Paisagem gastronômica: Saber cultural torna se aprendizado na iii formação do paralapracá

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[SABER CULTURAL TORNA-SE APRENDIZADO NA III FORMAÇÃO DO PARALAPRACÁ] Autoria: Andréa Fernandes

A equipe do projeto Paralapracá reuniu-se em Salvador na semana de 17 e 21 de fevereiro para a III Formação do projeto quando assessoras pedagógicas, supervisoras e gerentes da Educação Infantil das Redes Municipais parcerias experimentaram uma iguaria típica do nordeste e transformaram o momento em uma vivência cultural local, relativa à culinária regional. O intervalo da formação é hora dos lanchinhos acolhedores preparados com muito carinho por D.Lurdinha e Elque Sirlene, que trabalham na Avante. Desta vez elas prepararamum cuscuz de tapioca com côco.Degustar a iguaria poderia ser apenas mais um momento especial da formação.No entanto, tornou-semais do que isso ao se constituir em uma experiência cultural para o grupo de formadoras, que são convidadaspelo projetoa fomentar a reflexão sobre a importância da cultura local como parte do currículo da educação infantil:"(...) podemos buscar intimidade com a cultura à nossa volta, a mais próxima, a que está nas pessoas, lugares e histórias, e, com os sentidos despertos, adentrar o reino da sabedoria comunitária" (Estação Paralapracá: Menu de Paisagens Culturais). Mobilizadas pelo debate sobre a importância dos registros como estratégia formativa, o grupo não só experimentou a delícia como fez questão de registrar a receita. A conversa entre as integrantes do projeto e Lurdinha foi longa, afinal "(...) cabe prestar atenção em tudo que envolve o ato de comer" (Pasta de Registros Paralapracá). O resultado foi recheado de descobertas e temperado com um conhecimento que passará a fazer parte das paisagens gastronômicas das profissionais da Educação Infantil dos cinco municípios do nordeste que integram o ciclo II do projeto: Camaçari, Maceió, Natal, Olinda e Maracanaú. O Paralapracá é um projeto do programa Educação Infantil do Instituto C&A, em parceria técnica com a Avante – Educação e Mobilização Social.

A história do cuscuz "O kuz-kuz ou alcuzcuz nasceu na África Setentrional. Inicialmente, feito pelos mouros com arroz ou sorgo, o prato se espalhou pelo mundo no século XVI, quando passou a ser preparado com milho americano. No Brasil, a iguaria foi trazida pelos portugueses e acabou se popularizando durante a fase colonial. Nessa época, estava presente apenas nas mesas das famílias mais pobres e era a base da alimentação dos negros. Feito pelos escravos, o cuscuz era vendido em tabuleiros pelos mestiços, filhos e netos de cuscuzeiras anônimas. Aos poucos, o prato foi sendo incorporado à nossa cultura e ganhou versões regionais e mais sofisticadas." (Fonte: NordesteWeb – http://www.nordesteweb.com/culinaria/receitas_salgadas/culinaria_sa_029.htm)


O cuscuz de Elque e Dona Lurdinha Ingredientes: 1coco 2 caixas de leite de coco Sococo 1 caixa de leite condensado 4 colheres de sopa bem cheias de leite em pó (opcional) 1 pitada de sal ou uma colher de cafezinho rasa de sal 1 kg de farinha de tapioca

Modo de fazer Bater o coco com água no liquidificador com metade da caixa de leite condensado. Separar a parte com o bagaço e guardar. Juntar a outra parte (sem bagaço) com uma caixa leite de coco, a outra metade da caixa de leite condensado, duas colheres de leite em pó e bater tudo no liquidificador de novo, com uma pitada de sal. Despejar em um recipiente e reservar. Bater a outra metade (com o bagaço) no liquidificador de novo, com uma caixa leite de coco Sococo, a outra metade da caixa de leite condensado, duas colheres de leite em pó, com uma pitada de sal. Colocar no mesmo recipiente da porção anterior (sem o bagaço). Mexer aos poucos, vai colocando a farinha de tapioca e mexendo com uma colher de pau até ficar molhado e não mole demais. Deixar descansar por 15 minutos na geladeira. Para saber se está bom, fure com um garfo ou palito. Se ainda estiver duro coloque um pouco de leite de coco, com leite em pó batido com uma colher. Se estiver mole, coloque mais farinha de tapioca. Servir com leite condensado por cima.


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