Esta revista é produzida e comercializada pela A.S. Editora, Lda. e é distribuída a nível parcial com o Semanário SOL do dia 14/08/2014
OUTUBRO 2014 | Edição Nº75 | PVP.2€
Dr. Jorge Correia Diretor Geral da VitalAire “Cerca de 7% dos portugueses sofrem de apneia do sono.”
Rui Vaz Alves, Presidente da C.M. Ribeira de Pena: “É um concelho com um potencial natural enorme e deve ser acarinhado”
Ulrich Brandenburg, Embaixador da Alemanha em Portugal: “Um belo exemplo de aproximação e cooperação na UE”
Entrevista a Jorge Gaspar, presidente do IEFP: “O IEFP não desiste de ninguém”
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engenharia alemã – fabrico português
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PAÍS POSITIVO
Tratamento dos doentes com Apneia do Sono Entrevista com Jorge Correia, Director da VitalAire, Grupo Air Liquide
Quais são os benefícios que a VitalAire traz para o SNS?
A VitalAire realiza um serviço personalizado, que se baseia na proximidade com o doente e a prestação deste serviço evita a deslocação constante e inútil do doente entre o domicílio e o hospital. A presença de um profissional da VitalAire em casa do paciente faz toda a diferença.
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Sempre que há recurso às unidades de saúde por parte dos cidadãos, seja em simples consulta, em tratamento ambulatório ou internamento, tal situação acarreta custos muito significativos para o erário publico, facto a que normalmente a sociedade na sua globalidade não dá grande relevância. Não se valorizam os gastos reais destas ocorrências, nomeadamente as que são mais dispendiosas, os internamentos. A hospitalização é algo que fica muito caro a todos nós. A Prestação de Cuidados Respiratórios Domiciliários para os doentes com doenças respiratórias crónicas, acarreta um alívio desses custos para o SNS (Serviço Nacional de Saúde), porque estes são muito mais reduzidos. Um paciente que realiza os seus tratamentos com a VitalAire reduz, por exemplo, mais de 20 vezes o custo de um internamento hospitalar. É uma diferença muito significativa para a economia do SNS. Os cuidados respiratórios domiciliários têm, como facilmente se demonstra, enormes benefícios para a economia do Estado mas também para a própria economia do doente pois estes serviços são, na sua quase totalidade, gratuitos. E para o doente, quais são os principais benefícios?
A VitalAire existe numa perspectiva de proporcionar a um leque alargado de pessoas que sofrem de doenças respiratórias, o mesmo tratamento que, em certas circunstâncias, teriam de fazer no hospital em regime de internamento ou ambulatório, mas com a comodidade e o enquadramento familiar e social desejado já que estão no seu meio e rodeadas das pessoas de quem gostam. E isto representa, sem dúvida, uma melhoria da sua qualidade de vida. A VitalAire realiza um serviço personalizado, que se baseia na proximidade com o doente e a prestação deste serviço evita a deslocação constante e inútil do doente entre o domicílio e o hospital. A presença de um profissional da VitalAire em casa do paciente faz toda a diferença. Aliado a isto, se o doente for cumpridor do seu tratamento, se tiver a vontade e a perseverança para respeitar as indicações do seu médico e os conselhos do pessoal da Vita-
lAire, com certeza existirá uma relativa estabilização do seu estado e um prolongamento da sua vida com qualidade. Uma das patologias que mais se fala nos dias de hoje é a apneia obstrutiva do sono. Como se caracteriza este síndrome?
ma. Por outro lado, há um conjunto de factores já tipificados que pode revelar o perfil deste paciente: a obesidade, malformações congénitas, o perímetro do pescoço (> 40 cm), utilizador habitual de tabaco ou sedativos, enfim, vários factores.
Cinco a sete por cento da população sofre de apneia do sono.
E como se caracteriza esse tratamen-
Cerca de 90 por cento das pessoas que sofrem de apneia do sono não o sabem. Esta patologia tem grandes implicações no quotidiano da pessoa, na sua qualidade de vida, estando mesmo relacionadas com outras doenças, nomeadamente hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, obesidade. Jorge Correia, explica-nos quais são as vantagens dos tratamentos domiciliários para o Síndrome de Apneia Obstructiva do Sono, (SAOS). De uma forma muito sucinta, durante o sono existe um estreitamento ou mesmo obstrução das vias respiratórias do doente, originando paragens frequentes na respiração que se podem prolongar por mais de 10 segundos e ocorrere mais de cinco vezes por hora. Este tipo de situação tem como consequência imediata uma dessaturação de oxigénio afectando, desta forma, os vários órgãos do doente. Por outro lado, estas paragens respiratórias fazem com que o sono não seja reparador e tranquilizante uma vez que o paciente sofre vários eventos de micro-despertar dos quais não tem consciência. O doente levanta-se com a sensação de ter dormido mal, ficando algo prostrado, cansado e sonolento durante o dia. Não consegue fazer bem o seu trabalho, conduzir de uma forma atenta e segura e o risco de acidente de trabalho ou de viação é enorme. Existem muitas outras consequências, as repercussões são muitas. Que população tem maior propensão para sofrer de apneia obstructiva do sono?
Tem uma maior incidência na população masculina. A companheira, quando observa que o parceiro tem dificuldades em respirar durante o sono, que ressona, pode ter um papel essencial alertando e relatando o proble-
to?
Numa explicação muito simples, para a grande maioria dos casos, o paciente, enquanto dorme, utiliza um dispositivo médico (CPAP), que lhe vai corrigir a obstrução das vias aéreas superiores, promovendo as trocas gasosas para uma mais adequada oxigenação celular. O ciclo respiratório deixa de ser interrompido. Muito do sucesso do tratamento depende da adesão do paciente à terapia, se o faz bem, se o faz estrita e conformemente às indicações do seu médico, se cumpre com as recomendações do técnico de intervenção domiciliária. Tudo depende do compromisso do paciente. Está provado que uma pessoa que faz bem o seu tratamento tem uma vida mais longa e com mais qualidade do que quem o não faz. No âmbito mais alargado dos cuidados de saúde ao domicílio, que novidades pretendem introduzir no mercado?
Neste momento, em Portugal, há uma alteração de paradigma. O Ministério da Saúde, através de um procedimento concursal, possibilitou que um mais alargado conjunto de empresas prestadoras de Cuidados Respiratórios Domiciliários pudessem operar no mercado. Se existia uma certa iniquidade no acesso dos doentes a alguns destes tratamentos, essa situação está a ser agora corrigida. Há uma maior universalização e generalização dos tratamentos, independentemente da área geográfica. Qualquer utente do SNS ou outro Sistema de Saúde que necessite de tratamentos no âmbito dos Cuidados Respiratórios Domiciliários tem possibilidade de o fazer. É uma área muito competitiva, em que há uma padronização dos vários tipos de tratamentos, os preços estão definidos pelo Ministério de Saúde e fica a garantia de uma certa estabilidade. Assim sendo, este clima de competitividade é saudável para o SNS, para os doentes e para as
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empresas, porque os efeitos gerados podem constituir-se como alavancas do crescimento, da inovação, da capacidade de apresentar soluções de melhor qualidade a nível do serviço prestado e mesmo a nível tecnológico. Quanto aos Cuidados Respiratórios Domiciliários, penso que já referimos bastantes aspectos. Para além da área respiratória, a multinacional AIR LIQUIDE, na sua vertente HealthCare, ao qual a VitalAire Portugal pertence, tem um alargado portfólio de soluções terapêuticas e muita experiência noutras áreas de assistência domiciliária. Mas a introdução dessas soluções em Portugal depende das vontades conjugadas do Ministério da Saúde, de outras entidades públicas e, inclusive de Associações de pacientes, que terão de verificar que essas soluções são extremamente úteis e vantajosas, tanto do ponto de vista terapêutico como do ponto de vista da relação custo-benefício. Tenho confiança que num futuro próximo exista uma porta aberta para que possamos implementar outro tipo de serviços que podem ser extraordinariamente positivos para a saúde pública e para a economia em geral.
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Cooperação luso-alemã
2014: Memória e Futuro Ulrich Brandenburg
Uma série de eventos solenes em 2014 procuram marcar na Europa a recordação colectiva de vários acontecimentos históricos que moldaram o destino do nosso continente no passado século. Há 100 anos eclodiu a Primeira Guerra Mundial, a “catástrofe primordial” do século XX; há 75 anos a Alemanha nazi invadiu a Polónia e despoletou a Segunda Guerra Mundial; e há 25 anos o Muro de Berlim, símbolo da divisão da Europa, caiu, permitindo a reaproximação e coesão entre os povos da Europa. Estas memórias históricas também têm um significado importante no que diz respeito às relações entre a Alemanha e Portugal. Os nossos dois países foram adversários na Primeira Guerra Mundial. Soldados alemães e portugueses confrontaram-se não só na frente ocidental de Flandres e do norte de França, mas também em África, e ambos os lados sofreram perdas significativas. Apesar de se encontrarem em lados opostos das frentes de batalha, nenhum dos países ficou a ganhar com a guerra. Quer a jovem república portuguesa, quer a Alemanha – que estabeleceu em 1919 uma constituição republicana – sofreram abalos políticos e económicos decorrentes da Primeira Guerra Mundial, o que acabou por ditar o fim das jovens democracias republicanas. Durante a Segunda Guerra Mundial, um Portugal neutro tornou-se um ponto de passagem seguro para os perseguidos racial- e politicamente pelo regime nazi na Alemanha e nos países ocupados. Sublinho o papel do Cônsul-geral de Portugal em Bordéus, Aristides de Sousa Mendes, que concedeu aproximadamente 30.000 vistos, salvando assim a vida destes homens e mulheres perseguidos, 10.000 dos quais cidadãos judeus. Por fim, a alegria pela superação da divisão da Europa e pelo fim da Guerra Fria foi partilhada por muitos portugueses, que somente 15 anos antes tinham pacificamente lutado pela liberdade e democracia no seu país. Contudo, a história colectiva de ambos países remonta a um período muito anterior. Há mais de 500 anos, comerciantes das cidades hanseáticas estabeleceram-se em Lisboa e no Porto, por forma a transaccionar directamente
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com o império português. A criação em 1954 da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã surge assim numa longa tradição cooperante entre os agentes económicos de ambos países. Em Junho de 2014 comemoraram-se os 60 anos desta Câmara, na presença do Presidente da República de Portugal e do Presidente federal da Alemanha. A Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã tem mais de 1000 empresas associadas. Em Portugal encontram-se representadas aproximadamente 300 empresas alemãs. Muitas destas empresas usufruem das condições de instalação e desenvolvimento que Portugal tem para oferecer. Não é por acaso que entre o “Top 10” de maiores exportadores de Portugal se encontram três empresas alemãs. Empresários alemães enaltecem a qualificação e a fiabilidade dos colaboradores portugueses, contribuindo assim para as vantagens de investir em Portugal, que ao longo dos últimos anos tem melhorado consideravelmente a sua competitividade a nível internacional. Desta forma, já são cerca de 60.000 portugueses que trabalham em empresas alemães em Portugal. Existe, contudo, ainda outra data que poucas vezes é mencionada na comunicação social. Há precisamente 50 anos, no dia 7 de Setembro de 1964, o carpinteiro português de 38 anos, Armando Rodrigues de Sá, iniciou o seu caminho desde Vale de Madeiros para a Alemanha. À sua chegada à estação de comboio de Colónia-Deutz foi celebrado como o trabalhador estrangeiro, “Gastarbeiter”, número 1.000.000 a chegar à Alemanha. Muitos portugueses chegaram antes e depois dele à Alemanha. Parte desta comunidade de trabalhadores portugueses regressou a Portugal, tal como Armando Rodrigues de Sá. Muitos outros permaneceram e criaram raízes na Alemanha, perfazendo hoje uma comunidade de aproximadamente 120.000 residentes. São um exemplo de integração bem-sucedida e são um elo de ligação importante e estável entre os nossos dois países. Por outro lado, Portugal suscita cada vez mais interesse junto dos cidadãos alemães, também em virtude da maior facilidade em viajar hoje em dia. Chegam a Portugal através do trabalho, dos estudos ou após a reforma.
Entretanto, vários milhares de alemães estão hoje em casa em Portugal. Também o número de turistas alemães em Portugal tem vindo a crescer (+12% em 2013). Outra cifra é menos conhecida: quase 120.000 turistas portugueses visitaram a Alemanha no passado ano. Entre Janeiro e Junho de 2014 este valor cresceu 12,2%. A Alemanha representa, com 5%, o 6º lugar no ranking de destinos estrangeiros para os portugueses. Esta rota rumo ao conhecimento mútuo é extremamente positivo para ambas culturas e países. As boas e estreitas relações entre a Alemanha e Portugal não são, contudo, um motivo para complacência. Na realidade, um número crescente de estudantes da Alemanha inscreve-se em universidades portuguesas – e vice-versa – seja para um semestre no estrangeiro através do programa comunitário Erasmus, seja para a totalidade do curso. Ambos os países proporcionam condições atractivas. No ano lectivo 2012/13, mais de 900 estudantes alemães estudavam em universidades portuguesas, e 1500 portugueses em universidades alemães. Evidentemente que estes números ainda têm grande margem para crescer. Urge, nesse sentido, aumentar a oferta de ensi-
no das respectivas línguas no país parceiro, especialmente no ensino escolar e universitário para capacitar os nossos jovens com as ferramentas linguísticas que facilitem a sua integração. Infelizmente o ensino da língua alemã nas escolas portuguesas tem sofrido uma forte redução e nem de longe representa a intensidade das relações bilaterais entre os dois países. Ao contrário, o conhecimento da língua portuguesa na Alemanha estaria em pior estado, se lá não existisse a comunidade portuguesa. Outra área em que deveríamos estreitar os laços é a I&D, pois ambos os países têm criado um enquadramento favorável à prossecução dos seus objectivos, que também têm claras repercussões económicas. As energias renováveis encontram-se no topo da agenda, quer em Portugal, quer na Alemanha, por exemplo. Alemanha ao centro da Europa, Portugal no Ocidente da Europa: eis um belo exemplo de aproximação e cooperação na União Europeia, onde representamos interesses comuns. Cooperação e interdependências económicas, uma partilha de valores, mas também uma melhoria da aprendizagem mútua, são as melhores garantias para evitar uma repetição das amargas experiências do século XX.
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Câmara do Comércio e Indústria Luso-Alemã Entrevista ao Eng. Bernardo Meyrelles, presidente da CCILA.
ções ganharam um novo impulso e, poucos anos depois, a Alemanha era já o principal parceiro de negócio de Portugal. O inquérito às empresas alemãs em Portugal, que a Câmara realiza a cada dois anos, tem sido consistente nos seus resultados, revelando a satisfação de empresários e investidores alemães com a localização dos seus negócios no país, uma opinião que se tem mantido praticamente inalterada apesar do agravamento da conjuntura económica que se viveu nos últimos anos. Se as empresas que investiram na década de 70 em Portugal o faziam essencialmente por razões económicas de redução de custos, atualmente essa mentalidade mudou e os empresários alemães reconhecem outras vantagens no mercado português. Hoje em dia são cada vez em maior número os empresários alemães que referem Portugal pela excelência da sua produção, a qualidade dos seus produtos e o elevado nível de qualificação dos seus recursos humanos. Esta tendência leva-nos a encarar com otimismo as relações económicas entre Portugal e Alemanha, assegurando-nos de que elas se manterão profícuas para ambos os países também no futuro. A comunidade alemã é muito dinâmica. A que se deve esse dinamismo?
De que forma é a que a CCILA dinamiza as relações económicas entre Portugal e a Alemanha?
Constituída há 60 anos, em 1954, a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã é uma instituição sem fins lucrativos cujo principal objetivo é a dinamização das relações económicas entre Portugal e a Alemanha. Neste âmbito, a Câmara disponibiliza às empresas dos dois países um conjunto de serviços que visam a preparação e o apoio às atividades de internacionalização. Estes serviços abrangem áreas tão diversas como a consultoria de mercado – apoio na definição de estratégias de internacionalização, identificação de parceiros comerciais e informações de mercado, entre outros – e acompanhamento legal e serviços fiscais – p. ex., constituição de empresas, serviço de contabilidade e fiscalidade, processamento salarial. A Câmara detém também a representação de algumas das feiras internacionais mais importantes da Alemanha como a CeBIT e a Hannover Messe, em Hanover, ou a Bolsa Internacional de Turismo, a FruitLogistica ou a IFA, em Berlim, para referir apenas algumas. As empresas portuguesas que pretendem estar presentes nestes certames recebem da parte da Câmara um
acompanhamento personalizado, potenciando o estabelecimento de contactos comerciais. Além dos serviços dirigidos às empresas, a Câmara promove regularmente missões empresariais e encontros setoriais, proporcionando aos empresários dos dois países oportunidades para se conhecerem e avaliarem as vantagens de uma colaboração entre eles. Em paralelo com as suas atividades direcionadas para as empresas, a Câmara mantém um diálogo constante com intervenientes políticos e empresariais alemães e portugueses, com o objetivo de assegurar a defesa dos interesses dos seus associados e de lhes proporcionar as melhores condições para desenvolverem a sua atividade com sucesso. Como caracteriza as relações comerciais e industriaIs entre os dois países?
A Alemanha e Portugal mantêm há muitos anos excelentes relações diplomáticas e comerciais. No início da década de 50 do século passado, ambos os países estavam interessados em dinamizar as respetivas economias, havendo então um reflorescimento das trocas comerciais depois de alguns anos de estagnação. Em 1954, com a constituição da Câmara Luso-Alemã, estas rela-
O sucesso da economia alemã assenta, em grande parte, na sua produção industrial, com o selo de qualidade do “Made in Germany”, e da exportação para todo o mundo dessa mesma produção. O espírito que motiva os empresários na Alemanha motiva também os empresários alemães em Portugal, que seguem linhas orientadoras semelhantes: instrumentos de management que promovem a produtividade e uma forte aposta na qualificação dos recursos humanos. Quais as vantagens para Portugal?
Portugal beneficia a vários níveis, a começar pela vertente económica. O investimento direto alemão no país tem um efeito estruturante amplamente reconhecido na economia portuguesa, sobretudo no setor industrial. Numa outra vertente, as empresas alemãs em Portugal são responsáveis pela criação de mais de 50.000 postos de trabalho, um universo que cresce consideravelmente se contarmos também com os colaboradores de empresas fornecedoras das empresas alemãs. Ainda ao nível dos recursos humanos, os trabalhadores portugueses beneficiam do elevado investimento que as empresas alemãs fazem em qualificação profissional. Na Alemanha a qualificação dos recursos humanos é altamente valorizada, sendo um fator imprescindível para o sucesso económico, logo esta tendência é continuada também em Portugal. Neste processo assiste-se também à transferência de conhecimentos para as empresas portuguesas, nomeadamente na aplicação de processos de produção inovadores e de tecnologia de ponta alemã.
As empresas portuguesas encontram nas empresas alemãs que produzem em Portugal parceiros de negócios que privilegiam fornecedores de qualidade. Por esta via, os produtos portugueses integram as exportações “Made in Germany”. Inclusive já há vários casos em que os fornecedores portugueses começaram a fazer negócios locais com as empresas alemãs e, em virtude da sua qualidade, integraram as redes de excelência dessas mesmas empresas, fornecendo os grupos a nível mundial. No mesmo contexto, o que É que Portugal e os portugueses fazem e poderão fazer pela Alemanha?
Como já foi referido anteriormente, a economia alemã assenta numa forte componente exportadora que, por sua vez, é assegurada pela imagem do “Made in Germany”. Para manter esta imagem, a Alemanha necessita de fornecedores da maior excelência. Neste âmbito, Portugal pode dar um contributo muito relevante, pois a produção de numerosas empresas portuguesas está ao nível do melhor que é feito em todo o mundo. Outro fator de sucesso para a economia alemã é a qualidade dos seus recursos humanos, seja ao nível de técnicos especializados, seja ao nível de investigadores e indivíduos com formação superior. Também neste campo Portugal constitui-se com um parceiro importante, pois cada vez mais a qualidade dos recursos humanos portugueses é reconhecida além-fronteiras. Portugal representa ainda, pela história do país, uma ponte para alguns dos principais mercados africanos, como Angola ou Moçambique. Neste caso, as empresas portuguesas são parceiros de excelência, pois dominam uma língua e aspetos culturais com os quais os empresários alemães não estão tão familiarizados. Nesta relação, que até agora tem sido benéfica para ambos os países, que novas abordagens há a desenvolver?
O facto de as relações económicas entre os dois países estarem de boa saúde não nos deve levar a pensar que está tudo feito. Há sempre novas áreas a explorar, novas vias a seguir. Há já algum tempo que a Câmara tem desenvolvido esforços para uma maior divulgação da excelência da produção portuguesa na Alemanha, uma área que poderia estar mais bem comunicada. Por outro lado, a evolução da economia e as alterações conjunturais impulsionam o aparecimento de novos setores de atividade em detrimento de outros e temos que estar atentos a essas alterações, assegurando que o apoio que prestamos às empresas vai no sentido certo. Há que desenvolver esforços na captação de novos investidores alemães para Portugal, através de uma estratégica clara, que seja seguida pelos vários intervenientes, sejam empresas, instituições governamentais ou associações setoriais.
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Um alemão em Portugal Quando na Alemanha se fala em Portugal, as pessoas ficam com um brilho nos olhos. Eles não pensam somente no sol, férias e no Algarve, mas também nas pessoas que aqui vivem. WOLFGANG KEMPER Há 30 anos a Alemanha tinha mas de 60.000 emigrantes portugueses. Eram pessoas trabalhadoras, humildes, amáveis, prestáveis e dispostas a aprender. Adaptavam-se facilmente, contrariamente aos emigrantes Balcãs ou da Turquia. Esta é também a opinião dos visitantes/turistas deste lindo País. Os portugueses têm simplesmente um bom caráter. Gostam de ajudar, especialmente quando os visitantes não falam a língua portuguesa. As pessoas são educadas e humildes. O problema é que têm complexos/inibições, principalmente nas reações comerciais com o Alemanha. A Alemanha é o maior mercado para uma série de produtos, sobretudo no que diz respeito á agricultura. Portugal tem um clima muito ameno no inverno e na primavera, e algumas regiões não têm sequer geada matinal. Sobretudo
na Costa Vicentina e em algumas regiões do Ribatejo. Aqui podem cultivar-se alfaces sem necessidade de recorrer a estufas. Temos a possibilidade de poder fornecer batatas precoces, cenouras e outros legumes, a partir de Maio e Junho, quando na Alemanha estes legumes de cultivo nacional, só estão disponíveis a partir de JulhoSetembro. Os Alemães querem consumir legumes precoces que não sejam cultivados em estufas, uma vez que o sabor e muito melhor. Portugal participa somente com 0,24% na Importação de produtos agrícolas para a Alemanha. De 28 Países da CE estamos em 25º lugar, atrás da Finlândia e Lituânia. Estes dados são suficientemente conhecidos em Portugal. Além disso muitas empresas não têm qualquer representante na Alemanha, que possam promover os produtos portugueses. Isto diz praticamente respeito a todas as PME’s.
Estas empresas têm normalmente produtos muito bons, produzidos a um custo muito inferior ao da Alemanha. Os salários de Portugal são cerca de 30 a 35% dos da Alemanha. Mas as nossas empresas ficam a aguardar que os alemães apareçam para fazer as respetivas compras. É possível encontrar representantes e entidades na Alemanha que podem explicar aos potenciais clientes na Alemanha quais as vantagens de comprar em Portugal. A instabilidade política no Médio Oriente e os consequentes problemas logísticos, os salários na China aumentaram de uma forma muito acentuada, bem como a subida do preço dos transportes marítimos para a Europa melhoram as nossas vantagens competitivas. Aquando da visita da Srª Merckel há um ano, um industrial muito importante disse que Portugal deveria “vender-se” de uma forma16-09-2014 mais intensa e anuncio imprensa_AF.pdf 16:01:29
Filkemp® Working together for new solutions 40 anos de experiência na produção de monofilamentos A Filkemp iniciou a sua actividade enquanto parte do grupo Hoechst nos anos 70, produzindo apenas cerdas e fios para a indústria de pesca. Depois de se tornar independente, durante os anos 90, a Filkemp expandiu a sua produção, produzindo também monofilamentos para outras aplicações. De entre estas destacam-se telas para a indústria do papel e cartonagem, filtros industriais, cordas para raquetes de ténis, fios corta relva e escovas abrasivas. Recentemente, surgiu um novo desafio no qual a Filkemp está a dar os primeiros passos: Filamentos para impressão 3D.
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sem quaisquer complexos. Afinal Portugal descobriu o mundo há 600 anos. Os Alemães não são tão difíceis como pensam a maioria das pessoas. Muitos dos alemães que vivem em Portugal ainda pensam que são os “tais”. Uma vez que vivemos na CE, todos os que aqui vivem, deveriam ver-se como Europeus. O Turismo pode oferecer outra grande oportunidade para o País. Temos de dar a conhecer Portugal, na Alemanha e em muitos outros Países. No Algarve existem os mais belos campos de golfe da Europa. Seria uma boa ideia organizar pacotes de férias com golfe incluído, sobretudo para a época de inverno quando no Norte da Europa ninguém pode jogar Golfe. Os proprietários dos campos de golfe deveriam juntar-se às companhias aéreas e às cadeias Hoteleiras, que maioritariamente estão fechados durante o inverno, para elaborarem aliciantes pacotes de fÉrias. A Turquia já está a fazer estas ações. Agora seria o momento exato para Portugal apostar nesta ação, tendo em conta os atuais problemas na Síria e Iraque, e havendo assim muitas pessoas com receito de marcar as suas férias na Turquia. Na minha opinião isto seria a grande oportunidade para Portugal.
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“Os portugueses merecem ter acesso a produtos inovadores” Uma das grandes preocupações da Bayer em Portugal é melhorar a qualidade de vida dos portugueses e isso não se limita à comercialização de produtos farmacêuticos. Quem o diz é Nelson Ambrogio, diretor geral da empresa alemã em Portugal.
A Bayer está em Portugal há mais de cem anos. Porque continuam a apos-
dores portugueses a trabalhar em diversas partes do mundo dentro do mundo Bayer.
tar no nosso país?
Neste momento somos a companhia farmacêutica de origem alemã com mais história e mais tradição no mercado português. Em primeiro lugar, faz sentido para a Bayer estar em Portugal, porque os doentes portugueses merecem ter acesso aos produtos inovadores que lançamos regularmente para tratar doenças e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Depois é um país que tem excelentes recursos humanos. Isto é importante tanto ao nível da investigação e desenvolvimento como do ponto de vista do crescimento das nossas capacidades como empresa em termos de recursos humanos. Sendo que hoje temos vários colabora-
Representa a boa cooperação entre a sede na Alemanha e a delegação portuguesa?
É um exemplo excelente. Temos já construído uma relação de muitos anos em Portugal e se olharmos para o universo Bayer em Portugal eu sou o único não português. Somos uma companhia muito portuguesa. Dentro da nossa atividade temos bons exemplos da cooperação entre Portugal e Alemanha. Menciono um em concreto, que diz respeito ao desenvolvimento pré-clínico de medicamentos. Temos sete cientistas portugueses a trabalhar no Instituto de Biologia Experimental e Tecnológico em exclusividade para produtos Bayer. Esse processo de investigação de produtos farmacêuticos tem gerado frutos?
O desenvolvimento de medicamentos é um processo que tem várias etapas e pode demorar em média 13 ou 14 anos, desde que começa a descoberta a molécula até à comercialização. Na Bayer Portugal podemos dizer com muito orgulho que somos das poupas farmacêuticas que tem presença em todas essas etapas. Mas só desenvolvem medicamentos ou também criam terapias e materiais?
Outro bom exemplo da colaboração entre a Alemanha e Portugal está patente no compromisso Bayer: “Ciência para uma vida melhor”. Representa muito mais do que criar medicamentos. Significa desenvolver serviços que façam a vida das pessoas melhores e confortável. Neste momento estamos a apoiar uma startup portuguesa que está a desenvolver um sistema de embalagens inteligentes, que permitem a doentes que necessitam de tratamentos crónicos terem um sistema de alarme para não esquecer que têm que tomar um medicamento.
Foi uma ideia de três jovens portugueses que conhecemos há alguns meses e neste momento estão em Berlim, numa incubadora da Bayer, e vão ter um apoio financeiro para desenvolverem esta ideia. Ilustra que não estamos só interessados em vender produtos. Tendo em conta a experiência de operarem em diversos mercados qual é a grande diferença entre os vários países?
A indústria farmacêutica é uma das mais reguladas a nível mundial e por muito boas razões, já que estamos a falar da saúde das pessoas. Os standards que regulam o desenvolvimento e a comercialização dos produtos farmacêuticos estão muito bem definidos. Para além disso temos o nossa guia para o desenvolvimento clínico e para a comercialização nos diferentes mercados.
bilidade social?
Temos várias ações com a comunidade impulsionadas diretamente pela própria Bayer Portugal e outras pelos colaboradores. Na primeira temos uma grande preocupação com todas as atividades que têm a ver com a saúde e com a educação. Criamos o programa “Química entre nós” há vários anos, que tem sido um sucesso, e tem como objetivo estimular os interesses pela ciência nas crianças. Já os colaboradores montaram um núcleo de ação social e regularmente participam em atividades para ajudar as comunidades, como pintar casas de acolhimento de crianças ou trabalhar com sem-abrigo. É uma iniciativa excelente porque mostra que temos do ponto de vista corporativo uma orientação ao apoio social, mas também que os nossos colaboradores vivem isso no seu dia-a-dia por iniciativa própria.
Mas cada país tem a sua especificidade…
Quer o Ministério da Saúde quer a Bayer têm um objetivo comum que é a saúde dos portugueses e a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde. Portugal tem estado um pouco atrás, comparando com outros países da União Europeia, em relação aos tempos requeridos para a obtenção do financiamento público. Está a melhorar e o Governo está a fazer um grande esforço para isso. Temos conseguido como industria chegar a alguns compromissos para que os doentes portugueses possam beneficiar da inovação como outros da UE. A ligação com os portugueses não se limita à comercialização dos vossos produtos. Existe uma maior responsa-
Como analisa a “saúde” dos portugueses?
Tive a oportunidade de trabalhar ao longo da minha carreira em vários países da Europa e da América Latina. Comparando a realidade de outros países com a portuguesa é um sistema de saúde que funciona e fornece bons cuidados de saúde. O que podia melhorar são os tempos que demoramos a ter aprovação de inovação, o que pode colocar o doente português numa situação de diferente acesso do que outros países europeus. A procura tem sido sempre de encontrar compromissos como trazer mais rápido esses produtos para o país e manter o controlo da despesa e da sustentabilidade do SNS.
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A “química” que está nas nossas vidas Logo após o fim da II Grande Guerra, a empresa alemã Basf criou uma delegação em Portugal. Desde então não saiu mais de solo português e diversificou os seus produtos ao ponto de estar em quase todas as atividades, como explica Gunter Sthamer, diretor geral da Basf Portugal.
Como vêm o desenvolvimento económico da Europa, especialmente nas relações entre Portugal e Alemanha?
... justamente agora esta resposta parece-me difícil, uma vez que estamos a passar por uma situação pouco estável na Europa. Mas sinceramente, temos uma base económica muito forte. Muitas vezes penso que nos falta a coragem para sermos optimistas e de nos deixarmos de lamentar. Talvez se possa vencer as actuais dificuldades económicas com um pouco mais de iniciativa e de projecção no futuro. A relação económica entre Portugal e a Alemanha é tradicionalmente muito boa e foi construída sobre uma cooperação muito estável. Não tenho a menor dúvida de que esta relação vai continuar a ser excelente. No próximo ano a BASF celebra 150 anos. Que iniciativas têm em perspectiva para marcar esta data?
A Basf está em Portugal desde 1948. Qual foi o motivo de escolherem o nosso país como um dos primeiros para onde se expandiram no pós-guerra?
Isso teve seguramente a ver com as estruturas da BASF nessa época. A BASF nasceu do negócio de corantes e Portugal tinha uma posição importante como cliente para esse sector. Assim, acompanhando os desenvolvimentos da economia portuguesa, vimos que Portugal e a BASF se desenvolviam na mesma direcção. Devido à relação estreita com Portugal, a BASF sentiu-se na obrigação de estar presente com a sua própria organização, ao contrário de muitas outras empresas, que optaram por ter as suas sedes na Península Ibérica, em Espanha.
cals, Cognis, Degussa Construction Chemicals, Johnson Polymers e Engelhard por exemplo, através das quais ampliamos imensamente a nossa estrutura de negócios em Portugal. Quais as principais áreas de negócio, produtos e serviços que oferecem em Portugal?
Estamos praticamente presentes com todo o nosso portfolio. Vemo-nos como fornecedor de soluções para muitas industrias, sendo actualmente os sectores automóvel, químico e agrícola os que mais se salientam. Encontram em Portugal as condições necessárias para desenvolvimento, sustentabilidade e inovação? Há intercâm-
E como tem evoluído desde então?
bio entre colaboradores dos dois paí-
Houve naturalmente altos e baixos, que se devem à evolução do mercado e das indústrias. Após a indústria têxtil e do couro terem sido durante vários anos os pilares da indústria portuguesa, temos hoje em dia uma indústria muito mais diversificada. Também na BASF tivemos um desenvolvimento da nossa gama de produtos e foco. Aqui teve também um impacto muito importante as aquisições que a BASF fez no decorrer dos últimos 10 anos, como as empresas CIBA Specialty Chemi-
ses?
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Há uma colaboração muito estreita e diária entre os nossos colaboradores em Portugal, na Alemanha e em muitos outros países onde a BASF está presente. Só assim nos podemos manter actualizados e seguir as estratégias do grupo. Tal como em todo o grupo BASF, a nossa equipa trabalha com o objectivo de oferecer tecnologias modernas e sustentáveis ao mercado português, tendo em mente a nossa nova claim: “BASF – We create chemistry”.
Os 150 anos vão ser celebrados ao longo do ano de 2015 com vários programas interessantes e envolventes. No dia 04 de Dezembro de 2014 serão apresentadas mais informações sobre o programa do aniversário numa conferência de imprensa, e a partir dessa data serão disponibilizadas informações actualizadas sobre todas as actividades no “Creator Space online”. Um dos destaques do ano, no entanto, será a Celebração do Aniversário em Ludwigshafen, na Alemanha, no dia 23 de Abril de 2015. Com a comemoração dos 150 anos em 2015 a BASF prepara-se também para apresentar um novo logotipo que afirma: “Criamos química”. Esta mudança na identidade da marca da empresa sublinha a forma como a BASF colabora
e inova com clientes e parceiros para contribuir para um futuro sustentável. A nova claim deriva da estratégia da BASF “We create chemistry”, que foi anunciada em 2011. Desde que lançámos esta estratégia, a BASF tem vindo a centrar-se cada vez mais na oferta de produtos e soluções funcionais aos seus clientes, com base na química, através de uma combinação inteligente de diferentes compostos. A BASF está a convidar as pessoas para colaborarem no desenvolvimento de soluções para enfrentar os desafios globais relacionados com a vida urbana, a energia inteligente e a alimentação”. Fale-nos desta iniciativa e que resultados esperam obter?
De acordo com o objectivo da empresa “We create chemistry for a sustainable future” (Criamos química para um futuro sustentável), o objectivo da BASF consiste em reunir pessoas e ideias num processo de co-criação. Até 2050 haverá mais de nove mil milhões de pessoas a viver no planeta Terra. As necessidades da população mundial em crescimento em termos de boas condições de vida, energia e alimentação só podem ser satisfeitas através da existência de inovações. A BASF identificou estes três temas nos quais a química desempenha um papel importante e que estarão no centro do programa do aniversário. Para incentivar o debate, a empresa lançou uma plataforma interactiva online denominada “Creator Space™”, em www. creator-space.basf.com. Através deste espaço clientes, cientistas, público e especialistas da BASF são convidados a trocarem impressões e ideias.
Cooperação luso-alemã
Ciclum Farma quer contribuir para a melhor
saúde e bem-estar dos portugueses A venda de medicamentos genéricos tem aumentado em volume mas o valor recebido pelas empresas diminuiu drasticamente nos últimos anos devido à constante redução significativa de preços e, a continuar, colocará um desafio futuro de sustentabilidade neste segmento de medicamentos. No entanto, a perceção dos utentes é que pagam mais porque apesar dos preços serem mais baixos, o Estado tem reduzido a comparticipação pelo efeito de mudança na regra do cálculo do preço de referência para a comparticipação dos medicamentos com grupo homogéneo. A erosão significativa das margens nos medicamentos genéricos é compensada na Ciclum Farma com uma aposta sustentada no aumento da gama de produtos de medicamentos não sujeitos a receita médica e de produtos de venda livre. Desde 2005 que a Ciclum Farma foi integrada no grupo alemão Stada, um dos maiores laboratórios farmacêuticos europeus com mais de cem anos de história. A empresa portuguesa, fundada em 2000 e especializada na produção e comercialização de genéricos, beneficiou com esta aquisição pelo aumento do seu leque de oferta de produtos, quer ao nível dos medicamentos sujeitos a receita médica e não sujeitos a receita médica quer na gama de produtos de saúde de venda livre.
Apesar de fazer parte do Grupo Stada, a Ciclum Farma consegue manter a sua autonomia como empresa portuguesa. “Mantivemos a nossa identidade já que era uma marca forte reconhecida por médicos, farmacêuticos e utentes. Em termos estruturais temos uma certa autonomia de decisão e só tivemos que incorporar a filosofia de gestão alemã. O Grupo Stada tem consciência da realidade estrutural e conjuntural dos países onde está presente e particularmente de Portugal. A Stada é um dos principais produtores de genéricos e de medicamentos biossimilares da Europa, contribuindo para ajudar no controlo da despesa com medicamentos, na sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde e permitindo que muito mais doentes sejam tratados com o mesmo orçamento. A contribuição que podemos dar é introduzindo no mercado medicamentos genéricos e biossimilares a preços mais acessíveis, sempre que a patente expire, para que mais doentes possam beneficiar dos tratamentos”, explica Moisés Apura, diretor-geral da Ciclum Farma. O Estado tem que atender às preocupações de sustentabilidade das empresas de medicamentos genéricos porque são estas que tratam atualmente a maioria dos cidadãos europeus, contribuem para que mais pessoas possam ser tratadas e ajudam na sustentabilidade do SNS. A quota de
Leica: o perfeito equilíbrio por detrás da lente Engenheiros
alemães, artesãos portu-
gueses Quatro décadas de presença em Portugal atestam a solidez de uma marca a comemorar um século de existência no mundo. Na fábrica de Vila Nova de Famalicão, um dos maiores empregadores da região, são construídas quase artesanalmente algumas das máquinas mais conhecidas desta marca de artigos de fotografia topo de gama que alia a infalível engenharia alemã à inigualável manufactura portuguesa. Numa visita pelas instalações da empresa respira-se perfeição calculada ao nano-milímetro. O ambiente é verdadeiramente laboratorial, a tecnologia sofisticadíssima e, arriscaríamos, o principal factor diferenciador está na mão humana.
Isso mesmo: os engenheiros alemães reconheceram aos verdadeiros “artesãos” portugueses que constituem o universo Leica em Portugal a ímpar capacidade de trabalhar máquinas fotográficas e binóculos, num processo em que não chegam duas mãos para contar as diferentes fases de fabrico, como se cada peça fosse única e digna de exposição. Desde a pintura manual à gravação por perfuração de tudo o que é lettering ou numbering, passando por muitos outros processos, a Leica é a única marca do sector que não se “apaga” com o tempo. A produção das peças individuais, quer na Óptica quer na Mecânica assume contornos de fascínio, quando se começa por ver uma peça bruta que, no final, é transformada numa verdadeira relíquia. Por aqui se diz que quem tem uma M
mercado dos genéricos, em unidades consumidas, aumentou nos últimos anos mas está a dar sinais de estagnação em 2014. Esta tendência poderá ser um sinal de que a atual política de preços e comparticipação dos medicamentos esgotou o efeito pretendido. A explicação é simples, “Em Portugal, o Estado está a comparticipar cada vez menos, os doentes a pagarem mais, as farmácias a preferirem dispensar medicamentos com maior margem de lucro e de descontos comerciais devido à erosão drástica e contínua de preços dos medicamentos genéricos, os médicos a refugiarem-se em medicamentos que não têm genéricos para manterem o poder de influência no utente mas cumprindo o objetivo de prescrição por DCI. Em minha opinião, o sistema de preços para os medicamentos genéricos, fere a Lei da Concorrência e poderá ser inconstitucional porque retira a possibilidade das empresas concorrerem em igualdade de oportunidade; se eu for o primeiro a aprovar um medicamento genérico de uma determinada substância posso ter uma diferença de preço máximo superior a 40% do último aprovado e com margem para dar descontos comerciais e induzir a dispensa na farmácia, em vez de outro mais barato que não dispõe desta margem adicional, mas o doente pagará mais porque o Estado só paga até ao preço de
tem uma máquina única. São necessários cerca de 1300 minutos para produzir este modelo, produzido quase na totalidade manualmente. São necessários cerca de 800 profissionais para produzirem perto de 130 câmaras por dia, todas elas “exportadas” para a casa-mãe, na Alemanha. No final de uma visita à Leica, ficamos com a sensação de termos visitado três empresas em rede. São, na realidade, as três secções da unidade de Famalicão: a Óptica, onde são produzidas todas as componentes ópticas para as máquinas fotográficas e binóculos. Aqui, trabalha-se a partir do vidro, que é prensado, fresado, polido e revestido; a Mecânica, uma secção que conta actualmente com mais de 250 trabalhadores que operam sobre o bruto de fundição até ao produto final, que é torneado, fresado, furado e posteriormente submetido a um tratamento de superfície, a “cara” da Leica; por fim, a secção da Montagem, que usa a electrónica produzida no seio da própria secção. Uma história de quatro décadas que vale a pena partilhar, resultado de uma experiência acumulada por profissionais com mais de 20 anos de casa
referência que é o preço médio dos cinco mais baratos. Assim, os preços dos medicamentos mais baratos contribuem para calcular o preço a pagar pelo Estado mas poderão não ser os mais dispensados”. Para fazer face a este revés de margens muito reduzidas, a Ciclum Farma está cada vez mais a apostar em produtos de saúde e bem-estar de venda livre e medicamentos não sujeitos a receita médica, bem como na área da dermocosmética. “Já representam uma fatia grande da nossa faturação. As pessoas cada vez mais preocupamse com a sua saúde e bem-estar e estão mais recetivas a usarem produtos que contribuam para uma vida saudável. Por isso, temos a certeza de sucesso com a aposta neste segmento e estamos a cumprir a nossa missão de contribuir para o bem-estar da população em geral,”, revela Moisés Apura. Os sistemas de saúde da Alemanha e Portugal são diferentes no referente à política do medicamento. A Alemanha foi o primeiro país europeu a introduzir o preço de referência nos grupos terapêuticos em 1989 mas os preços são livres e os medicamentos genéricos representam 70% do total de medicamentos dispensados. A comparticipação é feita por negociação/concurso com as seguradoras de saúde e temos uma previsão do consumo de cada substância por ano/empresa facilitando o planeamento e produção. Em Portugal existe imprevisibilidade no consumo de cada substância por empresa, nas margens a obter e nos preços, que dificultam o planeamento e decisão de investimento”, salienta.
que conferem um know how altamente especializado, o que, aliado à forte aposta na formação e na contratação de colaboradores qualificados, resulta num pleno equilíbrio.
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Cooperação luso-alemã
Zucotec: há 10 anos a construir uma Europa melhor A Zucotec é uma empresa portuguesa com sede em Alfragide. Inserida no Grupo Strabag, é participada pela Züblin AG, empresa com delegações e sucursais em todo o território alemão e inúmeras sociedades de participações espalhadas pelo país e estrangeiro. Desde 2006, a Zucotec é membro do grupo ECS - European Construction Services GmbH, que agrupa as empresas Zucotec, Unip. Lda. (Construção), Eurotec (marca da Zucotec, comercialização de produtos para a construção civil), Eurotec Angola (empresa de comercialização de produtos para a construção civil), Euro Services GmbH (Catering & Cleaning), Poltec sp. z o.o. (Construção), e Demirturk (Construção). serviços na construção, através da marca Eurotec, estando hoje em posição de oferecer materiais, sistemas de andaimes e cofragem, bem como sistemas de ancoragens para obras subterrâneas e de construção civil, em quase todos os mercados nos quais opera e respondendo com máxima flexibilidade às necessidades específicas de cada mercado. Em 2012, a Eurotec expandiu o seu mercado para Angola, onde comercializa também produtos para o mercado da construção. “Os nossos objectivos de qualidade e cumprimento de prazos, de normas de segurança internacionais, funcionários qualificados e motivados asseguram, desde a fundação da nossa empresa, um crescimento sustentável e o sucesso empresarial”, garante Maria Emília Uurbanus, Responsável por Capital Humano do Grupo ECS, em entrevista a País Positivo.
Funcionários “A competência, espírito inovador e motivação dos nossos funcionários, a par das suas aptidões e apetência pelo trabalho interdisciplinar em equipa, formam um aspecto central do êxito da nossa Empresa. Pressuposto fundamental dos nossos princípios de gestão é o elevado sentido de responsabilidade própria de cada um dos nossos funcionários. Cultivamos uma relação aberta e franca entre todos, com base na valorização e na confiança mútuas, apontamos perspectivas de evolução pessoal no seio da Empresa e asseguramos uma política de informação aberta e oportuna. Promovemos medidas preventivas de preservação da saúde dos funcionários, bem como a segurança no local de trabalho”, assegura Maria Emília Uurbanus.
Como surgiu o “conceito” Zucotec?
Maria Emília Uurbanus
A Zucotec iniciou a sua actividade, em 1993, em Lisboa, tendo como objectivo permanente a construção com qualidade. O seu êxito baseia-se num crescimento sustentável apoiado numa equipa humana competente e numa preocupação de rigor e inovação em todos os projectos, tendo conseguido o álvara máximo no ano passado. A Zucotec evidencia-se sobretudo a nível internacional, sendo que, paralelamente às actividades comerciais em Portugal, também desenvolve actividades nos restantes países europeus. É especialmente de salientar o excelente trabalho produzido no mercado alemão, onde a Zucotec, desde o início, e apesar da difícil
concorrência, conseguiu afirmar-se e promover-se como a maior empresa de construção civil portuguesa a operar na Alemanha. Com uma facturação de mais de 50 milhões de euros e com cerca de 1.000 colaboradores, a empresa continuará a ter a construção como cerne dos seus negócios. O crescimento da empresa deve-se à sua principal estratégia: a qualidade dos trabalhos e o respeito pelos prazos de execução promove a satisfação dos clientes. O cumprimento das normas e regras internacionais de higiene e segurança no trabalho, nas obras, é garantido por técnicos qualificados. Desde 2009, a Zucotec ampliou a sua área de
A Zucotec surge em resposta a três grandes fases: uma primeira fase em que a nossa casa mãe, a Zueblin, decide apostar no mercado português devido à mão-de-obra especializada e competitiva. Essa mão-de-obra existia em Portugal, na Zucotec, que acabou por servir a nossa empresa-mãe, a Zublin, uma das empresas pertencentes ao Grupo Strabag, a maior construtora a nível europeu. Temos ainda uma segunda fase que aponta para um mercado em crescimento e, no seguimento do que referimos acima, a grande necessidade de apoiar a casa mãe com know-how, eficiência e qualidade. A terceira fase tem que ver com o posicionamento do Grupo no mercado e a atenção para com uma clientela o mais abrangente possível, para, por sua vez, poder angariar experiência também. Entretanto, começámos a deparar-nos com diferentes necessidades no domínio do estaleiro. Passámos a ter que seleccionar cozinheiros, administrativos, etc., que auxiliam nas mais variadas situações do quotidiano em que os nossos colaboradores precisam de apoio, para ir de encontro às regras básicas e características de cada país no que respeita a condições residen-
ciais que satisfizessem as necessidades dos nossos trabalhadores e que promovem a melhor qualidade de vida possível enquanto estão ausentes do seu país. Cada um dos nossos estaleiros tem um cozinheiro português, há bacalhau, feijoada e outros pratos típicos da gastronomia portuguesa. Pretendemos que este bem-estar se traduza na satisfação dos nossos colaboradores e no resultado positivo do trabalho que empenham. Os nossos funcionários estão instalados em locais (lares, apartamentos, contentores) com características sempre superiores às especificadas pela lei do país em questão. Há dois anos, implementámos, pela primeira vez no Grupo ECS um questionário de satisfação dos colaboradores e, em função dos dados obtidos, adequamos as condições que oferecemos. A título de exemplo, fruto desta ferramenta de gestão e face ao retorno desses questionários, aumentámos a largura de banda da internet nos nossos estaleiros da Noruega para que os nossos colaboradores pudessem comunicar em boas condições com as suas famílias através de skype.
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Responsabilidade social “Na concretização dos nossos objectivos, actuamos sempre de forma responsável para com o meio, encarando o nosso padrão ético (Código de Ética) como um contributo exemplar para uma evolução saudável do mercado. Respeitamos, em conformidade, diferenças culturais, identificamonos com práticas de concorrência leal, cumprimos as normas e directrizes em vigor e temos uma conduta ambientalmente responsável, por exemplo, em matéria de energia, matérias-primas, resíduos e emissões. Além disso, promovemos o bem comum, por meio do apoio a determinadas organizações e instituições com objectivos humanitários, sociais, de utilidade pública, ligadas à formação ou à cultura”.
A que tipos de meios recorre a Zucotec para a selecção e recrutamento dos seus colaboradores?
Temos um gabinete de recrutamento em Amarante, o nosso grande pólo, e outro na Maia. Também recrutamos em Lisboa. A grande fasquia do nosso recrutamento realiza-se no Norte do país, com cerca de 75 por cento do pessoal. Falamos de carpinteiros, pedreiros… o denominador comum é a qualificação. Todos os nossos colaboradores são portugueses e provêm de Portugal. Neste momento, oferecemos emprego a mais de 1.000 portugueses. No entanto, os constrangimentos sociais e fiscais com que nos vimos deparados actualmente poderão colocar a nossa sustentabilidade em risco. Confrontamo-nos diariamente com empresas, nomeadamente da Europa de Leste, que vêm para a Alemanha concorrer com empresas como a nossa, que não cumprem minimamente qualquer tipo de requisitos nem elegem a preocupação do bem-estar com os seus trabalhadores. Nós queremos manter os nossos colaboradores, mas temos que chegar a um consenso que nos permita fazer face aos custos que temos, em competição com essas empresas que não prestam qualquer atenção à responsabilidade social. Por outro lado, uma criteriosa selecção de clientes constituirá igualmente um factor chave de sucesso para a imagem da empresa…
A nossa estrutura está divida de tal forma que cada Divisão tem um Director responsável por determinadas áreas geográficas. Estes Directores são seleccionados pelo seu profundo co-
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nhecimento destas áreas e podem, portanto, proceder a aquisições com total confiança devido aos seus conhecimentos. Espera-se que criem um base técnica sustentável com a Alemanha, que permita um fluxo de trabalho constante e eficiente, criando assim alianças estratégicas com os nossos clientes de longa duração. Percebendo-se que a Zucotec se encontra em contra-ciclo, uma vez que atravessa uma fase de crescimento exponencial numa conjuntura de crise económico-financeira, como perspectivam o futuro da empresa?
Avista-se uma grande obra para este ano… No ano passado, solicitámos a elevação do alvará para Classe 9, precisamente para podermos participar neste projecto que se desenvolverá em Lisboa e envolverá diversas empresas. Eu integro o Grupo ECS, detentor da Zucotec, a par de diversas outras empresas no ramo administrativo, de selecção e recrutamento, limpeza e catering, construção e engenharia civil, materiais de construção e sistemas. Quando entrei para a Zucotec, uma das necessidades que detectei prendia-se com a necessidade de criar uma sensibilidade organizacional e uma imagem para a empresa. Ao longo dos últimos dois anos, tem sido esse o projecto em que mais me tenho concentrado, juntamente com o Director Executivo, o Dr. Carlos Pinto. Daí vieram muitas das obras e eventos em que temos participado.
O crescimento da empresa deve-se à sua principal estratégia: a qualidade dos trabalhos e o respeito pelos prazos de execução promove a satisfação dos clientes. O cumprimento das normas e regras internacionais de higiene e segurança no trabalho, nas obras, é garantido por técnicos qualificados.
Clientes “Os nossos serviços estão orientados para a satisfação dos requisitos e expectativas que assistem ao nosso cliente, proporcionando-lhe, deste modo, um elevado valor acrescentado. Com vista a estabelecer uma colaboração de parceria, comunicamos com os nossos clientes de forma aberta e transparente. Deste modo, construímos relações comerciais duradouras e fundadas na confiança, sem detrimento da necessária medida de sigilo e discrição. Firmamos a nossa posição no mercado através da proximidade com o cliente, do profissionalismo, da sede de inovação e da liderança de preços”, assevera a directora da Zucotec. Empresas contratadas e fornecedores “Tendo em vista a qualidade e a rentabilidade, para além das nossas competências e recursos próprios, recorremos ainda a empresas contratadas e a fornecedores criteriosamente seleccionados e com provas dadas, para o processamento das nossas encomendas. Uma colaboração em equipa, baseada na seriedade, abertura, integridade e equidade é, neste aspecto, um garante de parcerias duradouras e bem sucedidas”.
Cooperação luso-alemã: vanguarda tecnológica
FiberSensing: De spin-off tecnológico a líder mundial No início de Outubro a empresa alemã Hottinger Baldwin Messtechnik GmbH (HBM) adquiriu a FiberSensing. Em entrevista ao País Positivo, Luís Ferreira, Director of HBM Optical Business um dos fundadores da empresa portuguesa, fala deste processo e do seu percurso profissional.
tar na fibra ótica?
A optoelectrónica era uma investigação cara para o país que tínhamos, já que a infraestrutura necessária era complexa. Os sensores de fibra ótica permitiam fazer alguma coisa mas sem grande investimento. Sempre quis demonstrar que algo feito de fibra ótica e que tinha validade numa mesa de laboratório tinha piada, mas conseguir transformar isso em produto tinha ainda mais piada. Achamos que a área de os sensores de fibra ótica já tinha passado uma fase só de possibilidades, conceitos e investigação e podiam existir projetos concretos de aplicabilidade. Devido ao conhecimento que tínhamos propusemos ao INESC fazer uma spin-off. Na altura não era fácil, mas foi aceite. A partir daí fomos à procura de capital de risco e a desenvolver produtos. Ao fim de cerca de um ano procuramos mais investimento para a industrialização. Decidiram criar uma spin off e não avançar com capital próprio porquê?
Quando decidiu que a área dos sensores de fibra ótica era o seu futuro?
Tinha uma indecisão profunda do que queria ser no futuro. No ensino secundário tinha boas notas a quase todas as disciplinas e não me destacava em nada. Acabei por escolher a área de ciências e na faculdade física porque pensei que dava para tudo, e a verdade é que deu. No início não achei o curso particularmente interessante, era muito académico e teórico. Tudo se alterou no terceiro ano, quando comecei a ter cadeiras que estavam relacionadas com luz e decidi seguir essa via no ensino. Em 1992 havia uma colaboração enorme entre o grupo da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto que já trabalhava em optoelectrónica e o INESC, onde comecei a colaborar. Foi nessa altura que começou a apos-
Foi claramente porque o know-how existia. O facto de o INESC ter investido durante dez anos numa área e existir trabalho consistente acaba por ter resultados. Com isso conseguimos manter uma relação de proximidade com os principais centros de investigação do mundo. A direção do INESC estava a perceber que o modelo de prestação de serviços à indústria não estava a ter grandes resultados, mudaram o posicionamento e motivaram os investigadores a dar o salto. O facto de termos relações com outros departamentos da Faculdade de Engenharia também permitiu testar a tecnologia de alguns projetos em campo. Então porque decidiram ser adquiridos por uma empresa como a HBM?
Ao fim de dez anos e de termos um principal acionista, que era principalmente financeiro, quisemos substituir por um parceiro estratégico. Não porque estávamos insatisfeitos com a Portugal Ventures, mas porque é um acionista e em ultima análise traz dinheiro, mais nada. Se fossemos adquiridos por uma empresa qualquer que pudesse tirar partido na nossa tecnologia o negócio vinha naturalmente. É curioso que a HBM já tinha alguma tecnolo-
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Cooperação luso-alemã: vanguarda tecnológica
Quem é a FiberSensing? A FiberSensing – Sistemas Avançados de Monitorização, S.A. foi fundada em 2004 como spin-off tecnológico do INESC Porto. É uma empresa líder mundial no desenvolvimento e produção de sistemas baseados em sensores de Bragg em fibra ótica (FBG) para aplicações avançadas de monitorização. As principais áreas de atuação são a energia (produção, transporte e distribuição), engenharia civil, geotecnia, transportes, indústria aeroespacial (através de projetos de desenvolvimento), indústria e investigação (através de Universidades e Institutos). Suportada por competências que vão desde a tecnologia de fibras óticas à optoelectrónica, eletrónicas digital e instrumentação, a empresa comercializa um vasto portefólio de sensores, unidades de medição e aplicações de software, bem como soluções completas de monitorização (desenvolvimento de produtos à medida e sistemas OEM).
e os centros de investigação é muito boa, mas eu não encontro ligação direta. Penso que se abstraíram de tudo e viram uma empresa e pessoas com capacidade. A HBM quando quer integrar alguma tecnologia procuram empresas com referência no mercado e que estão em todo o mundo. Vão conseguir manter as parcerias com os centros de investigação?
Precisamos claramente de manter este cordão umbilical por necessidade, apesar de estar mais um pouco cortado. É bom saber todos os passos que estejam um pouco à frente daquilo que empresas como a nossa fazem para tentar antecipar e perceber se é uma tecnologia que podemos integrar. O facto de termos uma colaboração tão estreita com centros de investigação de excelência e ter mão de obra qualificada a custos equilibrados foi um ponto que interessou à HBM. Como define atualmente o vosso trabalho?
gia ótica, mas compreenderam que queriam alargar essa fatia e que o mercado estava a seguir esse caminho. Preferiram olhar para o mercado e ver que empresas seriam uma mais valia em vez de gastar milhões a criar uma. Do ponto de vista da empresa é interessante porque assim não estamos limitados e podemos atingir uma grande fatia de mercado. Passámos a ter acesso a uma grande equipa de vendedores no mundo inteiro e tiramos partido da enorme experiência em desenvolver e produzir na área do teste e medição. Que alteração esperam vir a ter?
Posso dizer que temos uma autonomia para nos focarmos no que é realmente importante. Muitas vezes uma empresa tecnológica como nossa, para sobreviver, tinha que se distrair com muitas coisas. A HBM queria uma tecnologia que não a tinha e adquiriu-a porque a quer fazer crescer e vingar. O objetivo é que a FiberSensing seja um centro de excelência da HBM em tudo o que seja o negócio ótico. Por isso mesmo vamos agregar não só o que fazíamos, mas tudo o que aparecer a partir de agora. Vão continuar a ter capacidade para o desenvolvimento de tecnologia?
Foi isso que eles viram em nós, ou seja, o conhecimento e a capacidade de ter tecnologia própria para desenvolver produtos. Neste momento a FiberSensing tem mais informação para dar passos certos. A reputação da engenharia portuguesa foi central a esta aquisição? A relação que temos com o tecido académico
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Dentro do que são os sensores da fibra ótica, ou seja, a utilização da fibra ótica como elemento de sensor, desde o início que nos focamos numa tecnologia em concreto. A tecnologia de redes Bragg consiste em escrever e inscrever numa microestrutura no núcleo de uma fibra ótica que tem cinco milímetros de comprimento. Isto é, se eu eliminar todos os comprimentos de onda com uma fonte de luz injetada na fibra eu recebo um sinal de volta que vem codificado em comprimento de onda. É como se fosse um espelho seletivo em que reflete só uma cor, depois recebo essas fatias de luz que estão associadas a cada um dos espelhos. Se atuar nessas regiões vejo pequenas alterações, onde posso analisar e saber o que aconteceu nesses pontos. Isto implica o desenvolvimento na área dos sensores e as unidades de medida, bem como de sistemas informáticos. Em que áreas atuam?
Muitos departamentos de desenvolvimento compram os nossos produtos. Estamos em muitas áreas como a engenharia civil, aeronáutica, energia, aeroespacial, entre outras. Temos empresas que nos compram produtos para monitorizar pontes, edifícios, onde não somos a solução total, mas integrados com outras tecnologias. Estar em diversas áreas é uma vantagem, mas também pode ser um problema. Podemos saber um pouco de tudo, não ser especialistas e não ter a solução para nada. É por isso que a nossa estratégia é focarmos o desenvolvimento e produção e depois estabelecer parcerias estratégicas com empresas que estão nas áreas e desenvolver os produtos consoante as especificidades deles.
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Escola Alemã de Lisboa: Por uma questão de excelência Do jardim infantil até ao 12º ano, a Escola Alemã de Lisboa forma, com base em valores como a disciplina, organização e autonomia, crianças e jovens portugueses e alemães, que se encontram mutuamente e de forma enriquecedora. As actividades e ofertas que a Escola Alemã de Lisboa propõe aos seus alunos são multifacetadas, e vão muito além das aulas, demonstrando um particular interesse numa educação completa dos alunos, por um lado com uma boa formação especializada de elevado nível e, por outro lado, com uma vida escolar que corresponde aos jovens e que promove os seus talentos, os seus interesses e as suas inclinações. Desde bem cedo, no Jardim-de-Infância convivem crianças alemãs e portuguesas que, aos cinco anos de idade, são preparadas para as exigências escolares no âmbito das aulas de pré-primária. A Escola Primária trabalha de forma integrativa, onde as crianças de língua materna alemã e portuguesa se juntam gradualmente nas aulas conjuntas em língua alemã. Do 4º ao 6º ano, os alunos frequentam um ciclo escolar transitório, que pretende facilitar a transição dos alunos da Escola Primária para o liceu. Após a frequência do 4º ano na escola primária portuguesa e de um curso preparatório de língua alemã na EAL, as crianças oriundas de famílias portuguesas têm a possibilidade de serem admitidas no 5 ano do Liceu. Através de aulas reforçadas de língua alemã, juntam-se pouco a pouco, em determinadas disciplinas, com as crianças que já dominam a língua alemã. No âmbito do modelo de integração dos 2º e 3º ciclos, os alunos de língua materna portuguesa frequentam as aulas em conjunto com os alunos de língua materna alemã (matemática, inglês, francês, física, educação física, arte, música) e em outras disciplinas (português, história e geografia de Portugal, biologia) são leccionados por professores de língua materna portuguesa. Até ao 9º ano inclusive, as aulas de alemão são leccionadas de forma diferenciada. Regra geral, todos os alunos da EAL terminam o seu percurso escolar após 12 anos de escolaridade com o “Allgemeine Hochschulzugangsberechtigung” (o diploma do ministério alemão, Abitur). Ao mesmo tempo, adquirem o direito de participar nas provas de acesso às universidades portuguesas. Para isso, a EAL oferece aos seus alunos a possibilidade de frequentar aulas suplementares em língua portuguesa nas disciplinas relevantes para o acesso ao ensino superior. País Positivo visitou a Escola Alemã de Lisboa,
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guiado por José Valentim, que acedeu abordar, na primeira pessoa, alguns tópicos que propusemos. Contextualização histórica “A Escola Alemã de Lisboa é uma das mais antigas escolas estrangeiras do mundo, datando de 1848 e correspondendo a uma criação da Igreja Evangélica. Inicialmente, a frequência da escola era muito restrita, quer em termos de clientela alemã, quer em número de alunos. À medida em que o tempo foi passando, foram surgindo cada vez mais alunos e aquela que era, inicialmente, uma população diminuta alemã começou a crescer e a diversificar-se, com cada vez mais portugueses. De tal forma que, actualmente, temos mais alunos portugueses do que alemães. É significativo o facto de termos entre 70 a 80 por cento de alunos portugueses e ainda uma percentagem com dupla nacionalidade, proveniente de famílias que residem em Portugal há já bastante tempo. São alemães que vêm para Portugal, gostam do país e o tipo de profissão potencia que fiquem mais tempo”. O que procuram os portugueses numa escola alemã “Procuram fundamentalmente a disciplina e organização alemã mas sabem simultaneamente que, em tempos conturbados como os que temos vivido e que afectam as saídas profissionais em Portugal, beneficiam de uma maior segurança, sendo certo que a Alemanha proporciona uma mais-valia. Nem toda a gente sabe alemão, nem toda a gente domina essa cultura e língua. Aqui, o alemão assume um papel preponderante porque é assumido como uma língua materna. E, por acréscimo à língua materna, vêm sempre o inglês e o francês. O objectivo da Escola Alemã consiste em que os alunos atinjam o 12º ano e, depois dessa frequência, acabem com um diploma alemão, conferido através do exame final do 12 ano, o Abitur, que confere equivalência às escolas alemãs. É o próprio ministério alemão que credencia, além de coordenar, inspeccionar e fiscalizar esses exames. Temos um programa alemão a cumprir e, como tal, definimos requisitos idênticos aos aplicados na Alemanha. É um certificado de qualidade. Há dois anos e meio, tive-
mos pela última vez uma rigorosa inspecção alemã, sob a égide do Ministério da Cultura Alemão, que se repetirá no próximo ano”. Ligação ao país mãe “A ligação ao país mãe Alemanha é sempre ga-
rantida através do apoio da embaixada e da coordenação, fiscalização e controlo de exames por parte do ministério alemão. Obrigatoriamente, os programas são os alemães. Tendo nós alunos portugueses, temos também algumas disciplinas em língua portuguesa para conferir equivalência de estudos. Os alunos
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podem assim, a qualquer momento, prosseguir os estudos numa escola portuguesa ou entrar numa universidade portuguesa, bem como em qualquer escola dentro ou fora da União Europeia. Também o ministério português reconhece a equivalência a qualquer ano que o aluno termine na Escola Alemã de Lisboa”. A disciplina e organização alemã “A pontualidade é importante mas existem outros aspectos que distinguem os nossos alunos, a nossa escola e o perfil alemão. Acima de tudo, a autonomia do estudo, a organização e a capacidade de trabalho de forma independente e empreendedora, o saber consultar uma obra, investigar… são valores introduzidos bastante cedo e, para isso, muito contribui o factor língua alemã, muito isolado nas famílias. Como disse, a maioria dos nossos alunos são portugueses e, como tal,
grande parte dos pais não sabe alemão, ou seja, desde muito cedo, os alunos começam a estudar sozinhos, ligados à língua alemã. Toda a estrutura que têm que formar para ultrapassar as dificuldades do alemão é montada por eles próprios, o que potencia essa autonomia e capacidade de organização para que, no dia seguinte, nada falhe, tenham os trabalhos feitos e a lição aprendida à sua própria custa. E os pais pouco mais têm com que se preocupar do que a logística… Depois, defrontarem-se com esta internacionalização, aprenderem o inglês e o francês de uma forma muito célere a um nível superior, mais o alemão, que constitui a tal mais-valia que frisei, abre-lhes horizontes ímpares. Por isso, nas faculdades, ouvimos reitores e professores constatarem que é para eles excelente poderem contar com alunos da Escola Alemã porque representam capacidade de trabalho, organização, estrutura, autonomia
e capacidade de argumentação. Os nossos alunos frequentam estágios em empresas durante o 10º ano. Existem intercâmbios entre Portugal e a Alemanha, justamente para favorecer os alunos que, de outro modo, não têm contacto com o alemão. Logo no 5º ano, fruto de uma parceria com uma escola alemã, realizam a primeira viagem a Berlim, onde contactam a sociedade, cultura, entidades e famílias alemãs, no 7º e 9º ano, vão uma semana à Alemanha…” É preciso ter também alguma “engenharia” alemã… “Sim, é engenharia alemã mas a boa vontade e a motivação portuguesa também são importantes neste caso. É curioso ouvir os pais de um aluno que frequenta o 5º ou 6º ano dizerem que não deixam o filho ir sozinho a um estabelecimento que dista 100 metros de casa mas a primeira viagem que fazem, acompanhados dos professores, é de cerca de 3 mil km… Não é fácil vender esta concepção aos pais, até que entendam os benefícios inerentes… No final do 9º ano, os alunos ficam um mês na Alemanha, acolhidos por famílias alemãs, o que lhes confere o saber relacionado com a vivência de
outras culturas. Mais tarde, beneficiarão de outra abertura por parte do mercado de trabalho que, naturalmente, os acolhe e selecciona”. A vertente extra-curricular “Na vertente extra-curricular, conferimos um papel preponderante à arte e à música, elementos fulcrais na cultura alemã. Privilegiamos igualmente actividades lúdicas, outras mais intelectuais, actividades de circo ou teatro, a prática desportiva, modelos de parlamento, em que os alunos vestem a pele de deputados e, em parlamentos europeus convencionais, com alunos de outras escolas estrangeiras, debatem temas que outros, adultos, também colocam na agenda… No fundo, enriquecem a sua cultura e visão e, potencialmente, poderão ser cidadãos voltados para as relações internacionais ou política, áreas em que transportam já uma experiência muito interessante. Outra particularidade deste sistema alemão reside no facto de os alunos não terem, a partir do 10º ano, áreas específicas para se dedicarem em exclusivo. A cultura é geral e, neste sistema, têm uma panóplia de disciplinas até ao 12º ano que, obrigatoriamente, têm que cobrir todas as áreas do saber: pelo menos três línguas, a matemática é obrigatória assim como a história, pelo menos uma disciplina das ciências, filosofia ou religião, educação física, na parte artística têm música ou arte… Cada uma das áreas é coberta e assegurada, para além das disciplinas em língua portuguesa, que vêm complementar caso os alunos pretendam frequentar uma universidade em Portugal. Ou seja, a carga horária rondará as 40 horas semanais, fora as actividades extracurriculares”.
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Emergência
Autoridade Nacional de Proteção Civil
INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica
Compete à Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) de delinear, coordenar e executar a estratégia de proteção civil, nomeadamente na prevenção e reação a acidentes graves e catástrofes, de direção da atividade dos bombeiros e assegurar o planeamento e coordenação das necessidades nacionais na no que toca ao planeamento civil de emergência em casos de perturbação ou de guerra.
Portugal tem, desde 1981, um Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM). O SIEM corresponde à cooperação das várias entidades de auxílio à população. Este sistema está ao encargo do INEM. É a partir do momento em que se liga o 112 que é feita uma triagem e encaminhada a equipa adequada de acordo com a situação descrita.
A Força Especial de Bombeiros (FEB) é uma força especial de proteção civil, autónoma, provida de estrutura e comando próprio, organizada e inserida na Autoridade Nacional de Proteção Civil. Tudo começou em dois mil e cinco, quando se identificou a necessidade da aplicação de uma estratégia de rápido combate aos incêndios florestais, por forma a evitar o desenvolvimento de incêndios de grandes proporções. Posto isto, a formação de bombeiros especializados ficou ao encargo do Serviço Nacional de Bombeiros e Proteção Civil (SNBPC) A 1ª Companhia da FEB iniciou a sua atividade operacional a vinte e cinco de Maio de dois mil e sete, nos distritos de Guarda, Castelo Branco, Santarém e Portalegre. A vinte e três de Abril dois mil e oito é decidido alar-
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gar o território abrangido por esta força, constituindo uma 2ª Companhia nos distritos de Évora, Beja e Setúbal. Em dois mil e nove a FEB é reestruturada e passa a ser composta por um batalhão, constituído por três companhias. A 1ª Companhia passa a englobar os distritos de Guarda e Castelo Branco, a 2ª Companhia é constituída pelos distritos de Beja, Évora e Setúbal e a 3ª Companhia pelos distritos de Santarém e Portalegre. No decorrer deste ano também se procedeu à integração dos Recuperadores– Salvadores que prestavam serviço nas Bases de Helicópteros de Serviço Permanente de Santa Comba Dão e Loulé No fundo, a missão da Força Especial de Bombeiros é responder com brevidade aos pedidos de emergência de proteção e socorro, a ações de prevenção e combate em cenários de incêndios, acidentes graves e catástrofes em qualquer local no território nacional ou fora do país e em outras missões do âmbito da Proteção Civil; Ministrar formação especializada nas valências em que venha a estar credenciada pela Escola Nacional de Bombeiros (ENB).
É da competência do INEM, durante vinte e quatro horas por dia, o atendimento de chamadas de emergência médica em todo o território de Portugal continental, a prestação de aconselhamento médico a situações de emergência que se verifiquem a bordo de embarcações, informar em situações de intoxicação, prestar de apoio psicológico em emergência, dar assistência pré-hospitalar mais adequada a vítimas de acidente ou doença súbita. É também da sua incumbência, o planeamento, coordenação e prestação de assistência médica, a formação e promoção da formação dos profissionais de emergência médica, a formação e promoção da formação para o público em geral, a acreditação de entidades para formação em Emergência Médica, o licenciamento da atividade de transporte de doentes e dos veículos a ela afetos através do serviço de alvarás e auditorias e fiscalizar a atividade de
transporte de doentes urgentes/emergentes. Por forma a levar a cabo as suas obrigações, para além de profissionais altamente qualificados, o INEM tem ao seu dispor equipamentos que auxiliam nas mais variadas missões. Mal liga o 112, o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) atende e avalia o mais rapidamente o seu pedido, com o objectivo de determinar os recursos necessários e adequados a cada caso, sejam eles: Ambulâncias de Suporte Básico de Vida (SBV), Ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV), a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER), Unidade Móvel de Intervenção Psicológica de Emergência (UMIPE), Mota de Emergência Médica e transporte de recém-nascidos de alto risco e pediátrico. Ébola Paulo Amado de Campos garante que “Portugal está preparado para combater a infeção, dispondo de sete “biobags”, cinco dos quais do INEM. Temos, atualmente, equipas específicas - compostas por técnicos de emergência, enfermeiros e médicos - com capacidade de intervenção em todo o território continental, para atuar no socorro e transporte de casos suspeitos de contaminação pelo vírus ébola.”
Emergência
Conhecimento, gestão e operacionalidade Entrevista com Ângela Seixas, coordenadora Pós-Graduação em Protecção Civil do ISCIA. Constituído em 1989, o Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração é um estabelecimento de ensino superior do subsistema politécnico e do subsistema privado, que desenvolve um alargado plano educativo envolvendo cursos devidamente reconhecidos e homologados pelo Ministério da Educação e Ciência (Licenciaturas e Mestrados), e acreditados pelas entidades competentes (cursos de especialização). A gestão do processo educativo tem sido orientada para novas áreas do conhecimento, criando novos cursos, como as novas áreas relacionadas com as actividades marítimo-portuárias, com a segurança comunitária (em termos de safety – protecção civil e socorro – e de security), com a higiene e segurança ocupacional e com a psico-pedagogia., como as ligadas ao mar que têm que ser o nosso desígnio no século XXI. O ISCIA tem desenvolvido projectos estratégicos e criado centros de investigação aplicada como é o caso, entre muitos outros, do Centro de Estudos em Protecção Civil. A metodologia de ensino do ISCIA, desde há largos anos, é o blended learning (ensino presencial replicado e complementado através de uma plataforma de e-learning) e o puro ensino à distância, contribuindo, assim, para um ensino partilhado entre docentes e alunos localizados, não só em diversas regiões do nosso País como em território internacional. Ângela Seixas, coordenadora da Licenciatura em Segurança Comunitária e da Pós-Graduação em Protecção Civil do ISCIA, acedeu ao desafio de País Positivo e abordou, em discurso directo, alguns tópicos relacionados com o tema Protecção Civil, desvendando o contributo que o ISCIA tem dado ao país na vertente formativa deste domínio. A Protecção Civil nas sociedades actuais “O nível crescente de desenvolvimento é acompanhado por uma crescente exigência de segurança por parte das pessoas, resultante também de uma importante mudança de paradigma nas sociedades contemporâneas, com a substituição de uma visão semi-fatalista e reactiva, que vê a catástrofe como uma inevitabilidade a que só podemos reagir, por uma perspectiva assente na se-
gurança, colocando importantes e crescentes desafios à Protecção Civil. A Protecção Civil assume-se, assim, cada vez mais como um pilar fundamental das sociedades – não temos desenvolvimento se não garantirmos a segurança e a protecção das pessoas, dos bens e do meio ambiente. Observa-se, portanto, que o papel da Protecção Civil passa cada vez mais, não só pelo desempenho em contexto de emergência, mas por aquilo que está a montante dessa emergência, ou seja, pelo conhecimento e gestão dos riscos presentes no território”. A pertinência de uma adequada formação no domínio da Protecção Civil “Kofi A. Annan em 2004, enquanto SecretárioGeral da ONU, referiu que muitas pessoas têm conhecimento do terrível impacto dos desastre que ocorrem um pouco por todo o mundo, mas poucas têm consciência de que é possível fazer alguma coisa em relação a este problema. Essa “alguma coisa” pode e deve ser feita antes da ocorrência e implica conhecimento, monitorização dos processos e mitigação das suas consequências. Se olharmos para o ciclo de gestão de emergências, por exemplo para o apresentado por Patrick Safran (2003) no 2.º encontro Asiático da UNISDR, observamos que metade do ciclo se refere à prevenção, mitigação, preparação e desenvolvimento de mecanismos de aviso e de alerta à população. É fundamental que os Agentes de Protecção Civil tenham formação que lhes permita ter os conhecimentos necessários para trabalhar esta “parte” do ciclo, de modo a terem uma actuação mais segura e eficaz na 2.ª “parte”, que se refere à resposta e às acções de recuperação pós -evento. É necessário conhecer os perigos, identificar e quantificar o risco a eles associado, monitorizar os processos responsáveis por esse risco, criar medidas de mitigação do risco trabalhando, entre muitos outros, na vertente da vulnerabilidade humana, sendo que são as populações mais pobres as mais vulneráveis e, portanto, as mais afectadas pelos desastres. O ISCIA tem dado um importante contributo na promoção do conhecimento a este nível., tendo dedicado, dos seus 25 anos de existência, os últimos 8 à promoção do conhecimento e discussão
de matérias relacionadas com a Protecção Civil. Este contributo é reconhecido por diversas entidades da área, de entre as quais destacamos a Escola Nacional de Bombeiros (ENB). No último ano esta área consolidou-se com a implementação de projectos como o Centro de Estudos em Protecção Civil, a abertura da pós-graduação em Gestores de Emergência e Socorro (em parceria com a ENB e o ISEC), da pós-graduação em Protecção Civil, da implementação de um ciclo de conferências que promove espaços de conhecimento e de debate de questões relacionadas com a Protecção Civil e com o lançamento de diversos cursos na área. Trabalhamos de perto com estes profissionais, de modo a mantermos a nossa oferta actualizada e adaptada às necessidades que, em conjunto, identificamos”. A ligação do ISCIA à sociedade civil e ao mercado empresarial e a auscultação dos decisores políticos ao meio académico “O ISCIA mantém constante atenção às necessidades do sector económico envolvente, à adaptação aos múltiplos e diferenciados mercados de trabalho e à empregabilidade dos seus Alunos. Desde sempre temos vindo a estabelecer protocolos e parcerias com diversas entidades das áreas académica, investigadora, empresarial, militar, política e sindical, que asseguram um constante relacionamento de proximidade com as comunidades regional, nacional e internacional, impulsionando o desenvolvimento e criação de vários projectos de I&D aplicada. Primamos pelo saber e pelo saber fazer, o que nos tem conduzido à celebração de protocolos com empresas e entidades de diferentes sectores, no sentido de, entre outros, garantir estágios para os nossos alunos. A experimentação em contexto
A oferta formativa do ISCIA no âmbito da protecção civil, segurança e riscos •M estrados: Segurança, Defesa e Resolução de Conflitos; Higiene e Segurança Ocupacionais •P ós-Graduações: Gestores de Emergência e Socorro (Reconhecida pela ENB); Protecção Civil • L icenciatura em Segurança Comunitária • F ormação Profissional Especializada: Segurança contra Incêndio em Edifícios (reconhecido pela ANPC); Nadador Salvador (Reconhecido pelo ISN); Sistemas de Informação Geográfica aplicados à Protecção Civil; Cartografia de Risco; etc. Esta lista está em permanente actualização. Aguardamos neste momento a apreciação por parte das entidades competentes, de mais 4 cursos na área da Protecção Civil.
real de trabalho é por nós considerada como fundamental para o sucesso do nosso modelo de ensino-aprendizagem. No caso específico da Protecção Civil o trabalho com as principais entidades do sector tem sido profícuo e com uma extraordinária afluência às conferências por nós promovidas sobre assuntos como a intervenção em estruturas colapsadas, os estabelecimentos abrangidos pela Directiva Seveso, a reunião de peritos europeus em Protecção Civil, este ano realizada no ISCIA, entre muitos outros espaços de conhecimento e debate que promovemos. Temos protocolos de colaboração com a ENB, Associações Humanitárias e Federações Distritais de Bombeiros, Forças de Segurança, etc. e temos realizado actividades conjuntas, destacando as jornadas técnicas de emergência pré -hospitalar, que vão decorrer em Janeiro de 2015, organizadas pelos Bombeiros de Aveiro Velhos, com a nossa parceria”.
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Roteiro PRESIDENCIAL
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Emergência
Investir na prevenção do risco através de soluções inovadoras A avaliação dos riscos naturais e tecnológicos passa pela quantificação da probabilidade de ocorrência de um determinado evento adverso e dos danos causado por este. Esta avaliação permite quantificar o risco e consequentemente definir medidas de mitigação. A Action Modulers tem desenvolvido ao longo dos últimos anos, em estreita colaboração com o meio universitário, sistemas inovadores que permitem uma avaliação de diversos riscos e consequentemente definir, com elevado grau de conhecimento, decisões estratégicas para a sua mitigação.
Inundações, desastres ecológicos, incêndios florestais ou urbanos provocam elevados danos materiais e humanos. Importa, portanto, identificar os riscos, analisá-los e encontrar soluções para diminuir os seus efeitos, de forma célere e eficaz. Foi com este objectivo, que a Action Modulers surgiu no mercado e desenvolveu soluções integradas para análise, avaliação, prevenção e as adequadas respostas para reduzir o impacto das catástrofes. Na avaliação dos riscos naturais a Action Modulers tem realizado um grande investimento no desenvolvimento de modelos matemáticos, em colaboração com o Instituto Superior Técnico de Lisboa e outras entidades. A empresa integra estes modelos em sistemas informáticos para a monitorização e mitigação do risco, prestando consultoria. “O risco é a possibilidade de ocorrência de um determinado evento vezes os danos causados. Fazemos o planeamento, acompanhamento e propomos medidas de mitigação. A gestão do risco é um processo contínuo. As variáveis determinantes do risco mudam e a própria percepção do risco por parte das pessoas também muda”, explica Frank Braunschweig, sócio-gerente da Action Modulers. O software desenvolvido por esta empresa portuguesa permite, em tempo real, identificar os locais de maior risco e as melhores respostas para minimizar os danos. “Através de uma aplicação informática, onde está inserida uma grande quantidade de informação, conseguimos prever o que vai acontecer e as zonas que vão ser mais afetadas. Assim, é possível dire-
cionar melhor as respostas que têm que ser dadas. Por exemplo, na cidade de Coimbra instalámos um sistema de alerta de cheias, que processa previsões meteorológicas para as próximas 72 horas, analisa a quantidade de chuva e a quantidade da água armazenada na Barragem da Aguieira e baseado nestes valores calcula diariamente o risco de cheias. Se o risco for elevado, envia um relatório para a proteção civil e se for muito elevado, envia mesmo uma mensagem para os telemóveis dos responsáveis locais”. As cheias, principalmente nas zonas urbanas, são um dos acontecimentos climatéricos mais recorrentes. Determinar as zonas de inundação e fornecer ferramentas para a sua prevenção, através de um modelo numérico integrado, é uma das soluções para encontrar respostas mais eficazes e num curto espaço de tempo. As recentes cheias na cidade de Lisboa são um dos objetos de estudo da Action Modulers, onde o seu sistema permite analisar com grande fiabilidade o que poderá acontecer, alertar as entidades e minimizar os danos. “Já se sabem quais as zonas que vão inundar quando chove muito. Pode-se fazer obras/intervenções e atenuar o risco, mas será muito difícil resolver o problema a cem por cento. Com os nossos modelos matemáticos conseguimos reproduzir os recentes eventos com uma grande exatidão e consequentemente podemos avaliar os custos e benefícios de diversas medidas de mitigação dos riscos.” Actualmente a bacia da Baixa de Lisboa é for-
temente impermeabilizada, consequentemente existem poucas zonas para infiltrar a água. Muitos logradouros são servidos para estacionamento e uma das formas seria aumentar as zonas verdes. “Com os nossos sistemas conseguimos reproduzir as zonas onde há mais impacto e estudar cenários, como por exemplo ver o que acontece se aumentar a infiltração dos logradouros”, conta Frank Braunschweig. Um sistema de alerta seria uma maneira simples e rápida de minimizar os danos materiais, quer para o Estado quer para a população. “Quando há eventos de precipitação fortes em Lisboa é possível ver os carros a boiar e os estragos materiais são enormes. Se uma pessoa recebesse uma mensagem a avisar do risco, podia tirar o carro e o dano seria menor. As cheias têm mais impacto quando provocam estragos humanos e materiais”, refere. A elevada capacidade técnica e profissional da Action Modulers faz com que esteja integrada em diversos projectos internacionais e que as suas soluções já se encontrem em funcionamento nos quatro cantos do mundo. “Temos em curso vários projectos internacionais, relacionados com o risco natural associado ao ci-
clo da água. Os projectos envolvem a implementação, customização e formação dos nossos sistemas, que já se encontram instalados em mais de 40 países. Também somos envolvidos em vários projectos de investigação e desenvolvimento”, conta. “Na prevenção do risco de acidentes florestais as pessoas reconhecem o nosso sistema automático de divulgação do risco através de placares electrónicos. Antigamente, todas as manhãs alguém tinha que ir colocar o aviso de risco de incêndio. Neste momento, o sistema faz o download do risco de incêndio proveniente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, que depois envia uma mensagem para os placards, apresentando a informação de forma automática.” Os riscos tecnológicos, como por exemplo os incêndios urbanos, são outra área de negócios da Action Modulers. Muitos projectos de segurança, como por exemplo, de centros comerciais, hotéis, hospitais e aeroportos contam com a assinatura da Action Modulers. “Nos últimos quatro anos, temos executados muitos trabalhos fora de território nacional, principalmente nos mercados PALOP´s”, remata.
Estrada Principal, nº 29 • Paz • 2640-583 Mafra • Tel.: +351 261 813 660 • Fax: +351 261 813 666 E-mail: geral@actionmodulers.pt • http://www.actionmodulers.pt/
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Emergência
Jacinto: 60 anos a inovar No ano em que comemora 60 anos de existência, a Jacinto prepara-se para apresentar o Lusitano, o primeiro veículo de combate a incêndios em aeroporto totalmente desenvolvido em Portugal.
A Jacinto é um excelente exemplo de uma empresa portuguesa com capacidade de adaptação e inovação para ser uma referência no mercado. Fundada em 1954, por Jacinto Marques de Oliveira, começou por comercializar e instalar um sistema inovador de bombeamento de água dos poços. Apenas um ano depois, o seu fundador faleceu e foram os seus dois filhos, um com 20 e o outro com 17 anos de idade, que meteram mãos à obra e levaram a empresa para a frente, adicionando também a área das estruturas metálicas e cobertura de naves industriais. Com a Revolução dos Cravos, o setor industrial teve um decréscimo acentuado. Isso não fez com
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que esta empresa familiar baixasse os braços e procuraram logo uma oportunidade de negócio. Com o regresso de muitos portugueses provenientes das antigas colónias, era necessário criar habitação para tantas pessoas. “Em 1975, o meu pai apresentou o protótipo de um pré-fabricado metálico. Até 1985 foi a nossa principal área de atividade, chegando a representar 80 por cento da faturação. Com a elevada oferta de habitação fomos obrigados e pensar noutro negócio. Como sempre estivemos ligados aos bombeiros desde o meu avô, tivemos a ideia de criar um protótipo de um veiculo de combate a incêndios. Montámos uma Toyota Dyna 4x4 e desde essa altura não paramos de aumentar a produção, a qualidade e ter ideias novas”, explica Jacinto Oliveira, gerente da Jacinto. Apesar de em 2005 terem dado início à exportação, a produção dos veículos é toda feita em Portugal, mantendo assim a defesa da filosofia familiar da empresa, da economia e da mão de obra nacional. “Tivemos que começar a exportar porque o mercado português já tinha em dificuldade em absorver os nossos produtos. Temos tido alguns convites para montar unidades industriais fora do país, mas enquanto estiver à frente da empresa não é essa a minha política”. Atualmente é natural que quando se passe num quartel de bombeiros vejamos um veículo com o cunho da Jacinto. Mas em breve poderá ver também nos aeroportos. Esta empresa de Esmoriz está a desenvolver o primeiro veículo português de combate a incêndios de aeroporto. As viaturas utilizadas têm que possuir grande capacidade de intervenção e obedecer a
diversas normas internacionais, como por exemplo atingir os 80 quilómetros por hora em 24 segundos ou a possibilidade de engrenar a bomba de incêndios em andamento. “Existia a ideia que só na América e as grandes empresas europeias existia capacidade para o fazer. A diferença para os outros veículos é o chassis e a cabine que tem que ter mais visibilidade. Há carros de bombeiros mais complicados que um de aeroporto. Já construímos um para Itália, mas que não tinha que obedecer a todas as normas e queremos apresentar este na Segurex ou na feira em Essen, na Alemanha”, revela Jacinto Oliveira. Segundo o empresário um dos principais problemas prende-se com a não verificação dos veículos e dos equipamentos utilizados pelos bombeiros. Depois da comercialização dos produtos não existe a verificação se realmente são de qualidade. “Quando os concursos são lançados em Portugal as pessoas estão preocupadas com a vírgula e não com o essencial, que é deixar ficar o mercado mais aberto e exigir provas físicas e laboratoriais. Existe algum controlo de qualidade, mas não a verificação após o fornecimento. Se tenho que cumprir uma norma europeia ou nacional não há uma entidade que tenha em sua mão todos os equipamentos para fazer a sua verificação e tenho que chamar uma entidade autónoma para veri-
ficar se está dentro das normas”. É nesse sentido que a Jacinto está a criar nas suas instalações um pavilhão que vai albergar um laboratório independente, com espaço para formação, verificação e certificação. “O pavilhão e o equipamento é nosso mas vai ser entregue a um laboratório independente que vai certificar não só para a Jacinto como para as outras empresas. Este laboratório está a preparar todas as suas capacidades para que as viaturas sejam certificadas e verificadas em todos os pontos. Vamos ter três salas de formação”. Recentemente, a Jacinto começou a comercializar equipamentos de proteção individual de bombeiros. “Como nos é pedido muito esse equipamento começamos a desenvolver parcerias com empresas nessa área para apresentarmos produtos com qualidade. Com a experiência que tenho de 40 anos nos bombeiros, temos que parar de comprar equipamentos de terceiro mundo. O que está em causa é a vida das pessoas e a sua segurança. Com isso não brinco, porque sei o que é ficar no teatro de operações onde muitas vezes é o equipamento que nos salva. Fui contactado por empresas que me disseram que podiam colocar a etiqueta com a certificação que eu queria. É impressionante a facilidade com que se diz isso. Tem que haver uma ação inspetiva muito forte”, desabafa Jacinto Oliveira.
PAÍS POSITIVO
“O IEFP não desiste de ninguém” Entrevista com Jorge Gaspar, Presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional demos concluir que os resultados, quer ao nível da formação, quer ao nível do emprego, são manifestamente satisfatórios. Temos cumprido e até superado as metas, quer do ponto de vista do emprego, quer do ponto de vista da formação, e tanto na execução financeira quanto na execução física, o que se traduz no aumento muitíssimo significativo do número de pessoas abrangidas em ações de formação profissional e em medidas ativas de emprego, sempre numa lógica de aproximação ao mercado de trabalho e de satisfação das necessidades de recursos humanos qualificados feitas sentir pela economia. Estas duas áreas de negócio básicas do IEFP têm produzido resultados objetivos manifestamente positivos, o que significa que, na justa medida em que tenhamos condições de estabilidade para concretizarmos uma visão de futuro e um sentido de estratégia para o IEFP, a próxima batalha consistirá em reforçarmos a qualidade da formação e o contínuo e progressivo reforço da empregabilidade do universo global e concreto dos destinatários das políticas e das ações da responsabilidade do IEFP. Sabendo-se de antemão que o país atravessa uma crise económico-financeira sem precedentes, em que medida poderemos referir-nos ao número de colocações de inscritos do IEFP no mercado de trabalho como o desejável?
Os primeiros antecedentes do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) surgem na década de 1930 para fazer face ao desemprego proveniente da crise económica que, então, se registava. Ironia traduzida em décadas volvidas, este serviço público volta a fazer todo o sentido em pleno século XXI, assumindo uma missão preponderante perante novo contexto desfavorável, promovendo a formação e qualificação da população portuguesa e implementado medidas ativas de emprego. No entanto, a sua origem remonta a 1962 e, desde então, o atual IEFP teve várias denominações até que, em 1979, assumiu a designação por que hoje é conhecido. O IEFP é o serviço público de emprego nacional, elegendo como missão a promover
a criação e a qualidade do emprego e combater o desemprego, através da execução de políticas ativas de emprego, nomeadamente de formação profissional. Ao leme do IEFP desde Dezembro, Jorge Gaspar revela-nos um serviço público pró-ativo e com alicerces devidamente sustentados em prol dos empregados e empregadores portugueses… Embora ainda estejamos perante um exercício prematuro, que balanço faz do mandato que assumiu em Dezembro último?
Ainda é muito cedo para fazer balanços, uma vez que estou em funções apenas há dez meses. No entanto, se elegermos uma vertente objetiva como base de análise, po-
Recorrendo a um dado objetivo, constato que em Portugal, desde o primeiro trimestre do ano passado, registámos uma descida manifesta do desemprego, que rondará atualmente os 14 por cento. Isto significa também que existe a criação líquida de emprego e de postos de trabalho. E o IEFP tem desempenhado um papel importante no quadro das suas responsabilidades, enquanto elemento estruturante do estado social de direito. Se é verdade que, numa economia de mercado, são fundamentalmente as empresas que criam emprego, não deixa de ser verdade o esforço que o Estado tem desenvolvido, através do IEFP, no sentido de auxiliar a criação de postos de trabalho através da aplicação de medidas ativas de emprego, como os apoios à contratação ou os estágios profissionais. O IEFP não apoia empresas, o IEFP
apoia o emprego e a criação líquida de postos de trabalho. Que tipos de programas, medidas e instrumentos de apoio têm sido implementados pelo IEFP para inverter a taxa de desemprego que, tendo decrescido como afirma, continua a constituir um forte motivo de preocupação?
Com certeza que continua a ser preocupante e a revelar duas dimensões que merecem igual atenção por parte dos poderes públicos: o desemprego jovem, manifestamente uma questão que deverá continuar a ser trabalhada e combatida no quadro da Garantia Jovem, uma iniciativa europeia coordenada, ao nível nacional, pelo IEFP que procura oferecer respostas aos jovens que não estão no emprego, na escola ou numa situação de formação profissional. Trata-se de um esforço concertado e em rede de um conjunto de entidades públicas, privadas, associativas e comunitárias. Outra dimensão muito importante do combate que temos que fazer ao desemprego tem que ver com o desemprego de longa duração. Falamos de apoios a desempregados entre basicamente os 40 e os 60 anos que estão numa situação de desemprego fundamentalmente porque as empresas ou sectores de atividade económica nos quais desenvolveram durante anos a sua atividade profissional encerraram ou mesmo desapareceram, ficando os trabalhadores desempregados com competências e ferramentas de trabalho desajustadas daquelas que são hoje procuradas pelo mercado e pela economia. O trabalho que estamos a desenvolver e que procuramos intensificar – porque o IEFP não desiste de ninguém - vai no sentido da reconversão profissional. Isto é, atribuir a esses nossos concidadãos outras qualificações e competências em universos diferentes, por forma a que os consigamos aproximar do mercado de trabalho. Apesar de vivermos num país pequeno, o mesmo é caracterizado por realidades muito díspares. Nalgumas regiões, o trabalho depende quase exclusivamente de sazonalidades, atingindo picos em determinados períodos do ano… Em que medida fará sentido
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PAÍS POSITIVO
“O trabalho que estamos a desenvolver e que procuramos intensificar – porque o IEFP não desiste de ninguém – vai no sentido da reconversão profissional.”
adotar estratégias diferenciadas e territorializadas para combater este fenómeno?
Claro que sim. Não classificaria o emprego, mesmo nesses territórios, como meramente sazonal, mas, nalguns casos, naturalmente, a sazonalidade faz-se sentir de uma forma mais evidente. A propósito, os dados do desemprego publicados pelo Eurostat e que apontam uma descida forte do desemprego em Portugal, são dados corrigidos da sazonalidade. Respondendo concretamente à questão, eu sou um defensor acérrimo da territorialização das políticas públicas, da descentralização e da atribuição de responsabilidades, também na área do emprego e da formação profissional, aos atores locais, fun-
damentalmente de natureza institucional, económica e social. A coesão nacional é o resultado, nesta matéria, da definição e execução de políticas públicas que olhem o território como o eixo estruturante e transversal das várias políticas sectoriais. Existe algum posicionamento diferenciado por parte do IEFP face ao contexto de crise?
Naturalmente, o esforço exigido ao IEFP numa situação, que apesar de já o ter sido mais, é difícil para o país do ponto de vista económico-financeiro, é forte. Enquanto serviço público de emprego e de formação profissional, o IEFP tem estado à altura desses desafios, o que é atestado pelos resultados objetivos que já frisei. Estamos cá para o trabalho que for necessário desenvolver em prol da criação de emprego, da formação dos portugueses e, consequentemente, de uma economia mais qualificada e competitiva. Sabemos que muitos portugueses estão a optar pela emigração, alguns dos quais mal acabam o seu percurso académico. Em que medida será importante a participação do IEFP em plataformas internacionais no sentido de dar resposta ou precaver estas situações?
O fenómeno da emigração já se fez sentir em Portugal de modo mais forte há dois ou três anos atrás. Portanto, não vamos entrar no discurso de que estamos a assistir diariamente à saída em massa de pessoas de Portugal. A mobilidade é hoje um elemento estruturante da vida em sociedade mas, repito, o fenómeno da emigração já se fez sentir bem mais do que hoje. Pese embora o discurso publicado que aponta para uma emigração
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quase exclusivamente qualificada no contexto português, e sendo verdade que existem licenciados que procuram postos de trabalho noutros países, nomeadamente no quadro da União Europeia – e o IEFP faz parte de uma rede europeia, a Rede EURES, que promove a mobilidade de trabalhadores o quadro da União Europeia –, não deixa de ser verdade que a maior parte das pessoas que, num passado mais recente, vão entrando em processos de emigração são aquelas que continuam a ter mais baixas qualificações. Aliás, as estatísticas demonstram que, quanto mais altas são as qualificações, mais próximo está o regresso dos trabalhadores desempregados ao mercado de trabalho. Portanto, a qualificação, as competências e a educação são ainda elementos essenciais para um ingresso tão efetivo quanto possível ao mercado de trabalho.
AGENTES DE EXECUÇÃO
“Hoje estamos deste lado, amanhã poderemos estar do lado do executado.” É esta a postura que Rosa Balsinha, agente de execução desde 2008, adota no seu dia-a-dia. É assim que tem conseguido levar o seu trabalho a bom porto.
A nossa entrevistada começa por afirmar que nas diligências que faz mantem-se discreta para salvaguardar o executado. “Eu trabalhei com uma pessoa que me ensinou que o agente de execução não tem que ter uma postura muito rígida. Tem de ir ao encontro do executado. Hoje estamos deste lado, amanhã poderemos estar do lado do executado. É sempre nessa posição que me coloco quando vou fazer uma diligência, que é: a forma como o executado se sente quando nos vê entrar na sua casa. Ou seja, sentem uma invasão de espaço, para alguns é, uma humilhação e uma vergonha porque os vizinhos se apercebem. Daí eu manter uma postura muito neutra, sem grandes alaridos. A primeira abordagem é uma tentativa de resolver a situação de forma negocial e tentar acalmar as pessoas. Quando nós batemos à porta de alguém a reação é sempre de defesa.” A profissão de Agente de Execução é por si só
uma profissão de risco. Porém um risco que pode ser atenuado dependendo da atuação, da abordagem do agente de execução, como explicou Rosa Balsinha. A nossa entrevistada confessa que já teve casos caricatos em que foi muito bem tratada, que “só não saio com batatas e ovos porque não calha”. No entanto, “já tive uma diligência em que o executado estava armado. Estava acompanhada por dois militares da Guarda Nacional Republicana, foi pedido reforço policial e a situação foi resolvida.” Por vezes, surgem casos de famílias que vivem situações trágicas e que exigem muito de um profissional. “É necessário avaliar bem a situação do executado e por vezes alertar o exequente para a realidade da família.” GPESE / SISAE Rosa Balsinha refere que este programa de apoio aos agentes de execução é uma ferra-
menta importantíssima e que precisa de ser melhor aproveitada. “Quando eu comecei a trabalhar com o GPESE / SISAE este não tinha as funcionalidades que hoje tem. Na minha opinião o programa ainda tem muito potencial para desenvolver. Por vezes é lento, mas o número de utilizadores é elevado e acedemos a todas as bases de dados tais como segurança social, finanças, etc.”
A equipa Rosa Balsinha afirma que os resultados obtidos são fruto de um trabalho excelente da equipa que a acompanha.
a minha confiança e solidariedade por este momento difícil que atravessa”. O estado de Portugal
Câmara dos Solicitadores Seis anos após entrar na ação executiva, a nossa interlocutora não tem nada a apontar sobre a atuação da câmara. “Quando tive problemas com o programa informático sempre se mostraram disponíveis para ajudar e gostei da formação ministrada pela câmara no meu próprio escritório. Mas falta mais formação específica, preferencialmente online, atente-se ao exemplo da plataforma da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas” A reforma judicial Todo este imbróglio em que está a justiça portuguesa tem afetado o trabalho dos agentes de execução. “Não há entrada de processos. Sabemos que as nossas comunicações não chegam ao tribunal a não ser via fax, o que acaba por criar uma certa inoperância. Esta paragem causa alguns constrangimentos no que toca, por exemplo, à manutenção dos escritórios. Mas acredito que a Srª Ministra está a fazer tudo o que está ao seu alcance e numa altura em que chovem criticas gostaria de demonstrar
Rosa Balsinha afirma ser uma pessoa otimista e acredita que a situação irá se alterar para melhor. “Para mim houve uma altura em era concedido crédito para tudo e mais alguma coisa que levou com que as pessoas vivessem acima das suas possibilidades. O estado em que o país se encontra é o reflexo disto. A crise só veio agravar as consequências do consumo desenfreado. Com o desemprego, hoje em vez de serem os filhos a ajudarem os pais é o inverso.” No decorrer da sua atividade como agente de execução já viu famílias a viverem situações dramáticas, onde, por exemplo, “numa casa como seis pessoas só havia um prato de comida na mesa e só a criança é que comia.”
Rosa Balsinha – Cédula nº 4764 Rua Rodrigo da Fonseca, nº 84, 2º Esquerdo 1250-193 Lisboa Telefone: 213860108 (9) Telemóvel: 925209846 (831) Fax: 213860110 Email: 4764@solicitador.net
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a: A pérola de Á
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AGENTES DE EXECUÇÃO
Uma vida ligada às contas Álvaro Brazinha começou a lidar com contabilidade e a gerir contas na carreira militar. Ao fim de muitos anos como administrador judicial tem muitas histórias para revelar.
É com uma simpatia extraordinária que Álvaro Brazinha recebe o País Positivo no seu escritório. Quando começámos a conversar percebemos desde logo que a carreira militar teve uma importância fulcral na sua vida. Este administrador judicial sempre teve o sonho de estudar. Um pouco contra a vontade do pai decidiu seguir a carreira militar, teve o apoio do irmão, mas com a condição de continuar os estudos. E assim o fez. Ingressou no Exército onde aproveitou para terminar o primeiro, segundo e terceiro ciclos do antigo liceu. Como não se sentiu satisfeito, tirou o curso de mecânico, que fez com que conseguisse ser oficial da Academia Militar e lecionar sobre materiais. É com algum orgulho que afirma que teve como instruendos Miguel Cadilhe e Ângelo Correia. A mudança para o mundo das contas não demorou muito. Foi colocado como chefe de contabilidade da Infantaria 1, onde um epi-
sódio demonstrou a sua vocação. “Numa altura alguém tinha roubado os bens dos camaradas. Depois dos oficiais terem tentado descobrir o autor e não terem conseguido, decidi ser eu a investigar. Fui ter com todos e disse que as coisas tinham que aparecer. A realidade é que ao fim do dia estava tudo na Escola Prática”, conta. No fim do primeiro mês como chefe de contabilidade “já tinha tratado dos papéis todos. Foi aí que verifiquei que o exército estava preparado militarmente e não tecnicamente. Consegui fazer com que o dinheiro sobrasse, pagando a todos e com muita boa reputação”. Entretanto matriculou-se em economia, e apesar de não ser normal um militar no seu posto conseguir, teve autorização e chegou a ser o representante do exército nas Repartições de Finanças. É com Cavaco Silva como ministro das Finanças e do Plano, do
VI Governo Constitucional, chefiado por Francisco Sá Carneiro, que recorda mais um episódio. “Na altura, o Chefe do Estado Maior do Exército foi chamado ao gabinete de Cavaco Silva para analisar discrepâncias que existiam nas contas. Começaram a acusar o Exército de gastar demais e de desviar verbas. Eu cheguei e perguntei se os processos tinham a minha assinatura. Nenhum deles tinha e perceberam que as contas que eu apresentei eram as corretas”, desabafa. Entretanto foi deslocado para Santa Margarida e chegou a ser capitão na Nato. Álvaro Brazinha acabou a sua carreira militar como Tenente-Coronel e foi trabalhar para o Tribunal de Cascais como assessor judicial e administrador de insolvências. “Fui perito económico em tribunais. Trato da mesma forma um administrador de uma multinacional como um cidadão comum. Salvei o Sport Lis-
boa e Benfica de pagar uns bons milhares de euros devido ao processo das bombas de gasolina. Estavam a enfrentar duas sujeições e eu demonstrei que o terreno não tinha valor comercial porque não era possível construir nada, ou seja, o terreno valia zero. Foi assim que o Benfica recebeu a autorização especial para poder ter ali as bombas”. O atual estado da Justiça em Portugal não ficou esquecido. Com confiança nos juízes e no trabalho dos agentes judiciais, Álvaro Brazinha critica a atuação de muitos advogados, que aproveitam o sistema para conseguirem receber mais honorários. “Todos os meus processos são claros e basta aos juízes verem o resumo na última página para falar com todos os intervenientes. Uma vez, um advogado muito experiente disse que eu só tinha processos clarinhos e não percebia como não mais de outra envergadura. Eu respondi que era o sistema e ele disse que concordava comigo. Os juízes e os tribunais tentam funcionar, mas a sociedade está cheia de artistas. Há uns anos atrás, a revitalização das empresas, ou seja, toda a empresa que tivesse capacidade de evoluir era aproveitada, durante o processo eram geridas por advogados. Para uma revitalização não podem ser advogados, nem pessoas com o primeiro ciclo e até os economistas quando saem da faculdade não estão preparados para estas situações. Os assuntos de direito têm que ser deixados para os advogados e a economia para os economistas”, explica. Para Álvaro Brazinha, a reforma do sistema judicial efetuado pelo Governo de Passos Coelho pecou por “falta de bom senso. Primeiro teria que se decidir o que se vai fazer, encontrar uma equipa de oficiais de justiça para uma região que iria implementar o novo sistema. Depois de estar a funcionar e de se limar as arestas é que se avançava gradualmente para as outras. Em menos de três anos estaria tudo a funcionar dentro dos carretos. Há muito boa vontade, mas ao fazer tudo ao mesmo tempo o sistema não funciona. Agora é esta confusão toda. Se os funcionários já estão assoberbados de trabalho do dia a dia não sei como vão introduzir 380 milhões de dados”, termina.
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ADMINISTRADOR JUDICIAL
Carta à Ministra Excma Senhora MINISTRA DA JUSTIÇA LISBOA Cópia ao: - Excmo Primeiro Ministro, - Presidente do Conselho Superior da Magistratura e Procuradoria Geral da República. Excelência: A presente carta visa um dos aspectos mais negativos do sistema de justiça na matéria sob análise, disciplina constante do Cire no arto 52, 32, e arto 2 do actual Estatuto aprovado por Lei 32/04, tudo com 8 anos de idade. A nova proposta de Estatuto reza de maneira similar nesta matéria. Fundamentalmente visou o legislador “a nomeação a efectuar pelo juiz processa-se por meio de sistema informático que assegure a aleatoridade da escolha e a distribuição em idêntico número dos Ais nos processos” Tal sistema, não existe ou não funciona. É incrível, e aqui fica o mais forte e gritante protesto, que : -estando o subscritor inscrito desde 1999, - tenha de andar a pedir, por todo o País, aos senhores advogados que o conhecem, para que o proponham nas PI ou nas oposições, - para ser nomeado, de vez em quando, - ou enviar pedidos em papel, ou correio electrónico, a todos os Pos distribuídos no País, a lembrar aos Magistrados que existe nas listas, tem falta de trabalho, e que solicita a nomeação, - para acabar por ser nomeado, uma ou outra vez. Ora, como já foi dito em exposições anteriores à actual Excma Ministra, e que parece ter sido votado ao esquecimento, para muito mal do sistema, importa salientar, e deixo-o aqui escrito, para reflexão das personalidades institucionais a quem vai submetida: A- se o AI deve manter verticalidade na sua função, manifestada pela independência e isenção ( arto 16 do Estatuto), 1- é-lhe extremamente difícil conjugar a sua situação de indigitado pela parte ,representada por um advogado e agir com independência, nos diferentes momentos de decisões da sua função ( qualificação, parecer sobre a exoneração, fixação de preços, modalidades de venda, etc...) 2- se é nomeado, sem indicação de parte, pelo juiz, então pode exercer em pleno a sua função estatutária, mas tem de ser nomeado, pois de outra forma não exerce, não trabalha. B- se não é nomeado com alguma frequência, porque o sistema não funciona, então: 1- não trabalha, ou exerce esporadicamente, e não desenvolve experiência, conhecimentos técnicos e dinamismo, 2- não pode aguentar uma estrutura funcional com colaboradores que tardam em se especializar na matéria e quando são nomeados fraquejam, ou tem de recorrer às “máfias” organizadas que controlam o “ não sistema “ pensado pelo legislador. C- O escritório 1- no caso de que não tenha trabalho bastante para aguentar o escritório, tem de despedir os colaboradores e ele também ir para a “insolvência”, e tudo isto, num momento em que há bastantes processos de insolvência. 2- ficando a constar o seu nome na lista para “ inglês ver”. .-.-.-.Ora, a APAJ tem e pode disponibilizar um trabalho sobre as nomeações em que mostra quanto esta matéria é menosprezada por quem tem a tutela do sistema, a menos que se concorde com a concentração dos processos sempre e só num grupo de administradores, o que contraria a Lei. Tal sistema que não funciona porque o PODER não quer, foi por mim denunciado em cartas anteriores, tendo na primeira delas junto um trabalho estatístico para demonstrar a concentração acima referida, cuja fonte foi informação disponibilizada pela APAJ no seu site. A legislação que parece estar para ser aprovada vai no mesmo sentido, e, preocupa-me demasiado: 1- porque tenho de despedir colaboradores; 2- fechar o escritório, ou mantê-lo em estado já muito latente; 3- adivinhando que tudo vai piorar. Estou a organizar uma página na Internet (www.antoniobonifacio.pt), e com muita mágoa minha, vou ter de alertar todo o cidadão atento, desta indignação/protesto que já venho denunciando há meses, e que parece não ser voluntariamente ouvida, mas que também o afecta em termos de JUSTIÇA. Funchal, 18 de Set. de 2012
Excma Senhora MINISTRA DA JUSTIÇA Em carta anterior de 17.12.2011 assinalava algumas ideias críticas do sistema legal das insolvências, e hoje, reitero parte daquelas críticas, agora centrado nas nomeações. Quando com tantas insolvências por todo o País, e estando inscrito em todos os distritos, estou à beira de ter de encerrar o meu escritório ( por falta de rentabilidade), e, desde já, tomar medidas de contenção de despesas com o pessoal colaborador, que preparei para este tipo específico de trabalho, na medida em que: - os Tribunais nomeiam sempre ou quase sempre os mesmos; - por vezes sob indicação escrita da Secretaria; - reiterando a falta de liberdade de acção quando sou proposto, ou para não qualificar a insolvência como culposa, ou par anão resolver negócios que prejudicam a MI, ou para ceder neste ou naquele tipo de apreensão, ou reconhecimento ou não de crédito, ou na venda e preço respectivo, modalidade, etc... Estas principais obstruções foram anteriormente abordadas neste termos: “1- com a nomeação do Administrador JUDICIAL de insolvência: a) se é proposto por uma das partes, o AI pode não ficar livre na sua actividade, podendo restar atado ao advogado que o propôs, e com objectivos quase sempre definidos pelo causídico, violando assim a sua independência em relação aos intervenientes no Po, tendo de mostrar a sua isenção, imparcialidade e equidistância, o que nem sempre é fácil. b) se não é proposto, nem sequer é nomeado, porque existe uma “clientela habitual”. c) E quando é proposto, raramente é nomeado, porque “outros interesses/ clientela habitual” se levanta (m), fazendo que, os mesmos AIs, habitualmente nomeados no Juízo, continuem a sê-lo; d)- eleição pela AC. Só deveria poder ser eleito pessoa inscrita na CACAAI, sob pena de então poder ser AI qualquer pessoa inscrita, ou não, afastando-se de todo os requisitos legais para o exercício da função, e então seria para todos. SOLUÇÃO: Vários acórdãos da Relação do Porto invocam princípios de rotatividade, e sobretudo a aplicação da lei, lei que há vários anos fala na nomeação por sistema electrónico, que garanta rotatividade, e igualdade nas nomeações de TODOS os AIs. Esta lei existe, e é a vergonha máxima do sistema judiciário – não é cumprida pelo Ministério e Juízes, nem sequer foi implementada. Para exemplo, leia-se o mapa das nomeações de 2011, segundo informações disponibilizadas pela Associação, em que, de Janeiro até Setembro, foram contabilizadas 5.539 nomeações, para .213 administradores ( em cada mês não foram identificados quem tinha menos de 3 nomeações), o que daria uma MÉDIA, para cada um, de (5539:213) de 26 nomeações, até ao momento. Ora, destes 213 administradores ( com mais de 3 nomeações por cada mês contabilizado) com 26, ou mais nomeações, são logo 54 ais. Destes 54, destacam-se 16 administradores com 104, 82, 253, 98, 124 155, 145, 192,118, 84,86, 196,85, 83, 70,83, nomeações na mesma pessoa, o que é muito estranho, mas muito estranho, num sistema cuja lei manda distribuir igualmente o trabalho, sabendo-se que existem muitos, mas muitos colegas sem nomeações ou muito poucas. (no entanto, diz o povo, quem cala, consente), mas, num ESTADO DE DIREITO, isto é grave. E, ao ser grave, merece ser investigado, pois é sinal de disfunção, e pode ser indício de muitas coisas, que analisadas, podem ser integrantes de comportamentos censuráveis, desde logo, na própria administração, e depois, sabe-se lá, até onde. Como dizem os espanhóis: “ eu, cá, não acredito nas bruxas, mas que “las hay, ...”vejam- se os monopólios .... ( N/ carta de 17.12.2011 a V/ Excia)” * Leia o conteúdo na íntegra em www.paispositivo.pt
REVITALIZAÇÃO/RECUPERAÇÃO DE PESSOAS E EMPRESAS/SOCIEDADES Consulte: www.antoniobonifacio.pt Ligue: 96.435.14.42 / 922.285.295 Continente e Ilhas
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Roteiro para uma Economia Dinâmica
Roteiro para uma Economia Dinâmica
No passado dia 13 de Outubro, o Presidente da República continuou a segunda jornada do Roteiro para uma Economia Dinâmica, que o levou a várias empresas industriais de dimen-
são intermédia, com grande inovação tecnológica e de forte componente exportadora. Este roteiro, iniciado em Abril, é uma forma de mostrar a qualidade das nossas empresas e estas serem tomadas como exemplos a seguir, por forma ultrapassar este momento menos bom que o país atravessa. Estas empresas são modelos no que toca à exportação, à inovação, à aposta em novas tecnologias e em organização. Em Oeiras, Aníbal Cavaco Silva visitou a Edol, uma empresa de produtos farmacêuticos. Em seguida deslocou-se à Solancis, empresa do setor das pedras ornamentais, em Benedita, Alco-
baça. O Centro Equestre Internacional de Alfeizerão (CEIA), um dos maiores empreendimentos da região Oeste e que apresenta um dos complexos equestres de maior dimensão na Europa e o maior picadeiro coberto do país, também foi merecedor de ilustre visita. No norte do país, mais concretamente em São João da Madeira e Vale de Cambra, o Presidente visitou a Companhia de Equipamentos Industriais (CEI-Zipor), que utiliza a tecnologia de corte por jato de água, com integração laser e digitalização, e JPM Indústria, que recorre a soluções inovadoras de automação e metalomecânica para processos industriais.
Edol, há sessenta e dois anos a primar pelo rigor No passado dia 13 de Outubro o Presidente da República, Cavaco Silva visitou a Edol. O País Positivo esteve à conversa com Carlos Setra, presidente do conselho de administração, para ficarmos a perceber qual a receita para o sucesso. Em 1952 foi criado o primeiro laboratório Edol. Passados dez anos, em 1962, a fábrica passou para Linda-a-Velha onde ainda hoje se mantem. Em 2008 foram adquiridas as instalações em Carnaxide onde estão os escritórios e onde futuramente se irá juntar também a produção de especialidades farmacêuticas. Os cosméticos continuarão a ser produzidos na fábrica atual. A indústria farmacêutica É com pesar que o nosso entrevistado olha para a área da indústria da farmácia em Portugal. “No universo da indústria farmacêutica portuguesa há duzentas empresas. O grande problema é que os sucessivos governos não salvaguardaram obrigatoriedade da produção em Portugal. Ou seja, para mim os produtos subvencionados pelo Estado deviam obrigatoriamente ser produzidos em Portugal. Isto iria favorecer outros sectores. Logo, toda a economia nacional iria beneficiar. Toda a gente beneficia da subvenção dos medicamentos, desde os utentes à indústria farmacêutica. Posto isto não pode ser só a indústria farmacêutica a fazer a sustentabilidade do Sistema Nacional de Saúde (SNS). Todos deveriam comparticipar. Agora porque é que eu, industrial farmacêutico, tenho que sustentar o SNS? É a indústria farmacêutica que suporta o Sistema Nacional de Saúde e é a área mais prejudicada.
O nosso interlocutor salienta que “é a indústria farmacêutica que paga milhões de impostos ao Estado e é a mais regulamentada. Por exemplo, eu se quiser uma especialidade da minha marca tenho que ir comprá-la à farmácia. Temos que respeitar rigorosamente as contagens. Isto é, se faz uma contagem teórica de dezoito mil unidades, mas na realidade só produziu dezassete mil tem que explicar o que é que aconteceu. No entanto, Carlos Setra, vê com bons olhos a atuação do Ministro da Saúde, Paulo Macedo quanto aos hospitais estatais. “Já tive a oportunidade de dizer algumas vezes que pela primeira vez algum ministro começou a ver o desgoverno dos hospitais portugueses, que custam uma fortuna ao país. Durante muito tempo esta situação foi esquecida. Sempre se roubou e muito. Desde seringas, ligaduras, luvas de látex, entre outras coisas. Como é que isto é possível? Uma das grandes falhas é na receção dos medicamentos, visto que muitas vezes estes ficam nos corredores. Para isto não ocorrer é necessário investir na organização.” Internacionalização O mercado está estabilizado, estático e há toda a necessidade das empresas se expandirem para territórios internacionais. “A necessidade de expansão manifesta-se quando temos um mercado nacional saturado. Já temos uma posição significativa no mercado português, e qualquer passo aqui aumenta muito mais cus-
tos do que promover a internacionalização.” Quanto ao mercado europeu, o nosso entrevistado refere que este é u mercado mais difícil porque já tem as suas necessidades satisfeitas. Também uma aposta aqui iria ser muito dispendiosa. A Edol é uma empresa conceituada quer no mercado nacional quer no estrangeiro. O nosso interlocutor refere que já exportam uma boa fatia do mercado africano essencialmente. “Exportamos para Angola, Moçambique, Cabo Verde, Marrocos, Benin, Camarões, Costa do Marfim, Etiópia, Iémen, Iraque, Líbia, Líbano. Queremos
começar a abranger da América do Sul, onde já temos contatos com uma empresa no Brasil e outra na Colômbia. Tem sido este o nosso esforço nos últimos anos. Temos cerca de 150 produtos em registo nos países todos e assim que estes sejam efetivos, julgo que o volume de faturação irá aumentar”. Carlos Setra explica que “o mercado mais complicado é o angolano pela falta de registo de medicamentos, pela falta de regras. Para se vender medicamentos com seriedade tem que se garantir o abastecimento do mercado”.
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Roteiro para uma Economia Dinâmica
“95% do que produzimos é para exportação” Esta é uma afirmação de Samuel Delgado, Presidente do Conselho de Administração da Solancis. Esta empresa foi uma das visitadas pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, no seu Roteiro Para a Economia Dinâmica.
colaboradores é que conseguimos com que os clientes percebam que temos know-how e assim se ganha a confiança”. Projetos
“O facto de trabalhar o projeto, sobre medida, é o nosso grande fator de diferenciação. Acresce ainda o facto de Esta empresa está situada em Benedita, no concelho de Alcobaça. Samuel Delgado refere que “a Solancis foi constituída em 1969 e conta com uma unidade fabril e doze pedreiras. Estas estão localizadas na Serra dos Candeeiros, Serra D’Aires e outra em Pêro Pinheiro. Temos ao todo noventa colaboradores, e um volume de negócio que ronda os oito milhões de euros”. O mercado nacional Está a imaginar a Praça do Comércio, em Lisboa? Todo o calcário ali existente é proveniente da Solancis. O nosso entrevistado acrescenta que “esta é uma obra prestigiante, que nos enche de orgulho, demorou dois anos a ser executada e foi elaborada em três fases. Mas não foi a única, fizemos outras várias obras, das quais destaco: o Tagus Park, a fachada do El Corte Inglês de Lisboa, o Centro Cultural de Belém (CCB), o Parque das Nações, a zona envolvente ao Mosteiro de Alcobaça, cito estas como poderia citar outras”. A exportação Samuel Delgado explana que “noventa e cinco porcento do produto é para exportação. Sendo que cinquenta e cinco porcento é para países europeus. A Solancis uma empresa portuguesa global, estamos presentes nos cinco continentes, em
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53 nações. Qual o segredo para tanto sucesso? Mais uma vez, aqui aposta-se na singularidade, na qualidade e na tecnologia. “O facto de trabalhar o projeto, sobre medida, é o nosso grande fator de diferenciação. Acresce ainda o facto de conseguirmos controlar a matéria-prima e a sua qualidade. Também temos investido bastante em projetos de I&D (Inovação e Desenvolvimento), tanto em produtos como em equipamentos. Só assim conseguimos atuar no mercado de segmento médio / alto. Por outro o aumento da produtividade tem sido uma batalha constante, hoje temos uma pedreira que produz seiscentos e cinquenta metros cúbicos a mil metros cúbicos por mês, com três trabalhadores, incluindo o encarregado. É um investimento em tecnologia, em metodologia e organização. Temos tecnologia de ponta, do melhor que há no mundo”. Os colaboradores Estes são o motor da empresa. Por mais tecnologia que haja, é sempre preciso quem saiba utilizá -la e potencializá-la. O nosso interlocutor explica: “que apostamos na formação de todos os nossos trabalhadores. Todos eles têm que conhecer a empresa de fio a pavio, incluindo os seus produtos. Esta formação sobre a pedra, sobre a empresa demora quase dois anos. Só no final deste tempo é que a pessoa adquiriu todo o conhecimento necessário. Só formando os nossos
conseguirmos controlar a matéria-prima e a sua qualidade. Também temos investido bastante em projetos de I&D (Inovação e Desenvolvimento), tanto em produtos como em equipamentos. Só assim conseguimos atuar no mercado de segmento médio / alto.”
“Neste momento temos um grande projeto em mãos, um templo, em Paris (ÉGLISE DE JÉSUSCHRIST DES SAINTS DES DERNIERS JOURS), cujo Presidente da República teve a oportunidade de visualizar a maquete: Já não se encontra nas nossas instalações, visto que foi enviada ao cliente para aprovação”. A indústria extrativa e transformadora Esta é uma área com grande potencial em Portugal. Porém, ainda há muitos entraves que dificultam o desenvolvimento de empresas como a Solancis. “Para ter sucesso e para cumprir os nossos objetivos, precisamos de matéria-prima – e neste aspeto somos privilegiados porque estamos numa zona riquíssima -, no entanto, é necessário que nos planos diretores municipais estejam bem identificados os recursos geológicos possíveis de explorar. É dispensável a maior parte da burocracia. As novas tecnologias permitem fazer planos uns sobre os outros o que ajuda e acelera a tomada de decisões. Não faz sentido o tempo de espera, por exemplo, para a obtenção de licenças. Este é um setor que consome muita energia, e Portugal é dos países onde este recurso é dos mais caros. Repensar sobre este custo é essencial e urgente porque iria dar um empurrão às empresas, tornando-as mais competitivas. No que toca à formação, é necessário haver cursos intermédios direcionados para este setor. Não precisamos todos de frequentar a universidade. É preciso interligar as empresas quer com as universidades quer com as escolas secundárias. Este setor é todo de incorporação de riqueza local e nacional. Apenas um equipamento ou outro é que são importados. O nosso setor pode não ser aquele que tem um maior índice de volume de negócios de exportação, mas se calhar é o segundo que faz mais valor acrescentado. É necessário promover a nível internacional o que fazemos, a qualidade que possuímos”.
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HOLMES PLACE
Art of Swimming, uma abordagem inovadora da natação A água constitui um ambiente ideal para a autoperceção dos movimentos e por isso possibilita a melhoria da qualidade de execução de vários padrões motores. Por isso a natação não deve ser reduzida apenas à sua vertente competitiva, em que o foco é nadar determinada distância no menor tempo possível.
Muitos de nós tivemos experiências insatisfatórias durante o processo de aprendizagem da natação porque o objectivo era “ser mais rápido” e “mais forte” em vez de se proporcionar uma experiência agradável. Mesmo os que nadam regularmente, por terem consciência de que é uma excelente forma de praticar exercício físico, são por vezes guiados pela vontade de fazer longas distâncias em curtos períodos de tempo, acabam por retirar muito pouco prazer da natação e não desfrutar em pleno dos benefícios que o treino aquático lhes pode proporcionar. Aprender a confiar na água e potenciar as suas propriedades a nosso favor, em vez de criar resistência ou movimentos explosivos, faz com que nadar seja uma atividade que permite o nosso deslocamento na água, com manutenção de um bom alinhamento - de uma forma fluída e natural - garantindo assim que se mantenha o prazer em nadar. Este é uma das características do Art of Swimming, um inovador programa que oferece uma nova abordagem para a natação, dirigida e orientada para a melhoria da nossa condição física e bem-estar.
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Conceito Art of Swimming Treino com orientação prática na piscina Técnicas de natação inovadoras Adaptável a todos os níveis de natação Aulas Individuais e de grupo Técnicas de prevenção e recuperações de lesões
Em Portugal o programa Art of Swimming está disponível, em exclusivo, nos clubes Holmes Place. Os testemunhos de quem pratica natação de acordo com este método têm chegado de vários clubes, destacando-se os de adultos que após uma vida inteira com receio da água, e sem conseguir superá-lo através da natação “tradicional”, conseguiram ultrapassar o medo e aprender a nadar em 10 aulas, um feito que para muitos é uma vitória extraordinária. Esta metodologia foi desenvolvida em Inglaterra por Steven Shaw, um nadador de alta competição que na sequência de algumas lesões contraídas durante os treinos e provas, desenvolveu um programa em que adapta ao meio aquático a
Técnica de Alexander, que consiste num sistema de reeducação postural. As aulas podem ser individuais ou realizadas em pequenos grupos, permitindo assim que haja uma abordagem personalizada às necessidades e objectivo de cada aluno, que pode ser um aluno iniciante, que procura superar o seu receio da água, ou um nadador com experiência, que procura melhorar a sua técnica. Esta metodologia é transversal, podendo ser ensinada a adultos e a crianças, numa perspetiva corretiva de desalinhamentos corporais ou de prevenção de lesões.
Benefícios Art of Swimming •M elhorar a qualidade do movimento e relação com a água •M aior consciência corporal • F ortalece a relação entre o corpo e a mente • Aumento do prazer na prática da natação •R evitalizar os níveis de energia •M aior rendimento • Ajuda na prevenção e recuperação de lesões
Cidades de Magalhães
Sabrosa: do Interior ao epicentro do mundo: III Encontro Mundial da Rede de Cidades de Magalhães (RMCM) Sabrosa acolheu, entre os dias 2 e 5 de Outubro, o III Encontro da Rede Mundial de Cidades de Magalhães, com a participação de presidentes e representantes diplomáticos de mais de duas dezenas de cidades da América, Ásia, África e Europa por onde havia passado o navegador português Fernão de Magalhães na sua viagem de circum-navegação. Como objectivos principais do encontro, destaca-se a elaboração de um Plano de Acção da Rede Mundial das cidades de Magalhães para as comemorações dos 500 anos da 1ª Viagem de circum-navegação encetada e comandada pelo navegador português Fernão Magalhães (2019 a 2022), com o objectivo de criar uma rede capaz de aprofundar projectos de cooperação internacional, ganhando escala aos níveis local e regional – “A Nova Rota de Magalhães para o século XXI”. Estando o município de Sabrosa e o seu presidente na génese da ideia, em 2006, da criação da Rede Mundial das Cidades de Magalhães, a mesma foi instituída e materializada no dia 1 de Fevereiro de 2013 em Sevilha, para “operacionalizar a realização de trabalhos que permitam acções conjuntas destinadas ao estudo, difusão e valorização de um facto universal extraordinário: A Primeira Volta ao Mundo”. Sabrosa está neste momento na vice-presidência da RMCM e acolheu a responsabilidade de organizar o seu III Encontro. À cerimónia assistiram os presidentes das diferentes cidades da rede, vindos da América, Ásia, África e Europa, bem como personalidades e autoridades importantes para o desenvolvimento de projectos de cooperação internacional. Neste terceiro encontro mundial, destaque para as intervenções sobre oportunidades de cooperação no quadro da RMCM, em que participaram, o edil de Sabrosa, o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, o Presidente da Câmara Municipal S. Julian (Argentina), o Reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e ainda o Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte. A agenda foi ainda preenchida por um conjunto de eventos e conferências, sublinhando-se as palestras dos dois especialistas na temática de Fernão Magalhães, Laurence Bergreen e José Manuel Nuñes. A nova “Rota de Magalhães para o século XXI” Independentemente das comemorações do 500º aniversário do feito de Fernão Magalhães, é objectivo geral desta rede mundial interagir no futuro entre si e promover, através de vários actos e eventos, o conhecimento e o desenvol-
vimento entre todas as cidades e respectivas regiões, através de vários eixos estratégicos transversais e específicos, seja na área da cultura, na educação, na área socioeconómica, científica, tecnológica, turística ou espiritual. Este III Encontro Mundial das Cidades da Rota de Magalhães, constituiu assim o início, em Portugal, de uma exemplar forma de cooperação global que com o mesmo espírito do navegador criará o início do percurso de uma nova forma de estar no mundo, promovendo a paz e o desenvolvimento. SABROSA E CEBU (FILIPINAS) GEMINADAS Num ambiente de pura fraternidade e alegria, no novo Centro Escolar Fernão Magalhães, os participantes, convidados e população foram recebidos pela euforia e alegria de cerca de duas centenas de crianças, que lhes deram as boas vindas. Foi exactamente neste centro escolar de excelência que teve lugar a cerimónia de geminação entre CEBU e SABROSA, protagonizada pelos seus presidentes de câmara, que trocaram entre si as chaves das cidades respectivas, após o que assinaram o protocolo de geminação, assumindo nos discursos a sua fraterna atitude e esperança protagonizada naquelas crianças ali presentes e no futuro que elas representam. A inauguração da exposição “Mar de Magalhães e de Camões” do fotógrafo chileno Roberto Santandreu e um slide show sobre o “Estreito de Magalhães” terminou este primeiro dia do encontro. No dia 3 de Outubro tiveram lugar as sessões de discussão e trabalhos no também recente Espaço Miguel Torga, a que se seguiu uma conferência de imprensa com assinatura de um testemunho do encontro a colocar na “Cápsula do Tempo” a que se seguiu a inauguração da Instalação Fernão Magalhães nas Piscinas Municipais Rosa Mota e a entrega do Prémio Magalhães à Associação Bagos D’Ouro. Secretário de Estado garante apoio do governo português à RMCM No segundo dia de trabalhos da 3ª reunião
mundial das cidades da Rota de Magalhães a decorrer em Sabrosa, os participantes e representantes desta rede ouviram o Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Luís Campos Ferreira, garantir o apoio do governo português à RMCM e à sua candidatura a património imaterial da UNESCO. Depois da sessão de apresentação e boas-vindas de todas as cidades e países representados, feita pelas intervenções do Presidente da Câmara Municipal de Sabrosa, José Marques, do Presidente da Rede e Alcalde de Sevilha e do representante do governo, na presença de entidades oficiais e convidados, os cerca de 120 participantes sentiram o apoio inequívoco à Rede Mundial das Cidades de Magalhães. Ouviram o representante do governo garantir o apoio do governo português à rede e ao seu futuro como candidata a Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO e elogia Sabrosa e o seu Presidente considerando-o um embaixador Luso de excepção, sublinhando que este projecto de interesse nacional e internacional está acima de cores partidárias. O Vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, sublinhou o facto da necessidade de valorizar a história em cada país e no mundo, neste tempo em que história e factos excepcionais como a viagem de circum-navegação de Fernão Magalhães dão uma dimensão e escala diferente, com vista a um novo futuro, garantindo o total envolvimento do Município de Lisboa neste projecto. Da mesma forma, o representante da CCDR-N, ON2, João Marrana considerou esta uma experiência inovadora, um processo de aproximação cultural e económica das regiões que integram a RMCM na qual a CCDR-N está empenhada em colaborar activamente.
Um projecto de cooperação para discutir o futuro Da parte da tarde reiniciaram os trabalhos de apresentação de um projecto de intenções para a acção da rede no futuro, resultado de um trabalho de cooperação entre o Município de Sabrosa e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, apresentado e comentado pelo Professor Artur Cristovão da UTAD. Houve uma interessante conferência sobre Magalhães pelo Investigador José Manuel Nuñez e uma palestra de alto nível apresentada pelo reconhecido escritor norte-americano Lawrence Bergreen, autor do livro “Para lá do fim do Mundo”, justamente sobre a Primeira Vigem de Cirrcumnavegação. A ideia, durante todas as fase dos trabalhos, era contar com a participação de todos os presentes e considerar os seus contributos e envolvimento para o futuro.
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Cidades de Magalhães
Fernão Magalhães partiu de Sabrosa para dar a volta ao mundo Entrevista com José Marques, Presidente da Câmara Municipal de Sabrosa. A criação da Rede Mundial das Cidades de Magalhães está a permitir criar sinergias internacionais em torno da figura do navegador. Em entrevista a País Positivo, José Marques, presidente da Câmara Municipal de Sabrosa, explica como vai funcionar esta rede. Em 1519 Fernão Magalhães iniciou a aventura da primeira viagem de circum-navegação. Quase 500 anos depois as cidades por onde o navegador passou estão a criar uma rede de cooperação, onde a terra natal de Fernão Magalhães (Sabrosa) tem um papel preponderante. Para além das come-
Senhor Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação. Na prática, o desenvolvimento da candidatura da rede a Património Cultural Imaterial da Humanidade vai ser uma realidade coordenada por nós, o que permitirá um papel preponderante neste processo e por essa via interacções acrescidas dentro da rede e dirigidas de acordo com aquelas que são as nossas principais áreas de trabalho e de interesse e eixos fundamentais da cooperação. Pareceu-me uma atitude motivadora e encorajadora, bem como o próprio envolvimento da cidade de Lisboa neste processo, a que confere uma escala e um lastro muito interessantes e úteis ao interesse nacional.
morações do quinto centenário da viagem de Fernão Magalhães à volta do mundo,
Que iniciativas estão pensadas dentro da
quais são os objectivos da Rede Mundial
Rede?
das Cidades de Magalhães?
Esta é uma iniciativa muito importante quer para a região quer para o país. Estamos a trabalhar numa rede de gestão internacional, onde podemos ter a oportunidade de fazer uma promoção alargada e desenvolver um plano de cooperação em torno da figura de Fernão Magalhães. Funciona como uma janela de oportunidades em vários domínios e já está a envolver imensas instituições, que vão desde o sector económico ao académico. Que balanço faz desta iniciativa até ao momento?
É extremamente positivo, não só pelo que foi formalmente acordado dentro do funcionamento da própria rede, mas fundamentalmente pela forma como se permitiu o envolvimento de todos os parceiros, a dedicação e o espírito de missão com que encaram esta iniciativa. Estamos a sentir que esta rede tem todas as condições para ser um grande projecto, é muito activa e existe um grande entusiasmo e expectativa por parte de todos os intervenientes. Temos que aproveitar e trabalhar para que se consolide e tenha os seus efeitos, quer no contexto da celebração dos principais feitos de Fernão Magalhães, onde se realça a primeira viagem de circum-navegação, quer também na dinâmica associada ao cruzamento de culturas e à promoção do desenvolvimento que está associada a esta rede. Estão a ser apoiados pelo Governo?
Há um envolvimento interessante do Governo, designadamente através do parceiro que o Sr. Presidente da CCDR-N revelou ser desde o início e da presença e participação muito construtiva, neste III Encontro, do
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As comemorações do V centenário 2019/2022 já possuem a formatação de diversos eventos como a Regata Mundial das várias Cidades. Com o apoio do Governo e da Marinha Portuguesa seguramente teremos a participação do Navio Escola Sagres que vamos tentar utilizar, obviamente, como um embaixador impar, de Portugal, nestas importantes relações. Esta regata vai estar aberta a quem quiser participar, mesmo a privados. Do ponto de vista da visibilidade, é concerteza uma acção interessante de promoção de Portugal, dos seus aspectos de sucesso e dos seus produtos económicos. Outro eixo importante está relacionado com as questões do meio ambiente, ordenamento do território e planeamento urbanístico, bem como diferentes práticas de governança cuja troca de experiências é sempre muitíssimo enriquecedora. A vertente da ciência, educação e promoção da mundividência dos nossos jovens, será também de importância crucial, sobretudo na época de intolerância que atravessamos. Esperam integrar mais entidades num futuro próximo?
O plano está lançado e nas mãos dos respectivos comissários para definir e preparar essa participação, como é o exemplo do envolvimento das universidades das diferentes regiões. Já no próximo encontro, que se
vai realizar no Chile no próximo ano, as universidades vão participar com o objectivo claro de definir os planos de cooperação, quer ao nível cientifico e tecnológico quer na interacção e intercâmbio entre estudantes. No próximo mês de Novembro vão ser definidos o comité organizador e as diversas equipas de trabalho para coordenação dos diferentes projectos. Qual vai ser o papel de Sabrosa?
Sabrosa é um pivot central neste processo. Vamos tentar tirar partido de tudo isto, já que é um projecto ambicioso e de grande escala, quer em termos de celebração, quer de um lastro de cooperação enorme. É estrategicamente importante afirmarmo-nos no capítulo de promoção externa e da captação de investimento nomeadamente em relação a alguns territórios emergentes e a determinados mercados estratégicos. Por exemplo, ao nível de turismo , Portugal e Espanha está a ser estruturado um roteiro turístico conjunto para o mercado asiático. Coordenámos e inaugurámos a primeira fase de uma exposição relacionada com Fernão Magalhães que vai ser reforçada com a colaboração dos parceiros com uma mostra das culturas dos territórios associados. Esta Exposição percorrerá todos os países da Rede . “Vamos levar a Sabrosa e a Região ao Mundo e trazer o mundo a Sabrosa.”
DOURO SCALA *****
Localização O Douro Scala situa-se em Cidadelhe, na margem direita do rio Douro. A unidade fica apenas a 80 km do Aeroporto Internacional do Porto e a 10 km da pitoresca Vila de Mesão Frio. Facilidades do Hotel O empreendimento dispõe de todos os serviços de 5 estrelas, incluindo: 43 Unidades de alojamento compostas por Quartos Duplos e 1 Suite Presidencial; Recepção 24 horas; Acesso à Internet gratuito; Restaurante e Esplanada Panorâmicos; Bar; Biblioteca; Capela; Sala de Eventos; SPA; Piscina Exterior para Adultos; Piscina Interior Aquecida; Sala de Jogos; Lavandaria; Parque de estacionamento; Médico ao Domicilio. Lazer O Douro Scala dispõe de uma extensa área de vinhas onde pode ter um contacto mais próximo com o mundo dos vinhos. Dispõe também de uma capela que remonta ao século XVI. Os mais desportistas poderão praticar no court de ténis.A escolha será a única dificuldade que encontrará no águahotels Douro Scala. Possui diversos pontos culturais a curta distância como a Cidade da Régua e o museu do Douro. Se optar por usufruir de umas férias mais relaxantes, em contacto com a natureza, descubra algumas das mais bonitas zonas verdes e a beleza incomparável do Rio Douro a poucos minutos de distância. Quinta do Paço de Cidadelhe Mesão Frio 5040-154 Vila Real Email: douroscala@aguahotels.pt Tel.: +351 254 890 020
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RIVERSIDE ****
Localização O Riverside situa-se na Quinta do Parchal, na margem esquerda do rio Arade de onde se avista a cidade de Portimão. A unidade fica apenas a 45 minutos do Aeroporto Internacional de Faro e a 1,5 km da pitoresca Vila de Ferragudo. Facilidades do Hotel O empreendimento dispõe de todos os serviços de 4 estrelas, incluindo: 134 Unidades de alojamento compostas por Quartos Duplos e Suites, com capacidade para 4 a 6 pessoas; Recepção 24 Horas; Acesso à Internet gratuito; Restaurante; Bar; SPA; Piscina Exterior para Adultos; Piscina Exterior para Crianças; Piscina Interior Dinâmica Aquecida; Parque Infantil; Lavandaria; Parque de estacionamento; Médico ao Domicilio; Porto de Recreio (sazonal. Lazer O O Riverside dispõe de um pequeno porto de recreio onde estarão disponíveis vários desportos náuticos e um barco que leva os hóspedes até à praia de Ferragudo. A alguns minutos do Hotel encontra alguns dos melhores campos de golfe do Algarve, uma academia de ténis e passeios a cavalo. A escolha será a única dificuldade que encontrará no águahotels Riverside.
MONDIM DE BASTO **** Localização O águahotels Mondim de Basto situa-se no Monte da Paradela, nas margens do Rio Tâmega, no coração de Trás-os-Montes. Apenas a 30Km de Amarante e a 50 Km de Vila Real. Facilidades do Hotel O empreendimento dispõe de todos os serviços de 4 estrelas, incluindo: 49 Unidades de alojamento compostas por Quartos Duplos, Suites e Moradias, com capacidade 2 a 4 pessoas; Recepção 24 Horas; Acesso à Internet; Restaurante; Bar; Cave de Vinhos; SPA; Piscina Exterior para Adultos; Piscina Exterior para Crianças; Piscina Interior Aquecida; Parque Infantil; Lavandaria; Parque de estacionamento. Lazer O águahotels Mondim de Basto, pode organizar por si inesquecíveis caminhadas pela montanha, ou fantásticos passeios de bicicleta. A natureza que o rodeia oferece um leque inumerável de possibilidades de diversão.
Monte da Paradela 4880-162 Mondim de Basto Email: geral@aguahotels.pt Tel.: (+351) 255 389 040
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QUALIDADE DE VIDA NO INTERIOR
Câmara Municipal de Mêda: Onde o Douro encontra a Serra Situado numa zona montanhosa de transição entre o Planalto Beirão e o Alto Douro, o concelho de Mêda estende-se por 296 Km quadrados, distribuídos por 16 núcleos populacionais e 11 freguesias, habitadas por 5200 pessoas.
O concelho oferece uma diversidade de paisagens em que alternam os montes de granito e mato espontâneo, campos de amendoeiras, pinhais e vários rios e ribeiros em que os adeptos da pesca poderão encontrar enguias e barbos. Enriquecido por um património histórico e arquitectónico ímpar, onde sobressai a aldeia histórica de Marialva e abundam os monumentos, igrejas, solares e pelourinhos, Mêda tem na agricultura um sector de excelência, em que se distinguem os azeites, vinhos, a amêndoa ou os enchidos. Dos diversos locais de interesse, destacam-se os magníficos castelos de Longroiva, do qual restam a torre de menagem altaneira e parte da cerca, e o da Aldeia Histórica de Marialva, com quatro torres a dominar a antiga povoação medieval circundada de muralhas. Merecem, igualmente, ser admirados os vestígios do Castelo de Ranhados, os Paços do Concelho, o Solar das Casas Novas (século XVIII), as fontes de chafurdo e a ampla Igreja Matriz de Meda, e diversos pelourinhos espalhados pelo concelho, como os de Ranhados, Aveloso e Longroiva, entre outros. País Positivo visitou o município de Meda, guiado pelo autarca Anselmo Antunes de Sousa. Nos dias 8 e 9 de Novembro, o município acolherá o Festival Económico de Mêda.
O que poderão encontrar os visitantes neste evento?
Através deste evento, que decorre nos dias 8 e 9 de Novembro, pretendemos mostrar e divulgar os excelentes produtos que a nossa região tem. Infelizmente, os nossos governantes não têm reconhecido nem sabido potenciar a riqueza existente no interior do país e, como tal, é nossa intenção promover produtos locais, como o excelente azeite, vinho, amêndoa, enchidos, entre outros. Contamos com cerca de 70 expositores, não apenas de Mêda mas igualmente de outros concelhos.
que melhor nos distingue no que concerne à excelência. Mas também pretendemos desenvolver uma forte aposta no turismo, alicerçada na riqueza patrimonial que temos. Aqui se situa a vila medieval de Marialva, uma importante aldeia histórica que merece ser visitada, temos Longroiva, equipada com um excelente pólo termal, na Coriscada fomos estamos a explorar umas descobertas semelhantes às ruínas de Conímbriga, o Vale do Mouro, que é objecto de um projecto de musealização… A riqueza patrimonial do concelho é vasta e aconselho vivamente uma visita. Como qualifica a capacidade hoteleira
Que afluência é esperada em Mêda graças
de Mêda?
a este Festival?
Reconhecemos algumas insuficiências a esse nível. Estamos actualmente a construir um hotel em Longroiva, que deverá estar concluído no primeiro trimestre de 2015, o que nos dotará de capacidade para acolhermos mais visitantes e turistas.
Apesar de a grande afluência de visitantes se registar no Verão, até pela presença dos emigrantes, e de nessa altura promovermos igualmente outros eventos, esta é uma forma de captar visitantes nesta altura do ano, aumentando também a visibilidade do município, numa época marcada pelas vindimas e pela apanha da castanha.
peso da interioridade e o fenómeno da desertificação?
No entanto, sabemos que o grande mal do interior se prende com a desertificação. Os nossos jovens vão estudar para fora e, infelizmente, a maior parte não regressa por não ter emprego. É uma questão que nos preocupa imenso e, por isso, tentamos de tudo fazer para os cativar. Estamos a apostar numa área empresarial onde tentaremos cativar a instalação de pequenas e médias empresas. Mas sabemos que esta tarefa não é fácil, sobretudo quando, por um lado, tentamos promover condições para a criação de emprego e, por outro, vemos o Governo a tomar medidas que desincentivam as pessoas a investir no interior. Temos o exemplo do encerramento de serviços, como aqui sucede com o tribunal. E como é ter que fazer uma gestão de crise num contexto como o que acaba de
Um dos slogans do concelho, Onde o
descrever?
Douro encontra a Serra, parece eviden-
Não é fácil… É precisa muita imaginação e uma
ciar, à partida, um dos principais requisi-
agilidade financeira enorme. A nossa grande
Que principais riquezas patrimoniais dis-
tos para a existência de qualidade de
preocupação reside nas pessoas. A acção social
tinguem o município cujos desígnios po-
vida…
está no topo das prioridades, num concelho mui-
líticos lidera?
A qualidade de vida é um dado assegurado em Meda. Para realçar esta associação entre o Douro e a Serra, desenvolvemos uma forte aposta no desporto, materializada nomeadamente na realização de provas nacionais de BTT. Agrada-nos saber que os mais conceituados praticantes consideram os nossos percursos e paisagens as melhores a nível nacional e internacional. E, o nosso concelho foi mesmo seleccionado para a realização de uma prova do Campeonato do Mundo de BTT, que se realizará no próximo ano e resulta precisamente desse reconhecimento.
to envelhecido, em que é necessário criar um
Temos que valorizar a agricultura, que é o sector
Como avalia o município ao nível da dotação de infra-estruturas?
O concelho está dotado de excelentes infra-estruturas. Começando pelas básicas, temos uma cobertura de 100 por cento ao nível do saneamento e abastecimento de água. Mas temos igualmente excelentes equipamentos, desde a vertente desportiva à cultural, As crianças têm espaços de lazer e divertimento bastante aprazíveis… É um concelho onde podemos dizer que não falta nada.
conjunto de apoios e valências. A título de exemplo, graças a um protocolo que celebrámos com o centro de saúde, temos uma unidade móvel que presta serviços de saúde na comunidade, ao domicílio, temos cantinas sociais, em que as pessoas mais carenciadas beneficiam de refeições a preços meramente simbólicos, realizamos pequenas reparações em habitações de pessoas carenciadas… Em suma, tentamos promover qualidade de vida a esta população idosa. Que prioridades elege até ao final do mandato?
Como frisei, temos que apostar no desenvolvimento da agricultura. Só este ano, já investimos cerca de 1 milhão de euros em caminhos rurais e continuaremos a investir na promoção dos nossos produtos em vários certames. Brevemente, levaremos vários produtores do concelho a uma feira que se realizará em Paris. O emprego é outra grande preocupação e, como disse, estamos a trabalhar no sentido de captarmos pequenas empresas. Finalmente, o turismo, no sentido de captar-
Em que medida sente, no seu exercício, o
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mos visitantes e conferir visibilidade ao concelho.
QUALIDADE DE VIDA NO INTERIOR
“A excelência dos nossos produtos é o nosso cartão de visita” Em entrevista, Amílcar de Castro Almeida, presidente da câmara de Valpaços, abre-nos as portas do seu concelho. um orgulho para nós. Acreditamos que ao divulga-los possamos promover negócios para as empresas locais, que ao expandirem o seu mercado, desenvolvem as empresas e consequentemente o nosso concelho, gerando emprego e gerando riqueza. E a Feira da Castanha, já nos dias 7, 8 e 9 de Novembro vai de encontro a esse objetivo…
Já passou um ano desde que assumiu a
suas prioridades. Ainda há muito a fa-
presidência da autarquia de Valpaços.
zer nessa matéria?
Qual o balanço que faz?
Valpaços destaca-se pelo vinho, pelo azeite, pela castanha, pelo folar, pelos frutos secos, pelo mel… e uma das políticas implementadas por este executivo foi exatamente o desenvolvimento de estratégias e mecanismos que deem a conhecer a excelência dos nossos produtos. Desde o início deste mandato houve uma forte aposta na sua promoção e divulgação, nomeadamente através da participação em eventos. Temos participado em vários eventos, quer em Portugal, quer no estrangeiro, como por exemplo em Ourense, Porto, Lisboa, Londres, Guarda, Thetford, etc. A nível local, temos eventos como a Feira da Castanha, a Feira do Fumeiro de S. João de Corveira, a Feira do Folar que se realiza no domingo de ramos, a Feira Franca e, ainda no dia 27 de Outubro, realizámos as I Jornadas de Negócios que contaram com a presença do Secretário de Estado das Comunidades, Dr. José Cesário e com o Presidente da Câmara de Comércio e Indústria Franco -Portuguesa, Dr. Carlos Pereira, em Valpaços. Tudo isto significa investimento, significa o envolvimento de recursos humanos e financeiros da parte da autarquia, significa trabalhar em várias frentes, mas com o mesmo objectivo: levar os nossos produtos mais longe, ao conhecimento de empresários e particulares, porque são o nosso cartão de visita, são
Tem sido um ano extremamente trabalhoso, mas positivo. Embora não seja de todo fácil para qualquer autarca hoje em dia governar, dados os constrangimentos orçamentais e a par disso toda uma série de responsabilidades que foram transferidas para a alçada das autarquias, temos conseguido cumprir os compromissos a que nos propusemos em vários campos. Reforçamos as medidas na Acão social e na educação, conseguimos alargar o horário de funcionamento do centro de saúde, mantivemos o nosso serviço de finanças e tribunal, e iremos continuar a apresentar os nossos argumentos e a lutar para que as nossas reivindicações sejam ouvidas. A nossa forma de governar tem como base uma estratégia previamente definida, estratégia essa que vai de encontro às necessidades e anseios da população. Apesar do balanço positivo, o caminho nunca se dá por terminado. O entusiamo e a dedicação são os mesmos que há um ano atrás. Várias são as reuniões e ações programadas para atingirmos os nossos objetivos, que são sempre realistas tendo em conta os tempos difíceis que vivemos. A divulgação dos produtos endógenos do concelho tem sido uma das
Trata-se de um evento fundamental para projetar a Castanha da Padrela – DOP, de Carrazedo de Montenegro e por conseguinte de todo o concelho de Valpaços. É já um evento de referência na região, que conta este ano a sua XVIII edição, e um importante contributo para o desenvolvimento económico do concelho. Sendo o turismo um dos principais vetores da nossa estratégia de desenvolvimento económico para o concelho, este tipo de iniciativas serve, precisamente, para atrair gente que traga investimento para o concelho. São esperados milhares de visitantes durante os três dias do evento e um volume significativo de negócios. Nas proximidades da vila de Carrazedo de Montenegro, considerada a “Capital da Castanha”, mais precisamente na Serra da Padrela, situa-se a maior mancha de castanha judia da Europa, sendo paralelamente um dos principais centros de produção de castanha de Portugal. O “ouro” das Terras de Montenegro é cada vez mais valorizado e cobiçado por portugueses e estrangeiros, sendo disso exemplo um parceria luso-italiana a instalar-se atualmente na vila. A sua cor reluzente, o seu tamanho e as condições em que é produzido são inigualáveis e impossíveis de encontrar em qualquer outra parte do mundo. Um produto de Denominação de Origem Protegida, Castanha da Padrela, sem qualquer dificuldade de escoamento, sendo que a produção anual ronda as 12 mil toneladas. Neste sentido, não podíamos deixar de apoiar a Castmonte, Feira da Castanha de Carrazedo de Montenegro, que comporta a gastronomia, o artesanato, os sabores típicos do concelho, que é um legado que importa salvaguardar, de modo a que as gerações vindouras possam disfrutar dos saberes e sabores de antigamente. Além dos sectores já mencionados, que
outras áreas de intervenção são uma preocupação para o Presidente da Câmara Municipal de Valpaços?
A questão do desemprego é uma questão que nos preocupa, sem sombra de dúvidas, e consequentemente a Acão Social. Sem emprego, não somos capazes de fixar população e sem população todos os outros projetos que possamos projetar não fazem sentido. Temos feito o que podemos, já implementámos algumas medidas na área da acção social para tentar minimizar o problema, como a tarifa social da água, o duplicar o número de bolsas a estudantes do ensino superior, o apoio ao arrendamento para famílias carenciadas, a isenção do IMI para sociedades comerciais, a redução/isenção das Taxas municipais a empresas que se fixem em loteamentos industriais, e temos outras em vista. Temo-nos debruçado, desde que tomamos posse, na saúde. Já conquistamos algumas batalhas, mas continua a ser um motivo de preocupação e uma prioridade para nós, no sentido de colmatar algumas lacunas nessa área, porque o que é importante para nós é, acima de tudo, a qualidade de vida da nossa população. Como Município do Interior, quais são as principais vantagens para quem se queira fixar em Valpaços?
Podia falar-lhe do ar puro e da qualidade de vida, mas isso também outros municípios do interior podem oferecer. O que posso garantir como autarca é que a autarquia é um agente facilitador para a implementação de empresas no concelho. Recentemente um estudo aponta-nos como um dos 76 municípios do país onde se paga menos impostos. No distrito são apenas cinco os que constam dessa lista. Repare, somos neste momento um concelho central, com ligações em tempo diminuto a vias de comunicação importantíssimas para a exportação. A proximidade com autoestradas (A4, A7 e A24) permitem hoje em dia que uma frota de transportes chegue rapidamente aos principais eixos rodoviários de Portugal e Espanha. Por sua vez, estas vantagens competitivas juntam-se ao que já referi anteriormente, aos nossos produtos de excelência. Existe um sem número de oportunidades a eles associados e qualquer pessoa com “olho para o negócio”
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QUALIDADE DE VIDA NO INTERIOR
consegue vislumbrar a potencialidade dos nossos produtos e tirar partido disso. Os nossos agricultores sabem produzir, o que falta muitas vezes é uma estratégia de marketing, que lhes dê a visibilidade que merecem. Neste contexto, como vê o papel das comunidades
intermunicipais,
neste
caso a CIM – Alto Tâmega?
O concelho de Valpaços tem que privilegiar estratégias de desenvolvimento local mas também regional, que estimulem um maior compromisso da economia com o território. Um compromisso que visa a criação e fixação de riqueza e emprego e que reclama apostas firmes no reforço da atratividade e competitividade territorial e urbana, na valorização económica dos recursos endógenos, na promoção da capacidade de iniciativa e de empreendimento e no incentivo à criatividade e à inovação. Nesta área encontra-se a CIM do Alto Tâmega a delinear a implementação de uma adequada e eficiente estrutura regional, contando com a implementação de polos locais, tendente à comercialização e internacionalização dos tão almejados produtos agrícolas transmontanos. Do meu ponto de vista, as CIM’s podem efetivamente vir a desempenhar um papel primordial, e a CIM do Alto Tâmega em particular, através da definição de alguns objetivos estratégicos para a região e da realização de imprescindíveis ações em sintonia, através da conjugação de esforços e sinergias, tendo em vista lançar mão de políticas de desenvolvimento regional devidamente ajustadas aos territórios e potenciadoras dos recursos endógenos para o crescimento económico. No que toca ao sector do turismo propriamente dito, o que já foi feito este mandato?
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Valpaços é um concelho do interior, com a riqueza assente, na verdade, no sector agrícola, movimentando por ano cerca de 50 milhões de euros. Orgulha-se de ter produtos de excelente qualidade, capazes de rivalizar com os melhores do mundo, reconhecida pelos prémios alcançados em Portugal e além-fronteiras. Assim sendo, encontramos no Turismo o meio de promover, divulgar e potenciar a comercialização desses mesmos produtos, aproveitando ainda a forma de dar a conhecer ao mundo inteiro a nossa cultura, a nossa gastronomia, o nosso património cultural e paisagístico, pleno de história e tradição. A cidade de Valpaços tem, desde o passado dia 24 de Agosto, a Casa do Vinho e uma Loja Interativa de Turismo, duas infraestruturas municipais de âmbito regional, que engrandeceram definitivamente, o sector no concelho. Na Casa do Vinho, os equipamentos multi-touch de última geração desvendam a história, as
características e especificidades dos vinhos da região, dando realce também ao património arqueológico e paisagístico. É também na Casa do Vinho que se encontra, agora, a nova sede da CVRTM – Comissão Vitivinícola Regional de Trás-os-Montes. A sua presença em Valpaços já demonstra por si só a importância do vinho no nosso concelho. É a entidade que certifica o vinho com denominação de origem de Trás-os-Montes e indicação Geográfica Transmontano e controla as condições subjacentes à certificação. A Loja Interativa de Turismo de Valpaços está ligada à rede de espaços de promoção e divulgação turística da Entidade de Turismo Porto e Norte de Portugal (TPNP). Dispõe de um conjunto de valências tecnológicas, nomeadamente promotoras virtuais, ecrã panorâmico, mesa interativa multi-touch e espaço de divulgação e venda dos produtos do concelho, e devo dizer-lhes que têm tido muita procura por parte dos visitantes. Os equipamentos dispõem
de informação atualizada e permanente, no sentido de operar sob uma plataforma que disponibiliza informação turística, segmentada desde o alojamento à restauração, de forma a responder às necessidades de cada utilizador. Naturalmente haverão várias ideias para serem encetadas no âmbito do desenvolvimento económico. Quais os projetos que espera concretizar nos próximos anos?
É sempre difícil limitar os projectos a um mandato. Em última análise toda a acção municipal deve contribuir para a melhoria da economia local. Quando melhoramos o ordenamento do território, a mobilidade, criamos equipamentos desportivos e culturais, estamos a criar condições para que a riqueza se instale e o concelho atraia investimento. Destacaria a Agroindústria e o turismo nas mais variadas vertentes como sectores chave para a economia local. Para criar um efeito de valorização turística, o Município tem desenvolvido muitas iniciativas em áreas diferentes, como já referi. Contudo, o investimento também está presente nas nossas decisões. Fruto de uma gestão rigorosa, a autarquia mantém uma saúde financeira que lhe permite continuar a fazer obras necessárias à melhoria da qualidade de vida dos valpacenses. Temos vários projetos a serem desenvolvidos pelos nossos técnicos, uns para preservar o que já existe, tendo em vista o futuro, como dotar edifícios públicos de condições para a eficiência energética e racionalização de consumos, outros a serem construídos de raiz. Dar nova vida à Quinta do Cabeço, a Casa do Folar e vários projectos para melhor receber quem nos visita serão uma nossa prioridade, bem como a melhoria das condições de vida da população, sobretudo nas freguesias, onde ainda são necessárias algumas intervenções.
QUALIDADE DE VIDA NO INTERIOR
Ribeira de Pena: tenha experiências únicas É em Ribeira de Pena que encontramos trilhos outrora percorridos por Camilo Castelo Branco e descritos em seus romances. O País Positivo esteve à conversa com o presidente da câmara, Rui Vaz Alves, para conhecermos um pouco este concelho de beleza ímpar. .
Rui Vaz Alves confirma a beleza deste concelho, afirmando que “Ribeira de Pena é um concelho extenso, com poucos habitantes, com uma beleza única desde o Barroso ao Alvão e que depois encosta no Minho. Estes fatores propiciam a beleza cénica das paisagens, dispostas em anfiteatro sobre o Tâmega, passíveis de contemplar num qualquer miradouro das montanhas e colinas que abraçam Ribeira de Pena. É um concelho com um potencial natural enorme e, claro, deve ser acarinhado.” No que toca à passagem de Camilo Castelo Branco pelo município, o nosso interlocutor
refere que “apesar de efémera, a passagem de Camilo Castelo Branco por Ribeira de Pena deixou que marcas que vêm influenciar o desenvolvimento da sua vida e obra. Além de ser a terra do seu primeiro casamento e da sua primeira filha, de Ribeira de Pena levou histórias, personagens e locais que utilizou na sua produção literária”. Tal como o concelho marcou o escritor, também o contrário se sucedeu. “Camilo também deixou marcas na memória local, permanecendo como símbolos patrimoniais da comunidade os espaços que lhe estão associados. O romancista foi até hoje o maior divulgador de Ribeira de
Pena e a sua literatura faz parte do património cultural ribeirapenense. Hoje, a casa onde viveu, em Friúme, foi transformada num museu e foi criado um Roteiro Camiliano que inclui alguns dos monumentos mais importantes do concelho, constituindo, desta forma, a figura de Camilo um importante foco de atração de visitantes a Ribeira de Pena”. Para além do Roteiro Camiliano, existem outros fatores que fazem com que neste concelho se possam ter experiências singulares. O presidente da câmara afirma que “o rio Tâmega só por si é um atrativo. Temos também a Igreja de
S. Salvador, palco do casamento de Camilo Castelo Branco, a Ponte de Arame, com características peculiares. Depois, se passarmos para o lado do Alvão há toda uma paisagem sublime com o Vale do Poio (Rio Poio), com escarpas fabulosas que podem ser visitadas. Acaminhada de Cabriz, uma aldeia de Cerva, até Alvadia é fantástica. Um ano passado após a tomada de posse na autarquia, Rui Vaz Alves garante que este ano foi fulgurante, intenso, de muito trabalho, de muita entrega, e com preocupações latentes. Como prometido, focamo-nos no reequilíbrio financeiro da câmara. Fizemos também um es-
“Continuamos atentos no empreendimento já citado e noutras situações que nos permitirão dar um passo muito grande no desenvolvimento do concelho.”
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QUALIDADE DE VIDA NO INTERIOR
forço muito grande para intensificarmos a realização das obras que ainda estavam sem qualquer execução e, portanto, em risco de perder financiamento. Tivemos uma atenção redobrada para alguns projetos que assinalámos como essenciais, alguns deles já se encontram em curso e outros contamos iniciar ainda este ano. Tivemos ainda especial atenção com os casos sociais, visto que os tempos que atravessamos não são fáceis e esta é uma região cuja população enfrenta muitas dificuldades económicas e financeiras. Também fizemos muita obra de reparação e de reposição de bens e equipamentos municipais, alguns em situações de conservação muito degradadas. Mais notável são as obras que temos em curso de renovação urbana. Contudo, neste período, o nosso maior esforço foi para o emprego. Paulatinamente, fomos criando alguns postos de emprego. Mas também tivemos ocasião de preparar o terreno de novas industrias no concelho. Estamos neste momento a tentar ampliar a zona industrial.
Percursos pedestres: Caminho do Abade Levada de Santo Aleixo Vale do Póio Locais de Lazer: Pena Aventura Park Parque Ambiental Parque de Lazer de Bragadas Parque de Lazer de Lamelas Parque de Lazer de Madragoso Parque de Lazer de Canedo Zona de Lazer das Meadas
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Logo no início do mandato conseguimos despoletar reuniões com o Governo e a empresa que irá construir o empreendimento de barragens do Tâmega, cujo início deve estar para breve.” Este foi um ano superado com sucesso e avizinham-se mais três de muita luta, de muito trabalho. “Continuamos atentos no empreendimento já citado e noutras situações que nos permitirão dar um passo muito grande no desenvolvimento do concelho.” Em jeito de despedida, Rui Vaz Alves não se esquece de, primeiramente, agradecer aos seus munícipes “o voto de confiança que foi dado” e relembrar que “nos temos dedicado a todas as tarefas que tínhamos prometido. Agora é necessário ter atenção aos tempos que vêm, porque o próximo ano será crucial para o desenvolvimento do concelho”. Aos turistas, o nosso entrevistado incita a uma visita pelas terras de Ribeira de Pena, pois irão deparar-se com locais singulares.
QUALIDADE DE VIDA NO INTERIOR
“Cinfães é um território de potencialidades e de muitas oportunidades” Em entrevista ao País Positivo, Armando Mourisco, presidente da câmara de Cinfães, faz um balanço de um ano à frente da autarquia cinfanense e explana alguns dos motivos para se apostar neste município.
Culturalmente também temos um vasto património e um legado deixado
Juntas havendo nesta altura dezenas de obras no terreno em todas as freguesias indo ao encontro das necessidades apresentadas pelas populações respondendo assim aos seus anseios e reivindicações. Não esquecendo as nossas instituições que têm tido na Câmara Municipal um apoio constante na resolução dos seus problemas. Temos trabalhado em equipa e em parceria com entidades de dentro e fora do Concelho com o objetivo de criar mais-valias para a nossa terra. Temos vários projetos em forja e que esperamos conseguir concretizar até ao final do mandato sempre com o propósito de tornar o nosso Concelho ainda mais atrativo onde as empresas queiram investir, as pessoas viver e os visitantes conhecer.
oferece a vacina Prevenar. Associado a este programa temos vários benefícios sociais como a redução de 3% no IRS; taxa de IMI de 0,3%; transportes escolares gratuitos desde o Pré-Escolar até ao 12º ano; manuais escolares gratuitos no 1º Ciclo; AEC’s no Pré -Escolar e no 1º Ciclo; atribuição de bolsas escolares, programa de Apoio ao Arrendamento e programa de Incentivo Animal destinado ao fomento da criação de gado tradicional – raça arouquesa através do qual os produtores de bovinos de raça arouquesa recebem 50€ por cada cria que nasça e seja registada no município, com uma majoração de 100€ por cada novilha que atinja os 18 meses, destinada à reprodução.
Que argumentos apresenta para se po-
janela de oportunidades para os em-
der afirmar que há qualidade de vida
presários?
em Cinfães?
O Município tem disponível um milhão de euros para implementar o programa de apoio à economia e emprego que contempla um conjunto de benefícios para as empresas que se queiram fixar no concelho: a autarquia compromete-se a pagar seis meses de salário mínimo aos funcionários das empresas que se instalem no concelho desde que sejam contratados por três anos. Para contratos de trabalho por tempo indeterminado este apoio é majorado em 2 meses, ou seja, o município paga 8 meses. Cedência de terrenos em áreas adaptadas ao investimento em causa e/ou cedência de instalações, bonificação do preço de cedência de terrenos e realização de algumas obras de infraestruturas são outros dos benefícios previstos. Além destes incentivos, a Câmara baixou o custo do metro quadrado dos lotes do centro empresarial e tecnológico de Cinfães. Até aqui o custo por metro quadrado variava entre os 2.49€, no caso de indústrias que garantissem 20 postos de trabalho diretos e permanentes e os 15€ no caso da criação de menos de 5 postos de trabalho, custo que será reduzido para 1€ no caso de investimentos que criem 9 ou mais postos de trabalho; 2€ para investimentos que criem de 4 a 8 postos de trabalho e até 3 postos de trabalho o preço será de 3€ / metro quadrado. O Município também isentou de taxas municipais todos projetos de empreen-
De que forma é que o concelho é uma
Um ano de mandato passado: que balanço é que faz?
Um balanço muito positivo. Um ano de muito trabalho e que começa a dar frutos. Já conseguimos atrair várias empresas para o Concelho e temos também já em atividade o Centro de Formação de Calçado no Concelho a formar mão-de-obra para essas empresas. Estão assim lançados os alicerces para conseguirmos criar emprego e inverter os números assustadores da taxa de desemprego na nossa terra. A realçar também o trabalho que temos desenvolvido em parceria com as
Cinfães é um Concelho em desenvolvimento onde é bom e benéfico viver e investir. A começar pelos incentivos à natalidade em que a Câmara através do programa Nascer em Cinfães atribui 1000€ por nascimento (uma prestação única em dinheiro no valor de 250€ e 750€ pagos a título de reembolso de despesas feitas no comércio do concelho durante o primeiro ano de vida da criança) e
pelo explorador Serpa Pinto natural destas terras que também acolheu o aio do 1º Rei de Portugal, o Egas Moniz. Somos uma terra de gente acolhedora que gosta e sabe receber. Por tudo que lhe está associado Cinfães é, como diz o poeta: «a amena região onde em favores os Deuses se esmeram.» (João Saraiva)
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QUALIDADE DE VIDA NO INTERIOR
dimentos de iniciativas empresariais de carácter industrial, comercial, turística, agrícola e serviços ou outros que sejam considerados de relevante interesse municipal. Além destas medidas temos ainda vários incentivos fiscais para as empresas que se instalem no Concelho. Que outros atrativos possuem que convidem a uma visita por terras de Cinfães?
Cinfães é um Concelho de valor paisagístico, patrimonial, cultural, gastronómico e humano incalculável. Temos a bela paisagem (rios e a serra de Montemuro), alimentada pelas águas abundantes que correm no espaço do Concelho – rios Bestança, Cabrum, Douro e Paiva. Aqui é de destacar o Vale do Bestança, com uma fauna e flora únicas e onde o Município está a encetar uma forte aposta com a construção de um Centro de Interpretação cujas obras devem arrancar a curto prazo. Não podemos esquecer o rico património que nos circunda, dando ênfase aos monumentos inseridos na Rota do Românico (Igreja de Santa Maria Maior de Tarouquela, Igreja de Nossa Senhora da Natividade de Escamarão e Igreja de São Cristóvão de Nogueira). Ao nível gastronómico temos a riqueza da carne arou-
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quesa regada com vinhos verdes de excelência, não esquecendo na doçaria os saborosos doces de manteiga. Culturalmente também temos um vasto património e um legado deixado pelo explorador Serpa Pinto natural destas terras que também acolheu o aio do 1º Rei de Portugal, o Egas Moniz. Somos uma terra de gente acolhedora que gosta e sabe receber. Por tudo que lhe está associado Cinfães é, como diz o poeta: «a amena região onde em favores os Deuses se esmeram.» (João Saraiva) Quais os problemas (sociais, financeiros) que urgem resolução?
Sem dúvida alguma o desemprego. O maior desafio é a criação de emprego considerando que Cinfães apresenta uma taxa na casa dos 28%, ou seja, quase o dobro da taxa registada no país, sendo portanto urgente inverter estes números. Associado ao desemprego preocupa-nos as dificuldades financeiras de muitos agregados cinfanenses. Que medidas o executivo pretende adotar para os resolver?
Já adotou. No combate ao desemprego já implementamos o programa de apoio à economia e emprego e o conjunto de benefícios para as empresas que se fixem no Concelho.
Também já conseguimos trazer o Centro de Formação do Calçado para Cinfães. Além disto temos apostado nos cursos para adultos com o intuito de dotar as pessoas com a formação necessária de acordo com as necessidades do mercado do trabalho. Outra área que temos trabalhado é os estágios profissionais a pensar nos nossos jovens à procura do 1º emprego. Nesta matéria temos em vigor o programa Municipal de Estágios em que a autarquia suporta na totalidade a comparticipação a cargo das empresas que aceitarem contratar estagiários por um ano, ou seja, os 20% que não são comparticipados pelo instituto de Formação Profissional, além da Segurança Social. Na área social foi criado o Fundo de Emergência Social através do qual é atribuído um apoio financeiro excecional e temporário a agregados familiares carenciados em situação de grande emergência e distinto dos apoios sociais existentes no valor máximo de 1000€ por ano civil para cada agregado familiar, majorado até 50% em caso de agregados familiares numerosos ou com pessoas portadoras de deficiência). Avançamos ainda com o programa Apoiar Integrar que consiste na atribuição de apoio financeiro com o limite máximo de 2.500€ ano, por beneficiário, para eliminação de barreiras arquitetóni-
cas na habitação; apoio complementar nas despesas com saúde, nomeadamente aquisição de medicamentos e apoio na aquisição de ajudas técnicas. Quais os projetos para o futuro?
O meu propósito é continuar a trabalhar, juntamente com a minha equipa, para o desenvolvimento da nossa terra e para o bem -estar das nossas gentes. A captação de investimento e a criação de emprego são as minhas prioridades, a par do apoio social às famílias cinfanenses mais desfavorecidas, sem esquecer a área da Educação e o investimento no sector do Turismo. Quer deixar alguma mensagem aos nossos leitores?
Cinfães é um território de potencialidades e de muitas oportunidades. É nosso propósito potenciar estas qualidades e trabalhar em prol do desenvolvimento do nosso Concelho. É também uma terra atrativa, que sabe receber e onde vale a pena investir. São muitos os incentivos do Município para aqueles que queiram investir em Cinfães, contribuindo para a dinamização da economia local e, consequentemente, para a criação de emprego. Visite-nos e descubra os encantos destas terras de Serpa Pinto…
QUALIDADE DE VIDA NO INTERIOR
Sátão, terra de gente que sabe receber No distrito de Viseu, na sub-região de Dão Lafões, encontramos Sátão. O País Positivo esteve à conversa com Alexandre Mendonça Vaz, presidente da câmara, para conhecermos um pouco mais sobre o município.
“É agradável viver em Sátão”, é assim que o presidente da câmara conclui. Mas não sem antes deixar de aconselhar a visitar concelho e a degustar as iguarias, aproveitando, por exemplo, a Feira do Míscaro, que será no último fim de semana de Outubro.”
Sátão é um concelho reconhecido pelo seu património arquitectónico, principalmente o religioso. O nosso interlocutor confessa que “algum património tem vindo a ser recuperado paulatinamente”. No entanto, pelo município estão espalhados muitos outros edifícios dignos de uma visita. “Como é o caso da Biblioteca Municipal, instalada no antigo Solar dos Albuquerques, uma casa senhorial que data o século XVIII. Assim como o Museu Camila Loureiro que ocupa a antiga cadeia. Temos ainda a Casa da Cultura onde funciona uma escola de música, e o nosso cinema, um dos poucos que existe em vilas, completamente equipado”. Gastronomia Sátão é considerada a Capital do Míscaro – cogumelos – e com estes “são confecionados os mais diversos pratos, como por exemplo, o arroz de míscaros e a açorda de míscaros”,
explica o presidente da câmara. “Para além disto, estamos situados na área geográfica designada Dão Lafões, o que nos permite ter outros produtos endógenos como o vinho, enchidos, entre outros. No que toca aos doces temos as filhós, o leite-creme, o arroz doce e as rabanadas”. A arte de bem receber No foral concedido em nove de Maio de mil cento e onze, outorgado pelo Conde D. Henrique e pela sua mulher D.ª Teresa, agradecem aos satenses a forma como foram recebidos. “As nossas gentes gostam de receber bem. Gostam de fazer com que as pessoas se sintam como se estivessem em casa”. Os desafios Sátão, para além ser concelho com emigração, é uma zona onde a área principal de
atividade era a construção civil. “Com a crise, o primeiro grande setor a ser afetado foi exatamente a construção civil. Logo, enfrentamos um terrível problema que flagela todo o país: o desemprego. No entanto, o nosso enfoque é para a estrada nacional duzentos e vinte e nove, que liga Sátão a Viseu, que urge uma estrada nova. É uma extensão de dezassete quilómetros, que por vezes tem filas de dois quilómetros. Para quem se queira instalar… No que se refere às empresas, Alexandre Vaz explana que “o concelho já tem uma zona industrial ocupada e está a ser construída mais uma para que mais empresas se possam instalar”. Acrescenta ainda que “ têm a possibilidade de verem os terrenos serem concedidos a um preço mínimo ou por arredamento, e ainda têm outra benesse que é o facto de não pagarem derrama.
Por forma a combater as adversidades, como o fecho de alguns serviços, “o concelho irá ter uma loja do cidadão com a segurança social, finanças, serviços de registo civil e outros serviços. Um projeto-piloto de lojas do cidadão, do qual foi comtemplado a Comunidade Intermunicipal de Viseu Dão Lafões, de onde o Sátão também faz parte. Na área da educação, depois do fecho de algumas escolas no Concelho por falta de alunos, foi construído um Centro Educativo com catorze salas e com as infraestruturas de apoio necessárias para um bom funcionamento, estando ainda abertas outras escolas pelo Concelho. No futuro… Alexandre Vaz volta a reforçar “a importância da estrada que liga Sátão a Viseu e da nova zona industrial”. Está em curso a construção do novo quartel para a Guarda Nacional Repu-
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QUALIDADE DE VIDA NO INTERIOR
Património arquitectónico religioso Capela de Nossa Senhora da Oliva – na povoação do Tojal, freguesia de Sátão Santuário de Nosso Senhor dos Caminhos - lugar de Rãs, União das Freguesias de Romãs, Decermilo e Vila Longa Igreja da Nossa Senhora do Barrocal na povoação do Carvalhal, União das Freguesias de Romãs, Decermilo e Vila Longa Capela de Nossa Senhora da Esperança - no lugar de Abrunhosa, freguesia de S. Miguel de Vila Boa Santuário de Nossa Senhora da Agonia – freguesia de Avelal Nossa Senhora dos Prazeres – freguesia de Rio de Moinhos Convento de Santa Eufémia - lugar do Convento, freguesia de Ferreira de Aves. Convento Senhor Santo Cristo da Fraga – freguesia de Ferreira de Aves Igreja Matriz de Ferreira de Aves – lugar do Castelo, freguesia de Ferreira de Aves Capela de Santa Bárbara – freguesia de Ferreira de Aves
blicana e da nova praia fluvial por forma a criar um circuito religioso, com início no Santuário de Nosso Senhor dos Caminhos, passando pelo Convento de Santa Eufémia e pelo Convento Senhor Santo Cristo da Fraga. De resto veremos o que o novo quadro comunitário traz, visto que ainda há muito para fazer. Pretendo continuar com o equilíbrio financeiro do Município de Sátão. Mensagem para os leitores “É agradável viver em Sátão”, é assim que o presidente da câmara conclui. Mas não sem antes deixar de aconselhar a visitar concelho e a degustar as iguarias, aproveitando, por exemplo, a Feira do Míscaro, que será no último fim de semana de Outubro.” Museus Museu Municipal Camila Loureiro Museu Etnográfico de Rio de Moinhos Museu Municipal de Gulfar Rios Vouga Paiva Sátão Côja
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