Trabalho fundamentoseticosesociologicos

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1. Texto: Filosofando : Introdução à filosofia

Exercícios

1. O que significa dizer que a não-indiferença é a essência do "valor"? Significa dizer que quando algo não é indiferente para nós, ou seja, é nãoindiferente, este algo possui valor para nós, pois permite que não permaneçamos indiferentes a ele.

2. Explique esta afirmação: O homem, diferentemente do animal é capaz de produzir interdições. A moral, e consequente criação de regras que determinem o comportamento dos indivíduos em um grupo social, é uma característica humana. Uma das características fundamentais do homem é ser capaz de produzir interdições (proibições). Os animais não são capazes de criar este tipo de regras, é algo característico dos humanos. Segundo o antropólogo francês Lévi-Strauss, a passagem do reino animal ao reino humano, ou seja, a passagem da natureza à cultura é produzida pela instauração da lei, por meio da proibição do incesto. É assim que se estabelecem as relações de parentesco e de aliança sobre as quais é construído o mundo humano, que é simbólico.

3. Em que consiste o caráter histórico - social da moral? E o caráter pessoal? O caráter histórico - social da moral se refere de como a moral se estabeleceu entre os indivíduos, a qual surgiu com a finalidade de organizar as relações entre os mesmos. Ressalta-se que O comportamento moral varia de acordo com o tempo e o lugar, conforme as exigências das condições nas quais os


homens se organizam ao estabelecerem as formas efetivas e práticas de trabalho. O caráter pessoal se refere à ampliação do grau de consciência e de liberdade dos indivíduos, destacando que a moral não se reduz à herança dos valores recebidos pela tradição, a moral também é a livre e consciente aceitação das normas.

4. O que determina que um ato seja considerado moral ou imoral? Exterior e anterior ao indivíduo há a moral constituída, que e orienta seu comportamento por meio de normas. Em função da adequação ou não à norma estabelecida, o ato será considerado moral ou imoral. Imoral é não ser moral.

5. O que é um ato amoral? E o não - moral? Amoral é quando o indivíduo não tem consciência se está sendo moral ou imoral, como no caso de crianças e idosos que já não tem todas suas funções psicológica. Convém distinguir a postura amoral da não-moral, quando usamos outros critérios de avaliação que não são os da moral. Por exemplo, quando é feita a avaliação estética de um livro, a postura do crítico é não-moral; isso não significa que ele próprio não tenha princípios morais nem que a própria obra não possa ser imoral, mas o que está sendo observado é o valor da obra como arte. As discussões a respeito do que é ou não é uma obra pornográfica se encontram muitas vezes prejudicadas devido à intromissão da moral em campos onde não foi chamada, o que muitas vezes tem justificado indevidamente a ação da censura.

6. Explique: "Não há moral do desejo; só é moral o ato voluntário".


Ressalta-se que desejo é algo que se impõe e não resulta de escolha, já a vontade é o poder de parada que exercemos diante do desejo. Assim, seguir o impulso do desejo sempre que ele se manifesta é a negação da moral e da possibilidade de qualquer vida em sociedade. Por isto, não há moral do desejo, e sim, apenas no ato voluntário, que é um ato de vontade que decide pela busca do fim proposto.

7. O que é heteronomia? E autonomia? A palavra heteronomia (hetero. "diferente", e nomos, "lei") significa a aceitação da norma que não é nossa, que vem de fora, quando nos submetemos aos valores da tradição e obedecemos passivamente aos costumes por conformismo ou por temor à reprovação da sociedade ou dos deuses. É característica do mundo infantil viver na heteronomia. A autonomia (auto, "próprio") não nega a influência externa e os determinismos, mas recoloca no homem a capacidade de refletir sobre as limitações que lhe são impostas, a partir das quais orienta a sua ação para superar os condicionamentos. Portanto, quando decide pelo dever de cumprir uma norma, o centro da decisão é ele mesmo, a sua própria consciência moral. Autonomia é auto-determinação.

8. Explique: No mundo contemporâneo, muitas pessoas não têm condição de vida autenticamente moral. Uma vida autenticamente moral não se resume a um ato moral, mas é a repetição e continuidade do agir moral. O agir virtuoso não é ocasional e fortuito, mas deve se tornar um hábito, fundado no desejo de continuidade e na capacidade de perseverar no bem. Ou seja, a verdadeira vida moral se condensa na vida virtuosa. E assim, diante do mundo contemporâneo, com a competitividade no mundo dos negócios, o dinheiro e o consumo falando mais alto na vida da maioria das pessoas, infelizmente manter-se moral continuamente é algo difícil.


2. Texto: Ética ou filosofia moral

Atividade

De acordo com o texto de Marilena Chauí, expliquem seis pontos a seguir:

1. Conceitos de ética e moral. Segundo o texto, moral são valores concernentes ao bem e ao mal, ao permitido e ao proibido, e à conduta correta. A ética é, por sua vez, entendida como filosofia moral, isto é, uma reflexão que discuta, problematize e interprete o significado dos valores morais.

2. As perguntas de Sócrates como fundação da filosofia moral. Sócrates perguntava aos atenienses, fossem jovens ou velhos, o que eram os valores nos quais acreditavam e que respeitavam ao agir. As perguntas que Sócrates lhes fazia, eram as seguintes: O que é a coragem? O que é a justiça? O que é a piedade? O que é a amizade? A elas, os atenienses respondiam dizendo serem virtudes. Sócrates voltava a indagar: O que é a virtude? Retrucavam os atenienses: É agir em conformidade com o bem. E Sócrates questionava: Que é o bem? As perguntas socráticas terminavam sempre por revelar que os atenienses respondiam sem pensar no que diziam. Repetiam o que lhes fora ensinado desde a infância. Sócrates embaraçava os atenienses porque os forçava a indagar qual a origem e a essência das virtudes (valores e obrigações) que julgavam praticar ao seguir os costumes de Atenas. Como e por que sabiam que uma conduta era boa ou má, virtuosa ou viciosa? Por que, por exemplo, a coragem era considerada virtude e a covardia, vício? Por que valorizavam positivamente a justiça e desvalorizavam a injustiça, combatendo-a? Numa palavra: o que eram e o que valiam realmente os costumes que lhes haviam sido ensinados?

3. Deliberação e escolhas morais na ética de Aristóteles. Segundo a ética de Aristóteles, deliberamos e decidimos sobre tudo aquilo que, para ser e acontecer, depende de nossa vontade e de nossa ação. Não


deliberamos e não decidimos sobre o necessário, pois o necessário é o que é e o que será sempre, independentemente de nós. Deliberamos e decidimos sobre o possível, isto é, sobre aquilo que pode ser ou deixar de ser, porque para ser e acontecer depende de nós, de nossa vontade e de nossa ação.

4. Conduta ética no pensamento antigo, em linhas gerais. A conduta ética é aquela na qual o agente sabe o que está e o que não está em seu poder realizar, referindo-se, portanto, ao que é possível e desejável para um ser humano. Saber o que está em nosso poder significa, principalmente, não se deixar arrastar pelas circunstâncias, nem pelos instintos, nem por uma vontade alheia, mas afirmar nossa independência e nossa capacidade de autodeterminação. 5. Costumes Os costumes, porque são anteriores ao nosso nascimento e formam o tecido da sociedade em que vivemos, são considerados inquestionáveis e quase sagrados (as religiões tendem a mostrá-los como tendo sido ordenados pelos deuses, na origem dos tempos). Ora, a palavra costume se diz, em grego, ethos – donde, ética – e, em latim, mores – donde, moral. Em outras palavras, ética e moral referem-se ao conjunto de costumes tradicionais de uma sociedade e que, como tais, são considerados valores e obrigações para a conduta de seus membros. Sócrates indagava o que eram, de onde vinham, o que valiam tais costumes. No entanto, a língua grega possui uma outra palavra que, infelizmente, precisa ser escrita, em português, com as mesmas letras que a palavra que significa costume: ethos. Em grego, existem duas vogais para pronunciar e grafar nossa vogal e: uma vogal breve, chamada épsilon, e uma vogal longa, chamada eta. Ethos, escrita com a vogal longa (ethos com eta), significa costume; porém, escrita com a vogal breve (ethos com épsilon), significa caráter, índole natural, temperamento, conjunto das disposições físicas e psíquicas de uma pessoa. Nesse segundo sentido, ethos se refere às características pessoais de cada um que determinam quais virtudes e quais vícios cada um é capaz de praticar. Refere-se, portanto, ao senso moral e à consciência ética individuais. 6. Ao examinar o pensamento filosófico dos antigos, descreva o que eles afirmavam sobre a ética no aspecto dos três grandes princípios da vida moral: Ao examinarmos o pensamento filosófico dos antigos, veremos que nele a ética afirma três grandes princípios da vida moral:


1. por natureza, os seres humanos aspiram ao bem e à felicidade, que só podem ser alcançados pela conduta virtuosa; 2. a virtude é uma força interior do caráter, que consiste na consciência do bem e na conduta definida pela vontade guiada pela razão, pois cabe a esta última o controle sobre instintos e impulsos irracionais descontrolados que existem na natureza de todo ser humano; 3. a conduta ética é aquela na qual o agente sabe o que está e o que não está em seu poder realizar, referindo-se, portanto, ao que é possível e desejável para um ser humano. Saber o que está em nosso poder significa, principalmente, não se deixar arrastar pelas circunstâncias, nem pelos instintos, nem por uma vontade alheia, mas afirmar nossa independência e nossa capacidade de autodeterminação. .


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