País Positivo 89

Page 1

“Boticas é Autarquia + Familiarmente Responsável” Francisco Queiroga:

“Ponte da Barca: Um concelho de futuro!”,

António Vassalo de Abreu, Presidente da Câmara Municipal de Ponte da Barca

Dezembro 2015 | Edição Nº89

Este suplemento comercial faz parte integrante do Jornal de Notícias e do Diário de Notícias de 31 de dezembro de 2015 e não pode ser vendido separadamente


A janela que lhe abre portas.

Apoios à contratação, criação do próprio emprego e empreendedorismo, ofertas de emprego, estágios, formação profissional, integração de pessoas com deficiência e incapacidade. É tudo isto e muito mais, o que pode esperar quem bate a uma das nossas muitas portas, em todo o país. Porque, sempre que precisar, o IEFP estará cá para o ajudar. Perto de si. Estamos perto de si

www.iefp.pt


Qualidade de Vida

Município de Ponte da Barca

O património natural e paisagístico elevado ao seu exponente máximo Limitada a norte pelo concelho de Arcos de Valdevez, o concelho de Ponte da Barca, confronta a leste com a vizinha Espanha, a sul pelas Terras de Bouro e Vila Verde e a oeste com Ponte de Lima. Esta localização conjugada com a qualificação do parque transfronteiriço, como reserva da biosfera confere, a esta vila, um património natural e paisagístico único no país.

“A UNESCO declarou, em 2009, a Reserva da Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xurés (RBTGX). Esta está localizada na região de Ponte da Barca e na Comunidade Autónoma da Galiza em Espanha, abrangendo uma área de cerca de 268 mil hectares distribuídos por duas áreas protegidas e unidas pelo contínuo natural e pela cultura” descreve António Vassalo Abreu, presidente da câmara municipal de Ponte da Barca. “O território da Reserva da Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xurés, distingue-se pelo elevado valor do seu património natural e pela existência de habitats naturais diversificados. As variações de altitude e as diferentes orientações do relevo dão origem a uma grande diversidade de microclimas.”

“Coolcamping: Europe” Distingue o Parque de campismo de Entre Ambos-os-Rios

António Vassalo Abreu Presidente CM Ponte da Barca

“O território da Reserva da Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xurés, distingue-se pelo elevado valor do seu património natural e pela existência de habitats naturais diversificados. As variações de altitude e as diferentes orientações do relevo dão origem a uma grande diversidade de microclimas.”

O Parque de campismo de Entre Ambos -os-Rios, em Ponte da Barca, foi distingido pela segunda edição do “coolcamping: europe”, que tem como objetivo apresentar, aos amantes do campismo, os melhores parques do Reino Unido e restante europa. “A localização do parque de campismo, em plena serra do Parque Nacional da Penda-Gerês, as diversas atividades disponíveis, a gastronomia e as paisagens únicas são algumas das caraterísticas evidenciadas.” Os desportos e atividades também não foram esquecidas “todas as aventuras são possíveis, desde os desportos aquáticos, subidas de montanha, observação de aves, passeios a cavalo, tudo isto foi mencionado como uma mais valia para quem visita Ponte da Barca e fica no parque de campismo de Entre Ambos-os-Rios.” O conceito de Glamping (glamour + camping) surgiu no início do sáculo XXI, como uma modalidade mais requintada de fazer campismo, apresentando-se como “alternativa para

Ficha Técnica: Propriedade e Edição: Actualidades do Século, Lda. | Morada: Avenida da República, 872, Sala 5.1, 4430-190 V. N. Gaia Depósito Legal: 215441/04 | Editora: Ana Mota | Publicidade: Moura Lopes | Email: geral@aseditora.pt | Distribuição Mensal Gratuita com o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias. Propriedade e Direitos: Todos os textos e fotografias são propriedade exclusiva do País Positivo e não podem ser, total ou parcialmente, reproduzidos sem permissão prévia.

/Dezembro


Qualidade de Vida aqueles que procuram o contacto directo com a natureza, sem perder os hábitos mais sofisticadas e o conforto que uma habitação tem.”

O PNPG - Porta do Parque Nacional da Peneda Gerês A oferta aos locais e visitantes estendese à Porta do Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG). “São equipamentos devidamente preparados para a receção, recreio e lazer dos visitantes deste parque; estes espaços estão enquadrados por um sistema de informação e sensibilização ambiental e patrimonial, que prepara o visitante para a exploração do território envolvente.” Dentro deste parque podem-se encontrar várias “infraestruturas e serviços de apoio aos visitantes”, bem como conteúdos “informativos e didático-pedagógicos”.

A inauguração da Núcleo Museológico da Torre de Menagem do Castelo de Lindoso O núcleo museológico da Torre de Menagem do Castelo de Lindoso “integra a rede interpretativa do património de Ponte da Barca, da qual também faz parte o centro interpretativo do património “Fernão de Magalhães”, localizado na Loja Interativa de Turismo de Ponte da Barca” e ocupa os dois pisos da torre de menagem do castelo de Lindoso. Os conteúdos “versam sobre a ocupação do território de Lindoso e foram trabalhados pelo Município e pelo Doutor Luís Fontes, investigador que dedicou a sua tese de doutoramento a esta temática: no rés-do-chão da torre encontramos uma abordagem à arqueologia do território: nos painéis recortados, que imitam as topografias da Serra Amarela, podem ser admiradas peças arqueológicas de elevado valor histórico, desde cerâmicas a estatuárias”; já o piso superior é “dedicado à estrutura militar do castelo, contando com personagens animadas que interagem com o visitante.” A exposição foi pensada para que “qualquer pessoa a possa realizar de forma autónoma e pensada para os públicos escolares e grupos organizados; por isso, são disponibilizados tablets interativos contendo uma aplicação informática que os guiam pelos recantos do castelo.” Ainda na Porta de Lindoso é possível apreciar a “exposição permanente ‘Água e Geologia’, que conta com um conjunto de painéis informativos que relatam várias características sobre os fenómenos hídricos e geológicos do concelho. Inovamos novamente com a maquete tridimensional interativa, enriquecida com vários mapas de informação sobre todo o concelho de Ponte da Barca.”

A gastronomia caraterística da Vila Ponte da Barca é dos concelhos “mais ricos no que toca à gastronomia. De entre todas as especialidades, merecem destaque: o Cozido à Portuguesa, o Sarrabulho, a posta Barrosã e a lampreia. Mais recentemente surgiu o naco à terra da Nóbrega que é um novo prato criado com a Associação de Hotelaria. Relativamente à doçaria são “doces à base de pão de ló e ovos, como é o caso do bolo branco.” Para além destes “temos o leite creme (queimado) e as Rabanadas de Mel que podem ser encontrados na ementa de diversos restaurantes.” Mais recentes mas com igual destaque no campo da doçaria podemos os “Magalhães”, concebidos em homenagem ao navegador com raízes barquenses, e que com certeza farão as delícias de quem os provar.”

Ofício do Presidente da Câmara Municipal de Ponte da Barca Exmo Sr. António Vassalo Abreu “Assunto: Rede Mundial das Cidades de Magalhães: incongruências e lacunas sobre a naturalidade de Fernão de Magalhães Soube, pela comunicação social, da inten-

ção da candidatura a Património Mundial da Rota de Magalhães, da “Rede de Cidades de Magalhães”, composta por várias localidades que reclamam para si um conjunto de evidências e factos históricos que as integraram, no passado, no grande projecto de Circum-Navegação de Fernão de Magalhães: Ushuaia, Sevilla, San Lúcar de Barraneda, Porvenir, Praia, Rio de Janeiro, Montevideo, Tenerife, Granadilla de Abona, Lisboa, Tidore, Porto, Guetaría, Buenos Aires, Punta Arenas, Cebú, Guam, Tidore, Brunei, Sabrosa, San Gregorio, Puerto San Julián, Ciudad del Cabo e Vicenza. Naturalmente, o processo de preparação de uma candidatura, sobretudo a que versa sobre um elemento ou um bem passível de ser classificado como Património Mundial, deve ser pautado pelo rigor e pelo conhecimento científico que legitime a excepcionalidade do bem em questão. Ora, no caso em apreço é sabido como a relação de Fernão de Magalhães com Sabrosa, é cientificamentedemonstrada por ser logro, fruto de documento forjado por quem queria obter vantagem com herança. Respeitaremos a lenda – a fraude consolidada e tida como verdade popular, mesmo se de facto mentira – desde que se respeite a verdade. Como todos os investigadores universitários o dirão, Ponte da Barca tem sido

apontada, ao longo dos anos, como o local mais provável de naturalidade de Fernão de Magalhães ver “Fernão de Magalhães. Dados inéditos para a sua biografia” (1905),” A questão da naturalidade de Fernao de Magalhães. Transmontano, não, minhoto” (1921), “A naturalidade de Fernão de Magalhães” (1938) e “Fernão de Magalhães. A vida e a viagem” de 1941. Também Avelino Jesus da Costa se debruçou sobre esta temática no jornal Diário do Minho, em 1941, com o artigo “Qual a naturalidade de Fernão de Magalhães?”. Recentemente o Doutor Amândio Barros, douto e prestigiado historiador na área da História Marítima e da expansão ultra-marítima portuguesa, compilou todos estes estudos anteriores e renovou a investigação, acrescentando factos novos decorrentes da análise atenta de novos documentos, apontando para a fortíssima evidência documental e factual em “A naturalidade de Fernão de Magalhães revisitada” (2009). Por fim, a 20 de Novembro de 2015, ´´e apresentad “O Homem que navegou o Mundo. Em busca das origens de Magalhães”. Na página 33 desta obra, o autor salienta o seguinte: “...a História já provou que: - com certeza absoluta, Fernão de Magalhães não nasceu em Sabrosa

/Dezembro


Qualidade de Vida Mensagem de ano novo do presidente da câmara municipal de Ponte da Barca Caros Concidadãos, Numa altura em que se vive mais uma época festiva, na qualidade de Presidente da Câmara Municipal de Ponte da Barca, e em meu nome pessoal, desejo a todos um feliz ano novo embuído no espírito de harmonia, paz e muita alegria. Mais do que nunca, a nossa sociedade precisa de um renovado espírito de solidariedade. Através de atos simples podemos melhorar a vida do nosso próximo, das nossas Freguesias, do nosso Concelho e do nosso País. Ao fazê-lo estamos a contribuir para uma sociedade melhor e mais justa. Infelizmente, atendendo à atual conjuntura económica que a todos nos afeta, existem ainda muitas pessoas que vivem mais privadas de bens essenciais para a condição humana. Porque temos consciência disso, porque estamos atentos e sensíveis a essa realidade, procuramos, através das diversas atividades promovidas, contribuir para que as famílias com menos recursos económicos do concelho tenham melhores condições de vida em geral. Porque para nós, as pessoas estão em primeiro lugar! A Câmara Municipal não os esquece os nossos emigrantes e deseja-lhes um excelente período de festas, e relembra que mesmo distantes fisicamente, estão nos corações dos seus familiares, mas também de todos os seus conterrâneos.

- com certeza absoluta, Fernão de Magalhães é natural do Entre Douro-e-Minho - com quase a certeza, Fernão de Magalhães é natural de Ponte da Barca” Na página 89, ainda da mesma obra, o autor ressalva: “É meu desejo que este texto contribua de espírito aberto e sujeito à crítica, para reforcar a ideia de que Magalhães era natural de Ponte da Barca, como ele próprio indica quando se intitula “da muy noble e antigua Casa de los Señores de la Nóbrega” e que mantém estreitas relações com a sua família barquense, mesmo depois de se ter retirado para Castela”. A indicação de Sabrosa como berço de Magalhães teve como génese uma teoria de Ferdinand Denis, no séc. XIX, a partir de um alegado testamento ditado por Magalhães em 1504, nas vésperas da partida para a Índia (citado por António Baião na obra “A questão da naturalidade de Fernão de Magalhães. Transmontano não, minhoto”, (1921). Esta fraude ignora que uma das mais antigas freguesias do concelho – o seu berço medievo – se chama Paço Velho de Magalhães, ou seja, o Paço Velho dos Magalhães, família importantíssimana região da ribeira Lima. Perante estes factos pretendemos deixar claro que, como eleito para representar Ponte da Barca, não me conformarei com o usurpar da relação desta terra com Fernão de Magalhães, solicitando que prontamente Ponte da Barca receba um convite formal para integrar a referida Rede de Cidades de Magalhães. Se assim for, Ponte da Barca não se oporá à referida candidatura, muito pelo contrário: apoiá-la-á. Contudo, admitindo a integração de Sabrosa (e Vila de Gaia, onde terá residido), não poderá pactuar com o pressuposto infundado e falso de que Magalhães será natural de Sabrosa e tudo fará no sentido de evitar o sucesso da candidatura no caso de não ser aceite a sua integração na rede.”

/Dezembro

O núcleo museológico da

Apesar de nem sempre ser fácil e dos muitos difíceis desafios que tem sido colocados a

Torre de Menagem do Cas-

vada energia para os desafios do futuro.

todos nós, acredito que iniciaremos um Novo Ano com espírito positivo e com uma reno-

telo de Lindoso integra a

Para todos, votos de um Próspero Ano de 2016.

rede interpretativa do patri-

O Presidente da Câmara Municipal de Ponte da Barca,

mónio de Ponte da Barca.

António Vassalo Abreu


Qualidade de vida no interior

MUNICÍPIO DE BOTICAS

Prémio “Autarquia + Familiarmente Responsável” pelo segundo ano consecutivo

“Este ano, Boticas surgiu como o único município transmontano a ser distinguido com o título de “Autarquia + Familiarmente Responsável”, por entre os 308 municípios portugueses, menos de metade responderam ao inquérito do Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis, apenas 41 foram premiados e Boticas foi um desses municípios.” Relata o Presidente da Câmara Municipal de Boticas, Fernando Queiroga O que determinou, na sua opinião, a atribuição deste prémio?

Foram, fundamentalmente, as medidas de apoio à população que implementámos no município que nos valeram essa distinção. De salientar que, ao tomarmos essas medidas, o nosso objetivo é aumentar a qualidade de vida da população e não a obtenção deste prémio; mas claro que, por outro lado, esta distinção deixou o executivo e a população muito orgulhosos. As medidas aplicadas abrangem toda a população?

Um dos nossos objetivos primordiais é ajudar a população, tratar das questões sociais, e implementamos políticas desde o nascimento até à terceira idade. Quando ocorre um nascimento, dentro do concelho de Boticas, atribuímos o susbsídio de natalidade no valor de mil euros e dos 3 meses aos 3 anos atribuimos cinquenta euros por

mês para ajuda no pagamento das despesas da criança. Além disso, aplicamos o desconto do I.M.I. (Imposto Municipal sobre Imóveis) conforme o número de dependentes até ao limite máximo de 20%.

Francisco Queiroga Presidente da CM Boticas

decidiu, independentemente do escalão, financiar na totalidade o passe escolar desses alunos. A população sénior também tem apoio por parte da autarquia?

O apoio às famílias estende-se à população em idade escolar?

Sim, os alunos do pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico têm direito às refeições e ao transporte escolar totalmente gratuitos; atribuímos bolsas de estudo para os alunos do ensino superior que cumprirem os requisitos, tendo sido este ano alargado o número de bolsas atribuídas de 20 para 35. Este ano tomámos também outra medida que considero de extrema importância: como a escolaridade mínima obrigatória é até ao 12º ano e Boticas tem apenas ensino até ao 9º ano, os estudantes são forçados a sair do concelho para a cumprirem o secundário. Dada esta condicionante, a autarquia

Oferecemos apoio de diversas formas, nomeadamente através do Cartão Social do Idoso, em que financiamos, por exemplo, a medicação, próteses e algumas consultas. Temos medidas sociais como a isenção de pagamento dos primeiros 3m³ de água, o que é significativo para a população mais idosa, e também fazemos algumas melhorias de restauro e conservação das suas habitações.

anos e neste momento, como já atrás referi, está quase toda ocupada. Implementamos medidas tais como descontos e isenções, mas fundamentalmente damos um apoio mediante o número de postos de trabalho criados: se empregar até 4 trabalhadores apoiamos com 25 mil euros; de 5 a 9 - 35 mil euros; de 10 a 50 - 45 mil euros e mais de 50 trabalhadores garantimos um apoio de 55 mil euros. Estes apoios são atribuídos nos dois primeiros anos de laboração das empresas que obedeçam às normas e cumpram todos os requisitos. A gastronomia é um ponto forte deste concelho. Que produtos são mais desejados pelos turistas?

A desertificação é transversal a quase todas as regiões do país. Que medidas estão a ser tomadas para a combater?

A maioria da população dedica-se à agricultura, um setor que não é atrativo para todos os jovens; mas também temos alguns serviços e indústria. O maior empregador do concelho é exatamente uma indústria de redes de pesca, a Euronete, que está implementada em Boticas há 12 anos. A desertificação, na visão da autarquia, combate-se com a criação de emprego, por isso, quando tomámos posse, criámos um conjunto de incentivos, devidamente regulamentados, de apoio à instalação de empresas no nosso concelho, nomeadamente na nossa zona empresarial que estava totalmente desocupada e hoje tem já quase todos os lotes vendidos. Como conseguiram atrair os investidores?

Temos duas zonas empresariais, uma está cheia e outra que estava parada há 12

Somos uma região conhecida, fundamentalmente, pela carne barrosã; mas existe mais variedade: como o cozido, o arroz de costelinhas, a assadura ou os rojões. O setor da restauração é muito procurado, principalmente ao fim de semana, pelos turistas nacionais e espanhóis que querem provar as nossas iguarias. Também procuram outros produtos como o mel de Barroso, o Vinho dos Mortos, as Trutas, enchidos e derivados do porco. Outro ponto forte de Boticas é a realização da Feira Gastronómica do Porco. Contextualize este evento.

Este ano vamos realizar a 18º edição desta feira, nos dias 8, 9 e 10 de Janeiro e na qual temos representados todos os produtos típicos da região. Como é uma feira gastronómica, as pessoas podem provar “in loco” alguns dos nossos pratos tradicionais; as ementas já estão acordadas e os preços estipulados previamente para que os quatro restaurantes estejam representados de

/Dezembro


Qualidade de vida no interior

forma equitativa. Associamos a esta feira outros produtos, além dos derivados da carne de porco e fumeiro, como o artesanato, mel de Barroso e outras doçarias. A qualidade dos nossos produtos já é bastante conhecida, mas também queremos fazer a divulgação turística do concelho e procuramos aproveitar este evento para promovermos a nossa terra e a nossa região. Boticas é um concelho turisticamente desejável?

Sem dúvida! O setor do turismo é um dos pilares do meu mandato e inclusivamente aumentámos a verba atribuída a este setor em 638%, em relação ao ano passado. Durante o ano transato estudamos a melhor forma de abrir equipamentos turísticos e de os divulgar, de forma mais eficaz, junto dos turistas nacionais e estrangeiros. Vamos investir na divulgação e eventos, um dos quais revelo em primeira mão: vamos receber, em Abril, uma prova nacional do campeonato de montanha. É um evento automobilístico em que vamos investir algumas

verbas para criar as condições necessárias para a realização desta prova. Existem vários pontos turísticos a visitar no concelho, mas há um parque que carateriza a região.

É o Centro de Interpretação do PAVT- Parque Arqueológico do Vale do Terva, instalado na aldeia de Bobadela. Funciona como lugar de conhecimento, com uma exposição permanente que apresenta as características e história do território e que disponibiliza ao visitante informação que lhe permitirá ir à descoberta da paisagem cultural do vale superior do rio Terva. A riqueza castreja também é relevante. Quais são os mais significantes?

Dos 21 castros que temos no concelho de Boticas destaco o castro de Carvalhelhos ou “Castelo os Mouros” que terá sido ocupado ao longo de diferentes épocas por diferentes povos; o Castro de Nogueira, que segundo as informações de que dispomos

nunca chegou a ser romanizado, mas que, de acordo com a Universidade do Minho, tem um grande potencial arqueológico, e o Castro de Lesenho onde foram descobertas quatro estátuas, em granito, de guerreiros Calaicos, que são os ex-libris da arqueologia castreja. Devido à riqueza e importância deste património, a autarquia aposta na sua promoção turística e quer tornar-se num concelho de referência ao nível da arqueologia. Em que consiste o protocolo en-

cêndios florestais e queimadas descontroladas e que culminam, muitas vezes, em grandes incêndios. Decidimos abrir parceria com a Associação Ambiental e Cultural – Celtiberus – que dinamiza o “Boticas Parque – natureza e biodiversidade”, que é um símbolo da preservação ambiental. Decidimos, no espaço de um ano, plantar uma árvore por habitante no total de 5.750 unidades, convidando as pessoas a virem plantar a sua árvore e, ao mesmo tempo, sensibilizar as pessoas para a necessidade de preservar a natureza.

tre a autarquia e a Universidade do Minho (UM)?

Qual é o balanço que faz destes

Temos uma ligação com a UM desde que foi implantado o Parque Arqueológico do Vale do Terva e, mais recentemente, a autarquia aprofundou o protocolo com a Universidade, válido por três anos, para permitir uma investigação mais aprofundada dos achados arqueológicos e para permitir escavações em locais considerados de interesse.

dois anos de mandato?

Houve alguma descoberta que potenciou o aprofundar desse protocolo?

Apercebemo-nos que na zona das Batocas, na localidade de Ardãos, há um espaço que tem um grande potencial arqueológico, que tem de ser investigado e explorado e a parceria com a UM vai permitir que o façamos da forma mais correta. Boticas é um concelho fustigado pelos incêndios. Que medidas estão a ser tomadas para minimizar esse impacto?

É um facto que temos vindo a perder muita da nossa paisagem natural devido aos in-

Faço um balanço positivo, porque o que nos propusemos fazer no início do mandato, estamos a conseguir cumprir no “timming” que definimos. Gosto do que faço, de ajudar os munícipes e o meu concelho, não fico dentro do gabinete com a minha equipa a tomar decisões; vou ter com a população para me inteirar da realidade local. Todos os dias faço atendimento ao público e faço -o sempre com gosto. As portas do meu gabinete estão sempre abertas para todos. Uma mensagem para os botiquenses e para os leitores?

Aos botiquenses gostava de deixar uma mensagem de esperança e de confiança no presidente de câmara que elegeram, na certeza de que podem contar comigo e com a minha equipa para o que precisarem. Para os leitores aconselho-os vivamente a visitarem o nosso concelho, porque quem vem cá uma vez regressa sempre; por isso é que o nosso slogan é: BOTICAS – A SEDUÇÃO DA MONTANHA.

18ª edição da Feira Gastronómica do Porco nos dias 8, 9 e 10 de Janeiro de 2016. “É uma das referências gastronómicas do concelho de Boticas e na qual os visitantes podem percorrer os stands e provar os melhores produtos da região.”

/Dezembro


Qualidade de vida no interior XVIII Feira Gastronómica do Porco

A aposta nos produtos tradicionais A Feira Gastronómica do Porco de Boticas, um dos maiores eventos gastronómicos do norte do país e da região, realizase nos dias 8, 9 e 10 de janeiro de 2016, no Pavilhão Multiusos. Desde 1998 que a vila de Boticas é local de visita obrigatória em janeiro. Há 18 anos consecutivos que a agricultura local e os produtos tradicionais são valorizados e divulgados nesta mostra gastronómica onde a carne de porco e os seus derivados são “Reis da Festa”. O sucesso que a Feira Gastronómica do Porco tem vindo a ter ao longo dos tempos tornou-a num dos melhores e mais importantes certames de promoção e divulgação do mundo rural barrosão e de tudo aquilo que de melhor existe nesta pequena mas tão rica vila do norte de Portugal. Organizada pelo Município de Boticas e a EHATB – Empreendimentos Hidroelétricos do Alto Tâmega e Barroso, a feira apresenta mais de três dezenas de stands de exposição e venda de produtos alimentares e artesanato e conta, também, com a participação de meia centena de produtores, número idêntico ao da edição anterior. São esperados ao longo de todo o fim de semana da feira mais de 70 mil visitantes, muitos deles vindos da vizinha Espanha, que têm à sua espera cerca de 40 toneladas de fumeiro, o que permitirá realizar um volume de negócios na ordem dos 450 mil

euros. Preservar o que de melhor se faz em terras de Barroso, valorizar a qualidade da carne de porco e dos enchidos através da apresentação de pratos tipicamente barrosões, divulgando a sua essência e sabor, são alguns dos atributos de autenticidade da Feira do Porco de Boticas. Aos enchidos, concebidos de forma artesanal, sob um rigoroso controlo de qualidade cumprindo a legislação e regras em vigor, juntam-se o Presunto, o Pão Centeio, a Bola e o Folar de carne e o tão afamado “Vinho dos Mortos”, entre muitos outros produtos de excelência. O artesanato também continua a ser presença obrigatória neste evento dedicado à ruralidade e às suas gentes. A Feira Gastronómica do Porco é um dos pontos mais altos da economia local, especialmente para os produtores de fumeiro tradicional que vêem nesta iniciativa a oportunidade certa para mostrar a qualidade dos seus produtos. Mais do que permitir aos produtores a venda dos seus artigos, que são fonte de sustento de muitas famílias, o certame permite recuperar a tradição, os sabores e saberes tradicionais genuínos e autênticos do concelho e levar o bom nome dos produtos, com origem em Boticas, além-fronteiras. Os produtos agroalimentares fabricados no concelho barrosão são de uma qualidade inigualável o que lhe atribui caraterísticas de genuinidade e atratividade únicas.

Tasquinhas de Sabores Tradicionais Todos aqueles que se desloquem à vila barrosã, de 8 a 10 de janeiro, para apreciarem as iguarias gastronómicas barrosãs terão ao seu dispor um vasto leque de tasquinhas tradicionais. Cozido à Barrosã, Rojões no pote, Arroz de chouriça, Costeletas em vinha de alho,

Caldo e Feijoada à Barrosã, são algumas das especialidades apresentadas ao longo de toda a mostra. Não esquecendo outras iguarias de excelência como o Fumeiro (Alheira, Chouriça e Salpicão), o genuíno Presunto acompanhado da saborosa Bola Centeia e os deliciosos vinhos regionais. Tal como nas edições anteriores, os restaurantes do concelho associaram-se ao certame e apresentam ementas com pratos confecionados à base de carne de porco e enchidos, elementos chave que distinguem a gastronomia transmontana do resto das outras. Todos os preços são devidamente tabelados, quer nos expositores quer nas tasquinhas, o que o torna a feira ainda mais atrativa.

Animação do Certame A 18ª edição da Feira Gastronómica do Porco conta com três dias de muita animação. Para além da gastronomia e do artesanato, os visitantes vão poder disfrutar de boa música ao longo de todo o certame. No interior do Pavilhão a animação fica a

cargo dos Grupos de música popular e tradicional do concelho e da região. No exterior decorrerá a tradicional “Feira à moda antiga”, onde são apresentados inúmeros artefactos ligados às profissões de outrora (tanoaria, olaria, cestaria, peles, esculturas e instrumentos artesanais) e que ainda vão perdurando no tempo. No recinto do Campo de Futebol, junto ao Pavilhão Municipal, decorrerão, como dita a tradição, as tão conhecidas “Chegas de Bois”, que anualmente trazem até Boticas centenas de pessoas. Pelo quarto ano consecutivo, o programa da TVI “Somos Portugal” fará a sua habitual transmissão de domingo, das 14H às 20H, a partir da vila de Boticas. O Largo de Nossa Senhora da Livração acolhe, mais uma vez, o programa líder de audiências nacional. Sendo a transmissão do programa feita para todo o mundo, os filhos da terra terão, assim, a oportunidade de matar saudades de casa e rever familiares e amigos.

/Dezembro


A Descobrir Portugal

Hotel Londres, com Rosa Chá Inaugurou-se no passado mês um espaço de cabeleireiro e estética com a assinatura da Rosa Chá, no Hotel Londres.

Alguns dos tratamentos disponíveis Tratamento de Rosto e Corpo Cabelos Micropigmentação Realista 3D Extensão de Pestanas 3D Manicura Pedicura Unhas de Gel Verniz de Gel Massagem

O centro oferece uma vasta gama de serviços, com o nível de qualidade que a marca Rosa Chá já demonstrou nos seus outros espaços, nomeadamente em Cascais, Av. Liberdade e Beloura. O Hotel Londres orgulha-se da confiança de-

Praça da República – 3130-218 Soure Email geral@cm-soure.pt Tel. 239 506 550 – Fax 239 502 951

/Dezembro

monstrada pela Rosa Chá, pois acredita nesta dinâmica mas harmoniosa parceria, onde o conceito comum a ambos baseia-se na arte de bem receber enquanto se presta o melhor serviço. Convidamo-lo a conhecer este novo e bonito local de descontração, no Estoril.


Qualidade de Vida no Interior

Apostar em Armamar e nas suas gentes Armamar é conhecida por ser a “Terra das Emoções” devido à hospitalidade dos armamarenses. E é nestes que se centra a estratégia do edil, para que possam usufruir de uma ótima qualidade de vida. O País Positivo esteve à conversa com João Paulo Fonseca, presidente da câmara, que nos falou um pouco sobre as medidas do executivo para atrair e fixar população. João Paulo Fonseca Presidente CM Armamar

A economia armamarense A Terra de Emoções, devido à sua localização privilegiada, é um misto de culturas beirãs e transmontanas, sendo por isso pródiga no setor primário. “A maçã de montanha é o produto nosso produto diferenciador, assim como os doces que com elas se confeciona. A par disso, ou não estivéssemos numa área denominada “Alto Douro Vinhateiro”, temos significativas produções de vinho. Temos ainda o famoso cabritinho de Armamar, que é, sem dúvida alguma, o nosso ex-libris. Existem ainda outros produtos de excelência, como os queijos”, refere o presidente da câmara. A construção civil foi outrora um gigante em Armamar. No entanto, com a crise praticamente nenhuma indústria do setor sobreviveu. A indústria agroalimentar assumiu assim um papel crucial no desenvolvimento do concelho. João Fonseca sublinha que a indústria ligada à agricultura é hoje o grande pontapé de saída para o crescimento sustentável do concelho. Claro que com tal aposta o setor primário não pode ser descurado. Estão a surgir novas empresas naquilo que é a transformação dos nossos produtos primários”. A estratégia de município passa por criar parcerias com as universidades portuguesas, como é o caso da Universidade de Trás-Os-

Montes e Alto Douro (UTAD) e ainda a Universidade de Aveiro (UA). “É um processo ainda numa fase embrionária, mas que pretende fomentar a investigação no setor primário (ex.: criação do observatório da maçã), assim como a inovação e desenvolvimento no setor secundário”. Esta foi a forma encontrada de potencializar aa economia do concelho e fixar jovens qualificados.

Ultrapassando obstáculos… O interior do país viu muitos dos seus serviços encerrarem. Armamar viu o seu tribunal fechar. Esta medida controversa veio, de certa forma, “consciencializar as pessoas para a resolução de pequenas quezílias de forma amigável, poupado assim tempo e dinheiro a todos”. Armamar é um concelho atrativo, principalmente para aqueles que desejem fazer da sua profissão a agricultura ou algo ligado a esta. Prova disto é que o concelho foi aquele que mais gente fixou no último ano com os projetos ligados ao setor primário”.

Ultrapassando obstáculos… O interior do país viu muitos dos seus serviços encerrarem. Armamar viu o seu tribunal fechar. Esta medida controversa veio, de cer-

ta forma, “consciencializar as pessoas para a resolução de pequenas quezílias de forma amigável, poupado assim tempo e dinheiro a todos”. O posto da GNR também iria ser deslocado. No entanto, a autarquia fez frente conseguiu manter os militares no município. “Foi possível acordar com as entidades competentes um novo posto e assim manter a segurança no concelho”. Para o nosso interlocutor esta foi a grande vitória dos últimos dois anos de mandato. Armamar é um concelho atrativo, principalmente para aqueles que desejem fazer da sua profissão a agricultura ou algo ligado a esta. Prova disto é que o concelho foi aquele que mais gente fixou no último ano com os projetos ligados ao setor primário”. Com pouco tem-se feito muito. O executivo de Armamar tem conseguido baixar a divida, quase dois milhões de euros, e realizar alguma obra pública (“no valor de quatro milhões de euros”), permitindo assim um crescimento sustentável do concelho.

Cuidando dos Armamarenses… Este aumento de população faz-se sentir, principalmente, natalidade, que “cresceu cerca de setenta e quatro porcento. Para este ano as perspetivas são ainda melho-

res…”. Com um aumento exponencial, a pergunta que se impõe é: Incentivos à natalidade? “Sim, mas não diretos. O presidente da câmara é avesso a isso (risos). Prefiro apoiar as crianças e as famílias de outra forma, tendo um parque escolar em ótimas condições, equipado com tudo o que eles necessitam, oferecendo transporte gratuito, refeições escolares, en tre outras coisas. Desta forma acompanha-se as crianças durante o seu crescimento”. Se os armamarenses são reconhecidos pela arte do bem receber é porque o município presta excelentes serviços à população. Em consequência, os mesmos transmitem esse cuidado aos visitantes. Uma das faixas etárias que merece uma maior atenção do executivo são os séniores. Neste aspeto o edil, com o apoio de algumas instituições, como é o caso da Fundação Gaspar e Manuel Cardoso e outras IPSS’s, proveem as melhores condições a quem tanto já deu ao município e ao país. É com orgulho que o nosso entrevistado afirma que “somos um exemplo nesta matéria. As parcerias que temos permitem-nos ter lares e centros de dia com todas as condições para acolher e acompanhar os mais idosos. Devo referir que a nossa Universi-

/Dezembro


Qualidade de Vida no Interior

dade Sénior é um enorme sucesso e a maior prova disso é, sem dúvida, o número de inscritos (oitenta e sete alunos). É de salientar que cuidar dos séniores não passa só por lhes receber, higienizar, alimentar, claro que são aspetos de alta importância, porém passa também por os retirar do isolamento e mantê-los ativos”.

O Douro está na moda e Armamar agradece Como já foi mencionado em cima, parte do território armamarense pertence à região denominada Alto Douro Vinhateiro. Com o crescimento do turismo no Douro, Armamar vê também este setor a crescer. O presidente da câmara afirma que o número de turistas tem aumentado mesmo na sede do concelho. Este incremento já trouxe mais-valias, visto que já há investimentos em Armamar, principalmente projetos de alojamento. O novo quadro comunitário vai, com certeza, concretizar muitos deles”.

/Dezembro

Feira da Maçã 2015 De 23 a 25 de Outubro, Armamar teve ao rubro com a Feira da Maçã. Este é um evento que de ano para ano atrai cada vez mais participantes e visitantes. Para o nosso interlocutor “ultrapassou largamente as expectativas, que já eram elevadas. Contamos com cerca de cento e trinta e sete expositores, muitos deles de empresas provenientes de outros concelhos. Este é um número que nos deixa muito satisfeitos, visto que significa que Armamar é palco de bons negócios”. Como exemplo, João Fonseca dá nota de um empresário que durante a feira marcou algumas reuniões com outras entidades e que regressou ao município para realizar esses negócios”. João Paulo Fonseca lança o repto aos nossos leitores para que visitem o concelho, se apaixonem pelas belíssimas paisagens e que ali criem raízes. “Venham, visitem e fiquem em Armamar, porque vale a pena”.

Roteiro do Presidente

João Fonseca convida-o a aventurar-se em terras armamarenses. “Comecem por visitar a vila, o nosso centro histórico, a nossa Igreja Matriz para a qual eu chamo particularmente à atenção. De seguida, subir ao miradouro de S. Domingos e contemplar aquela que é considerada pela UNESCO uma das mais belas paisagens do mundo. Percorram todo o Vale de Nassarães, onde o pano de fundo são os socalcos das vinhas de uva branca, que servem para produzir os melhores espumantes portugueses (Murganheira, Raposeira, Terras do Demo). Passeiem pela Serra da Senhora da Piedade e verão o esplendor do concelho. Façam todo o trajeto vinhateiro, deliciem-se com um cabritinho de Armamar, como sobremesa uns docinhos de maçã e acompanhem esta bela refeição com uma sidra”.


qualidade de vida no interior

Pedrogão Grande, um diamante por lapidar Pedrógão Grande tem, sem dúvida, uma localização privilegiada. Praticamente no centro de Portugal, é um Concelho que beneficia das melhores acessibilidades e tem fáceis e rápidas ligações aos grandes centros urbanos. Valdemar Alves, Presidente da Câmara Municipal, recebeu a equipa do País Positivo de bra-

ços abertos e falou sobre a estratégia delineada para desenvolver o investimento e dinâmica empresarial do Concelho e consequentemente prevenir o seu despovoamento.

Património Edificado Paços do Concelho Igreja Matriz Igreja da Misericórdia Convento Dominicano de Nossa Senhora da Luz Capela de Nossa Senhora dos Milagres Capela do Calvário Capela de S. Dionísio Capela de S. Sebastião Torre do Relógio Ponte Filipina Forno Romano Pelourinho

Valdemar Alves Presidente CM Pedrógão

Pedrogão Grande é um concelho rural onde uma das maiores fontes de riqueza é a floresta. Situado no interior do país, o Município vê a sua população, principalmente jovem, procurar oportunidades em outros locais. Como tal, um dos fundamentais objectivos é contribuir para a inversão desta situação, criando oportunidades e fornecendo ferramentas que permitam aos jovens, e não só, sentir-se motivados e apoiados para gerarem as suas próprias oportunidades.

“Empreendedorismo Estratégico e Desenvolvimento Local” O problema demográfico, a situação económico-financeira conhecida de famílias e empresas, a dificuldade de gerar emprego, bem como a necessidade de incrementar competências técnicas, comportamentais e motivacionais para o empreendedorismo e gestão, promovendo a passagem e aplicação da Ciência na realidade do Concelho de Pedrógão Grande, colocando-a ao dispor da população para que esta saiba potenciar as suas próprias características pessoais e aproveitar

as oportunidades e recursos, são questões às quais Valdemar Alves, Presidente da Câmara Municipal de Pedrógão Grande, pretende responder. E encontrou nas características do Programa de Empreendedorismo Estratégico e Desenvolvimento Local, promovido pela Escola de Liderança e Inovação do ISCSP – Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas – a possibilidade de apostar nas pessoas e no seu desenvolvimento, na sua capacidade de gerar o próprio negócio e criar postos de trabalho, aproveitando os recursos endógenos do Município e criando oportunidades que à primeira vista passariam despercebidas. Esta é uma das formas pela qual se pretende incentivar, ao mesmo tempo, a fixação de população e de empresas. Segundo Valdemar Alves, é preciso cada vez mais os Municípios apostarem diretamente no desenvolvimento contínuo das pessoas. A geração de riqueza nasce do seu empreendedorismo, dedicação e trabalho. Por isso, é preciso alocar fundos camarários, investir, na base do que são os Municípios: nas pessoas e no desenvolvimento das suas capa-

cidades e conhecimento. Assim se originou o interesse por parte do Executivo no Programa de Empreendedorismo Estratégico e Desenvolvimento Local. “O êxito do programa em outros municípios, a par do bom nome do ISCSP, tiveram o seu peso para a assinatura do protocolo de colaboração. A parceria [para o Programa de Empreendedorismo] em concreto ainda não foi assinada, porque quero que a proposta seja aceite por todos em reunião de Câmara do Executivo Municipal”, explica o Presidente Valdemar Alves, que voltou a realçar a importância de trazer o conhecimento científico,

neste caso de Gestão e Empreendedorismo, para a realidade local formando as pessoas. Este é um investimento do Município que gera um bem intangível, conhecimento, capaz de criar bens tangíveis a partir da população, fixando-a e dinamizando a prática empresarial. O Programa de Empreendedorismo Estratégico e Desenvolvimento Local pretende formar todos aqueles que queiram e acompanhá -los com docentes universitários e mentores empresários experientes desde o início da formação até aos primeiros anos de vida da empresa. De igual forma, o intra-empreendedorismo e todas as gerações de pedroguenses e descendentes que queiram regressar a Pedrógão Grande, para criar a sua empresa, poderão participar. Depois, gerar-se-á um ecossistema empreendedor que será constantemente dinamizado pela Escola de Liderança e Inovação do ISCSP.

Oportunidades de Investimento Oportunidades para bons investimentos não faltam em Pedrogão Grande. “É preciso vontade. A floresta tem muito para dar. Vê -la apenas como fornecedora de madeira é redutor. É necessário alargar horizontes e ver as potencialidades da nossa floresta, por exemplo a nível turístico, aproveitando

/Dezembro


qualidade de vida no interior Percursos pedestres No trilho Património Histórico e Arquitetónico No trilho dos Romanos No Cabeço das Mós, procurando o Mouro do Cabril No trilho do Açude dos Rodrigues Na senda da Ribeira de Pera Rumando contra a corrente em direção ao Açude Marginal da albufeira da Bouçã Marginal da albufeira do Cabril

a Barragem do Cabril, que tem sessenta quilómetros navegáveis, e ainda a Barragem da Bouçã que mantem sempre o mesmo nível de água”. Os rios Zêzere e Unhais permitem uma boa irrigação do território, criando assim condições ótimas para a agricultura. “Vamos ter um cultivo de cerca de dez hectares de amoras. Tudo para a exportação. Isto é um exemplo do que se pode fazer no concelho”, refere o Presidente da Câmara. Outrora, Pedrogão Grande era conhecido pela indústria do entretenimento, nomeadamente pela criação de carrosséis. Valdemar Alves quer ver renascer essa potência. Assim sendo, desafia os jovens “a desenvolverem no município um cluster dos divertimentos, com uma forte aposta na inovação e desenvolvimento”.

Turismo / Gastronomia As paisagens criadas pela floresta juntamente com os seus cursos naturais de água são magníficas. Estas podem ser apreciadas fazendo os vários trilhos exis-

tentes. “Passa aqui a Grande Rota do Zêzere, onde há a possibilidade de fazer o trajeto de barco, de canoa, a pé e de bicicleta. No que toca às albufeiras, estas permitem a prática de pesca e outros desportos náuticos. Na albufeira do Cabril temos duas piscinas flutuantes, uma para crianças e outra para adultos, para além das praias fluviais de Mosteiro e de Mega. A gastronomia é um ponto forte de Portugal. Não há município que não tenha o seu prato e/ou doce típico que levam os turistas a percorrer quilómetros para os provarem. Em Pedrogão Grande existe o achigã, o bucho recheado e o cabrito no forno. Ah, e o leitão. Sim, o leitão! É com orgulho que o nosso entrevistado faz referência ao sucedido no Festival de Gastronomia, Turismo e Culturas, realizado no início de Outubro. “O leitão acabou por ser a nossa maior estrela. O comerciante esgotou os leitões no decorrer do segundo dia do festival”.

O Futuro É com alguma tristeza que Valdemar Alves refere a mudança do conceito e da atitude do empresário perante o investimento, acreditando que seja esta uma das causas que os levam a não investir no Concelho. “Antigamente, os nossos empresários investiam e só depois de três anos ou mais é que começavam a ter o retorno. Hoje em dia, os novos empresários pensam apenas num retorno rápido do seu investimento, não dando tempo para o negócio crescer, amadurecer e finalmente começar a dar os seus frutos”. Apesar de tudo, o Presidente da Câmara é otimista quanto ao futuro do Município que preside. “Aqui respira-se qualidade de vida. Cuidamos da nossa população o melhor que podemos, disponibilizando infraestruturas e serviços de excelência. Acredito que esta parceria com a Escola de Liderança e Inovação venha dar um novo fôlego a Pedrogão Grande, potenciando o investimento, juntamente

/Dezembro

com o quadro comunitário, e atraindo e fixando pessoas, dinamizando assim a economia local. Oportunidades não faltam, é preciso que as aproveitem”. No fundo, a estratégia está alicerçada nas pessoas, naquilo que é uma inversão de paradigma. Ao contrário do que é comummente feito, dever-se-á potenciar as pessoas, para que elas, por sua vez, saibam potenciar e gerir as maiores riquezas duma região, tais como, no caso de Pedrógão Grande, a floresta, a indústria do divertimento, o património e o turismo e colocar o Concelho num novo pa-

tamar de desenvolvimento. É desta forma que o Executivo pretende alavancar o Concelho e iniciar uma nova etapa na vida de Pedrogão Grande: facilitar a indução institucional de rede entre o Município e Ciência; investir no capital humano do Concelho, nas capacidades das pessoas, e atrair pedroguenses que saíram e descendentes; criar plataformas gestionárias e de brokerage de apoio a empresas nascentes; prosseguir o desenvolvimento logístico para actividades empresariais, atrair investimento; criar incentivos fiscais sólidos.

O Programa “Empreendedorismo Estratégico e Desenvolvimento Local” Artigo por: Professor Catedrático Doutor Manuel Meirinho – Presidente do ISCSP e Professora Doutora Patrícia Jardim da Palma – Coordenadora da Escola de Liderança e Inovação (ELINOV) do ISCSP. Com vista à realização de projetos com real impacto, o ISCSP criou, recentemente, a Escola de Liderança e Inovação (ELINOV). Atendendo à problemática do despovoamento que afeta muitos municípios do interior do nosso país, a ELINOV desenvolveu o programa “Empreendedorismo Estratégico e Desenvolvimento Local”, com vista à retenção dos munícipes qualificados e ao aproveitamento dos recursos endógenos de cada região. Enquanto programa de base-local, apresenta como objetivo dotar os munícipes das ferramentas que lhes permitem criar os seus próprios negócios, devidamente ajustados às reais necessidades de cada concelho. Trabalhando em parceria com a Câmara Municipal, este programa decorre ao longo de 4 fases: 1) Diagnóstico das oportunidades da região (envolvendo, para tal, o tecido empresarial e as associações da região); 2) Avaliação do perfil empreendedor dos munícipes; 3) Implementação do “Curso Avançado em Empreendedorismo” - com vista à elaboração do plano de negócios; 4) acompanhamento dos empreendedores e dos negócios. Para já, são dois os municípios que implementaram este programa, contando com resultados muito positivos! Para além dos resultados imediatos – planos de negócio e competências desenvolvidas – estamos a assistir à criação de novos negócios que projetam a imagem dos municípios no panorama nacional. A título de exemplo, em Fornos de Algodres, destacam-se os negócios relacionados com uma queijaria, um jornal em formato de papel ou a adaptação de uma aldeia para acolhimento de pessoas com demência (projeto-bandeira apoiado pela Câmara Municipal). No Sabugal, ressaltam negócios associados a uma ótica móvel (para os mais idosos), uma plataforma de monitorização da vida no concelho (para os emigrantes) ou uma escola profissional (projeto-bandeira apoiado pela Câmara Municipal).


Fundação João Bento Raimundo

Cidade da Guarda rejubila com a festa de natal da Fundação João Bento Raimundo Guarda, a cidade do frio, foi aquecida pela festa de Natal da Fundação João Bento Raimundo, que se realizou no Auditório do Teatro Municipal da Guarda, em pleno coração da cidade. Contou com a ilustre presença do presidente do concelho de curadores, Professor João Bento Raimundo, que dá nome à instituição; do Bispo Diocesano D. Manuel Felício; do Presidente da Câmara Municipal da Guarda, Dr. Álvaro Amaro; entre outras individualidades, e da presença das famílias de todos os utentes da Fundação.

Um evento desta dimensão demora muito tempo a formar, a estruturar e a Drª Marília Raimundo é responsável pela sua organiza-

pela Fundação, nomeadamente pelo centro de estudos como é o caso do ballet ou das danças sevilhanas, são alguns dos temas abordados.

ção. Conta com a ajuda de todos

Marília Raimundo, Presidente do Conselho de Administração

A

presidente do concelho de administração da Fundação, Marília Raimundo afirmou que “a Fundação João Bento Raimuno reúne, todos os anos, as famílias que apoia numa magnífica festa de Natal. Esta festa realiza-se, desde 2006, no Grande Auditório do Teatro Municipal da Guarda, sala com caraterísticas únicas ao nível da lotação e qualidade do seu equipamento, e que todos os anos fica totalmente preenchida com esta grande festa natalícia”.

os elementos da Fundação?

Como vai ser a abertura da festa?

Conto com todos sem exceção. Os protagonistas são os utentes da Fundação que presenteiam as suas famílias com as fantásticas atuações dignas de uma sala de espetáculos como esta que é o Grande Auditório do Teatro Municipal da Guarda. Todos os anos elevamos a fasquia e vemos o sucesso deste evento comentado por toda a cidade, o que muito me alegra, uma vez que esta festa não se organiza por si, mas também louvo o trabalho dos colaboradores que ensaiam os números com os utentes e fazem todos os adereços com elevadas doses de imaginação e recorrendo, sempre que possível, à reciclagem de material.

O recital de abertura faz alusão ao foral atribuído há 816 anos pelo rei D. Sancho I, num tributo à cidade da Guarda; dentro deste alinahmento, o professor de música, que desde a creche acompanha todos os grupos etários das crianças da Fundação, fez um hino à Guarda que também vai ser apresentado em palco.

A Ensiguarda – Escola Profissio-

A Fundação prima por promover a aceitação da pessoa diferente. De que forma o vão ser demonstrado nesta festa?

A aceitação da diferença como igual é outro dos temas sempre abordado durante a festa, sobretudo pelos utentes dos Lares Residenciais e pelo Centro de Atividades Ocupacionais (CAO).

nal da Guarda é presença assídua nas festas de Natal da Fundação?

Quem são os protagonistas da fes-

Sim, a festa de Natal conta com a presença de, pelo menos, um número apresentado pela Ensiguarda, da qual a Fundação é detentora da maioria do capital social. Não menos importante é a atribuição de um prémio de mérito, prémio João Bento Raimundo, a um aluno da Ensiguarda.

ta de Natal?

A quem é dedicada esta festa?

A temática da festa faz sempre

Esta festa é para a Guarda e para as suas gentes, um presente de Natal para as famílias, oferecido pelas crianças da Instituição que, desde há muito tempo, se preparam para que tudo corra bem no grande dia.

alusão à cidade e à sua história?

A Guarda está sempre presente na temática da festa e este ano a cidade está presente uma forma totalmente inovadora e criativa. Também a solidariedade, os valores e a mostra de atividades desenvolvidas

São as crianças dos 4 meses aos 10 anos, os alunos da Ensiguarda, os “diferentes” dos Lares Residenciais e do Centro de Atividades Ocupacionais que vão apresentar o trabalho que têm vindo a desenvolver. No final todos os participantes e organizadores vão subir ao palco para cantar uma música que este ano se intitula “É por ti”. E para finalizar...

Como não poderia deixar de ser, a festa culmina com a entrada do pai natal e distribuição de presentes pelos grandes protagonistas.

Professor João Bento Raimundo

Presidente do concelho de curadores da Fundação com o seu nome e diretor geral da Ensiguarda – Escola Profissional da Guarda, Professor João Bento Raimundo, entra em palco para proferir o discurso de atribuição de um Prémio ao melhor aluno da EnsiGuarda. Começa por relembrar que “insti-

tuimos o prémio de aluno de mérito desde 2006 e este ano podemos contar com a disponibilidade e compreensão da Caixa Geral de Depósitos para podermos oferecer uma distinção ao 2º melhor aluno da Ensiguarda. A escola faz, neste ano letivo, 10 anos e somos uma escola que forma jovens e os prepara para a vida académica e profissional. O Guilherme, que hoje recebe este prémio, é aluno da Universidade da Beira Interior, a frequentar o 1º ano de Engenharia Informática, e mantém um excelente desemprenho académico tal qual tinha na Ensiguarda”.

/Dezembro


Fundação João Bento Raimundo A festa de Natal da fundação é um

Os cursos da Ensiguarda têm uma

espelho do trabalho desenvolvido

alta taxa de empregabilidade. A

na instituição?

que se deve este sucesso?

Esta festa é fruto do trabalho das pessoas que fazem parte do concelho de administração, de todo o pessoal docente, administrativo, dos nossos alunos e utentes. Quero relevar o trabalho desenvolvido com as pessoas que são “diferentes” porque, como deve compreender, é muito difícil apresentar algo em palco. Desenvolvemos, sobretudo, um trabalho solidário porque o concelho de curadores e o concelho de administração da Fundação e o diretor da Ensiguarda não auferem qualquer vencimento.

Temso cursos profissionais úteis para a sociedade e alunos altamente motivados. Os cursos não podem ser para arranjar horários para os professores e as escolas não são um centro de emprego, existem instituições que desempenham esse papel, e é isso que faz com que haja problemas na educação em Portugal. Para terminar, remonto aos meus tempos de jovem, em que ouvi o Dr. Francisco Sá Carneiro dizer que “Um país é tão mais rico quanto mais culto” e é aí que nós devemos investir!

Padre António Carlos

A Fundação trabalha em prol dos menos favorecidos. Têm aumentado os pedidos de ajuda?

Trabalhamos para ajudar as pessoas que realmente necessitam de instituições como esta Fundação. A nossa sociedade passa por uma crise muito grande e reflexo disso é o facto de servirmos, 7 dias por semana, cerca de cem refeições a famílias carenciadas; temos uma escola que reflete a carência das famílias: cerca de 80 por cento dos alunos têm subsídios. A Ensiguarda é uma escola de referência no concelho da Guarda. O que a distingue das demais?

Entendemos que a Ensiguarda não podia ser uma escola terminal. Queremos ensinar, formar e transmitir valores aos nossos alunos, dar-lhes a possibilidade de continuarem os estudos, se assim o entenderem, ou oferecerlhes trabalho em empresas com as quais temos protocolos. A taxa de empregabilidade destes alunos é elevada?

Um terço dos nossos alunos do 12º ano entram no ensino superior, dos outros dois terços mais de metade, têm emprego garantido. O emprego a que me refiro é controlado pelo estado porque só contam os trabalhadores que estão a descontar para a segurança social, ou seja, os que trabalham por conta de outrém. Muitas instituições apregoam empregabilidade de 90%, mas a realidade nacional é que temos uma percentagem muito elevada de jovens desempregados. A Ensiguarda é uma escola que se dedica exclusivamente a formar alunos?

Acredito no lema que a escola não pode ser só um centro de educação, tem de ser também de formação! Hoje verifico que a parte da educação que se dava nas escolas, se afastou dos objetivos base das mesmas e passou a haver apenas a parte livresca. A parte da formação, da educação, da transmissão dos valores e do espírito solidário afastou-se, mas na Ensiguarda fazemos questão de fazer destas palavras os nossos pilares.

/Dezembro

para a sociedade como o é para a cidade da Guarda. A cidade e o município podem contar, por parte da Fundação e da Ensiguarda, com um ensino de qualidade e disponibilidade para acolher e ajudar os mais necesitados. Esta festa natalícia é uma demonstração absolutamente fantásica de solidariedade. Apoiamos estas instituições, a Fundação e a Escola Profissional, somos parceiros e primamos por oferecer o que temos de melhor aos munícipes.”

Bispo da Diocese da Guarda D. Manuel Felício celebração do Natal é sempre um grande acontecimento e elevase ainda mais quando nos conduz ao cerne da realidade que dá origem ao Natal: o nascimento do menino Jesus! O Padre da diocese da Guarda e a Fundação João Bento Raimundo têm tido, ao longo dos tempos, uma colaboração muito próxima. Este ano, em particular, temos intervindo mais com os utentes menos capacitados e com os alunos do lar de estudantes, com intuito de criar condições para uma educação integrada aos que frequentam estas instituições; a diocese fornece as instalações para o Lar e a Fundação e a escola criam condições para quem se prepara na escola, também sinta o acompanhamento religioso e moral fora dela. Queremos que a formação profissional e técnica dos alunos possa levar a componente do sentido dos valores, que dão gosto e ajudam a viver a vida com entusiasmo e é nestes aspetos que nós gostamos de estar comprometidos.”

“Tenho um laço forte de amizade com o fundador e presidente da Ensiguarda Professor João Bento Raimundo e com a esposa e presidente do concelho de administração, Drª Marília Raimundo, que se veio a estreitar quando criaram a fundação não só pelos valores defendidos como na pretensão de ajudar o próximo. Este ano ajudei no estabelecimento de um protocolo entre a diocese e a Ensiguarda no acolhimento dos rapazes e raparigas que estão a frequentar a escola profissional e para que este centro apostólico seja um prolongamento da educação que recebem na escola.

“A

Presidente da câmara municipal da Guarda, Dr. Álvaro Amaro “Descrevo esta festa numa só palavra: fantástica! São instituições bem geridas, com uma grande envolvência, dedicada aos mais variados problemas sociais e dirigidas para as famílias. Este trabalho é importante

Deputado PS e exgovernador civil da Guarda, Dr. Santinho Pacheco “O entusiasmo do público é a melhor forma de caraterizar esta festa de Natal. A Fundação João Bento Raimundo é uma instituição muito bem inserida no tecido urbano, tem todas as valências que uma IPSS de referência deve ter e por isso mesmo tenho acompanhado de perto as iniciativas e a evolução desta instituição. A Ensiguarda veio colmatar uma falha que a cidade tinha, ao nível do ensino profissional, e ainda reforça o seu corpo discente com alunos de fora do distrito e, consequentemente, reforça a economia local. A Fundação Joaõ Bento Raimundo é um pilar na sociedade guardense.”


Gestão de Frotas

GRUPO BANDAGUE

Experiência e know-how A Bandague foi fundada, em 1972, por Américo Simões Santo. Hoje, 43 anos depois, é o seu filho, Paulo Santo quem assume a direção geral do grupo que oferece serviços de gestão de frota, através da Banda GF, a rede de oficinas Fix´n´Go que se encontram estrategicamente espalhadas pelo país e a Bandague Recauchutagem de Pneus a Frio, SA, empresa industrial que deu origem ao grupo Bandague.

Em entrevista ao País Positivo, Paulo Santo resume a atividade do grupo com uma abertura e expansão do negócio mediante a “experiência e “know how” adquirida ao longo destes 43 anos”:

serviços associados a pneus, bem como a gestão das pessoas e meios envolvidos na manutenção e a gestão dos stocks a ser responsabilidade nossa.

ALTERAÇÃO DA ESTRATÉGIA DA EMPRESA

“Para complementar estes serviços temos a marca Fix`n`go, com sete postos de assistência estrategicamente instalados pelo país, de forma a podermos conciliar a manutenção dos veículos com a proximidade dos nossos clientes. Com a abertura dos postos de assistência Fix`n`go entramos também numa nova área de negócios a assistência a viaturas ligeiras, não só em pneus, mas também nos serviços rápidos, mudança de pastilhas, discos, óleos e filtros amortecedores, escapes, focagem de faróis, carregamento de ar condicionado entre outros.”

“Em 2000 decidimos alterar a nossa estratégia, procurando ser um prestador de serviço e não apenas um recauchutador. De fato prevíamos que tal como já tinha acontecido noutros países da Europa, a tendência seria os nossos clientes recorrerem ao outsourcing, subcontratando o fornecimento e os serviços relacionados com pneus, libertando-se para o seu “core business”, o transporte de mercadorias e passageiros. Para o efeito investimos em 20 carros móveis com compressor que prestam serviços de assistência, aos nossos clientes, no local ou em estrada, criamos a rede de postos de assistência Fix´n ´Go, hoje constituída por sete postos e modernizamos o equipamento das nossas fábricas. Temos também um serviço em estrada 24 horas por dia, denominado Fix 24 e somos sócios fundadores da SEAS24, que é uma empresa que presta assistência técnica aos camiões em Espanha e fazemos parte de uma outra rede que é a UPTIME24 que atua em toda a europa ocidental. “

BANDA GF “Esta estratégia permitiu-nos crescer e aumentar a nossa quota de mercado. Atualmente através dos contratos de manutenção, fazemos a gestão de 38 mil pneus pesados , que são o reflexo dos contratos que temos na Banda GF (Gestão de Frotas). São clientes que têm contratos connosco e nós fazemos toda a gestão relacionada com pneus, os clientes pagam um custo fixo por Km percorrido, passando o fornecimento e todos os

OFICINAS FIX`N`GO

Diretor executivo da Banda GF e Bandague Recauchutagem há 18 anos, Dr. Gomes da Costa, complementa: “A Banda GF é uma empresa do grupo Bandague criada única e exclusivamente para desenvolver os contratos de manutenção de veículos pesados. Estes contratos têm dois objetivos principais, reduzir o custo com pneus e reduzir o tempo de paragem das viaturas por problemas relacionados com os mesmos. Temos muitos anos de experiência a lidar com pneus, temos o know how da nossa equipa e ao assinarmos um contrato de manutenção, o cliente sabe que vai reduzir os custos com pneus um dos principais custos da sua frota.” Quais são as variáveis que permitem otimizar a manutenção dos pneus?

A pressão correta, se isso não se verificar o pneu tem maior probabilidade de rebentar e vai ter uma performance menor , para além

Paulo Santo Administrador do GRUPO BANDAGUE

disso vai consumir mais combustível porque há mais atrito, ter a viatura alinhada e os pneus equilibrados, fazer a rotação dos pneus, dado que normalmente os pneus não têm um desgaste uniforme e se não se efetuar a rotação no momento adequado, os pneus podem perder até cerca de 30% da sua performance. O tipo de condução também é um fator a ter em consideração, na performance dos pneus, pelo que efetuamos ações de formação aos motoristas dos nossos clientes, procurando sensibilizá-los para a importância da condução na durabilidade dos pneus. Com que periodicidade é efetuada a manutenção de um veículo pesado?

Na Banda GF criamos uma estrutura de suporte que permite que toda as viaturas sejam vistas de 30 em 30 ou de 60 em 60 dias, dependente do tipo de serviço da viatura. O controlo é feito viatura a viatura, de forma a que saibamos se a viatura foi vista dentro do tempo estipulado e fazemo-lo em articulação com o cliente. O cliente desloca-se à rede de oficinas para fazer a manutenção?

O tipo de manutenção é definido no contrato, nalguns casos fazemos a manutenção nas instalações do cliente, na prática montamos uma oficina na empresa destes clientes que, obviamente, têm uma frota considerável e, neste momento, temos 33 clientes com estas condições. Existe também a opção de fazer a manutenção num dos nossos postos Fix`n`go que estão situados na Maia, Oliveira de Azemeis, Viseu, Mealhada, Leiria, Alcoitão e Castanheira do Ribatejo ou através dos nossos carros de assistência que se deslocam às instalações do cliente. Como é que a Banda GF gere o controlo de todas as viaturas?

Fazemos esse controlo através de um soft-

ware que regista todas as intervenções, a data da verificação das pressões e do estado dos pneus, da montagem e desmontagem dos pneus, do alinhamento da direção, da rotação de pneus, o que nos permite controlar e marcar todas as intervenções necessárias, nas viaturas e efetuar a chamada manutenção preventiva. A articulação destes procedimentos com o cliente é feita de que forma?

Todos os meses enviamos uma listagem ao cliente com a matrícula do carro que tem de ser visto e qual a intervenção necessária. Temos frotas entre os 10 e os 1.500 carros por isso fazemos um controlo apertado para segurança do cliente e preservação da viatura. Quais são as principais vantagens em fazer um contrato de manutenção com a Banda GF?

É principalmente a redução de custos com pneus e a diminuição do tempo de imobilização das viaturas por problemas relacionados com pneus. Ao assinar um contrato de manutenção connosco, o cliente sabe que vai ter um valor fixo por quilómetro percorrido, o que facilita a gestão do seu negócio. Para além disso, deixa de se preocupar com a gestão de stock, a manutenção dos pneus e os meios necessários quer humanos quer de equipamento. O cliente passa a receber apenas uma fatura?

Recebe uma fatura mensal relativa à sua frota, seja de dez ou 1.500 viaturas, com toda a informação necessária, os quilómetros percorridos por cada viatura multiplicado pelo valor acordado, o que associado ao fato de deixar de ter uma fatura por cada serviço e cada aquisição de pneus e não precisar de se preocupar com as encomendas e gestão de stocks, lhe permite reduzir significativamente os custos administrativos.

/Dezembro



Safe Cloud

“A Maxdata é, cada vez mais, o player dominante, em Portugal, na área do software para a saúde.”

Bruno Barata/beCOMM

MAXDATA SOFTWARE, SA HEALTHCARE SOLUTIONS

trega do boletim de resultados. As análises clínicas são realizadas tipicamente em equipamentos auto-analisadores: colocase a amostra, o reagente, o equipamento analisa e indica os resultados, mas é o nosso software que controla esse equipamento e decide por exemplo se deve ser realizada uma repetição em função de diversos fatores configuráveis pelos profissionais. Se o cliente/unidade de saúde o pretender, o nosso software também faz a validação automática do resultado, hoje em dia muitas unidades de saúde já validam automaticamente mais de 70% do volume de análises através do Clinidata®. Deduzimos que as consequências são positivas a todos os níveis.

Diretor Geral da Maxdata

Sem dúvida. Com estes mecanismos automáticos, os profissionais poupam muito tempo e podem concentrar-se nos casos mais anómalos que realmente necessitam de tratamento manual.

A Maxdata foi constituída em 1989

O ramo de negócio da Maxdata

para produzir um software especí-

não ficou pelas análises clínicas.

fico. Qual foi o principal objetivo?

Qual foi o passo seguinte?

O principal negócio da Maxdata é o desenvolvimento do software Clinidata® para a área da saúde, ou seja, soluções informáticas, que instalamos nos nossos clientes: no setor não hospitalar temos sobretudo laboratórios de patologia clínica/análises clínicas e de anatomia patológica; no setor hospitalar estamos presentes principalmente nos serviços de patologia clínica, anatomia patológica, imunohemoterapia (transfusões de sangue) e vigilância epidemiológica. Iniciamos a atividade na área das análises clínicas e temos vindo sempre a crescer e a diversificar até aos dias de hoje, mantendo o foco na área da saúde. Temos em carteira mais de 80% dos hospitais públicos portugueses e várias dezenas de clínicas privadas equipadas com software Clinidata®.

Decidimos, a partir do ano 2000, diversificar o negócio. Hoje em dia, o software Clinidata® permite gerir laboratórios de anatomia patológica; apostámos na área das transfusões sanguíneas em que o Clinidata® gere todo o processo desde o dador ao recetor, incluindo a determinação automática da unidade de sangue compatível com o recetor; e entrámos na área da vigilância epidemiológica em que o software consegue por exemplo detetar infeções hospitalares.

Paulo Sousa

Em que consiste este software Clinidata®?

O software Clinidata® permite gerir toda a cadeia de valor desde a prescrição dos exames pelo médico clínico até à consulta de resultados. No caso específico das análises clínicas, o nosso software consegue automatizar completamente todo o processo desde a marcação da colheita até à en-

Quais os fatores de diferenciação que destaca na Maxdata?

Temos vários, mas evidencio os que considero primordiais: somos a primeira e única empresa portuguesa a operar na área da saúde devidamente certificada para prestar serviços de TI. Existe uma norma internacional específica para prestação de serviços de tecnologias de informação, que é a ISO/IEC 20000-1, e a Maxdata é a única empresa portuguesa na área da saúde com essa certificação. Outro fator que nos distingue é o facto de estarmos no mercado há 26 anos, sempre a aumentar o número de clientes o que significa que prestamos um bom serviço e estimula a equipa Maxdata a

apostar, cada vez mais, na inovação e satisfação dos nossos clientes. O crescimento sustentado e o posicionamento assumido pela Maxdata já foram reconhecidos?

Sim, de várias formas. Os nossos clientes têm aumentado a sua satisfação com os nossos produtos e serviços. Em média, os clientes atribuem-nos notas superiores a 4, numa escala de 1 a 5. O crescimento sustentado foi também reconhecido e premiado pelo IAPMEI, com a distinção de PME Líder entre 2009 e 2015 e recebemos o prémio de PME Excelência em 2010, 2011 e 2014. Fomos ainda reconhecidos como a Melhor empresa para trabalhar na área das TI da saúde em 2014 e em 2015. A internacionalização é um objetivo para a Maxdata?

É o nosso objetivo estratégico mais importante, uma vez que temos praticamente todo o mercado nacional. A internacionalização é um objetivo que perseguimos há alguns anos. A certificação de acordo com a norma ISO/IEC 20000-1 foi o primeiro passo e o lançamento de uma nova geração do software Clinidata® é o passo seguinte. O novo software inova aos mais diversos níveis. Como o carateriza?

O novo Clinidata® assenta em vários princípios. O mais importante é proporcionar uma experiência de utilização muito boa ao profissional de saúde: a interface é muito agradável e intuitiva, ou seja, o que o utilizador visualiza no ecrã é autoexplicativo e se for necessária alguma ajuda esta está disponível na aplicação. Um outro princípio é que o cliente não tem de comprar mais nenhum software além do nosso, ou seja, o novo Clinidata® funciona nos sistemas operativos “open source”/gratuitos e é 100% Web. Podemos, por exemplo, disponibilizar este programa numa cloud (cloud computing ou nuvem de armazenamento) e pode ser utilizado em qualquer unidade de saúde a nível internacional, bastando para tal um qualquer equipamento informático com ligação à internet. A Maxdata está envolvida no ”Projeto Comunitário Safe Cloud” com o INESC TEC. O que nos pode dizer

sobre esta parceria?

Antes de falar das vantagens, vou descrever o problema: hoje em dia, cada cloud faz o máximo para proteger a informação que gere, aplicando todos os mecanismos possíveis para garantir a segurança aos seus utilizadores, mas já todos assistimos a situações em que as clouds foram comprometidas em termos de integridade (alteração de informação), disponibilidade (impossibilidade de acesso à informação) ou através da divulgação de informação confidencial. Em que medida o projeto pode ajudar a resolver estas questões?

É impossível resolver todos os problemas de insegurança no mundo, por isso, o que nós pretendemos é aumentar, ao máximo, a dificuldade de quem tenta furar a segurança da cloud. O que está a ser desenvolvido, neste projeto, é uma plataforma que vai permitir dividir a informação por várias clouds garantindo que a parte armazenada em cada cloud não revela nada sobre o todo. Não se trata de cifrar a informação contida nas clouds, mas sim dividi-la em várias partes sem que estas fiquem legíveis o que torna todo o processo muito mais difícil. A informação só se torna legível quando se juntam todas as partes e isso só acontecerá no equipamento (PC, portátil) onde a informação necessita de ser visualizada. Existe alguma norma europeia de proteção de dados?

A norma em vigor é a Diretiva europeia 95/46/CE que foi depois transposta para as leis nacionais. Em Portugal, corresponde à Lei nº 67/98 (Lei da Proteção de Dados Pessoais). Está contudo a ser discutida uma nova regulamentação europeia para a proteção de dados pessoais (General Data Protection Regulation) que, em princípio, deverá ser aprovada em Dezembro de 2015. As empresas terão 2 anos a partir da data de aprovação para fazerem as alterações necessárias no sentido de cumprir esta nova regulamentação. Como

surgiu

o

projeto

“Safe

Cloud”?

A Comissão Europeia fez um convite público à apresentação de propostas para a resolução de um problema concreto: as clouds não são seguras. A proposta do projeto SafeCloud

/Dezembro


Safe Cloud foi aprovada por um painel de peritos, tendo merecido apreciações muito positivas, perto da nota máxima, em termos de excelência técnico-científica e de impacto na sociedade. É

um

projeto

financiado

pela

União Europeia (U.E.) e a Maxdata faz parte da equipa?

Sim. O INESC TEC é o coordenador de projeto, em parceria com a Maxdata e o INESC ID em Portugal e com um conjunto de parceiros de outros países. O projeto receberá um financiamento de cerca de 3 milhões de euros da Comissão Europeia. Qual o enquadramento da Maxdata neste projeto?

A Maxdata entrou como especialista europeu em software para a área da saúde e devido à abertura que tem demonstrado a diversos tipos de colaborações com as Universidades e Laboratórios de investigação. Participamos habitualmente em vários projetos de investigação e em programas de mestrado. O que pretendem conseguir com o lançamento desta plataforma?

A plataforma SafeCloud vai possibilitar a qualquer pessoa ou empresa utilizar a

cloud de forma segura. A Maxdata utilizará esta plataforma para internacionalizar o seu software Clinidata® através da cloud cumprindo as normas legais relativas à proteção de dados pessoais, especialmente exigentes no domínio da saúde eletrónica.

Definição de Cloud ou Cloud computing – Computação em nuvem – “Sistema em que os recursos (informação, software, bases de dados, etc.) estão disponíveis em servidores remotos, podendo ser acedidos pelos utilizadores através da internet.”

TRABALHAR NO ESTRANGEIRO INFORME-SE ANTES DE PARTIR

CONSULTE A DIREÇÃO-GERAL DOS ASSUNTOS CONSULARES E DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS:

www.portaldascomunidades.mne.pt trabalharnoestrangeiro.dgaccp@mne.pt PARA INFORMAÇÕES ADICIONAIS DEVE CONTACTAR: Direção de Serviços de Emigração Telefone: 21 792 97 34 Fax: 21 792 97 24 E-mail: emi@mne.pt

/Dezembro


Segurança

Microsegur zela por si Os

dias que correm requerem medidas de segurança apertadas. Por acaso já reparou nos equipamentos de segurança que atravessa nos aeroportos portugueses? E se nós lhe dissermos que são fornecidos por uma empresa nacional. Surpreendido? A Microsegur, empresa fundada por Arménio Santos, é perita em sistemas de segurança, quer seja para particulares, quer para empresas.

mento de sistemas de inspeção de pessoas, mercadorias, bagagens, correio”. Entrar neste mercado especifico não foi tarefa fácil. É necessário frisar que a Microsegur começou com poucos recursos e entrou em território de grandes empresas, que até então tinham o monopólio da atividade. “O trabalho que realizamos foi de elevada qualidade, o que conduziu, naturalmente, à concretização deste objetivo”.

A aviação civil

Arménio Santos Administrador da Microsegur

Em Janeiro de mil novecentos e noventa e sete nasce a Microsegur – Soluções de Engenharia, Lda. Esta foi criada a pensar na otimização das ferramentas de segurança, tendo como valores máximos a qualidade e a inovação. O País Positivo esteve à conversa com Arménio Santos que nos falou sobre a aposta nesta área de atividade e os objetivos para os próximos tempos. O CEO da Microsegur trabalhava na área da electromedicina quando foi desafiado por um amigo a abraçar a área dos sistemas de segurança. “Depois de nove anos a desenvolver essa atividade decidi dar o

salto por conta própria e arrisquei”, refere. A Microsegur começa a sua atividade voltada para a segurança eletrónica tradicional, ou seja, “dedica-se, inicialmente, aos sistemas de detecção de incêndios, sistemas de intrusão – vulgos alarmes –, controlo de acessos, videovigilância”, quer para particulares, quer para empresas. Apesar de manter estas áreas, e de serem aquelas onde a oferta existente é maior, a estratégia da Microsegur passa, essencialmente, por se dedicar aos nichos de mercado, como por exemplo, o homeland security. Isto é, “o desenvolvi-

Para o nosso interlocutor a área da aviação civil é um mercado distinto, bastante peculiar. “Nesta atividade, a principal função é a movimentação de pessoas e carga. No entanto, está condicionada por regras internacionais, nomeadamente, no que toca à segurança. Por exemplo, a ameaça de terrorismo veio impulsionar novas regras de segurança que condicionam a atividade dos aeroportos, levando à aquisição de novos equipamentos, com tecnologia mais avançada. Ou seja, este mercado, por vezes, funciona em contraciclo”. A Microsegur é especialista no desenvolvimento de equipamentos de inspeção de pessoas e de carga. “Temos soluções raio x para inspecionar mercadorias, os pórticos detetores de metais – scanners – para a inspeção de pessoas e apresentamos soluções para inspecionar correio”.

No entanto, estes dispositivos não servem apenas para aeroportos, mas também para portos, prisões, embaixadas e outras instalações criticas. Arménio Santos afirma que “em Portugal são muitos os locais que requerem medidas de segurança e que não estão devidamente equipados. Porém, é preciso não esquecer que qualquer equipamento de inspeção causa algum constrangimento e não deve ser aplicado sem que haja ameaças plausíveis.

I&D Tudo que seja relacionado com segurança pública obriga a uma constante inovação, devido às novas necessidades de proteção / inspeção que vão surgindo. “A inspeção nos aeroportos vem sofrendo alterações, desde a inspeção de cargas, à deteção de líquidos e mais recentemente à deteção de explosivos. Há uma série de requisitos que obriga a uma constante otimização dos produtos e ao desenvolvimento de novos equipamentos”.

Microsegur Angola A criação da Microsegur Angola é uma expansão natural da empresa. “Tenho lá amigos que me lançaram o desafio e eu aceitei. Além disso, vejo Angola como um país irmão, cujas relações centenárias devem ser preservadas”, explica o nosso entrevistado. Todos os conflitos internos do país levaram ao surgimento de novas preocupações com a segurança. “Apesar de ser um país único, com uma cultura muito própria, com questões de segurança diferentes das europeias, a nossa capacidade de resposta e de apresentar soluções é, exatamente, a mesma”. A Microsegur apresenta-se assim como empresa que oferece os produtos de segurança mais inovadores, adaptados às necessidades atuais.

/Dezembro



Setor Têxtil

Ao lado dos clientes A Gerber Technology é uma empresa que aposta em inovação como fator de diferenciação e que tem vindo, ao longo dos anos, a afirmar-se como verdadeiro parceiro dos seus clientes. Fomos ao encontro de Theo Ostendorf, Vice-presidente da Gerber, de Francisco Aguiar, Diretor comercial para a Europa, Médio Oriente e África, e de Yvone Heinen-Foudeh, Diretora de Marketing e Comunicação para a Europa, Médio Oriente e África, e ficamos a conhecer melhor toda a dinâmica desta empresa norte americana. De acordo com o que podemos verificar, a Gerber Technology é uma empresa de automação bastante inovadora, quer do ponto de vista dos equipamentos, quer dos sistemas e do software. Da perspetiva da empresa, “e só para terem uma ideia, ainda o mês passado estivemos presentes numa feira de tecnologia em Las Vegas. Isso é a prova de que continuamos a investir em tecnologia, em software e em equipamentos que vão de encontro às necessidades específicas dos nossos mercados”, refere Theo Ostendorf. Para Yvone Heinen-Foudeh, a Gerber é, acima de tudo, um fornecedor de soluções: “Estamos aqui para responder às necessidades dos nossos clientes. Aliás, a Gerber é pioneira nos produtos e soluções que apresente. Joseph Gerber nasceu na Áustria em 1924 e emigrou para os Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, onde fundou a Gerber Scientific Instrument Company e lançou produtos inovadores”. Hoje, a Gerber é detentora de mais de 50 patentes e realmente mudou o mundo. Ainda hoje, muita da tecnologia que vemos no mercado é construída com base nas descobertas de Joseph Gerber, “mas é importante referir que não vivemos de história. Continuamos a dialogar com os mercados e com os nossos clientes, percebendo o que precisam, o que faz falta no mercado e trabalhamos para preencher as lacunas existentes. É natural que não consigamos chegar a todo o lado ou responder a todas as necessidades, mas sem dúvida que conseguimos responder a mercados e clientes muito específicos e com necessidades reais”. Para os responsáveis da Gerber, o feedback dos clientes é muito importante e é baseado nesse feedback que garantem que o serviço que prestam é realmente a grande mais-valia da empresa. “Nós não vendemos tecnologia, vendemos um serviço que inclui tecnologia e equipamentos. Os nossos clientes confiam absolutamente na Gerber e sabem que se for necessário conseguimos dar resposta a problemas em tempo útil. Sabemos que existem empresas no mercado que vendem equipamentos mas depois não garantem a assistência. Nós não funcionamos dessa forma. O

investimento em equipamentos é avultado e os nossos clientes não podem, de maneira nenhuma, parar a produção porque nós não garantimos assistência técnica aos mesmos. Nós vendemos tecnologia, o que seriamos se não assistíssemos a tecnologia?”, afirma Yvone. Efetivamente, a Gerber marca a diferença pelo conhecimento que possui em tecnologia, mas também pela confiança e segurança que transmite aos seus clientes.

Europa, Médio Oriente e África Questionados sobre o mercado português, os nossos interlocutores não deixam margem para dúvidas: “Portugal é um mercado em crescimento. Mas este crescimento já não é recente, temos vindo a regista-lo desde há três anos. É um mercado que se tem reconstruido, onde as empresas estão a começar a florescer e parece que as grandes marcas internacionais também já perceberam que é hora de largar os países de mão-de-obra barata e voltar a Portugal, onde a mão-de-obra é especializada e onde têm garantias de qualidade. Posso mesmo dizer que, em toda a Europa, não vejo estes sinais de retoma em mais nenhum país”, refere o Vice-presidente. A Gerber Technology, em Portugal, tem como principais mercados a Europa, o Médio Oriente e África e, segundo nos confessam os nossos interlocutores, Portugal foi o melhor país, de todos, em termos de vendas. Aproveitando a ocasião, Theo Ostendorf reconhece a grande mais-valia de ter Francisco Aguiar em seus quadros: “Francisco é o diretor comercial da Gerber Techonology para a Europa, Médio Oriente e África e isso representa um universo de 35 países. É uma enorme responsabilidade, mas que tem desempenhado com o máximo profissionalismo e com resultados muito positivos”. O facto de a Gerber conseguir ter uma penetração de mercado bastante acima de média é pelo facto de não se dedicar a nichos de mercado: “Sabemos que se nos dedicarmos a nichos de mercados podermos ter um maior resultado financeiro, mas a Gerber possui uma consciência social

Theo osTendorf, Vice-Presidente da Gerber, Francisco Aguiar, Diretor Comercial para a Europa, Médio Oriente e África, e de Yvone Heinen-Foudeh, Diretora de Marketing e África

que não lhe permite ver o mundo de outra forma que não a global. Estamos em todos os mercados, mesmo aqueles que não têm capacidade industrial. O que entendemos, no fundo, é que se não formos capazes de industrializar os países, não estamos a cumprir corretamente o nosso dever. Por exemplo, nós estamos a servir pequenas empresas na Bósnia, mas os nossos concorrentes já não o estão a fazer. Os mercados hoje em dia mudam de forma tão célere que amanhã estas pequenas empresas podem ser grandes players no futuro”, referem Theo e Yvone.

A presença em África e o investimento A presença em África está relacionada com esta visão muito própria da Gerber. Neste momento, a empresa está presente em África porque o Governo norte-americano tem um programa de incentivos financeiros para o desenvolvimento de África, com um projeto em parceria com a Gerber para servir os países africanos e é muito interessante ver que esta forma descentralizada de ser da Gerber acaba por repercutir resultados muito positivos nos locais onde a centralização é a palavra de ordem. Francisco Aguiar explica tudo isto de forma mais aprofundada: “A presença em África acaba por ser uma consequência do AGOA – Africa Gowth an Opportunity Act. O AGOA é um acordo que permite as exportações de África para os Estados Unidos da América de forma livre de taxas e impostos. A Gerber acaba por estar presente em África, formando e dotando as comunidades das ferramentas necessárias para aproveitar este acordo. Assim que tudo comece a entrar numa velocidade cruzeiro, poderemos recolher os frutos

do nosso investimento. Esta é a nossa postura, investir para ganhar. Não consideramos que seja possível ganhar mercados e clientes de forma. Dai estarmos presentes onde mais ninguém está”. Exemplo deste investimento é Portugal. Apesar de a Gerber ter uma política de descentralização, a verdade é que, à parte da produção e dos serviços, tudo o que diz respeito à Gerber Europa, Médio Oriente e África está centralizado no Porto, mais concretamente em Vila Nova de Gaia. “Também considero importante referir que no Porto possuímos uma infraestrutura de apoio bastante importante, o nosso call center. E posso mesmo dizer que a escolha de Portugal como nossa base de call center não foi à toa. Em Portugal encontramos pessoas bastante qualificadas, profissionais e com muito conhecimento de línguas estrangeiras. No nosso call center, a maioria das pessoas domina três línguas e a outra parte fala mais do que três línguas. Isto para nós é fundamental porque temos a garantia de que os nossos clientes, quando recorrem à nossa linha de apoio, terão alguém que os ajude e os apoie na sua língua materna. Além disso, somos os primeiros a confirmar que a falta de profissionalismo e de produtividade de que são acusados os portugueses não passa de um mito. Os nossos trabalhadores são exemplares e é também graças a eles que conseguimos ser líderes de mercado. Além disso, o Porto é um local bastante central e conseguimos ter ligações áreas diárias para qualquer parte do mundo através do aeroporto francisco Sá Carneiro. A logística aqui é também facilitada e isso torna toda a experiência da Gerber em Portugal bastante enriquecedora”, finaliza Theo Ostendorf.

/Dezembro


Feltrandro: Design de feltro e inclusão social

A referência nacional no comércio de peles curtidas “ A FANEPEL

está no mercado do comércio, por grosso, das peles curtidas há mais de 45 anos e a abertura do mercado europeu levou à expansão dos nossos horizontes. Partimos à conquista dos mercados europeus e, posteriormente, dos restantes países; mas mantivemo-nos sempre fiéis ao nosso lema: o de trabalhar com os melhores para que possamos evoluir e fazer um trabalho de representação ao melhor nível.”

Carvalhos, durante 25 anos, e da Couro Azul, SA sita em Alcanena. Tenho muito orgulho de ter feito parte dessa equipa, na área comercial e de marketing, e, por razões de meu interesse, terminei a minha relação profissional com esse grupo em 1995, mas mantendo, sempre e mutuamente, as boas relações pessoais, e é um Grupo que admiro. Como é que a FANEPEL contornou esta viragem?

Francisco Nelson Pereira Lopes Sócio-Fundador e Administrador da FANEPEL

Esta viragem deu-se quando houve a abertura a outros mercados e começamos a trabalhar com empresas de curtumes europeias, como Itália, Espanha e países como a China, Índia e México. O nosso objetivo foi o de termos uma variedade de artigos mais abrangente e o de podermos oferecer aos nossos clientes qualidade, variedade e preços competitivos.

Como se dá a entrada da FANEPEL no

A indústria do calçado tem vindo a

comércio das peles?

inovar e a diversificar os seus pro-

A FANEPEL surge no mercado, no dia 8 em Janeiro de 1969 e foi fundada por mim e por outro sócio, que entretanto saiu da Empresa (e que já alguns anos se encontra a trabalhar na Fanepel a 2ª geração). O nosso objetivo foi o de criar uma empresa que pudesse prestar um serviço de qualidade na área do fornecimento de peles curtidas para vários setores.

dutos. De que forma têm acompa-

Quem são os principais clientes da FANEPEL?

Fornecemos as indústrias do calçado, da marroquinaria, dos estofos e, mais tarde, começamos a fornecer para a indústria automóvel e aviação. Fomos crescendo progressivamente e hoje somos uma PME com bastante expressão nestes setores. A empresa é regida por que valores?

Procuramos ter uma atividade norteada pela seriedade, dignidade, competência profissional e sempre focados na boa imagem da FANEPEL e na satisfação dos nossos clientes. Representaram um grande grupo durante largos anos.

Fomos representantes exclusivos do Grupo

/Dezembro

nhado esta evolução?

Iniciei em Março de 1970 em Bolonha, visita á Feira dos setores de peles, componentes, calçado, malas, confeção de pele e máquinas, a partir daí continuei as visitas ás várias feiras, todos os anos, pois foi a forma de se conseguir o desenvolvimento de novos produtos e assim poder contribuir para a devida atualização dos nossos clientes e, por consequência tornar o aumento de vendas da Fanepel, junto das suas representadas. Em março de 1976, precisamente na mesma feira em Bolonha, que na altura era conjunta (peles, componentes, máquinas, marroquinaria, confeção de pele e calçado, entre outros) mais tarde é que as feiras se especializaram e ficou a Lineapelle, Micam, Mipelle, entre outros realizando-se a Lineapelle, duas vezes por ano, Primavera/verão e Outono/Inverno, nessa feira de março de 1976, fiz um estudo dos preços de calçado, nos stands de várias marcas Italianas (homem, senhora e criança) de qualidade e bem assim como o estudo dos preços dessas marcas nas montras de Milão, Bolonha e Firenze, que comparando com os preços das nossas marcas de igual qualidade, por exemplo Evereste, Armando Silva,

Mariano, S. Dias isto de homem, de senhora Belinda, Vanel, Sorriso, Helsar de criança Netos, Pilar, Colombia e Zetal, se verificava que tínhamos todo o potencial para começar a exportar as nossas marcas para a Europa, para o Mundo e mesmo para Itália, esse estudo foi entregue ao Presidente da Appicaps de então António da Silva Clara, bem assim a António Pinto de Oliveira da firma (Pinto de Oliveira Irmãos Lda) que o acharam interessante, e para que fizessem algo no sentido de se criar confiança e como tal iniciativa junto dos associados da Appicaps (Industriais de Calçado Marroquinari, entre outros) demonstrando que podíamos fazer bem mais no setor do calçado, eu próprio falei nesse estudo nessa altura e posteriormente, aos meus clientes e amigos, tendo alguns deles dito que estava muito otimista, que não estava com os pés assentes no chão, isto é (que não seria possível exportar o nosso calçado para a Europa e até mesmo para Itália). Felizmente que não me enganei e que alguns dos que criticaram o estudo e a minha opinião, mais tarde reconheceram que quem estava errado eram eles. Ainda bem, porque assim ganhou o setor de calçado e afins e o próprio País que é Portugal, e que assim se tornou nos nossos tempos, o setor mais líquido da economia Portuguesa. Foi pena que não tivesse-mos sido mais agressivos há mais tempo, pois teríamos conquistado novos mercados e novos clientes em épocas mais favoráveis e não durante a crise que se torna bem mais difícil, mas como diz o Povo mais vale tarde que nunca. Também é justo dizer nesta altura que os industriais de calçado que iniciaram as exportações foram as marcas de criança, que de certo modo desbravaram o terreno por esse Mundo fora e com boa imagem, o que facilitou em certa medida a evolução das exportações de calçado, com destaque nestes últimos 10/15 anos, infelizmente algumas dessa marcas já não existem, lembro a tipo de exemplo a marca Carlos Santos (ex-Aliança de homem) José Casal, por exemplo ter sido o primeiro a exportar sapatos de senhora para Itália de qualidade. Na sua opinião, porque é que esta abertura não se deu mais cedo?

Pelos motivos que falei anteriormente, onde a barreira linguística também teve a sua marca em todo o desenvolvimento nos contatos com os vários mercados, foi e é pena que não seguíssemos o exemplo de Itália onde há mais de 40 anos através do governo Italiano criou condições para consórcios, isto é vários pequenos fabricantes e marcas se juntassem para em conjunto poderem desenvolver produtos e marcas e estando representados com

stands nas feiras mais importantes de todo o Mundo, com o respetivo apoio do governo Italiano, pois foi assim que as marcas Italianas nos diversos setores conquistaram imagem e mercados. Algumas experiencias foram feitas no nosso País mas infelizmente não tiveram sucesso, devido à forma individualista que nós Portugueses temos, o que, como se sabe dificulta muito alguns investimentos em desenvolvimento de produtos, criação de marcas e exposições em feiras internacionais por pequenas empresas e marcas. Os fornecedores do setor do calçado desempenham um papel fundamental, também é a eles que se deve este sucesso?

Sem dúvida! Fala-se muito dos números macroeconómicos dos setores do calçado e marroquinaria, acho que será justo falar nos setores da retaguarda, que são as empresas fornecedoras de peles, componentes, máquinas, acessórios, entre outros, que como a FANEPEL, tem contribuído para todo o desenvolvimento do setor do calçado e suas exportações, sem os quais, seguramente não teria sido possível os resultados alcançados pelo setor, mais uma vez relevo, a determinação dos industriais de calçado no crescimento das mesmas, bem assim como todo o apoio da sua associação Appicaps e da sua equipa de bons profissionais. A inscrição “made in Portugal” (fabricado em Portugal) já é vista como símbolo de qualidade?

Sim: temos vindo a assistir a uma mudança de paradigma: isto é, os industriais de calçado sabem que têm que ter equipas nas várias áreas, em especial no desenvolvimento de novos produtos e, na implementação na venda dos mesmos, sendo agressivos na área comercial e na implantação das marcas Portuguesas, que felizmente tem vindo a acontecer e que, já temos uma boa imagem do made in Portugal, que como se sabe é o segundo preço médio de venda para exportação do Mundo. Não basta termos um bom produto se não o dermos a conhecer ao Mundo onde se vendem, ninguém sabe que ele existe. Naturalmente devemos continuar com esta determinação para que possamos cada vez mais solidificar mais marcas e conquistar novos mercados para o made in Portugal se torne mais evidente. O nosso calçado tem boa qualidade e comparativamente com Itália temos melhores preços, naturalmente que o “made in Italy” (fabricado em Itália) e a sua criatividade continua a ter o seu grande valor.


Feltrandro: Design de feltro e inclusão social

Há 94 anos ao dispor da comunidade “A Santa Casa da Misericórdia de São João da Madeira foi fundada em 1921, nascida do legado do benemérito Francisco José Luís Ribeiro e da vontade e acção dos sanjoanenses. Integrada na tradição das Misericórdias e na acção social da Igreja Católica, a sua finalidade é a realização do bem geral através da satisfação de necessidades sociais da comunidade, no quadro do fomento dos princípios e do culto católico. Hoje somos a maior Misericórdia do distrito de Aveiro na área das respostas de Ação Social.” O país positivo foi a São Joao da Madeira, no distrito de Aveiro, conhecer melhor as valências e o apoio social prestado pela Santa Casa da Misericórdia. Quais são as respostas sociais pela Santa Casa da Misericórdia de S.

dónio de Pinho Álvares Pardal” e para a ação social na área de intervenção da Família e Comunidade temos o “Centro Comunitário Porta Aberta”, com uma lavandaria e balneário Social e ainda uma Cantina Social, e o “Trilho” que é uma unidade para apoio a toxicodependentes e seropositivos.

João da Madeira?

José Pais Vieira Provedor da S.C.M. de S. João da Madeira

Abrangemos várias respostas sociais que passam, dentro da Infância e Juventude, pelas Creches e Estabelecimentos de Ensino Pré-Escolar do Abrigo Infantil das Laranjeiras, do Centro Infantil, e da Creche Alberto Pacheco; na área das crianças em risco, pelo Centro de Acolhimento Temporário Oliveira Júnior”; e por uma rede de 6 centros de ATL que designamos “Artes e Traquinices”. Na área da terceira idade dispomos de 2 estruturas residenciais para pessoas idosos, o “Lar de São Manuel” e a “Casa de Repouso Manuel Pais Vieira Júnior”, e ainda de um Centro de Dia. Na área da Saúde gerimos uma Unidade de Cuidados Continuados de Longa Duração e Manutenção que denominamos “UCC Si-

Pretendem alargar os serviços de apoio à comunidade?

Sim, estamos aumentar a nossa abrangência com a retoma da administração do Hospital da Misericórdia que estava sob administração do Estado. Já temos a intervenção na área da Saúde com a gestão da dita UCC, qual temos 19 camas, capacidade que estamos a aumentar para 29. A parte da construção civil está concluída e só falta terminar a instalação de equipamentos. Neste momento, qual é a ação social mais solicitada?

É o apoio à população sénior. Há muitas pessoas que recorrem aos nossos serviços por-

FELTRANDO

que não podem nem conseguem continuar a viver sozinhas, outras não têm condições habitacionais, e temos situações em que a família não tem condições para os acolher e apoiar. Conseguem dar resposta a todas as solicitações?

Não, de todo. Estamos permanentemente a receber inscrições para o “Lar de S. Manuel” e não conseguimos responder positivamente a todos os pedidos. Constato que se tivessemos outro Lar com mais 90 camas, esse também estaria cheio; só não o fizemos porque ainda não tivemos autorização do Estado para o construir. Quer deixar uma mensagem?

Quero deixar uma mensagem de agradecimento aos sanjoanenses pelo apoio que nos têm dado e esperamos que o continuem a fazer. Quero, ainda, reforçar a pretensão de fazermos do Hospital da Misericórdia uma referência no concelho de S. João da Madeira e na região. Vamos aumentar as especialidades disponíveis, trabalhar 24 horas por dia durante todos os dias do ano, de forma a servirmos melhor e com qualidade todos os utentes que recorram aos nossos serviços.

Amadeu Marques, utente do projeto Feltrando

Created and handmade in portugal “Este projeto é distinto pela sua componente de reinserção profissional e pela incorporação de resíduos de feltro em acessórios de moda e mobiliário. Reforçamos a unicidade do nosso projeto quando ganhamos o “Prémio Oliva Rewind Award”, na categoria de acessórios de moda. ” Filomena Almeida, mentora do projeto Feltrando

“É muito importante ter este trabalho para me ocupar e ajudar na minha recuperação. Estou muito grato por

Em que contexto surge a Feltrando?

Eu e a equipa técnica do TRILHO – Unidade de Apoio a Toxicodependentes e Seropositivos, que é uma valência da Santa Casa da Misericórdia de São João da Madeira, desenvolvemos uma equipa de trabalho ocupacional. Comecei com o “Tapetes com Rede I”, que estava ligado à reinserção socioprofissional de indivíduos envolvidos com o consumo de substâncias psicóticas, mas entretanto esse projeto termina e permaneceu a vontade de continuar, não só da minha parte, como da parte dos utentes. Foi então que decidi disponibilizar o meu atelier para continuar com um projeto semelhante, mas em vez de trabalhar esculturas, passamos a trabalhar o feltro.

Foi muito bem aceite! Começamos por trabalhar na recuperação de cadeiras de praia e fizemos uma exposição no Museu da Chapelaria. Posteriormente surgiu a possibilidade de fazermos uma candidatura ao “Prémio Oliva Rewind Award” e ganhamos na categoria de acessórios de moda, com a bolsa em feltro denominada “Miss Olive”. O prémio veio trazer alterações para a Feltrando?

Tivemos direito a um prémio monetário e pedimos para o receber por permuta de um espaço físico adequado à nossa atividade. Entretanto constituímo-nos como empresa e para além do prémio monetário, também ganhamos um ano de incubação gratuito na Oliva Creative Factory, em São João da Madeira.

Esta alteração foi bem aceite pelos utentes?

fazer parte deste projeto!”

mio, Miss Olive, tem uma origem antiga. Pode contar-nos a sua história?

As senhoras que trabalhavam nas antigas fábricas de chapelaria aproveitavam as sobras das abas dos chapéus, que eram bastante resistentes, e transformavam-nas em sacos para os mais diversos fins. A idéia que apresentamos com a bolsa Miss Olive foi uma reciclagem dessas bolsas, com novo design e adequada à nossa realidade. Como se desenvolve a valência social de recuperação de pessoas ex-toxicodependentes e seropositivos?

A idéia da bolsa que ganhou o pré-

Nós desenvolvemos projetos na área da re-

inserção e um deles é o espaço ocupacional, ou seja, as pessoas vêm ocupar o seu tempo 5 tardes por semana e todas elas estão em tratamento na IDT (instituto da droga e da toxicodependência) de Santa Maria da Feira. Qual o principal projeto que tem para o futuro próximo?

São dois projetos que estão intimamente ligados: gostava que a Feltrando se afirmasse como marca no mercado e que aumentássemos o número de vendas do nosso produto. A sustentabilidade deste projeto depende disso, não só em termos económicos como na inclusão de mais pessoas para trabalharem connosco.

/Dezembro


Desporto Escolar

Lado a lado com os alunos A Escola Fontes Pereira de Melo, situada no concelho do Porto, é uma escola que tem sofrido, ao longo dos últimos anos, uma transformação incrível. Fomos conhecer um pouco mais sobre este Agrupamento e sobre a oferta que disponibiliza a crianças, jovens e adultos.

A Escola Fontes Pereira de Melo tem sofrido imensas mudanças ao longo dos anos e, hoje, esta é uma escola voltada para o futuro e para o sucesso. Com o árduo trabalho efetuado pela atual direção, a Escola sofreu uma metamorfose. Hoje, a Fontes Pereira de Melo é uma escola equilibrada, procurada por centenas de alunos todos os anos e que oferece diversas opções para quem deseja trabalhar o seu futuro. No entanto, e depois de tanto trabalho, eis que chega às mãos da direção um mega Agrupamento de Escolas que agrega, além da Fontes Pereira de Melo, a Escola Maria Lamas, Escola dos Castelos, Caramila e Padre Américo. De um momento para o outro, esta direção viu-se obrigada a ser capaz de gerir crianças, jovens e adultos de diversas idades e a arranjar um projeto que una e trabalhe todas estas faixas etárias. E é assim, nesta batalha para trabalhar em conjunto com diversos alunos, de diferentes idades, que surge o projeto do Desporto Escolar. Como se sabe, o desporto é uma arma poderosa de unificação. Assim, a aposta no Desporto Escolar foi a solução encontrada e apresenta-se como uma aposta ganha. São várias as modalidades em que a Escola envolve os seus alunos e, estes, são cada vez mais despertos para o desporto o que, também, ajuda na sua motivação escolar, nos resultados e na forma de encarar a vida. Afinal, aqui estão a formar-se os Homens de amanhã e, portanto, há que faze -lo de forma ponderada e dar-lhes as bases necessárias para se tornarem pessoas equilibradas e com foco.

Oferta qualificante A Escola Secundária Fontes Pereira de Melo aposta forte na área da qualificação de jovens, oferecendo cursos de formação profissional que garantem os instrumentos

/Dezembro

para que estes profissionais possam singrar no mercado de trabalho. Assim, disponibiliza anualmente os cursos de Técnico de Eletrónica, Automação e Computadores, Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos, Técnico de Mecatrónica Automóvel, Técnico de Multimédia, Técnico de Análise Laboratorial, Técnico de Turismo e Técnico de Apoio à Gestão Desportiva. Ao contrário do que acontece com o ensino regular, a carga horária dos alunos da área qualificante é bastante pesada, equiparando-se mesmo a um horário de trabalhador, sendo que o único momento livre é a tarde de quinta-feira. E é precisamente nesta altura que estes jovens se dedicam ao desporto escolar, utilizando-o como escapatória à forte carga horária que possuem. E é precisamente aqui que verificamos a importância do desporto no seio da comunidade escolar já que estes jovens demonstram uma capacidade de resistência ao stress e ao trabalho acima da média, dando nota de que, futuramente, serão profissionais bastante competentes e empenhados nas suas funções, tal como o são nas aulas e no desporto que, por iniciativa própria, optam por praticar.

Qualificar o desporto Aproveitando o facto de ter uma componente desportiva muito forte, a Fontes Pereira de Melo assume como uma das suas funções a organização de eventos desportivos. São vários os exemplos de iniciativas levadas a cabo pela escola, seja através da organização de provas de corta-mato, assinaturas de parcerias ou mesmo torneios de judo e futebol. O mais interessante? É que aproveita todos estes momentos para «testar» os conhecimentos adquiridos na oferta qualificante. Ou seja, pega nas competências dos alu-

nos de Organização Desportiva e organiza os torneios e os eventos e, depois, os de Turismo utilizam os seus conhecimentos para receber e orientar todos os participantes. Além disso, conta com o apoio de Multimédia para filmar e tratar digitalmente de todos os eventos. Assim, ao mesmo tempo que promove um são convívio entre alunos e educadores, proporciona momentos de prática de competências adquiridas em sala de aula. Uma fórmula quase perfeita para colocar toda a comunidade a trabalhar em prol de um bem comum, a formação de Homens de futuro.

Futuro O futuro, de acordo com a Direção do Agrupamento Fontes Pereira de Melo, passa pela continuidade na aposta no Desporto Escolar como forma de motivar os alunos e fomentar hábitos de vida saudável. Desta forma, continuarão a apostar em parcerias que criem mais-valias reais para a escola e para os alunos, como é o caso da parceria criada com algumas Federações desportivas ou clubes de renome da cidade invicta.


Turismo e Lazer

O melhor de dois mundos

Pousada de Lisboa, Praça do Comércio

Escolher entre a praia e o campo não é uma decisão fácil. Se o seu desejo passar por ter o melhor dos dois mundos, o Refúgio do Monte é a escolha ideal. C

Situado em pleno Parque Natural da Costa Vicentina, este é um espaço intimamente ligado à natureza. Aqui, paz é a palavra-chave. Após fazer o Trilho dos Pescadores e / ou o Trilho das Vilas Históricas, a pé ou de bicicleta, ou até dar um saltinho até à praia (fica a cinco quilómetros do alojamento), é no Refúgio do Monte que encontrará o descanso e a tranquilidade que tanto precisa. O Refúgio do Monte é o local ideal para uns dias sozinho ou com a família, com a garantia de momentos inesquecíveis.

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

pousadas.pt | 808 252 252

/Dezembro



Reindustrializar Portugal - Península de Setubal

aicep Global Parques

BlueBiz: o local certo para investir A aicep Global Parques é especialista em gestão de parques e em soluções de localização empresarial. O seu focus é garantir condições de captação e acompanhamento da instalação de projetos de investimento nacional e internacional, procurando ser reconhecida como a empresa/parceira nacional de referência, no apoio a estratégias e ações de localização empresarial. Assente na missão de oferecer soluções globais de localização empresarial, a aicep Global Parques apresenta três soluções de excelência no país: o BlueBiz Global Parques, em Setúbal; a Zils Global Parques, em Sines; e o Albiz Global Parques, em Sintra. A região de Setúbal conta assim com o BlueBiz - Parque Empresarial da Península de Setúbal, que apresenta fatores de atratividade para o investimento de players nacionais e internacionais. O BlueBiz tem capacidade para receber todo o tipo de empresas, estando a aicep Global Parques empenhada na estratégia de reforçar a promoção e divulgação do parque em Portugal e Espanha, relevando a sua localização estratégica e a capacidade excecional para receber novas empresas dos mais variados sectores de atividade. Situado no Vale da Rosa, na Península de Setúbal, o BlueBiz é uma área privilegiada para a localização empresarial, tanto pelas condições infraestruturais proporcionadas, como pelas suas características geográficas, modeladas pela sua riqueza patrimonial, ambiental e cultural. O BlueBiz ocupa uma área de 56 hectares totalmente infraestruturada e integra amplos espaços verdes dotados de arruamentos internos, dispondo de uma área comercializável de cerca de 23 hectares. Está pronto a acolher, em condições de investimento atrativas, empresas que procurem potenciar o seu investimento e aumentar as sinergias do seu negócio. Está vocacionado para a instalação de indústria ligeira, tais como, automóvel, aeronáutica, eletromecânica, assemblagem final, distribuição e logística, e serviços. De acordo com Francisco Mendes Palma, Presidente da Comissão Executiva da aicep Global Parques, o BlueBiz pretende afirmar-se como um parque empresarial que promove a competitividade das empresas, salientando a sua localização estratégica e a oferta única que disponibiliza. Francisco Mendes Palma realça ainda “O BlueBiz é privilegiado pelas suas características técnicas e os serviços pres-

tados, e pelo permanente trabalho da aicep Global Parques com diversas entidades relevantes: internacionais, nacionais e locais”, destacando, como bons exemplos de parcerias estabelecidas, a Câmara Municipal de Setúbal, o Instituto Superior Politécnico de Setúbal, o Instituto do Emprego e da Formação Profissional, a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, a ENA e a AISET. Outra das vantagens apresentadas pelo

BlueBiz é o modelo de negócio, assente na “utilização do espaço mediante o pagamento de uma renda, usufruindo dos serviços do parque, em vez da aquisição de imóveis, que permite a concentração do investimento no desenvolvimento da atividade na fase de arranque do negócio”, entende. Para Francisco Mendes Palma, a Península de Setúbal tem, e pode ter ainda mais, um papel significativo na dinâmica nacional e europeia de re-industrialização da economia, assentando no desenvolvimento de indústrias de produtos diferenciadores e sustentáveis, preferencialmente de bens transacionáveis, para que Portugal e a Europa participem mais no comércio internacional, beneficiando de todos os efeitos positivos desta política, nomeadamente da criação de emprego.

Francisco Mendes Palma Presidente da Comissão Executiva da aicep Global Parques

/Dezembro



leica

Leica: o perfeito equilíbrio por detrás da lente Engenheiros alemães, artesãos portugueses

Vila Nova de Famalicão é o concelho âncora de uma das mais reconhecidas marcas de máquinas fotográficas e binóculos, a Leica. Aqui, alia-se a infalível engenharia alemã com a inigualável manufatura portuguesa. Sem dúvida, o melhor de dois mundos. Quatro décadas de presença em Portugal atestam a solidez de uma marca a comemorar um século de existência no mundo. A busca dos irmãos Leitz por recursos humanos que lhes garantissem a máxima qualidade no fabrico dos seus produtos trouxe-os até Portugal. Isso mesmo: os engenheiros alemães reconheceram aos verdadeiros “artesãos” portugueses que constituem o universo Leica em Portugal a ímpar capacidade de trabalhar máquinas fotográficas e binóculos, num processo em que não chegam duas mãos para contar as diferentes fases de fabrico, como se cada peça fosse única e digna de exposição. Desde a pintura manual à gravação tudo o que é lettering ou numbering, passando por muitos outros processos, a Leica é a única marca do setor que não se “apaga” com o tempo.

Uma história de quatro décadas, que vale a pena partilhar, é o resultado de uma experiência acumulada por profissionais com mais de vinte anos de casa que conferem um know how altamente especializado, o que, aliado à forte aposta na formação e na contratação de colaboradores qualificados, resulta num pleno equilíbrio.

Exclusividade Leica A produção das peças individuais, quer na Óptica quer na Mecânica assume contornos de fascínio, quando se começa por ver uma peça bruta que, no final, é transformada numa verdadeira relíquia. Por aqui se diz que quem tem uma M tem uma máquina única. Podemos concluir que quem tem uma Leica tem um tesouro, visto que, não há nenhuma igual. Porquê? Porque cada máquina é, peça a peça, feita à mão. São necessários cerca de mil e trezentos minutos para produzir este modelo, produzido quase na totalidade manualmente. São necessários cerca de oitocentos profissionais para produzirem perto de cento e

trinta câmaras por dia, todas elas “exportadas” para a casa-mãe, na Alemanha. Aliados a uma manufaturação impressionantemente perfeita, a Leica aposta ainda em materiais de alta qualidade. O plástico é dispensado, utilizando apenas metal, conferindo uma robustez muito própria às máquinas. No que toca à produção das lentes a perfeição é o único objetivo. É nesta seção que a mestria dos “artesãos” portugueses atinge o seu auge. Uma partícula pode danificar todo o produto, por isso, este o nível de exigência, mantendo assim a qualidade que a Leica nos vem habituando já há cem anos.

Um roteiro pela fábrica… Numa visita pelas instalações da empresa respira-se perfeição calculada ao nano-milímetro. O ambiente é verdadeiramente laboratorial, a tecnologia sofisticadíssima e, arriscaríamos, o principal fator diferenciador está na mão humana. Acabamos ainda por ficar com a sensação que visitamos três entidades diferentes. No entanto, são na realidade, as três seções da unidade de Famalicão: a Óptica, onde são produzidas todas as componentes ópticas para as máquinas fotográficas e binóculos. Aqui, trabalha-se a partir do vidro, que é prensado, fresado, polido e revestido; a Mecânica, uma seção que conta atualmente com mais de 250 trabalhadores que operam sobre o bruto de fundição até ao produto final, que é torneado, fresado, furado e posteriormente submetido a um tratamento de superfície, a “cara” da Leica; por fim, a seção da Montagem, que usa a electrónica produzida no seio da própria seção.

O fruto do trabalho A mão-de-obra portuguesa é internacionalmente reconhecida pela sua técnica, o seu profissionalismo, no fundo pela qualidade

indubitável do seu trabalho. Se em Portugal temos toda a parte da produção das máquinas, na Alemanha reside toda a área de inovação e desenvolvimento novas soluções. No entanto, há dois meses, a Leica apostou, mais uma vez, neste cantinho à beira mar plantado para o desenvolvimento de binóculos. Com esta aposta, a Leica Portugal pretende ir mais além, ganhando a confiança da casa mãe para o desenvolvimento de máquinas fotográficas. É necessário esclarecer que a Leica é muito mais que uma empresa de desenvolvimento de máquinas fotográficas. Tem a seu cargo o desenvolvimento e produção de aparelhos de observação, que também já lhes permitiu alguma notoriedade.

“Smartphonisation” Esta é uma palavra cada vez mais escutada no seio das empresas e que se deve à evolução tecnológica e ao futuro do utilizador, que alia o prazer de fotografar à mais sofisticada tecnologia, proporcionando imagens icónicas. É na base desta necessidade emergente que surgiu a Leica T. A Leica T é, sem qualquer dúvida, completamente diferente das outras, onde é aplicado o conceito unibody. Este conceito consiste na feitura da máquina através de um único bloco de alumínio. Tem ainda um sistema touchscreen com similitudes aos Iphones. A qualidade dos produtos Leica associada à paixão pela fotografia traduzem-se, única e simplesmente, em imagens raras e intemporais. É por isto que a história da Leica é indissociável da arte da fotografia, visto que a primeira acompanhou e evolução da segunda, andando assim de mãos dadas. Posto isto, podemos afirmar que esta é uma marca que está presente nos momentos mais marcantes da história da Humanidade!

/Dezembro




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.