Certamente haverá melhores fotografias de Londres, outras rotas e mais completas, mas este não pretende ser um guia turístico nem um ensaio fotográfico, é apenas um diário de viagem. Não é possível conhecer uma cidade desta dimensão em cinco dias. Da lista, foram riscados muitos lugares de interesse, foram estudadas prioridades e proximidades e no fim resultou numa experiência inesquecível.
“guardadla, te dará suerte” disseme o guia turístico ao dar-me uma moeda de twenty pence de Gibraltar. Já passaram mais de quinze anos e continuo a guardar a moeda como um amuleto. Hoje que preparo-me para mais uma viagem, a primeira à Grã Bretanha, trago-a comigo, para que tudo corra pelo melhor.
É domingo e chegåmos a Londres (Stansted) vinte minutos antes da hora prevista.
Craven Road
A caminhada dos inocentes O Hotel fica em Craven Road, Paddington. Sem saber da peregrinação que nos espera, caminhamos até Trafalgar, passando por Hyde Park e Piccadilly. Hyde Park é um agradável jardim no centro da cidade, com lago seu interior, onde nos podemos esquecer da poluição e das ruas.
Hyde Park
”Try as they may they could never define What's been said between your heart and mine” Ronan Keating
Freedom is the sure possession of those alone who have the courage to defend it Pericles
Aproveitamos para visitar a National Gallery. Entre as maravilhosas obras de Monet, Seraut, Turner, Cézanne, Tiziano, Caravaggio, deixo-me surpreender por uma instalação temporária de Michael Landy, intitulada “Saints Alive”, onde várias das obras desta invejável colecção ganham vida para mostrarnos a violência que uma simples pintura pode conter.
Trafalgar Square
Passamos pelo St Mary Hospital, onde um paĂs inteiro espera o nascimento do bebĂŠ real.
Catedral de S達o Paulo
Rio Tamisa
London Bridge
Torre de Londres
London Eye
Aquiles A primeira estatua de nĂş em Londres
Harrods
Big Ben
The British Museu
Fico fascinada com o British Museu, pela sua arquitectura e mais ainda com a colecção egípcia e a pedra roseta. Vê-la de perto é um malabarismo parecido a ver “La Pietà” no Vaticano, as pessoas atropelam-se e tornam-se mal educadas.
“Em Londres chovia à noite, como tu chovias dentro de mim. Do outro lado da câmera os meus olhos desfocavam tudo, Mas nas fotografias não se vêem as minhas lagrimas."
No Madame Tussaud’s encontramos mais visitantes que eståtuas de cera.
No Tate, para minha muito grande tristeza a sala de Mark Rothko estรก encerrada.
Ponte MilĂŠnio
“la strada, la passerella piu grande del mondo�
Soho, o bairro mais gay da cidade.
Assim que saĂmos do metro vemos a policia algemar um rapaz com pouco mais de 18 anos de idade, uns metros mais Ă frente uma loja ĂŠ interditada, como se fosse palco de um crime.
Camden Town, aqui respira-se liberdade e insegurança, dois sentimentos que andam sempre de mão dada.
Como disse uma inglesa com quem conversei no metro, “faz falta no mínimo duas semanas para visitar o essencial desta cidade”, é muito maior que qualquer outra das que já visitei. Despeço-me desta cidade que é cinzenta, rainha vestida de outono intenso, com brincos vermelhos e pulseiras de led. Onde de manhã cedo as bicicletas começam a rasgar os semáforos e a língua é rica em sotaques de imigrantes latinos.
Obrigada
Thanks
Na mochila levo de volta a vontade de caminhar por estas ruas entre a multidão, num dia frio, abstraída na música. “And so it is Just like you said it would be Life goes easy on me Most of the time...” Damien Rice