Diogo Nogueira faz apenas um show no próximo dia 14, em Curitiba.Página 15
Jaime Zenamon, músico consagrado, compõe para o mundo a partir de Colombo. Página 16
PARANÁ DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
EM FOCO
CURITIBA, 7 A 13 DE SETEMBRO DE 2013 - ANO I - Nº 22 - PUBLICAÇÃO SEMANAL
Foto: Divulgação
PONTA DO ICEBERG
ARTIGOS ....................................... 2 ESPAÇO DO LEITOR ..................... 2 POLÍTICA ...................................... 3 SAÚDE ..................................... 4 a 7 ECONOMIA .............................. 8 e 9 MEIO AMBIENTE ................... 10 e 11 CULTURA ............................. 11 a 16
COLUNISTAS NILSON MONTEIRO ...................... 3 SÉRGIO BASSI ............................... 4
Maior produtor e exportador de carne de frango, o Paraná tem 19 mil produtores que esperam um final de ano favorável para a atividade. No ano passado, as vendas externas renderam mais de US$ 2 bilhões à avicultura paranaense. Página 9
Bienal internacional
Durante muito tempo, a doença celíaca foi associada exclusivamente às crianças, mas o número de casos tem aumentado também entre os adultos. Por ser uma doença silenciosa, a pessoa pode passar anos sem saber que tem o problema. Em Curitiba, estima-se que haja um celíaco para cada grupo de 417 pessoas. O tratamento contra o mal só funciona com dieta livre de glúten. Página 6 CONFIRA NESTA EDIÇĂO:
Voo consistente
Até dezembro, a capital paranaense virá um imenso palco para a manifestação das mais variadas expressões artísticas. Página 14
Haja lixo
Nada suave
O Paraná produz 20 mil toneladas de lixo diariamente e a reciclagem é um dos meios para reduzir o impacto desse volume de detritos na natureza. Página 10
O ofício do escritor não é fácil, até como resultado da arte de compor, em seu estilo, personagens e seus mundos em linguagem que cative o leitor. O trabalho pode não terminar aí, pois muitas vezes, ele ainda terá de bancar a edição e divulgação do livro. Página 12
Saúde garantida Especialista alerta sobre a importância de obedecer aos calendários de vacinação ao longo da vida para garantir imunidade contra doenças severas. Página 4
ARTIGOS A outra face das redes sociais Márcio Mainardes – Página 2
PREVISÃO DO TEMPO
CURITIBA Parcialmente Nublado
Parcialmente Nublado
Sábado 11º 24º Domingo 13º 27º Segunda-feira 15º 27º
Predomínio de Sol
Terça-feira 15º 27º
Predomínio de Sol
Parcialmente Nublado
Quarta-feira 10º 26º
Nublado
Quinta-feira 12º 27º
Nublado
Sexta-feira 12º 23º
Informações CPTEC – www.cptec.inpe.br
PARANÁ
EM FOCO
Publicação Hora Extra Comunicação Editor Lucian Haro Redação Cintia Monteiro, Claudia Gabardo, Lucian Haro e Susana Branco Colunistas Nilson Monteiro Sérgio Bassi Colaboradores Márcio Mainardes Fotos Felipe Rosa e Suellen Lima Comercial Guaracy Ribas Junior Projeto Gráfico e Diagramação Celso Arimatéia Tiragem 50.000 exemplares auditados pela GP Auditores
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PARANÁ EM FOCO CURITIBA, 7 A 13 DE SETEMBRO DE 2013
> MÁRCIO MAINARDES*
E S P A Ç O
A outra face das redes sociais Checar a fonte de uma informação é uma das premissas de quem é comunicador. Ou pelo menos deveria ser. Ocorre que neste mundo da comunicação instantânea todo indivíduo é um potencial comunicador em massa. Qualquer um pode “criar” uma informação e publicar para dezenas, centenas ou milhares de pessoas da sua rede de contatos. É nas redes sociais que se dá a maior difusão de informações. Penso que a informação vem sofrendo a cada dia uma redução de conteúdo, e utilização de fontes e referências. Nos meados dos anos 90, lembro da importância que tinham os lides – resumo das informações de uma matéria jornalística – no início dos textos com o objetivo de prender o interesse do leitor. Já no ano 2000, com a popularização da internet, proliferaram os blogs com textos mais reduzidos e posteriormente os microblogs.
É nas redes sociais que se dá a maior difusão de informações. Penso que a informação vem sofrendo a cada dia uma redução de conteúdo, e utilização de fontes e referências
O Jornal Paraná em Foco é impresso na Grafinorte S.A. Indústria Gráfica e Editora.
FALE COM A REDAÇÃO redacao@horaextramkt.com.br COMERCIAL comercial@horaextramkt.com.br (041) 3029-6786 www.jornalparanaemfoco.com.br www.facebook.com/paranaemfoco @paranaemfoco
Hoje, em postagens nas redes sociais, na maioria das vezes, não são nem os textos que são importantes, mas as imagens. Internautas as criam com algumas palavras e são instantaneamente replicadas por milhares de pessoas, que sequer se preocupam em checar a informação. É uma ação similar às das fofoqueiras de plantão. Fazem pior, fazem comentários em suas replicações que, na maioria das vezes, são mais deploráveis que a postagem indevida: fazem juízos de valor, racismo, preconceitos etc. Faço um parêntese: Para falar a verdade é bem divertido ler os comentários de uma postagem, porque realmente ali estão a graça e a inimaginável capacidade de expressão das pessoas. Há um ditado popular que diz que “a informação é uma arma poderosa”. Foi dominada por uma elite por muitos anos, mas hoje está acessível a uma grande parte da população. Com esta arma em mãos é possível conquistar muitos territórios, mas também dar um tiro no próprio pé. Exemplo disso é replicar informações não verdadeiras: hoje você está atirando, amanhã poderá ser o alvo. Há uma face obscura nas redes sociais. Para iluminá-la é necessário checar as informações antes de “passá-las pra frente”. Pense nisso! *Márcio Mainardes é publicitário e marqueteiro político
TELEFONES ÚTEIS Ambulância – SAMU Ambulância – SIATE Hospital Cajuru Hospital de Clínicas Hospital Evangélico Hospital do Trabalhador Hospital Pequeno Príncipe Hospital Angelina Caron Vigilância Sanitária
do Leitor Gostei muito da coluna do Sergio Bassi, em linguagem simples e com muita informação. É bom ler esse tipo de coluna. Adrianna Alvez Mora no Centro
Parabéns pela linda matéria “Senhor do destino”. Eu me emocionei muito com a história. Tatiana Dias Mora no Água verde
Acompanho o jornal, que traz sempre belas histórias. Mas a da semana passada superou todas, porque é uma linda história, que mostra como vencer as dificuldades, principalmente a droga. Camilla Souza Mora no Centro Cívico
Adorei a matéria de capa sobre a história da ONG e do Adilson. Um belo exemplo de vida. Camilla de Jesus Mora no Portão
A matéria de capa “Senhor do destino” é uma bela historia que nos ensina muito. É coisa de filme. Edgar Hemp Mora em Ponta grossa
Já sou leitor assíduo do jornal, adoro as matérias de economia e comportamento. Mas a da última semana dava um bom filme, pois é a história de um vencedor e uma lição de vida. Douglas Gizzer Mora no Água verde
Fiquei muito feliz em receber o jornal Paraná Em Foco, que me impressionou pelo modo como é escrito e pelas boas histórias que traz. Torço para que o produto se firme no mercado, pois estamos precisando disso. Adilson Prestes Mora no Portão
SEGURANÇA
SAÚDE
A tiragem e distribuição desta edição de 50.000 exemplares são auditadas pela GP Auditores.
ARTIGOS
192 193 3271-3000 3360-1800 3240-5000 3212-5700 3310-1010 3679-8100 3330-4300
Unidades de Saúde 24 horas Centro Municipal de Emergências Médicas Boa Vista 3251-1013 Boqueirão 3217-1201 / 3217-1258 Cajuru 3261-4026 / 3226-1994 Campo Comprido 3373-1332 / 3279-1623 CIC 3314-5061 / 3314-5058 Fazendinha 3314-5112 / 3314-5105 Pinheirinho 3212-1468 / 3212-1457 Sítio Cercado 3378-6405
Bombeiros 193 Defesa Civil Estadual 199 Guarda Municipal 153 Instituto Médico Legal (IML) 3281-5600 Força Verde / Polícia Ambiental 0800-643-0304 Narcodenúncia 181 Ouvidoria das Polícias 0800-410-090 / 3323-7535 Polícia Militar 190 Polícia Civil 197 Polícia Federal 3251-7500 Polícia Rodoviária Estadual 198 / 3281-9000 Polícia Rodoviária Federal 191 / 3535-1910
UTILIDADE PÚBLICA Aeroporto Afonso Pena Copel Detran Previdência Social (INSS) Procon Rodoferroviária Sanepar
3381-1515 0800-510-0116 0800-643-7373 135 0800-411-512 3320-3000 115
Já faz um bom tempo que não lia belas histórias em um só produto, além das colunas e agenda cultural. Parabéns a toda equipe do jornal. Luciano Pasccolli Mora no Batel
Parabéns a todos que fazem o Paraná Em Foco. Um produto diferente que só pode ser chamado de jornal pelo papel, pois mais parece uma revista semanal. Sonia Teixeira Mora em Pinhais
Mande suas sugestões, críticas e elogios para leitor@premfoco.com.br
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COLUNISTA
NILSON MONTEIRO* PARANÁ EM FOCO CURITIBA, 7 A 13 DE SETEMBRO DE 2013
POLÍTICA
Gata escaldada Mesmo convidada pela CBF, Dilma não vai ao Estádio Mané Garrincha neste sábado. Ainda soa aos seus ouvidos a sonora vaia do dia 15 de junho, na abertura da Copa das Confederações. A presidente ficou visivelmente desconcertada e abreviou seu discurso naquele dia. Mas, pode vir a Curitiba no próximo dia 17 para a inauguração do Instituto Senai de Inovação (ISI), a convite do presidente da Fiep, Edson Campagnolo.
Reforma política para o exercício da cidadania”, observou a deputada Luiza Erundina (PSB-SP). A deputada lembrou, ainda, que os temas já foram debatidos e aprovados por outras comissões que discutiram a reforma política e, posteriormente, não foram ratificados pela Casa. Para Erundina, essa reforma será uma realidade se partir de uma proposta de iniciativa popular. Nesta semana, o grupo de trabalho vai debater a fidelidade partidária, a possibilidade do fim das coligações e a duração do mandato. A palavra final do colegiado sobre mudanças ou não no sistema eleitoral do país, está agendada para o próximo dia 19.
Controle de pombos
Foto: Divulgação
Um projeto de lei apresentado, na semana passada, na Câmara Municipal de Curitiba, pretende acabar de vez com o problema dos pombos na cidade. Já está mais do que provado que os animais, aparentemente inofensivos, são, na verdade, uma ameaça à saúde da população. “Existe a necessidade imediata de um plano de controle de reprodução dessas aves, visto que são classificadas como pragas pelos órgãos ambientais”, diz o vereador Zé Maria (PPS), (foto) autor da medida, no texto da proposta.
Idosa Há uma senhorinha, com aparência de 60 anos, cabelos grisalhos e roupas simplórias, a aliviar, descaradamente, os bolsos e bolsas dos mais descuidados, com muita competência e pouco barulho, na linha de ônibus CentenárioCampo Comprido, em Curitiba. “Trabalha” preferencialmente no período vespertino.
Castro: “hoje os políticos vivem permanentemente em campanha eleitoral” Como as eleições atualmente ocorrem a cada dois anos, caso as propostas sejam aprovadas pelo Congresso, prefei-
tos e vereadores eleitos em 2016 cumprirão “mandato tampão” até 2018. (Com Agência Brasil)
Regimento Interno A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) deve ganhar, nos próximos dias, uma Comissão Especial (CE) para analisar as mudanças no Regimento Interno da Casa. O anúncio foi feito pelo presidente do Legislativo, deputado Valdir Rossoni (PSDB), na semana passada. O grupo, que será formado por sete parlamentares, terá a responsabilidade de, num prazo (prorrogável) de 120 dias, analisar os atuais artigos que regem a Alep, ponto a ponto, e sugerir mudanças.
O Brasil perdeu cerca de R$ 15 bilhões com as manifestações de rua que começaram em junho, segundo estimativas de um professor da Fundação Getúlio Vargas. Não foram com as manifestações. Foram com os bárbaros.
A federalização das universidades estaduais (no Paraná são sete) é o principal assunto a ser discutido nesta segunda, dia 9, às 12 horas, pelo Conselho Político da Associação Comercial do Paraná, com a presença do deputado federal Ângelo Vanhoni (PT), membro das Comissões de Educação e Cultura da Câmara Federal. A federalização – e seus custos – é um assunto do qual o governo federal foge, há muito tempo, feito o diabo da cruz.
Semana do Peixe O ministro da Pesca, Marcelo Crivella (foto), esteve em Curitiba, na quinta-feira (5), para abrir a 10.ª Semana do Peixe, que prossegue até este domingo (8), no Mercado Municipal. A ação integra a Campanha Nacional de Incentivo ao Consumo de Pescado, do Ministério da Pesca e Aquicultura. Crivella esteve acompanhado da vice-prefeita de Curitiba, Mirian Gonçalves, e do secretário municipal de Abastecimento, Aldo Fernando Klein Nunes. De forma inédita, os pescados serão comercializados nos 32 Armazéns da Família da cidade, até novembro.
Buraco no bolso
Vade retro
Taurinus
Foto: Divulgação
O grupo de trabalho criado na Câmara dos Deputados para debater a reforma política aprovou, na quinta-feira (5), o fim da reeleição para os cargos majoritários - presidente, prefeito e governador - e a coincidência das datas das eleições a cada quatro anos. Caso aprovadas, as novas regras passam a valer a partir de 2018. Os temas ainda serão submetidos à Câmara e, posteriormente, ao Senado. Para o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), a coincidência das eleições representará economia aos cofres públicos. “Hoje os políticos vivem permanentemente em campanha eleitoral”, frisou. “[A coincidência] fará bem
Foto: Divulgação
Aprovado fim da reeleição para presidente, prefeito e governador
Que tal cruzar um touro Brahman com uma vaca Caracu? Sem álcool. * Nilson Monteiro é escritor e jornalista em Curitiba
COLUNISTA
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SÉRGIO BASSI
Quem nunca teve ou não conhece alguém que já teve algum tipo de alergia? Creio que pouquíssimos leitores. Alergias, em geral, além de comuns na população mundial, afetam muito a qualidade de vida das pessoas. Mudanças de hábitos alimentares são comuns aos que têm alergia a certos alimentos. Desconforto e constrangimento social nos portadores de rinite alérgica. Até mesmo alterações arquitetônicas no planejamento e decoração de uma casa podem ser resultados da alergia dos que nela irão morar. Muitos são os fatores que levam as alergias a alterar hábitos e qualidade de vida de seus portadores. Aproximadamente 30% da população mundial é afetada por alergias, sendo que as estimativas mostram que 250 milhões de pessoas devem desenvolver alergias alimentícias. A pesquisa imunológica é fundamental no campo das alergias. Considerando o aumento rápido de casos de alergia em todo o mundo, é fundamental compreender o processo de desenvolvimento do problema. Assim, mais estudos podem ser desenvolvidos em busca de novas formas de prevenção e de controle desta condição. O ambiente em que o feto se encontra pode determinar sua predisposição ao desenvolvimento de certas alergias, antes mesmo de seu nascimento. De acordo com uma nova pesquisa, os fatores ambientais podem ser até mais fortes do que os fatores genéticos. Esta nova pesquisa, desenvolvida no Murdoch Children’s Research Institute, na Austrália, fornece evidências para a hipótese da formação de alergias no estágio fetal devido a questões como a nutrição da mãe durante a gestação. Os cientistas comprovaram essa hipótese em casos em que a criança manifestou alergia a algum alimento nos primeiros 12 meses de vida. O processo pode ocorrer devido a uma alteração do DNA. Esse evento é sensível a perturbações ambientais e, por isso, poderia causar complicações no desenvolvimento imunológico pré-natal. Esta pesquisa veio a público no European Academy of Allergy and Clinical Immunology (EAACI) Congress/World Allergy Organization (WAO) International Scientific Conference deste ano. Por isso, um aconselhamento imunológico à gestante, em certos casos, pode ser de grande utilidade ao futuro bebê. * Sérgio Bassi é médico cirugião em Curitiba
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SAÚDE
De olho no calendário Uma rotina que deve ser observada com rigor ao longo da vida: os períodos de vacinação
O meio mais efetivo para prevenir doenças é a vacinação. Por isso, desde as primeiras horas de vida há uma sequência a ser seguida rigorosamente para a proteção da saúde das pessoas. A vacina foi inventada em 1796 pelo médico inglês Edward Jenner, que descobriu uma forma de imunizar as pessoas contra a varíola - epidemia que dizimava a população da época - injetando uma forma mais branda da doença, que podia ser encontrada em vacas. Com isso, o pesquisador abriu o caminho para a criação de uma série de outras vacinas, permitindo que algumas enfermidades infecciosas não fizessem tantas vítimas. Desde a invenção, a vacina causa uma série de dúvidas nas pessoas. Há muita gente que acredita que elas não funcionam ou que causam problemas de saúde. Por isso, é importante entender o seu mecanismo de atuação. Heloísa Garcia Giamberardino, pediatra, epidemiologista e vacinologista da Clínica de Vacina do Hospital Pequeno Príncipe, explica que “as vacinas atuais contêm os mesmos agentes causadores do problema original, só que manipulados – utilizados em parte, atenuados, inativados ou modificados – para que não causem a doença em si, mas sejam capazes de incentivar a criação de anticorpos”, uma espécie de memória do organismo sobre como evitar a progressão de determinada doença.
Sistema eficiente Embora o governo não consiga ofertar todas as vacinas disponíveis no mercado, o programa de imunização brasileiro é considerado um dos mais completos do mundo, similar aos de países desenvolvi-
dos. A lista básica de vacinas indicadas pelo Ministério da Saúde é constituída de acordo com estudos epidemiológicos que mostram quais são as doenças mais comuns e capazes de causar consequências importantes. Essas vacinas são oferecidas Foto: Felipe Rosa
Alergia pode começar dentro do útero
Heloísa: “não descuidar do calendário e tomar cada uma delas no tempo correto”
SAÚDE
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gratuitamente para toda a população em qualquer unidade básica de saúde. Além do calendário básico, há uma série de outras vacinas disponíveis em clínicas particulares. Mas o fato de não fazerem parte da lista do Ministério não quer dizer que não são importantes. O médico é a pessoa mais indicada para avaliar quais delas são necessárias para cada pessoa, levando em consideração fatores ambientais e condições de saúde individuais. Algumas vacinas têm um período específico de aplicação para que se consiga uma imunização mais eficiente. “Daí a importância de não descuidar do calendário e tomar cada uma delas no tempo correto”, alerta Heloísa, ao explicar que “isso não quer dizer que se alguma data for perdida a vacina deve ser simplesmente deixada de lado, é imprescindível
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Calendário Nacional de Vacinação GRUPO ALVO
Idade
BGC
Hepatite B
Ao nascer
Dose única
Dose ao nascer
2 meses
Penta
1Ș dose
VIP e VOP
1Ș dose (com VIP)
Pneumo 10
Rotavirus
1Ș dose
1Ș dose
CRIANÇAS
2Ș dose
2Ș dose (com VIP)
2Ș dose
Tríplice Viral Dupla Adulto
2Ș dose 2Ș dose
5 meses 6 meses
Febre Amarela
1Ș dose
3 meses 4 meses
Meningo C
3Ș dose
3Ș dose (com VOP)
3Ș dose Dose inicial
9 meses Reforço
12 meses 15 meses
1ș reforço (com VIP)
4anos
2ș reforço (com VIP)
Reforço (com VOP
BCG – contra tuberculose Hepatite B – contra hepatite B Penta – contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo B e hepatite B VIP – contra poliomielite VOP – contra poliomielite Pneumo 10 - contra bacteremia, meningite, sepse, artri-
1Ș dose Reforço
2Ș dose
te, sinusite, otite média aguda, conjuntivite, bronquite e pneumonia Rotavírus – contra o rotavírus Meningo C – contra meningite Febre amarela – contra febre amarela Tríplice viral – contra sarampo, rubéola e caxumba Dupla adulto – contra tétano e difteria (Fonte: Ministério da Saúde)
fazer todas as doses, mesmo que em atraso”. A epidemiologista ainda chama a atenção para a importância dos reforços de vacina para garantir efetividade maior da imunização contra as doenças. “Costuma-se dar mais atenção à vacinação de crianças e, com o passar do tempo, a carteirinha fica de lado, o que não pode acontecer. Algumas vacinas precisam ser refeitas depois de certo tempo e outras necessitam de reforços a cada cinco ou dez anos, por toda a vida”, relembra.
Serviço: Sociedade Brasileira de Imunização www.sbim.org.br – Sociedade Brasileira de Pediatria www.sbp.com.br Ministério da Saúde www.saude.gov.br
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SAÚDE
Livre de glúten
Cristiane e Milena – Glúten foi “abolido” da alimentação da família Foto: Suellen Lima
A pequena Milena, de apenas cinco anos, já aprendeu a lição: antes de comer qualquer coisa, precisa perguntar para a mãe se o alimento contém glúten, ou não. A menina é portadora da doença celíaca, um mal que ataca o intestino delgado e é caracterizado pela intolerância permanente à proteína presente no trigo, na aveia, no centeio e na cevada, o glúten. Em Milena, o problema começou a se manifestar muito cedo, quando ainda era bebê. “Com 10 meses de idade ela passou a ter diarreia constantemente. Nós a levamos ao pediatra, que, no primeiro momento, achou que era apenas uma virose, mas o problema persistiu”, disse a mãe da menina, a pedagoga Cristiane Manika Faria, revelando que a doença só foi descoberta depois de uma biópsia no intestino da garota, na época
Foto: Felipe Rosa
Celíacos precisam fugir de trigo, aveia, centeio e cevada já que a doença não tem cura
Lorete: “Você pode ter doença celíaca e não saber”
com pouco mais de um ano. Com a causa do problema descoberta, algumas coisas tiveram que mudar na vida da família, já que a doença celíaca não tem cura e o único tratamento que existe é a dieta sem glúten. “A gente não teve que mudar totalmente os hábitos, mas alteramos muita coisa na nossa alimentação para poder favorecê-la também. Se eu vou fazer um bolo, por exemplo, já preparo sem trigo para que ela possa comer e não se sinta mal”, diz a mãe de Milena. Cristiane destaca, ainda, que, embora as opções de produtos sem glúten disponíveis sejam muito maiores do que
antigamente, acabam pesando no bolso. “Muita coisa eu tento fazer em casa, mas tem alguns alimentos que ela gosta que a gente acaba comprando. Geralmente são bem mais caros que os produtos normais”, diz. Segundo a gastroenterologista Lorete Kotze, o glúten é como um veneno para quem tem a doença celíaca. “Para os celíacos, o glúten é tóxico e provoca lesões no intestino delgado, impedindo a adequada absorção dos alimentos. É uma doença autoimune que aparece em indivíduos geneticamente predispostos”, explica. Segundo Lorete, quem não
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se cuidar e insistir no consumo da proteína pode ter outras doenças mais sérias. “O paciente celíaco que continuar ingerindo alimentos com glúten apresenta maior risco de desenvolver outros problemas, como tireoide, males do fígado, dos rins, anemias e até câncer”, alerta. No caso das crianças, os sintomas mais comuns da doença são diarreia crônica, distensão abdominal (barriga inchada) e desnutrição. Já nos adultos, ela pode aparecer de forma parecida, ou, ainda, em quadros de dor abdominal, vômitos, irritabilidade e anorexia.
A ponta do iceberg Por longo tempo, a doença celíaca foi considerada enfermidade exclusiva das crianças, mas, com o passar dos anos, verificou-se aumento na prevalência em adultos também. A explicação para isso é que muitas pessoas podem ter a doença e não saber. “Comparando-se com um iceberg, a ponta representa o número de casos diagnosticados e a área submersa, o total de casos ainda não descobertos”, ilustra Lorete.. Ainda de acordo com a gastroenterologista, a prevalência estimada é de 1% na população mundial, mas, no Brasil, um estudo baseado em resultados de exames de sangue mostrou outros números. Em Brasília, por exemplo, a média é de um caso para cada 681 pessoas. Já em Curitiba, estima-se que haja um celíaco para cada grupo de 417.
Na fase adulta No caso da publicitária Juliana Werneck Gomes, por exemplo, o diagnóstico só saiu aos 21 anos de idade e após uma série de complicações. “Tive várias crises de diarreia e só depois de alguns exames descobri que era celíaca”, conta. Segundo Juliana, manter a dieta em casa até que é “moleza”, difícil mesmo é comer na rua. “Encontrar alimentos sem glúten em supermercados ou casas especializadas, atualmente, é bem fácil. O grande problema, mesmo, é para quem trabalha e precisa comer fora de casa. São poucos
Pode e não pode Alimentos permitidos Cereais: arroz, milho Farinhas: mandioca, arroz, milho, fubá, féculas Gorduras: óleos, margarinas Frutas: todas, ao natural e sucos Laticínios: leite, manteiga, queijos e derivados Hortaliças e leguminosas: folhas, cenoura, tomate, vagem, feijão, soja, grão de bico, ervilha, lentilha, cará, inhame, batata, mandioca e outros Carnes e ovos: aves, suínos, bovinos, caprinos, miúdos, peixes, frutos do mar
os estabelecimentos que oferecem refeições desse tipo”, diz a publicitária, que até há pouco tempo levava comida para o trabalho. Atualmente, Juliana é presidente da Associação dos Celíacos do Paraná (Acelpar), entidade que promove encontros entre os portadores de doença, permitindo que troquem informações sobre o problema. “Nós fazemos várias reuniões, eventos, falamos sobre alimentação e indicamos locais da cidade onde há comida sem glúten”, revela. Para quem se interessar, no site (www.acelpar.com.br)
Alimentos proibidos Trigo; Aveia; Centeio; Cevada; Malte (sub-produto da cevada).
há uma lista com mais de 50 lugares em Curitiba onde é possível fazer lanches e mesmo refeições completas livres de glúten. A página traz, ainda, uma relação de médicos gastroenterologistas e nutricionistas especializados em tratar a doença.
Glúten free Há, inclusive, estabelecimentos na cidade onde o glúten não entra. O Almendras Emporium, que fica no bairro Bom Retiro, é um deles. Tocado pelas irmãs Alessandra e Adriana Cruz - uma com intolerância à lactose e outra ao glúten - o local oferece as
principais novidades do mercado alimentício para quem precisa ficar longe da proteína. São pães, massas congeladas, geleias, bolachas, chocolates, queijos, iogurtes e até cerveja sem glúten. “Temos bastante procura pelos alimentos sem glúten, mesmo pelas pessoas que não são celíacas, mas fazem algum tipo de dieta”, revela Alessandra. O Almendras Emporium também trabalha com artigos sem lactose e sem açúcar – um prato cheio para diabéticos. A loja fica na Rua Nilo Peçanha, 1948. O contato pode ser feito pelo telefone (41) 3044-1310.
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ECONOMIA
Poupança tem saldo recorde
Consórcios em alta
Captação líquida da modalidade neste ano cresceu 55% sobre o resultado dos oito primeiros meses de 2012 Considerando a captação líquida da caderneta de poupança de R$ 4,6 bilhões em agosto, a melhor para esses meses, o saldo no acumulado nos oito primeiros meses deste ano atingiu R$ 42,2 bilhões. O valor representa crescimento de 55% em relação ao total contabilizado entre janeiro e agosto de 2012, segundo informações do Banco Cen-
tral. No mês, os depósitos somaram R$ 122,2 bilhões, enquanto os saques foram de R$ 117,5 bilhões. Ainda segundo informações do BC, os rendimentos em poupança contabilizaram R$ 2,6 bilhões em agosto, elevando o estoque para R$ 557,4 bilhões, dos quais R$ 435,2 bilhões no Sistema Brasileiro de Poupança e Em-
préstimo, que financia parte do sistema imobiliário, e R$ 122,2 bilhões da poupança rural. A Caixa Econômica Federal administra R$ 196,3 bilhões, o que corresponde a 35,31% do volume total de depósitos. A instituição concentra 50 milhões de cadernetas de poupança. (Com Agência Brasil)
Entre janeiro a julho, 5,5 milhões de pessoas aderiram ao Sistema de Consórcios no Brasil, o que representa acrescimento de 10% sobre o total de participantes, o melhor resultado dos últimos dez anos, de acordo com a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac). De acordo com a entidade, foram vendidos mais 1,46 milhão de cotas, com alta de 1,4% no período, o que demonstra confiança do consumidor nos consórcios. Os destaques do setor foram o financiamento de veículos leves, com total de 2,15 milhões de participantes, o de veículos pesados, que somou 207 mil e o de imóveis, que vem se recuperando gradativamente, que totalizou 690 mil participantes em julho. (Com Agência Brasil)
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ECONOMIA
De encher o prato
Padilha: “O preço continua estável há cerca de oito meses”
Rosângela: “também gosta de carne de frango”
dos animais são dolarizados, a recente alta do dólar acabou deixando tudo equilibrado”, acrescentou.
Estável no varejo Se para os avicultores e indústria paranaenses o cenário é muito bom, para o setor de varejo e para os consumidores, a carne de frango está garantida no balcão e na mesa. “O preço continua estável há cerca de oito meses Foto: Divulgação
tos de produção de frango de corte registraram queda de 17,24% em consequência principalmente do recuo de 16,24% nas despesas com a ração das aves, de acordo com levantamento da Embrapa Suínos e Aves de Concórdia (SC). Mesmo assim houve equilíbrio entre o desembolso e a rentabilidade do setor, devido à valorização do dólar. “Como o milho e o farelo de soja usados na alimentação Foto: Felipe Rosa
Maior produtor e exportador de carne de frango do Brasil, o Paraná, que tem aproximadamente 19 mil avicultores, atingiu, em julho, média de abate acima de cinco milhões de cabeças por dia, uma marca histórica para o setor. Com isso, totalizou o processamento de 128,75 milhões de aves no mês, que teve 23 dias úteis, segundo o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar). O empresário Domingos Martins, presidente do Sindiavipar, com base nos números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, informou que, nos sete primei-
ros meses do ano, o Estado exportou 636,37 mil toneladas de carne de frango, que renderam cerca de US$ 1,27 bilhão. No mesmo período, as vendas externas brasileiras somaram 2,21 milhões de toneladas e faturaram US$ 4,72 bilhões. No ano passado, o Paraná embarcou para 130 países de todos os continentes 1,12 milhão de toneladas de carne de aves, que renderam US$ 2,04 bilhões. As exportações brasileiras do setor fecharam em 3,82 milhões de toneladas e faturamento de US$ 7,70 bilhões. Com isso, o Estado participou com 26,54% no volume vendido pelo País e com 28,72% na composição da receita nacional obtida com a exportação de frango. Martins se mostra otimista com os resultados que o setor obterá até o final do ano, especialmente por causa do Natal. “Tradicionalmente, o segundo semestre é mais produtivo para o setor avícola por causa das festas de final de ano, aumento nas exportações e a quantidade de dias úteis”, comentou. O presidente do Sindiavipar afirmou que, entre janeiro e julho deste ano, os cus-
Foto: Felipe Rosa
Produtores paranaenses estão satisfeitos com o mercado de carne de frango, que tem reagido sem afetar o bolso do consumidor
Martins: “Tradicionalmente, o segundo semestre é mais produtivo para o setor avícola”
e as donas de casa compram bastante o produto, principalmente o filé de peito de frango”, garantiu o açougueiro Adílio Padilha. Localizada há 54 anos na esquina da Avenida Manoel Ribas com a Rua Brigadeiro Franco, no bairro Mercês, a Casa de Carnes Mercês adquire frango direto dos abatedouros da região de Curitiba. “Fazemos cotação entre três ou quatro fornecedores e compramos conforme está o preço na semana. Com isso, conseguimos manter um bom valor no varejo, para as famílias, restaurantes e cozinhas industriais”, explicou Padilha. Moradora do Bairro Alto, a dona de casa Rosângela Plocharski, 35 anos, casada e com um filho adolescente, costuma comprar coxa e peito de frango duas vezes por semana. “Minha família prefere carne vermelha, mas também gosta de carne de frango e, uma vez a cada 15 dias, compro peixe”, contou.
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MEIO AMBIENTE
O Paraná busca métodos mais eficazes de reciclar a maior parte dos resíduos sólidos gerados por dia e prolongar a vida dos aterros
Foto: Divulgação
Parece fácil encher o carrinho no supermercado com produtos em embalagens atrativas que mantêm suas qualidades e prolongam a durabilidade, muitos deles prontos para o consumo. No entanto, destinar adequadamente os resíduos sólidos gerados e encaminhá-los para a reciclagem é uma tarefa que preocupa representantes de instituições governamentais, de organizações não governamentais (ONGs) e de comunidades. A solução para o problema dos resíduos sólidos passa mesmo pelo consumo consci-
ente, separação correta e destinação do lixo. E a participação da população é considerada fundamental para melhorar a coleta, diminuir a quantidade de lixo e gerar renda com os materiais recicláveis. De acordo com o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Eduardo Cheida, “se reciclarmos todo o lixo produzido, que no Paraná é de 20 mil toneladas por dia, apenas 15% deste total – os chamados rejeitos - serão destinados aos aterros sanitários, triplicando a sua vida útil”. Ainda de acordo com o secretário, o mundo produz 1,3 bilhão de toneladas por ano de lixo “e esse volume vai dobrar em 20 anos, devido ao crescimento acelerado das cidades periféricas e consequente aumento do consumo e da produção de lixo”. Ele lembrou que a lei federal de resíduos sólidos (Lei 12.305/2010) não está sendo cumprida no País, pois apenas 27% dos municípios brasileiros possuem aterros sanitários.
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Produtores de lixo
Consórcios
Cheida: “esse volume vai dobrar em 20 anos, devido ao crescimento acelerado das cidades periféricas”
A responsabilidade pela coleta e destinação adequada dos resíduos é municipal. No entanto, a política estadual de resíduos sólidos, assim como a lei federal, incentiva a for-
mação de consórcios intermunicipais, por meio do Programa Paraná Sem Lixões, que conta com o envolvimento do setor produtivo na coleta e destinação final de embalagens e resíduos após o uso.
“O objetivo é envolver toda a sociedade nesta grande campanha pelo fim dos lixões e acondicionamento correto dos diferentes tipos de resíduos”, reforçou o coordenador de resíduos sólidos da
MEIO AMBIENTE Foto: Divulgação
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Dudas: “acondicionamento correto dos diferentes tipos de resíduos” Descarte de bitucas Uma das recentes ações do Programa Paraná Sem Lixões é uma campanha inédita no País visando à redução do volume de bitucas jogadas nas ruas e espaços públicos. O slogan é “Bituca no lixo: atitude de cidadão”. Coordenada pela Secretaria estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema), em parceria com as fabricantes de cigarros Souza Cruz e Philip Morris Brasil, a ação permitiu a colocação do adesivo da campanha, que incentiva o descarte das bitucas no lixo, em todos os estabelecimentos comerciais atendidos por essas empresas nos 399 municípios paranaenses.
Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Laerty Dudas. No Paraná há 200 municípios com menos de 10 mil habitantes e sem os recursos necessários para administrar um aterro. Nos últimos anos, cerca de 160 aterros municipais se transformaram em lixões por falta de gerenciamento adequado. Os 214 lixões existentes no Estado devem ser eliminados até agosto de 2014. Caso isso não ocorra os municípios serão punidos e não poderão contar com recursos do PAC Saneamento. Segundo Cheida, a formação dos consórcios, entre outros benefícios, dará uma escala maior aos produtos reciclados, trazendo benefícios aos municípios e aos recicladores. No Paraná, de acordo com o secretário, existem 44 mil catadores de materiais recicláveis. No Brasil são 600 mil pessoas que separam o lixo
gerado por empresas e domicílios todos os dias. Os diversos setores industriais também trabalham para implementar a logística reversa dos resíduos que disponibilizam no mercado, conforme
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previsto em lei. A legislação estabelece prazos para implantar o recolhimento de resíduos como pilhas, pneus, baterias, eletroeletrônicos, óleos lubrificantes, lâmpadas, entre outros.
Compartilhar responsabilidades Com o objetivo de difundir entre todos os setores práticas positivas que possam contribuir para a gestão dos resíduos sólidos, o assunto foi o foco das discussões da Conferência Estadual do Meio Ambiente, realizada em Foz do Iguaçu, nos dias 5 e 6 de setembro. O evento foi preparatório para a 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente, que contará com 50 representantes paranaenses em Brasília, entre os dias 24 e 27 de outub r o . “A ideia é difundir entre todos os setores práticas positivas que possam contribuir para a gestão dos resíduos sólidos”, afirmou o coordenador de resíduos sólidos da Sema, Laerty Dudas. Os eixos de discussão definidos pelo Ministério do Meio Ambiente para as conferências são: produção e consumo sustentáveis, redução dos impactos ambientais, criação de emprego e renda e educação ambiental. No entanto, segundo Dudas, as conferências também têm a finalidade de estabelecer a responsabilidade compartilhada entre governos, setor privado e sociedade.
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CULTURA
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Depois do ponto final Depois da inspiração, a transpiração. Esse é o destino dos escritores que não figuram nas listas dos maiores vendedores de livros das grandes editoras, mas, por acreditarem no potencial do seu trabalho, não medem esforços para cuidar pessoalmente da divulgação e distribuição da obra - etapas cruciais para o sucesso do lançamento. Muitas vezes, até pagam a impressão do próprio bolso. É o caso do jornalista e escritor Nilson Monteiro, que acaba de colocar no mercado o romance “Mugido de Trem”, já lançado com sucesso em Curitiba e Londrina. Editado pela jovem Banquinho Publicações, a obra vendeu 257 exemplares na noite de autógrafos realizada na capital e 155 na segunda maior cidade do Estado. Nesse estrondoso resultado – para os padrões de autores que não dispõem da estrutura de marketing das celebridades editoriais - já está o dedo de Nilson. Incansável, não mediu esforços para multiplicar o poder de informação de sua respeitável rede de amigos e contatos para divulgar o novo livro e atrair público para o lançamento. Agora, acompanha de perto o movimento de vendas nas livrarias.
Londrina deu um pouco mais de trabalho. Como o autor mora em Curitiba, teve que se deslocar para o interior dois dias antes apenas para dar conta da agenda de entrevistas em emissoras de rádio e TV, além de jornais. “É um trabalho árduo, mas que vale muito o esforço. É o caminho para gente que acredita no próprio talento e sem estrutura se fazer notar”, pondera. “E se não botar a cara, não vende”, completa.
Foto: Felipe Rosa
Autores que não contam com a proteção de grandes editoras buscam, por conta própria, seu espaço no mercado editorial
Menos árduo Já a história do também jornalista e escritor Márcio Renato dos Santos é diferente. Editado pela poderosa Record já no seu primeiro livro de contos, “Minda-au”, ele não tem esse trabalho. A editora se encarrega de tudo, poupando seus autores. Em razão disso, a aceitação do segundo trabalho, “Golegolegolegolegah”, pela paranaense Travessa dos Editores, foi mais tranquila. Mas, para Márcio, o sucesso também não caiu do céu. O fato de ter atuado por cerca de dez anos no jornal Rascunho, especializado em literatura, e de ter sido repórter da Gazeta do Povo, ajuda a explicar esse resultado. Além da oportunidade de exercício contínuo do texto, a ativida-
Márcio: “Todos os escritores que se firmaram nacionalmente trabalharam em jornal”
Nilson: “É um trabalho árduo, mas que vale muito o esforço”
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de funcionou como uma vitrine para Márcio. “Quando veem meu nome na capa do livro, já têm como referência meu trabalho com texto em jornal. E isso dá credibilidade e ajuda no processo de aceitação do livro”, diz o escritor, que avalia como muito natural esse desdobramento. “Todos os escritores que se firmaram nacionalmente trabalharam em jornal”, resume. Machado de Assis é um entre vários exemplos.
Convivência de versões Para o diretor da Banquinho Publicações, o também jornalista Teotônio Souto Maior, a relação escritores e editoras grandes ainda vai longe, apesar de o livro digital já ser uma realidade. Responsável pela empresa, que está no mercado desde 2009 - o espaço para o segmento de obras
literárias foi aberto neste ano –, ele acredita que a saída do livro impresso de cena será muito gradual e determinada pelo desaparecimento dos leitores que despertaram para o prazer da leitura em livros de papel. Enquanto isso, diz, há espaço para as duas versões de uma mesma obra. Mugido de Trem é um exemplo, que o editor espera ver digitalizado depois de escoada a edição impressa. O que não impede que o livro de poemas do norteamericano Jeff Tweedy, líder da banda de rock alternativo Wilco, cujos direitos de tradução já foram adquiridos pela Banquinho, possa ganhar uma tradicional e bem cuidada edição impressa, com direito à capa de tecido costurada. Como nos bons tempos, como diriam os saudosistas. O lançamento está previsto para ocorrer ainda esse ano.
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Para Teotônio, há espaço para o livro impresso e a versão digital
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Para quem acha que o interessado em arte contemporânea só pode encontrá-la em galerias, salas de recitais, cinemas e livrarias, a XX Bienal Internacional de Curitiba (BIC) está aí para provar o contrário. Em vez de apenas convidar o público para contemplá-la em espaços fechados, a mostra se esforça para facilitar ao máximo a interação da plateia com as criações. É o que pretende o performer Ângelo Luz, que neste sábado (7) estará promovendo na Unilivre, das 14 às 19 horas, um período de meditação coletiva. A oferta de roteiros culturais para serem percorridos a pé, de van ou bicicleta nos finais de semana é outra estratégia da mostra, que se caracteriza também por não ter um tema comum. “A ideia é a pluralidade e a busca do contato direto com a população urbana com a arte que se faz hoje nas diversas áreas”, diz a jornalista Juliana Cecatto, assessora de imprensa do evento. Para deixar essa proposta clara para o público, a XX BIC trouxe obras de grande porte e apelo visual instaladas em locais estratégicos da cidade. É o caso das mandalas de pedra da alemã Beatrice Steimer, no Jardim Bo-
Foto: DRodrigo Cardoso
Quando a arte procura (e encontra) o público
Os curitibanos convivem com a mais perturbadora mostra de arte contemporânea para atender todos os gostos
Mandalas de pedra, da alemã Béatrice Steimer no Jardim Botânico tânico, e do poste sustentado por um guindaste do sueco David Svensson, no estacionamento do Museu Oscar Niemeyer (MON), o Museu do Olho. As artes visuais são apenas um filão da Bienal, que começou no dia 31 de agosto
e vai até 1º de dezembro. Até lá, 150 artistas de todos os continentes passarão por 100 espaços para mostrar um pouco do que fazem em especialidades artísticas tão diferentes: teatro, dança, fotografia, música popular e erudita, poesia e cinema.
Entre as novidades também estão o Circuito Universitário Bienal de Curitiba (Cubic) de artes visuais e música criadas por 38 artistas, já aberto, e o Festival Internacional de Cinema (Ficbic), que começa no próximo dia 24.
Serviço: Programa para o feriado Meditação na Unilivre – Rua Victor Benato, 210, Pilarzinho, das 12 às18h. Roteiros culturais com monitoria: A pé - sábado, às 10h, partindo do Cento Cultural Fiep (Cândido de Abreu, 200, Centro Cívico) De van – domingo, às 15h, saindo da loja do MON (Marechal Hermes, 999) De bicicleta – sábado, às 15h, e domingo, às 10h, saindo da Bicicletaria Cultural (Presidente Faria, 226, Centro). Mais informações no site www.bienaldecuritiba.com.br.
Turn of the World (2013), obra de David Svensson
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Agenda Cultural SHOWS
Marx Cruz O compositor cumpre agenda no Teatro Paiol na terça-feira (10), às 20 horas, quando inclusive lança Umuarama, disco influenciado pela música popular brasileira, sem deixar de lado gêneros como pop, rock e reggae. Ingressos: R$ 20. Informações: (41) 3213-1340. Elvis Las Vegas Concert Considerado o melhor tributo a Elvis Presley da América Latina, Adam Presley apresenta o show “Elvis Las Vegas Concert” no próximo dia 11, às 21 horas, no Guairinha. Além da homenagem aos 36 anos de Elvis Presley, haverá o lançamento do álbum “Elvis & Me”. Ingressos: R$ 60. Informações: (41) 3304-7982. Meninos Cantores de Viena O grupo se apresenta no próximo dia 13, às 21 horas, no Teatro Positivo. Sob a regência do maestro italiano Manolo Cagnin, os meninos trazem em seu repertório obras de compositores consagrados como Mozart, Mendelssohn, Haydn e Strauss, além de obras populares. Ingressos: de R$ 160 a R$ 190. Informações 3317-3283. Rubi A Caixa Cultural de Curitiba apresenta o show “Consigo”, do cantor Rubi, às 20 horas dos próximos dias 13 e 14 e às 19 horas do dia 15, no Teatro da Caixa. Ingressos: R$ 20. Informações (41) 2118-5111. Diogo Nogueira
or Even”. O som da banda vai do reggae ao rock, passando pelo ska e até pelo punk. Ingressos: R$ 50. Informações: (41) 33232381.
Coletiva de Artistas Paranaenses – Geração 60
Lulu Santos O cantor apresenta no próximo dia 14, às 21 horas, no Teatro Guaira, o show de sua turnê “Toca Lulu”. Ingressos: entre R$ 160 e R$ 250. Informações: (41) 3304-7982
TEATRO
Ballet Nacional Sodre A mais tradicional companhia de dança do Uruguai, o Ballet Nacional Sodre, se apresenta na terça-feira (10), às 21 horas, no Teatro Guaíra. Ingressos: R$ 100. Informações: (41) 3304-7982. Escrevinhando A peça tem apresentações entre os próximos dias 10 e 15, às 20 horas, no Miniauditório do Guaira. O espetáculo aborda temas como o analfabetismo e a situação dos semteto, alertando para o número sempre crescente de moradores de rua na cidade de Curitiba. Ingressos: R$ 20. Informações: (41) 3304-7982. Resta O espetáculo tem apresentação única no próximo dia 11, às 20h30, no Teatro Regina Vogue. Diversos improvisadores lutam para conseguir ser escolhido pelo público em cada rodada e ser o último a ficar no palco. Ingressos: R$ 30. Informações: (41) 21018292. A Tarada do Boqueirão O espetáculo tem apresentações até o próximo dia 28, às 23h59, no Teatro Lala Schneider. Na peça, uma garota de programa tenta seduzir seus clientes numa esquina da capital paranaense. É feriado e a cidade está vazia. Solitária, a mulher começa a relatar as suas experiências, boas e ruins. Ingressos: R$ 40. Informações: (41) 32324499.
EXPOSIÇÕES
O cantor faz única apresentação no próximo dia 14, às 21h15, no Teatro Positivo. No repertório, “To fazendo a minha parte”, “Fé em Deus” e “Espelho”, entre outros sucessos. Ingressos: entre R$ 150 e R$ 170. Informações: (41) 3317-3107.
Abstractus O Salão Brasil do Memorial de Curitiba expõe até 3 de novembro a coletiva Abstractus, com obras de Ana Serafin, Katia Kimieck, Silvana Camilotti, Vavá Diehl, Faisal Iskandar e Jorge Kimieck. A mostra expressa a arte em várias técnicas. Entrada franca. Informações: (41) 3321-3313.
Lou Dog A banda curitibana se apresenta no palco do Espaço Cult no próximo dia 13, às 22 horas, com o show que marca o lançamento do novo EP do grupo, “Never Odd
No Unreal Permanece aberta até o próximo dia 24 no Ybakatu Espaço de Arte a mostra do artista espanhol Nelo Vinuesa. Entrada gratuita. Informações: (41) 3264-4752.
A exposição reúne obras de Poty Lazzarotto, Wilson de Andrade Silva, Luiz Carlos de Andrade Lima, Domício Pedroso, Ida Hannemann de Campos, Sofia Dyminski, Alvaro Borges, Mario Rubinski, Helena Wong, Jair Mendes, Violeta Franco, Fernando Velloso e Fernando Calderari. A curadoria é de Regina Casillo Entrada gratuita. Informações: (41) 3225-6232. Linha da Alma Aberta até o próximo dia 19, no Palacete dos Leões, a mostra coletiva é composta por 35 desenhos de 15 artistas diferentes, mesclando diversos estilos, e homenageia a artista e aluna da curadora Izabella Zanchi, Alana Mattos, falecida em 2011 . E n trada gratuita. Informações: (41) 3219-8056 Don Quijote de la Mancha Pode ser vista até o próximo dia 20, no Instituto Cervantes de Curitiba, a exposição “Don Quijote de la Mancha”, que reúne diversas artes – pintura, literatura, fotografia e dança. Entrada gratuita. Informações: (41) 3362-7320.
11h55, 14h, 16h10, 18h20 e 20h30 Segunda a quinta: 14h, 16h10, 18h20 e 20h30 UCI Estação - Sala 5 - Sexta: 14h45, 16h50, 19h, 21h05 e 23h10 Sábado: 12h40, 14h45, 16h50, 19h, 21h05 e 23h10 Domingo: 12h40, 14h45, 16h50, 19h e 21h05 Segunda: 14h45, 16h50 e 19h Terça e quarta: 14h45, 16h50, 19h e 21h05 Quinta: 14h45, 16h50 e 19h UCI Palladium - Sala 2 - Sexta: 16h15, 18h20, 20h30 e 22h30 Sábado e domingo: 12h, 16h15, 18h20, 20h30 e 22h30 Segunda a quinta: 16h15, 18h20, 20h30 e 22h30.
Eddie Hassell, entre outros. Cinemark Mueller - Sala 1 - Sexta e sábado: 12h50, 15h30, 18h10, 20h50 e 23h40 Domingo a quinta: 12h50, 15h30, 18h10 e 20h50 Cineplex Batel (Shopping Novo Batel) - Sala 3 - Sexta a quinta: 14h, 16h20, 18h35 e 20h50 Espaço Itaú de Cinema (Shopping Crystal) - Sala 4 - Sexta a quinta (legendado, VIP): 14h, 16h30 e 21h30 UCI Estação - Sala 10 - Sexta a quinta: 14h20, 17h10, 19h50 e 22h30 UCI Palladium - Sala 1 Sexta a quinta: 13h40, 16h20, 19h e 21h40.
A casa da mãe Joana 2 Após seguirem rumos diferentes, os personagens de “A Casa da Mãe Joana 2” voltaram para viver situações hilárias. Elenco: Antônio Pedro, José Wilker, Paulo Betti, Betty Faria, Leona Cavalli, Caike Luna, Lucia Bronstein, Felipe Kannenberg, Xuxa Lopes, Anselmo Vasconcellos, Fabiana Karla e Carmem Verônica. Cinemark Mueller - Sala 4 - Sexta e sábado (nacional): 16h10, 18h, 20h, 22h e 0h Domingo a quinta (nacional): 16h10, 18h, 20h e 22h Espaço Itaú de Cinema (Shopping Crystal) - Sala 3 - sexta a quinta (nacional): 15h30, 17h30, 19h30 e 21h30 UCI Estação - Sala 2 - Sexta (nacional): 14h, 16h, 18h, 20h, 22h e 0h Sábado (nacional): 12h, 14h, 16h, 18h, 20h, 22h e 0h Domingo (nacional): 12h, 14h, 16h, 18h, 20h e 22h Segunda a quinta (nacional): 14h, 16h, 18h, 20h e 22h UCI Palladium Sala 6Sexta (nacional): 14h, 16h, 18h, 20h, 22h e 0h Sábado (nacional): 12h, 14h, 16h, 18h, 20h, 22h e 0h Domingo (nacional): 12h, 14h, 16h, 18h, 20h e 22h Segunda a quinta (nacional): 14h, 16h, 18h, 20h e 22h.
O Ataque Entrar para a equipe do serviço secreto que protege o presidente dos Estados Unidos era o grande sonho do policial John Cale, mas ele não é aprovado na seleção. Cale se vê em frente a difícil missão de ter que dar a notícia a sua filha, então leva a menina para um passeio pela Casa Branca. No mesmo dia, um grupo paramilitar resolve atacar a sede do governo norteamericano, e está nas mãos do policial salvar o presidente. Elenco: Channing Tatum, Jamie Foxx, Maggie Gyllenhaal, Jason Clarke, Richard Jenkins, James Woods, Jimmi Simpson e Michael Murphy, entre outros. Cinemark Barigüi - Sala 5 - Sexta a quinta: 13h, 15h50, 18h40 e 21h40 Cinemark Mueller - Sala 8 - Sexta e sábado: 13h, 15h40, 18h30, 21h20 e 0h10 Domingo a quinta: 13h, 15h40, 18h30, 21h20 e 0h10 UCI Estação - Sala 1 - Sexta e sábado (dublado): 13h, 15h45, 18h30, 21h15 e 0h Domingo a quinta (dublado): 13h, 15h45, 18h30 e 21h15 UCI Palladium - Sala 3 - Sexta e sábado (dublado): 13h, 15h45, 18h30, 21h15 e 0h Domingo e segunda (dublado): 13h, 15h45, 18h30 e 21h15 Terça (dublado): 13h, 15h45 e 18h30 Quarta e quinta (dublado): 13h, 15h45, 18h30 e 21h15
Jobs
A Vida é Lomo A exposição , do fotógrafo de lomografia curitibano Ewerton Rudnik “Lovesick”, fica em cartaz até o prpoximo dia 26, na Galeria Lúdica. As imagens mostram experiências pessoais vivenciadas pelo fotógrafo com câmeras analógicas. Entrada gratuita. Informações: (41) 3024 – 8114.
CINEMA
A filha do meu melhor amigo A amizade entre as famílias Walling e Ostroff é colocada à prova quando Nina, filha pródiga dos Ostroff, se apaixona por David, chefe da família Walling. Elenco: Catherine Keener, Leighton Meester, Hugh Laurie, Adam Brody, Alia Shawkat, Allison Janney, Boyd Holbrook e Oliver Platt, entre outros. Cinemark Barigüi - Sala 8 - Sexta: 14h, 16h10, 18h20, 20h30 e 23h Sábado: 11h55, 14h, 16h10, 18h20, 20h30 e 23h Domingo:
A cinebiografia “Jobs” narra a história de Steve Jobs, um dos donos da Apple, na época em que foi estudante e largou a universidade até se tornar um dos mais reverenciados empreendedores do século 20. Elenco: Ashton Kutcher, Dermot Mulroney, Josh Gad, Lukas Haas, Matthew Modine, J.K. Simmons, Lesley Ann Warren, Ron Eldard, Ahna O’Reilly, Victor Rasuk, John Getz, Kevin Dunn, James Woods, James Woods e
Tese Sobre um Homicídio Roberto Bermudez é um especialista conceituado em Direito que ganha à vida dando aulas em instituições renomadas. Prestes a iniciar as aulas com uma nova turma, ele conhece Gonzalo, um de seus alunos que também é filho de um velho conhecido do professor. Já com as aulas em pleno andamento, um brutal assassinato ocorre perto da universidade. Roberto logo demonstra interesse no caso e, ao investigar os detalhes, passa a crer que Gonzalo seja o autor do crime e esteja desafiando-o a um jogo de inteligência. Elenco: Ricardo Darín, Natalia Santiago e Alberto Ammann. Cineplex Batel (Shopping Novo Batel) - Sala 5 - Sexta a quinta: 20h50 - Sala 5- Sexta a quinta: 14h10, 18h30 e 20h40 Espaço Itaú de Cinema (Shopping Crystal) - Sala 2 - Sexta a quinta: 13h40, 15h40, 17h40 e 19h40.
HORÓSCOPO Leão (23/7 a 22/8)
Semana caracterizada por algumas dificuldades, na área profissional. Poderá ser contestada a sua capacidade de liderança e conhecimento; esta situação poderá estar relacionada com um clima de falta de decisão.
Será uma semana em alta, no que se refere a questões de ordem profissional. Verá todos os seus esforços recompensados e, de uma forma perfeitamente natural, os retornos surgirão.
Touro (21/4 a 20/5) Seja compreensivo com os seus amigos e não negue ajuda aos que dela necessitarem; afinal, não faz mais do que eles fizeram por si, noutra altura. A família deverá fazer parte da sua agenda de visitas.
Gêmos (21/5 a 20/6) Serão caracterizadas por algumas dificuldades que não irão contribuir, em nada, para uma mudança do seu humor. Tente raciocinar com lógica e concluirá que a sua má disposição não modificará este aspeto.
Câncer (21/6 a 22/7) Este aspeto requer alguma atenção e muita sensibilidade. Não crie problemas onde eles não existem e mantenha a confiança no seu par. Cenas de desconfiança e ciúme poderão estragar a sua semana.
Virgem (23/8 a 22/9) O relacionamento com amigos será uma boa opção para os seus momentos de descanso. Faça por se distrair na companhia de quem mais gosta. A família, como não podia deixar de ser, será muito importante.
Libra (23/9 a 22/10) O setor financeiro poderá ser confrontado com alguns problemas. Tente gerir, muito bem, este aspeto e não gaste mais do que o necessário. Para o fim da semana, poderá sentir um aliviar das questões financeiras.
Escorpião (23/10 a 21/11) O seu relacionamento sentimental poderá ser um motivo de equilíbrio e estabilidade, durante toda a semana. Divida com o seu par os seus projetos e problemas. Seja imaginativo e verá que nem tudo está ruim.
Sagitário (21/11 a 21/12) Uma carga, excessiva, de trabalho, assim como algumas preocupações inerentes ao mesmo, poderão criar-lhe problemas ao nível de esgotamento físico e mental; isto, caso não descanse o suficiente.
CRUZADAS
T
A L H E R
Capricórnio (22/12 a 20/1) Relacionamentos sociais com colegas de trabalho deverão ser, muito bem, ponderados. Uma situação de ordem familiar, poderá ser motivo de grande preocupação. Se lhe for pedida ajuda não a negue.
Aquário (21/1 a 19/2) As suas finanças mantêm-se em baixa e terá de fazer uma boa gestão para ultrapassar este aspeto, sem que ele tenha influência negativa no seu sistema emocional. Para o fim do período boas perspectivas e melhoras.
Peixes (20/2 a 20/3) Não torne a sua relação como culpada de tudo o que lhe acontece. Tenha uma visão positiva da companhia e que o este poderá ser a pessoa mais indicada para o ajudar a ultrapassar estes momentos.
Solução:
Áries (21/3 a 20/4)
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CULTURA Brasileiro por opção PARANÁ EM FOCO CURITIBA, 7 A 13 DE SETEMBRO DE 2013
Em Colombo, numa chácara situada a poucos minutos de carro de Curitiba, mora um homem singular. É o maestro e compositor Jaime Zenamon, boliviano naturalizado brasileiro que correu o mundo tocando e ensinando música nos melhores centros da Europa. Por ser tão especial no que faz, esse vizinho está sendo homenageado – não no Brasil, país que escolheu para viver – mas no Festival de Verão de Música de Berlim, onde deu aulas na Universidade Superior de Artes e regeu a sinfônica. A honraria é motivada pelos seus 60 anos de vida e 40 de atividade. “A arte não perdoa: se é mal feita, o artista morre de fome”, diz Zenamon, que pode se orgulhar de viver exclusivamente da música e de direitos autorais - é autor de mais de 600 composições, muitas delas gravadas por mais de 150 músicos. Ele próprio gravou oito discos com suas músicas – três em vinil e cinco CDs. Enquanto morou na Europa, dedicou boa parte da sua vida aos concertos, estúdios de gravação e palcos. “Em um ano cheguei a fazer 220 concertos”, diz, relembrando os tempos de Europa, para onde foi com apenas 17 anos. No Brasil, quando se dedicava mais aos concertos, a média era bem menor: no máximo quarenta por ano. A paixão pela música começou em casa, por influência da mãe, a dona de casa Feiga Kuzmin Zenamon, que tocava violão, acordeão e também cantava, enquanto o pai, Salomão Mirtenbaum, adorava ópera. Ambos eram imigrantes europeus. Foi de Feiga a ideia de “intimar” o filho a
Foto: Divulgação
Do centro cultural do mundo para Colombo, onde mora, ele segue compondo para concertos europeus
Zenamon: “A arte não perdoa: se é mal feita, o artista morre de fome” escolher um instrumento musical. “Em toda família que é família é assim”, disse, para convencer o menino, que nasceu em La Paz, no dia 20 de fevereiro de 1953. Era a época da explosão do rock e o adolescente de 13 anos não teve dúvida: quis uma guitarra, que a mãe comprou sem questionar, e um amplificador. No colégio, por conta da guitarra, integrou um grupo musical que tocava Beatles e Stones. Em seguida, começou a se dedicar ao violão e à música eru-
dita. Não tardou a partir em viagem de estudos pela Europa – experiência que, ao lado da convivência com a mãe russa e o pai polonês, fez com que se tornasse poliglota. Zenamon se expressa com desenvoltura em russo, espanhol, inglês, alemão, holandês, italiano e, é claro, português. O Brasil nasceu para Zenamon no começo dos anos 70, quando o pai, comerciante e alfaiate, decidiu se mudar da Bolívia. Para quem já lidava com música e vinha de uma
família europeia, foi um choque. “Era tudo um sonho. A sonoridade era diferente, as pessoas, assim como a beleza”, relembra o maestro, que trabalhou dois anos no Rio de Janeiro e fez amizade com personalidades como Tom Jobim, Luiz Bonfá, Maurício Tapajós e Padre Penalva, que também se mudaria para o Paraná. A adaptação, ao que tudo indica, foi natural. A não ser pelo sotaque germânico e os cabelos claros, ele tem mais de brasileiro do que estrangeiro. É bem-humorado, sorridente
e extrovertido, ao contrário do perfil típico dos descendentes de europeus. Curitiba entrou no cenário de Zenamon por volta de 1973. Aqui, a convite de Henriqueta Garcez Duarte, fundou a primeira cadeira de violão clássico do Paraná na Escola de Música e Belas Artes. O retorno à cidade se deu há 25 anos. Atualmente se dedica a três projetos: uma composição para orquestra sinfônica, outra para orquestra de cordas e uma terceira para duo de violão e bandolim.