Centro de Integração Social para Crianças e Adolescentes

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CENTRODE INTEGRAÇÃO S O C I A L PA R A CRIANÇASE ADOLESCENTES

Paola Solosinski Arantes | 2020 1


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CENTRODE INTEGRAÇÃO S O C I A L PA R A CRIANÇASE ADOLESCENTES

Trabalho apresentado como parte dos requisitos para o desenvolvimento do Trabalho final de Graduação do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Barão de Mauá Trabalho Final de Graduação Ribeirão Preto | 2020 Paola Solosinski Arantes Orientador Prof° Dr. José Carlos Faim Bezzon

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CENTRODE INTEGRAÇÃO S O C I A L PA R A CRIANÇASE ADOLESCENTES Orientador:____________________________________ Prof° Dr. José Carlos Faim Bezzon Examinador 1: _________________________________ Examinador 2: _________________________________ Ribeirão Preto /

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AGRADECIMENTOS

A Deus por me proporcionar perseverança durante toda a minha vida. Agradeço ao meu esposo Ivan Carlos Arantes que sempre esteve ao meu lado durante o meu percurso acadêmico. Sou grata à minha família pelo apoio que sempre me deram durante toda a minha caminhada. Ao meu orientador José Carlos Faim Bezzon pela sua dedicação e paciência durante o desenvolvimento desse trabalho. Seus conhecimentos fizeram grande diferença. A todos os meus amigos do curso de graduação em especial a Aniele Lima, Daiele Cesário e Euller Carvalho que compartilharam dos inúmeros desafios que enfrentamos, sempre com o espírito colaborativo. Por último, quero agradecer também ao Centro Universitário Barão de Mauá e todo o seu corpo docente. A todos vocês, o meu muito obrigado! 7


13 1. Introdução

17 2 . Fundamentação Teorica 2.1 Assistencia Social 2.2 Creche Alvorada

SUMÁRIO

27 3. Levantamento 3.1 Localização 3.2Terreno

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43 4. Referências Projetuais 4.1 Espaço Alana 4.2 A Pipa

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5. Estudo Preliminar 5.1 Memorial Justificativo 5.2 Anteprojeto

6. Bibliografia

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Introdução

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1. Introdução A formação do indivíduo está ligada à capacidade de informação que este adquire ao longo de sua vida. Uma vez que a formação se dá nos primeiros anos de vida nas instituições de ensino, interfere no progresso cognitivo e nas relações pessoais. O desenvolvimento desse trabalho busca entender como o papel social da arquitetura e urbanismo se faz potente e essencial para compreender, traduzir e atuar sobre a questão do apoio institucional. Neste trabalho será retratada a problemática urbana e social do bairro Esplanada da Estação (Subsetor N-14 ) em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Trazer a arquitetura como benefício para essas crianças e adolescentes, como

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pensar e intervir em um espaço de pouco tempo de permanência, mas que, muitas vezes é onde essas crianças e jovens constroem sua identidade. Além de suprir a necessidade de ensino e cultura, com o intuito de atender a população que não tem condições de deixar seus filhos, no período oposto a escola, em lugares particulares gerando uma despesa extra a família. Promover a integração entre escola e o Centro de Integração, conduzindo essas crianças a ambiente com atividades extracurriculares no período vespertino e matutino, deixando-as longe da criminalidade, oferecendo aulas de artesanato, dança, arte circense, teatro, entre outras.


Crianças Bebê Menina Fonte: Pixabay.com

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Fundamentação Teórica 15


2. Fundamentação Teórica

De acordo com o artigo 2.9 da LDB 9394/96, a Educação Infantil tem como intuito o desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. O que antes era apenas um local de assistencialismo, guarda e recreação passa a ter um caráter formador, aprimorando valores e atitudes, desenvolvendo, desde a mais tenra idade, o sentido da observação, despertando a curiosidade intelectual nas crianças, capacitando-as a buscar informações, onde quer que elas estejam, para usá-las no seu cotidiano. Foi conquistado com a Constituição Federal de 1988, artigo 7, inciso XXV, no Capítulo dos Direitos e Garantias Individuais e Coletivas, onde a Educação Infantil passa a ser um direito da criança e um dever do Estado; marco relevante e de extrema importância para a história da Educação Infantil no Brasil. Além dessa conquista, a partir da Lei de Diretrizes e Bases 9394/96 a Educação Infantil passou a compor a Educação Básica, que é formada pela Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. De maneira geral, a responsabilidade da

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gestão pública seria atribuir a essas crianças e adolescentes uma educação de qualidade, com os respectivos objetivos abordados pela Constituição Federal de 1988, sendo direito de toda criança e adolescente o acesso à educação. Porém não é o que ocorre atualmente na maioria dos bairros do município, onde a espera por uma vaga na rede pública chega a demorar meses, o que faz muitas vezes os responsáveis pelo menor recorrerem a Promotoria da Educação do Ministério Público Estadual (MPE) e Defensoria Pública de Ribeirão Preto pra que o direito exigido por lei passe a ser cumprido. Em decorrência ao crescimento populacional, o número de vagas para crianças e jovens, nas instituições existentes está escasso, sendo assim os mesmos acabam ficando sem atividade e muitas vezes sozinhos ou sem lugar para permanecer enquanto seus responsáveis estão ausentes, visto que a população a ser atendida não tem poder aquisitivo, desta forma, buscando outras alternativas para suprir tal necessidade. Atualmente existem algumas ONG’S (Organizações Não Governamentais) que trabalham junto ao serviço social local,

promovendo programas e projetos sociais afim de proporcionar qualidade de vida para as famílias. No cenário de Ribeirão Preto o problema se resulta através do desenvolvimento econômico e tecnológico da cidade que atualmente conta com aproximadamente 703.293 habitantes, o município se desenvolve de maneira acelerada, ficando precários os equipamentos públicos. A escolas (CEI, EMEI, EMEF e EMEFEM), equipamentos de saúde e cultura se tornam insuficiente para atender a tamanha população. Em 2012, Ribeirão Preto contava com aproximadamente 112.472 matrículas nas redes públicas e particulares, segundo o IBGE, naquele mesmo ano, das 180 escolas do ensino fundamental, 63 pertenciam à rede pública estadual, 29 à rede pública municipal e 88 eram instituições particulares. Em 2000, 5,5% das crianças de 7 a 14 anos não estavam cursando ensino fundametal. Apenas em janeiro de 2020 o conselho tutelar, realizou 100 representações com a finalidade de conseguir vagas, na justiça, para as crianças terem sua inserção em creches da cidade, o mesmo ocorre com mais 3,2 mil famílias.


Indiana Crianรงa Pessoas Fonte: Pixabay.com

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Crianรงa Sorrindo Fonte: Pixabay.com

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Em 2018 a Secretaria Municipal da Educação de Ribeirão Preto desenvolveu um plano de educação para a cidade, onde elaborou uma proposta baseada em estatísticas do crescimento populacional, no plano a secretaria esclarece que a quantidade de vagas seriam suficiente para atender a população até 2020, mas quando analisamos o cenário atual vemos que os números apresentados eram meramente ilustrativos, já que a educação se encontra com a quantidade de novas vagas cada vez menor. O objeto proposto será um Centro de Integração Social para crianças e adolescentes, que atenderá os usuários no contra turno escolar, e que apresentam condições precárias de formação intelectual e psicológica, entre tudo por serem integrantes de famílias com rendas econômicas consideradas baixas, e até mesmo com renda inferior a chamada linha de pobreza, com o intuito de promover o desenvolvimento educacional e psicológico da criança e adolescente. No Brasil e em outros Países já existem instituições que desenvolvem esse papel, como o Espaço Alana localizada em São Paulo

– Brasil, voltada ao segmento infanto-juvenil, oferece à comunidade um local para socialização e realização de atividades coletivas, e foi desenvolvida com materiais tecnológicos a fim de apresentar uma construção inovadora que permitisse bem-estar aos usuários, tem como ponto forte a marquise que além de delinear o espaço entre a cidade e o lote, tornando-o livre e convidativo, sua forma singular é contundente e a aplicação dos materiais é cuidadosamente concebida. Já o centro educacional The kite em Fontaniva – Itália composto por um grupo de educadores que fazem um trabalho de apoio às famílias e oferecem atividades de acordo com o idade de cada criança e adolescente, possui uma estrutura de concreto espessa, sem qualquer isolamento, o espaço interior é dividido em dois espaços principais: um maior, multifuncional e outro, um espaço menor para as crianças mais jovens, no seu interior o edifício é enriquecido pelas cores. Seus espaços são flexíveis e abertos, os espaços interiores são visualmente ligados ao exterior através de grandes janelas deslizantes vidradas, para permitir uma continuidade entre o que acontece dentro e fora.

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2.1 Assistência Social

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Creas

Semas

O CREAS é um órgão estatal de abrangência municipal integrante do Sistema Único de Assistência Social, que através do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI) tem por objetivo ofertar ações de orientação, proteção e acompanhamento às famílias com um ou mais membros em situação de risco pessoal e social, ameaça ou violação de direitos. Contando com uma equipe multiprofissional composta por assistentes sociais, psicólogo, educador social, advogado, pedagogo, dentre outros, é um serviço que se articula com as diversas Políticas Públicas, com a rede de serviços socioassistenciais e com os órgãos do Sistema de Garantia de Direitos, no sentido de prestar às famílias e indivíduos orientações e acompanhamentos direcionados para o fortalecimento de vínculos familiares, comunitários e sociais, para o fortalecimento da função protetiva das famílias diante do conjunto de vulnerabilidades que as submetem a situações de risco e para a promoção dos direitos e autonomia dos usuários.

SEMAS - Secretaria Municipal de Assistência Social cumpre com seu papel de combater as consequências geradas pela pobreza como a exclusão social, garantindo o acesso do cidadão às políticas públicas essenciais e o desenvolvimento de uma política de inclusão social das camadas mais carentes da população. Além de formular, coordenar e avaliar a política municipal de assistência social visando conjugar esforços dos setores governamental e privado, no processo de desenvolvimento social do município também são algumas de suas atribuições


Criança Estudo Fonte: Pixabay.com

Cras

Suas

CRAS - Centro de Referência da Assistência Social, foi criado para atender as famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade social, ofertando serviços continuados de Proteção Social Básica. Serve como “porta de entrada” dos usuários à rede de Proteção Social Básica do Sistema único de Assistência Social, recepcionando, acolhendo, escutando, orientando e sendo referência para os mesmos. Sendo sua área de abrangência: região central (CRAS 1), região noroeste (CRAS 3), região oeste (CRAS 4), região sudoeste (CRAS 5) e na região norte (CRAS 2, 6 e 7), ficando escasso na região leste onde não dispõem de nenhuma unidade.

O Sistema Único de Assistência Social (SUAS) é um sistema coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social, gerenciado pelo poder público e pela sociedade civil com a missão de organizar os serviços de assistência social no país. Ele articula recursos e esforços da União, dos Estados e dos Municípios para financiar e executar a Política Nacional de Assistência Social (PNAS). As ações organizadas no SUAS estão divididas entre a Proteção Social Básica, voltada à prevenção de riscos sociais e pessoais, e a Proteção Social Especial, destinada a pessoas em situação de risco ou violação de direitos.

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2.2 Creche Alvorada Alvorada Associação Amigos de Boa Vontade, fundada em 2009, nasceu do sonho de um grupo de voluntários, que eram envolvidos em projetos e ações sociais nas comunidades de Ribeirão Preto. A creche alvorada foi instalada na região leste da cidade, após o grupo de voluntários conhecer a demanda e as questões sociais da região, e notarem a necessidade de se organizar e dar origem a uma entidade que pudesse proporcionar de forma integral, oportunidades e melhorias na qualidade de vida das pessoas, principalmente de crianças e adolescentes a fim promover a cidadania. A organização não tem fins lucrativos e suas despesas são pagas através de doações, eventos beneficentes e parceiras com o setor público, como Secretaria Municipal da Assistência Social (SEMAS) e Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA). Atualmente a instituição atende 130 crianças e adolescentes com a faixa etária entre 6 e 17 anos, que diariamente realizam atividades sempre no horário oposto a escola, entre estas atividades estão: Judô, Navegando na Rede (Inclusão Digital), Recreação, Artesanato, Musicalização, Capoeira, Circo, Contação de Histórias, Criação de História em Quadrinho, GDOT – Grupo de

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Oportunidade para o Trabalho (visa preparar os adolescentes para o mercado de trabalho) entre outros. Todos os participantes fazem, pelo menos, 2 refeições durante o período que estão na entidade (café da manhã e almoço ou almoço e café da tarde). Também são realizadas reuniões periódicas com os familiares e visitas domiciliares, para aproximação e reconhecimento e contex tualizaç ão d o a m b i e n t e d o m é s t i c o e f a m i l i a r. O instituto enfrenta diariamente dificuldades financeiras, que pioraram nos últimos anos devido à crise econômica que o país sofreu, ocasionando queda nas doações. Mesmo em meio a dificuldade a instituição já recebeu algumas premiações relevantes, tais como: Vencedora Regional do Prêmio ItaúUnicef, o Prêmio Evidência de Solidariedade e a mais recente premiação – Eleita uma das 100 Melhores Ong´s do Brasil pela Revista Época. Agradeço a Camila Campos a coordenadora geral da Alvorada que foi quem me falou a fundo os projetos e atividades que ali são desenvolvidas, a creche alvorada serve como inspiração de características para serem implantadas no objeto de trabalho, visando trazer apoio social e psicológico aos usuários e a família.


Circo Fonte: Creche ALvorada

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Levantamento

Análise e Sistematização de Dados 25


3.1 Localização Ribeirão Preto

A cidade fundada em junho de 1856 a partir de núcleos fazendeiros se destacou no setor cafeeiro. Após a assinatura da lei Áurea, o governo passou a estimular a vinda de imigrantes, provocando na cidade um grande aumento populacional, esse crescimento foi importante para o desenvolvimento da cidade, pois muitos imigrantes já eram acostumados com a vida urbana e possuíam conhecimentos de empreendedorismo, criando estabelecimentos comerciais e indústrias, provocando uma expansão territorial. Percebe-se, portanto, que a cidade até os dias atuais é o centro de uma região privilegiada em termos de desenvolvimento econômico, seu dinamismo colabora com desempenho da região, ampliando as chances de investimentos instalados e a qualidade de vida de seus habitantes.

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Fonte: Secretaria do Planejamento de Ribeirão Preto

Área de estudo - Subsetor N-14


Área de estudo Fonte: Imagem aérea Google Earth

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Assentamentos localizados na ĂĄrea de estudo Fonte: Imagem aĂŠrea Google Earth

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Devido ao crescimento da cidade os equipamentos públicos de saúde, educação, lazer e esporte se tornaram insuficientes para tamanha demanda, sendo muitos desses equipamentos supridos por instituições sociais públicas e/ou privadas. O município atualmente possui nove equipamentos de caráter social, voltados a diferentes públicos, tais como: idosos, crianças, moradores em situação de rua, entre outros. Ao localizar esses equipamentos percebemos sua maior concentração nas áreas Norte e Oeste, que são marcadas pela aglomeração da população da cidade com menor poder aquisitivo, o reflexo disso são os números de assentamentos precários presentes nessas regiões. Acredita-se que essa situação esteja relacionada ao fato destes setores serem os que possuem menor valorização da terra, além de receberem menor investimento de infraestrutura. Pontuando esses equipamentos da Zona Norte e Oeste percebemos que sua distribuição é feita de maneira irregular, de modo que alguns setores não recebem a instalação deste tipo de equipamento, entre eles, Subsetor 14 (N-14), que conta com um total de 3.425 habitantes. (IBGE, 2010). A formação do subsetor N-14 ocorreu durante

as décadas de 1950, a partir dos processos de loteamento do Jardim Jockey Clube, Jardim Iracema, Cidade Jardim, Jardim Iara, e durante os anos de 1960 a 1969, quando foram registradas divisões em lotes dos bairros Jardim Paschoal Innechi, Parque Hipódromo e Esplanada da Estação. O subsetor possui um total de cinco assentamentos precários reconhecidos pela prefeitura municipal (2019). Todos eles surgiram da ocupação de lotes originalmente destinados para a implantação de equipamentos públicos nos processos de loteamento de solo. Dentro do limite dos bairros citados existem apenas duas escolas de ensino público, o que evidencia a escassez de equipamentos capazes de suprir as demandas de toda a população residente na região. A área tem seu uso predominante por residências e industrias, sendo pouco a prestação de serviço encontrada, bem como poucas opções de atividades de lazer, cultura, educação e saúde para os moradores. O bairro é atendido apenas por duas linhas de ônibus responsáveis por fazer a ligação da região com o centro da cidade, para destinos diferentes do centro é necessário a conexão com outras linhas, em diferentes pontos.

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Ocupação do Solo

Bairros da Região Fonte: Imagem aérea Google Earth

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O Subsetor N-14 e composto por cinco bairros Jardim Joquei Clube, Jardim Patriarca, Jardim Paschoal Innecchi, Esplanada da Estação e Jardim Iara e por seis assentamentos reconhecidos pela Prefeitura e Ribeirão Preto sendo eles Serra Negra, Barbante Rosa, Florida Paulista, Hermelindo del Rosso, Jóquei Club e Locomotiva que fica localizado no subsetor N-9. Ao analisar a área de estudo, percebe-se que, a maior parte dos lotes constituem-se de edifícios térreos. O crescimento desta área acontece de forma horizontal, já que os edifícios dessa região não possuem estrutura suficiente para verticalização. É evidente que não existe a concentração das construções de dois pavimentos em uma única região, estes, estão distribuídos por todo perímetro, tendo os mais variáveis usos, desde instalações residenciais, prestação de serviço, comercio, até uso misto, além disso, não foi possível encontrar nenhuma edificação que ultrapasse o número de três pavimentos. Entretanto, há um grande adensamento nesta região, as construções estão muito próximas uma às outras, desrespeitando os recuos mínimos presente na legislação vigente. Logo, o nível de conforto é bastante precário, visto que existe um sério problema de ventilação e iluminação natural, que se agrava ainda mais com a subdivisão dos lotes para famílias diferentes, fenômeno comum na área.


Uso do Solo

Durante os estudos realizados no Bairro Esplanada da Estação e em seu entorno, foi observado a predominância de lotes residenciais e industriais. Porem, ao ponto que foi levantado, percebe-se que, os lotes comerciais estão concentrados na Av. Dr. Luís Augusto Gomes de Matos (via de fluxo intenso) e na Rua Paraguaçu Paulista, e este diminuem progressivamente de acordo com o fluxo da via, ou seja, em ruas locais, mesmo sendo possível encontrar pequenos comércios e prestadores de serviço, este numero é insignificante quando comparado ás edificações residenciais.

sem escala

Terreno Escolhido

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Figura e Fundo O mapa de figura e fundo indica a projeção de cada edificação dentro do lote, permitindo identificar com mais precisão lotes vazios e o nível de permeabilidade do solo em cada quarteirão. Percebemos que a área de intervenção é a única sem ocupação, pois se trata de uma área particular. Já as áreas próximas destinadas a área verde se encontram ocupados por assentamentos, localizados nas áreas de maior adensamento do mapa ao lado, sem recuos, iluminação e ventilação, gerando conforto aos moradores.

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Vegetação A vegetação existente na área de estudo apresenta diversas características, sendo elas distribuídas de forma heterogênea. Por consequência do adensamento urbanístico o objeto de estudo, Jardim Esplanada e seus respectivos bairros apresentam um decifit em arborização como pode ser constatado no mapa de estudo ao lado. Esse deficit pode afetar os moradores de diversas formas, como por exemplo a falta de caminhos sombreados, além do microclima local. Devido ao número de assentamentos presentes na região o desmatamento foi expressivo, como mostra o mapa, áreas que foram destinadas a área verde não existem mais. O local apresenta muitos conflitos com a vegetação inapropriadas em calçadas, as avenidas com canteiros centrais possuem significativo eixo verde.

P2

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Terreno Escolhido

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Área Verde Preservada Área Verde Ocupada P1

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Hierarquia Hierarquia Viária Física Av. Thomaz Alberto Whately Av. Carlos Drumond de Andrade Av. Orestes Lopes de Camargo Av. Dr. Luís Augusto Gomes de Matos R. Hermelindo del Rosso

O Acesso ao bairro Esplanada da Estação pode ser através das vias arteriais Av. Dr. Luís Augusto Gomes de Matos, Av. Orestes Lopes de Camargo, Av. Thomaz Alberto Whately além da marginal Rod. SP 330 que conecta essa área as mais regiões da cidade. Tendo três principais vias coletoras (Av. Carlos Drumond de Andrade, R. Hermelindo del Rosso e a Rua Armiro Barbosa) que permitem acesso e saída as vias arteriais, possibilitando a circulação dentro da região. Esta região possui um grande número de vias locais de pequeno porte com cruzamentos sem semáforo, utilizadas normalmente para a circulação dos que residem de fato no bairro.

Vias Locais Vias Coletoras Vias Arteriais

Terreno Escolhido

Hierarquia Viária Funcional

R. Lençóis Paulista Marginal Rod. SP 330 Av. Carlos Drumond de Andrade Fluxo Baixo Fluxo Moderado Fluxo Intenso

Terreno Escolhido

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As vias de maior fluxo são a Av. Dr. Luís Augusto Gomes de Matos, Av. Thomaz Alberto Whately e a Av. Orestes Lopes de Camargo, entretanto essa região possui um grande número de vias locais, de fluxo baixo, devido a utilização apenas de moradores das redondezas. O fluxo intenso se dá pelo fato dessas vias artérias e coletoras ligarem de um bairro ao outro, e também fazerem parte do itinerário de algumas linhas de transporte público.


Dimensão - Perfil das vias

Mobilidade | Transporte Coletivo Nota-se que as ruas ao entorno de implantação do objeto são ruas largas, sendo todas de mão dupla, o que é suficiente para um área de predominância residencial.

P2 - R. Dr. Hermelindo Del Rosso

O sistema de mobilidade urbana, utiliza como rota as vias de fluxo moderado e a cia arterial Av. Thomaz Alberto Whately. Ao analisar o levantamento, conclui-se que as linhas de transporte urbano compõe a rede local abrangindo os seguintes bairros: Jardim Iara, Esplanada da Estação, Jardim Joquei Clube, Jardim Patriarca e Jardim Paschoal Innecchi.

P3 - R. Serra Negra

C 202 - JD. IARA P1 - Av. Dr. Luís Augusto Gomes de Matos

C 220 - PQ. EXPOSIÇÕES

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Aspectos socioeconômicos Homens x Mulheres A população de Subsetor Norte - 14 (n-14) representa 0,57% da população do município de Ribeirão Preto.

Conforme o Censo 2010 a população de Subsetor Norte - 14 (n-14) - Ribeirão Preto, SP é composta por 1.732 homens e 1.693 homens. O gráfico a baixo demostra essa relação:

Fonte: Brasil Sabido

Idade e Faixa Etária Sub-setor N-14

Homens Mulheres

Fonte: Brasil Sabido

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No Subsetor Norte (N-14), Ribeirão Preto, Existem mais homens que do que mulheres. Sendo a população masculina 50,6% e a população feminina 49,4%.


Educação

Matricula em Ensino Fundamental e Ensino Médio

Alfabetismo

Segundo o Censo 2010, haviam 73.242 matriculas no ensino fundamental e 25.843 no ensino médio. Ainda o total da população alfabetizada é de 543.689. Fonte: Brasil Sabido

Renda A renda da população da área estudada varia de 2 a 4 salários mínimos por família de acordo com censo demográfico de 2010. RENDA, POBREZA E DESIGUALDADE - MUNICÍPIO - RIBEIRÃO PRETO - SP

1991

2000

2010

Renda per capita % de extremamente pobres % de pobres

899,18 0,81 4,73

1.070,28 1,52 5,95

1314,04 0,61 2,53

Índice de Gini

0,53

0,56

0,54

Fonte: PNUD, Ipea e FJP 37


Solo

Topografia e Drenagem

lme s Pa o do Cór

reg

Altimetria

iras

A cidade de Ribeirão Preto está situada no Planalto Paulista Ocupacional, nome do qual está topograficamente classificada, apresentando assim um relevo suave e pouco desgastado com solo fértil, de predominância a latossolo roxo ou “terra roxa”. Com estudos topográficos da área (Zona Norte) realizado, podemos constatar a variação leve e decrescente de relevo e declividade.

Fonte: pt-br.topographic-map.com

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sem escala Um dos fatores favoráveis para a escolha da área, é que atualmente não possui declividades acentuadas. Esse desenho topográfico acompanha a água pluvial formando caminho de drenagem. Apesar do todo o traçado do perímetro ser asfaltado e impermeabilizado (ruas, avenidas e edificações) observamos alguns vazios urbanos e áreas verdes que auxiliam a absorção da água. Ao lado da área de estudo se localiza a comunidade locomotiva uma das mais afetadas em chuvas de grande proporção, pois a mesma não desfruta de serviços de infraestrutura, e seu assentamento está localizado ao entorno de um córrego, o qual sempre transborda invadindo as casas dos residentes do assentamento, em 2018 a comunidade ficou alagada devido a uma forte chuva que deixou inúmeros desabrigados


3.2 O Terreno

O terreno escolhido se trata de um lote particular, que está localizado entre as esquinas das R. Dr. Silvio Aoyama, R. Paraguaçu Paulista e R. Armiro Barbosa, se deu através dos levantamentos realizados, a região tem uma grande demanda de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, desprovida de qualquer objeto que auxilie as famílias ali residentes, o que me faz pensar que seria totalmente condizente um projeto desse caráter na região. Sendo de fácil acesso para todos os assentamentos, localizado próximo a uma instituição de ensino já existente e em um terreno de aproximadamente 4.500m2 que permitiria um amplo projeto. RESTRIÇÕES LEGAIS Segundo a lei complementar 2157 de 2007, que dispõe sobre o Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, o subsetor N-14 é classificado como ZUP (Zona de Urbanização Preferencial), assim definida pela referida lei. - Coeficiente de aproveitamento é de 5x (cinco vezes) a área do terreno - Recuo dos lotes é de acordo com a lei municipal - Coeficiente de aproveitamento fica estabelecido em 5 vezes a área do terreno. -Taxa de ocupação para uso residencial é de 70% do lote -Taxa de ocupação para não residencial é de 80% do lote

Terreno Fonte: Imagem aérea Google Earth

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R. A

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Terreno

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Análise

Referências Projetuais 41


Espaรงo Alana Fonte: Archdaily

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4.1 Espaço Alana Autor: Rodrigo Ohtake Arquitetura e Design Local: São Paulo, Brasil, 2015 Texto adaptado Archdaily

O instituto Alana é uma ONG voltada ao desenvolvimento infanto-juvenil, o projeto procurou conceber um espaço em que a entidade pudesse consolidar suas ações na região, extremamente carente, e oferecer à comunidade um local para socialização e desenvolvimento de atividades coletivas. O centro cultural teve o programa criado em conjunto com a comunidade atendendo a nescessidade da região, conta com biblioteca comunitária, aula de música, auditório, cantina, abriga a associação da comunidade, a administração e uma praça coberta de 800m². O projeto ocupa o terreno de forma a preservar as características urbanas familiares à comunidade sem abrir mão de torna-lo um local de referência. O projeto tem suas caracteristicas marcada pelos planos de vidro com caixilhos regulares, superfícies curvilíneas com cor e a marquise translúcida são exemplos da alta qualidade no emprego dos materiais na configuração dos espaços, que se contrapõe à escala sutil do projeto e das soluções de implantação. O conjunto se qualifica de modo delicado, sem modificar o sentido local, mas oferecendo a ele soluções técnicas inovadoras e atributos estéticos arrojados. O espaço Alana foi escolhido como referência devido ao seu programa e uso ser próximo ao objeto proposto neste trabalho.

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Setorização

Fonte: Archdaily

Sem Escala

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1 Marquise 2 Praça 3 Sala de Ensaio - Apresentação 4 Deposito 5 Banheiro Masculino 6 Banheiro Feminino 7 Cantina 8 Refeitório

DML 9 Elevador 10 Jardim 11 Biblioteca 12 Catalogação 13 Leitura Infantil 14 Área Técnica 15


Espaรงo Alana Fonte: Archdaily

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A Pipa Fonte: Archdaily

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4.2 A Pipa Autor: C+S Architects Local: Fontaniva, Itália, 2013 Texto adaptado Archdaily

Desenvolvido por um grupo de educadores, que fazem um trabalho de apoio às famílias, cuidando de seus filhos após o horário escolar e durante os feriados, eles usam uma nova abordagem pedagógica, que é diferente de acordo com a idade das crianças. Eles usam uma abordagem interdisciplinar: fotografia para aprender a olhar para as coisas, o teatro para representar a nós mesmos e o mundo, línguas e música para aprender a ouvir para crianças de 1 a 6 anos. O segundo grupo, 6 a 11 anos permite que as crianças desenvolvam e capacitem o pensamento criativo: a imaginação é deixada livre de manipulação, recombinando objetos, espaços e pontos de vista. O grupo de 11 a 14 anos iniciou como um apoio para tarefas escolares, mas foi imediatamente transformado em um programa de aprimoramento de talentos, onde os adolescentes podem experimentar os seus sonhos e atitudes. Os responsáveis pela gestão do programa, trabalharam com a equipe do C+S acreditando que uma “abordagem holística” poderia formar o espaço certo para a finalidade pedagógica, ao mesmo tempo, estando em relação com o ambiente, com o orçamento e com o curto prazo de entrega. Este complexo é o primeiro de uma série de intervenções, que a 1.14 tem intenção de construir na Itália para espalhar a sua visão. O espaço Pipa foi escolhido como referência, pois seu programa de necessidade, atividade e finalizadas são parecidas ao do objeto proposto nesse trabalho.

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A Pipa Fonte: Archdaily

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A Pipa Fonte: Archdaily

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Estudo Preliminar

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5.1 Memorial Os estudos realizados influenciaram nas principais diretrizes projetuais, como o terreno escolhido que está localizado no bairro Esplanada da Estação localizado na zona norte (N-14) de Ribeirão Preto situado entre residências e comércios, próximo a uma instituição de ensino já existente, e entre as comunidades carente existente na área, que contem grandes índices de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, assim como os levantamentos apresentaram a ausência de equipamentos de apoio a população, e a quantidade de crianças e adolescentes que em parte do dia ficam sem atividade e seus responsáveis ausentes. O conceito do projeto é proporcionar melhor qualidade de vida a essas crianças e adolescentes juntamente com seus familiares, promovendo acesso à cultura e a atividades extracurriculares. Esse trabalho tem como finalidade elaborar anteprojeto arquitetônico de um Centro de Integração Social para Crianças e Adolescentes que atenda às necessidades

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legislativas, físicas e psicológicas, promovendo o bem estar dos usuários e um equipamento de apoio a comunidade. O Projeto teve suas atividades divididas em módulos, sendo eles o módulo administrativo (vermelho), pedagógico (amarelo), refeitório/serviço (laranja), ateliê (violeta), recreação (verde) e apresentação (azul). O pátio central tem como função realizar a conexão entre todos os módulos, permitindo que ao longo possa ser realizado diversos usos. O método construtivo desse objeto constituísse em alvenaria convencional, o pátio central em laje maciça ondulada impermeabilizada que se expande para a quadra de esporte, o objeto conta com grandes aberturas em vidro e divisórias articuladas, promovendo a integração dos ambientes, próximo aos acessos de entrada/ saída contém estacionamento que pode ser usado para veículos de emergências e funcionários do local além de toda as suas redondezas que pode ser destinado a esta finalidade.


Situação ilustrativa - implantação Fonte: Imagem aérea Google Earth

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Programa de Necessidades Módulo Administrativo

Módulo Pedagógico

Antessala Administração Secretaria Recepção DML Sala dos Professores WC Sala de Reunião Diretoria Almoxarifado Circulação

6,56m² 11,73m² 20,25m² 23,50m² 7,56m² 14,51m² 5,48m² 9,72m² 10,63m² 6,97m² 25,47m²

Sala de Atividade 1 Sala de Leitura Sala de Atividade 2 DML Biblioteca Informática Espera/ Circulação Sala de Atividade 3 WC WC PNE Circulação

Total

142,4m²

Total

Módulo Ateliê

Módulo Apresentação 56,85m² 30,66m² 28,46m² 10,76m² 90,00m² 80,27m² 63,85m² 64,08m² 68,94m² 4,52m² 48,40m² 546,79m²

Módulo Recreação

Ateliê 1 Deposito 1 Deposito 2 Ateliê 2

42,28m² 7,31m² 7,30m² 43,01m²

Total

99,90m²

Deposito WC / Vestiário WC PNE Quadra Poliesportiva Playground

3,22m² 34,68m² 3,66m² 593,78m² 94,94m²

Total

730,28m²

Foyer WC WC Auditório WC PNE

121,08m² 9,12m² 9,08m² 278,13m² 4,87m²

Total

422,28m²

Módulo Serviço Refeitório Cozinha Circulação Cozinha Lavanderia WC Vestiário Deposito Antessala Total Pátio

134,24 m² 553,84m²

Área Construída 2,629,73m² Área Terreno

54

45,56m² 30,00m² 13,69m² 11,33m² 7,29m² 4,28m² 4,60m² 9,03m² 8,46m²

4546,44m²


Pรกtio Central 55


Organograma e Fluxograma

56


1° Proposta sendo um único bloco

2° Proposta sendo blocos separados com quadra de esporte na lado esquerdo

3° Proposta sendo blocos separados com quadra de esporte na lado direito e cobertura independente

2° Proposta

Desenvolvimento

3° Proposta

57


Estudo Solar

58


Sala de Atividade 1 59


Implantação Escala: 1:500

. .

.

.

60

.

.

.

.


61


Planta Baixa

+0.90

Escala: 1:500

+0.40 38 39 37

46

30 32 33 31 29 34 35 36

43 41 42

40

44

28

45 24

21 20

19 18

17

16

22 15

0.00

62

46

26

23 27 25

14 12

13

6

5 4

7 3

8

9 10 11 2 1

0.00


1 Antessala 2 Administração 3 Secretaria 4 Recepção 5 DML 6 Sala dos Professores 7 WC 8 Sala de Reunião 9 Diretoria 10 Almoxarifado 11 Circulação 12 Sala de Atividade 1

13 Sala de Leitura 14 Sala de Atividade 2 15 DML 16 Biblioteca 17 Informática 18 Espera/ Circulação 19 Sala de Atividade 3 20 WC 21 WC PNE 22 Circulação 23 Foyer 24 WC

25 WC 26 Auditório 27 WC PNE 28 Refeitório 29 Cozinha 30 Circulação 31 Cozinha 32 Lavanderia 33 WC 34 Vestiário 35 Deposito 36 Antessala

37 Ateliê 1 38 Deposito 39 Deposito 40 Ateliê 2 41 WC PNE 42 Deposito 43 WC / Vestiário 44 Quadra de Esporte 45 Playground 46 Estacionamento

63


Pavimento T

BB

3

Módulo Pedagógico

+0,86

+0,52

3,20

4,76

6,74

1,92

+0,71

3,70

1,92

2,92

3,54

6,80 %

3,04

2,94

+0,71 +0,52

+0,52 4,76

CC

CC

6,82

1,50

4,64

4,76 6,64

+0,76

N

Módulo Administrativo

Elev.

6,80 %

2,45

6,84

5,00 -0,69

6,82 4,00

1,65

1,36

±0,00

-0,05

2,82 2,82

±0,00

DD 3,82

15,19

2,82

2,43

8,82

DD

+0,19

8,87

3,32

1,50

6,82

3,46 -0,05

-0,05

2,42

AA 9,22

3,83

6,71

8,76

21

2,60

+0,19

±0,00

8 7

2,31

3,82

2,84

2,60

1,82

2,02

5,72

1,70

4,69

3,14

5,02

3,72

EE

±0,00

11,40 ±0,00

5,90

3,39

1,78

9,20

BB

2,43

3,32

3,44

-0,05

4,33

4,32

2

17,91

5,93 20,13

1,90

EE

8,62

9

2,14

1,57

9,78

1

10

+0,24

-0,05

3,32

AA

19

12

GSEducationalVersion

20

3

6 4

17

18

0.

5 Escala: 1:200

6,56m² 11,73m² 20,25m² 23,50m² 7,56m² 14,51m² 5,48m² 9,72m² 10,63m² 6,97m² 25,47m²

Total

142,4m²

22

13

12 15

56,85m² 30,66m² 28,46m² 10,76m² 90,00m² 80,27m² 63,85m² 64,08m² 68,94m² 4,52m² 48,40m²

Total

546,79m²

Escala: 1:200 0.

64

14

16

GSEducationalVersion

1 Antessala 2 Administração 3 Secretaria 4 Recepção 5 DML 6 Sala dos Professores 7 WC 8 Sala de Reunião 9 Diretoria 10 Almoxarifado 11 Circulação

12 Sala de Atividade 1 13 Sala de Leitura 14 Sala de Atividade 2 15 DML 16 Biblioteca 17 Informática 18 Espera/ Circulação 19 Sala de Atividade 3 20 WC 21 WC PNE 22 Circulação

Pavimento Térreo (2) 1:200


Sala de Atividade 2 65


cationalVersion Elev.

BB

3

Módulo Serviço

+0,86

+0,52

3,20

4,76

6,74

1,92

+0,71

3,70

1,92

2,92

3,54

6,80 %

3,04

2,94

+0,71 +0,52

+0,52 4,76

CC

CC

6,82

1,50

4,64

4,76 +0,76

6,80 %

2,45

0.

5,00 -0,69

6,82

1,36 1,65

4,00

2,82 2,82

±0,00

DD 2,82

2,43

3,82

8,82

DD

15,19

Pavimento Térreo (2) 1:200

6,64

6,84 ±0,00

-0,05

+0,19

8,87

3,32

1,50

6,82

3,46 -0,05

-0,05

2,42

AA +0,24

-0,05

3,32

AA

3,83

6,71

8,76

9,22

2,60

+0,19

±0,00

2,14

17,91

1,90

2,31

20,13

9,78

5,93

1,57

3,82

2,84

2,60

1,82

34

32

33

GSEducationalVersion

36

31

26

30 29

23

28 24

Escala: 1:200 Escala: 1:200

121,08m² 9,12m² 9,08m² 278,13m² 4,87m²

Total

422,28m²

Pavimento Térreo (2) 1:200

66

23 Foyer 24 WC 25 WC 26 Auditório 27 WC PNE

28 Refeitório 29 Cozinha 30 Circulação 31 Cozinha 32 Lavanderia 33 WC 34 Vestiário 35 Deposito 36 Antessala Total

45,56m² 30,00m² 13,69m² 11,33m² 7,29m² 4,28m² 4,60m² 9,03m² 8,46m² 134,24 m²

1,70

3,14

5,02

3,72

35

9,20

BB

0.

25

27

2,43

±0,00

11,40

4,32

8,62

3,32

2,02

4,69 5,72

4,33

3,44

-0,05

EE

±0,00

5,90

3,39

1,78

EE

N

Módulo Apresentação


Refeitรณrio 67


BB

Elev.

Módulo Recreação

+0,86

+0,52

3,20

4,76

6,74

1,92

+0,71

3,70

1,92

2,92

3,54

6,80 %

3,04

2,94

+0,71 +0,52

+0,52 4,76

CC

6,82

1,50

4,76 6,64

+0,76

N

CC

4,64

Módulo Ateliê

BB

3

6,80 %

2,45

6,84

5,00 -0,69

6,82 4,00

1,65

1,36

±0,00

-0,05

2,82 2,82

±0,00

DD 3,82

15,19

2,82

2,43

8,82

DD

+0,19

8,87

3,32

1,50

6,82

3,46 -0,05

-0,05

2,42

AA +0,24

-0,05

3,32

AA

9,22 6,71

8,76

CC

3,83

CC

2,60

+0,19

±0,00

2,14

17,91

1,90

2,31

20,13

9,78

5,93

1,57

3,82

2,84

2,60

1,82

1,70

EE

3,14

5,02

3,72

39

±0,00

5,90

3,39

1,78

9,20

BB

38

2,43

±0,00

11,40

4,32

8,62

3,32

2,02

4,69 5,72

4,33

3,44

-0,05

EE

GSEducationalVersion

37

40

DD

DD

42 43

AA

Escala: 1:200 0.

37 Ateliê 1 38 Deposito 1 39 Deposito 2 40 Ateliê 2 Total

42,28m² 7,31m² 7,30m² 43,01m² EE 99,90m²

Pavimento Térreo (2) Escala: 1:200 1:200 0. 41 Deposito 3,22m² 42 WC / Vestiário 34,68m² 43 WC PNE 3,66m² 44 Quadra Poliesportiva 593,78m² 45 Playground 94,94m²

730,28m² BB

Total

GSEducationalVersion

68

GSEducationalVersion

AA

Pavim

EE


AteliĂŞ 1 69


AA

Escala: 1:250

70


BB Escala: 1:250

71


CC Escala: 1:250

72


DD Escala: 1:250

73


EE Escala: 1:250

74


Pรกtio Central 75


Elevação Paraguaçú Paulista Escala: 1:250

76


Elevação Armiro Barbosa Escala: 1:250

77


Elevação Lençóis Paulista Escala: 1:250

78


Elevação Silvio Aoyama Escala: 1:250

79


Acesso Principal 80


Acesso Auditรณrio 81


Informรกtica 82


Sala de Atividade 3 83


Pรกtio Central 84


Auditรณrio 85


Playground 86


Quadra Esportiva 87


Pรกtio Central 88


Secretaria 89


90


Referências Bibliográficas 91


6. Bibliografia Bibliografica Lima, Mayumi. Arquitetura e Educação - Ed. Studio Nobel; São Paulo: Sergio , 1995

Sites: PLAN INTERNATIONAL. Disponível em:< https://plan.org.br/o-que-e-e-como-funciona-uma-ong/>. Acessado em: 8 de março de 2020. SECRETARIA DA ASSISTENCIA SOCIAL. Ribeirão Preto Disponível em:< http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/portal/assistencia-social/cras>. Acessado em: 12 de março de 2020. SEADE. Ribeirão Preto. Disponível em <https://perfil.seade.gov.br/#> Acessado em 15 de março de 2020. Rede Peteca. Disponível em: <https://www.chegadetrabalhoinfantil.org.br/glossario/ suas/> Acessado em 29 de março de 2020. Archdaily. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br>. Acessado em 28 de maio de 2020

92


93


94


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