A INFLUÊNCIA DOS ASPECTOS MOTIVACIONAIS NA ADESÃO E MANUTENÇÃO DE ALUNOS EM AULAS DE CAPOEIRA EM ESCOLAS Fábio Rosseto 1 Diego Tinoco dos Santos Priscila Mara Gomes de Almeida Juliane Jellmayer Fechio2 RESUMO Diante do crescimento que a capoeira vem apresentando, juntamente com sua relevância social e pedagógica, torna-se inevitável a investigação da dinâmica de ensino da práxis em questão como instrumento educacional (SOUZA, 2006). O objetivo do presente estudo foi de analisar, através da revisão da bibliográfica, a influência dos aspectos motivacionais em aulas de capoeira em escolas, tanto públicas como privadas, a fim de verificar quais motivos eram mais significantes para a adesão e manutenção dos alunos. Paim (2001a) afirma que, na relação ensinoaprendizagem, em qualquer ambiente, conteúdo ou momento, a motivação constituise como um dos elementos centrais para sua execução bem sucedida. A motivação tipicamente dirige o comportamento a um determinado incentivo que produz prazer ou alivia um estado desagradável (ATKINSON et al, 2002). A literatura aponta que os motivos que propiciam maior relevância são os de ordem interna, que reportam o estado de prazer pela atividade seguindo pela valorização da saúde. Contudo, mesmo que os resultados obtidos se dirijam a fatores intrínsecos, outras pesquisas retratam o motivo extrínseco como fundamental na estimulação dos motivos intrínsecos e no processo de ensino-aprendizagem. Dessa forma, o estudo propõe que as aulas de capoeira sejam estruturadas com uma pedagogia que viabilize e prime, além da satisfação pessoal e da saúde, o desenvolvimento dos aspectos relacionados à amizade e ao aprendizado de conteúdos novos e diversificados. Palavras-chaves: Capoeira, motivação, escola. THE INFLUENCE OF MOTIVATIONAL ASPECTS ON THE ADHERENCE AND MAINTAINANCE OF CAPOEIRA STUDENTS IN SCHOOL ABSTRACT Facing the growth capoeira has been developing, as well as its social and pedagogical relevance, a dynamic investigation of the praxis teaching as educational instrument has become unavoidable (SOUZA, 2006). Such researching aims, through bibliographical revision, to analyze the influence of motivational aspects of capoeira teaching in academic schools, either in public or private institutions, longing to find out which were the most significant reasons for the students to join and keep up with it. Paim (2001a) states that the teaching-learning relation, in any 1 2
Alunos da graduação do curso de Educação Física da Faculdade de Educação Física de Santos. Professor do curso de Educação Física da Faculdade de Educação Física de Santos.
environment, content or moment, motivation is the key element for a successful work. Motivation itself leads the behavior to an incentive which results either in pleasure or in an unpleasant mood (Atkinson et al, 2002). The literature points out that the reasons which provide greater relevance are the ones of internal aspects, which also results a state of pleasure followed by a health sense of value. However, even though the results have led out to internal factor, other researches also report external factors as fundamental on the internal motives stimulation, as well as in the teaching-learning process. Nevertheless, this study purposes that capoeira classes may be structured sided with a pedagogy which makes possible and primes for the developing of the aspects related to relationship, friendship and updated, varied range content, connected to health and personal satisfaction issues. Key words: Capoeira, motivation, school. INTRODUÇÃO A escola é um espaço educacional e cultural dinâmico que absorve, renega, influencia, e que é influenciado por aspectos diversos das práticas culturais que ali são inseridas, e que têm de fato, se constituído em vias privilegiadas no processo veloz de expansão social da capoeira (NASCIMENTO e FENSTERSEIFER, 2007). De acordo com Nascimento (2005), a inserção da capoeira no contexto escolar ocorre principalmente por meio de aberturas que a escola vem preconizando para as atividades extras, que não as curriculares: projetos, amigos da escola e outros, porém configurando-se em atividades paralelas das escolas, sem necessariamente ser conteúdo da disciplina de Educação Física escolar, embora em alguns casos e/ou momentos específicos, mantenham inter-relação. A utilização da capoeira dentro do âmbito escolar, como conteúdo da disciplina Educação Física, ou como componente de projetos integrantes do currículo da escola, denota a capacidade própria e a possibilidade, dentro dos conteúdos que a estruturam, de empregá-la como um instrumento de educação junto aos alunos (SOBRINHO, CASTRO JUNIOR e ABIB, 1999). Freire e Scaglia (2003) mencionam que a educação escolar terá de enfrentar o problema da compatibilidade entre a formação do indivíduo e suas interações com a sociedade. Contudo, Paim e Pereira (2004) citam que as danças, esportes, lutas, jogos e ginásticas compõem um vasto patrimônio cultural que deve ser valorizado, conhecido e desfrutado, contribuindo, assim, para a adoção de uma postura não preconceituosa e discriminatória das manifestações e expressões dos diferentes grupos étnicos e sociais e das pessoas que dele fazem parte.
Segundo Fontoura e Guimarães (2002), atualmente a capoeira tem considerável relevância, tanto por seu valor cultural e histórico quanto por seu valor educacional, além de seu conteúdo poder ser contemplado pelos múltiplos enfoques que possibilitam a luta, a dança e a arte, o folclore, a educação, o lazer e o jogo, como é citado por Souza e Oliveira (2001). Ao professor, enquanto responsável pela formação de seus alunos, sejam crianças ou adolescentes, cabe conhecer as características individuais dos mesmos, inclusive os motivos que os levam a praticar determinada modalidade esportiva (PAIM e PEREIRA, 2004). Braga apud Martins (2004) menciona que a metodologia empregada em um programa de capoeira para crianças deve ser estruturada considerando os anseios e as necessidades da mesma, e ainda reforça que as crianças só se interessam por aquilo que tem significado para elas e, normalmente, o que nós, professores, supomos ser do interesse delas, pode nada significar. O estudo da temática: capoeira, motivação e escola, quando correlacionados, contribuem para o conhecimento e entendimento dos fatores que originam, maximizam e mantêm os interesses dos educandos nas aulas de capoeira, do mesmo modo que para Magill apud Berlese, Vieira e Krebs (2002) a motivação pode ser definida como as causas que afetam o início, a manutenção e a intensidade de comportamento. Todas as atitudes tomadas por nós, seres humanos, são determinadas por algum motivo, e no campo esportivo não é diferente. A busca pela prática, bem como o sucesso ou insucesso dentro de uma determinada modalidade esportiva é fundamentalmente a exteriorização de um desejo determinado anteriormente por fatores diversos (OLIVOTO e OLIVEIRA, 2001). Valendo-se das considerações mencionadas acima, o objetivo do presente estudo foi de analisar, mediante a revisão de literatura, quais aspectos motivacionais têm maior influência na adesão de alunos em aulas de capoeira em escolas, tanto privadas como públicas. O estudo supramencionado viabiliza a consulta possibilitando sua utilização para a elaboração de planos de aula3 na área; apresenta, de forma geral, características motivacionais encontradas em alunos de diferentes faixas etárias; e 3
De acordo com Metzner e Mathias (2007), o ato de planejar, formado por objetivos, organizado por conteúdos, com uma metodologia adequada para uma situação específica, engrandece a qualidade de uma aula.
beneficia consultas diversas no campo da Educação Física e Psicologia (OLIVOTO e OLIVEIRA, 2001), tendo em vista que, de acordo com Berleze, Vieira e Krebs (2002), a abordagem dos aspectos motivadores é constantemente discutida. REVISÃO DE LITERATURA Ao longo do tempo, a capoeira tem sido constantemente (re)conhecida, ganhando novas configurações e mudando seu status que, de prática proibida pelo Código Penal de 1890, duramente perseguida pelo aparato policial, passa a ser efetiva e gradualmente praticada em instituições sociais, alçada, sobretudo, ao caráter de esporte, obtendo do ex-presidente do Brasil, Getúlio Vargas, a alcunha de único esporte genuinamente brasileiro (FONTOURA e GUIMARÃES, 2002; SILVA, 2002; NORONHA e NUNES PINTO, 2004; OSCARANHA, 2004; IÓRIO e DARIDO, 2005; NASCIMENTO, 2005; SOUZA, 2006). Decorrente de todo esforço e vitórias passadas, recentemente a capoeira foi significada como Patrimônio Cultural do Brasil4, gratificação de uma delonga de mais de 300 anos (MIDLEJ, 2008). Aquilo que sabemos a respeito da capoeira, como também das diversas manifestações culturais dos povos oprimidos de nosso país, principalmente índios e negros, limita o conhecimento histórico destes, já que na história "oficial" a prioridade foi sempre dos acontecimentos vistos pelo lado dos dominantes (FONTOURA e GUIMARÃES, 2002). De acordo com Oliveira apud Fontoura e Guimarães (2002), fatos ocorridos na história da capoeira podem ter caído no esquecimento, ou terem sido distorcidos, pois o pouco que existia da documentação referente à época da escravatura foi queimado por ordem de Ruy Barbosa, ministro da Fazenda de governo de Deodoro da Fonseca, em 1890. Decorrente das informações aludidas sobre a verdadeira origem da capoeira, é variada a opinião entre os historiadores; entretanto há concordância em aceitarem que, a partir de manifestações culturais diversas ocorridas em solo brasileiro, com povos distintos juntamente com o regime escravocrata, tenha surgido a capoeira (CAPOEIRA, 2002).
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No dia 15 de julho de 2008, em reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultura do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), a proposta de registro foi concebida à Capoeira, dando-lhe o título de Patrimônio Cultural do Brasil (MIDLEJ, 2008).
Uma teoria bastante discutida faz referência a um ritual presente no sul de Angola em que, os jovens guerreiros mucupes, durante a efundula5, realizavam o n'golo6 e, neste, quem se destacasse poderia escolher a noiva sem pagar o dote a seu pai (SOBRINHO, CASTRO JUNIOR e ABIB, 1999; CAPOEIRA, 2002; SOUZA, 2006). Há indícios de que o n'golo seria a própria capoeira, porém isso nunca foi confirmado. Contudo, evidencia-se que esta dança-luta seria uma das muitas absorvidas pela capoeira primitiva, como é descrito por Rugendas apud Capoeira (2002). Geia Junior e Iaochite (2001) mencionam que sua criação tenha ocorrido em território brasileiro, posto que vários países americanos e europeus receberam escravos africanos e, no entanto, não apresentam vestígios de capoeira.
Em
concordância, Soares apud Nascimento (2005), argumenta ser a capoeira uma prática originada e desenvolvida pelos negros escravizados no Brasil. O autor referese a outras lutas e danças afro-americanas espalhadas pelo continente americano que possuem traços, características que se assemelham à capoeira, e que são de fato suas parentas, embora não sejam a capoeira, que é caracterizada por um fenômeno afro-brasileiro oriundo das condições específicas da escravização no Brasil. Adorno (1999) refere-se à capoeira como dança, luta, jogo, brincadeira de movimentos perigosos executados com graça, malícia e muito rituais, que envolve os participantes e contagia a quem assiste. Hoje essa manifestação é ensinada e praticada em clubes esportivos, escolas e universidades (PAIM e PEREIRA, 2004). Sobrinho, Castro Junior e Abib (1999) apresentam no contexto da capoeira, expressão cultural, uma singularidade que possibilita empregá-la como instrumento de utilização no âmbito escolar. A inserção da capoeira nesse setor da sociedade, em muito vem sendo discutida por diversos autores. De forma geral, estes reportam que a inclusão da prática mencionada nas escolas se sucede, principalmente, sob o benefício da Educação Física, seja a capoeira inserida como componente curricular ou como projeto extracurricular (NORONHA e NUNES PINTO, 2004). Concordante à citação acima e buscando complementá-la, Nascimento e Fensterseifer (2007), mencionam 5
Período em que as meninas (muficuemas) passavam à condição de mulher (SOBRINHO, CASTRO JUNIOR e ABIB, 1999; CAPOEIRA, 2002; SOUZA, 2006). 6 Dança violenta praticada entre os homens. Também chamada de Dança da Zebra (SOBRINHO, CASTRO JUNIOR e ABIB, 1999; CAPOEIRA, 2002; SOUZA, 2006).
que sem necessariamente ser conteúdo da Educação Física, a capoeira se configura em atividades paralelas nas escolas, formal ou informalmente. Pereira Netto (2007) denota o vínculo entre a tomada da capoeira como manifestação da cultura corporal7, e a utilização da mesma como conteúdo da Educação Física. Ainda relacionando a capoeira com a Educação Física, Jannuzzi (2007) faz menção à proposta do governo em aumentar a pluralidade dos conteúdos da Educação Física, fazendo alusão a uma afirmação dos PCN's – Parâmetros Curriculares Nacionais: o aluno tem que conhecer, desfrutar, valorizar e respeitar a pluralidade de manifestações de cultura corporal do Brasil e do mundo. Segundo Souza (2006), diante de tal crescimento, a relevância social e pedagógica também se eleva, sendo crucial a investigação da dinâmica de ensino da capoeira como instrumento educacional. Sobrinho, Castro Junior e Abib (1999), em seu trabalho sobre a utilização da capoeira como prática pedagógica, afirmam que o exercício em questão, como projeto pedagógico, é privilegiada no âmbito escolar, sendo utilizada como conteúdo da Educação Física ou como projeto curricular envolvendo outras atividades, possibilitando a formação de uma consciência crítica e reflexiva sobre a realidade que cerca o aluno. O estudo da práxis profissional, em analogia com o aprendizado dos educandos, beneficia a investigação da qualidade de ensino. A importância do diagnóstico na ação docente e seu reflexo na satisfação e motivação dos alunos, no intuito de contribuir para uma melhor qualidade de ensino, destaca a importância que possui a identificação dos modelos de ensino utilizados pelos professores para ministrarem suas aulas, bem como da satisfação que estes proporcionam aos alunos (FOLLE, POZZOBON e BRUM, 2005). Segundo Piletti apud SILVA et al (2008), a motivação é um fator fundamental para a aprendizagem. Se não houver motivação, não há aprendizagem. Em concordância, Paim (2001a) afirma que, na relação ensino-aprendizagem, em qualquer ambiente, conteúdo ou momento, a motivação constitui-se como um dos elementos centrais para sua execução bem sucedida. Muitas vezes a motivação, além de exercer um grande efeito sobre as pessoas, pode ser responsável, dentre inúmeras razões, por fazer com que um 7
O termo Cultura Corporal ou Cultura Corporal do Movimento é configurada com os temas ou formas de atividades, particularmente corporais, representada na Educação Física pelos esportes, pelos jogos, pelas lutas, pelas ginásticas, pelas danças (IÓRIO e DARIDO, 2005; PEREIRA NETTO, 2007).
indivíduo decida, ou não, realizar uma atividade física (MALAVASI e BOTH, 2005). De acordo com Samulski (2002), a motivação apresenta um nível de ativação que é determinado pela direção do comportamento (intenções, interesses, motivos e metas). A motivação tipicamente dirige o comportamento a um determinado incentivo que produz prazer ou alivia um estado desagradável (ATKINSON et al, 2002). No entanto, como é citada por Chicati (2000), a motivação não é demonstrada do mesmo modo em todas as pessoas, pois os interesses são diferenciados. Desta maneira, ela é, sem dúvida, um dos principais fatores que interferem no comportamento humano, visto que tem um maior envolvimento ou uma simples participação em atividades que se relacionam com a aprendizagem, o desempenho e a atenção (PAIM, 2001a). López apud Folle, Pozzobon e Brum (2005) alude que os motivos que guiam os alunos para a realização de atividades pode apresentar tanto um caráter intrínseco como extrínseco. Dentre as muitas características dos aspectos motivacionais, a intensa necessidade de realização pode ser apresentada como motivação de/ou para realização. Este seria o desejo de um feito significativo, uma forma de dominar habilidades e idéias, a fim de controlar e atingir depressa um padrão elevado, dominando atividades desafiadoras (MYERS, 1998; HUFFMAN, VERNOY e VERNOY, 2003). Dentre os tipos de motivação encontrados na literatura, há aquelas que afetam as realizações: motivação intrínseca e motivação extrínseca. A motivação intrínseca é caracterizada pela vontade de desenvolver uma ação por si só, enquanto a motivação extrínseca atribui o desejo de desenvolver uma ação em virtude de obter recompensas externas ou evitar punições (HUFFMAN, VERNOY e VERNOY, 2003). Segundo Malavasi e Both (2005), alguns motivos provêm de fontes que podem ser resultantes da estrutura psicológica do indivíduo e de suas necessidades pessoais para o sucesso. Outros resultam de fontes externas ao indivíduo e à tarefa, implicando sinais de sucesso e recompensas diversas. Em analogia, o autor ainda descreve que os motivos intrínsecos resultam de vontades próprias do indivíduo, ao passo que os extrínsecos dependem de elementos externos. Um dos primeiros estudos utilizados para analisar a efetividade entre a motivação intrínseca relacionada à extrínseca consistiu em aplicar um teste com
crianças de pré-escola, pedindo que desenhassem. A um grupo foi prometida uma recompensa no início da tarefa. Ao segundo grupo foi dada uma recompensa não esperada no final da tarefa, e ao terceiro grupo não foi prometida e nem dada recompensa alguma. Passadas algumas semanas, as crianças foram colocadas na mesma situação, porém desenhariam se fosse de sua vontade. Contatou-se com a pesquisa que, as crianças que não foram estimuladas de nenhuma forma permaneceram mais tempo desenhando, diferente daqueles que foram prometidas as recompensas (LEPPER, GREENE e NISBERT apud HUFFMAN, VERNOY e VERNOY, 2003). A pesquisa supramencionada aparentemente demonstrou que o prazer por realizar a tarefa, durante um tempo maior, seria a exteriorização de uma vontade interna, uma motivação própria, antagônica àqueles que desenharam por menos tempo, limitando-se por não receberem algo que os motivasse (HUFFMAN, VERNOY e VERNOY, 2003). Concordante ao resultado apresentado pela pesquisa, Cratty apud Olivoto e Oliveira (2001) afirma que os resultados apresentados por pesquisadores demonstraram que propiciar recompensas externas constantemente a crianças, pode modificar a forma de se expressarem na tarefa. Como caráter negativo, isso pode criar na criança um fator de dependência externa, posto que a probabilidade de motivar intrinsecamente essa criança será minimizada. Segundo Hunter apud Olivoto e Oliveira (2001), a motivação intrínseca não é santificada, nem a extrínseca pecaminosa. Ambas são eficientes, mas devido ao relacionamento direto entre a atividade e o objetivo, uma atividade intrinsecamente motivada será sempre recompensada. O autor também argumenta que a motivação intrínseca traz uma vantagem: uma vez que você descobre a atividade necessária para obter um objetivo, ela mantém-se constante, diferentemente da extrínseca, em que você tem que enfrentar o meio ambiente, de novo, a cada vez, para determinar a atividade que alcançará o objetivo. Consoante Berleze, Vieira e Krebs (2002), a motivação extrínseca não é algo artificial, visto que, para ser eficiente, precisa ter uma predisposição, alguma necessidade própria da pessoa ou intrínseca à sua natureza. No entanto, mesmo que as recompensas extrínsecas iniciem ou mantenham algumas atividades, estas não são suficientes para explicar a maior parte das motivações humanas, em
especial aquelas relacionadas com a aprendizagem (TRESCA e DE ROSE JR., 2000). Embora o conceito de motivação intrínseca seja atraente no sentido de servir de modelo para a motivação em educação, esta faculdade é mais bem aplicada quando se trata de atividades nas quais as pessoas se envolvam espontaneamente (RUIZ, 2004). O autor ainda destaca que as recompensas que não sejam destinadas a aumentar o valor que os alunos colocam na tarefa em si, têm função instrumental ou de incentivo ao ligar o sucesso na execução da tarefa às características que são valorizadas pelos alunos. De acordo com Singer apud Cid (2002), visto que os motivos intrínsecos determinam os extrínsecos, e estes, por sua vez, regulam os primeiros, se não houver um motivo extrínseco, não existirá motivação para uma determinada atividade, mesmo se o sujeito estiver motivado intrinsecamente. Uma pesquisa realizada por Paim e Pereira (2004) teve como objetivo identificar quais os motivos que levam adolescentes à prática da capoeira em clubes escolares. A amostra constituiu-se de 18 adolescentes, com idade entre 11 e 14 anos, do sexo masculino, praticantes de capoeira em escolas públicas. Como instrumento de avaliação, foi utilizado o Inventário de Motivação para a Prática Desportiva de Gaya e Cardoso, que classifica os fatores motivacionais em três categorias: competência desportiva, saúde, amizade/lazer. Após a aplicação do questionário, Paim e Pereira (2004) apresentaram e discutiram primeiramente o resultado encontrado na categoria competência desportiva. Nesta, os resultados que tiveram maior significância atribuíam-se principalmente à aprendizagem e ao desenvolvimento de habilidades. Dados semelhantes foram encontrados por Berleze, Vieira e Krebs (2002), que, ao identificarem os motivos dos sujeitos do sexo masculino para a prática de atividade motora na escola, apontam que a motivação expressada é de ordem interna, relacionada com o gosto pelo esporte e a aprendizagem de movimentos novos. De igual forma, as análises obtidas com o sexo feminino, apesar de diminuídas, também destacam a realização da tarefa como fator substancial. Em sua segunda análise, Paim e Pereira (2004), como resultado da categoria saúde, verificaram uma grande relevância por parte dos alunos, porém tendo o motivo de emagrecer demonstrando menor importância para a prática da capoeira. A prioridade à saúde também foi observada em estudos realizados por Paim (2001b) e
Machado, Piccoli e Scalon (2005). Ambos os autores explicam a alta incidência na escolha dessa categoria pela grande difusão de informações recebidas no ambiente familiar, escolar e na mídia, relacionando-as à qualidade de vida, longevidade, etc. Segundo Silva et al (2008), ao analisar os motivos que levariam crianças e adolescentes a permanecerem em um programa social, os resultados coincidem com os supracitados, indicando a questão do bem-estar, relacionando à qualidade de vida por diversos autores, como o motivo principal. Por último, os resultados obtidos na categoria amizade/lazer, denotam grande importância, principalmente pelo motivo relacionado ao gosto pela atividade aludida, razão bastante clara por estarem os jovens praticando a capoeira de maneira espontânea, sem pressões externas. Já os motivos referentes a encontrar ou fazer novas amizades não apresentaram um padrão nas repostas, que, segundo os autores, provavelmente se deve ao fato de atividade se encontrar fora do período regular das aulas curriculares, em que os alunos já teriam encontrados os colegas, tornando-se, nesse sentido, mais importante para conhecerem novas pessoas. Estabelecendo um paradoxo como os dados da pesquisa acima, os resultados achados por Machado, Piccoli e Scalon (2005), em sua pesquisa sobre os fatores que influem na adesão de adolescentes em programas de iniciação desportiva, reportam a importância de estar com os amigos. Myers (2006) classifica esse estado como a necessidade do pertencimento, uma vez que, como criaturas sociais, somos profundamente motivados a criar vínculos com aqueles que nos são importantes. Em parte esse resultado se assemelha ao encontrado na pesquisa de Silva et al (2008), que, ao analisarem a adesão de crianças e adolescentes em um programa social, em segundo lugar, com 28,33% da preferência, estar com o colega foi considerado mais importante, enquanto que, ao relacionar com o motivo de permanência no programa são citados os amigos, com 11,33%, em penúltimo lugar. O autor reporta que o motivo de adesão ao programa se refere ao colega como um motivo externo, necessário às crianças e aos jovens. É importante mencionar que o suporte social (incentivo dos amigos e familiares, companhia para o exercitar-se e apoio das pessoas importantes) tem sido considerado um dos principais determinantes da adesão à atividade física e esportiva (FECHIO e MALERBI, 2001).
Paim (2001b), em outro estudo sobre motivação, faz algumas considerações sobre os resultados achados entre homens e mulheres. O autor, ao fazer a mesma análise, observou que, tanto o grupo masculino como o feminino de 12-14 anos, apresentaram menor preferência à categoria amizade/lazer do que o grupo de adolescentes de 15-17 anos. No entanto, ao observar o gênero masculino e o feminino, notou-se que há maior significância à categoria mencionada, quando relacionado ao público feminino. Como resultado geral da pesquisa realizada por Paim e Pereira (2004), que viabilizava a análise dos fatores motivacionais que levavam os adolescentes a participarem de clubes escolares de capoeira, em primeiro lugar, com 55,56% das opiniões analisadas, os motivos relacionados à saúde foram considerados os mais importantes, seguidos pela categoria amizade/lazer, com 54,63% e competência desportiva, com 51,59%. Segundo os autores, desde que a questão relacionada à competência desportiva não esteja voltada exclusivamente para a competição, esta também aparece como um importante fator motivacional para os praticantes de capoeira. É importante ressaltar que a capoeira apresenta marcadamente aspectos de afiliação e de valores como respeito ao colega (PAIM e PEREIRA, 2004). Condizente com a resposta obtida por Paim e Pereira (2004) em sua pesquisa, Buonamano e Mussino apud Knijnik, Greguol e Santos (2001), ao analisarem os fatores para a motivação de crianças na prática inicial de esportes, aprender e desenvolver habilidades motoras apresentou uma significância de 2,9% da porcentagem total, antagônico à diversão. Como conclusão, Paim e Pereira (2004) citam que, aos praticantes de capoeira, devem ser oportunizadas práticas voltadas aos aspectos relacionados ao lazer, relacionando-as com a promoção da saúde e o desenvolvimento das habilidades motoras. A análise dos fatores de adesão à prática da capoeira também foi estudada por Geia Junior e Iaochite (2001). Os autores tiveram o objetivo de investigar o nível de satisfação pessoal percebido por adolescentes que praticam capoeira regularmente, destacando os principais sentimentos por eles percebidos. O estudo foi composto por 30 adolescentes com faixa etária entre 12 e 18 anos, que foram submetidos a um questionário composto de perguntas acerca da prática, dos fatores de adesão e manutenção, e dos sentimentos percebidos após a realização das aulas.
Geia Junior e Iaochite (2001), ao verificarem os motivos de adesão à prática mencionada, em primeiro lugar notaram que os alunos aderiram à capoeira por gostarem, por terem visto apresentações e por aprimorar as capacidades físicas. Em segundo lugar, novamente o sentimento do gostar da atividade, seguido pelo aprimoramento das capacidades físicas e pela influência dos amigos, indicou maior importância. Como terceira colocação, os autores descrevem que permanece o sentimento do gosto pelas aulas, a busca pelo aperfeiçoamento das capacidades físicas, a influência por parte dos amigos e pela satisfação pessoal em praticá-la. Ao examinar os resultados, é evidente que o sentimento de gostar é o principal fator que leva os educandos a iniciarem a prática da capoeira. Em relação aos motivos para a prática de atividade motora na escola obtidos com crianças do sexo masculino, os mais freqüentes são de ordem interna, relacionados com a tarefa, resultantes do prazer pela realização do movimento, do gosto pelo esporte e pela aprendizagem (BERLEZE, VIEIRA e KREBS, 2002). As respostas obtidas acerca dos fatores de manutenção assemelham-se com os motivos que levam à adesão. Segundo a análise realizada, a resposta mais relevante privilegia o gostar, o prazer e a satisfação pessoal pela aula. Posteriormente, a satisfação pessoal, a influência dos amigos e o cuidar do corpo tiveram maior importância. O cuidar do corpo, o gostar, a sensação de prazer e a influência vinda dos amigos, foram classificadas por último. A amostra foi unânime ao obter o prazer, a alegria, o esquecimento dos problemas, a leveza e a melhora do ânimo – aspectos psicológicos resultantes da auto-entrega à atividade – como os principais sentimentos adquiridos com a prática. A pesquisa de Geia Junior e Iaochite (2001), por ser realizada com um questionário aberto, possibilitou uma variada obtenção de respostas. Contudo, respostas como: gostar, sentir prazer, sentir alegria e satisfação pessoal, além de terem sido as mais citadas, estas representam sinonímia entre si, ou seja, repostas diferentes, dirigem-se a um mesmo estado. Em suma, na pesquisa em questão, tanto os fatores responsáveis pela adesão como os responsáveis pela permanência dos alunos em aulas de capoeira, provêm de uma motivação intrínseca. Consoante a Berleze, Vieira e Krebs (2002) esses motivos são de origem interna e dirigem-se ao ego e às tarefas. Além disso, Paim (2003), ao investigar os fatores motivacionais para a prática do voleibol na
escola, constatou que ter alegria era um motivo relevante para 100% dos educandos. Sob a óptica da palavra prazer, podemos considerar o estudo realizado por Ewing e Seefeldt apud Knijnik, Greguol e Santos (2001) que, ao analisar crianças atletas de esporte escolar e não escolar de ambos os sexos, a diversão foi classificada como a principal razão que motivava a prática esportiva. A temática proposta também converge com o estudo realizado por Martins (2004), que objetivou identificar a motivação das crianças ao procurarem a capoeira. A coleta de dados se deu através de entrevistas com 28 crianças de 6 a 10 anos de idade, seguindo um protocolo com questões abertas. Ao serem questionados pelos motivos que os levavam a praticar capoeira, os alunos, em maior parte, apresentaram respostas parecidas. As identificadas com maior freqüência referiam-se ao prazer por praticar a capoeira, argumento comprovado por não haver comentários sobre obrigatoriedade, característica que remete ser proveniente de um estado intrínseco. Outras repostas acometem à necessidade e/ou vontade de aprender os conteúdos da atividade pesquisada. Sem grandes considerações, comentários como: "por ser um esporte educativo" e "por falta de opção", foram mencionados pelos educandos. Do mesmo modo que Geia Junior e Iaochite (2001), Martins (2004) considerou o prazer o principal motivo a propiciar a adesão à capoeira, além de estabelecer coerência entre as respostas mais citadas: que pode ser análogo estabelecer que o gostar é resultante do aprender, da mesma forma que se pode aprender por gostar. Como resultado de qual parte da aula os alunos mais gostam, aparece a preferência pelas brincadeiras; contudo verifica-se que é mais significativo o desenvolvimento dos conteúdos, como também o momento da roda8. De acordo com Machado, Piccoli e Scalon (2005), concluindo sua pesquisa sobre os motivos que levam adolescentes à iniciação desportiva, classificam-se o divertimento e a saúde como fatores motivacionais mais importantes, como também a habilidade e a técnica, porém estas menos priorizadas. Martins
(2004)
aponta
o
treino
–
desenvolvimento
dos
conteúdos
programados – e a roda, como aspectos mais importantes na capoeira, tendo as 8
Situação em que a dupla de praticantes aplica seus conhecimentos um frente ao outro, agregando ou não, dependendo das circunstâncias, suas características de brincadeira, jogo e luta.
brincadeiras sido citadas como de importância secundária. No entanto, o treino e a roda são variáveis que, quando correlacionadas, podem ser comparadas com o brincar, tomando-as como brincadeiras "mascaradas". CONCLUSÃO O presente estudo teve por objetivo identificar, através da revisão de literatura, quais fatores motivacionais têm maior influência na adesão e manutenção de alunos em aulas de capoeira em escolas, tanto públicas como privadas. Para efeito da análise, houve a preocupação de utilizar somente informações que primassem a capoeira ou a atividade física, sem que esta fosse praticada com obrigatoriedade. Antagônico a isso, seria impossível a realização do estudo mencionado, já que, tanto a adesão como a manutenção do modo como são tratadas nesta pesquisa, são fatores dependentes da própria vontade do indivíduo. Dentre as características encontradas no estudo motivacional em comunhão com a capoeira, a primazia pelo sentimento de gostar da atividade, seguido pela valorização da saúde, foram as premissas que creditaram maior influência à adesão, como também à manutenção da capoeira no âmbito escolar. A relevância que foi dada ao motivo de gostar, classifica-se como sendo uma sensação e emoção agradável, ligada à satisfação de uma tendência, de uma necessidade, do exercício discutido, caracterizando-se como intrínseco ao aluno. Menos denotada, a saúde apresenta grande relevância enquanto fator otimizador para a concretização do objetivo analisado, sendo ela intrínseca ao aluno, porém, provavelmente, interiorizada por fatores externos midiáticos, familiares, etc. Contudo, a pesquisa realizada dirige atenção ao seguinte fato: mesmo que os resultados obtidos se dirijam a fatores intrínsecos, outras pesquisas retratam o motivo extrínseco como o desencadeador da motivação, sendo ele, portanto, fundamental na estimulação dos motivos intrínsecos e no processo de ensinoaprendizagem. Isto posto, o estudo propõe que as aulas de capoeira realizadas em âmbito escolar sejam estruturadas com uma pedagogia que viabilize e prime a obtenção da satisfação pessoal e da saúde, além de proporcionar o desenvolvimento de aspectos relacionados à amizade e ao aprendizado de conteúdos novos e diversificados.
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