneo, temos aqui representantes de todos esses paĂses e os nossos grupos tambĂŠm se deslocam para mostrar a nossa cultura. O centrum IbĂŠrico desse festival ĂŠ aqui no Centro de Artes e Cultura do nosso concelho. A tĂtulo de curiosidade, possuĂmos o maior mosaico do mundo em rolhas de cortiça numa das paredes do Centro, uma vez que a cortiça ĂŠ o nosso maior empregador. O Centro possui sala de exposição, auditĂłrio e a partir de setembro, terĂĄ um museu dedicado Ă moagem e descasque do arroz. De referir que a maquinaria da fĂĄbrica original se encontra em excelente estado de preservação e constitui, por si sĂł, um importante espĂłlio de arqueologia industrial. Culturalmente falando, nĂŁo podemos deixar de referir o PrĂŠmio LiterĂĄrio JosĂŠ LuĂs Peixoto para a modalidade de conto e poesia, que muito nos honra e tem vindo a ganhar notoriedade, cada vez mais com participantes, muitos de fora do paĂs. Referenciar ainda o Teatro da Terra, um projeto dinamizado pela atriz Maria JoĂŁo LuĂs, que envolve a comunidade local e que tem trazido o teatro Ă dinâmica cultural da cidade. AlguPDV SHoDV HQFHQDGDV HP 3RQWH GH 6RU WrP alcançado sucesso tal que transitaram para as grandes salas nacionais. Que tipo de apresentaçþes o Centro de Artes e Cultura recebe? O Centro tem sempre lista de espera para se expor nas galerias, existe uma sala dedicada quase em exclusivo Ă Fundação das Casas de Fronteira e Alorna, importante parceiro cultural do municĂpio e que nos dĂĄ oportunidade de receber os melhores artistas da nossa praça. Todas as semanas hĂĄ atividade cultural, existem inauguraçþes de novas exposiçþes, tanto de pintura, como escultura, como workshops das mais diversas ĂĄreas artĂsticas e atĂŠ gasWURQyPLFRV $R QtYHO GD P~VLFD SRU exemplo, recebemos encontros de artistas desta rede do festival Sete SĂłis, Sete Luas, que se juntam algumas semanas
Câmara Municipal de Ponte de Sor e posteriormente fazem apresentaçþes dos trabalhos que resultam destes encontros musicais. Tentamos estender a cultura a todas as freguesias do conceOKR OHYDQGR HVWDV H[SHULrQFLDV DUWtVWLcas. Paralelamente e para que todas as pessoas do concelho tenham acesso à cultura, a câmara tem parcerias com a Universidade SÊnior, com as escolas, com os grupos desportivos e deslocamos atÊ esses centros as manifestaçþes FXOWXUDLV FRPR P~VLFD WHDWUR OHLWXUD RÀFLQDV PRVWUDV GH JDVWURQRPLD Mas temos agora as festas da cidade? As festas da cidade são a manifestação cultural mais relevante do ano. São cinco dias de festa, em que o ponto alto são os concertos de artistas de renome nacional. 2V QRVVRV JUXSRV FXOWXUDLV WDPEpP WrP a oportunidade de atuar, como a orques-
Qualidade de Vida
AerĂłdromo de Ponte de Sor
tra ligeira da câmara municipal ou a orquestra de harmónicas, por exemplo. Hå uma mostra de gastronomia em que estão representadas todas as freguesias. Existem mais de setenta stands de artesanato, não são só artesãos do conceOKR PDV XPD FRQà XrQFLD GH SURÀVVLRnais das regiþes vizinhas como o RibaWHMR H R %DL[R $OHQWHMR 5HÀUD VH DLQGD que decorrem em paralelo com as fesWDV GD FLGDGH D IHLUD DJURà RUHVWDO H R
Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor
festival de artes de ruas, alÊm de algumas provas desportivas. Cada vez hå mais visitantes e turistas presentes nas festas da cidade. A entrada Ê livre e temos uma oferta cultural muito diversiÀFDGD (VWH DQR RV DUWLVWDV FRQYLGDGRV VmR $QD )UHH 3HGUR $EUXQKRVD 0Dfalda Veiga e Virgul. Existe um leque DEUDQJHQWH GH P~VLFD WHQWDQGR DJUD-
GDU DR PDLRU Q~PHUR GR S~EOLFR TXH nos visita, desde dos jovens aos mais velhos, para que todos possam desfrutar. A cada ano que passa, aumenta o Q~PHUR GH YLVLWDQWHV H WHP VLGR XP sucesso que registamos com muito agrado. As festas decorrem de cinco a nove de julho e convidamos todos a visitarem o nosso concelho.
Qualidade de Vida
MunicĂpio de Figueira de Castelo Rodrigo
Sob o lema “Cuidar das pessoasâ€? Conheça Figueira de Castelo Rodrigo e deixe-se encantar por um concelho que tem vindo a apostar na diferenciação e na qualidade de vida. NĂŁo perca a entrevista a Paulo Langrouva, edil do municĂpio de Figueira Castelo Rodrigo.
Figueira de Castelo Rodrigo e o turismo
Paulo Langrouva
Iniciamos a entrevista a Paulo Langrouva questionando o edil sobre o balanço deste mandato que em breve termina. O nosso entrevistado refere que, juntando tudo, o balanço ĂŠ extremamente positivo. Para FRQĂ€UPDU R UHIHULGR R SUHVLGHQWH UHOHPEUD que foi possĂvel concretizar uma sĂŠrie de projetos que estavam meio adormecidos e que agora se encontram em curso. No entanto, lamenta algumas adversidades que surgiram ao longo destes quatro anos e que nĂŁo permitiram ir mais alĂŠm. No entanto, “considero que o mandato foi francamente positivo porque conseguimos avançar com alguns projetos estruturantes e, essencialmente, conseguimos fazer jus ao nosso lema: Cuidar das Pessoas. Ao cuidar das pessoas estamos a garantir qualidade de vida, bem-estar e satisfação das necessidades bĂĄsicas das pessoasâ€?. Foi isto que se propĂ´s este executivo e, pelo que podemos ver, o objetivo foi cumprido jĂĄ que foram implementados uma sĂŠrie de projetos inovadores a nĂvel nacional e que estĂŁo jĂĄ a ser replicados em outros locais do paĂs, um sinal claro de que foram projetos bem conseguidos. No fundo, o executivo conseguiu colocar Figueira de Castelo Rodrigo no mapa e tem conseguido contribuir para que o concelho seja reconhecido por mais do que os seus
vinhos e azeites, mas tambĂŠm pelas medidas tomadas em prol do envelhecimento ativo. “Implementamos uma sĂŠrie de medidas – seguro municipal de saĂşde, a teleassistĂŞncia, a cegonha mĂłbil que garante a mobilidade entre as aldeias e a sede do concelho e a capital do distrito, os roteiros seniores e a academia sĂŠnior que permitiu elevar a autoestima dos idosos – que contribuĂram estrategicamente para a satisfação das necessidades bĂĄsicas dos nossos habitantes, fazendo com que as pessoas se sintam bem na sua terra, se sintam valorizadas e, acima de tudo, se sintam felizesâ€?. Todas estas medidas foram levadas a cabo de uma forma estruturada e, acima de tudo, interligada sob a alçada do envelhecimento ativo e saudĂĄvel. E, jĂĄ agora, Paulo Langrouva aproveita esta entrevista para falar de um novo serviço que vai ser lançado ainda este mĂŞs: “Com a criação do CartĂŁo de SaĂşde Figueira SaudĂĄvel provamos que era possĂvel criar um sistema complementar ao SNS. Mas agora vamos mais longe. Este mĂŞs serĂĄ lançado o CartĂŁo de SaĂşde DentĂĄrio, um projeto inovador a nĂvel nacional e que pretende dar consultas gratuitas no domĂnio da saĂşde oral aos nossos munĂcipesâ€?. Uma medida que afetarĂĄ, positivamente, os habitantes de Figueira de Castelo Rodrigo, sem dĂşvida.
O turismo ĂŠ um dos principais pontos da agenda do presidente da autarquia e muito tem sido feito no sentido de colocar Figueira no roteiro turĂstico nacional e internacional. 8P GRV H[HPSORV PDLV Ă DJUDQWHV p D FULDomR em Barca d’Alva, da Plataforma de CiĂŞncia Aberta. Um projeto, segundo o nosso interlocutor, estruturante para o concelho jĂĄ que “vai atrair muitos visitantes, quer ao nĂvel do estudo, quer ao nĂvel do turismo. Muitos investigadores vĂŁo deslocar-se a Figueira para perceber o que estĂĄ aqui a ser feito, mas tambĂŠm muitas escolas o farĂŁoâ€?. Neste sentido, hĂĄ um investimento que estĂĄ a ser feito – “jĂĄ adquirimos um telescĂłpio com alguma capacidade para ver os astrosâ€? – e a criação de alguns eventos chave, como sendo workshops inovadores. “Este projeto que estĂĄ a ser liderado pelo nosso conterrâneo e que ĂŠ talvez o maior astrofĂsico nacional, Pedro Russo, em conjugação com a Universidade de Leiden vai permitir trazer e implementar projetos estruturantes da ciĂŞncia e da culturaâ€? Por outro lado, estĂĄ tambĂŠm em curso a criação do Centro de Interpretação da Batalha de Castelo Rodrigo, um projeto que na ideia de Paulo Langrouva irĂĄ tambĂŠm atrair muitos turistas. No fundo, “queremos criar, no concelho, uma sĂŠrie de polos turĂsticos diferenciadores que permitam que os turistas pernoitem em Figueira e consigam ter acesso a ofertas que nĂŁo existem em outros locais. Desta forma, quem nos visita sentirĂĄ vontade de voltar porque nĂłs marcamos a diferençaâ€?.
A Batalha de Salgadela
A Batalha de Salgadela Ê uma recriação histórica levada a cabo pelo segundo ano consecutivo na icónica aldeia de Castelo Rodrigo. Esta recriação seiscentista visa reviver as memórias dos antepassados de Figueira. Engane-se quem pensa que se trata
de mais uma feira medieval: “A Batalha de Salgadela ĂŠ uma verdadeira recriação da histĂłria de Castelo Rodrigo e para isso contamos com diversas representaçþes daquilo que a histĂłria nos deixaâ€?, projetando e dinamizando a cultural de uma aldeia repleta de memĂłrias e histĂłrias para contar. O evento que tem a duração de trĂŞs dias – 7, 8 e 9 de Julho – conta com a associação de vĂĄrias entidades, entre elas a Vivarte e o World of Discovery, da Douro Azul. No entanto, o que se pretende destacar ĂŠ todo o envolvimento da população local que garante todo o dinamismo da recriação destes momentos histĂłricos. Este ano, revelando os excelentes resultados do evento do ano anterior, existem mais expositores e mais pessoas envolvidas. No entanto, “este ano as expetativas estĂŁo mais elevadas e tudo faremos para que este evento seja ainda melhor do que o do ano passado. Estamos a tratar de histĂłria e queremos tambĂŠm fazer histĂłria, ĂŠ para isso que trabalhamosâ€?.
Visitem Figueira de Castelo Rodrigo
Este concelho ĂŠ sinĂłnimo de dinamismo. É a prova de que o interior do paĂs nĂŁo pode nem vai ser esquecido. Neste sentido, Paulo Langrouva deixa um apelo a todos os nossos leitores: “Venham participar na recriação histĂłrica da Batalha de Salgadela nos dias 7, 8 e 9 de Julho. Faremos todo o gosto de acolher todos aqueles que gostam de participar nestas iniciativas e aproveito para relembrar que aqui se podem deliciar tambĂŠm com o nosso Borrego da Marofa, os nossos vinhos e os nossos azeitesâ€?. Uma coisa que podemos garantir ĂŠ que quem visita Figueira de Castelo Rodrigo ĂŠ tĂŁo bem recebido que se sente em casa. Por isso, nĂŁo hesitem em conhecer este maravilhoso concelho portuguĂŞs.
Cooperação Transfronteiriça Cerveira - Tomiùo
MunicĂpio SustentĂĄvel
Sejam bem-vindos Ă XIX Bienal Internacional de Arte de Cerveira “A Bienal Internacional de Arte de Cerveira ĂŠ o exemplo concreto da conquista da utopia e do vingar da ousadia, perseverança e trabalho visionĂĄrio dos fundadores, transmitindo um honrado compromisso para a sua preservação e projeção, para alĂŠm do valioso legado artĂsticoâ€?, diz o autarca de Vila Nova de Cerveira, Fernando Nogueira.
Arquivo Bienal Internacional de Arte de Cerveira
monta Ă 1.ÂŞ edição (1978), na qual participou como artista, e a 1995, ano em que a reprodução da sua pintura “Guardaâ€? foi capa do catĂĄlogo da VIII Bienal Internacional de Arte de Cerveira.
Homenagens
“DA POP ARTE Ă€S TRANS-VANGUARDAS, Apropriaçþes da arte popularâ€? ĂŠ o tema da XIX Bienal Internacional de Arte de Cerveira, que decorre de 15 de julho a 16 de setembro, em Vila Nova de Cerveira, para apresentar mais de 500 participantes de 30 paĂses, e mais de 600 obras
de arte, cuja coordenação artĂstica estĂĄ ao cargo de Cabral Pinto. Nas Ăşltimas dĂŠcadas, a Bienal InternacioQDO GH $UWH GH &HUYHLUD WHP VH DĂ€UPDGR como um dos acontecimentos mais marcantes das artes plĂĄsticas no nosso PaĂs sendo, sem dĂşvida, um evento de referĂŞncia para a cultura artĂstica nacional e internacional. De recordar que ĂŠ a bienal de arte mais antiga do paĂs e da PenĂnsula IbĂŠrica em termos de atividade. Para o presidente do MunicĂpio e da Fundação Bienal de Arte de Cerveira, Fernando Nogueira, “a histĂłria sĂł ĂŠ digna desse nome se, ao mĂŠrito testemunhado, soubermos acrescentar mais-valia. As bienais evoluĂram para acompanhar a fugacidade e exigĂŞncia dos tempos. E se ĂŠ verdade que devemos manter a gĂŠnese da criação das bienais, tambĂŠm ĂŠ verdade que, a partir da arte tradicional, queremos que sejam desenvolvidas novas e modernas expressĂľes artĂsticasâ€?. O formato, adotado desde a primeira Bienal, foi mantido de acordo com o objetivo a que este evento se propĂľe desde 1978: um local de encontro, debate e investigação de Arte Contemporânea, num programa concertado com a vizinha Galiza e o Ensino Superior a nĂvel Europeu. O programa de 2017 envolve: Concurso Internacional; representaçþes de 14 Universidades, Escolas Superiores e PolitĂŠc-
Alfonso Vicente Rey
Arantza Pardo
The Barn, Paula Rego, Museu Coleção Berardo
Graça Morais. Delmina, 1996
nicos das ĂĄreas artĂsticas; Artistas Convidados e Curadorias nacionais e internacionais; Homenagem principal (Paula Rego), Homenagens (Jaime Azinheira e Ernesto de Sousa); ConferĂŞncias e Debates; Ateliers e Workshops; Performances; Visitas Guiadas; Concertos; entre outros. A 19.ÂŞ edição do evento alarga, mais uma vez, o seu âmbito expositivo, apresentando mostras em Paredes de Coura, Caminha, Vigo e Ourense (Espanha).
Concurso Internacional
O concurso foi destinado a artistas de todo o mundo, tendo registado a participação de mais de trĂŞs centenas de artistas, de 31 paĂses, que se candidataram com 586 obras. No total, o jĂşri de selecionou 206 peças de 149 autores, provenientes de 25 nacionalidades diferentes, que serĂŁo expostas no Castelo de Cerveira.
Homenagem Principal
Aproximando-se dos seus 40 anos, a Bienal Internacional de Arte de Cerveira presta tributo a um dos maiores nomes da pintura nacional e internacional, Paula Rego. A ligação da artista ao evento re-
O artista multidisciplinar Ernesto de Sousa (1921-1988), promotor de sinergias entre geraçþes de artistas da primeira e segunda metade do sĂŠculo XX, serĂĄ tambĂŠm homenageado nesta 19.ÂŞ edição. A curadoria estarĂĄ a cargo da historiadora Paula Pinto e do Centro de Estudos Multidisciplinares Ernesto de Sousa (CEMES), que propĂľem apresentar ao pĂşblico uma abordagem inĂŠdita do artista: o estudo visual do seu WUDEDOKR IRWRJUiĂ€FR GD SULPHLUD PHWDGH dos anos sessenta, enquanto ferramenta e veĂculo do seu pensamento. SerĂĄ ainda prestado um tributo ao escultor, pintor e professor universitĂĄrio Jaime Azinheira (1944-2016), artista com Ăntima ligação ao evento, tendo sido vencedor do PrĂŠmio de Escultura na IV Bienal Internacional de Arte de Cerveira (1984), pela obra “Tabernaâ€?. A exposição homenagem serĂĄ feita no FĂłrum Cultural de Cerveira e contarĂĄ com uma mostra de obras inĂŠditas da coleção particular da esposa do escultor, incluindo desenhos, IRWRJUDĂ€DV H PDWHULDO GRFXPHQWDO
VIII Bienal de Jovens Criadores da Comunidade dos PaĂses de LĂngua Oficial Portuguesa
A XIX Bienal Internacional de Arte de Cerveira vai integrar na sua programação, entre 22 e 30 de julho, a VIII Bienal de Jovens Criadores da Comunidade dos 3DtVHV GH /tQJXD 2Ă€FLDO 3RUWXJXHVD TXH prevĂŞ cerca de 250 participantes, 180 dos quais jovens artistas. A iniciativa ĂŠ promovida pela ConferĂŞncia de Ministros ResponsĂĄveis pela Juventude e pelo Desporto CPLP e tem como objetivo ser um espaço de encontro entre os jovens artistas dos 9 paĂses membros, com base nas suas perspetivas culturais reproduzidas em variadas formas de expressĂŁo. Falar da Bienal Internacional de Arte de Cerveira ĂŠ perpetuar um passado histĂłrico e assumir um futuro promissor.