Portfólio de Diagramação 2017.2 aluno Augusto Paixão versão com grid

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Portfólio de Diagramação Augusto Paixão

2017.2



Portfólio de Diagramação Augusto Paixão Dezembro de 2017



Sumário Introdução...................................................3 Formatos de Papel.......................................6 Margens.......................................................8 Tipografia...................................................10 Entrelinhamento........................................12 Lei dos terços.............................................14 Espaços negativos......................................16 Grids..........................................................18 Eixos de leitura.........................................20 Contraste...................................................22 Hierarquia da informação.........................24 Redesign de Flyer......................................28 Fonte Comic Sans.....................................32 Campanha da Violência............................36 Campanha do Meio Ambiente..................40



Introdução O presente trabalho traz ao leitor uma série de princípios da Diagramação apresentados a partir da perspectiva do autor que aqui vos fala, Augusto Paixão, um estudante do curso de graduação em Design da UFPE, e também um catálogo dos trabalhos realizados pelo mesmo no estudo do tópico, com foco em duas frentes: redesigns de materiais gráficos e construção de campanhas visuais encabeçadas por pôster e outdoor. Este material foi organizado e produzido dentro do grupo de estudos “Diagramação” comandado pela professora Margarida Correia Lima no semestre 2017.2 no dDesign. O objetivo aqui é apresentar a minha trajetória como aluno no grupo de estudos da forma mais orgânica e serena possível, visando tanto a construção de um material interessante para o leitor quanto o enriquecimento pessoal do autor, revisando os aprendizados e experiências vivenciadas na matéria durante os últimos meses.

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Fundamentos

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Formatos de papel O formato do papel a ser usado em um trabalho gráfico é a primeira decisão tomada pelo designer. Em uma analogia com a pintura, pode-se dizer que trata-se da tela onde será realizado o trabalho e o define em grande parte. No dia-dia de produção, os formatos de papel costumam ser (auto)impostos aos designers, condicionados por fatores externos a sua criatividade e, muitas vezes, os obrigam a seguirem padrões consolidados na indústria sem maiores considerações. Entretanto, não se pode cair na armadilha de não refletir sobre esse tema ao início de um trabalho, ainda que sujeito a esses fatores externos sob risco de comprometê-lo. Os formatos de cortes racionais de papel surgem, então, como um importante assunto para reflexão e o entendimento de sua lógica ajuda o designer a ter mais controle criativo sobre sua peça e consciência das implicações práticas e de custo da produção da mesma.

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Tabela com os cortes racionais de papel da folha industrial.

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Margens As margens são uma verdadeira pièce de résistance dos designers gráficos. Elas são uma das principais formas de diferenciação entre um trabalho amador que, via de regra, mantêm incontrolável o impulso de procurar preencher todo o seu suporte com o máximo de informações gráficas possíveis e um trabalho profissionalmente pensado. As margens produzem o ritmo geral de uma peça, funcionando como a moldura que define os planos dela e demonstram a consciência do designer no processo de hierarquizar e organizar a informação visual a ser comunicada. Bem usadas, as margens passam elegância. Na construção de um padrão para uma publicação é interessante que as quatro margens não tenham suas dimensões uniformizadas na folha, para criar ritmo. Reza uma lenda que é importante que as margens da parte de baixo sejam as maiores para que os polegares possam segurar o livro confortavelmente, sem incomodar a leitura.

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As margens sรฃo responsรกveis por grande parte do ritmo de uma pรกgina.

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Tipografia A tipografia é o grande caso de amor dos designers, é a arte de pensar, criar e organizar o texto, a letra na página, e é uma das mais tradicionais ramificações do design gráfico. O momento da escolha da tipografia ocorre também bem no início do processo, embora seja comum o designer pivotear com ela, conforme vai acrescentando novos conteúdos a seu trabalho. Uma ilustração, uma foto nova que se testa e agrada podem gerar uma alteração profunda na construção tipográfica da peça, mas a tendência é que sua escolha inicial mantenha-se até o fim. A padronização em todo o produto, a adequação geral ao conteúdo narrativo e a hierarquia bem definidas são fundamentais e, por vezes, difíceis de atingir na área, sendo necessárias mãos profissionais para tal. O designer gráfico passa horas testando e experimentando as famílias tipográficas mais adequadas ao texto de seu trabalho e geralmente possui uma lista das suas fontes de confiança. É preciso, no entanto, tomar cuidado para não cair na fantasia da receita de bolo: cada trabalho exige uma coisa diferente.

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A invenção dos tipos móveis por Gutenberg foi um dos maiores marcos da história do design e mudou para sempre o modo como comunicanos as coisas.

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Entrelinhamento

O entrelinhamento é definido como a distância entre a base de uma linha de texto e a próxima linha, portanto está diretamente ligada a tipografia. É fundamental haver um bom planejamento com relação a ele, pois é responsável pela legibilidade do texto. Como na maioria dos elementos de diagramação, é importante também aqui a construção de uma padronização do entrelinhamento durante toda a peça gráfica. O entrelinhamento é medido com a mesma unidade de medida do corpo do texto e cada família tipográfica em um contexto e tipo de informação diferente exigirá um entrelinhamento diferente.

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Lei dos terços A Lei dos terços é uma das mais tradicionais e aplicadas formas de se pensar a composição visual. Ela é amplamente considerada durante a realização de figuras em geral, como ilustrações ou fotografias, que buscam sempre colocar seus objetos de atenção narrativa nos pontos de interesse gerados pela união de linhas que dividem a página em 9 partes. Na diagramação, ela desempenha um papel de controlar o aspecto global da mancha visual no suporte e indicar espaços para produção gráfica. Uma aplicação interessante da Lei dos terços é na produção de eixos de leitura fortes, é especialmente interessante para a construção de boas conexões entre imagem e texto, que são um dos maiores desafios para a construção de peças impactantes. O alinhamento dos eixos das imagens com os eixos dos textos é uma das principais armas do designer.

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O eixo de uma imagem ĂŠ formado pela linha que passa pelo seu lugar de maior interesse, geralmente ĂŠ o seu meio.

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Espaço negativo

O espaço negativo, o espaço em branco é, talvez, o mais importante elemento para a construção do ritmo de uma diagramação. Naturalmente que as margens fazem parte dele em teoria, visto que são espaços vazios na página por definição, porém, ao serem utilizados no espaço central onde o foco de atenção do observador está, produzem uma nova força na peça: se até as bordas do papel, o designer menos experiente tende a querer enxer de informação, imagine o meio dela! Os espaços vazios na página são armas poderosas e de efeito rápido que um designer tem. Imediatamente apresentam a força do design e a importância de toda a informação que está, bem direcionada, na peça. A elegância e consciência que passa, naturalmente, pode virar fraqueza e desconexão interna entre os elementos quando o recurso é mal utilizado.

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Grids

As malhas tipográficas, ou grids, são responsáveis pela continuidade no trabalho editorial. Ajudam o designer a poder liberar a sua criatividade com a confiança de estar dentro de um sistema lógico que organiza e equilibra a informação durante toda uma peça mais longa. É fundamental para a produção de livros e revistas e vem sendo amplamente utilizado há muito tempo na produção editorial. É uma exigência que parece vir do próprio leitor, acostumado com o conforto que a padronização e o ritmo que os grids fornecem trazem para as obras que cons0me.

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Eixos de leitura Os eixos de leitura representam o deslocamento do olhar do espectador ao observar uma peça gráfica e são controlados pelos elementos de maior interesse da mesma. O designer deve considerar e atuar na produção de fortes eixos de leitura. A regra dos terços é um bom caminho para isso. Como já dito antes, um dos maiores desafios na construção de peças que envolvam uso de imagens e textos é a produção de uma relação sinérgica entre ambas. A atenção aos eixos de leitura produzidos pelos elementos tipográficos e imagéticos é vital para o designer. É preciso identificar os eixos que estão sendo construidos pelos variados elementos da peça e uni-los para a construção de uma leitura impactante e comunicativa para o leitor.

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Contraste

O contraste é um elemento de linguagem visual aplicado em variadas linhas do design gráfico. Ele produz interesse na peça, chamando a atenção do leitor através de uma grande diferença entre pontos da mancha gráfica. É possível construir contraste através de cor, forma, peso, posicionamento, tamanho etc. É preciso tomar o cuidado para produzir contrastes fortes sempre, as diferenças produzidas não podem ser pequenas, sob o risco de o contraste, na verdade, se transformar em um conflito. A diferença há de ser grande. E quando ela é, produz interesse de leitura e ajuda na hierarquização da informação na peça.

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Hierarquia da informação

A Hierarquia da informação é a construção do padrão da importância comunicativa de cada um dos elementos de uma peça gráfica. Ela é definida com base nos interesses comunicacionais e funciona como uma “cola” que une todos os demais elementos da diagramação. Ao pensar a hierarquia em uma peça, o designer considera os variados elementos para poder materializar o foco que ele quer que o leitor dispenda com cada ponto do produto e a localização desse ponto.

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Trabalhos

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Redesign de Flyer A primeira atividade realizada nessa jornada de estudos a respeito da diagramação foi a realização de uma rediagramação de algum folheto distribuído na rua. A realização desse redesign do flyer seguiu 4 etapas: primeiramente, foi realizada uma seleção do flyer a ser rediagramado, depois uma escolha de elementos a serem considerados durante o estudo, que no caso, foram: contraste, tipografia e comunicação, e depois uma decupagem de todos os elementos do folheto. Algumas opções de redesign foram, então, geradas e levadas até a sala de aula para debates com a professora e a turma. E, por fim, uma delas foi escolhida. A cor amarela muito forte, o excesso de fontes diferentes, o número elevado de imagens e a tipografia toda em caixa alta foram considerados excessos que foram retirados para a construção dessa versão mais clean. Um eixo forte de leitura também se faz presente unindo a imagem a uma série de textos na peça.

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Panfleto original do COP à esquerda e o rediagramado à direita: mais espaço, mais conexão e mais contraste.

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O formato da peça também foi alterado. De um A7, ela passou para o formato A5, que lhe dava muito mais espaço para respirar e quebrava o feeling de ‘descartável’ que a peça original produzia no leitor. Por ser o primeiro trabalho, eu ainda não estava consciente dos formatos racionais de cortes de papel e, por isso, me manti na série A, mas, olhando para trás poderia dizer que o formato 10 seria bem interessante para essa proposta. Ainda falando de mea culpa, há outro problema no flyer final, que foi bem pontuado, inclusive, em sala de aula pela turma e professora que é o fato do logo da marca não ter ficado corretamente posicionado no eixo que, ao invés de ir pelo seu meio, está indo pela sua extremidade lateral. A tipografia foi outra parte muito alterada na peça, de seis modelos de organização das fontes, passamos para três. As fontes não dialogavam entre si e nem produziam contraste. Também estavam fora da paleta de cor geral do panfleto, do background e das fotos, pontos que foram remediados no redesign.

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Flyer produzido com as linhas da regra dos terços. É engraçado olhar para trás e ver os primeiros passos na área. Havia um total descompasso no uso da regra, com muita coisa ficando fora dos eixos e os próprios eixos sendo montados de forma errônea.

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Fonte Comic Sans A Comic Sans MS é uma fonte tipográfica sem serifa da Microsoft Corporation desenvolvida para situações informais. Vincent Connare decidiu criar a fonte ao ver uma versão em desenvolvimento do software Microsoft Bob usando a Times New Roman nos balões de diálogo. A clássica fonte lhe pareceu deslocada para a situação de uso por sua ‘seriedade’. Vincent baseou-se nas fontes usadas em histórias em quadrinhos para criar o desenho da Comic Sans (não à toa esse nome). O uso exagerado dela, no entanto levantou descrédito e críticas e uma campanha pelo banimento da Comic Sans chegou a ser lançada na internet. É amplamente usada ainda atualmente principalmente em produtos ligados ao público infantil.

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A Comic Sans é famosa por ser amplamente usada e é uma das fontes mais conhecidas. Alguns exemplos de seu uso seguem nesta e na próxima página.

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AlĂŠm da Microsoft, outras grandes empresas usaram a fonte em produtos famosos.

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Campanha da Violência A construção da campanha da violência levou duas semanas e duas fases principais. Inicialmente, foi pedido a todos os alunos do grupo de estudos que desenvolvessem um pôster com o tema Violência, era a nossa ‘Atividade 3’. Após as apresentações dos pôsteres e suas correções em sala de aula, foi pedido aos alunos a produção de um outdoor baseado no pôster para essa campanha, nossa quarta atividade no grupo. Minha proposta foi de produzir um cartaz de protesto, apontando alguns números da violência no estado acompanhados pela imagem do governador de Pernambuco com um forte filtro vermelho, cor associada naturalmente à violência. A tipografia cobria a cara do político, mas, por ser vasada, deixava-lhe à mostra ainda. Utilizei um de seus olhos para produzir o eixo que inicia as duas manchas de texto na peça e a tipografia foi toda em caixa alta para criar um clima de grito.

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Os mockups ajudam a se ter uma ideia de como a peรงa ficarรก em seu cenรกrio de uso.

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Construir o outdoor a partir de um pôster já pronto se mostrou um desafio em termos comunicionais para a manutenção da identidade na campanha. O outdoor alterou um pouco a proposta (e foi criticado por isso) apresentando uma tipografia um pouco mais leve pela mistura de cor, porém mais distribuída pela tela e maior, o que gerou uma perda no foco da imagem do político. Nesta campanha, no entanto, já pude demonstrar maior intimidade com a aplicação da lei dos terços e com a experimentação no uso de formatos de papel, sendo que o pôster foi pensado para o formato 1 de corte racional. O outdoor seguiu o tamanho padrão dele na indústria e apliques não foram considerados por conta da temática, que a meu ver, exigia algo mais sóbrio e poderia ser prejudicada por uma sensação de “espetacularização” que poderia passar ao espectador se a técnica não fosse utilizada com muita consciência.

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Campanha do Meio Ambiente Nossa campanha mais complexa no semestre foi a do meio ambiente. A proposta inicial da professora para nossa “atividade 5” foi a de iniciarmos com a construção de um pôster + outdoor e, na semana seguinte, novamente após apresentações e análises em sala, fomos convidados a contruir um folder para a campanha. Minha visão para o projeto foi novamente apresentar um material de protesto, apontando uma solução “caseira” para o problema de destruição ambiental através do convite do observador para agir através de pequenas ações em seu dia-dia O pôster foi a base da campanha e, para ele, pensei um eixo forte de leitura que ligava a frase principal da campanha com a árvore em chamas que mais chamava a atenção no primeiro plano da imagem ao fundo e utilizei uma tipografia em bold que ocupava grande parte do espaço disponível, acreditei ser pertinente para a proposta.

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Essa proposta inicial foi se alterando à medida que eram adicionadas as peças da campanha para a manutenção da unidade geral. Particularmente provou-se difícil manter a divisão coerente dos textos nas peças com tamanhas diferenças em seus formatos, o pôster e folder predominantemente verticais e o outdoor horizontal. A questão da cor também foi difícil, sendo que, ao final, o padrão preto e branco que havia de alternância entre as palavras do texto foi quase abolido. A ideia central da campanha é produzir um sentimento de ‘esperança ativa’ no espectador, que inicialmente é atacado por uma imagem forte de destruição do ambiente e uma frase pesada na peça. Um pequeno apontamento, o “pode 10!” é o convite que ergue a esperança nesse espaço caótico e pesado construído. O pôster e outdoor funcionam como peças de impacto, que são interconectadas com o folder, que é onde as 10 coisas (ações em prol do meio ambiente estão apresentadas. O contraste foi um ponto importante aqui, pois a imagem é muito forte e relacioná-la com um texto por cima foi difícil. O folder tem 6 páginas e apresenta a série de ações possíveis, através de uma estrutura de tópicos, quando aberto completamente, essa estrutura de tópicos não existiav inicialmente e foi sugerida em sala para dinamizar a mancha gráfica.

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