Santuårio da Adoção
HistĂłria emocionante de quem foi adotado
M
eu nome ĂŠ MĂ´nica Pereira (52 anos) e minha histĂłria começa em 1968, onde um casal Sr. Nilton e Sra. Nilza eram amigos (e foram atĂŠ morrer) dos meus tios que eram parentes da minha mĂŁe biolĂłgica que jĂĄ tinha 1 filha e grĂĄvida de mim deu a promessa de batismo a eles, porĂŠm ela arranjou um namorado que nĂŁo queria uma mulher com 2 crianças e no aniversĂĄrio do meu pai (01/01) ela me deixou com cerca de 1 mĂŞs para eles cuidarem. (Com tutela). Minha mĂŁe (Nilza) sempre me disse que ela sabia desde a barriga que eu seria filha dela. O grude era tanto que ela nunca me deixou aos cuidados de ninguĂŠm (sĂł aceitava trabalho que eu pudesse ir, era domĂŠstica). Meu pai Nilton? Pensa num ciĂşme... eu era o xodĂł! Me chamavam de filha Ăşnica mimada e era mesmo! Eu sempre soube que tinha outra mĂŁe e eles sempre me ensinaram a respeitar. Lembro que aos 7 anos ela apareceu dizendo que ia me levar e minha mĂŁe chorava muito porque ia me perder e como se fosse hoje, lembro que eu disse “nĂŁo 16
chora mamĂŁe eu nĂŁo vou emboraâ€? e assim se fez na frente do juiz quando ele pediu pra me ouvir! Infelizmente sĂł se renovou a tutela e meus pais desistiram de pedir a ela para assinar a adoção. Nunca mais a vi despois deste dia. Nossa relação era de pais e filha, famĂlia completa, nĂŁo tinha o peso de ser adotada, acho que a preocupação era maior ainda, o amor tambĂŠm! Eram meus defensores, protetores. Minha mĂŁe um dia saiu no meio de um assalto com tiros para me buscar na rua (loucura), eu sempre fui a coisa mais importante para eles. Me deram ensino, educação, repreenderam e cuidaram melhor que qualquer um. Nossa ligação era tanta que mes-
O Mensageiro   Setembro 2020
mo adulta e morando em outra casa ela sentia quando estava bem e detalhe atĂŠ o Ăşltimo dia dela aqui na terra nos ligĂĄvamos todos os dias, todos. Quando perguntavam ao meu pai se ele nĂŁo ia fazer testamento, ele respondia: para quĂŞ? Todo mundo sabe que ela ĂŠ minha filha e ficava bravo. Minha Ăşnica tristeza ĂŠ nĂŁo poder assinar o sobrenome deles, mas isso ĂŠ sĂł um detalhe mediante aos 45 anos que vivi com eles. Enfim, eu tenho muita honra de ter sido criada por eles e de ser a mulher que sou pela educação que me deram. Hoje jĂĄ nĂŁo estĂŁo aqui, mas ainda estĂŁo comigo no coração e tatuados no meu corpo.đ&#x;’? eles foram os anjos que Deus pĂ´s na minha vida.đ&#x;™?đ&#x;?˝