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Existir
O Almanaque
Sumário O que é gênero ? ... 6
Genero e sexualidade são a mesma coisa ? ... 7 O que significa ser não binario?
... 8
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O que significa ser transexual ?
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Terapia hormonal ... 10 Pessoas trans no mercado
Famosos trans Joanna Almeida ... 14 Valentina Sampaio ... 15 O que nĂŁo dizer para uma pessoa transgenero ... 16
O que é gênero ? Gênero pode ser definido a partir de um grupo de indivíduos, ideias e objetos que possuem características em comum. Segundo a OMS, gênero tem uma implicância ao longo da vida de um indivíduo na saúde em normas relações e papéis.
O gênero não é determinado biologicamente, seguindo características sexuais femininas ou masculinas, mas sim construído socialmente. A identidade de gênero se diz respeito a como um indivíduo se sente em relação ao próprio gênero, podemos dizer que esta na cabeça de cada pessoa, em alguns casos não se encaixando no espectro do binarismo, nem feminino nem masculino.
Gênero e sexualidade são a mesma coisa ? Orientação sexual, difere de identidade de gênero pois são condições diferentes de um indivíduo. A orientação sexual é um termo que está relacionado às diferentes formas de atração sexual e afetiva de cada indivíduo, podemos dizer que a sexualidade é aquilo que sentimos em nosso coração.
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O que significa ser não-binário? Quando se fala de pessoas não-binárias, ou trans não-binárias, nos referimos a uma pluralidade de identidades e autopercepção e expressão. Como gênero é uma construção social, entende-se que existe um espectro de variação dentro do binarismo (masculino e feminino).
De um modo geral, é seguro dizer que pessoas de Gênero Fluído tem identificação parcial ou total com algum dos ou ambos os gêneros do binário (Homem Mulher) mas fluem entre eles. Isso pode ocorrer ao longo do tempo, com pessoas ou situações. Muitas pessoas acham que todas as pessoas não-binárias usam pronomes neutros, ou que preferem que não demarquem gênero; mas não tem regra, varia de pessoa pra pessoa. É muito importante respeitar o pronome que pessoas trans usam.
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Não existe uma forma única de comportamento, de tratamento e muito menos de expressão de gênero (ou seja, como aparentemos, expressamos, nos vestimos, etc) para ser uma pessoa não-binária. Como por exemplo a Youtuber Bryanna Nasck, a maior Youtuber não-binária do Brasil, ela utiliza de pronomes femininos e tem uma aparencia que comumente é considerada feminina mas continua sendo uma pessoa não-binária.
Afinal o que significa ser uma pesoa transexual? As pessoas transgêneros e transexuais são aquelas que não se encaixam com o gênero designado ao nascimento e sentem uma necessidade de adequação de gênero. O termo travesti também é uma identidade transfeminina, não existindo nenhuma diferença entre mulheres trans. O termo é utilizado como forma de empoderamento, pois era usado como uma forma de ofensa, então as pessoas transfemininas utilizam do termo para tomar o poder de ofensa, transformando em uma terminologia do espectro trans.
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Terapia hormonal Na vivência de uma pessoa trans existe o termo disforia de gênero que consiste no não aceitar alguma característica corporal, ou em casos mais graves, o corpo todo. Para uma melhor adequação psicológica e social, existe a possibilidade do tratamento hormonal, mais conhecido como terapia hormonal. No Brasil, a terapia hormonal é disponibilizada pelo SUS para pessoas trans, após passarem por um rigoroso time de especialistas, e eventualmente com o laudo da transexualidade são adequados ao tratamento hormonal.
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Para pessoas transfemininas, o tratamento consiste no uso do estradiol, hormônio feminino produzido no organismo de uma mulher cisgênero, acompanhado do uso de bloqueadores de testosterona, para que a produção diminuída e as características sexuais sencundárias femininas possam começar a surgir no corpo. Já para pessoas transmasculinas, o hormônio tomado é a testosterona, fazendo com que as características sexuais secundárias masculinas comecem a ter efeito no corpo.
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Pessoas transexuais no mercado de trabalho Sem legislação específica que garanta espaço no mercado de trabalho, transexuais e travestis dependem de iniciativas pontuais por parte de algumas empresas, esse movimento, contudo, ainda é muito tímido. Série publicada em maio de 2016 pelo Correio mostrou que não há nenhuma companhia nacional entre as 28 participantes do Fórum de Empresas e Direitos LGBT, iniciativa apoiada pela Organização Internacional do Trabalho. Ainda que as empresas queiram ter em seus quadros trans, elas esbarram dentro do próprio ambiente de trabalho. Incluir uma pessoa trans no mercado é mais que abrir uma vaga, é formação do funcionário. Existe um pensamento imediatista que fazer a formação do funcionário é custo, mas estamos falando sobre relações humanas que servem para qualquer situação. Quando se faz um treinamento para inclusão de pessoas trans, é inclusão em geral.
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Segundo o Relatório da violência homofóbica no Brasil, a transfobia faz com que pessoas trans “acabem tendo como única opção de sobrevivência a prostituição de rua”. Não é mera força de expressão. Estimativa feita pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais, aponta que 90% das pessoas trans recorrem a essa profissão ao menos em algum momento da vida.
Para tirar esse preconceito de que toda pessoa trans acaba na prostituição confira a seguir algumas pessoas que seguem inspirando nas mídias
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Joanna Almeida A modelo Joanna Almeida natural de Recife, 23 anos, passou uma parte de sua infância e pré-adolescência em Cachoeirinha, indo morar em São Paulo com sua mãe aos 10 anos. Desde pequena tinha sonhos em desfilar em suas roupas que desenhava, mostrando sua paixão pela moda. Já em São Paulo, foi requisitada por alguns fotógrafos quando vista em algumas festas para ser modelo fotográfica, então percebeu que podia sim ser modelo, independente de sua identidade de gênero. Em seu primeiro casting para a Casa de Criadores, Joanna foi escolhida por 3 dos 4 estilistas participantes, sendo o de maior importância para ela Fernando Cozendey. Após sua participação em desfiles, Joanna participou do reality show Born To Fashion, no qual saiu sendo uma das 10 garotas selecionadas para o programa. Hoje agenciada pela Contraste MGT, realiza seu sonho de ser uma modelo profissional.
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Valentina Sampaio A modelo cearense Valentina Sampaio, teve sua identidade de gênero desde pequena já aos 8 anos quando passou em um psicólogo por seu comportamento diferente das crianças. Fez um ano de graduação de Moda, decisão que impulsionou sua carreira como modelo, pois foi chamada por uma amiga para participar do Festival de Moda de Fortaleza. Atualmente Valentina foi a primeira modelo transexual a ser capa da Vogue Brasil e França. Também se tornou porta voz da marca L’oréal, estrelando a campanha do Dia das Mulheres, representando a marca do Brasil.
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Atitudes que podem nĂŁo parecer mas sĂŁo transfobicas
perguntar o nome de registro
perguntar se ja fez a cirurgia ou estĂĄ tomado hormonios
Expor a pessoa, expondo sua transexualidade para outros.
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Usar frases com “nem parece que você é homem/mulher”
insistir em Não usar o pronome no qual a pessoa se identifica
Leia, se informe pergunte como a pessoa prefere ser chamada
Respeite.
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Resistir Para
Existir O Almanaque
Neste Almanaque, você poderá conhecer um pouco mais da cultura transgênero, com conteúdos informativos, importantes e também relevantes para uma melhor sociedade como um todo, diversidade é um assunto que já vem sendo abordado a algum tempo, precisamos mostrar a nossa voz e que o mundo é muito mais que apenas homem e mulher.