Ano XXXIV - nº 403 Junho de 2018 Distribuição gratuita
Informativo da Paróquia e Santuário Nossa Senhora de Loreto” Fundada em 6.3.1661 www.loreto.org.br
Índice Expediente EDITOR CHEFE: Pe. Sebastião N. Cintra DIREÇÃO ESPIRITUAL: Pe. Sebastião N. Cintra COORDENAÇÃO: Hélia Fraga EDIÇÃO: Ana Clébia CONSELHO EDITORIAL: Pascom Loreto FOTOS: Dennys Silva, Geraldo Viana e David Martins CAPA: Corredeira COMERCIAL: Bira e Claudete DIAGRAMAÇÃO: Lionel Mota IMPRESSÃO: Gráfica Grafitto Tiragem: 2 mil exemplares
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Editorial................................................................................................................................ 3 Temas Bíblicos.................................................................................................................... 4 Oração Cristã...................................................................................................................... 5 Espaço teológico ................................................................................................................ 6 Loretando............................................................................................................................. 7 Bem-Estar............................................................................................................................. 8 Refugiados ........................................................................................................................10 Loreto em Ação - Corpus Christi ���������������������������������������������������������������������������������12 Loreto em Ação - Fé e Dons - 20 anos! �����������������������������������������������������������������������14 Loreto em Ação - Campanha de Vacinação ��������������������������������������������������������������16 Coluna Jovem....................................................................................................................17 Escritos de Santo Antônio Maria Zaccaria ���������������������������������������������������������������18 Pé na estrada, terço na mão ������������������������������������������������������������������������������������������19 Santuário da Adoção.......................................................................................................20 Coluna Cultural................................................................................................................21 Falando Francamente.....................................................................................................22 Nhá Chica..........................................................................................................................23 Fé e Política........................................................................................................................24 Anote em sua Agenda......................................................................................................25 Loretinho............................................................................................................................26
Expediente Paroquial MATRIZ PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE LORETO End.: Ladeira da Freguesia, 375 - Freguesia Jacarepaguá - RJ - CEP 22760-090 Tel.: 3392-4402 e 2425-0900 Emails: adm@loreto.org.br (Administração) secretaria@loreto.org.br (Secretaria) Site: www.loreto.org.br
NOSSA SENHORA DO AMPARO Est. de Jacarepaguá, 6883 Anil - Tel: 2447-6802
4ª18h Sáb 16h (catequese) Dom 7h30
HORÁRIO DA SECRETARIA Segunda a Domingo das 08:00 às 20:00 horas HORÁRIO DAS MISSAS Segunda a sexta7h e 19h30. Sábado7h e 18h30. Dom7h; 8h30 (crianças); 10h30 e 19h.
marcar) Sábado de 9 às 11h na secretaria
CONFISSÕES 3ª a 6ªde 9 às 11h e de 15 às 17h 3ª a 6ª das 20h às 22h. (Ligar antes para
BATISMO Atendimento na Sacristia Inscrições - 5ª e Sábado9h às 11
CAPELAS Endereços das Capelas e os Horários das Missas NOSSA SENHORA DE BELÉM
SANTO ANTONIO
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Terças e Quintas 17h30 Dom 16h30
Nossa Senhora da Piedade
SÃO JOSÉ (CARMELO)
Estr do Pau Ferro. 945 Freguesia - Tel:3392-2521
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Seg. a Sábado 7h30 Domingo 9h
Terças-feiras 17h30 Quarta, quinta e sexta 6h30 Sábados 18h Domingos 10h30 NOSSA SENHORA DA PENNA: Ladeira N. S. da Penna, s/nº Tel. 2447-9570
Dom 11h
Tempo de celebração
Editorial Pe. Sebastião Noronha Cintra*
Querido paroquiano, prezado leitor. O Sagrado Coração de Jesus, Solenidade tão querida dos fiéis católicos, é celebrada este ano no dia 08 deste mês. Esta devoção surgiu com as revelações de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque, pedindo as comunhões reparadoras pela devoção das nove primeiras sextas-feiras. Deixou também as doze promessas amplamente divulgadas. Isso aconteceu entre 1673 e 1675. Um padre barnabita, Raimundo Recrosio, foi confessor no Mosteiro da Visitação poucos anos depois desses fatos e se empenhou muito em divulgá-los nas suas pregações. Por causa dele, no século XVIII, surgiu entre os seminaristas barnabitas na Itália uma grande devoção ao Sagrado Coração de Jesus, inclusive celebrando-se uma festa litúrgica. Houve a publicação de um livro: “Devoção ao Coração de Jesus” e a organização de uma “sociedade de almas devotas, de qualquer condição, que em todo o mundo cuidassem de honrar o Coração de Jesus, principalmente no Santíssimo Sacramento”. Queremos continuar esse empenho em torno dessa devoção, junto com o Apostolado da Oração. Mais uma vez, foi emocionante a Festa de Corpus Christi com as missas muito frequentadas no Loretão, nas Capelas do Amparo e de Santo Antonio, onde se concentrou uma pequena multidão para acompanhar a procissão. Foi muito participada a noite da quarta-feira para a preparação dos tapetes, verdadeiras obras de arte e de devoção ao Santíssimo Sacramento. Muito obrigado pela manifestação de fé e piedade apresentadas pela nossa paróquia. Celebramos em 23 de maio os 20 anos do Fé e Dons. Esse grupo de convivência e de inserção nos movimentos e pastorais surgiu na nossa paróquia como reposta para muitos fiéis que não conseguiam achar o seu lugar na comunidade paroquial. Tem sido uma grande oportunidade para muitos e muitos paroquianos que encontraram o que procuravam: colocar os seus dons a serviço da comunidade. As festividades marianas que acontecem neste mês são a do Imaculado Coração de Maria que é comemorado no sábado após a festa do Sagrado Coração de Jesus. Este ano é celebrada no dia 9 de junho. Outra data é a comemoração de Nossa Senhora Rainha da Paz. É o dia 24 de junho. É a festividade do Santuário de Medjugorje. Este ano um grupo de nossos paroquianos lá esteve em peregrinação. Pudemos conhecer os locais das aparições na Bósnia Ezergovina, lugares de muita paz. Uma última data de celebração mariana no mês de junho é a festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Essa devoção surgiu em torno de um ícone bizantino antigo que representa a Virgem da Paixão com o Menino Jesus nos braços. Os Redentoristas se encarregaram de difundir a devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em todo o mundo. Nossa Senhora de Loreto, rogai por nós.
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Mais uma vez, foi emocionante a Festa de Corpus Christi com as missas muito frequentadas no Loretão, nas Capelas do Amparo e de Santo Antonio
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Temas bíblicos Padre Fernando Capra
O Evangelho de São Marcos Marcos (3) Mc 1,1-3,6 - Ulteriores especificações comentariosbiblicospadrefernandocapra.blogspot.com.br
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stamos diante de um bloco capaz de nos apresentar Jesus de forma global, a ponto de estarmos de posse das características fundamentais que serão posteriormente desenvolvidas com mais detalhes, pelo evangelista. O Jesus que nos é apresentado nas suas condições messiânico-divinas, a partir do momento em que realiza o seu primeiro exorcismo na sinagoga de Cafarnaum, é a pessoa divina que foi anunciada por João Batista. Ele é o Deus forte, digno da nossa adoração, que vem nos visitar e nos santifica na força do seu Espírito. A forma mais solene que Marcos encontra para anunciar tão grande manifestação é aquela de juntar a profecia de Ml 3 com a profecia de Is 40. João é a voz do precursor. Jesus é o Senhor Deus que vem, Princípio da Boa Nova que os Apóstolos apresentaram na sua catequese aos fiéis das igrejas que fundaram. Quando lemos este bloco de Marcos ao longo do Ano litúrgico, temos a oportunidade de aprofundar a sua compreensão através de perícope de Jo 1. O prólogo, Jo 1,1-18, nos cita os mais altos títulos divinos de Jesus. Ele é a ‘Palavra da Vida’ que, ao colocar a sua tenda entre nós (v.14), se tornou a ‘grande Luz’ que resplandeceu aos que jaziam nas trevas e na sombra da morte. Ela nos trouxe “a graça e a verdade” na condição de “Unigênito Deus”. Jesus é, portanto, a Luz do Dia do Senhor. Segundo esta sua condição, Jesus dá início à sua atividade messiânica anunciando: “Completou-se o tempo, o Reino de Deus está perto, convertei-vos e
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crede no evangelho” (Mc 1,14). Eis a importância da visita de Deus que acontece com a pessoa divina de Jesus. Chegou o tempo da intervenção misericordiosa do Criador em favor do homem, em vista da sua divinização que se atua através de um processo de reconciliação acompanhado pela santificação que o Espírito realiza, enquanto configura cada fiel da Igreja a Cristo, sacerdote, profeta e rei. Quando Jesus convida Pedro, André, Tiago e João a segui-lo, mostra que a sua obra terá continuação em virtude da cooperação de homens que dele receberão o poder de expulsar demônios e curar enfermos, agindo sob a proteção de Deus (16,17-18). A ação da Igreja, todavia, se dará num contexto de contradição. Está a indicá-lo o contexto no qual seja Jesus, como o seu precursor atuaram. Existe um mundo perverso que, até estimulado pelas injustiças que pratica, sempre tenta neutralizar o plano de Deus. Para isso, basta pensar na sorte que Herodes Antipas reservou para João Batista e na sorte que fariseus e sumos sacerdotes reservaram para Jesus, entregando-o a Pilatos. Vemos amplamente comentado este contexto pela dramatização que o Apocalipse apresenta quando fala do Dragão que, vencido por Miguel é lançado do céu na terra. Diante da ação das duas Bestas, símbolos do poder terreno e do poder religioso corrompido, os fiéis da Igreja são chamados a dar seu testemunho heroico, perseverando nas tribulações, por causa da sua fé.
Oração cristã Jane do Térsio
A Oração na Vida da Igreja Moisés e a oração do mediador Com Moisés aprendemos que “orar” significa “falar com Deus”. Também aqui Deus vem primeiro. Junto à sarça ardente, Deus o chamou, porque Ele é o Deus Vivo que quer a vida dos homens, e entrou num verdadeiro diálogo com Moisés e encarregou-o de uma tarefa. Moisés sentindo-se inseguro para tal tarefa colocou objeções e fez perguntas. Por fim, Deus lhe revelou Seu santo nome: “Eu sou aquele que sou”. A oração de Moisés é típica da oração contemplativa: Deus, que chama Moisés da sarça ardente, entretém-se muitas vezes e longamente com ele “face a face, como alguém que fala com seu amigo” (Ex 33,11). Moisés aprende a orar e antes de agir ou ensinar ao povo retirava-se para a montanha para orar. Ele é protótipo de um orante contemplativo. Dessa intimidade com Deus fiel, lento para a cólera e cheio de amor, Moisés tirou a força e a tenacidade de sua intercessão. Não ora por si, mas pelo povo que Deus adquiriu. A sua oração é a figura surpreendente da oração de intercessão que se realizará no “único Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus” (1 Tm 2,5). Davi e a oração do rei A sombra da Casa de Deus – a Arca da Aliança e mais tarde o Templo - desenvolve-se a oração do Povo
de Deus sob a direção dos pastores, principalmente do rei Davi, e dos profetas. Samuel, ainda menino, teve de aprender de sua mãe Ana como “se portar diante do Senhor” (Cf. 1 Sm 1,9-18) e do sacerdote Eli, como ouvir Sua Palavra: “Fala, Senhor, que teu servo ouve” (1 Sm 3,9-10). Davi é por excelência o rei “segundo o coração de Deus”, o pastor que ora pelo seu povo e em seu nome, aquele cuja submissão à vontade de Deus, cujo louvor e arrependimento serão o modelo da oração do povo, pois é adesão à promessa divina e confiança, cheia de amor, nAquele que é o único Rei e Senhor. Nos salmos, Davi, inspirado pelo Espírito Santo, é o primeiro profeta da oração judaica e cristã. A oração de Cristo, verdadeiro Messias e filho de Davi, revelará e realizará o sentido dessa oração. O Templo de Jerusalém, a casa de oração que Davi queria construir, será obra de seu filho Salomão. A oração de Dedicação do Templo (1 Rs 8,10-61) se apoia na Promessa de Deus e em sua Aliança, na presença ativa de seu nome entre o povo e a lembrança dos grandes feitos do Êxodo. O rei levanta então as mãos ao céu e suplica ao Senhor por si, por todo o povo, pelas gerações futuras, pelo perdão dos pecados, pelas necessidades de cada dia, para que todas as nações saibam que Ele é o único Deus e para que o coração de seu povo seja inteiramente dele.
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Espaço teológico Michele Amaral - Bacharel em Teologia – PUC-Rio
Nossa essência. “Ide e fazei discípulos meus, todos os povos”
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(Mt 28, 19-20)
esse mês iremos conversar um pouco sobre qual é a principal essência do cristão. Devemos sempre nos lembrar que Deus nos ama gratuitamente e a maior prova desse amor é a encarnação de Jesus. Foi Jesus que nos falou quem é o Pai e nos mostrou a sua misericórdia para conosco. Com a sua paixão nos mostrou o que é doação e o poder do amor. Amor esse que nos dá a vida eterna, basta que creiamos (cf. Jo 3,36). Vivemos uma realidade que nos faz esquecer o amor de Deus e, aqui poderíamos citar vários exemplos, mas vamos mencionar algo bem comum e usado por quase todas as pessoas: as redes sociais, pois, que todos devem concordar, as redes sociais são usadas muitas vezes para disseminar mais ódio do que coisas boas, além do consumismo desenfreado, onde o ser humano só vale se possui, caso contrário é discriminado. O mais triste disso tudo é que podemos perceber isso dentro de nossas igrejas, nos fa-
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zendo esquecer o que é ser cristão. Voltemos nosso olhar para as nossas origens, os cristãos, que foram enviados por Cristo e impelidos pelo Espírito Santo a viverem e anunciarem a Boa Nova. Esses homens e mulheres viviam a partilha, a comunhão. Muitos abriram mão do poder, do luxo, para uma vida totalmente nova. Podemos citar vários como, São Jorge que foi um guerreiro da fé; ele não renegou Jesus mesmo na iminência de sua morte; São Francisco de Assis, que despiu-se do luxo para reconstruir a Igreja de Cristo. São muitos os exemplos. Hoje ajoelhamos, comungamos, oramos e mais o que? Não podemos deixar parar por aqui, fortalecidos devemos professar diariamente com gestos concretos de fé. Isso é comunicar o amor de Deus aos que necessitam de uma palavra, de um auxilio, de amor. Que sejamos capazes de anunciar o amor de Deus. A Igreja de hoje deve apontar e questionar a vida em sociedade, mostrando o que contrapõe o projeto de Deus. “Creio que há necessidade de romper o círculo vicioso da angústia e deter a espiral do medo, resultante do hábito de se fixar a atenção nas ‘notícias más’ (guer-
ras, terrorismo, escândalos e todo o tipo de falimento nas vicissitudes humanas). Não se trata, naturalmente, de promover desinformação onde seja ignorado o drama do sofrimento, nem de cair num otimismo ingênuo que não se deixe tocar pelo escândalo do mal. Antes, pelo contrário, queria que todos procurássemos ultrapassar aquele sentimento de mau-humor e resignação que muitas vezes se apodera de nós, lançando-nos na apatia, gerando medos ou a impressão de não ser possível pôr limites ao mal. (...) Para nós, cristãos, os óculos adequados para decifrar a realidade só podem ser os da boa notícia: partir da Boa Notícia por excelência, ou seja, o «Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus» (Mc 1, 1)”. Papa Francisco. Mensagem para o 51º dia mundial das comunicações sociais. Que permitamos que o Espírito Santo nos guie e nos torne capazes de comunicar Jesus, pois essa é a nossa essência.
Loretando Paulo Sobrinho e Solange - loretando@oi.com.br
Nossa morte, amém
B
em amigos do Loreto, depois de vivermos e sentirmos no coração uma Páscoa abençoada quero agora tocar num assunto que para muitos é difícil de conversar. Quero falar sobre a morte. Na semana santa vivemos a morte e ressurreição de Cristo, quando Ele nos dá a garantia de que estaremos diante do Pai após deixarmos essa vida terrena, mas como fazer enquanto esse dia não chega? Você está preparado? Outro dia li um artigo muito interessante sobre o assunto; qual o momento de nos desapegarmos dessa vida? No texto o autor cita que antigamente os idosos chegavam ao fim de seus dias numa cama, ao lado de seus familiares, às vezes com a presença de um padre amigo e após o óbito o velório era feito na própria casa. Hoje as coisas são bem diferentes, quando adoecemos seriamente somos confinados em um leito de CTI e passamos dias e noites sozinhos monitorados por máquinas e de vez em quando alguém passa para ver se está tudo bem. O escritor do artigo relata que pensou muito nisso e quando sua mãe idosa adoeceu ele correu para sua casa. Chegando lá havia uma ambulância pronta para leva-la para um hospital, ele tomou a frente e impediu a transferência, pedindo que os enfermeiros retornassem para o quarto e a devolvessem a sua cama e ela muito delicada, deitou-se, aconchegou-se e disse: - que bom que voltei para o meu cantinho. E morreu tranquilamente. Desapegar da vida não significa cultuar a morte, mas entender que ela, a morte, faz parte de nossas vidas e esta é a única e absoluta certeza que temos nessa vida: vamos morrer um dia. Conversei isso com minha irmã Alba e ela me contou que seu gato Sansão estava com uma grave enfermidade, o veterinário deu poucas chances, mas ela optou que o animal continuasse internado na clinica e dois dias depois ele faleceu. Ela ficou
triste pensando o que deve ter passado na cabeça do animal, ali sozinho, sem entender porque seus amigos de tantos anos não estavam ao seu lado e entristecido faleceu sem o carinho dessas pessoas. Meu cachorro Cheid contraiu leptospirose e sofreu dias e dias tomando soro, as chances eram mínimas, mas mesmo assim resolvemos tira-lo de casa leva-lo a um hospital universitário de veterinária, no caminho ele fez uma das coisas que mais gostava e essa é a imagem que guardo dele até hoje; colocou a cara para fora da janela do carro e ficou curtindo aquele que seria seu último e derradeiro passeio. Parecia feliz com o vento balançando-lhe as orelhas e de vez enquanto olhava-nos como quem dizia obrigado por mais isso. Difícil eliminar de uma hora para outra nosso conceito de morte e se desapegar totalmente, mas já avisei lá em casa; passei dos quarenta minutos do segundo tempo, não sei se terei acréscimos e a qualquer momento o juiz dará por encerrada a minha participação nesta vida, então não permitam inserir-me numa máquina para que se prolongue aquilo que é sabido ter terminado. Não estou aqui querendo substituir a vontade de Deus, Ele determina a minha hora, mas que seja bondoso para que me considere preparado para adentrar ao seu reino e esse dever de casa eu já deveria ter feito, se não o fiz, resta-me pouco tempo para correr atrás. Nossa preciosa vida deve, por obrigação, ser muito bem vivida para que ao encararmos a morte possamos dizer ao Pai Eterno: Obrigado por tudo, por tudo mesmo. Amém.
Desapegar da vida não significa cultuar a morte, mas entender que ela, a morte, faz parte de nossas vidas
P.S. Não se permita viver pouco da vida que Deus te presenteou com tanto amor. P.S. do P.S. Permita-se abrir os olhos todos os dias, respirar fundo e agradecer a Deus que te presenteou nessa vida com tanto amor. Junho 2018
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Bem Estar
Febre Amarela se tor
Esporotricose: doença popular em animais de estimação pode passar para os donos
Eliminação dos focos das larvas do Aedes ae
Proteção solar, hidratação e roupas leves são p estação mais quente do ano também reforça o ale clima facilita a proliferação dos ovos do mosquit Amarela, enfermidade relacionada mais recentem estas doenças são similares e acabam causando avaliação médica para definição da melhor conduta
Especialista explica como prevenir e tratar
O
nome é difícil, mas a forma de transmissão é simples em caso de pouco cuidado. A esporotricose é uma micose subcutânea causada por um fungo que pode contaminar animais e humanos. Geralmente afeta a pele e os vasos linfáticos próximos a ela, mas pode também afetar ossos, pulmão e articulações. - A doença geralmente é benigna, restrita a pele, tecido celular subcutâneo e vasos linfáticos. A disseminação da doença pode ocorrer para os ossos e outros órgãos. E a inalação do fungo pode ocasionar pneumonia — explica Dra. Silvia Oliveira, infectologista do Hospital Rios D’Or.
A Febre Amarela é uma doença febril aguda vira amazônicas desde a década de 80, porém no in cidades como Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia c
- A maioria das pessoas infectadas pelo vírus da Feb
e cefaleia com duração média de dois dias, mas em O fungo causador da doença (sporothrix schenkii) apresentando dor muscular, nas articulações, náu pode ter hemorragia causando icterícia, um sintom vive disseminado na natureza, no solo, madeiaspecto palha, amarelado. Não existem tratamentos m tratamento visa melhorar os sintomas e, em cas ra, vegetais e plantas. Por isso podeperdido sernasconsiderada hemorragias, diálise para os rins afeta infectologista Sílvia Oliveira, do Hospital Rios D’Or. doença ocupacional ou ligadas a atividades de lazer Combate ao Aedes aegypti – A prevenção, com a forma como de evitar a doença, mas a vacinação també e no passado também era conhecido “doença Amarela, sendo indicada para moradores ou visitan 60 anos de idadecidades alcançando eficácia dos jardineiros”. Apesar disso, nas grandes a de até 97% Mundial de Saúde. A vacina contra febre amare clínicas domésticos. particulares, é contraindicada para gestant transmissão tem sido feita por animais seis meses e pessoas com mais de 60 anos. Pacient podem ser vacinados com indicação - A transmissão que ocorre através dos gatos ga-médica, assim nhou especial atenção nos centros urbanos, apesar do >>>Conheça os principais sintomas da Febre Amar tatu também ser considerado um importante transFebrePode Amarela Zik missor, que neste caso não manifesta aSintomas infecção. ocorrer pela arranhadura, mordida ou secreção Febre da alta, fe- É baixa Febre sempre presente estar pr rida do animal doente. Outros casos foram descritos Dores de Cabeça
Sempre presente
Dores nas articulações
Dores principalmente nas costas Ausente
Manchas vermelhas na pele Náuseas
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sexta-feira, 11 de novembro de 2016 17:56:05
Pode estar presente
Sempre p
Dores le podem prese Quase s prese
Ause
esporadicamente, por picada de insetos ou mordedura de ratos, cães, peixes e cavalos — destaca a infectologista. O tratamento proposto como primeira opção é com o antifúngico Itraconazol por no mínimo 90 dias, por produzir menos efeitos adversos, quando comparado ao uso do Iodeto de Potássio - esse por 12 semanas. Outros antifúngicos também podem ser utilizados como fluconazol, terbinafina, ou anfotericina B. No entanto, este tempo de tratamento inicial pode variar de acordo com a resposta clínica, sendo necessário acompanhamento médico em até 6 meses para
avaliação da alta definitiva. Porém, o ideal é a prevenção. Segundo a especialista, há diversas formas de evitar a esporotricose, entre elas uso de luvas ao manusear plantas, que também podem apresentar os fungos. - Para se prevenir da doença é bom ter cuidado na manipulação das lesões dos animais doentes e, se possível, isolamento até o fechamento das lesões; castrar gatos doentes, a fim de evitar a saída do animal à rua; cremar animais mortos para o fungo não se perpetuar na natureza; limpar dos cômodos com hipoclorito de sódio; e usar luvas no manuseio de plantas e animais com lesões ulceradas ativas. Informações para a imprensa HD Comunicação Patrícia Gualberto | patricia.gualberto@hdpr.com.br | (21) 3478 3123 / 96702 2777 Mariana Brandão | mariana.brandao@hdpr.com.br | (21) 3478 3125
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Refugiados
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m dia tudo parecia normal. As pessoas acordaram de manhã para trabalhar, estudar, ir às compras, enfim, tocar a vida. Mas algo estava diferente, as emissoras de TV, rádio, internet falavam de uma greve de caminhoneiros que estava parando o país. Na verdade, todos sabiam da greve, estava nos noticiários da véspera, mas ninguém imaginava as proporções que tomaria o movimento. Naquele dia que tudo parecia normal, não teve ônibus, não teve combustível para os carros, não teve aulas nas escolas, empresas não funcionaram. Os supermercados estavam desabastecidos, em muitos lugares as pessoas não tinham onde comprar gás de cozinha. Aeroportos cancelaram voos e os governos decretaram ponto facultativo. Vimos morrer animais por falta de ração, vimos as ações de importantes empresas do pais caírem vertiginosamente, na bolsa de valores. Naquele dia a sensação era de que mais um dia como aquele seria insuportável. Mais um dia naquelas condições, seria o caos. Esse relato, sobre a greve dos caminhoneiros do Brasil ocorrida o final de maio, e que este artigo não pretende tecer comentários contra ou a favor, não é nem de longe comparação para o que vive milhões de pessoas em várias partes do mundo. Não é comparação, mas demonstra de certa forma, a posição de impotência a que qualquer pessoa pode, de uma hora para outra ser colocada. Assim é a história de muitos refugiados pelo mundo. Muitas vezes imaginamos os refugiados como pessoas muito pobres, que viviam 10
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Imigrantes e refugiados: : Milhares morrem no Mediterrâneo em situação de miséria em países em guerra e que saíram pelo mundo em busca de oportunidade. Imaginamos errado! Pois a maioria dessas pessoas eram “pessoas normais”, iguais a mim e a você. Elas tinham casa, família, emprego, cachorrinho de estimação, mas em um dado momento, se deram conta que tinham perdido tudo. Muitos dos milhares de imigrantes e refugiados que chegam às portas da europa estudavam em universidades ou tinham bons empregos antes de serem forçados ao exílio devido à guerra. É sobretudo o caso dos refugiados da Síria, país que possuía um dos melhores sistemas educacionais do Oriente Médio antes da guerra civil. Muitos deles, buscam um local onde possam recuperar sua qualidade de vida. A Síria se parecia muito com qualquer país europeu antes da guerra, com um nível de vida relativamente alto e uma população com um bom nível de educação. Claro que havia pobres, mas, em geral, o país se destacava na região. Aqui no Brasil, temos algumas histórias de sucesso de pessoas vin-
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das do oriente médio, que enfrentaram todo tipo de dificuldades, como a barreira da língua e a disputa pelo emprego. Algumas empresas dão emprego a refugiados da Síria, Paquistão, Palestina etc., como é o caso da Rede Akki, em SP. O número de refugiados do Oriente Médio para o Brasil é relativamente pequeno, frente à Europa. Mas nós temos aqui um grave problema a ser resolvido, que é a chegada de milhares de imigrantes e refugiados da Venezuela. De acordo com Polícia Federal, em 2017 foram registrados mais de 20 mil pedidos de refúgio por venezuelanos. Um recorde de solicitações nos últimos anos. Nem todos os venezuelanos são considerados refugiados porque o refúgio é concedido àqueles que sofrem perseguições políticas, étnicas e religiosas. Mas muitos já pedem esse visto porque ao conseguir apenas o documento de solicitação já podem emitir documentos e trabalhar legalmente no Brasil. O governo brasileiro está transferindo desde abril, parte dos refugiados venezuelanos que estão
em Roraima para outros. Já foram abertas 860 vagas em São Paulo, Paraná e Espírito Santo. Com a chegada de 450 venezuelanos por dia, estima-se que já existam hoje cerca de 40 mil refugiados apenas em Boa Vista, capital de Roraima. Os 300 primeiros a serem transferidos já estão sendo cadastrados
e vacinados, uma vez que lá tem registrado casos de sarampo que chegaram com esses imigrantes. A prioridade será dada aos que estão em situação de rua, depois serão atendidos, gradativamente, os que estão em abrigos públicos. Muitos países fecharam suas fronteiras e há aqueles que estão
em vista da construção de muralhas para impedir que estrangeiros adentrem suas terras. Os governos separam caso a caso, os que conseguem entrar. As Pessoas são classificadas como refugiados e imigrantes. Temos também os asilados, mas estes normalmente não migram nas mesmas condições dos outros.
Vamos entender a diferença entre Refugiados e Imigrantes: (VEJA.com/VEJA/VEJA)
chegam ao seu território sem documentos atualizados, coisa que não podem fazer com os refugiados desde a Convenção de 1951. Dessa forma, não é surpreendente que os políticos europeus prefiram se referir a todas as pessoas que chegam a seu continente como imigrantes. (Fonte: Veja.com)
2. Quem são os imigrantes? Qualquer pessoa que se muda de um país a outro é considerado imigrante, a não ser que esteja fugindo de guerras ou perseguição. Imigrantes podem estar fugindo da pobreza, ou estar simplesmente buscando por melhores oportunidades. Podem também se mudar para se juntar a seus parentes. Os países são livres para deportar imigrantes que
Ana Clébia - Pascom (Laszlo Balogh/Reuters)
1. Quem são os refugiados? De forma resumida, refugiados são pessoas que deixam seus países para escapar da guerra e da perseguição, e podem provar isso de alguma forma. A Convenção de Refugiados de 1951, realizada após a II Guerra Mundial, define refugiado como uma pessoa que por medo de ser “perseguida por motivos raciais, religiosos, de nacionalidade ou por fazer parte um grupo social ou ter determinada opinião política não está disposto a se colocar sobre a proteção daquele país”. Os refugiados são denominados dessa forma para sua própria proteção, de acordo com a Convenção de 1951 e outros acordos internacionais. Uma vez na Europa, os refugiados podem solicitar asilo político ou outro tipo de proteção, algumas vezes temporários. Pela lei, os refugiados não podem ser enviados de volta a países onde suas vidas são ameaçadas.
20/6 é a data que a ONU instituiu como o Dia Mundial do Refugiado, com o objetivo de conscientizar os governos e as populações para o problema grave dos refugiados. É importante que cada um de nós esteja de prontidão para atuar sempre em favor da vida humana, em auxilio ao próximo, buscando ações que possam melhorar as condições de vida de todas as pessoas. Esse é o nosso papel como cristãos e pessoas de bem. Quisera um mundo sem fronteiras. Quisera um mundo sem guerras e sem fome. Quisera pudéssemos simplesmente viver, cada um em seu próprio país, com suas características, hábitos e costumes, mas não sendo nada disso possível, que possamos ajudar aqueles que nos baterem à porta.
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Loreto em Ação
Corpus Christi
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a edição passada, cujo tema da nossa capa foi Corpus Christi, dissemos que a PARTILHA do pão nos faz reconhecer Jesus entre nós. Dissemos também que amar concretamente é partilhar. É viver em comunidade, se preocupando com o próximo, sendo canal de vida para os menos favorecidos na sociedade, quando a nossa boca deve anunciar o bem comum e o trilhar do nosso caminho deve ser com a certeza de que o Cristo está entre nós. Partilha aqui entendida como amor, é exatamente o que define a celebração de Corpus Christi. A devoção e amor ao Santíssimo Sacramento faz com que as comunidades, pelo mundo a fora, se reúnam desde as vésperas para preparar uma linda festa, minuciosamente pensada em detalhes para que tudo saia perfeito. Não é algo que se possa fazer sozinho, por uma ou duas pessoas, é bela, justamente, porque é preparada pela comunidade. Assim, mais um ano, nossa comunidade se reuniu na noite fria do dia 30/5 para preparar os tapetes por onde o Senhor iria passar na manhã seguinte, vindo acompanhado em procissão, desde a capela Santo Antonio. A confecção dos tapetes, e não só o resultado, é uma experiência que todas as pessoas deviam fazer. É muito gratificante. Parabéns a nossa comunidade loretana por mais essa demonstração de fé e amor.
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Loreto em Ação
Fé e Dons - 20 anos! No dia 23 de Maio o Fé e Dons comemorou 20 anos de existência em nossa paróquia, com uma Missa celebrada pelo nosso Pároco, Pe. Sebastião, seguida de bolo e muita alegria, característica do Movimento. O primeiro Encontro Fé e Dons aconteceu nos dias 22, 23 e 24 de maio de 1998. Idealizado por uma jovem, recém-saída do EJC, que percebeu a necessidade de um encontro que acolhesse pessoas afastadas da Igreja e dos sacramentos, sedentas por informação e que desejavam participar mais ativamente da vida da igreja, mas não sabiam como. Essa jovem, Cristiane Lopes, recentemente voltou a participar das atividades do Movimento e costuma dizer que nunca imaginou que aquela sementinha, ia se transformar em uma árvore e dá tantos frutos. Ela conta que a comunidade estava tão sedenta de algo novo que já no primeiro encontro foram 100 inscritos, com 78 encontristas e apenas 26 pessoas trabalhando. O encontro aconteceu na casa dos padres, lá tinha um salão onde os seminaristas tinham aula, usaram também as salas da catequese, o salão Zaccaria e o Loretão. Destaque para a presença do nosso querido padre Sebastião, que mesmo fora da paróquia naquele momento, fez questão de abrir o encontro para ver com seus próprios olhos tudo aquilo que lhe foi apresentado ainda como um sonho, lá em 1996, pela Cristiane, Elísio e um grupo de jovens que com eles, gestaram o encontro. O 2º Encontro já tinha data marcada, dias 31 de julho, 1 e 2 de agosto do mesmo ano e a partir daí passou a fazer parte do calendário da paróquia. 14
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Com o tempo, por sua característica acolhedora e alegre, o Movimento passou também a receber pessoas em todas as situações de exclusão: com depressão, dependência química, problemas de relacionamento familiar, perda de entes queridos, enfim, pessoas que chegam desacreditadas de si próprias e encontram um novo sentido para suas vidas... Hoje, o perfil do Movimento é “sem perfil”, pois além dos que “não se encaixam” em outros movimentos, tem famílias inteiras,
casais e seus filhos trabalhando, avô e neto, pessoas de todas as idades, cores e classe social, tudo junto e misturado, compondo a grande família dos agarradinhos. A coordenação geral é sempre renovada e nesses 20 anos, contando com a Cristiane e Elísio, foram 9 duplas de gerais (19 coordenadores): Geraldo e Gilberto; George e Lucílio; Rose e Marisa, que foi substituída pela Silvânia Cunha; Ana Clébia e Jesuína; Carla e Isaura; Ana Paula e Leila; Dennys e Marcio e, atualmente, Carol Saraiva e Patrícia. Todos merecem os mais sinceros agradecimentos, assim como nossos queridos barnabitas, que acolheram o movimento e deixou que ele tomasse forma, a sua própria identidade, sem interferências naquilo que é pura demonstra-
ção do fogo do Espírito Santo. Hoje, com 20 anos, o Fé e Dons cresceu e multiplicou-se. Aqueles 78 encontristas do 1º encontro multiplicaram-se e hoje são milhares e em três paróquias. A paróquia de São Marcos, no Recreio realizará em julho o 3º encontro e a Santa Luzia, na Gardênia, em agosto fará o 2º encontro. Junto com o Papa Francisco, o Fé e Dons vem dizer que quer ser testemunha da alegria do Evangelho e levar a todos, sem exceção, a ternura e a carícia de Deus, nosso Pai, especialmente aos seus filhos mais necessitados, a todos que, por uma razão ou outra, não foram abraçados por uma pastoral ou movimento! Parabéns Fé e Dons!
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Vacinação contra a gripe
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egundo estudos, a vacinação contra a gripe pode reduzir de 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% da mortalidade global e em aproximadamente 50% as doenças relacionadas à influenza. No entanto, nem todos podem se vacinar na rede pública. Os grupos prioritários para a vacinação são: yy - pessoas a partir de 60 anos yy - crianças de seis meses a menores de cinco anos yy - trabalhadores de saúde yy - professores das redes pública e privada yy - povos indígenas yy - gestantes yy - mulheres até 45 dias após o parto. Elas terão que apresentar comprovação da condição clínica (certidão de nascimento da criança, declaração de nascido vivo ou carteira de vacinação do bebê) yy - presos ou jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas yy - os funcionários do sistema prisional yy - portadores de doenças crônicas não transmissíveis, como asma, diabetes, cardiopatias (hipertensão arterial leve não se enquadra nesse caso), insuficiência renal ou enfizema. Outras condições clínicas especiais também devem se vacinar, como pacientes com HIV ou doenças autoimunes. Esse público deve apresentar prescrição médica no ato da vacinação. yy - pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receberem a vacina, sem a necessidade de prescrição médica.
Para quem faz parte dos grupos alvo, é preciso atualização da dose anualmente, em virtude das mudanças de cepas dos vírus influenza. Como muitas pessos desses grupos deixam de se vacinar, por não ter tempo de ir ao posto, algumas paróquias abriram seu espaço para oferecer a vacina. Foi o que aconteceu em nossa comunidade no último dia 20 de maio, quando tivemos durante toda a parte da manhã, a realização da vacinação contra a gripe. O evento foi fruto de uma parceria entre a paróquia e a coordenadoria da saúde, da área programática de nossa região. Adriana Nunes, paroquiana, que trabalha na coordenadoria geral de atenção primária de saúde, informou que no total foram aplicadas 455 doses em nossa comunidade. Um excelente número, segundo ela. Agracedemos a Adriana, ao coordenador Leonardo de Oliveira e a toda a equipe por essa ação em nossa comunidade.
#ColunaJovem 2018 - É hora de Copa do Mundo!
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entro de alguns dias todos os olhos do mundo estarão voltados para os gramados russos... Não importa se é homem, mulher, criança, idoso ou adulto, todos estarão concentrados em um mesmo evento, que não acontece nem um pouco perto daqui, mas ao mesmo tempo transforma o mundo todo em um só. É ano de Copa do Mundo! Ano de tirar a camisa verde e amarela, as vuvuzelas e a bandeira do Brasil das gavetas e torcer pela Seleção. E é assim, de 4 em 4 anos... Colégios, ruas, pessoas de todos os tipos cheias de euforia, pintando as ruas, adotando o corte de cabelo do jogador preferido... Mas, por que será que o futebol desperta essa paixão em todo o mundo? Uma vez, o então Papa João Paulo II, no ano 2000, nos respondeu essa pergunta dizendo que “o futebol é um método excelente para promover a solidariedade em um mundo influenciado pelas tensões étnicas, sociais e econômicas”. Tal frase, ainda pode ser complementada por uma outra frase, dessa vez do Papa Emérito Bento XVI, que reflete sobre o impacto global desses eventos e diz que “não há quase nenhum outro acontecimento na terra que alcance uma repercussão tão vasta, o que demonstra que, com isso, se toca algo radicalmente humano, e vale a pena perguntar-se onde se encontra o fundamento deste poder em um jogo”. E pra quem acha isso tudo um absurdo, um papo furado, que não se interessa pela Copa, pela seleção e está achando que não tinha o porquê desse artigo estar aqui, calma, leia mais! Não somente os dois papas citados concordam que esses eventos podem e devem ser aproveitados, não somente como um meio de reunir os amigos ou se divertir (inclusive o próprio Papa Francisco é sócio-torcedor de um clube, sabia?), mas são oportunidades de levarmos nosso testemunho e fé. Como? Assim como na nossa vida, pequenos gestos fazem a diferença para agradecermos a Deus por nossas conquistas e levar a muitos outros um testemunho de ale-
gria e confiança Nele. Podemos em diversos jogos, em campeonatos, Copas do Mundo e até mesmo outras modalidades esportivas nos deparar com momentos de comemoração onde os atletas imediatamente após a vitória ou gol feito levantam as mãos para o Céu, fazem o sinal da cruz, ajoelham, em agradecimento Àquele que proporcionou a vitória. Um reconhecimento sincero que além de treinos e esforço precisamos sempre contar com alguém maior, com o grande técnico da nossa vida: Deus! “Ah, não tem nada a ver! Isso não muda nada na minha fé” Esses gestos não são em vão e nos leva ao que lemos em Mateus 10,32, “Quem der testemunho de mim diante dos homens, também eu darei testemunho dele diante de meu Pai que está nos céus.”. Que cada comemoração seja um momento de percebermos a presença de Deus, independente de que o hexa venha para nossa Seleção ou não! E aqui, do outro lado do oceano, que seja um momento de festa! Reúna os amigos, festeje, torça, vista a camisa do nosso país! Vamos aproveitar com menos mimimi e mais celebração a Copa do Mundo que está chegando! Que Ele possa ser o grande campeão e nós a grande torcida do maior time do mundo, da seleção dos escolhidos por Deus que em cada jogo possam viver o maior mandamento de todos, o amor, de forma que no final não tenhamos apenas vencedores e perdedores, mas sim uma grande oportunidade de promovermos a fraternidade e a paz! Alline Paggy - Pascom Junho 2018
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Escritos de Santo Antônio Maria Zaccaria
Sobre as qualidades do reformador – Meditação e a oração
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ueridos (as) leitores, ainda estamos aprendendo sobre as qualidades do reformador que Antônio Maria Zaccaria nos deixou em seus escritos. Uma grande relíquia, uma obra que parece que foi escrita ontem, muito bem atualizada e se encaixa perfeitamente em nossos dias, momentos, situações de tempos modernos. Bem, já sabemos que as qualidades servem para que possamos ter um alicerce bem estruturado para assim fazermos com sabedoria a verdadeira reforma, a reforma de coração, procurando praticar as qualidades que possuímos, as que Deus nos deu, para o nosso bem e do próximo. Hoje iremos nos aprofundar na quinta qualidade que é a “meditação e a oração”. “A meditação e a oração, mantém o homem forte diante de Deus”. E me atrevo a acrescentar que nos mantém fortes e persistentes diante das dificuldades em nossas vidas. Essas qualidades são luzes para o nosso caminho e para o caminho do próximo, onde nos apresentam o Cristo. A oração nos mostra por onde não devemos seguir, ela nos impede de errar, de pecar, de estar nos caminhos tortuosos e perversos. Ela ajuda os que realmente querem progredir, andar e perseverar nos bons caminhos e nos bons costumes. E aqui temos uma grande responsabilidade que nosso san-
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to nos pede, bem sabemos que a oração e a meditação nos trazem luzes, e como iremos iluminar os outros, quando não possuímos luzes ou achamos que temos? Pois bem, se isso de fato vier a ocorrer, não assumamos essa grande e profunda responsabilidade, vamos primeiramente ter essa luz própria, essa luz interior, onde possa habitar o próprio Cristo. E assim teremos a aptidão de assumir a levar o próximo até Deus, pois quanto mais luzes, quanto mais pessoas cheias da graça, cheias de Deus, assim o caminho não se torna tão dificultoso na busca pela perfeição. Contudo, sejamos portadores da luz do Cristo e que essa mesma luz sirva para iluminar os que estão nas trevas do pecado, da discórdia, da falta de misericórdia e de tudo o que possa nos afastar de Deus e consequentemente do próximo. Amados (as) leitores (as), sejamos zaccarianos não somente de coração, mas também na prática cristã, assim como o próprio Cristo fez, doou a sua vida para salvar a todos nós. Com o meu carinho e oração, Fogo e Luz! Seminarista Robert Barbosa Cardoso
Pé na estrada Terço na mão
Igreja Saint Mary of Angels Church, Dublin, Irlanda
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embro-me como se fosse ontem quando entrei na catequese pela primeira vez, com os meus 12 ou 13 anos. Infelizmente não consegui terminar e o sacramento acabou sendo adiado. Depois, já mais velho com meus 21 para 22 anos uma nova tentativa e por conta de trabalho mais uma vez o sacramento ficou para segundo plano. Foi então que entrei para o EJC (Encontro de Jovens com Cristo, na paróquia do Loreto) e assim comecei a vivenciar mais o que a Igreja Católica tinha para oferecer. Fiz retiros, fui a palestras, participei de Teatros, entre outras atividades, porém ainda sentia um vazio na hora da missa. Na hora de comungar para ser mais específico, onde eu via todos aqueles amigos do grupo comungando e eu sempre ficava no meu lugar olhando eles se levantarem para ir receber o corpo de Cristo. Pensava que isso um dia ia mudar e mudou! Hoje entendo que Deus estava reservando uma
surpresa para mim. Quis Ele que eu tivesse os dois sacramentos juntos (Primeira Eucaristia e Crisma), em outro país, em outra fase da minha vida, com todas as dificuldades que eu tive nas duas tentativas anteriores e mais um pouco. Certamente o desafio foi maior, mas ele não nos dar uma Cruz maior do que possamos carregar, isso é certo! E então chegou a esperada hora, a MINHA VEZ, de entrar para o grupo de pessoas que comunga na missa, o grupo de pessoas que levantam e entram na fila, o grupo de pessoas que comem o corpo de Cristo e se emocionam, AHHHH E QUE EMOÇÃO!!! Foi difícil conter o choro, uma sensação INEXPLICÁVEL, um sentimento puro e de paz interior, tudo aquilo que as pessoas me descreviam como era, e eu não conseguia entender, hoje eu entendo. E que essa paz que eu senti eu desejo no fundo do meu coração para todos. Tem uma frase que agora faz todo o sentindo para
mim: “QUE A PAZ DO SENHOR ESTEJA SEMPRE CONVOSCO” Bom, como podem ver essa igreja tem um significado muito grande para mim. É nela meu refúgio, onde me sinto em paz espiritualmente, e com uma sensação de estar em casa perto das pessoas que eu amo e tive que deixar no Brasil. Essa é minha história que pude compartilhar com vocês neste artigo. Não sou um turista aqui, mas como a coluna é sobre Pé na Estrada, convido a todos que tiverem a oportunidade de conhecer esse lugar, que não deixe de vir. A Comunidade Católica brasileira é bem grande nesse local e quem vem à Dublin, tem a oportunidade de participar até da Santa Missa celebrada em Português. Essas ocorrem aos domingos às 16 horas. Eduardo Maciel Junho 2018
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Santuário da Adoção
Filhos do coração: histórias emocionantes de quem adotou. Adoção Tardia é o nome que se dá no mundo da adoção, para famílias que aceitam receber seus filhos com um pouco mais de idade. Atualmente é considerada adoção tardia crianças com mais de 7 anos. Diz o ditado: “O amor não tem idade!” A gente se apaixona por pessoas que tem um passado, uma história, uma “bagagem emocional” talvez até com alguns traumas. Adotar um filho mais velho, é deixar que essa paixão se transforme aos poucos em amor, respeitando as diferenças e cultivando o relacionamento. O economista Marcelo Monteiro, de 48 anos e sua esposa, a administradora de empresas Luciana Miguel Marques, de 46 anos, aceitaram esse desafio de amor. O próprio Marcelo conta: “Me casei há 18 anos (2000), no começo eu e a minha esposa não pensamos em ter filhos, pois queríamos investir em nossas carreiras profissionais e na vida a dois. Passados alguns anos, o desejo de ter um filho aflorou. Após tentativas naturais infrutíferas, recorremos a métodos como FIV e IA, que também se mostraram frustrantes. Após um longo período de reflexão, decidimos adotar uma criança. Cumprimos todas as exigências legais e depois de 2 anos, conseguimos a nossa habilitação para adoção. No início, pensamos em apenas uma criança, mas não queríamos 20
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bebê, queríamos uma criança com uns 2 ou 3 anos. Como o processo de habilitação é demorado, começamos nesse período a ler, pesquisar, visitar abrigos, frequentar Grupos de Apoio à Adoção, fazer cursos sobre adoção, conviver com outros adotantes e percebemos que o perfil (a escolha que o adotante faz em relação à etnia, idade, condição de saúde, idade, etc.) é completamente surreal quando você conhece uma criança em carne e osso. Lentamente nosso perfil mudou para mais de uma criança e com mais idade. Finalmente em 2009, após um longo período de convivência, solicitamos a guarda de 3 crianças que na época estavam com 10, 8 e 3 anos, dois meninos e uma menina. Analfabetos, sem vacinas obrigatórias, com vivência de rua e uma realidade completamente distante da nossa. Todos os pais fazem idealizações e os pais adotivos não são diferentes, é claro que não era o que imaginávamos. Também imagino que a idealização de uma casa sem regras e onde podiam fazer o que queriam, tenha sido uma frustração também para eles. Fomos testados, irritados, decepcionados, frustrados, nosso casamento balançou mais que árvore em tempestade, mas hoje também acredito que tenha sido muito mais difícil para eles do que para nós. Eram 3 crianças que não tinham consciência de sua maturidade emocional e nem sabiam lidar com isso, vinham de um mundo completamente paralelo ao
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que a sociedade chama de normal. Com os problemas de comportamento em casa e na escola, a parte da família que desde o início nos apoiava, se afastou completamente e pediu que devolvêssemos os nossos filhos, mas eles já eram NOSSOS FILHOS. Houve um momento em que ficamos eu e Lu completamente sós, sem nenhum apoio. Lentamente, eles começaram a se adaptar à nova realidade familiar e nós também nos modificamos a essa nova realidade. Já se passaram 9 anos que os adotamos e posso afirmar que hoje, só me lembro que são filhos adotivos quando me pedem para falar sobre o tema. Rimos, choramos, brigamos, comemoramos e seguimos com a vida como qualquer família. Meu filho mais velho (Alexandre) está hoje com 19 anos e está na Marinha, a Thaiane hoje tem 17 (vai fazer 18 anos em Outubro), estuda no CEFET/RJ e quer ser Pediatra e o Kaio tem 12 anos e quer ser cientista. Hoje percebo que se você amar uma criança incondicionalmente, se você aceitar plenamente suas limitações, você se tornará pai e mãe, independentemente da condição da sua origem”. Eliane Carrão (coordenadora do Grupo de Apoio à Adoção Santuário da Adoção) Maiores informações: santuariodaadocao@gmail.com ou watsapp 98446-9085 (Eliane) ou 99614-3739 (Cláudia).
Coluna Cultural
Edições Shalom lança último livro da trilogiaTeshuvá Aventura e suspense permeiam narrativa cheia de mistérios sobre as verdades e mentiras na vida de Lisa e Mike O mistério de Teshuvá chega ao fim com o terceiro livro da trilogia, que está sendo lançado em junho, pelas Edições Shalom. “Teshuvá: Verdades e Mentiras”, de Josefa Alves, desvela todos os mistérios presentes em “O retorno de Lisa” e em “De volta para casa”, confrontando Mike e Lisa com as verdades e mentiras escondidas em seu próprio coração. Cheia de aventura e suspense, a obra continua com o estilo literário de alternar os narradores a cada ca-
pítulo. O texto é uma continuação cronológica do segundo volume, inserindo o leitor em cada detalhe do sequestro de Mike. A narrativa vai revelando que todo sofrimento é consequência de escolhas, que podem ser revogadas e que é possível sonhar com uma vida diferente, mesmo que as esperanças pareçam escassas. Enquanto isso, Lisa vive a aventura de conhecer a fundo como são praticados os rituais satânicos e descobre seu principal cabeça. Sobre a autora Josefa Alves é mestre em Teologia Sistemática pela PUC-Rio, com formação em Filosofia e Teologia pela Faculdade de Teologia de Lugano. É missionária da Comunidade Católica Shalom, e autora de artigos e livros de espiritualidade publicados pela Edições Shalom.
Que tal partilhar conosco sua sugestão para a Coluna Cultural?! Envie sua sugestão (texto e uma foto) para pascom@loreto.org.br com o título “Coluna Cultural”, participe!
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Falando Francamente Zamoura
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ufocados pela mídia, que diariamente através dos meios de comunicação, nos revela fatos relativos à corrupção, nos aproximamos das eleições, quando escolheremos Presidente, Senadores, Deputados Federais, Governadores e Deputados Estaduais. Os candidatos são quase sempre os mesmos, a renovação inexiste praticamente e a reeleição de muitos acontece em decorrência de favores prestados a comunidade em que nasceram ou onde residem que ao longo dos anos são considerados redutos. Pensando bem isso tem sentido, lógica e gratidão. Ora, se o candidato conseguiu melhorias no bairro, tais como calçamento, água e esgotos, boa iluminação, policiamento entre outras, nada mais justo que haja reconhecimento, sem que se importe com a ficha do candidato, ou seja, se é limpa ou não. E assim acontece a reeleição. Quanto aos novos candidatos, tudo fica mais difícil, recorrem ao apoio de parentes, amigos, vizinhos, colegas de trabalho e irmãos de caminhada nas Igrejas
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em que frequentam. Logicamente o poder aquisitivo de cada candidato tem grande influência, possibilitando a compra de espaços em terrenos, fachadas, assim como pagamento a cabos eleitorais, aluguel de escritórios e material de propaganda, tais como prospectos, cartazes e carros de som. Se eleitos, no exercício do mandato, ao surgirem oportunidades tentadoras através de atos de corrupção, recuperam tudo que foi gasto durante a campanha. Graças a Deus, nem tudo está perdido. Podemos sim, usar nosso voto condignamente, escolhendo candidatos católicos, honestos e merecedores do nosso apoio. Aqui na Paróquia Nossa Senhora de Loreto, temos um nome, que reúne todas as qualidades de um bom político, estamos nos referindo a Robson Leite, também colunista desta revista. Louvores e Glórias a Deus Zamoura (Da Diva) 15º E.C.C zamouraediva@oi.com.br
Ano do Leigo: Nhá Chica, a Beata de Baependi
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ma vida dedicada a uma missão: assim é possível resumir o caminho vivido por Nhá Chica, a leiga de Baependi (MG), declarada pela Igreja a primeira beata do Sul de Minas, em 2013. Filha livre de uma ex-escrava, poucos documentos contam a história desta mulher que passou seus dias aconselhando e cuidando de todos que procuravam sua ajuda. Ganhou o título de “Mãe dos Pobres” por seus atos de caridade e sua humildade na forma de viver. Francisca de Paula de Jesus nasceu em meados de 1810 em Santo Antônio do Rio das Mortes, distrito de São João Del Rei (MG). O primeiro registro que se tem de sua vida foi o atestado de batismo de Francisca, em 26 de abril de 1810. Além disso, somente um inventário do irmão da beata, que era uma pessoa muito rica e importante na cidade, o testamento de Nhá Chica e seu atestado de óbito são os registros oficiais da vida da religiosa. O levantamento foi feito em 1998, quando a comissão histórica para o processo de beatificação de Nhá Chica foi definida. Francisca se mudou com seu irmão Theotônio Pereira do Amaral e a mãe Isabel Maria para Baependi. Ela tinha cerca de oito anos na épo-
ca e sua mãe morreu logo depois de chegarem à cidade. Ela nunca se casou, e passou a viver reclusa em sua casinha somente se dedicando às orações e recebendo pessoas para dar conselhos. A fama da sabedoria da religiosa e de graças que conseguia através de suas orações começou a se espalhar pela região e pelo Rio de Janeiro. Já conhecida como Nhá Chica, que significa Senhora Francisca, ela recebia o povo em sua casa para aconselhamento, dos mais pobres até gente importante. A Capela de Nossa Senhora da Conceição Quando o irmão de Nhá Chica morreu, em 1861, deixou sua fortuna para ela, que usou o dinheiro para construir uma capela no terreno herdado ao lado de sua casa para Nossa Senhora da Conceição, santa da qual era devota fervorosa. O restante doou para os pobres. É neste período que também se relata que aconteceu o milagre do órgão. Nossa Senhora da Conceição teria pedido à Nhá Chica que comprasse o instrumento para a igreja. Após perguntar para o padre o que era um órgão, a religiosa chegou para o maestro Francisco Raposo, amigo dela que sempre tocava para o imperador no Rio de Janeiro, e
pediu que comprasse o instrumento para ela. A ele, Nhá Chica entregou um papel com o endereço na capital de onde ele deveria comprá-lo, na Rua São José, 73. Raposo levou o órgão de trem até Barra do Piraí (RJ), mas de lá, teve que seguir viagem de carro de boi. Quando o órgão chegou a Baependi, não funcionava. Nhá Chica começou a rezar e disse que Nossa Senhora da Conceição havia dito que o instrumento só funcionaria no dia seguinte, sexta-feira, às 15h. E neste exato momento, o órgão foi tocado pelo maestro para toda a população, que se aglomerou em volta para ver. Morre Nhá, nasce uma beata Nhá Chica morreu no dia 14 de junho de 1895 com 85 anos, Não aceitava mérito por seus milagres e graças. Sempre que alguém se admirava por coisas que aconteciam sob sua influência, ela repetia: “Isso acontece porque rezo com fé”.
Fé e Política Robson Leite
“Opressão e egoísmo ou justiça e partilha: Qual o caminho para a paz?” “Não haverá um modelo de sociedade justa e fraterna sem o rompimento com qualquer sistema opressor existente em seu seio” A paz se cria e se constrói na presença firme e inabalável da justiça. Sem ela, a justiça, não haverá nunca uma paz verdadeira e duradoura. E essa justiça passa, sobretudo, pela denúncia e combate a qualquer sistema opressor existente na sociedade. Esses são, sem sombra de dúvidas, os pilares que fundamentam a firme construção de um novo mundo: justo, fraterno e igualitário. Trabalho escravo, exploração de menores, violência contra a mulher, corrupção, miséria, fome e pobreza são consequências de um sistema social em que não há justiça. Toda essa exploração tem origem na opressão de um poder vigente, normalmente o capitalismo, de poucos sobre muitos. Um poder que oprime, esmaga e mata em nome do “deus dinheiro”. Um poder que, em pleno século XXI, trás ao seio da sociedade problemas que deveriam ter sido banidos há muito tempo. A falta de uma legislação em diversos países, como o Brasil, que puna com rigor a existência de trabalho escravo em seu contrato social é um grande exemplo disso. A Constituição Brasileira, assim que foi promulgada, recebeu o apelido de constituição cidadã. Isso por incluir, em seu texto, dispositivos que protegem minorias e que zelam pela inclusão social de todos. Porém, infelizmente, a falta de regulamentações de diversos artigos fez com que esse apelido se tornasse distante da realidade social brasileira. Vide, por exemplo, a falta de coragem do nosso Congresso em regulamentar o IGF – imposto sobre grandes fortunas. Cabe aqui explicar que o “imposto” é uma espécie de tributo que tem a função de distribuir renda e patrimônio. Cobrar mais de quem tem mais e menos de quem tem menos. Outro exemplo de como estamos distantes de uma verdadeira libertação dos regimes opressores que comandam a nossa sociedade é o nosso próprio código penal. A sua lógica não segue a defesa da vida, mas do patrimônio. As punições aos crimes contra o patrimô24
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nio possuem um rigor maior do que os crimes contra a vida. Outro triste exemplo que justifica esse terrível e infeliz privilégio da defesa do patrimônio é a atuação das polícias estaduais em nosso país. As táticas de confronto das secretarias de segurança estaduais, que fazem com que tenhamos a polícia que mais morre e mais mata do mundo, revelam que o direito ao patrimônio e a criminalização da pobreza são os princípios que orientam essa nefasta lógica opressora presente no capitalismo. O que, provavelmente, justifica essa prática é uma tática eleitoral de tentar, usando o sangue de pessoas pobres que moram em favelas, enganar o cidadão construindo uma falsa impressão de que o estado está “lutando” para coibir a violência e proteger o patrimônio do cidadão, mas na verdade o que ocorre é apenas o aumento do número de homicídios e da violência propriamente dita. E isso é um absurdo incomensurável e uma grave ofensa a Deus. A solução para esse problema é a nossa participação ativa nos instrumentos de cidadania que a constituição nos oferece. Os conselhos municipais de fiscalização, as associações de moradores, os sindicatos e até mesmo os partidos políticos estão a nossa disposição para isso. Se não funcionam, certamente é porque estamos ausentes da participação desses instrumentos de transformação social. A perversidade dos sistemas opressores se alimenta da nossa omissão. Até quando iremos ficar inertes, calados e omissos diante de tanta violência, pobreza, miséria e opressão da nossa sociedade? Dessa forma, infelizmente, estaremos cada vez mais distantes da construção do Reino de Deus aqui e agora. (*) Robson Leite é professor, escritor, membro da nossa paróquia, Ex-Superintendente Regional do Ministério do Trabalho e Emprego no RJ e foi Deputado Estadual de 2011 a Janeiro de 2014. Site: www.robsonleite.com.br Página do Facebook: www.facebook.com.br/ robsonleiteprofessor
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As demais atividades do mês estão em: www.loreto.org.br
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DATA 08/6 15/6 22/6
HORÁRIO 16:00hs 15:00hs 15:00hs
EVENTO MISSA NO CATI MISSA NA ESTANCIA SÃO JOSÉ MISSA NO HOSPITAL RIO’S DOR
DATA
HORÁRIO
PASTORAL
LOCAL
EVENTO
07H00 às 19H00 20H00 17H00 07H00 às 22H00 19H00 às 22H00 07H00 às 12H00 14H00 às 18H00 ESCALA
TODAS COMISSÃO SANTUÁRIO FÉ E DONS FÉ E DONS FÉ E DONS SANTUÁRIO DA ADOÇÃO AÇAO SOCIAL FÉ E DONS TODAS
PRAÇA DO SANTUÁRIO SANTUÁRIO SALÃO CEPAR TODO CEPAR TODO CEPAR PLENÁRIO ZACCARIA SALÃO CEPAR SANTUÁRIO
FESTA JUNINA SANTUÁRIO ABERTO MISSA DE ENTREGA MUTIRAO 35º ENCONTRO PALESTRA ENTREGA DAS CESTAS AOS ASSISTIDOS REENCONTRO ADORAÇÃO DAS 40 HORAS - SAMZ
08, 09 e 10/6
10/6 13/6 14/6 15, 16, 17/6 20/6 24/6 24/6 30/6 e 01/07
ADQUIRA JÁ O SEU! O NOVO LIVRO DE ROBSON LEITE DISPONÍVEL NA LOJA DA PARÓQUIA OU PELA INTERNET EM: WWW.ROBSONLEITE.COM.BR
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Elaborado pelas Irmãs de Belém
Junho, mês do Sagrado Coração de Jesus!
Querido (a) amigo (a), “O Coração de Jesus foi aberto pela lança. Jorrou Sangue e água. Amou-nos até o fim. Não é fácil ser bom, às vezes nos tomam por bobos ou por fracos, mas vale apena acreditar que o homem é feito à imagem e semelhança de Deus, que possui a chama desse Divino Coração e anseia por amor e felicidade...” (Madre Maria Helena Cavalcanti) Neste mês a Igreja nos convida a contemplar de modo particular o Sagrado Coração de Jesus, e anunciar como Ele pediu a Santa Faustina: “Minha filha, diz que sou o Amor e a Misericórdia em pessoa.” Pois chegou a hora da mensagem da Misericórdia Divina derramar a esperança nos corações. O mundo precisa deste Amor e o próprio Jesus nos convoca a sermos praticantes da doçura e do perdão: “sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso.”
“Console o Coração de Jesus, rico em misericórdia. Ele se queixa de que procura quem O console e não encontra”. CAÇA-PALAVRAS... Procure resposta no diagrama: 1 Foi chamado a ser apóstolo por Cristo ressuscitado. 2 Nome do Papa atual. 3 Dom do Espírito Santo. 4 Duas virtudes do Coração de Jesus. (cf.Mt 11,29) 5 Festa da Eucaristia.
LENDO A BÍBLIA
Lendo e completando o Evangelho de Jesus segundo São Lucas 7,36-47, aprendemos um pouco mais sobre a Misericórdia e a Compaixão de Jesus. Naquele tempo, um fariseu convidou Jesus para uma refeição em sua casa. Jesus entrou na casa do fariseu e pôs-se à mesa. Certa mulher, conhecida na cidade como pecadora, soube que _______ estava à mesa, na casa do fariseu. Ela trouxe um frasco de alabastro com _________, e, ficando por detrás, chorava aos pés de Jesus; com as lágrimas começou a banhar-lhe os pés, enxugava-os com os cabelos, cobria-os de _______ e os ungia com o perfume.Vendo isso, o fariseu que o havia ________ ficou pensando: Se este homem fosse um profeta, saberia que tipo de mulher está tocando nele,pois é uma pecadora. ‘Jesus disse então ao fariseu: ‘Simão, tenho uma coisa 26
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para te dizer. ‘Simão respondeu: ‘Fala, ________!’ ‘Certo credor tinha dois devedores; um lhe devia __________ moedas de prata, o outro cinqüenta. Como não tivessem com que pagar, o homem _________ os dois. Qual deles o amará mais? ‘Simão respondeu: ‘Acho que é aquele ao qual perdoou mais.’ Jesus lhe disse: ‘Tu julgaste corretamente.’ Então ________virou-se para a mulher e disse a Simão: ‘Estás vendo esta mulher? Quando entrei em tua casa, tu não me ofereceste água para lavar os pés; ela, porém, banhou meus _______ com lágrimas e enxugou-os com os cabelos.Tu não me deste o ________ de saudação. Ela, porém, ungiu meus pés com o perfume. Por esta razão, eu te declaro, os muitos ___________ que ela cometeu estão perdoados, porque ela mostrou muito amou”.
Nhรก Chica
A Beata de Baependi