P R O J E T O
Guarda
Chuva
J Abril de 2017
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Sumário 1. Sumário Executivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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2. Apresentação da Entidade Proponente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 3. Informações sobre o Território de Desenvolvimento do Projeto . . . . . . . . . . . . . . . 3 4. Público Alvo do Projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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5. Descrição da Tecnologia Social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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6. Operacionalização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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7. Orçamento e Contrapartida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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1. Sumário Executivo Proponente: Secretaria de Estado do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do Distrito Federal - SEDESTMIDH
CNPJ:
04.251.080/0001-09
Forma Jurídica: Órgão de Administração Direta
Endereço: SEPN 515 Bloco A Ed. Banco do Brasil – Asa Norte Cidade/UF: Brasília, DF
CEP: 70.770-501 DDD/Fone: (61) 3556 6687 E-mail: patricia.bon@sedestmidh.df.gov.br
Resumo do Projeto O projeto Guarda Chuva visa promover a utilização de tecnologias socias para melhor aproveitamento de recursos hídricos do DF. O foco é a instalação de 900 mini cisternas para coleta e aproveitamento de água pluvial.
Público Alvo 900 famílias
Local de Desenvolvimento do Projeto 15 territórios do Distrito Federal
Período de Realização do Projeto De 07/2017 a 04/2018
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2. Apresentação da Entidade Proponente A Secretaria de Estado de Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos – SEDESTMIDH se configura como um dos órgãos de gestão da administração pública do Governo Distrito Federal. Sua estrutura organizacional é formada pelo Gabinete; Secretaria Adjunta do trabalho; Secretaria Adjunta de Desenvolvimento Social e Secretaria Adjunta de Políticas para Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. A Secretaria Adjunta de Desenvolvimento Social é responsável pela execução das políticas de Assistência Social, Transferência de Renda e de Segurança Alimentar e Nutricional, gestão do Sistema Único de Assistência Social e do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional no âmbito do DF.
Tem como objetivo primordial garantir e efetivar o direito à proteção social para a população em situação de vulnerabilidade e risco social, por meio da oferta de serviços e benefícios que contribuam para o enfrentamento da pobreza, a garantia dos mínimos sociais, o provimento de condições para atender contingências sociais e a universalização dos direitos sociais, por meio do desenvolvimento de potencialidades, da autonomia, do empoderamento das famílias e da ampliação de sua capacidade protetiva. Sua visão de futuro é ser reconhecida pela gestão estratégica de excelência compartilhada e colaborativa, por cuidar de quem sabe cuidar e pela credibilidade e transparência, onde acontece a política. Para tanto, tem como missão promover políticas públicas que garantam proteção e inclusão social, trabalho, emprego e renda, com respeito à diversidade e equidade de gênero e raça.
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3. Informações sobre o Território de Desenvolvimento do Projeto
O projeto será executado simultaneamente em 15 Centros de Convivência (CECON), em diferentes territórios do DF. Os CECON são localizados em áreas que concentram situações de vulnerabilidade e risco social, em territórios com maior concentração de famílias com renda per capita mensal de até meio salário mínimo.
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Os 15 CECON que irão participar serão selecionados durante a etapa de preparação e planejamento do projeto. A seleção será feita pela Diretoria de Convivência e Fortalecimento de Vínculos responsável pelos Centros, e será baseada no melhor aproveitamento da tecnologia social pelos usuários.
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4. Público Alvo do Projeto
O público-alvo do projeto é composto por dois grandes grupos: O primeiro é o grupo de 300 jovens que serão capacitados durante as oficinas, que se tornarão multiplicadores da tecnologia social dentro de seu território. São jovens que hoje participam do programa Caminhos da Cidadania, ofertado no DF pela SEDESTMIDH. O Programa é voltado para adolescentes de 15 a 17 anos vinculados ao Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), nos Centros de Convivência (CECON). São jovens que, por diversas razões, encontram-se em situação de vulnerabilidade, como: em isolamento; trabalho infantil; vivência de violência e/ou negligência; fora da escola ou com defasagem escolar superior a 2 anos; em situação de acolhimento; egressos de medidas socioeducativas; situação de abuso e/ou exploração sexual; com medidas de proteção do Estatuto da Criança e do Adolescente; crianças e adolescentes em situação de rua; ou vulnerabilidade que diz respeito às pessoas com deficiência. O segundo grupo é composto pelas 900 famílias em todo DF que serão beneficiadas com a instalação da tecnologia em suas residências. Dessas 900, 300 são as famílias dos próprios jovens multiplicadores, e 600 serão escolhidas pelo Cadastro Único da Assistência Social. A seleção das famílias terá como critério principal a ausência de alternativas ao fornecimento de água encanada. Serão priorizadas, assim, as residências que não têm caixa d’água, pois se entende que são as mais afetadas pelos cortes de fornecimento decorrentes da crise hídrica.
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5. Descrição da Tecnologia Social
A mini-cisterna é um sistema de captação e armazenamento de água de chuva, montado com uma bombona de 200 litros. O sistema capta água da chuva, separa folhas e sujeira grossa automaticamente, filtra parte da sujeira de telhados e tem um ladrão para garantir que não transborde. Ele é fechado e não deixa a água exposta (para, dentre outras coisas, evitar proliferação do mosquito da dengue). O kit é de instalação simples, barata e rápida. De acordo com o site Sempre Sustentável (www.sempresustentavel.com), a mini-cisterna pode economizar até 50% do uso doméstico da água. A figura 1 detalha o funcionamento de uma mini-cisterna. Deve-se ressaltar que a água pluvial, mesmo quando filtrada, não deve ser utilizada para consumo humano. Ainda assim, há grande oportunidade de aproveitamento dessa água em residências, podendo ser utilizada em atividades com alto consumo de água, como lavagem de chão e calçada, lavagem de carro, rega de plantas, descarga em vaso sanitário, dentre outros usos, evitando-se assim o uso de água tratada onde não há necessidade. O reaproveitamento da água pluvial traz outros dois benefícios à comunidade. Em primeiro lugar, ao represar água que, de outra maneira, seria drenada para galerias ou cursos hídricos, a mini-cisterna auxilia no controle de enchentes. E, em segundo lugar, essa tecnologia social contribui para a conscientização da população quanto a escassez e a necessidade do reaproveitamento de água. A bombona de armazenamento que será oferecida pelo projeto é de 200l, mas o sistema é expansível, conforme demonstra a imagem abaixo (veja figura 2). Espera-se que, com a implementação dessa tecnologia, a população perceba que a captação é benéfica, e que eles se sintam empoderados a expandir o sistema e, assim, aumentar a segurança em seu acesso à água. Durante as oficinas do projeto, esse aspecto de empoderamento e de autonomia serão enfatizados, de forma que as famílias vejam-se como donas da tecnologia e a possam expandir conforme as suas necessidades.
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Como funciona uma minicisterna?
Calha Entrada de água da chuva
Filtro autolimpante
Pequena barreira Para forçar o fluxo de água passar pelo interior da minicisterna e, ao sair, leva junto as impurezas da superfície
Tamping ou plug Para verificação do nível de água e entrada de cloro Extravasor Saída do excesso de água da chuva pelo ladrão
Bombona
Separador de águas Reservatório temporário da 1ª água de chuva forte
Extremidade do Separador Deve ter um pequeno furo para regular o descarte de água
Ladrão com tela mosqueteiro Pode ser conectado a outra bombona ou cisterna
Redutor de Turbulência
Saída
Figura 1: Funcionamento básico de uma mini-cisterna
Figura 2: Sistema de mini-cisterna expandido.
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6 . Operacionalização
O projeto resultará na instalação de 900 mini-cisternas para captação e armazenamento de água de chuva, realizada por 300 jovens multiplicadores de 15 territórios do DF. Os jovens são participantes do programa Caminhos da Cidadania, e cada território contará com 1 educador social e 1 líder técnico para apoiar os jovens nas atividades de instalação das mini-cisternas. O projeto contará com a seguinte equipe: • 1 coordenador geral; • 1 gerente geral; • 1 supervisor de equipe técnica; • 15 líderes técnicos; • 15 educadores sociais. Estima-se que o projeto se inicie em julho de 2017 e tenha duração de 9 meses, da preparação e planejamento até a avaliação final.
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Abaixo seguem as descrições de cada etapa do projeto: Etapa 1 - Preparação e Planejamento Formalização de parcerias, planejamento logístico, organizacional e metodológico. Etapa 2 - Seleção e Formação da Equipe 1. Seleção: Realizar processo de seleção para identificar um líder técnico em cada território; 2. Capacitação de 15 líderes técnicos: Capacitação de 15 líderes técnicos que serão responsáveis por desenvolver as atividades com os jovens multiplicadores nos centros de convivência. A capacitação será feita como uma imersão de 3 dias, e irá incluir não só uma parte técnica/prática da instalação, como ainda uma sensibilização sobre o público-alvo e as características do território; 3. Capacitação dos jovens multiplicadores: Capacitação dos 300 jovens multiplicadores. Essa capacitação versará sobre aspectos conceituais da sustentabilidade e sobre as boas práticas relacionadas ao tema, em especial quanto à crise hídrica. A capacitação acontecerá em encontros semanais durante 3 meses (junho a agosto), e será realizada pelos educadores sociais da SEDESTMIDH nos Centros de Convivência. Etapa 3 - Instalação das mini-cisternas 1. Oficina de Instalação das mini-cisternas: Os líderes técnicos irão conduzir 15 oficinas práticas de instalação de mini-cisterna para os 300 jovens multiplicadores; 2. Instalação do sistema nas residências dos jovens: Jovens irão instalar as mini-cisternas em suas próprias residências (ou em uma residência de sua escolha), com apoio dos líderes técnicos;
3. Instalação do sistema em outras residências do território: Cada jovem será responsável pela instalação de mais 2 mini-cisternas em residências no seu território, com apoio dos líderes técnicos. Etapa 4 - Retrospectiva e Empreendedorismo Jovens participarão de reuniões de retrospectiva para reflexão da sua experiência na participação no projeto. Em especial, eles serão induzidos a pensar sobre o valor do trabalho que fizeram, e sobre como a comunidade percebe esse valor. Diante disso, oportunidades de empreendedorismo serão discutidas. Esta etapa será conduzida pelos educadores sociais da SEDESTMIDH, com apoio especial da SEATRAB (Secretaria Adjunta do Trabalho). Etapa 5 - Apoio ao empreendedorismo Nos casos em que jovens demonstrarem interesse em levar adiante a atividade como um empreendimento, o projeto os colocará em contato com consultorias profissionais de apoio à criação e gestão de novos negócios. Os jovens que tiverem esse interesse receberão, assim, apoio de gestão e de contabilidade. Etapa 6 - Avaliação e Encerramento O monitoramento e a avaliação de todas as etapas do projeto serão feitos com rigor. No final do projeto pretendemos produzir um relatório detalhado dessa avaliação.
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7. Orçamento
J Orçamento total do projeto
R$1,343,521.60
Contrapartida da SEDESTMIDH
R$656,598.60
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Patrocinador
R$686,923.00
Contrapartida Além da contrapartida financeira, a SEDESTMIDH disponibilizará ainda outros recursos para o projeto, tais como: as instalações físicas dos 15 Centros de Convivência (CECON); profissionais da área de Assistência Social para auxiliar o trabalho desenvolvido no projeto; e a seleção do público alvo do projeto, tanto os 300 jovens que estarão desenvolvendo atividades nos CECON quanto as famílias que irão receber as mini-cisternas em suas residências.
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