Leilão Live Online 1574 | CAPITI ART MIND | "Ver para além da moldura"

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CAPITI ART MIND “Ver para além da moldura”

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Lista dos artistas:

ALEXANDRE ALONSO - ANA JOTTA

ANA MANSO - ANTÓNIO JÚLIO DUARTE

CAROLINA PITEIRA - CLARA IMBERT

CRISTINA TROUFA - FILIPA CENTEIO

GERARDO BURMESTER - ÍNDIA MELLO

ISABEL SIMÕES - JACQUELINE DE MONTAIGNE

JOÃO PAULO SOUSA - JOÃO QUEIROZ

MAÍSA CHAMPALIMAUD - MANUEL TAÍNHA

MÁRCIO VILELA - MARIA APPLETON - MARIANA GOMES

MIGUEL PALMA - PATRÍCIA TEIXEIRA DE ABREU

PAULO DAMIÃO - PEDRO CALAPEZ

PEDRO DE SOUSA ARAÚJO

RITA THOMAZ - RODRIGO AMADO

ROGÉRIO SERRASQUEIRO - RUI CALÇADA BASTOS

RUI SANCHES - SOFIA AREAL - VERA MOTA

A associação vive de doações para que mais crianças e jovens possam ser acompanhados, na área da saúde mental.

Saiba como ajudar em www.capiti.pt

LISBOA RECEBE EXPOSIÇÃO E LEILÃO ARTÍSTICO

SOLIDÁRIO

No próximo dia 10 de outubro — data em que se assinala o Dia Mundial da Saúde Mental —, Lisboa recebe a sexta edição do leilão artístico solidário da CAPITI, Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Infantil, cujo valor reverterá na totalidade para a sua missão de apoiar crianças e jovens de famílias carenciadas com problemas do desenvolvimento e comportamento.

Este ano, a causa surge com um novo nome, CAPITI Art Mind, associado ao também novo conceito “Ver para além da moldura” — quando criam, os artistas não podem estar presos aos limites que a sociedade tantas vezes lhe impõe. É preciso surpreender, sair da caixa, sair da moldura; tal como para olhar para uma pessoa é preciso ver para além do seu diagnóstico.

É desta forma que a CAPITI desafia todos os portugueses a verem para além da moldura nesta sexta edição da iniciativa anual de angariação de fundos. O evento solidário, que já faz parte da agenda cultural da cidade de Lisboa, vai ter lugar no Museu da Eletricidade, entre as 12h00 e as 19h00, no dia 10 de outubro, no qual será possível ver todas as obras expostas e participar no leilão live online. A partir de 3 de outubro, também será possível licitar as obras em www.pcv.pt.

Só em 2021, a CAPITI registou um crescimento de 66% na procura dos seus serviços e conseguiu aumentar o acompanhamento regular de crianças e jovens em 33%. Fundada em 2016, a associação vive de doações, tendo apoiado até ao momento um total de 340 crianças, tornando possível a realização de mais de 13.000 atos clínicos, que englobam consultas com médicos, técnicos e avaliações para diagnóstico.

“Há seis anos que fazemos da saúde mental infantil o tópico do nosso dia a dia, mas nos últimos tempos ganhou uma dimensão ainda maior: primeiro com os efeitos da pandemia nas famílias carenciadas; agora com o impacto da guerra nas crianças. São desafios atrás de desafios e é cada vez mais imperativo garantir que continuamos a dar apoio às tantas famílias que chegam até nós”, refere Mariana Saraiva, presidente da CAPITI. “Pedimos a todos os portugueses que, este ano, vejam além da moldura e se juntem a nós nesta importante missão”, acrescenta.

PARA APOIAR SAÚDE MENTAL DE CRIANÇAS NO MUSEU DA ELETRICIDADE, ENTRE AS 12H00 E AS 19H00, NO DIA 10 DE OUTUBRO, NO QUAL SERÁ POSSÍVEL VER TODAS AS OBRAS EXPOSTAS E PARTICIPAR NO LEILÃO LIVE ONLINE.

ALEXANDRE ALONSO

Alexandre Alonso

Alexandre Alonso é sediado em Lisboa, Portugal. Obteve o seu diploma de arquitetura em 2001, um mestrado em arquitetura de grande escala em Barcelona em 2003, e posteriormente trabalhei como arquiteto durante 13 anos.

Esteve sempre mais ou menos ligado a empreendimentos artísticos (principalmente desenho), mas nunca diretamente à pintura - e ainda menos à pintura figurativa. Isso começou em 2014 de uma forma muito inesperada: Foi desafiado por três amigos a desenhar os seus retratos. Apaixonou-se instantaneamente e nunca mais olhou para trás. Para comissões, normalmente começa com uma sessão fotográfica, caso tenha a possibilidade de fotografar o assunto - o que por vezes, devido a limitações geográficas ou disponibilidade de assunto, é um grande desafio. Acaba com cerca de 200 fotografias, que são filtradas até cerca de 10%. Desses 10%, normalmente escolhe entre duas a cinco fotografias para trabalhar.

Depois é feito um esboço rudimentar sobre a tela e é aplicada uma lavagem azul - uma tinta a óleo muito fina diluída -. Esta é a sua espinha dorsal e começa sempre com azul. Define as características tonais das suas sombras.

Quando a lavagem azul é seca, aplica a tinta a óleo e o trabalho desenvolve-se à volta dos olhos, expandindo-se sempre a partir deles.

O resto é apenas uma mistura de pinceladas espessas intencionais, não intencionais, e muitos erros corrigidos que, no final, constituem a sua interpretação do assunto.

Não há receita nem linearidade em relação ao tempo que leva para que a pintura se construa a si própria. As pinturas tomam uma direcção própria, por isso, nesse sentido, prever quanto tempo demoram a terminar é muitas vezes uma coisa muito incerta.

Quando começou, a única coisa de que tinha a certeza (para além do facto de querer pintar pessoas) era que cada trabalho feito por si, independentemente do assunto a ser retratado, tinha de provocar interesse suficiente para ser algo mais do que apenas uma representação de uma pessoa específica. Deveria ter validade suficiente para ser uma obra de arte por si só e não apenas um retrato. Nesse sentido, e ironicamente o suficiente, trata cada rosto/ corpo como uma paisagem: constrói texturas muito espessas (como esculpir um terreno), esquemas de cores complexas (como uma paisagem rica) e sombra/luz intensa (como uma atmosfera respirável).

Não quer ser puramente representativo porque qualquer máquina fotográfica pode fazer muito, muito melhor do que qualquer pessoa com um pincel (por muito dotado que seja tecnicamente). Como pintores, pena que temos a obrigação de oferecer um pouco mais do que isso.

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5 ALEXANDRE ALONSO “Hope II” Tinta em papel Arches 100% algodão, com aguarela, aplicação de folha de ouro e empastamento em gouache 2022 Dim. aprox.: 22 x 14 cm. Acompanha um certificado de autenticidade selado e assinado. € 450 001.

ANA JOTTA

Ana Jotta

Ana Jotta nasceu em Lisboa em 1946, onde trabalha e vive. Depois de estudar na Escola de Belas Artes de Lisboa e na École d’Arts Visuels de l’Abbeye de la Cambre de Bruxelas, Ana trabalhou como actriz e cenógrafa (1976-79) com “Produções Teatrais” (Teatro Universitário, Lisboa). A partir da década de 1980, concentrou a sua actividade nas artes visuais e tem sido uma presença regular nas principais feiras e bienais de arte (ARCO, Bruxelas, Joanesburgo, Barcelona, etc.).

6 Expôs também o seu trabalho na Culturgest Porto com a exposição “CASSANDRA”, Culturgest Lisboa com “A Conclusão da Precedente”, Museu de Serralves com “Rua Ana Jotta” e também na Casa de São Roque com a exposição INVENTÓRIA.

Ana Jotta construiu o seu trabalho numa sequência de descobertas que corporizam algum tipo de apagamento: dos seus próprios passos anteriores; da ideologia modernista e das mitologias pós-modernas; e da noção de autoria - quer desconstruindo-a, quer reconstruindo-a, tentou desmantelar a ideia de um estilo coerente ou unívoco.

Através de uma economia nua de meios, o seu trabalho mostra um grande sentido de inteligência e sagacidade. Com Ana Jotta, pode sempre esperar o inesperado.

Ana Jotta mostrou o seu trabalho nas fundações e instituições mais prestigiadas, como Le Crédac, Ivry-surSeine, França; Etablissement d’en face, Bruxelas e em Malmo Konsthall, Malmo.

Em 2013 foi galardoada com o Grande Prémio de Arte da Fundação EDP e em 2014 com o Prémio AICA. Mais tarde em 2017 Ana Jotta recebeu o Prémio Rosa Shapire, Kunsthalle, Hamburgo.

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002.

ANA JOTTA (n. 1946)

Retrato em solidó #8 “Inkjet print” sobre papel 2008

Dim. aprox.: 39 x 61 cm. Sinopse: A Obra faz parte de uma série.

7
€ 3.000

ANA MANSO

Ana Manso

Ana Manso, nascida em 1984, vive e trabalha em Lisboa. Sua prática está intimamente ligada ao meio da pintura e à superfície pictórica, que serve como ponto de partida para a exploração da artista de formas frequentemente apropriadas e abstraídas. Suas pinturas são realizadas através do processo de sobreposição e acumulação, cuja justaposição revela e oculta partes de seu processo de pintura. Estudou Artes Plásticas - Pintura, pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa. O seu trabalho já foi exposto no Museu Serralves (Porto), no Centro FUTURA de Arte Contemporânea (Praga), no Spike Island (Bristol), no Chiado 8 - Arte Contemporânea (Lisboa), no Museo Nazionale di Capodimonte (Nápoles), na Fondazione Rivolidue (Milão) e no Museu da Eletricidade (Lisboa) entre outros. As suas obras fazem parte da coleção do Museu Serralves (Porto), do Museu de Arte Contemporânea de Elvas (Elvas) ou da Câmara Municipal de Lisboa (Lisboa), entre outras. Em 2008 foi selecionada pela Câmara Municipal de Lisboa para a Bolsa de Intercâmbio Artístico Lisboa-Budapeste, Hungria. Em 2011, Ana Manso foi nomeada para o Prémio EDP Novos Artistas e para o prémio Fidelidade Mundial 2011 Prémio Jovens Pintores, ambos em Portugal.

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9 003.

ANA MANSO (n. 1984)

Guache sobre papel Dim. aprox.: 30 x 15 cm. € 1.000

ANTÓNIO JÚLIO DUARTE

António Júlio Duarte

António Júlio Duarte nasceu em Lisboa, em 1965, onde atualmente vive e trabalha. Nas suas palavras: “Fotografo cidades movimentadas e pessoas atribuladas, criaturas encurraladas e coisas improváveis. São o meu mapa do mundo. Sou atraído por elas, movido pela simpatia e pelo desassossego que partilhamos. Travo conhecimento com estes seres inquietos nos seus afazeres triviais e disposições quotidianas, neles pressinto e tento captar a tensão vital que é o desejo universal pela vida e pelo sentido. O seu trabalho é exibido regularmente, em Portugal e no estrangeiro, desde 1990, participando com uma das vozes mais singulares e consistentes na compreensão da fotografia hoje. Destacam-se as seguintes exposições individuais: CRIATURA (O Armário, Lisboa, 2021), Eclipse (Galeria Bruno Múrias, Lisboa, 2020), White Noise (Quartel da Arte Contemporânea de Abrantes, Coleção Figueiredo Ribeiro, Abrantes, 2017), América (Galeria Pedro Alfacinha, Lisboa, 2017), Suspension of Disbelief (CAV, Coimbra, 2016), Mercúrio (Galeria Zé dos Bois, Lisboa, 2015) e Japão 1997 (Centro Cultural Vila Flor, Guimarães, 2013).”

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Dim. aprox.: 20 x 20 cm.

Sinopse: Nas suas palavras: “Fotografo cidades movimentadas e pessoas atribuladas, criaturas encurraladas e coisas improváveis. São o meu mapa do mundo. Sou atraído por elas, movido pela simpatia e pelo desassossego que partilhamos. Travo conhecimento com estes seres inquietos nos seus afazeres triviais e disposições quotidianas, neles pressinto e tento captar a tensão vital que é o desejo universal pela vida e pelo sentido.”

O seu trabalho é exibido regularmente, em Portugal e no estrangeiro, desde 1990, participando com uma das vozes mais singulares e consistentes na compreensão da fotografia hoje.”

11 ANTÓNIO JÚLIO DUARTE (n. 1965) #15 da Série “Agosto”, Portugal, 2000
C-Prints, edição 1/5
€ 2.800 004.

CAROLINA PITEIRA

Carolina Piteira

Carolina Piteira iniciou a Licenciatura em Pintura em Portugal, na Universidade Superior de Belas Artes de Lisboa. Como parte da sua licenciatura, ingressou no Programa de Intercâmbio Erasmus na University of East London, onde terminou o curso com distinção e recebeu o Prémio Limehouse Arts Foundation Studio, e foi considerada a melhor aluna do ano. Em 2014, foi nomeada pelo Ministério da Economia de Portugal Embaixadora do programa “Portugal sou Eu”, para representar e apoiar o mercado português como uma artista emergente no estrangeiro. Em maio de 2021, Carolina Piteirafoi a narradora do novo posicionamento de marca da EDP, Changing Tomorrow Now, que materializou a estratégia ambiciosa da empresa.

Desde que concluiu os seus estudos, Carolina Piteira ganhou vários prémios, incluindo o prémio do Signature Art Award, que distingue artistas emergentes. Expôs em Londres, Paris, Roma, Atenas, Madrid e Lisboa, com várias exposições coletivas e individuais, entre as quais uma mostra no âmbito da Bienal de Veneza 2019.

Em 2020, no início da pandemia, Carolina Piteira organizou um leilão de arte solidário para apoiar o Serviço Nacional de Saúde com material hospitalar.

Em 2022, Carolina apresentou “O Tempo sem Tempo” na Central Tejo, em Lisboa, onde abordou o tema urgente das alterações climáticas.

A sua obra encontra-se representada em várias coleções nacionais e internacionais.

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CAROLINA PITEIRA

“Finding Balance”

Tinta da china, acrílico, pastel de óleo e grafite sobre papel

Dim. aprox.: 105 x 78 cm.

Sinopse: “Esta série é resultante das caminhadas em Hyde Park em Londres. Carolina desenha cisnes em traços soltos, ricos em movimento - quer na pincelada, na presença do gesto ou na sua textura - comportam uma leveza, melancolia mas também uma força que só o amor conhece. Semanas mais tarde, ao notar os casais que passavam também no mesmo local, Carolina faz a ligação com a relação humana e representa-a através da natureza, registando fragmentos de algo maior. Cada pintura tornou-se numa história de amor, uma reflexão sobre a fragilidade humana e as suas relações.”

13
€ 2.600 005.

CLARA IMBERT

Clara Imbert

Clara Imbert (b.1994) é uma artista francesa, actualmente sediada entre Paris e Lisboa. Licenciou-se na Central Saint Martins em 2017.

A sua pesquisa reflecte sobre noções de espaço e objectos, perspectiva e percepção resultando em trabalhos de várias formas, tais como fotografia, escultura ou instalação.

Através de experiências, Imbert investiga teorias físicas, matemáticas e filosóficas, criando novos padrões a fim de desvendar pontos de vista intangíveis. A sua prática explora nomeadamente as relações entre a realidade e a ilusão.

A matéria ou é feita ou transformada para manifestar uma multiplicidade de possibilidades; a sua posição indica a passagem do tempo, o que também implica uma dimensão imaginária.

À medida que o espaço é desconstruído, surge uma geometria invisível que permite observar a sua profundidade.

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006.

CLARA IMBERT (n. 1994)

“Imagem Forma”

Impressão Cotton Hahnemühle Moldura Aluminio Nieslen, Vidro Museu Edição única + 1PA 2022

Dim. aprox.: 32,5 x 25,5 cm. Imagem Forma, é uma série de fotogramas analogicos feitos na câmara escura. O princípio do fotograma é que se trata de uma imagem obtida sem câmara, e expondo objectos ou formas em papel fotossensível. Esta série é sobre a natureza da imagem e a sua essência. Aqui é a sombra e a luz que dialogam, deixando espaço para impressões fantasmagóricas.

15
€ 900

CRISTINA TROUFA

Cristina Troufa é uma artista portuguesa nascida (6 de Fevereiro de 1974) e sediada no Porto, Portugal. É Licenciada em Pintura desde 1998 e Mestre em Pintura desde 2012, ambas na FBAUP (Universidade de Belas Artes do Porto). Expõe em Portugal, em exposições individuais e coletivas desde 1995 e em exposições internacionais em Itália, Espanha, Austrália, França, Canadá, Dinamarca, Taiwan, Inglaterra e EUA.

Cristina Troufa quer consolidar a ideia de um auto-retrato e/ou autorepresentação, mas por outro lado quer refletir sobre um auto-retrato interior espiritual, emocional, e psicológico, que pode ser feito conceptualmente.

Ela usa a sua própria imagem em pinturas autobiográficas que exploram a sua vida e crenças espirituais. Como forma de auto-conhecimento e autoquestionamento, o seu trabalho explora um mundo interior de uma forma simbólica, que permanece inacessível ao voyeur que só pode adivinhar o que cada pintura representa.

A artista descreve a sua obra como: “...algo espiritual, uma rota entre várias vidas e várias vezes na mesma vida, coexistindo lado a lado a partir de estratégias de auto-representação que, em última análise, questionam o sentido da vida”... “O tema da minha obra é sobre a minha vida, sobre mim e sobre as minhas crenças. Exploro no meu trabalho a auto-representação na procura do meu eu interior, do meu auto-retrato”.

“A auto-representação, como elemento visível no meu trabalho, é o resultado de uma auto-reflexão, centrada no desenvolvimento pessoal, estados espirituais e emocionais, justificando a ideia de que o trabalho feito por mim, são auto-retratos. Metaforicamente narram, estados de espírito, momentos de evolução e cura, tratamentos alternativos realizados e questões espirituais relacionadas com a morte que desde criança assaltam a minha mente, particularmente a reencarnação e o crescimento espiritual que implica”.

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007.

CRISTINA TROUFA (n. 1974)

“Galos #3”

Acrílico e carvão sobre papel Assinado (2014)

Dim. aprox.: 65 x 50 cm.

Sinopse: “Metáfora às relações humanas entre casais e o surgimento de um terceiro elemento destabilizador”.

17
€ 600

FILIPA CENTEIO

Filipa Centeio

Com uma licenciatura em Design de Interiores, a que soma o curso de artes gráficas, Filipa Centeio (Lisboa,1981) tem uma tenra ligação às artes, nas suas mais variadas vertentes. Trabalhou em ateliês de arquitectura, passou por algumas agências de publicidade, desenhou guarda-roupa para filmes publicitários e trabalhou como produtora fotográfica. Mas a pintura nunca ficou para trás e tem acompanhado o seu percurso profissional até 2017, data em que decide revelar o resultado desta paixão.

Os seus trabalhos incidem geralmente em acrílico sobre tela, mas os suportes podem variar conforme a ideia que está por trás de cada obra.

Actualmente o abstrato e a geometria definem, em parte, o seu estilo actual, desconstruindo, utilizando muito do que lhe foi academicamente ensinado mas com a liberdade e o propósito do erro. O gosto pela cor e sua simbologia estão presentes em cada trabalho e reflectem sentimentos.

O seu trabalho começa muito antes do pincel tocar na tela, embora o instinto seja sempre mais forte e a conduza, tantas vezes, por outros caminhos.

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FILIPA

Lugares

aprox.:

de Lugares vividos no tempo e no espaço da minha memória.

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CENTEIO (n.1981)
1.1 2022 Acrílico sobre tela Dim.
130 x 160 cm. Sinopse: Fragmentos
€ 1.000 008.

GERARDO BURMESTER

Gerardo Burmester (Porto, 1953) Vive e trabalha no Porto. Frequentou a Escola Superior de Belas-Artes do Porto entre 1973 e 1974, altura em que iniciou a apresentação do seu trabalho, desenvolvendo várias acções performativas e configurando uma obra pictórica que associa referências neoromânticas à crítica irónica da condição da pintura e dos seus temas na situação portuguesa e internacional do momento. A obra de Burmester revela-se hoje como uma das mais significativas do contexto da arte contemporânea portuguesa, dentro da geração de artistas que surgiu na década de 80, tendo sido um dos artistas conceptuais de maior relevo da década de 70, e realizado instalações de flagrante originalidade estética e experimental. Foi membro do Grupo Puzzle e fundou e dirigiu em 82, com Albuquerque Mendes, o Espaço Lusitano, no Porto. Em finais da década de 80, a obra de Burmester passa a utilizar o objecto e a instalação espacial como propostas de um teatro dos lugares por ela reinventados, aproximando e distanciando o espectador em jogos de sedução visual tão atractivos quanto frios no perfeccionismo intocável dos materiais utilizados: madeira folheada, alumínio polido, feltro industrial. Actualmente, o artista apresenta um conjunto de elementos coloridos de alumínio polido cujos volumes pontuam o lugar num itinerário que tanto reflecte a imagem do espectador como sublinha a exterioridade deste em relação ao alinhamento daqueles no espaço. Peças de consideráveis dimensões assinalam outro novo elemento de pesquisa: o acrílico e as suas potenciais “transparências”.

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009.

GERARDO BURMESTER (n. 1953)

Dois de pasteis secos sobre papel Assinados e datados de 2021 Dim. aprox. (cada): 29,7 x 21 cm. (A4)

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€ 600

ÍNDIA MELLO

Índia Mello

India Mello (1997, Lisboa), actualmente vive e trabalha em Gavião, Portugal. Começou o seu percurso artístico ao entrar na Escola de Dança do Conservatório Nacional (2007-2012). É formada em Ourivesaria pela Escola Artística António Arroio (2012-2015).

Após terminar o curso faz o Foundation Year em pintura na Camberwell College of Arts (2015-2016) seguindo depois a licenciatura na mesma área e na mesma universidade, acabando com o curso em BA (Hons) Painting (2016-2019). Em Londres co-fundou a colectiva de artistas Honeymoon, que continua activa. Com a colectiva expuseram e participaram na curadoria de várias exposições no sul de Londres.

Como artista independente em Londres expos na Cookhouse (2018), CGP gallery (2018), Copeland Gallery (2019), Honeymoon (2019/2020), Lewisham art house (2020). Em 2020 muda-se para Portugal. participa em exposições de grupo em espaços como Azan (2020), Atelier concorde (2021), Cosmos (2021), Mono (2022). Conta já com a sua primeira exposição a solo na Casa das Artes de Tavira (2022).

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010.

ÍNDIA MELLO (n. 1997)

“your body through mine, my body with yours” Escultura em ferro 2022

Dimensões variáveis Sinopse:«“your body through mine, my body with yours” - É uma peça representativa de uma pesquisa sobre a contemplação da memória e a busca da sua casa. Onde vivem as memórias e como é que elas se parecem? Podem as emoções que elas nos fazem sentir ter mais forma do que só os seus nomes próprios? São as memórias também a prova de que existimos? O que lhes acontece quando morremos?

Provocadas pela perda e pelo luto, estas são perguntas respondidas (o mais possível), pela tentativa de compreender os lugares onde sentimos e onde guardamos esses sentimentos, que mais tarde serão chamados de memórias. Relacionada directamente com o corpo, ou o Computador Humano, entre acontecimentos concretos, uma emoção geral, uma memória ou o seu lugar, a obra é também o que tudo isto junto pode ser, um auto-retrato».

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€ 300

ISABEL SIMÕES

O trabalho de Isabel Simões (Lisboa, 1981) desdobra-se em suportes distintos, da pintura, ao desenho ou aos objetos tridimensionais, que interferem e que são simultaneamente afetados pelos espaços que habitam e por uma relação de escala e lugar com o corpo móvel do observador. São imagens-objeto que se constroem no próprio processo de pintura e desenho, a partir de outras (imagens) captadas de espaços e de objetos quotidianos ”pretextos” para tomar aspetos da perceção e da relação com o visível e o sensível como campo de ação intuitivoatrasando, apontando ou subvertendo construções de sentido. Licenciada em Artes Plásticas, Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, expõe com regularidade desde 2003. Destacam-se as exposições: A gravidade e a graça (Galeria Bruno Múrias, Lisboa, 2022), Divagar Devagar (Córtex Frontal, Arraiolos, 2021), Humor (Galeria Bruno Múrias, Lisboa, 2019), Portugal Em Flagrante - Operação 2 (CAM, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 2016), Camuflagem, ESTUFA Cycle of Exhibitions (Casa-Museu Medeiros e Almeida, Lisboa, 2016), 22th Exhibition Program (Carpe Diem Arte e Pesquisa, Lisboa, 2016), Gravity and Grace (Altes Finanzamt, Berlim, 2014), An Oblique Fiction (Kunstlerhaus Bethanien, Berlim, 2011), Byts- Bosch Young Talent Show (Stedelijk Museum’s Hertogenbosch, 2011), Unfolding: Space (Grimmuseum, Berlim, 2011), O Museu em Ruínas (Coleção António Cachola, MACE, Elvas, 2009), Amália Coração Independente (Centro Cultural de Belém, Lisboa, 2009), Prémio Fidelidade Mundial Jovens Pintores (Culturgest, Lisboa, 2007), Opções e Futuros - Obras da coleção (Fundação PLMJArte Contempo, Lisboa, 2006), 7 Artistas ao 10º Mês (Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 2005), Expanded Painting (2nd Prague Biennial, Praga, 2005), Rothschild Award for Painting (Lisboa, 2003).

O seu trabalho encontra-se representado em diversas coleções públicas e privadas, destacando-se a Fundação Calouste Gulbenkian; Coleção de Arte Contemporânea do Estado - CACE; Fundação Ilídio Pinho; Coleção EGEAC - CML; Museu de Arte Contemporânea de Elvas - Coleção António Cachola; Fundação EDP/MAAT; Fundação PLMJ; Fundação Entrecanales, entre outras.

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011.

ISABEL SIMÕES

Acrílico sobre papel 2015

Dim. aprox.: 80 x 90 cm.

Sinopse: “O trabalho de Isabel Simões (Lisboa, 1981) desdobra-se em suportes distintos, da pintura, ao desenho ou aos objetos tridimensionais, que interferem e que são simultaneamente afetados pelos espaços que habitam e por uma relação de escala e lugar com o corpo móvel do observador. São imagens-objeto que se constroem no próprio processo de pintura e desenho, a partir de outras (imagens) captadas de espaços e de objetos quotidianos”pretextos” para tomar aspetos da perceção e da relação com o visível e o sensível como campo de ação intuitivo - atrasando, apontando ou subvertendo construções de sentido.”

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(n. 1981)
€ 3.000

JACQUELINE DE MONTAIGNE

Jacqueline de Montaigne é uma pintora anglo-portuguesa, mural e artista de colagem cuja arte figurativa dramática, infundida na natureza, pode ser encontrada em galerias internacionais e na proeminente cena artística de rua da Europa, onde a sua utilização de técnicas clássicas de douramento num contexto urbano, se tornou a sua assinatura.

De Montaigne é uma artista autodidacta com formação académica em ética médica e ciências da saúde, que só decidiu prosseguir plenamente a sua carreira artística em 2018.

A sua obra está agora representada tanto em colecções internacionais privadas como públicas com mais de 70 murais privados e públicos em grande escala sob a sua alçada, bem como tendo a sua arte utilizada em iniciativas sociais na Bélgica, Canadá, Portugal, Espanha, Brasil, Paraguai, República Dominicana, México, Peru, Colômbia, Guatemala e Costa Rica.

O trabalho de Jacquelines é introspectivo e autobiográfico, onde a artista utiliza textos secundários, imagens e a identidade visual das suas figuras para explorar a nossa verdadeira natureza versus crenças impostas e expectativas da sociedade. A natureza também tem uma forte presença em todo o trabalho da artista, trazendo uma calma etérea onde a fauna e flora escolhidas têm cada uma significados simbólicos onde a linguagem das flores é extensivamente explorada.

A aguarela é o meio preferido da artista, pelo qual ela se apaixonou quando criança, querendo originalmente prosseguir a ilustração científica. Independentemente da superfície em que trabalha, ela tenta sempre manipular os seus materiais para criar os efeitos e fluidez das aguarelas - muitas vezes abrangendo e iluminando os seus temas com metais preciosos, seja uma pequena aguarela de qualidade científica, uma grande tela ou um mural de arte de rua pública de 400m/2 numa parede de betão desgastado. O seu estilo de pintura de aguarela também deixa uma pegada ecológica reduzida, uma vez que a tinta à base de água e o pigmento são diluídos e estratificados da mesma forma que as aguarelas. Jacqueline vive atualmente em Cascais, Portugal, onde mantém uma prática de estúdio a tempo inteiro.

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012.

JACQUELINE DE MONTAIGNE

Aguarela

Dim. aprox.:

Sinopse: “A

beauty as we search

a balance and sense of calm, creating a space where we can truly blossom.”

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sobre papel 350gm2 2022
60 x 64 cm.
cultivation of our inner
for
€ 400

JOÃO PAULO SOUSA

João Paulo Sousa

João Paulo da Fonseca e Sousa, 53 anos, Natural de Lisboa. Fisioterapeuta e Osteopata de profissão, tem-se dedicado nos últimos 7 anos à escultura e pintura, sobretudo aguarela. Sem formação de base em artes plásticas é um curioso, apaixonado e perseverante “jovem” artista totalmente autodidata. O seu trabalho enquanto artista plástico, tem sido muito mais a procura constante de técnicas criativas inovadoras, do que a continuação das mesmas. Conta até hoje com sete grandes exposições, todas elas com motivações e materiais usados completamente diferentes que vão desde a madeira, arame, aguarela, acrílico, e mais recentemente a utilização de colchões de molas como a base dos seus quadros/instalações. Seguindo um sonho antigo, em 2020 fundou um novo espaço de exposições de arte bem no cento de Lisboa “Óriq”.

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013.

JOÃO PAULO SOUSA

Oro

Aguarela sobre papel 300 g. Assinado e datado de 2019 Dim. aprox.: 59 x 92 cm.

€ 600

Sinopse:

”A tarde era Já de Setembro Quase de Outubro, mas não ainda. Havia um azul salpicado no céu, por cima do turquesa do mar preguiçoso, onde duas ou três nuvens de branco algodão pareciam servir por momentos, de poiso às Gaivotas, indiferentes a tudo.

Mais Amarelo que o sol, Meia rodela de limão boiava enquanto o álcool do gin reclamava por um poema que se impunha. Sem caderno ou lápis sequer, apenas folhas brancas de Canson e uma caixa cheia de meias bisnagas com etiquetas coloridas de fembrant.

Afiei uma régua com palmo e meio na ideia de fazer a cama para palavras caras. Mas depois, depois

o A virou o Blue Indigo

o B Lemon Yellow

o C Golden Ochre, até chegar ao Burnt Sienne do Z. Pelo meio

o Cadmio real ardia de paixão, Olive green descansava nas copas das árvores, Blue de Pruisse chamava-nos, para banhos tranquilos e o Ultramarin violett criava cenários de Mistério e magia.

Já com o escardate no horizonte Terminava os primeiros poemas, afinal aguarelas.”

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JOÃO QUEIROZ

João Queiroz

Vive e trabalha em Lisboa. Expondo individualmente desde 1986, uma selecção das suas exposições individuais inclui Encáusticas, Appleton Square (Lisboa, 2015); Stanca Luce, Fundação Carmona e Costa (Lisboa, 2015); ahnungslos, Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (2014); A noiva Dourada, Vera Cortês Art Agency (Lisboa, 2013); Afinal era uma borboleta (Pavilhão Branco, Museu da Cidade, Lisboa, 2012), A curva do rio (Uma certa falta de coerência, Porto, 2011), Silvæ (Culturgest, Lisboa, 2010), Galeria Quadrado Azul (Porto, 2009), Obras sobre papel (Centro Cultural Vila Flor, Guimarães, 2009), Chiado 8 Arte Contemporânea (Lisboa, 2007), Centro de Arte Moderna (Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 2006), Artadentro (Faro, 2004), Le besoin du noble (modo menor, silvæ) (Lisboa 20 Arte Contemporânea, 2003), Liber Studiorum (Sala Jorge Vieira, Lisboa, 2001), Articulação e Pele (Porta 33, Funchal, 2000) e O ecrã no peito (Atelier-Museu Municipal António Duarte, Caldas da Rainha, 1999). Das coletivas em que participou destacam-se Uma Coleção: Um Museu | 2007-2017, MACE (Elvas, 2017), Blackbox: Museu Imaginário, com curadoria de João Louro, Museu do Caramulo (Caramulo, 2017), A Arte como Experiência do Real, CIAJG (Guimarães, 2017), The Middle Line, LIMAC (Madrid, 2017), Chiado 8, Coleção António Cachola (Lisbon, 2017) Anozero: Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra (2015); Um Horizonte de Proximidades: Uma topologia a partir da Coleção António Cachola, Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas (São Miguel, Açores, 2015); Tão alto quanto os olhos alcançam, Fórum Eugénio de Almeida (Évora, 2014); Nothing Comes From Nothing, Parkour (Lisboa, 2013); Sincronias (MEIAC, Badajoz, 2012), Flatland Redux (Palácio Vila Flor, Guimarães, 2012), Como proteger-se do tigre: (Bienal de Cerveira, 2011), A paisagem na colecção do Centro de arte moderna José de Azeredo Perdigão (Lisboa, 2011), Articulações (Allgarve, Faro, 2008), Avenida 211 (Lisboa, 2008), Portugal Agora (MUDAM, Luxemburgo, 2007), Zoom 1986-2002: Colecção de Arte Contemporânea da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento – Uma Selecção (Fundação de Serralves – Museu de Arte Contemporânea, Porto, 2002) e Um oceano inteiro para nadar (Culturgest, Lisboa, 2001). João Queiroz foi o vencedor do Prémio AICA 2011 e do prémio EDP de desenho em 2000.

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31 014.

JOÃO QUEIROZ (n.1957)

Aguarela sobre papel Dim. aprox.: 15 x 21 cm.

€ 1.600

MAÍSA CHAMPALIMAUD

Maísa Champalimaud

“Maísa Champalimaud (n.1987) nasce, vive e trabalha em Lisboa. Procura através das potencialidades da pintura, trilhar um caminho de autoconhecimento. Por detrás das suas linhas, afirma não existir qualquer tipo de corrente ou ideologia, mas sim inúmeras influências que a marcaram decisivamente: quer na forma, força, vibrações, cores e temáticas das suas obras.Paralelamente à pintura, a artista participa na gestão de um escritório familiar; tendo-se deparado com dois mundos tão distintos, acreditou que juntos funcionariam como base do seu equilibrio.” Nos últimos anos, a artista plástica tem realizado obras desde o desenvolvimento do contra-rótulo do vinho do Xutos & Pontapés à intervenção numa casa de banho no LX Factory; da criação de um padrão para roupas da marca Monarte ao desenvolvimento de um mural no restaurante El Clandestino.

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33 015.

MAÍSA CHAMPALIMAUD (n.1987)

“Steinbeck - When the world goes pop” Acrílico sobre livros, moldura branca e vidro acrílico 2020

Dim. aprox.: 99 x 142 cm.

Sinopse: “Em 2020 estivemos confrontados com uma nova (e avassaladora) realidade: abraços proibidos, vontades estranguladas, a vida suspensa. Fomos convidados a olhar para dentro. De nós mesmos. Da nossa casa. Do nosso eu. O confinamento obrigou-nos a ver tudo sob um outro ângulo. Trancados em nossos refúgios particulares, iniciamos um processo de autoconhecimento vivido entre quatro paredes. A cultura foi (finalmente) premiada - antes tarde do que nunca! - e esteve na ribalta. O mundo ocupou a cabeça e saboreou o que sempre ali esteve, uma espécie de poeira adjacente a nós mesmos. Primeiro estranha-se, depois entranha-se - como propôs o poeta Fernando Pessoa outrora. Mergulhados em sensações, nos reinventamos (de dentro para fora) num constante processo de catarse. Buscamos, no baú de nossos lares (e das nossas almas) diferentes formas de subreviver. De manter a mente sã. Embrulhados por retalhos de referências populares e pedaços de arte espalhados por gavetas, no fundo dos roupeiros, no íntimo dos nosso âmagos, degostamos o melhor do mundo artístico sobre diversas superfícies: música, literatura, cinema. A arte, enfim, transformou-nos. Distraidos, assistimos o tempo passar e aprendemos a olhar para dentro (de nós mesmos e da nossa casa). Reparamos nos ex-libris que também marcaram a nossa história. Figuras conhecidas que coabitam um imaginário comum. Neles procuramos e encontramos, enfim!, respostas, certezas, uma espécie de abrigo. Aplaudimos intimamente (despidos de preconceitos) aos músicos, escritores, realizadores - agradecendo tamanha sensibilidade. Personagens tão verossímeis que confundem-se e misturam-se connosco. Numa perfeita simbiose.” Joanna Paraízo € 2.400

MANUEL TAÍNHA

Manuel vive e trabalha em Lisboa, Portugal. Estudou na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e na classe de Anselm Reyle da Universidade de Belas Artes de Hamburgo (HFBK). O trabalho de Tainha explora a composição através da alternância de processos, seja adição/subtracção, ou bidimencional/objectual. O valor cultural dos materiais, a limitação, a violência na criação e a condição doméstica são constantes no seu processo de trabalho.

É representado na Dinamarca pela Galeria LastResort.

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MANUEL TAÍNHA

35
GOPAX Lixívia sobre bordado em algodão, madeira e pregos 2022 Dim. aprox.: 60 x 50 cm. € 1.600 016.

MÁRCIO VILELA

Márcio Vilela

Márcio Vilela nasceu em 1978 no Recife, Brasil.

É licenciado em fotografia pela Escola Superior de Tecnologia de Tomar e mestre pelo European Master of Fine Art Photography no IED Madrid.

Em 2008 foi um dos sete artistas selecionados para o prémio Anteciparte. Em 2010 desenvolveu uma residência artística de dois anos no Carpe Diem-Arte e Pesquisa, da qual resultou a exposição individual Mono, em 2012. Neste mesmo ano foi selecionado para o prémio “Abre Alas 8”, promovido pela galeria A Gentil Carioca, no Rio de Janeiro.

Ainda em 2012 participou de uma residência artística na Ilha de São Miguel, nos Açores, a convite da Galeria Fonseca Macedo. Desta residência resultou, em 2014, a exposição Azores, com o lançamento de um livro de artista com o mesmo nome.

Em 2014, foi convidado pelo Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães à realizar uma residência artística na cidade do Recife, com o intenção de desenvolver um novo trabalho sobre paisagem e estudo de cor.

Em 2015, foi um dos artistas convidados para as Residências Criativas do Pico do Refúgio, em São Miguel.

Em 2018, é um dos artistas convidados à participar da série Um.Artista, do Canal Arte1 Brasil. Ainda em 2018 apresenta o projecto “Estudo Cromático para o Azul” no Museu Nacional de Brasilia.

Em 2019, apresenta a exposição Satellites no Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa, Portugal.

Desde 2007, é docente na área da fotografia. As obras de Márcio Vilela estão representadas no Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado - MNAC, Museu Nacional de Brasília, Museu de arte Moderna Aloísio Magalhães, Colecção António Cachola e em diversas colecções privadas. Márcio Vilela vive e trabalha em Lisboa.

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017.

MÁRCIO VILELA (n.1978)

“Cabo da Roca”

Impressão jato de tinta sobre papel algodão Hahnemuhle

2018 - 1/3+PA

Dim. aprox.: 80 x 110 cm.

Sinopse: Estudo de paisagem realizado com filme kodachrome da década de 70.

37
€ 1.600

MARIA APPLETON

Maria Appleton

Nascida em 1997, Lisboa, Maria é uma artista visual com foco nos têxteis. Evoluindo em torno da Impressão, Tinturaria e Tecelagem, o seu trabalho tende a ser uma impressão de cor numa superfície sobre outra.

Maria participou em espetáculos e residências dentro e fora da sua cidade natal. Foi selecionada em 2018 para uma residência no Instituto Tecnológico de Quioto, em 2020 em Pforzheim, no Instituto EMMA e em 2022 convidada pelo Institut Français para ser residente na Cité international des Arts em Paris, com o financiamento especial da Fundação Gulbenkian is Lisbon Arts em Paris.

O foco do seu trabalho tem sido - os têxteis em diálogo com o espaço e os organismos - devido à relevância que vê nas semelhanças entre eles. Através da sua pesquisa sobre cores e transparências, tem vindo a concentrarse na instalação e obras visuais que falam do “no meio”; questionando a arquitectura/espaços mentais e apontando para a política física.

O seu trabalho tende a ser uma impressão de cor numa superfície estratificada sobre outra. Está interessada em estruturas que permitam à luz interagir com a composição, em temas de presença e crença, associando recentemente as ideias da realidade virtual a “obras de vitrais” e mais tarde à Internet. Ligado às discussões contemporâneas, onde a perceção da informação visual está a ser enganada através da informação visual, o trabalho de Maria desenha um diálogo sobre presença/ausência física e memória. Dado que cada olho é diferente, as perspetivas são infinitas e as transparências um processo completo de visualização.

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MARIA APPLETON

“Back with time” Base de algodão azul, algodão fino impresso em serigrafia têxtil, usando binder, seda tingida e impressa com acid dyes. 2022

Dim. aprox.: 62 x 83 cm.

Sinopse: “Esta peça segue por um caminho de experimentação contínua desde 2019, tendo como base a impressão e perceopção de cor como objeto de estudo. Todos os espaços de cor são imutáveis e influenciáveis. Nada é estático, tudo muda. Tal como o processo da impressão, esta peça é fruto dele e revela-se a ela mesma neste.”

39
(n. 1997)
€ 650 018.

MARIANA GOMES

Mariana Gomes

Mariana Gomes, nascida a 26 de agosto de 1983, em Faro, vive e trabalha em Lisboa. É licenciada em Artes Plásticas/Pintura pela faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, sendo distinguida, em 2011, com uma Menção Honrosa no Prémio Fidelidade Mundial - Jovens Pintores. Das exposições que realizou destacam-se a coletiva Quote/Unquote. Between Appropriation and Dialogue, curadoria de Gabriela Vaz Pinheiro, Galeria Municipal do Porto, Porto, MAAT - Musei de Arte, Arquitetura e Tecnologia, Lisboa (2017); e as individuais Romanian Dances, Galeria Baginski, Lisboa (2017); Bollocks, curadoria de Bruno Marchand, Appleton Square, Lisboa (2016); 10º Prémio Amadeu de Souza-Cardoso, Museu Municipal Amadeu de Souza-Cardoso, Amarante (2015); Breviário, Galeria Fernando Santos, Porto (2014); Stop Making Sense!, com curadoria de João Pinharanda, Fundação EDP, Lisboa (2013); X Tentativas, Galeria Módulo - Centro Difusor de Arte, Lisboa (2009). O seu trabalho encontrase representando em várias coleções privadas e em coleções públicas como a Coleção de Arte Contemporânea da Fundação EDP e a Coleção Moderna do Museu Calouste Gulbenkian, Lisboa.

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41 MARIANA GOMES (n. 1983) Óleo sobre tela Verso assinado e datado de 2015 Dim. aprox.: 35 x 46 cm. € 1.800 019.

MIGUEL PALMA

Miguel Palma

Miguel Palma nasceu em 1964. Vive e trabalha em Santarém. Miguel Palma é um artista que se apropria das narrativas de um mod ernity em permanente questionamento para melhor refletir sobre o presente. O fascínio de Miguel Palma pelos ícones da modernidade clássica é evidente: o mundo da aviação, o automóvel, a arquitetura, a natureza (mais ou menos domesticada) e a tecnologia em geral. A curiosidade e a forma como ele articula diferentes horizontes de fronteira do saber, sublinham a capacidade de nos reinventarmos, disfarçando uma lei inexoravelmente maior, que é a vitória do tempo sobre a finitude humana. Como dispositivos que reforçam um olhar crítico sobre o nosso passado recente e o nosso presente, as declarações de Miguel Palma confrontam-nos com as tensões vividas no frágil equilíbrio da nossa existência. Como o Artista nos diz diretamente: “Se o mundo fosse confortável, eu não faria arte”.

Com uma carreira de mais de três décadas, as suas obras cobrem diferentes meios, tais como escultura, vídeo, instalação, desenho e performance. As suas obras estão representadas em várias coleções públicas e privadas, nacionais e internacionais, como por exemplo: Centre Pompidou (Paris, França); Coleção Berardo (Lisboa, Portugal); Culturgest (Lisboa, Portugal); MAAT (Lisboa, Portugal); FRAC Orléans (Orléans, França); FRAC-Artothèque Nouvelle Aquitaine (Limoges, França); FRAC-Limousin (Limoges, França); Fundação de Serralves (Porto, Portugal); Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa, Portugal); MNAC (Lisboa, Portugal); Fundação ARCO (Madrid, Espanha); ASU Art Museum - Museu de Arte da Universidade do Estado do Arizona (Tempe, Arizona, EUA). Participou em várias bienais, incluindoProspecto 1 (Nova Orleães, Louisiana, EUA) e 7ª Bienal de Liverpool (Liverpool, Reino Unido).

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020.

MIGUEL PALMA (n.1964)

“Remetente”

Tinta acrílica, silicone sobre papel Assinado e datado de 2020, com selo do autor Dim. aprox.: 50 x 37 cm.

Sinopse: Carta com selo em silicone. Desenho no interior aberto para exposição.

43
€ 1.000

PATRÍCIA TEIXEIRA DE ABREU

Patrícia Teixeira de Abreu

Nasci a 22/8/1967 em Luanda. Formada em Marketing e Publicidade. Trabalhei na Mc Erickson, NovoDesign. Sócia gerente da Mileventos - Marketing infantil. Atualmente freelancer na área de design gráfico. Fotografia como hobbie.

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021.

PATRÍCIA TEIXEIRA DE ABREU (n. 1967)

“Orvalho” Fotografia Impressa em papel Dim. aprox.: 100 x 70 cm.

45
€ 260

PAULO DAMIÃO

Paulo Damião

Paulo Damião nasceu em 1975 na Ilha de S. Miguel, Açores. No ano de 2004, concluiu a Licenciatura em Pintura pela FBAUL. No mesmo ano é distinguido com o 1º Prémio do Salão de Primavera da Galeria de Arte do Casino do Estoril.

O seu trabalho insere-se numa linha de investigação predominantemente figurativa, através do registo incessante dos momentos da existência humana.

O Amor, a Vida, a Morte, as Emoções, a Condição Humana, são as principais temáticas que Paulo Damião aborda, através de um universo particular, sensível e único.

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022.

PAULO DAMIÃO (n. 1975)

Sem título - (da série Impressão dos Corpos)

Tinta para gravura, sobre cartolina Bristol, em moldura de ferro

2017

Dim. aprox.: 100 x 70 cm.

Sinopse: “Esta peça é resultado da investigação desenvolvida pelo artista em 2017 e foi apresentada ao público na exposição individual “Impressão dos Corpos”. Segundo Paulo Damião é o resultado de uma série de exercícios e experiências com objetos pessoais e máscaras para traduzir uma narrativa de ausência e/ou de duplo. A impressão como resultado da pressão efetuada pelo cilindro da prensa ... sulcos de uma história ou de uma memória latente.”

47
€ 1.000

PEDRO CALAPEZ

Pedro Calapez

Pedro Manuel Delgado Calapez (Lisboa, 24 de fevereiro de 1953) é um artista plástico português, vive e trabalha em Lisboa. Começou a participar em exposições nos anos 1970, tendo realizado a sua primeira individual em 1982. O seu trabalho tem sido mostrado em diversas galerias e museus tanto em Portugal como no estrangeiro. A 8 de junho de 2012, foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.

Exposições individuais (seleção)

Histórias de objectos, Casa de la Cittá, Roma, Carré des Arts, Paris e Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa (1991); Petit jardin et paysage, Capela Salpêtriére, Paris (1993); Memória involuntária, Museu do Chiado, Lisboa (1996); Campo de Sombras, Fundació Pilar i Joan Miró, Mallorca (1997); Studiolo, INTERVAL-Raum für Kunst & Kultur, Witten (1998), Madre Agua, Museu Estremenho e Ibero-americano de Arte Contemporânea (MEIAC), Badajoz e Centro Andaluz de Arte Contemporáneo, Sevilha (2002); Obras escolhidas, CAM- Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa (2004); piso zero, CGAC-Centro Galego de Arte Contemporáneo, Santiago de Compostela, Lugares de pintura, CAB-Centro de Arte Caja Burgos (2005).

Exposições coletivas (seleção) Bienal de Veneza (1986) e Bienal de São Paulo (1987 e 1991) bem como nas exposições 10 Contemporâneos, Museu de Serralves, Porto (1992); Perspectives, Centre d’art contemporain, Marne-La-Vallée (1994); Depois de Amanhã, Centro Cultural de Belém, Lisboa (1994); Ecos de la materia, MEIAC, Badajoz (1996); Tage Der Dunkelheit Und Des Lichts, Kunstmuseum Bonn (1999); “Argumentos de futuro”, Caja San Fernando, Sevilha, Fundación ICO, Madrid; EDP.ARTE, Museu de Serralves, Porto (2001); “Del Zero al 2005. Perspectivas del arte en Portugal”, Fundación Marcelino Botín, Santander (2005); Beaufort Inside-Outside, Trienal de Arte Contemporânea, PMMK Museum, Ostende (2006).

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49 PEDRO CALAPEZ (n.1953) “Double Nature 05” Acrílico e óleo sobre tela 2019 Dim. aprox.: 40 x 30 cm. € 3.600 023.

PEDRO DE SOUSA ARAÚJO

Pedro de Sousa Araújo

Nasce em Lisboa no ano de 1960. Auto-didacta no que respeita ao desenho, começa a pintar em 1992.

Para aperfeiçoar os seus conhecimentos, frequenta em 1997 o De Grau, uma oficina de Pintura e Desenho, onde foi aluno do Mestre Rui Aço e do pintor Noël Fignier. Em 1998 entra para o Ar.Co, onde frequenta os cursos de Pintura e Desenho. É representado em diversas colecções particulares, nacionais e estrangeiras.

Arte como representação do que ainda não existe ou ainda não foi inventado. Arte como materialização da imaginação mais fértil, ou simplesmente como representação do que existe. Arte como representação estética consensual, ou como vanguarda de novas tendências. Arte como tentativa de explicação do inexplicável.

Qual o meu lugar no Universo? Será que sou infinitamente grande num Universo infinitamente pequeno, ou infinitamente pequeno num Universo infinitamente grande? Ou serão multiversos? Arte como representação da minha precariedade? Serei infinitamente forte para tudo o que é frágil, ou pelo contrário serei frágil para tudo o que é infinitamente poderoso? Arte como trompe l’oeil da realidade. Será que o que vejo é o que realmente é ou existe? Ou será apenas uma ilusão? Será que Eu sou Eu ou é outro? Arte é intemporal, mas será que o tempo existe?

Não sei, não tenho respostas, só tenho dúvidas. Apenas sei que a minha arte me permite transpor os meus pensamentos, as minhas dúvidas, as minhas ideias, para a realidade, seja lá o que isso for. Também sei que sou infinitamente livre por isso.

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PEDRO DE SOUSA ARAÚJO

Óleo sobre tela

Assinado (2018)

Dim. aprox.: 120 x 60 cm.

Sinopse: “Trata-se de uma peça de um conjunto de 18, mostradas ao público em Fevereiro de 2019 na Fundação PT (como se chamava na altura) numa exposição com o título “Passing throught”.

Estas obras foram todas feitas com base em desenhos dos meus diários gráficos e representam pessoas (a maior parte delas anónimas) que passaram por mim, de uma forma efémera, ou mais ou menos duradoura.

Neste caso, trata-se de uma turista, desenhada enquanto eu estava numa esplanada em Lagos, no mês de Outubro de 2018”.

51
€ 1.000 024.

RITA THOMAZ

Rita Thomaz (1979), Vive e trabalha em Lisboa. A sua prática artística centrase no desenho, numa exploração da superfície do papel e das diferentes possibilidades de trabalhar relações entre as camadas onde actua. Utilizando diferentes técnicas procura recorrer e desenvolver diferentes dispositivos de exposição que permitam e explorem articulações entre essa superfície e o espaço envolvente.

Tem participado em várias exposições das quais se destacam: New Skin For the Old Ceremony exposição individual na Casa da Avenida, Setúbal (2021); INVASOR ABSTRACTO #4, um projecto OSSO colectivo no TBA, Lisboa (2021); “Livros de Artistas de Artistas Mulheres”, Colecção de Livros de Artista da Fundação Calouste Gulbenkian, na Fundação Calouste Gulbenkian, (2021); INVASOR ABSTRACTO #3, um projecto OSSO Colectivo no gnration, Braga (2021); “INVASOR ABSTRACTO #2”, um projecto OSSO colectivo com as Oficinas do Convento na Galeria Municipal de Montemor-o-Novo (2020); “CANTO”, na Appleton Box (2020); INVASOR ABSTRACTO #1, um projeto do OSSO Colectivo no Convento São Francisco, Coimbra (2019); “ARCHE II” Cidadela art district, Cascais, (2019); “Play is a Serious Matter” na Fundação Portuguesa das Comunicações (2019); ARES, no Museu Geológico de Lisboa (2016); “Notas surdas” (2016) no Espaço AZ Lisboa (2016).

O seu trabalho está representado na Colecção de Arte Contemporânea do estado Português; Fundação Carmona e Costa; Colecção de Livros de artista da Biblioteca de Arte - Fundação Calouste Gulbenkian; Fundação Portuguesa das Comunicações, Colecção Fernando Ribeiro, entre outras colecções privadas.

Estudou Gestão e Administração de Empresas, na Universidade Católica Portuguesa (1997/2002) e Design Interactivo na Miami Ad School em São Paulo, Brasil (2004/2006).

Trabalhou em Gestão de projecto na Ogilvy Interactive, Lisboa (2002-2004) e na 10’Minutos Interactive, São Paulo, Brasil (2004-2006).

Em 2007 ingressa no Ar.Co - Centro de Arte e Comunicação Visual onde completa o Curso Avançado de Artes Plásticas, terminando em 2014. Neste mesmo ano integra o corpo docente da escola, dando aulas no curso de desenho e pintura, até junho de 2019. Actualmente é responsável pela Comunicação da OSSO Associação Cultural, da qual faz parte.

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53 RITA THOMAZ (série #h 2) Monotipia e guache sobre papel 2019 Dim. aprox.: 56 x 76 cm. € 550 025.

RODRIGO AMADO

Rodrigo Amado

Rodrigo Amado (n.1964) após participar num workshop de portfolios da Kameraphoto, onde trava conhecimento com António Júlio Duarte, dá início a uma longa colaboração criativa que se mantém até hoje e que dá origem à sua primeira exposição individual de fotografia, “Close, Closer”. Sendo reconhecido internacionalmente como um dos principais nomes do jazz de vanguarda Europeu, com uma extensa discografia e artigos publicados sobre a sua música em publicações de referência como o Village Voice, nos Estados Unidos, a The Wire, no Reino Unido, ou a Folha de São Paulo, no Brasil, Amado desenvolve uma forte ligação entre música e fotografia, ligação que ganha particular significado na edição dos álbuns “Surface”, dedicado a Stephen Shore, “Searching for Adam”, cujos concertos no grande auditório da Culturgest e na Casa da Música integraram a projecção de imagens da série fotográfica com o mesmo nome, ou “A History of Nothing”, a sua mais recente série fotográfica.

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026.

RODRIGO AMADO (n.1964)

Acrílico sobre papel Assinado e datado de 2022 Dim. aprox.: 53 x 70 cm.

Sinopse: O retrato do corpo humano.

55
€ 600

ROGÉRIO SERRASQUEIRO

Rogério Serrasqueiro

Rogério Serrasqueiro, mais conhecido por Roger, nasceu em Moçambique, cresceu nos Açores, e foi um realizador e fotógrafo do mundo.

Iniciou o seu percurso profissional na área da Publicidade, em 1997, tendo começado como diretor de arte na Publicis, mais tarde na BBDO como diretor de arte sénior e foi ainda diretor criativo na Bates Red Cell.

Em 2012 aceita o desafio para se juntar à equipa de realizadores da produtora Garage Films e em 2015 é um dos realizadores revelação nos Young Director Awards em Cannes.

Durante 10 anos realizou filmes em Portugal e no estrangeiro, principalmente no Médio Oriente e em África, continente muito especial na sua vida.

A fotografia era outra das suas paixões. O seu trabalho criativo resulta da combinação de várias culturas, que as muitas viagens pelos quatro cantos do mundo, lhe trouxeram.

No meio de coordenadas exóticas, paisagens marítimas e até ambientes urbanos, o que realmente o motivava eram as pessoas e as suas histórias de vida fascinantes.

A fotografia ocupava um lugar especial nos trabalhos pessoais que desenvolvia enquanto embaixador X-Photographer da Fujifilm Internacional tendo sido destacado pela National Geographic e outras publicações de relevo.

Como realizador, fotógrafo e criativo ganhou diversos prémios internacionais como Cannes Lions, Eurobest, Fiap, Cresta, London International Awards, Shots Awards e Festival de Nova York, entre outros.

Roger faleceu em Março deste ano, deixando-nos o seu olhar sensível e inteligente imortalizado em fotografias especiais que nos transportam para outras paragens.

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027.

ROGÉRIO SERRASQUEIRO

Impressão Fineprint sobre papel de algodão e laminação UV 2014

Dim. aprox.: 40 x 60 cm.

Sinopse: A vida é uma viagem e há que vivê-la com esperança no futuro. Um olhar focado e optimista que nos devolve o poder de encarar o horizonte com tranquilidade, verdade e sabedoria. Moçambique, Setembro 2014.

57
€ 750

RUI CALÇADA BASTOS

Rui Calçada Bastos

Rui Calçada Bastos nasceu em Lisboa, em 1971. A sua obra debruça-se sobre paisagens, objetos, formas e situações urbanas que num primeiro olhar poderiam passar despercebidas. Trabalhando com e nas cidades por onde tem passado ou vivido, o artista explora detalhes, memórias, gestos e narrativas urbanas enquanto possíveis vislumbres sublimes. Através da fotografia, vídeo, escultura, pintura e instalação, desenvolve os seus temas de forma poética, confrontando o espetador com uma perspetiva autorreferencial. Uma seleção das suas exposições mais relevantes inclui: Inaspettatamente (Cloud Seven, Bruxelas, 2021), I can’t see you, but I know you’re here (Galeria Bruno Múrias, 2020), Unsettling Affairs (Colégio das Artes, Coimbra, 2019), Constelações: Uma Coreografia de Gestos Mínimos (Museu Berardo, 2019), Escala 1:1 (Tabacalera, Madrid, 2018,) Portugal em Flagrante – Operation 3 (Fundação Calouste Gulbenkian, 2017), Portugal, Portugueses / Museu Afro Brasil (São Paulo, 2016), Walking Distance (MAAT, 2016), O Espírito de Cada Época (Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, Brasil, 2015), Hospitalidade (CGAC, Santiago de Compostela, 2014), Super8 (MAM, Rio de Janeiro, 2013), Par Terre (Espace Photographique Contretype, Bruxelas, 2012), Unfinished Journeys (Nasjonalmuseet for Kunst, Arkitektur og Design, Oslo, 2012), Super8 (Yerba Buena Center for the Art, São Francisco, 2012), Overseas (Kunstverein Arnsberg, Alemanha, 2011), Checkpoint Berlin (Centre d’Art Contemporain, Annemasse, 2008), Itinerários. 2006/2007 (Fundación Marcelino Botín, Santander, 2008), Wir haben keine Probleme (Bergen Kunsthall, Bergen, Noruega, 2007), Pequenos Problemas (Circulo de Bellas Artes, Madrid, 2006), The Peninsula (Singapore History Museum, Singapura, 2006), Algunas Figuras – Arte Contemporãnea en Portugal (Laboratorio Arte Alameda, Cidade do México, 2005), It’s Romantic not to be Romantic (Kunstlerhaus Bethanien, Berlim, 2003), entre outras.

O seu trabalho integra importantes coleções como: NBK – Neuer Berliner Kunstverein; Fundação Calouste Gulbenkian; Instituto Figueiredo Ferraz; Coleção de Arte Contemporânea do Estado – CACE; Fundação MAAT / EDP; IVAM – Instituto Valenciano de Arte Moderna; Fundação PLMJ; Coleção EGEAC-CML; The Frédéric de Goldschmidt Collection; Coleção António Cachola; CGAC – Centro Galego de Arte Contemporãnea; Coleção de Fotografia Contemporãnea Novo Banco; Museo de Arte Contemporãneo de Santander y Cantabria; Plancius Collection; Coleção Oliva Arauna; CAV – Centro de Artes Visuais; Susanne & Werner Peyer Collection; Coleção Ordonez-Falcon, entre outras.

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(Lisboa, 1971) debruça-se sobre paisagens, objectos, formas e situações urbanas que num primeiro olhar poderiam passar despercebidas. Trabalhando com e nas cidades por onde tem passado ou vivido, o artista explora detalhes, memórias, gestos e narrativas urbanas enquanto possíveis vislumbres sublimes. Através da fotografia, vídeo, escultura, pintura e instalação desenvolve os seus temas de forma poética, confrontando os espectador com uma perspectiva autoreferencial.”

59 RUI CALÇADA BASTOS (n.1971) “Events” da série: “My life in a Bush of Gosts” 2009 Inject print, edição 1/3 + 1 PA Dim aprox.: 33 x 60 cm. Sinopse: “A obra de Rui Calçada Bastos
€ 2.400 028.

RUI SANCHES

Rui Sanches

Escultor português nascido em 1954, em Lisboa. Em 1974, desistiu do curso de Medicina (frequentava então o terceiro ano) e ingressou no Ar. Co (Centro de Arte & Comunicação Visual), onde frequentou os cursos de Introdução à Pintura, Escultura e Fotografia. Em 1977 partiu para Londres onde estudou no Goldsmiths’ College, obtendo o Bachelor of Arts, com honours, em 1980. Depois, foi para os Estados Unidos da América, onde se inscreveu na Universidade de Yale (New Haven), alcançando o grau de Master of Fine Arts em escultura. De regresso a Portugal, em 1982, Rui Sanches retomou o trabalho iniciado nos Estados Unidos um ano antes, e que já então privilegiava os materiais de natureza industrial, utilizados na vida quotidiana: contraplacados, vidro, tubos de metal, estafe, dobradiças, entre outros. Em meados da década de 80, apresentou-se como um dos protagonistas do chamado pós-modernismo. O seu trabalho remetia para a história da arte, usando como referência pinturas de David, Poussin e de outros artistas, que ele transpõe para a escultura, num processo de desconstrução de uma obra, para reconstruir uma outra. Nos anos 90, começou a fazer escultura com um processo de acumulação de extratos de madeira (contraplacados e aglomerados de madeira), numa procura mais orgânica. São esculturas construídas a partir de estratigrafias de aglomerados de madeira, nas quais cada estrato vai servindo sucessivamente de molde ao estrato que lhe sucede imediatamente no espaço e no tempo. Assim, a escultura de Sanches, muitas vezes feita a partir de uma maqueta em barro, elimina a ideia modernista do artista como autor da ideia, mais do que da prática física. Neste caso, o artista é sempre o autor da obra, entendida como um todo. Durante a década de 90, Rui Sanches exerceu, entre 1994 e 1998, a função de diretor adjunto no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão (CAMJAP). Rui Sanches exerceu, entre 1994 e 1998, a função de diretor adjunto no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão (CAMJAP).

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RUI SANCHES

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(n. 1954) Wasteland # 22 2016 Grafite, pastel de óleo e esmalte sobre papel Dim. aprox.: 48 x 36 cm. Sinopse: A Obra faz parte de uma série. A compra de um original incluí uma publicação com a reprodução das 25 obras da série. € 2.600 029.

SOFIA AREAL

Sofia Areal

É uma das mais importantes artistas portuguesas da actualidade. Inicia a formação artística no Herefordshire College of Art & Design, no Reino Unido, frequentando os cursos de Textile Design, entre 1978 e 1979, e o Foundation Course, entre 1979 e 1980. O interesse inicial pela técnica da tapeçaria é direccionado para a pintura e o desenho, em virtude do tempo associado ao processo de produção, onde encontra a velocidade, o instante, e neles satisfaz a liberdade do impulso, da surpresa e do acidente, e a exploração de uma relação uníssona com os suportes e os materiais. Em Portugal, frequenta os ateliers de pintura e gravura do Ar.Co, entre 1981 e 1983. Expõe colectivamente desde 1982 e individualmente desde 1990.

Os primeiros trabalhos são figurativos, predominando a paisagem e as naturezas-mortas. Evolutivamente, o objecto representado retira-se, e a figuração cede lugar à composição abstracta em sobreposições e justaposições de formas e de traços, entre vazios e plenitudes, entre positivos e negativos, que passam a dominar o seu trabalho enquanto modalidade de análise das manchas, do contorno e da cor das propriedades apreendidas visualmente, guardadas emocionalmente, em objectos encontrados, em pessoas da intimidade, nas coisas triviais da vida, que pontuam intimamente o seu percurso biográfico.

Neles vive o contraste, entre a separação e o aconchego, entre a casa e a viagem, entre o murchar e o florescer, entre o débil e o bravo, entre mar e terra. Dia e noite, vida e morte, céu e abismo. Em dimensões que variam entre o grande e o pequeno formato, com forma rectangular, quadrada ou redonda, aplica, sobre tela e sobre papel, indiscriminadamente desorganizando os códigos próprios do desenho e da pintura, grafites, pastéis secos, tinta da china, aguarela, tinta acrílica, e elementos resultantes do recorte e da colagem. Na sua composição, busca um ideal solar, uma estética do belo, do agradável, do prazer, da harmonia, que procura nas relações de equilíbrios, entre fundo e composição, entre risco e mancha, entre texturas e lisuras, entre opacidades e transparências, entre as cores sólidas de uma palette em que predominam os vermelhos, os amarelos, os azuis, os negros e os brancos sem renunciar a presenças de desdobramentos em cores secundárias, e encontra nos contrastes formais que emergem do instinto do gesto declaradamente musculado, que inscrevem os pessoais.

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030.

SOFIA AREAL (n.1960)

Serie: “Um Pouco Mais de Azul HReeves” Duas técnicas mistas sobre papel Dim. aprox.: 15 x 10 cm.

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€ 700

VERA MOTA

Vera Mota

Vera Mota (Porto, 1982) vive e trabalha no Porto.

A sua prática artística, enraizada na performance, escultura e desenho, concede especial atenção à economia da presença, esforço e ação. Identificando-se com princípios minimalistas, o seu trabalho procura criar novos espaços para os objetos e para a participação do corpo. Através de exercícios que muitas vezes apontam para um conflito entre uma procura pela ordem e um fascínio simultâneo pelas possibilidades de erro e acidente, Mota, por meio de ações e combinações simples, destaca as qualidades físicas dos materiais cuidadosamente selecionados, escolhidos pelas suas especificidades, que influenciam ou até determinam a produção do trabalho.

Os trabalhos de Vera Mota foram apresentados em exposições como Ventriloquismo (Galeria Bruno Múrias, 2021), The body borrows a revolver (Casa das Artes, Porto, 2021), Ossos Flutuantes (Centro de Artes de Águeda, 2020), Heads (Eva International - Ireland’s Biennial, 2018), Curva Contínua (Museu de Serralves, 2018), Guerra como Modo de Ver (MACE, Elvas, 2018), Variations portugaises (Centre d’Art Contemporain, Meymac, 2018), What is the color when black is burned (SESC São Paulo, 2014), SCHEMA (Appleton Square, 2012), im(Matadero, Madrid, 2009), entre outras.

A sua obra integra importantes coleções como a Coleção de Arte Contemporânea do Estado Português - CACE; a Coleção PLMJ; a Coleção António Cachola - MACE; Coleção Ilídio Pinho e Centro de Arte Oliva - Coleção Norlinda e José Lima.

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031.

VERA MOTA (n.1982)

Óleo sobre papel 2022

Dim. aprox.: 53 x 73 cm.

Sinopse: Este desenho faz parte de uma série que propõe um compromisso entre o gesto impresso sobre o papel e o poder auto-gerador do material.

65
€ 2.600

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