Portfólio Paloma Medeiros

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Paloma Medeiros portfรณlio 2019 arquitetura & urbanismo


Paloma Medeiros arquitetura & urbanismo

palomamedeirosarq@gmail.com


SUMÁRIO 4

30

currículo

residencial engenho de dentro Residencial Multifamiliar

6

34

rede alimentar Trabalho de Conclusão de Curso

centro de inclusão social (cis) Revitalização

16

38

entre-lugares Urbanismo e Paisagismo

26 habitação de interesse social Residencial Multifamiliar

escola de dança Espaço coletivo

42 galeria + atelier Espaço de trabalho


CURRÍCULO PALOMA MEDEIROS Arquitetura e Urbanismo Graduada em 2018.1 17.11.1993 Copacabana, Rio de Janeiro - Brasil +55 21 99974 3645 Email: palomamedeirosarq@gmail.com LinkedIn: linkedin.com/in/paloma-medeiros-361b0016a Portfólio: issuu.com/palomamedeirosarq/docs/portf_lio_para_issuu FORMAÇÃO ACADÊMICA ago. 2013 - jul. 2018

PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo CR. 8.6/10

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL mai. 2017 - jul. 2017

Estágio no escritório Escala Arquitetura Desenvolvimento de projetos - estudo preliminar, executivo e detalhamento Levantamento de dados e modelagem/renderização 3D

set. 2015 - set. 2016

Estágio no escritório FAB Arq + Art Desenvolvimento de projetos - estudo preliminar, executivo e detalhamento Levantamento de dados e modelagem/renderização 3D

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL TEMPORÁRIA nov. 2018

Colaboração no escritório Maneco Quinderé Projeto de iluminação 4


jan. 2019

Projeto de design de interiores particular Desenvolvimento de projetos - estudo preliminar, executivo e detalhamento Modelagem/renderização 3D

CERTIFICADOS E HONRARIAS dez. 2017

Menção Honrosa: Arquiteto do Amanhã IAB-RJ Instituto de Arquitetos do Brasil Categoria: Urbanismo e Paisagismo Entre-Lugares: no qual a arquitetura, o território e suas interfaces se confundem (pg.16)

dez. 2014

Certificado Universitário Honra ao Projeto Galeria + Atelier (pg.42)

CONHECIMENTO DE INFORMÁTICA Pacote Office AutoCad SketchUp Photoshop

Illustrator InDesign vRay Revit

IDIOMAS Inglês Francês

ENVOLVIMENTO ACADÊMICO mar. 2015 - jul. 2018

Monitoria de Matemática PUC-Rio

ago. 2016

Exposição INCLUSIVE PUC-Rio Participação com o proj. de revitalização Centro de Inclusão Social - CIS (pg.34)

ago. 2016 - dez. 2016

Workshop INSITU PUC-Rio Elaboração do cobogó para o Consulado Geral de Portugal no Rio de Janeiro 5


Rede Alimentar

Restaurante Popular Sustentável Trabalho de Conclusão de Curso 2018

A Rede Alimentar possui a proposta de criar um conjunto de locais pela cidade que facilitem e estimulem as atividades voltadas para a produção e a elaboração de alimentos saudáveis, com alto valor nutricional a preços acessíveis, restaurante popular sustentável - melhorando a qualidade de vida, principalmente, das pessoas em situação de insegurança alimentar. Além da atividade de produção e fornecimento das refeições, outro objetivo é trazer a importância da produção de alimentos no meio urbano, incentivando a prática da agricultura pela população.

Produção Horta

Reutilização

Compostagem

Elaboração Restaurante

6


O intuito é abrigar um ciclo de produção contínuo, onde o restaurante terá como base da alimentação os produtos originados da produção orgânica própria, juntamente com a de agricultores locais parceiros, incentivando a produção local; sistema de compostagem do resíduo orgânico; reutilização da água da chuva e eficiência energética. O projeto possui espaços flexíveis e integrados com o jardim produtivo, possibilitando, além do programa principal, locais de aprendizado e troca de informações, e um espaço de venda de produtos dos agricultores parceiros, aproximando-os ao cliente e gerando renda ao projeto.


Portanto, sendo um projeto que visa a qualidade de vida e a disseminação da prática agrícola urbana, ele replicado e funcionando como rede pela cidade, traz a toda população uma qualidade global, formando um círculo virtuoso. Rede definida a partir do dado estatístico IDS (Índice de Desenvolvimento Social)

Centro

Região Administrativa Centro Corredor Cultural (área 1 - Saara) 0m

500m

1km

ÁREA RESIDENCIAL VLT

CORREDOR CULTURAL USO COMERCIAL E SERVIÇO TERRENO

INSTITUÇÕES DE ENSINO ÁREA RESIDENCIAL

8


Foi realizado um cálculo com o objetivo de definir áreas necessárias para abrigar os três grandes temas do projeto - restaurante, horta e compostagem. A equação geral em porcentagem, torna viável construir esse sistema em diversas dimensões de terreno, possibilitando a formação da rede, e também auxilia a ter uma melhor percepção da escala do terreno. No caso do terreno específico (5.000m²):

+ Horta

Compostagem

Restaurante

72% do terreno (3.600m²) 50% de circulação Área efetiva de plantio: 1.800m²

3% do terreno 150m²

20% do terreno 1.000m²

0m

ouro

Estabilidade

o Pass

Rua Gonçalves Lédo

s

T

5% do terreno 250m²

50m

Av.

Be

Tes co do

25m

Prog. complementar (apoio e anfiteatro)

Bel v. das

as Ar

tes

Policultura Diversificação da (cultivo matéria orgânica diversificado) Fertilização do solo ADUBO COLHEITA Lavagem ORGÂNICO Após 4 meses Triagem (processo total) Coleta do Câmara Espaço livre resíduo orgânico (segunda etapa do processo) RESÍDUO frigorífica Composteiras

(primeira etapa do processo)

Resíduo orgânico + folhas secas

9

Captação da água da chuva

ORGÂNICO

(hortifruti)

Devolução dos Cozinha utensílios (preparação: quente/frio) Salão

(serviço)

Estufa


do ves Lé

2

Rua G

onçal

B

A

Planta baixa térreo 1 Restaurante 2 Informações e apoio 3 Compostagem 4 Anfiteatro

Corte A-A

0m

10m

20m


Beco do Tesouro

D

C

3

1

A 4

Av. Passos

B

3

D

Trav. das Belas Artes

C

0m

Corte B-B

10m

0m

20m

10m

20m


do ves Lé onçal Rua G

B

A

Planta baixa 1° pav. 1 Mezanino Restaurante

Corte C-C

0m

10m

20m


D

Beco do Tesouro

C

1

A

D

Trav. das Belas Artes

C

0m

Corte D-D

Av. Passos

B

10m

0m

20m

10m

20m


DETALHAMENTOS Sistema de fechamento básico em placa cimentícia (módulo mínimo: 1,2m)

Sistema pré-fabricado em concreto (módulo estrutural: 4,8m)

Placa cimentícia: 1,2m x 2,4m Montante: 20cm x 4cm Pilar pré-fabricado

Montante (perfil metálico)

Laje pré-fabricada (de eixo a eixo)

Consolo retangular Viga pré-fabricada

Placa cimentícia

Canteiros Forma básica

.80

terra adubada

tubulação irrigação bloco de concreto

1.20

1.20

1.20

Espaços de convívio

Fachada Ventilada Painel metálico como segunda pele

Estrutura pré-fabricada de concreto

Placa cimentícia

Rebaixo

Colchão de ar

Painel metálico em diversas cores (espaçamento de 5cm)

Sistema de fechamento em placa cimentícia

Painel metálico em diversas cores Painel de gesso acartonado Placa cimentícia Perfil metálico Laje em concreto pré-fabricado


Jardim Vertical

Janela de correr (salão restaurante)

Janela basculante (área de serviço)

Sistema modular de plástico

Estrutura préfabricada de concreto

Estrutura préfabricada de concreto

Sistema de irrigação Substrato

Sistema de fechamento em placa cimentícia

Janela basculante Brise fixo

Esquadria móvel

Esquadria fixa

Recuo com ralo para recolhimento da água

Esquadria fixa


entre-lugares:

no qual a arquitetura, o território e sua interfaces se confundem Urbanismo e Paisagismo 2017

O objetivo deste trabalho é refletir a distinção entre projeto arquitetônico e projeto paisagístico, mostrando que ambos estão intrinsicamente ligados, pois surgem a partir da análise da paisagem e inserção urbana, no qual o objeto, o território e suas interfaces se confundem. Em vista disso, é necessário estudar o contexto para compreender as demandas locais e utilizar estratégias projetuais que as atendam. Localizado entre o bairro da Gávea e do Leblon, o terreno ocupa quase a totalidade da quadra delimitado pelas avenidas Bartolomeu Mitre e Visconde de Albuquerque e pelas ruas Mário Ribeiro - um dos principais eixos viários de conexão da cidade (Lagoa-Barra) - e Capitão César de Andrade, abrigando o 23º Batalhão da Polícia Militar com uma ocupação de baixa densidade em uma área de 35.000m². Encontra-se em uma posição estratégica para a dinâmica urbana da região, com proximidade da Praia do Leblon pelo Canal Visconde de Albuquerque, do Campus da PUC-Rio, do Jockey Club, dos equipamentos urbanos como hospitais e escolas e das áreas livres como Largo da Memória e a Lagoa Rodrigo de Freitas. Além disso, as visadas para o Cristo Redentor e Morro Dois Irmãos são visualizadas através da topografia elevada do terreno e são consideradas no processo projetual.

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Em vista da otimização da ocupação do Batalhão e da democratização do terreno, propõe-se um edifício híbrido como principal articulador dos programas uma Midiateca pública, promovendo conexão dos usos encontrados no entorno: cultural, misto (residencial e comercial), institucional e áreas livres.O programa da Midiateca foi escolhido pela grande quantidade de instituições de ensino encontradas nas proximidades, proporcionando uma maior diversidade de pessoas.


Como continuidade do caráter público, o térreo é projetado como extensão do espaço coletivo para promover permeabilidade da quadra criando acessos e inserindo novos percursos no cotidiano dos pedestres. Também foram considerados os elementos naturais do terreno - topografia, vegetação e caminhos das águas -,questões importantes para a articulação com a arquitetura de forma a preservar e potencializar a paisagem natural.

Vista Largo da Memória


O processo de análise transita entre a escala do bairro e da quadra, investigando as principais relações urbanas com o terreno em questão. Como o objetivo é democratização desse, os espaços públicos, Largo da Memória e Av. Visconde de Albuquerque, são sujeitos as intervenções a fim de proporcionar uma melhor apropriação e conexão com o projeto. Para a Av. Visconde de Albuquerque, a proposta é torna-la um percurso agradável de conexão com a praia do Leblon, a partir da reestruturação das calçadas, implementação da ciclovia e quiosques que promovam a diversidade de usos. Já o Largo da Memória, por se encontrar entre ruas de fluxo constante de veículos, não possuir usos atrativos e ser pouco frequentado, a proposta é a reformulação do fluxo de pedestre para o interior da praça, a colocação de vegetação em seu perímetro e a implantação de novos programas, promovendo maior integração com o espaço público. A diretriz de ocupação foi estabelecida a partir de três conceitos: preservar a vegetação existente; promover acessibilidade e permeabilidade a partir das análises dos fluxos atuais, articulando os caminhos dos pedestres aos naturais; aproximar o edifício das bordas do terreno estabelecendo relação da arquitetura com os transeuntes. Em vista disso, gera-se um eixo edificado, cuja forma se adapta a topografia e permite continuidade dos fluxos. Com isso, são criadas articulações de rampas externas com espaços de convivência que conduzem as pessoas desde o térreo à cobertura caminhável. Com o intuito de gerar densidade, em resposta ao potencial construtivo do terreno, propõese a criação de duas torres, pois permitem a verticalização do edifício sem interromper as visadas.

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Intervenção urbana

Largo da Memória e Av. Visconde de Albuquerque

Diretriz de Ocupação

Eixo edificado


Térreo

1°pav.

2°pav.

3°pav.

Em relação ao edifício híbrido, os programas propostos - comércios, escritórios e residências - respondem às necessidades do entorno e possuem o objetivo de promover adensamento e contribuir para a manutenção do complexo. Próximo às ruas de maior fluxo de pessoas, Rua Mário Ribeiro e Av. Bartolomeu Mitre, são localizados os comércios promovendo maior integração com o projeto. Na borda delimitada pela Av. Visconde de Albuquerque, o terreno faz divisa com edifícios residenciais, por isso optou-se por garantir a privacidade mantendo o programa residencial tanto na parte horizontal quanto na torre localizada acima desse. Já na torre voltada para a Av. Bartolomeu Mitre, encontram-se os escritórios e o Batalhão da Polícia Militar. Pela necessidade de permanecer no local, por questões de segurança dos bairros, ele foi compatibilizado com o projeto, permitindo sua articulação com o edifício.

Torres

Batalhão de Polícia Comércio e serviços Residencial Escritório Midiateca Bloco de circulação vertical

20


ANÁLISE DO ATUAL E PROJETO

21


PLANTA BAIXA TÉRREO 0m

20m

50m

A

100m

1° PAV. B

B

A

PLANTA BAIXA 4° PAV. 0m

20m

50m

A

100m

8° PAV. B

B

A

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2° PAV.

3° PAV.

9° PAV.

COBERTURA

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Vista praça interna (comércio)

Vista praça interna (espaço interativo)

Com o intuito de tornar o térreo uma extensão do espaço público, a proposta é gerar permeabilidade da quadra com base na análise dos fluxos pré-existentes, criando acessos e inserindo novos percursos no cotidiano dos pedestres. Com isso, o principal – que liga a Rua Mário Ribeiro à Av. Bartolomeu Mitre – gera duas tipologias de praça: a primeira, mais próxima dessas ruas, é rebaixada e resguardada pelo edifício, onde se encontram os comércios; a segunda, possui duas características distintas: o mais próximo da área residencial se configura como um espaço íntimo a fim de preservar sua privacidade; o outro, no entanto, juntamente com a arquibancada, caracteriza-se como um espaço interativo. 24


CORTE A RUA CAPITÃO CÉSAR DE ANDRADE - RUA MÁRIO RIBEIRO

CORTE B AV. BARTOLOMEU MITRE - AV. VISCONDE DE ALBUQUERQUE

Portanto, o projeto é um resultado da análise das relações e necessidades do entorno, uma vez que se propõ euma conexão que transita entre as escalas urbana, natural e humana, a recognição da paisagem pela integração da arquitetura com o paisagismo e promoção de um espaço que ofereça diversos usos e apropriação de diferentes públicos, tornando-se relevante ao contexto inserido. As estratégias projetuais apresentadas, são, então, o resultado da complexa e detalhada análise de todos os elementos que integram o contexto. 25


habitação de interesse social Residencial Multifamiliar A região portuária do Rio de Janeiro vem sendo revitalizada e recebendo diversos investimentos. Uma das consequências deste processo de transformação é a gentrificação, na qual há um aumento de custo de bens e serviços, dificultando a permanência da população de baixa renda local. Respondendo a esta questão, o projeto garante que haja habitação para população de baixa renda nesta área, aproximando os trabalhadores de seus empregos, diminuindo o custo com transportes e grandes deslocamentos, melhorando assim a mobilidade urbana de forma geral. A implantação do edifício se dá pelo posicionamento de blocos paralelos aos eixos do passeio, garantindo maior relação com o transeunte e permitindo que haja um pátio amplo no interior do terreno. Desta forma o programa térreo corresponde a lojas, restaurantes, escritórios e consultórios, gerando apropriação do espaço público e renda para o edifício através de aluguéis. Arquitetura de qualidade Construção de baixo custo Desenvolvimento do módulo mínimo (1,5m x 1,25m)

2016

Planta de Situação

Fluxos

Sistematização da construção Diversas tipologias de apt. para atender vários perfis de moradores Redução do consumo de energia

Ventilação cruzada

Edifícios formados por duas lâminas de apt. afastadas e conectadas por passarelas


TIPOLOGIAS

TIPOLOGIAS 3.00 3.00

6.00 6.00

3.00 3.00

5.00

OU

30m² 1 QUART0

9.00 .00 3.00 3.00

3.00 3.00

3.00 3.00

.00 9.00 3.00 3.00

3.00 3.00

5.00

3.00 3.00

45m² 2 QUART0S

5.00 5.00

OU

45m² PNE

PLANTA BAIXA TÉRREO 0m

3.00 3.00

3.00 3.00

3.00 3.00

3.00 3.00

3.00 3.00

3.00 3.00

3.00 3.00

12m

36m

5.00 5.00

3.00 3.00

.00 12.00

.00 12.00

5.00 5.00

60m² 3 QUARTOS

60m² 3 QUARTOS

3.00 3.00

9.00 .00 3.00 3.00

PLANTA BAIXA 3° PAV. 3.00 3.00

1.50 .50

1.50 .50

3.00 3.00

3.00 3.00

5.00 5.00

5.00 5.00

5.00 5.00

OU

67,5m² DUPLEX

6.00 6.00

5.00 5.00

5.00 5.00

6.00 6.00

30m² SERVIÇO

6.00 6.00

5.00 5.00

30m² COMÉRCIO

5.00 5.00

6.00 6.00

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PLANTA BAIXA 6° PAV.


B

A A

B

CORTE AA 0m

6m

12m


CORTE BB 0m

6m

12m


residencial engenho de dentro Residencial Multifamiliar 2016 A partir do diagnóstico realizado sobre o bairro Engenho de Dentro, onde é localizado o projeto, concluiu-se que é um local predominantemente residencial unifamiliar, com construções havendo relação com a rua e moradores convivendo diariamente com seus vizinhos. Portanto, é um bairro com grandes vínculos de comunidade, algo bastante característico do local. Partindo deste conceito é realizado um projeto, onde mesmo sendo verticalizado, matenha o caráter de proximidade entre os moradores e a vizinhança. Para isso, o edifício é construído a partir do conceito de encontros, onde em cada pavimento há um local que permita esta ação. Reforçando ainda mais, o térreo se torna um local de encontro para todos, uma área de estar e lazer aberta ao público. Um local explorado pelo projeto é o Instituto Nise da Silveira, onde é realizado diversos tipos de tratamentos psiquiátricos, sendo a arte o principal remédio. Portanto não deve ser ignorado pela proximidade com o terreno e pela quantidade de cultura e novos conhecimentos que o local produz. Assim, o projeto há o desejo de estreitar sua relações com o Museu de Imagens do Inconsciente, local que expõe obras realizadas pelos clientes do Instituto. Então para extrapolar esta cultura dos seus limites, é proposto o uso da área aberta ao público do edifício para pequenas exposições e eventos do museu, tendo assim objetivo de quebrar o preconceito existente pelos moradores do bairro e tornar o Instituto cada vez mais conhecido e admirado.

ENGENHÃO

LIN

HA

AM AR

EL

A

LINHA DO TREM

INSTITUTO NISE DA SILVEIRA

30


Havendo como objetivo atrair os moradores para as áreas comuns do edifício, é desenvolvido a circulação vertical de escadas em torno do prisma central de iluminação e ventilação, assim a escada se torna o elemento integrador dos espaços de convivência desenvolvidos no decorrer do edifício. Prisma central

Espaços de convivência

Escada central como elemento integrador Unidades Duplex Unidades 1 quarto

Espaços de convivência Unidades 2 quartos Uso de painéis em madeira com menção ao muxarabi em abertura tipo camarão e de correr.

Cobogós - elementos encontrados nas edificações do bairro Engenho de Dentro.

Área pública adequada para receber pequenas exposições e eventos do Museu de Imagens do Insconciente, equipada com bancos e paíneis fixados no teto para expôr obras e outras instalações.

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PLANTA BAIXA TÉRREO 0m

5m

10m

CORTE A 0m

CORTE B 5m

10m

0m

5m

10m


PLANTA BAIXA SUBSOLO 0m

5m

PLANTA BAIXA 1 PAV.

10m

0m

PLANTA BAIXA 2 PAV. 0m

5m

0m

5m

10m

10m

PLANTA BAIXA 3 PAV.

10m

PLANTA BAIXA 4 PAV.

5m

0m

33

5m

10m

PLANTA BAIXA COBERTURA 0m

5m

10m


centro de inclusão social (cis) Revitalização 2015 A falta de acessibilidade no espaço urbano e o descuido com pessoas com necessidades especiais são reais e devem ser levados em conta. A proposta para esse projeto é criar espaços que complementem a educação escolar para essa parte da população, já que a maioria das escolas ainda não está preparada para atendê-la, questão determinante para a escolha do terreno. Localizado no bairro das Laranjeiras, bairro prioritariamente residencial e conhecido pela enorme quantidade de escolas, o CIS estará próximo de uma grande quantidade de alunos e de profissionais da área.

Proximidade com instituições de ensino

Projeto desenvolvido no antigo Instituto Santo Antônio, antes uma residência fundada em 1921 na Rua das Laranjeiras, 559 e transformada em local de educação pela proprietária, hoje com uma função incerta. Após anos de descuido, a construção sofre um processo de degradação chegando a um estado de ruína, onde há vários anexos improvisados ao longo do terreno.

É proposto demolir os anexos do terreno para criar novos ambientes com melhor qualidade e uso, deixando a extensão do lote livre, permanecendo apenas os fechamentos exteriores da ruína e sua varanda com seus componentes, partes originais da construção. 34


A proposta de acessibilidade do projeto deve extrapolar os limites do terreno, assim é proposto vagas destinadas a cadeirantes, nova pavimentação da calçada e piso tátil. A ruína, antes da intervenção, ficava excluída das construções do entorno e não recebe atenção dos pedestres que por ela passam, com isso é criado um volume que se eleva na parte superior da ruína, trazendo vida e atenção para ela, assumindo o compromisso de trazer um novo olhar em relação às pessoas inclusivas.

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FLUXOS O corredor entre a ruína e o muro cria um eixo de circulação longitudinal de pedestres que foi mantido, esse eixo segue a extensão do terreno, dando acesso aos diferentes ambientes de forma rampada.

ARQUIBANCADA

PÁTIO

ESPAÇO SAÚDE

RUÍNA PÁTIO

ESPAÇO SAÚDE

RUÍNA

PROGRAMA - RUÍNA

O térreo da ruína é destinado a um Subindo de elevador ou escada, o público chega ao primeiro pavimento e ao mezanino, espaço de palestras para preparar destinados a um café e à espaços de convivência entre todos que desejem frequentar professores para o ensino inclusivo. o local, oferecendo uma área flexível para estudo, workshops e atividades em geral, sempre respeitando o desenho universal. 36


PROGRAMA - PÁTIOS E ESPAÇO SAÚDE Seguindo a extensão do terreno, o pátio, área aberta muito necessária pelo terreno ser tão estreito, pode ser acessado através da rampa. A segunda área livre do projeto é destinada ao denominado espaço saúde, onde acontecem atividades como fisioterapia, fonoaudiologia, ortótica etc. Esses espaços são separados por painéis móveis, possibilitando a conexão entre os dois pátios, trazendo fluidez ao térreo. PROGRAMA - ARQUIBANCADA

Na parte do terreno onde o relevo começa a ficar muito íngreme é criado um espaço de arquibancada, seguindo como uma extensão do terraço do espaço saúde. A arquibancada fica sobre o relevo e pode ser usada de diversas maneiras, para isso há uma cobertura retrátil com brise que funciona mecanicamente, podendo ser adaptada à necessidade de cada evento. Na extremidade da cobertura há uma tela de projeção, permitindo que o espaço sirva para exibição de filmes e palestras maiores.

O programa do Centro de Inclusão Social está disposto de forma a gerar espaços fechados e abertos, possibilitando maior conforto, já que o terreno no qual está localizado é estreito e situado em uma área densa. Estes espaços, apesar de independentes, formam um todo na formação e integração de pessoas inclusivas.


escola de dança Espaço coletivo 2015 Analisando o entorno do terreno localizado no Centro, atrás do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, um dos aspectos que mais chama atenção é a ortogonalidade dos edifícios. As fachadas escondem sua complexidade. Neste projeto da escola de dança, pretende-se caminhar no sentido oposto a essa análise, criando um edifício que transmita sua multiplicidade programática. Planta de Situação

O prisma de circulação é resultado da percepção do entorno, é uma construção dura, pesada que se coloca na posição oposta ao Municipal para deixar as visadas livres para os outros espaços do projeto.

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O edifício recebe programas múltiplos, como uma academia aberta a população, salas de dança, biblioteca, teatro e restaurante. Estes espaços estão dispostos como elementos que se posicionam encostados no prisma de circulação, criando pátios entre si e formando uma fachada articulada, com movimento, assim como a dança. A proposta é criar uma escola de dança com finalidade não profissionalizante, já que existem escolas com esse perfil no entorno.

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Os pátios funcionam como espaços de apropriação, para uso dos alunos da escola de dança, podendo ser usados livremente. Estes contam com mobiliários e estrutura que possibilitam a prática da dança. Por exemplo, estruturas na laje de teto capazes de suportar panos e cabos, barras e bancos para alongamento entre outros.

Pátio

O teatro não é do tipo formal. A escolha é criar um pátio que recebe toda a estrutura retrátil, com capacidade de 100 pessoas contando com espaços para cadeirantes. Assim, esse espaço se torna totalmente flexível, podendo variar o número de público, o tamanho do espaço do espetáculo ou ser apenas um pátio de ensaio.

Teatro

40


41


galeria + atelier Espaço de trabalho

Rua Sete de

Rua do Teatro

Localizado no centro da cidade do Rio de Janeiro, em uma área de movimento e comércio, o terreno liga a Rua Sete de Setembro a Rua do Teatro. Com o intuito de acompanhar a leitura feita do entorno, em que as testadas estão nos limites dos lotes, a prosposta é fechar o terreno para as duas ruas que compõem seus limites. Desta forma, a percepção do pedestre é de que a construção segue os parâmetros de ocupação dos vizinhos, organizados como caixas que ocupam todo o terreno.

Setem bro

2014

Planta de Situação

Criando assim, ao entrar no edifício, uma surpresa no visitante, que se depara com um espaço amplo e aberto, um pátio gerado pelo afastamento de dois blocos. A duas entradas estão deslocadas, de forma a evitar um processo de atravessamento do terreno. O intuito é que o visitante entre sem saber que há uma saída para a rua paralela, que este permaneça e vivencie o espaço.

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O programa se desenvolve ao redor deste pátio, fazendo com que ele seja o ponto focal do projeto, tudo gira e funciona em torno dele. Os dois blocos são interligados em sequência por escadas e passarelas, que dão acesso a galeria, área de apoio e ateliês.

ATELIÊS

ATELIÊS APOIO

GALERIA GALERIA

CAFÉ

Corte AA Longitudinal

Setem

bro

O edifício se fecha para fora e se abre para dentro, valorizando sua centralidade.

ete de

ATELIER

ATELIER

A

A ATELIER

ATELIER

Planta Baixa 3º Pavimento

43

Rua do Teatro

Rua S


Perspectiva vista pelo observador no pรกtio

Maquete vista lateral - Esacala: 1/100

44


Maquete detalhe do Atelier - Escala: 1/50

Maquete Conceito

Maquete conceito onde cada cor representa as principais partes do projeto. O branco representa os dois blocos afastados, criando o vazio do terreno, da cor preta, e entre eles a circulação, que se desenvolve em torno do vazio, de cor cinza. 45



Paloma Medeiros arquitetura & urbanismo

palomamedeirosarq@gmail.com



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