[(RE)DESCOBRINDO O BRINCAR] Autoria: Lucília Mota Função: Coordenadora pedagógica Instituição: Escola Creche Gleba C Município: Camaçari - BA
A formação trouxe como eixo norteador as brincadeiras da cultura popular. A abertura do encontro foi motivada pela brincadeira Escravos de Jó, seguida de cirandas. Após estas duas vivências, o grupo foi convidado a mergulhar um pouco mais nas (re)descobertas do brincar na nossa cultura. Antes do aprofundamento propriamente dito, foi feita, por parte da coordenação, uma breve memória do encontro anterior, no qual refletimos sobre a definição de interculturalidade. Com base no texto “Interculturalidade e Educação”, do Caderno de Orientação Assim se Brinca, e das nossas vivências pessoais sobre o brincar, adentramos nas discussões sobre as brincadeiras da cultura popular. Como exercício da nossa prática a educadora G nos trouxe algumas pesquisas feitas por ela sobre o brincar na nossa cultura, em que foi abordada a herança histórica do brincar e como isto interfere nos nossos gostos e percepções sobre o mundo. Refletimos sobre as palavras-chave interculturalidade e brincadeira no processo de resgate da cultura brincante do outro em seu contexto diverso, e ao mesmo tempo singular, que nos leva a perceber que a cultura do outro merece ser respeitada e que, ao mesmo tempo, devemos entrar em contato com o novo, apropriando-nos da sua cultura, sem perder nossa marca, nossa identidade. Nas brincadeiras da cultura também existem retalhos da história do Brasil colonial e, dependendo da origem da mesma, esta nos serve como alerta e reflexão acerca dos valores humanos, do desrespeito, da solidariedade, das estratégias, entre outros. Como exemplo de estratégias vimos a experiência na brincadeira Escravo de Jó. Destaques do nosso estudo:
No brincar, a criança reproduz seu contexto – uma fala de adulto, uma ação vivida. O brincar é nato do ser humano – produz aprendizado. Em alguns contextos, as mães ensinam as crianças a brincar desde o momento da amamentação.
Alerta para a realidade: nos dias atuais observa-se que o brincar, próprio da cultura, tem sido substituído pelas brincadeiras e brinquedos virtuais, a exemplo do tablet, que vem substituindo os momentos livres das nossas crianças. Sendo assim, precisamos manter viva a cultura do brincar, brincando com as crianças e ensinando a elas a brincarem também.
Por fim, a coordenação propôs ao grupo que cada um produzisse uma ilustração de uma brincadeira da infância e que falasse um pouco sobre esta. Após relatos, vivenciamos algumas brincadeiras. Como tarefa de casa foi proposto ao grupo que cada um trouxesse brincadeiras de faz de conta para o próximo momento de aprofundamento, ainda como parte do eixo Assim se brinca. Seguimos com a segunda parte do encontro, que se referia ao planejamento da quinzena.