PAJ2014 Viagem e Gastronomia Viagem e Turismo de Repente California

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Tudo certo: motorizado na paisagem deslumbrante da Highway 1 ou a pé no mundo do cinema de Hollywood

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FOTOs: ©1 Richard Price/getty images, ©2 Alvaro Leiva/other images

De repente, Califórnia


Tudo certo: motorizado na paisagem deslumbrante da Highway 1 ou a pé no mundo do cinema de Hollywood

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FOTOs: ©1 Richard Price/getty images, ©2 Alvaro Leiva/other images

De repente, Califórnia


Ela é linda, louca, tórrida, célebre, etílica, excêntrica e tecnológica. O estado mais rico dos Estados Unidos é também uma usina de mentes brilhantes – uma massa de artistas, ativistas, filhos da contracultura e magnatas do Vale do Silício. Para ver de perto todo esse esplendor, colocamos o pé na estrada e varamos 930 quilômetros da belíssima Highway 1, lado a lado com o azul do Pacífico. No caminho, a natureza exuberante, a gastronomia inventiva, a hotelaria de charme e as três maiores estrelas do oeste: San Francisco, Los Angeles e San Diego

Por LAURA CAPANEMA ©2


FOTOs: Gerald Verdon/getty images

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Melhor cidade dos Estados Unidos para viver, San Francisco hospeda em média 129 mil visitantes por dia – bastante, se consideramos a população de 800 mil


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aplicativos gratuitos

que dão um up na sua viagem. Alguns só estão disponíveis nos Estados Unidos

1 google MAPS Indispensável. Baixe os mapas e calcule as rotas 1 taxi magic Está na cidade e cansou de dirigir? Vá de táxi 1 HOTEL TONIGHT Bom para encontrar uma hospedagem na última hora 1 YELP Febre nos EUA. Reúne resenhas e classifica as atrações. O GPS localiza as mais próximas 1 open table Antes de dar de cara com o restaurante lotado, reserve sua mesa!

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guir na vanguarda e continuar tentando – por que não? – mudar o mundo. Boas ideias continuam florescendo por lá. San Francisco foi a primeira cidade dos EUA a extinguir as sacolas plásticas dos supermercados e segue as premissas do Resíduo Zero, projeto que reaproveita 80% do lixo e gera combustível para o transporte público. São ativistas locais como Chris Carlsson, criador da Critical Mass, movimento pró-bicicletas, que fazem da cidade essa fábrica contínua de boas novidades. “Não quero só falar de bike, mas refletir sobre o uso do espaço público”, diz. Nenhum outro município repudia tanto o automóvel no país dos automóveis – pesquisas indicam que 50% da população já abandonou o volante. E as autoridades forçam a barra cobrando caro pelos estacionamentos (US$ 35 pela diária nos arredores da Union Square).

FOTOs: ©1 laura capanema, ©2 Hemis/Alamy/Glow Images, ©3 SuperStock/getty images; ilustração: daniel almeida

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Coraly Serrano, 39 anos, terapeuta holística e massagista, aluga um quarto no charmoso distrito de Richmond por US$ 75. Esse anúncio me fisgou no site do Airbnb (rede de aluguel por temporada que nasceu da mente criativa de jovens de San Francisco). Eu não conhecia a anunciante, mas gostei da ideia de compreender a cidade por meio de um personagem. Dei sorte. A Coraly era a personificação do espírito local. Natureba, praticante voraz de ioga, ativista verde. Há dois anos, ela deixou San Diego, no sul da Califórnia, para ir viver ali, na outra ponta. Sozinha. Quando perguntei o motivo, ela disse: “A vida é muito curta para não morar em San Francisco”. Pois é. Segundo pesquisa de 2012 da revista Business Week, San Francisco é a melhor cidade para viver nos Estados Unidos. Mas ninguém precisa ir de mala e cuia para viver a vida boa. A cidade hospeda em média 129 mil visitantes por dia – pouco comparado aos 540 mil de Nova York, mas muito para um lugar com cerca de 800 mil habitantes. A pequena cidade atrai tanta gente porque é uma gigante de ideias. Há décadas balança uma América conservadora com sua contracultura. Foi ali que a literatura beatnik de Jack Kerouac e Allen Ginsberg ganhou força, que os hippies protagonizaram o “verão do amor”, que o político Harvey Milk imortalizou a luta gay. Foi para lá que foram uma jovem texana de voz rouca chamada Janis Joplin e um escritor do Missouri que usava o pseudônimo de Mark Twain. A sorte é que, ao que parece, a turma de hoje, que cresceu colhendo os louros do passado, se sente “na obrigação” de se-


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A receita para compreender melhor o espírito local é sair andando sem rumo, subindo e descendo – San Fran tem mais de 40 colinas –, se encantando com as casas dos endinheirados de Nob Hill (ou “Snob Hill”) e se surpreendendo com as vistas arrebatadoras (uma dica: suba até o final da Fillmore Street). Para se sentir dentro de um filme, vale vislumbrar a Golden Gate acima do próprio nariz, atravessando seus 2,7 quilômetros, e chegar à vila de Sausalito, do outro lado. De preferência, de bike. À noite, reserve uma das 700 cadeiras da novíssima SF Jazz Center, o primeiro teatro do país construído especialmente para shows de jazz. Também vale passar frio no tour noturno da Ilha de Alcatraz para ver as luzes do Centro se acendendo, uma a uma, sob um céu anil. Outro grandioso espetáculo noturno: a Bay Bridge – uma versão cin-

A vistona de uns dos 40 morros da cidade, as vitorianas Painted Ladies e a nada injustamente famosa Golden Gate Por onde começar a road trip? Quem parte de San Francisco desce bem ao lado do Pacífico. Mas chega a LA, a capital do automóvel, já exausto depois de dirigir por centenas de quilômetros. Quem resolve subir perde um pouco da vista

Seja qual for a sua escolha, programese para fazer a Highway 1 com toda a calma que ela merece (leia-se dois, três, quatro, mil dias). Pelo caminho, há dezenas de mirantes e parques estaduais

O trecho que passa ao lado do mar, também chamado de Pacific Coast Highway, é só um pedaço da estrada. Em alguns pontos o mar some e ela se junta a autoestradas internas, como a US 101 e a I-5 viagem e turismo  outubro 2013

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Grafites meio étnicos, meio odara, meio modernosos. É Califórnia na veia

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za da Golden Gate que conecta à vizinha Oakland – está desde o início do ano com 25 mil lâmpadas de LED nos cabos verticais, espetáculo que começa toda noite às 21 horas, termina às 2 e segue em cartaz até março de 2015. Não desanime ao descobrir que o SFMoma, o Museu de Arte Moderna, fechou as portas (e só volta, ampliado, em 2016). Siga para o Exploratorium, o gigante das ciências, reinaugurado em abril no píer 15 com o triplo do tamanho original. Ou para o Young Museum, referência em arte contemporânea que também encanta por sua fachada de placas de cobre, projeto dos arquitetos Herzog & de Meuron. O Young está no Golden Gate Park, um gigante verde que não raro passa batido pelos turistas. Para deitar feliz na grama como um bom californiano, leve uma manta, pois venta muito no fim do dia. Embora San

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Fran tenha uma alma solar, é uma cidade fria. Um exemplo: quando desembarquei no Texas, uma funcionária do aeroporto adivinhou o meu destino final. “Como você sabe?”, perguntei, diante de mil conexões possíveis. “Tem um casaco de lã aí na sua mão, e o único lugar onde você vai usá-lo no verão americano é San Francisco.” Na mosca. Por sua posição no extremo oeste, a cidade sempre foi uma porta para o Oriente: tem o maior Chinatown fora da Ásia e a maior colônia japonesa dos EUA. Outras regiões não se traduzem por uma identidade étnica, mas comportamental: os hippies seguem para a HaightAshbury, o encontro de ruas que virou a meca deles (onde Janis Joplin morou); a turma LGBT vai para o Castro, distrito colorido que abriga o Castro Theater, um cinema quase centenário de mais de 1 400 lugares; e os alternativos seguem para o Mission, que concentra brechós, bistrôs criativos e a Clarion Alley, a rua dos murais supercoloridos. Há quem diga que o Castro já perdeu a purpurina, que os hippies se mandaram para a América do Sul, que a região – superpovoada pelos engravatados do Google e do Facebook – está mais yuppie do que nunca. Mentira. Uma certa utopia continua por lá, nos cafés com mesas compartilhadas, nos movimentos ativistas, nas pessoas que levantam placas pedindo dólares para comprar um baseado. Os fãs da literatura beat seguem frequentando a livraria City Lights, que até hoje expõe na vitrine o livro On the Road, a bíblia da geração. Depois de sacar a alma do negócio, é difícil não concordar com eles: a vida é muito curta para estar ali só de passagem. Lembrei-me da música de Tony Bennett e só então compreendi a grandeza desse título: I Left My Heart in San Francisco.

FOTOs: ©1 laura capanema, ©2 divulgação, ©3 Justin Sullivan/getty images

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O melhor restaurante da região fica em Napa Valley. O French Laundry (frenchlaundry.com), trêsestrelas Michelin, levanta a bandeira sustentável e cobra US$ 270 por nove pratos

Pit stop, só para abastecer Inovadora, cosmopolita, natureba e autoral, a gastronomia de San Francisco anda tão em alta que tem sido comparada à cena de Nova York. A variedade é enorme. Podese facilmente comer dumplings chineses no café, salada birmanesa no almoço e burrito no jantar. E mais: incluindo os arredores de Napa Valley, são 42 restaurantes estrelados pelo Guia Michelin. Se jogue!

O The Grove (thegrovesf.com), com três filiais, serve grãos orgânicos e arrasa no brunch. Vá de iogurte caseiro com granola e morango. Nas mesas comunitárias ©2

O melhor burrito do mundo, segundo suas filas quilométricas, é do La Taqueria (2889 Mission Street), premiado pésujo mexicano. Peça a tortilla com picles artesanais

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O Burma Super Star (burmasuperstar.com), de Mianmar, tem as saladas mais concorridas, como a Rainbow, com 22 ingredientes, e uma versão com folhas de chá

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Os food trucks vão da comida filipina à indiana. O creme brûlée cart tem um creme de Nutella com morango que é um sucesso. Siga no twitter: @cremebruleecart ©2

No Swan Oyster Depot (1517 Polk St), todos os pratos são frios. Sente-se em um dos 16 lugares e vá de ostras, caranguejo frio com calda de manteiga e salada de camarão ©3

O Mission Chinese (missionchinesefood. com) tem pratos chineses "americanizados", como os dumplings de cordeiro picantes (US$ 9). À meia-luz, ao som de Strokes

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Entre os estrelados, aposte no Frances (frances-sf. com), que abriu há um ano e já está no top 5 das listonas gourmet. Ou siga para o marroquino Aziza (aziza-sf.com)

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Tarde de surfe, o mega-aquário de Monterey e a paisagem alucinante da Highway 1

Se eu soubesse das belezuras que me aguardavam estrada afora, teria deixado San Francisco mais feliz. E cometi um vacilo muito comum logo no primeiro minuto: ao programar o GPS para descer em Monterey, a 200 quilômetros, fui direcionada para a autoestrada 101, que segue pelo interior, sem nenhum mar à vista. Mas chegar à cidade das antigas fábricas de sardinhas enlatadas, que gravita ao redor do Pacífico em meio a dunas de areias, já é um desbunde. E ter a chance de tocar em corais e conchas (as crianças piram), assistir a instrutores alimentando pinguins, ver estrelas-do-mar gigantes, atuns de 350 quilos e tubarões-martelo no Aquário de Monterey, um dos mais visitados do mundo, já vale a parada (mas é certo que 78

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a sala das águas-vivas fluorescentes, com fundo musical new age, tem sonífero). O que poucos sabem é que Monterey também abriga o mais bem preservado conjunto de estruturas históricas dos períodos espanhol e mexicano – a Califórnia pertenceu ao México até 1848 –, com belos edifícios restaurados. A dez minutos dali lá está Carmelby-the-Sea. Espécie de Gramado californiana, lembra um cenário de fábula. As casas, de madeira ou de pedra, são como de bonecas, e seus jardins, cheios de suculentas, dignos de Burle Marx. Simplicidade ali é pura lenda: vi três Ferraris vermelhas em menos de dez minutos na Ocean Drive, a ruazinha que termina na orla e onde tudo parece estar sob câmera lenta. Carmel é um destino de verão de endinheirados que curtem mais a vibe queijos & vinhos do que a praia curvilínea de areias brancas (lindíssima,

FOTOs: ©1 Latinstock/Craig Aurness/Corbis, ©2 divulgação, ©3 laura capanema, ©4 timmarshall/flickr; ilustração: daniel almeida

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por sinal). Com sorte dá para esbarrar no Clint Eastwood, que já foi prefeito dali e vive jantando batatas coradas no Mission Ranch, hotel e restaurante que ele mesmo criou em 1986. A gastronomia local é moldada por bistrôs de massas e casas que ser vem clam chowder, a centenária sopa de mariscos da região. Ali todos jantam cedo, e o clima é tão família que é difícil encontrar um pub aberto para uma cerveja de madrugada. Mas o melhor da Highway 1 ainda está por vir, no traçado sinuoso que começa logo depois de Carmel e termina antes de San Luis Obispo. O Big Sur não é um ponto no mapa nem tampouco uma cidade. É uma região que alguns dizem ser mais um “estado de espírito” do que uma marcação geográfica e onde a natureza esplêndida dita o percurso. No caminho há dezenas de campings e spas de luxo que atraem, ao mesmo tempo, neohippies e jet-setters em busca de boas doses de instropecção ao pé do Pacífico. O escritor Henry Miller, que viveu 15 anos ali, descreveu o Big Sur como “um paraíso de extremos onde se tem sempre a consciência do clima, do espaço, da grandiosidade e do eloquente silêncio”. A região também foi escolhida pelo magnata da imprensa William Randolph Hearst para abrigar seu resort particular, o Hearst Castle, visita imperdível e boa prévia da Los Angeles colossal que vem pela frente: um palacete de 165 cômodos com afrescos da Itália renascentista e jardins adornados por piscinas enormes. Walt Disney e Charles Chaplin já foram visitantes ilustres, e não foi à toa que Orson Welles se inspirou em Hearst e sua “bela casa das montanhas” para criar o personagem de Cidadão Kane (1941). Depois, abasteça as energias em Santa Barbara antes de chegar a LA com o pé direito: pela Praia de Malibu.

De San Francisco a LA, o trecho mais concorrido da Highway 1, são 730 quilômetros, e, até Santa Barbara (mapa), são 560. Para seguir desde o início ao lado do mar (e não errar), programe o GPS para passar por cidades costeiras, como Half Moon Bay

AH, O BIG SUR! Depois de Carmel (precisamente da placa Point Lobos State Reserve) está o trecho mais célebre, com dezenas de mirantes. Prepare o coração!

17 mile drive Carmel e Pacific Grove estão ligadas por essa estradinha espetacular que serpenteia a costa por 17 milhas (27 quilômetros). Vale pagar o pedágio de US$ 9,75

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ROCKY POINT Para o almoço, desça até o Rocky Point, que tem canteiros de rosas vermelhas ao pé do litoral. Outra opção é o restaurante Sierra Madre, do famoso Spa Ranch Inn

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julia pfeiffer burns PARK Alguns parques estaduais merecem a visita. Programe-se para passar pelo menos duas horas aqui. Há uma cachoeira que deságua na areia da praia

solvang A 50 quilômetros antes de chegar a Santa Barbara, desvie a rota para parar aqui, uma cidadezinha dinamarquesa onde tudo é Dinamarca, até os moinhos de vento viagem e turismo  outubro 2013

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Rolando feliz pelo píer de Santa Monica, pisando em Spielberg na Calçada da Fama e feliz de novo sob os olhos de Sinatra

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A lista é grande: a supercasa da Mulholland Drive, locação do filme Cidade dos Sonhos; a Union Station, a bela estação ferroviária, retratada por Riddley Scott em Blade Runner; o comércio sofisticado da Rodeo Drive, visto tantas vezes em seriados à la Barrados no Baile; as mansões milionárias mostradas por Sofia Coppola em Bling Ring. Los Angeles está o tempo inteiro nas telas de cinema e é o refúgio, o ofício e a vitrine dos personagens que vivem para as câmeras. Como bem observou Woody Allen, “em LA eles não jogam o lixo fora, reciclam em forma de programas de TV”. Tantas referências midiáticas fazem dela o destino preferido dos brasileiros na Califórnia – dos 172 mil que visitaram o estado em 2012, 47% foram direto para lá.

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Mas as verdades de LA não estão no cinema. Nem nas revistas de fofocas. A metrópole é um quebra-cabeça, e as outras peças não se encaixam com o mundo cor-de-rosa de Hollywood. Para desvendá-la é preciso montar o jogo, que tem um distrito financeiro meio abandonado, uma extensão praiana, um subúrbio mexicano e um megabairro coreano. E outro chinês. E outro judeu. E até um russo. A cidade também é dona do bairro mais hipster dos EUA, Silver Lake, onde há mais bicicletas e restaurantes veganos do que possantes conversíveis. E não há um centro para onde todas essas áreas tão distintas se voltem. Tamanha complexidade, seguida por um trânsito caótico e uma população de quase 10 milhões (a maior dos EUA), faz de LA não só a cidade mais amada, mas também a mais odiada do país. E, diante

FOTOs: ©1 Bloomberg/getty images, ©2 joe klamar/afp, ©3 Christina Lease/getty images, ©4 Philosophy/flickr, ©5 laura capanema; ilustração: daniel almeida

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De Santa Bárbara a LA são 160 quilômetros. Alguns fazem esse trecho pela interna I-5, mais rápida. Porém, na hora do rush, a chegada a LA pode ser congestionada. Pela Highway 1, chega-se por Malibu. Depois são mais 200 quilômetros até San Diego

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SAnta BArbara Circundada por montanhas, é rústica e despojada, muito procurada para um pernoite (ou uns bons dias). Não faltam restaurantes requintados

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de tantos núcleos, os turistas não sabem onde se hospedar. Praia ou cidade? Santa Monica é o balneário da roda-gigante famosa, Malibu tem mais mansões do que hotéis, e Venice reúne a turma bronzeada, fisioculturista e punk-gótica. Se a praia não é a sua praia, fique em West Hollywood, o bairro urbano-chique da Melrose Avenue, com lojas originais e não muito caras. Como uma perfeita metáfora de si mesma, LA é cheia de atrações e p e r s on a ge n s me g a lom a n í ac o s . Com 1 600 hectares (cinco vezes o Central Park), o Griffith Park nasceu da audácia do milionário galês Griffith Jenkins Griffith, que doou parte de sua propriedade à cidade, em 1896, sob a condição transformá-la “em um lugar para o lazer e o descanso das massas”. E dá-lhe zoológico, observatório, planetário

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Six Flags magic Mountain A versão californiana do parque da Warner Bros. é aventura na certa. Desvie para Valencia, a 56 quilômetros de LA, e prepare-se para 17 montanhas-russas radicais

Camarillo premium OUTLETs Parada providencial para as compras! O outlet fica na metade do caminho até LA, a cerca de 70 quilômetros, e tem três blocos distintos de lojas

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Disneylândia A primeira Disney do país é californiana e merece a visita. Faça o desvio para Anaheim, a 40 minutos de LA, e aproveite mais de 60 atrações

O ÚLTIMO MIRANTE De LA até San Diego se percorre a I-5. A paisagem é sem graça, mas o mar volta a aparecer depois de San Clemente, quando surge o último mirante para o Pacífico viagem e turismo  outubro 2013

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e trilhas para caminhadas. Uma delas dá a melhor visão do icônico letreiro de Hollywood, onde cada letra tem 15 metros. LA também abriga o maior museu de arte do Oeste, o Los Angeles County Museum (LACMA), que tem obras de Rembrandt, Cézanne e Magritte; no anexo, no Broad Contemporary Art Museum, obras de Jeff Koons, Roy Lichtenstein e Andy Warhol. Mais? Suba para o Getty Center, complexo inventado pelo bilionário Jean Paul Getty e transformado em requinte arquitetônico p or R icha rd Méier, n it id a mente influenciado pela Bauhaus. As galerias, com obras de Van Gogh e Monet, têm até audioguides para crianças. A entrada é gratuita, mas, como tudo na cidade, o estacionamento é pago (US$ 7). Para a revista de gastronomia Bonne Apetit, LA é dona do segundo e do ter-

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“Um achado para o café da manhã é o Secret Restaurant, na Calçada da Fama, superpopular entre os locais. O The Grove (foto) é o melhor shopping ao ar livre. À noite, os roqueiros famosos frequentam o Rainbow, na Sunset Strip. E os rappers vão à boate Tru às segundas-feiras”

“Vou sempre ao restaurante A Votre Sante, em Brentwood. As opções são saudáveis e baratas. Em Santa Monica, costumo comer no Real Food Daily (foto), com bons pratos vegetarianos. Depois vou ao Bergamot Station Arts Center, um complexo superbacana de galerias de arte”

MAYRA DIAS GOMES, escritora, há quatro anos em Hollywood

DAVID DUCHOVNY, ator principal da série Californication

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“Sou fã da região de Abbot Kinney, em Venice Beach: lojas de designers locais e lugares fofos para comer, como o Rose Café. Em Malibu, as celebridades estão sempre no Nobu, bistrô de frente para o mar. Também amo a cozinha italiana do Mozza (foto) e do Ago, do Robert De Niro”

DOMINIKA JUILLET, atriz e arroz de festa de Hollywood

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FOTOs: ©1 © AGE RM/Other Images, ©2 LACMA/flickr, ©3 ROBERT HARDING PICTURE/KEYSTONE BRASIL, ©4 divulgação, ©5 Ana Paula Negrão/divulgação

VAI POR MIM AS DICAS DE QUEM CONHECE BEM A área


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ceiro lugar da lista de “melhores novos restaurantes dos EUA”. Tive o privilégio de comer em um deles, o Alma, que investe na culinária criativa e natureba (às terças-feiras, o menu de quatro pratos sai por US$ 45). A sopa doce de milho com sorvete, na entrada, é especialmente original. O Allumette também segue a linha experimental e serve pratos mezzo contemporâneos, mezzo asiáticos (leia-se dumplings de porco com salmão cru). E, se a sua é o mundo do cinema mesmo, é claro que você está em casa. A maioria dos estúdios, com exceção da Paramount, que tem um tour meiaboca, já caiu fora de Hollywood e se concentra no Vale San Fernando. A Warner, que produz Harry Potter, tem uma visita de 150 minutos por cenários externos, departamentos técnicos e setor de figurinos. Caçar a estrela dos seus

ídolos na Hollywood Boulevard também pode ser divertido, embora não seja assim tão fácil achar nomes conhecidos em meio a 2 mil homenagens. E até o mais entediado dos visitantes se emociona no Grauma’s Chinese Theater, onde gerações de lendas deixaram suas marcas no cimento. Dar sopa por ali um tempo pode lhe render um ingresso grátis para plateias de programas de TV (os olheiros batem ponto lá). E, claro, sempre teremos Beverly Hills, onde mansões luxuosas marcam avenidas com palmeiras. Nos clubes da Sunset Strip estão outras lendas, como o Whiskya-Go-Go, a primeira discoteca do país, palco preferido do The Doors. E não deixe de ver um filme no moderníssimo Arclight, que tem salas com cadeiras reservadas e exibe longas independentes. Parece até coisa de cinema…

Um pouco de tudo, e tudo de primeira: entretenimento no Universal Studios, cultura no LACMA Museum e luxo em Rodeo Drive, em Beverly Hills

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lhor, um desbunde de morangos silvestres, abacates e vegetais frescos, contra o típico aroma local de guacamole (prova de que o México é logo ali). “Aqui não há desculpas para não ter uma alimentação saudável”, diz Jess Koons, membro do San Diego Roots, um projeto que promove a integração sustentável de microprodutores da região. E o resultado disso vem também no formato “restaurantes de verão”, como o pé na areia JRDN, que desde 2007 serve peixes frescos e um popular sanduíche de lagosta. O chef David Warner gasta até três horas para cozinhar alguns pratos. Para degustar as cervejas artesanais, a produtora The Lost Abbey, em San Marcos, a uma hora, é um passeio que vale. O Centro Velho, Old Town, com seu labirinto de casinhas de adobe, revela as instalações espanholas da primeira mis-

FOTOs: ©1 divulgação, ©2 laura capanema, ©3 SD Dirk/flickr

“Aqui eu posso andar de bike em qualquer canto. E fazer trilhas, acampar e surfar. E o Sol está sempre lá. Como não amar?”, diz a publicitária carioca Júlia Jardim, que há três anos trocou a boa vida do Rio pela vida boa de San Diego. E que vida: são 112,5 quilômetros de litoral. A segunda maior cidade da Califórnia não parece uma cidade grande. Ali seus 1,3 milhão de moradores não vivem espremidos, mas espalhados por pequenos bairros e distritos à beira-mar. Talvez por isso sejam conhecidos pelo jeito meio esnobe, meio autoconfiante, meio californiano do Sul – ou de quem sabe mesmo que vive no paraíso. No verão, San Diego tem “temperaturas altas”; na primavera e no outono, “dias de sol, com noites frias”; e, no inverno, “dias mais ensolarados do que em quase todo o resto dos EUA”. E, se esse clima de 300-dias-de-sol-por-ano cansar, a neve está a três horas de carro, na estação de esqui Big Bear. Se há estudos que comprovam que o clima interfere no humor, já está explicado porque aquela gente é tão feliz. Mas há outras razões. Embora gourmets do mundo inteiro procurem a Califórnia para comer (e beber) bem, San Diego raramente é incluída nos roteiros gastronômicos. Que bom! Parece que ainda não descobriram, mas a cidade é ponto de convergência de jovens chefs, mestres cervejeiros, fazendeiros orgânicos, pescadores e ativistas da culinária saudável, o que enriquece o cenário de casas saborosas e microcervejarias artesanais. Os mercados de produtores são uma amostra do que as fazendas dali têm de me-


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são estabelecida pelos franciscanos no estado, em 1769. Com estandes de suvenires e restaurantes mexicanos, o núcleo histórico arrebata os turistas, mas ninguém faz isso melhor do que o Balboa Park, com seu zoológico colossal. Há lagoas geladas para os ursos-polares, savanas para os leões e cavernas com bambus para os pandas, as grandes estrelas entre mais de 4 mil animais. Reserve um dia inteiro para o Balboa: são 16 museus, três teatros, jardins com espécies raras, um restaurante e gramadões verdes para deitar e rolar. O trolley vermelho, que conecta o parque à belíssima Ilha de Coronado, e também à Little Italy, é o melhor jeito de chegar lá. Sente-se do lado direito para curtir melhor as vistas. La Jolla é o reduto das mansões, da faixa litorânea mais fotogênica e da vida marinha – focas costumam descan-

sar na praia, à vista de todos. E ali estão os restaurantes mais falados, como o The Marine Room e a filial mais famosa do Whisknladle, uma instituição local, que também funciona para o brunch. À noite, muitos atravessam a fronteira para Tijuana, a 45 minutos de trem, onde as maiores festas tequileiras são regadas por e para os americanos, que sabem (e adoram) o fato de que o pecado mora ao lado. Dizem que dá para conhecer a cidade inteira em três dias. Mas San Diego não se traduz por suas atrações “turísticas”. É um lugar para ficar com calma. Para comer bem, beber bem, deixar o sol entrar. Para caminhar pela orla ao lado de skatistas, ciclistas, surfistas com pranchas debaixo do braço, cachorros na coleira. Tudo no maior clima Endless Summer. Como não amar? t

O peixe cheio de charme do JRDN, restaurante que dá de cara para o mar e o pôr do Sol. No alto, o Crystal Pier, em Pacific Beach

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PÉ NA ESTRADA

Evite o verão, de junho a agosto, quando a Highway 1 pode estar cheia; no outono, de setembro a novembro, o tempo é seco e a temperatura, amena. É a melhor época!

San Francisco Em 18 de dezembro, a American Airlines (aa.com.br) estreia um voo direto de São Paulo para Los Angeles, desde US$ 1 627. A Korean Air (korea nair.com) também voa direto para LA, desde US$ 1 607. Para aterrissar em San Francisco, a Air Canada (aircana da.com.br), com conexão em Toronto, leva desde US$ 1 208. Com escala em Houston ou Nova York, a United (united.com) voa para San Francisco desde US$ 971.

Como Ir OS EUA são o país dos carros. Mais da metade das pessoas que querem circular por lá fazem aluguel de um, seja para percorrer a Highway 1, seja para só se locomover nas cidades. A Hetz (hertz.com) tem opções desde US$ 67 a diária (com quilometragem livre), e a Alamo (alamo.com), desde US$ 63. A Enterprise (enterprise. com) costuma ser imbatível nos preços – desde US$ 29 a diária. Você também pode tomar ônibus, como o Greyhound (greyhound.com), mas eles não passam por todas as cidades nem pela estrada costeira. O Megabus (megabus.com) começou a operar por ali no ano passado e faz o trajeto San Francisco–Los Angeles (e vice-versa) pela I-5 (estrada interna) e demora cerca de sete horas e meia. O ônibus tem wi-fi a bordo, e as passagens, dependendo da época em que forem compradas, podem custar apenas US$ 1! Há ainda um trem que sai de San Luis Obispo e vai até San Diego, da linha Pacific Surfliner (amtrak california.com; desde US$ 61), que vai margeando a costa sul em uma viagem belíssima. O trem faz paradas em Santa Barbara e LA e demora cerca de oito horas para completar o percurso.

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Não perca Assistir a um filme clássico no lindo Castro Theater (castrothea tre.com) pode ser um ótimo jeito de entrar no clima do bairro. O museu de ciência Exploratorium (exploratorium.edu) tem exposições interativas. Dentro do Golden Gate Park, o Young Museum (deyoung.famsf. org) tem boas mostras de arte contemporânea. Inaugurado recentemente, o SF Jazz Center (sfjazz.org) é totalmente dedicado ao jazz. Para conhecer a cidade de bike, alugue em uma das filiais da Blazing Saddles (blazingsaddles.com), desde US$ 32 a diária. Os barcos para a Ilha de Alcatraz (alcatrazislandtickets.com; desde US$ 38) saem do píer 33. Compre os ingressos pela internet com um mês de antecedência. Para saber toda a programação cultural da Bay Area, entre no site sfgate.com.

Onde ficar O Inn On Castro (innoncastro. com; diárias desde US$ 125) ocupa um casarão com móveis contemporâneos em plena Castro Street, e o Red Victorian Hotel (redvic.com; diárias desde US$ 99), no burburinho hippie. Para um upgrade, fique no Mystic Hotel (mystichotel.com; diárias desde US$ 229), no Union Square. Mais sofisticado, o Argonaut (argonauthotel.com; diárias desde US$ 387) tem um bom restaurante e vista para o mar. Uma boa também é o hotel de design Clift (morganshotelgroup.com; diárias desde US$ 357), com quartos clean e bar descolado. O novíssimo quatro-estrelas Hotel Zetta (viceroyhotelgroup.com; diárias desde US$ 359) tem localização central.

Monterey

A Precita Eyes (precitaeyes.org/tours) é uma agência que organiza walk-inns guiados pelos murais de Mission. A foto essencial da Golden Gate pode ser lindamente tirada do South Vista Point ou do Fort Point. Para comprinhas, vá à Amoeba (1855 Haight St, amoeba.com), uma loja de discos superfamosa, e à Livraria City Lights (261 Columbus Ave., citylights.com). Logo ao lado está o Vesuvio (vesuvio.com), o bar imortalizado por Jack Kerouac e sua turma beatnik.

Não perca À beira-mar estão o Aquário de Monterey (montereybayaquarium.org), que abriga mais de 600 espécies, e o Chart House Restaurant (chart-house.com), que serve peixes frescos e tem vistas cênicas. No Old Monterey Marketplace (oldmonterey. org) você encontra queijos artesanais e pães. No Monterey’s Fish House (2114 Del Monte Avenue), prove ostras e mariscos. Onde ficar O Mariposa Inn (mariposa monterey.com; diárias desde US$ 107) tem quartos com lareira. De frente para o mar está o InterContinental (ictheclementmonte rey.com; diárias desde US$ 269).

Carmel-by-the-sea Não perca Há comida francesa bem preparada com ingredientes da região no La Bicyclette (labicycletterestaurant.com). É quase certo o encontro com Clint Eastwood em seu hotel e restaurante, o Ranch Inn (missionranchcarmel.com). No mercado/ delicatessen Bruno’s Market and Deli (bru

ilustração: Daniel almeida

Como Chegar


nosmarket.com), dá para se abastecer para um piquenique na praia. Para bebericar à noite, vá ao Jack London’s (jacklondons. com), quase uma instituição em Carmel. Onde ficar Os hotéis em Carmel são mais caros do que a média das outras cidades; por isso, muita gente se hospeda em Monterey e vai a Carmel para curtir o dia. Para quem quer ficar lá, considere o Mission Ranch (missionranchcarmel.com; US$ 120), espécie de hotel-fazenda, e o Sea View Inn (sea viewinncarmel.com; desde US$ 160), fofo e pertinho do mar.

Los angeles Não perca O tour pelos estúdios passa pelo Universal (universalstudioshollywood. com; US$ 84), misto de estúdio e parque de diversões, pelo Paramount (555 Melrose Avenue, paramountstudios.com; US$ 45), pelo Warner (3400 Riverside Drive, wbstu diotour.com; US$ 45) e pelo Sony Pictures Studios (10202 W Washington Boulevard, sonypicturesstudiostours.com; US$ 33). Entre os museus, vá ao Getty Center (get ty.edu/museum), que vale tanto pela coleção de arte quanto pela arquitetura do pré-

SAN DIEGO

big sur Onde ficar Celebridades ficam nos luxuosos Ventana Inn (ventanainn.com; diárias desde US$ 680) e no Post Ranch Inn (postranchinn.com; diárias desde US$ 845). Mais em conta é o Deetjen’s Big Sur Inn (deetjens.com; diárias desde US$ 105), que tem chalés rústicos. Não deixe de visitar o Hearst Castle (hearstcastle. org; US$ 25), em San Simeon.

dá um desconto! O site City Pass (citypass.com) dá descontos no transporte e em alguns museus, incluindo ingressos para a Disneylândia. Já o SavyCities (savycities.com) dá descontos de até 60% para eventos e shows em San Francisco e LA. Para se hospedar barato, rede de hotéis e motéis como o Confort Inn (comfortinn.com) e o Motel 6 (motel6.com) estão presentes nos arredores de quase todas as cidades californianas e têm diárias desde US$ 75. Os quartos são amplos.

dio e pelos jardins. O LACMA (lacma.org) tem desde Rembrandt até Roy Lichtenstein. O Walt Disney Concert Hall (laphil.com) tem concertos da Orquestra Filarmônica de Los Angeles. Vale perder-se pelo gigantesco Griffith Park (laparks.org.dos/parks/griffi thpk). Quando bater a fome, o Alma (alma-la. com) serve receitas criativas, e o contemporâneo Allumette (allumette la.com), pratos como vieiras com grapefruit, por US$ 14. Na Sunset Strip, visite a discoteca lendária Whisky-a-Go-Go (whiskyagogo.com). O sensacional cinema Arclight (arclightcine mas.com) tem filiais na cidade toda. Onde ficar Megadescolado, The Standard Downton (standardhotel.com; diárias desde US$ 225) tem piscina no terraço e bar agitado. Em Hollywood, o Roosevelt Hotel (thompsonhotels.com; diárias desde US$ 209) recebe chiques e famosos. Uma das opções menos caras em Santa Monica é o Hotel California (hotelca.com; diárias desde US$ 199). Em West Hollywood, o Andaz (westhollywood.andaz.hyatt.com; desde US$ 299) foi apelidado de “casa do tumulto” nos anos 90 por ser o preferido de astros do rock, como os membros do Led Zeppelin.

Não perca O restaurante JRDN fica no Tower 23 Hotel (t23hotel.com), o The Marine Room (the marineroom.com), de frente para o mar de La Jolla, e o Whisknladle (whisknladle.com) figura entre os melhores da cidade. Para boas loiras geladas e artesanais, vá ao The Lost Abbey (lostabbey.com). Onde ficar O dog friendly Palomar (hotelpalomar-sandiego.com; diárias desde US$ 204) é muito bem localizado, no coração de Downtown. Novinho, o Indigo (hotelinsd.com; diárias desde US$ 171) tem pegada ecochique, e o hostel Banana Bungalow (bananabungalowsandiego.com; diárias desde US$ 25) vale por estar de frente para Pacific Beach.

quem leva A Nascimento (nascimento.com.br) tem um roteiro de sete noites passando pelo Grand Canyon, Las Vegas e San Francisco, desde US$ 2 416. No pacote de oito dias da CVC (cvc.com. br), dois são em San Francisco, um em Santa Barbara, dois em LA e, por fim, dois em San Diego, com carro incluído para fazer a Highway 1, desde US$ 2 530. A MMT (mmtgapnet. com.br) tem sete noites na Califórnia: três são em San Francisco e quatro em Los Angeles, com locação de carro, desde US$ 1 801. O pacote de 12 noites da Agaxtur (agaxtur. com.br) inclui paradas em LA, Grand Canyon, Las Vegas, Yosemite Park e San Francisco, desde US$ 2 904.

viagem e turismo  outubro 2013

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