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NA ROTA DA PAZ 23 de fevereiro de 1972 Entre os veículos da imprensa brasileira, só VEJA acompanhou de perto a visita de Richard Nixon à China, onde o presidente americano se reuniu com o líder comunista Mao Tsé-tung. Foram cinco dias de um intenso programa em Pequim. Se, no início, havia receio quanto ao resultado da viagem, ele foi se desfazendo conforme a pauta de conversações avançava. Em meio a sorrisos de ambas as partes, apertos de mão e brindes com aguardente de trigo, Nixon e Mao dariam, como atestou a revista em outra edição, a de 1º de março, “os primeiros passos na direção de uma paz mundial menos instável”.
T RECHO
“Talvez tudo seja histórico, grandioso, inédito demais. Ao pousar na pista gelada do aeroporto de Pequim, o avião presidencial de Richard Nixon, ‘Spirit of ‘76’, terá percorrido 16 000 km, num voo pioneiro de três dias e meio. A data — na qual já se comemora o aniversário de George Washington — foi batizada pelo Congresso dos EUA de Dia de Oração Nacional pela Paz Mundial. Pela primeira vez na história, o presidente da nação mais poderosa do mundo pisa no país mais populoso da Terra, numa aventura política comparável ao primeiro passo do homem na Lua. (...) Nunca dois homens que encarnam tão dramaticamente o conflito de forças na história moderna, como Richard Nixon e Mao Tsé-tung, aproximaram-se, em pé de igualdade, para alterar a estrutura do poder mundial.” 144 |
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A conclusão oficial e solene da paz entre os Estados Unidos, o país mais poderoso do mundo, e a China, o mais populoso, ambos donos de armas nucleares e há mais de vinte anos inimigos mortais, foi o ponto de partida para o fim da Guerra Fria entre as grandes potências, o encerramento da Guerra do Vietnã, a semente para o desmanche mundial do comunismo e, possivelmente, a pedra fundamental para a construção do mundo tal como ele é hoje. As chances de um órgão de imprensa brasileiro estar presente na cobertura de um espetáculo desse porte oscilavam em torno do zero — acompanhar a visita de Nixon era algo permitido exclusivamente aos veículos americanos de maior prestígio, e controlado com cuidado neurótico pelo regime mais totalitário então existente sobre a face da Terra. Mas VEJA, naquela época como agora, sempre ia em todas as bolas, por mais perdidas que fossem. Enviou seu correspondente ao Canadá, onde funcionava a Embaixada da China mais próxima aos Estados Unidos (e uma das poucas existentes no mundo de então), candidatou-se a participar da cobertura com argumentos que o jornalista foi improvisando na entrevista com o pequeno e praticamente mudo diplomata chinês
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que o recebeu em Ottawa (argumentos que ele próprio, hoje, é incapaz de lembrar quais foram) e passou a esperar. No começo de fevereiro de 1972, quando ninguém mais se lembrava do assunto, o “representante da revista” que havia pedido para acompanhar a visita presidencial foi convocado a comparecer à Embaixada da China em Santiago, a única que o país mantinha na América do Sul, para receber seu visto de entrada e a licença para trabalhar na cobertura. Nesta edição, 45 anos depois, VeJa convidou seu colaborador a reviver algumas das lembranças que guardou da distante viagem feita à China em 1972. Aí estão elas.
a
coisa mais próxima de uma viagem à lua que um homem podia fazer nas alturas de 1972 era ir à china. se esse homem fosse brasileiro, praticasse o ofício do jornalismo e tivesse 28 anos de idade tudo se tornava mais complicado ainda. a china, lugar ao qual se pode ir hoje como quem vai à ilha de paquetá, digamos, era naquela época o país mais fechado do mundo — o mero fato de ser pego lá dentro sem todas as autorizações ofciais era infração gravíssima, que podia perfeitamente terminar com uma discreta bala na nuca em algum porão do go-
ALINHAMENTO
Integrantes da Guarda de Honra do aeroporto de Pequim e um grupo de operários: na impossibilidade concreta de igualar milhões de pessoas, criava-se a impressão de igualdade impondo-se o “terninho Mao”
verno. praticamente ninguém tentava. os raríssimos vistos de entrada então concedidos não eram disponíveis para gente indesejável como são os jornalistas em geral, muito menos jornalistas de um país que os chineses consideravam de quinta categoria, como o brasil, e com idade insufciente para ter acumulado quaisquer méritos na vida. mas entre as mentes dos mandarins da ditadura chinesa e suas decisões, pelo menos no passado, provavelmente havia mais coisas do que supõe a nossa vã flosofa — e uma delas foi essa permissão para entrar num pedaço do planeta que parecia pertencer a outro corpo do sistema planetário. pertencia, de qualquer forma, a outra época da história: à china dos imperadores que existiu até o século XiX, o “império do meio”, no qual nenhum estrangeiro podia entrar, salvo para fcar uns poucos dias comerciando em pequenas áreas do litoral e sumir do mapa em seguida. com a tomada do governo pelos comunistas em 1949, sob o comando de mao tsé-tung (por gentil licença
da direção da revista, o autor deste artigo foi autorizado a utilizar a antiga grafa das palavras chinesas; para dizer “pequim”, por exemplo, será escrito “pequim”), acabara a desordem internacional das décadas anteriores e a china voltou a ser um país proibido. Quem está fora não entra, quem está dentro não sai — esse era o nome do jogo. o resultado foi a construção de um país incompreensível, que comparado à china de hoje parece francamente cômico. começando pelo começo: a única maneira de entrar na china em 1972, para mortais comuns como o grupinho de uma dúzia de jornalistas não americanos autorizados a cobrir a visita de nixon, era a pé. Depois de tomar um trem severamente matinal na então colônia britânica de Hong Kong, os passageiros desembarcavam às 8h35 na estação de lo Wo, o último posto de sua majestade antes da fronteira terrestre com o território chinês, e caminhavam uns bons 300 metros em terra de ninguém até chegar a uma escura ponte de ferro sobre o rio samsum, a divisa ofcial entre ocidente e oriente. bem no meio da ponte, enfm, tinha-se a primeira visão do mundo proibido que se estendia no horizonte: um cordão de soldados do exército Vermelho, fardados de verde com tecido de terceira categoria,
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que recolhiam os passaportes (a ser devolvidos só no momento de voltar para casa) e, com um sinal de mão, mandavam o grupo seguir em frente. no fm da ponte, outro pequeno pelotão militar encaminhava os viajantes ao salão da maior casa do local. ali, sitiados por escarradeiras e bules de chá, fcavam até a hora de ser trancados num outro vagão de trem e despachados para a grande cidade de cantão (uma avenida de asfalto padrão periferia, coberta de poeira e cercada pelo que parecia ser uma favela sem fm), de onde tomariam um Dc-3 para cinco horas de voo até pequim e ao trabalho de reportagem que os esperava. era isso aí — apenas uma caminhada em chão de terra batida, e o ingresso numa máquina de processar gente. nada de “Welcome to China”. nada de aeroportos de última geração como o de pudong, na Xangai de hoje, ligado à foresta de edifícios com até 500 metros de altura que se abre à sua frente por um trem-bala capaz de correr a mais de 400 quilômetros por hora. nada de free shops abarrotados de Vuitton, Gucci e Ferragamo. os aeroportos eram pistas de asfalto cercadas por pouco mais que galpões para os raros passageiros. o único shopping disponível no aeroporto de cantão era um balcão de 3 metros de comprimento fechado por placas de vidro, no qual estavam à venda uns poucos sabonetes, maços de duas ou três marcas de cigarro sem fltro, alguns pentes de plástico desses mais ordinários e um ou outro produto que um camelô da paulistana rua 25 de março teria vergonha de colocar à venda — uma coisa de cortar o coração, realmente. o serviço de bordo no voo para pequim propunha dois itens: chicletes (duas unidades) e uma mexerica-anã. em terra, a ideia de que a capital da china pudesse ter um dia 5 milhões de carros em circulação, como tem hoje, aí incluídas esquadras de Ferrari e bentley, seria demência em estado puro — simplesmente porque pequim, na ocasião, não tinha nenhum automóvel particular. “nenhum”, aqui, quer dizer nenhum mesmo. Havia ônibus. Havia uns artefatos, 146 |
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Internacional
FUTURO enganOsO Grupo posa ao ar livre, nos anos 1970: nem os peritos mais sérios, preparados e inteligentes poderiam imaginar que o país de Mao virasse o colosso de hoje
aparentemente de ferro e com cara de automóvel, que serviam para as altíssimas autoridades. Havia, até, um limite de velocidade (25 quilômetros por hora), de utilidade desconhecida, já que não existia tráfego; era respeitado com o máximo de atenção, o que fazia um passarinho voar mais depressa do que qualquer veículo automotor em circulação. mas carro particular não havia — da mesma forma como nas grandes cidades brasileiras de hoje ninguém, nem o empresário eike batista, tem uma nave espacial para ir de casa ao escritório. as estatísticas ofciais diziam que havia “40 000” automóveis privados na china daqueles tempos; nesse caso deveriam estar todos no rodízio durante a visita de nixon, porque não podiam ser vistos. Hoje, apenas quarenta anos depois, a frota da china é de 240 milhões de veículos. seu pib,
superior a 8 trilhões de dólares, só é superado pelo dos estados Unidos. na verdade, o mundo atual é simplesmente inviável sem esse país que até há pouco não existia. a anomalia mais imediata desse mundo sem motores, para quem vinha de outros países, era um afitivo silêncio nas ruas. percorria-se pequim, Xangai ou nanquim de ponta a ponta sem ouvir o barulho de um motor ou escapamento — o único ruído presente nas ruas vinha do deslizar das bicicletas e da voz humana. também havia, para o estrangeiro, o perturbador impacto de observar na vida real as consequências da maior tentativa jamais feita na história, provavelmente, para criar uma sociedade sem nenhuma diferença visível entre os cidadãos. a ferramenta mais efcaz para isso, no entender do presidente mao e dos degraus superiores do partido comunis-
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SOLIDÃO
JEFF WIDENER / AP
Rebelde enfrenta uma coluna de tanques durante protestos na Praça da Paz Celestial, em 1989: dez anos antes, não haveria manifestações
ta, foi obrigar todo mundo, inclusive eles próprios, a se vestir com a mesma roupa. Boa ideia, pensando bem: nada diferencia tanto as pessoas, num olhar imediato, quanto o traje que vestem. Roupa igual, tudo igual — eis a questão, conforme o raciocínio maoista. E não é que funcionava? Funcionava só nas aparências, é claro, porque ninguém ia achar que Mao ou seu genial primeiro-ministro Chu En-lai levavam a mesma vida que um varredor de rua — até porque o seu “terninho Mao” tinha um tecido melhor e um corte mais caprichado. Mas o essencial, justamente, era criar as aparências. Na impossibilidade concreta de criar a igualdade entre 750 milhões de pessoas, ou seja lá quanta gente fosse, criava-se a impressão de igualdade — eis aí mais um problema resolvido. Uma consequência divertida disso era a curiosidade sem limites que um indivíduo vestido com outro tipo de roupa despertava nas multidões de chineses em perpétuo movimento pelas ruas das grandes cidades. Em Xangai, por exemplo, o correspondente de VEJA recebeu duas entusiasmadas e espontâneas salvas de palmas numa caminhada de meia hora pelo centrão; para muitos, supõe-se, era a primeira vez na vida que viam alguém vestido com trajes diferentes. Quem acha que o Brasil de hoje é um país pobre — e é mesmo — pode ter uma certeza com teor de verdade de 100%: o Brasil de quarenta anos 148 |
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atrás era várias vezes pior. Por pior que fosse, porém, era melhor que a China no quesito pobreza. Praticamente em toda a zona rural, por onde se olhasse, a produção se movia em carroças — não as carroças do expresidente Fernando Collor, mas carroças mesmo, puxadas por mulas e bois. Barcos de carga, quando tinham de navegar rio acima, eram puxados por cordas e no braço por duas turmas de homens, uma em cada margem. Em zonas menos prósperas que essas, os produtos eram empilhados direto nas costas de alguém — o critério, aí, parecia ser o de quem pode mais carrega mais. Nas “lojas do povo” das grandes cidades havia com certeza povo, mas não havia realmente uma loja — apenas pilhas de mercadorias de primeira necessidade, ou sem necessidade alguma, que as fábricas iam despejando ali, sem perguntar se os compradores queriam ou não comprar o que entregavam. Os brinquedos chineses, que hoje correm o mundo inteiro, eram desconhecidos das crianças chinesas. Elas praticamente só brincavam com objetos improvisados — caixas de remédios, carretéis descartados, bolas de papel amassado. As casas, no interiorzão, eram iluminadas a querosene, cozinhava-se em fogão a lenha, e o chão era de terra batida. Os trabalhadores autorizados a falar com jornalistas estrangeiros às vezes exibiam, como prova da bonança distribuída pelo re-
gime, relógios de pulso — mas nessas ocasiões dava para notar que estavam parados. Um radinho de pilha era um item de luxo. Junto com esse curso de imersão total na pobreza, o visitante da China de 1972 fazia outro, este de pós-graduação avançada: aprendia-se nele o que é na vida real o convívio diário e direto com uma tirania de primeiro grau. Continuam vivas na memória de muita gente, até hoje, as imagens do rebelde solitário nas manifestações de 1989 na Praça da Paz Celestial, em Pequim, bloqueando de peito aberto o avanço de um tanque de guerra. Pouco mais de dez anos antes, quando o comunismo de Mao começava a ser substituído pelo comunismo capitalista de hoje, não haveria nenhum tanque na praça — porque não haveria manifestação nem rebelde algum, com ou sem camisa. Ao entrar na China, no ano da visita de Richard Nixon, o viajante estrangeiro era anexado a um intérprete que o acompanhava todos os dias, de manhã à noite, até a hora de ir embora — e que, ainda que executasse mesmo a função de intérprete, tinha a expressão “polícia secreta” gravada na testa. (Um deles falava bastante bem o português; aquela era a primeira vez na vida em que encontrava uma pessoa de fala portuguesa. Tinha aprendido tudo apenas com discos, sozinho, sem professor ou qualquer outro tipo de apoio. Com uma proeza de disciplina e for-
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THE IMAGE BANK / GETTY IMAGES
ça de vontade como essa em sua biografia, era o tipo do sujeito a ser levado a sério.) Durante três semanas na China (o visto de permanência foi ampliado para além da visita presidencial), não foi possível falar com um único ser humano, ou ir a qualquer lugar, sem a presença de um desses agentes dos serviços de segurança. Um deles, indagado na hora do jantar sobre a possível presença na China, desde 1964, de um jornalista brasileiro ali exilado, ficou em silêncio uns poucos segundos e respondeu: “Essa pessoa não existe”. Alguns segundos depois, resolveu acrescentar: “É um crime grave contra as leis chinesas tentar entrar em contato com pessoas não autorizadas”. Que diabo poderia ser uma “pessoa não autorizada” — e, de qualquer jeito, o que adiantaria procurá-la, se ela não existia? Dessa vez a resposta veio em cima: “Eat your soup” — tome sua sopa. Fim de conversa. É uma sóbria advertência sobre nossas limitações constatar, hoje, que nem os peritos mais sérios, inteligentes e preparados no estudo da China nessa época de trevas, gente que falava e lia correntemente o chinês e passara a vida tentando enten150 |
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der o que acontecia por lá, tenham imaginado que o país de Mao poderia se transformar, um dia, no colosso que é hoje. Entende-se. Nada, em toda a história da humanidade, mudou tão depressa como a China desses últimos 45 anos, envolvendo tanta gente e invertendo tão brutalmente o peso mundial das nações — nem a Revolução Industrial, que levou 100 anos para ganhar massa crítica e teve uma evolução tão gradual que talvez nem se possa chamá-la, corretamente, de revolução. Talvez, no campo das lembranças pessoais, nada ilustre tão bem a dimensão estonteante dessa mudança e a rapidez com que ocorreu do que as circustâncias singulares do embarque do correspondente de VEJA de volta para casa. Assim como houve o choque da chegada, houve o choque da partida. Ela se fez num Boeing-707 da Air France, num voo Xangai-Paris, o único existente na época entre a China e o mundo contemporâneo. Tratava-se de um voo semanal — isso mesmo, só havia um voo por semana ligando a China ao Ocidente, uma operação de prejuízos monumentais que o governo da França, então acionista majoritário da com-
AGORA É ASSIM
Vista de arranha-céus de Xangai: as cidades do país têm hoje florestas de edifícios com centenas de metros de altura e shoppings abarrotados de Vuitton, Gucci e Ferragamo
panhia, mantinha por razões de prestígio político. Antes do embarque, no desolado refeitório do aeroporto, o jornalista e o intérpreteagente tomavam uma última xícara de chá — o homem, como se vê, só se despediu na escada do avião. Numa outra mesa, a única ocupada, a tripulação francesa (incluindo dois mecânicos em trajes de trabalho, pois qualquer problema teria de ser resolvido pessoalmente por eles), também esperava a hora da partida. Em um certo momento o comandante vem até a mesa e pergunta: “O senhor é o passageiro? Quando quiser embarcar, estamos prontos”. E assim foi. Pela primeira, e obviamente única, vez na vida, o passageiro em questão fez um voo absolutamente sozinho num Boeing-707 — e num trajeto, Xangai-Paris, com mais de 9 000 quilômetros. Certas coisas só aconteciam com a China. ß
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