CENTRO CULTURAL PAULO FREIRE
UNIVERSIDADE PAULISTA PATRÍCIA DE QUEIRÓZ BATISTA
CENTRO CULTURAL O uso do Centro Cultural como instrumento de requalificação urbana e integração cultural
RIBEIRÃO PRETO 2019
PATRÍCIA DE QUEIRÓZ BATISTA
CENTRO CULTURAL O uso do Centro Cultural como instrumento de requalificação urbana e integração cultural
Trabalho de conclusão de curso para obtenção de título de graduação em Arquitetura e Urbanismo apresentado a Universidade Paulista – UNIP.
Orientadora: Professora Fonseca Vianna Martins
RIBEIRÃO PRETO 2019
Mestre
Norma
AGRADECIMENTOS Primeiramente agradeço a Deus, aos espíritos de luz e ao universo por me conceder o ato da vida e a oportunidade de estar nessa caminhada desenvolvendo o meu crescimento terrestre. Após os agradecimentos vem ao meu noivo Robson e a nossa filha de quatro patas Aurora, que compartilharam comigo todos os desafios e conquistas que a vida pregou - nos nesses últimos semestres. Aos meus pais, Gertrudes e Claudemar, e a minha irmã Tamires, que são as bases de rochas da minha vida. Os que ensinaram e conduziram - me para que eu tornasse essa pessoa que sou hoje. Meus amigos também possuem meus agradecimentos por dedicarem uma porcentagem dos seus dias para ouvir - me e proporcionar - me momentos para que me fortalecesse. Desses amigos o meu coração grita de gratidão por uma em especial, a Dani, que conheci no colegial, e na idade de adentrarmos para a jornada acadêmica as escolhas nos distanciaram por algumas rodovias, hoje é o Oceano Atlântico que fica entre nós, porém isso não é suficiente para quebrar os nossos laços. O apoio, a cumplicidade, o amor e o orgulho que nos une são maiores que os obstáculos físicos. Dos amigos da faculdade todos tem a sua importância na minha vida, mas nesse etapa em especial, o agradecimento vai para Ângelo, e Cleuton que me socorreram em tudo que preciso. Enfim, agradeço o corpo docente da Universidade Paulista Campus Araraquara e Ribeirão Preto por compartilharem comigo e com os colegas de curso os seus conhecimentos. Em especial agradeço a minha orientadora Norma, por aceitar o desafio de guiar-me no desenvolvimento desse projeto, e a coordenadora do curso Valéria por ter se interessado pela minha proposta e mesmo assim tento a generosidade de abrir mão dela.
“Não sei se a vida é curta ou longa para nós, Mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.” Cora Coralina
RESUMO
O presente trabalho esclarece o desenvolvimento da atual disposição urbana das cidades e como esse urbanismo modernista está fragmentando os espaços que devem cumprir as suas funções sociais e pôr a população como agente principal do meio urbano. Demostra como o urbanismo contemporâneo quer trazer urbanidade para os espaços e qual é a real função da população nas cidades. Como auxilio para o desenvolvimento desse novo modelo usa-se o conceito do Centro Cultural para propor na cidade de Jaboticabal um local de informação, discussão e criação como meio de envolver e instruir a população, e trazer uma nova proposta funcional dos instrumentos existentes no entorno, formando um triângulo cultural.
SUMÁRIO 09 / INTRODUÇÃO E METODOLOGIA 11 / CAPÍTULO 1 – CONTEXTUALIZAÇÃO 1 As cidades 1.1 A Carta de Atenas 1.2 O Modernismo e a quebra de seu paradigma 1.3 Espaço Público 1.4 Centro Cultural 1.5 Expressão Humana 20 / CAPÍTULO 2 – REFERÊNCIAS PROJETUAIS 2.1 Centro Cultural El Pinós 2.2 Centro Cultural El Tranque 2.3 Centro Cultural Cabo Frio 62 / CAPÍTULO 3 – A CIDADE DE JABOTICABAL 3.1 Jaboticabal 3.2 Pontos Culturais e de Lazer 77 / CAPÍTULO 4 – CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA 4.1 O local do projeto 4.2 A gleba 4.3 Equipamentos Urbanos 4.4 Cheios e Vazios
4.5 Hierarquia viária 4.6 Uso do Solo 4.7 Gabarito 86 / CAPÍTULO 5 – O TERRENO 5.1 A escolha 5.2 O terreno 5.3 Fluxo de pedestres e veículos 95 / CAPÍTULO 6 – ESTUDOS PRELIMINARES 6.1 Conceito e Partido 6.2 Programa de Necessidades 6.3 Organograma/ Fluxograma 6.4 Planos de Massa 6.5 Corte esquemático 109 / CAPÍTULO 7 – O PROJETO 7.1 As cores 7.2 Implantação 7.3 Pavimento Superior 7.4 Cortes 7.5 Fachadas 7.6 O projeto em 3D 130/ CONSIDERAÇÃO FINAL REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO A proposta desse projeto é auxiliar a dissolver a atual estrutura das cidades, quebrando a fragmentação imposta e, consequentemente, possibilitando o dinamismo dos meios de convívio público. No esforço de atingir esse objetivo será usado como instrumento a construção de um Centro Cultural na cidade de Jaboticabal, sabendo-se que a principal função desse aparato é trazer informação, discussão e criação gerando assim discussões saudáveis que permitirão expandir horizontes e capacitar culturalmente o desenvolvimento da população regional. Esse Centro Cultural possibilitará o desenvolvimento de diretrizes para a requalificação urbanística do entorno no qual
São Paulo. Com base econômica na produção agroindustrial e cerâmica a cidade de 706,602km² de extensão possui uma população média de 76.864 pessoas (IBGE). Para que essas ações sejam possíveis de serem realizadas é necessário entender por que as cidades atuais oferecem essa estruturação fracionada e seletiva, e como transformar essa realidade em um local que exerça a sua real função, que é de servir a população. Mais do que ofertar bons lugares para desenvolver a vivacidade, promovendo bem-estar à saúde física e mental da população, é preciso atingir a essência de cada indivíduo, para que esse possa auxiliar de fato no desenvolvimento pessoal, assim ele será capaz de compreender seu papel também frente a sociedade.
será implantado. Realizaremos o aproveitamento dos espaços públicos já existentes no entorno, oferecendo condições de melhora dos mesmos, criando assim um triângulo cultural. O município que receberá essa proposta é Jaboticabal,
METODOLOGIA Como base de sustentação da proposta apresentada o trabalho apresentará uma fundamentação teórica provinda de artigos, teses e livros de profissionais na área da arquitetura e
cidade da Região Metropolitana de Ribeirão Preto no Estado de 9
do urbanismo, tanto na questão do meio físico como no meio funcional das cidades. Também será utilizado referências projetuais para embasar as justificativas do projeto e auxiliar na inserção do mesmo. Além dessa pesquisa teórica o trabalho possui um levantamento em campo dos edifícios culturais e de lazer da cidade juntamente com as suas atividades, e o reconhecimento in locco da área de situação do projeto para que o Centro Cultura
proposto
sirva
como
um
complemento
dos
equipamentos urbanos existentes.
10
CAPÍTULO 1 CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA 11
1 AS CIDADES 1.1 A Carta de Atenas Com a necessidade de discutir sobre os problemas
O lazer proposto nesse trabalho é no seu sentido mais amplo, sendo que para Marcellino (1996) lazer pode ser considerado cultura.
urbanísticos causado pelo grande êxodo rural na era da
Segundo a Carta, sítios livres na cidade devem cumprir
industrialização e do capitalismo, em 1933 é realizado o IV
sua função social oferecendo atividades coletivas para as horas
Congresso Internacional da Arquitetura Moderna (CIAM).
de lazer da população, resultando com a saúde física e mental
Arquitetos reúnem-se em Atenas, na Grécia para a realização
do indivíduo. Além disso, esses espaços devem estar acessíveis
do Congresso, após discussões é gerado um documento, a
para toda a população e um dos meios dessa acessibilidade é o
“Carta de Atenas” que discute sobre premissas básicas para o
funcionamento de um bom sistema de circulação. (CIAM. Carta
planejamento urbanístico e o direito social da população
de Atenas, 1933).
(GALBIERITA, 2008). Com as mudanças políticas, sociais e econômicas das cidades após o IV CIAM a Carta de Atenas em alguns requisitos
1.2 O modernismo e a quebra de seu paradigma A arquitetura moderna surge como uma tentativa de
é considerada ultrapassada, porém existem formulações que
solucionar os problemas herdados da Revolução Industrial e do
não perdem o seu valor independente do tempo (GALBIERITA,
capitalismo, por meio da reorganização espacial e o
2008).
planejamento urbano (BRANDÃO,2014). A Carta de Atenas propõe quatro funções básicas na
O principal influenciador desse movimento é o arquiteto
cidade: habitação, trabalho, lazer e circulação. No tema
franco-suiço Le Corbusier, integrante do CIAM e um dos
estudado o que ganhará destaque dessas quatro funções é o
autores da Carta de Atenas. Os princípios modernistas
de lazer. 12
defendidos pela Carta concretizaram- se a partir da segunda metade do século XX no Ocidente (BRANDÃO,2014). Le Corbusier sugeriu dividir o espaço urbano em diferentes áreas, respeitando as diferentes funções da cidade que haviam sido definidas em Atenas, a saber: habitação, trabalho, transporte, lazer. A esses princípios foram acrescidas as ideias de separar as vias dos pedestres dos caminhos das ruas e das avenidas dos carros. (...)Le Corbusier ainda defendeu a prática da multiplicação “ad infinitum” de módulos de casas que deveriam ser consideradas autosuficientes como carros ou verdadeiras “máquinas de morar e viver”. A aglomeração de muitas casas iguais ou semelhantes resultaria na cidade moderna. (FREITAG, 2001, apud BRANDÃO, 2014, p 261)
Ao privilegiar a separação dos usos dos espaços, esse urbanismo ignora a indispensável interação entre eles, arrancando a vitalidade dos espaços misturados para propô-los homogêneos e monótonos. (JACOBS 2000, apud Brandão,2014, p.263)
Após adquirido esse conhecimento, pensadores e especialistas da área de urbanização começam a criticar esse modo de viver, e o desejo de mudança começa a tomar lugar na sociedade (BRANDÃO,2014). Como demonstração desse desejo de mudança, Brandão (2014) nos apresenta uma interpretação da arquiteta Ermínia Maricato sobre o livro “Morte e vida de grandes
Após esses princípios serem executados começaram a
cidades” de Jane Jacobs, onde Maricato diz:
surgir as falhas desse modelo, podemos citar alguns exemplos,
o fato de o planejamento e o desenho urbano
como: a crescente urbanização dos subúrbios, ocasionado pela
modernos serem os responsáveis pela “‘Grande
valorização central e o valor econômico agregado para se viver
Praga
nesse meio; A falta de infraestrutura que as áreas periféricas possuem; A moradia padrão para diferentes necessidades e a ineficiência do transporte público (BRANDÃO,2014).
da
Monotonia’
que
assola
espaços
monumentais, padronizados, vazio, sem vida ou sem usuários, enfim verdadeiras “cidadelas da iniquidade. (MARICATO 2001, apud BRANDÃO, 2014, p 263)
Uma das críticas desse movimento seria:
13
Maricato defende a ideia de que para combater o
mesmo de solidão) e de comunicação, de
monofuncionalismo é necessário ter a população nas ruas,
imediaticidade e de perspectiva a longo prazo (LEFEBVRE, 2001, p.105).
exercendo diferentes atividades. Essas pessoas podem ser o dono da padaria até um vizinho em que confiamos. Essa integração entre a sociedade é uma forma eficaz de vigiar os espaços, sendo que essa informalidade faz parte do meio urbano e é ela que proporciona momentos especiais. A autogestão democrática é que garante o sucesso dos bairros e distritos que apresentam maior vitalidade e segurança. Isso significa a permanência de pessoas que forjaram uma rede de relações: “Essas redes são o capital social urbano insubstituível” (MARICATO, 2001 apud BRANDÃO, 2014, p.263/264)
As necessidades citadas à cima, segundo Lefebvre não são saciadas pelos espaços existentes nas cidades, porém isso deveria ser essencial no meio urbano, pois são essas necessidades que fazem o homem ser criador, tanto de arte, de simbolismo e de conhecimento (LEFEBVRE,2001). As cidades precisam ser transformadas em espaços que cumpram a sua função social e democrática, de modo que promovam aos citadinos experiências vivas, seguras, saudáveis e sustentáveis (GEHL, 2011.) E a forma de atingir esse objetivo é criar espaços que
1.3 ESPAÇO PÚBLICO As necessidades sociais têm um fundamento antropológico;
opostas
e
complementares,
compreendem a necessidade de segurança e a de abertura, a necessidade de certeza e a necessidade de aventura, a da organização do trabalho e a do jogo, as necessidades de previsibilidade e do imprevisto, de unidade e de diferença, de isolamento e de encontro, de trocas e de investimentos, de independência (e
convidam o homem a circular, a permanecer, a criar, a desenvolver arte e cultura, enfim viver em sociedade (GEHL, 2011). [...] as diferentes atividades em que as pessoas se envolvem quando usam o espaço comum da cidade: caminhadas propositais de um lugar a outro; calçadões; paradas curtas; paradas longas; ver vitrines; bater papo e encontrar pessoas; fazer exercícios; dançar; divertir-se; comércio de rua; brincadeiras infantis; pedir esmolas; e entretenimento de rua (GEHL, 2011, p. 19). 14
Para o acontecimento dessas atividades é importante o planejamento de um espaço urbano com qualidade física e visual, com proteção e mobiliários (GEHL, 2011).
e o circuito artístico-cultural organizado, que possibilita e estimula a produção, a circulação e o consumo de bens simbólicos (RAMOS, 2007, p. 57). A partir da definição sociológica do termo que artistas e
1.4 CENTRO CULTURAL O conceito de cultura sofreu várias mutações até chegar no que consideramos hoje, porém o estudo se concentrará a partir da primeira definição científica do termo. Laraia nos apresenta em seu livro: Cultura: Um conceito antropológico, a primeira definição dada ao termo, pelo
afins começam a propor meios de propagar essa ação cultural, e começam a constituir espaços físicos que desenvolvam, exponha e integre a população nessa expressão de simbolismos (RAMOS, 2007). Os Centros Culturais são instituições criadas com o objetivo de se produzir, elaborar e disseminar práticas culturais e bens simbólicos, obtendo o
britânico Tylor: é todo complexo que inclui conhecimento,
status
crença, arte, lei, moral, costume e quaisquer aptidões e hábitos
informacionais que dão subsídios as ações
adquiridos pelo homem como um membro da sociedade
culturais. São espaços para se fazer cultura viva,
(TYLOR, 1871, apud LARAIA, 1986, p.25). Sendo assim, a dimensão antropológica entende a
de
local
privilegiado para
práticas
por meio de obra de arte, com informação, em processo crítico, criativo, provocativo, grupal e dinâmico (NEVES, 2012, p. 2).
cultura como tudo o que o ser humano produz e elabora na
Quando o assunto é um ambiente de se fazer cultura,
vida em comunidade, tanto do ponto de vista material quanto
não existe um padrão físico a ser seguido desde que a função
do simbólico (RAMOS, 2007, p. 56).
exercida desse local produza o seu papel social, que exerça a
Contrariando a definição antropológico, o conceito sociológico defende cultura como sendo: a expressão artística
vivencia e a interação do indivíduo consigo mesmo, com o seu meio e os demais usuários (NEVES, 2012). 15
A premissa básica desse ambiente é o de informar e
Por
encomenda
do
presidente
francês
Georges
fornecer conhecimento para a população, e após esses bens
Pompidou, o espaço foi projetado por Renzo Piano e Richard
adquiridos exercer a discussão e a criação (NEVES, 2012) no
Rogers.
meio em que se vive, tornando – o assim uma figura ativa na democratização de uma sociedade. Neves em seu artigo nos apresenta o significado e a ação que: informar, discutir e criar tem perante o homem: O verbo informar refere-se â ação mais praticada nos centros de cultura e elabora processos e procedimentos que asseguram ao público o acesso à informação. O verbo discutir preconiza que se ultrapasse a organização passiva das informações e passe a atender a outra necessidade, relacionada à criação de oportunidades de discussões, reflexões e críticas. O verbo criar surge para dar sentido aos outros dois verbos (informar e discutir). A criação permanente é o objetivo de um centro cultural (NEVES, 2012, p 3).
O primeiro Centro Cultural que difundiu a cultura em
A edificação causou impacto na população, pela sua linguagem contemporânea, a sua dimensão volumétrica e por seus materias. Figura 1:Centro Nacional de Arte e Cultura Georges Pompidou.
Fonte: Lopesdias Disponível em: https://lopesdias.com.br/centre-georges-pompidou-richardrogers-renzo-piano/ Acesso: 12/03/2019
conjunto com as necessidades da população teve origem na França com o Centro Nacional de Arte e Cultural Georges Pompidou, inaugurado oficialmente em 1977.
A iniciativa da França serviu como inspiração para outros países e aqui no Brasil a construção de Centros Culturais começaram a se tornar realidade a partir da década de 80. 16
Por financiamento público, os dois primeiros Centros
Já o Centro Cultural do Jabaquara surgiu a partir da
foram construídos em São Paulo, são eles: Centro Cultural São
revitalização de uma residência. O grupo responsável pela obra é
Paulo (13/05/1982) e o Centro Cultural do Jabaquara (12/07/1980).
o escritório Shieh Arquitetos Associados.
O Centro Cultural São Paulo tem a assinatura dos arquitetos Eurico Prado Lopes e Luiz Telles. Situado na Avenida 23 de Maio a sua volumetria é discreta
No mesmo sítio foi construído um novo prédio com uma linguagem diferente da casa original que é um bem tombado. Onde o volume e os materiais se adequam para manter
no seu contexto urbano, mas ao entrar na edificação é
uma relação com o existente.
surpreendido pela sua grandeza.
Figura 3: Centro Cultural do Jabaquara
Os materiais empregados são o concreto e o aço, como quebra da brutalidade conta com uma grande área vegetativa. Figura 2: Centro Cultural São Paulo
Fonte: Hiveminer Disponível em: https://hiveminer.com/Tags/arquitetura%2Cstankuns Acesso: 12/03/2019
Fonte: Spbairros Disponível em: http://www.spbairros.com.br/centro-cultural-de-sao-paulo/ Acesso: 12/03/2019 17
1.5 Expressão humana A
Arte
deriva
Como essa nova jornada era uma novidade para o do
termo
latim,
e
significa
técnica/habilidade, que pode ser compreendida como uma ação do homem ao manifestar seus sentimentos e emoções. Essa manifestação pode ser expressa de diversas maneiras, tais como: Artes Cênicas (dança, teatro, e música),
homem, ele precisou descobrir o que poderia ser feito em seu tempo fora do trabalho. [...] a revolução dos costumes que se baseou em três novos elementos intimamente relacionados: diminuição
das
horas
de
trabalho
e,
consequentemente, aumento das horas de ócio;
Artes Visuais (pintura, cinema, decoração, jogos), e Artes
elevação do nível salarial em virtude de maior
Plásticas (artesanato, escultura, arquitetura).
rendimento em um menor tempo de trabalho; e
Essa arte vive em uma mutação constante, pois está ligada a cultura e a história de uma determinada época e representa a condição social do ser que está expressando essa emoção. A partir da Revolução Industrial de XVIII – XIX em que as máquinas começaram a substituir uma parte do trabalho braçal; e das reivindicações trabalhistas por melhorias da qualidade do ambiente e diminuição da jornada de trabalho, a população ao atingir um mínimo do seu direito começou a ter um tempo livre fora das indústrias e oficinas.
a incapacidade de empregar adequadamente o tempo livre. (SILVA, 1971 apud MENOIA, 2000, p.3).
O modo como a população começa a viver entre os séculos XIX-XX, e a evolução de bens imateriais (arte, literatura entre outros) e tecnológicos, a economia caracteriza-se como moderna. Com salários maiores o consumismo aumenta e com mais tempo e recursos financeiros para desfrutar dos prazeres da vida surge o conceito de lazer. (MENOIA, 2000). De acordo com o sociólogo francês Dumazedier (1976 apud MENOIA, 2000, p.6). [...] um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e 18
entreter-se ou ainda, para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais.
seus conteúdos.” classifica lazer em seis áreas: os interesses
educativo
papel
consideração o substantivo qualitativo citado anteriormente
sociocultural, onde as atividades são realizadas juntamente
para além do sociocultural podemos entrar na esfera da
com outras pessoas independente de seus valores e objetivos a
qualidade de vida, dando ênfase na área física que por
serem alcançados (MENOIA, 2000).
desconhecimento popular na maioria das vezes não é
No
aspecto
o
lazer
tem
um
[...] o lazer é por mim entendido como a cultura – compreendida no seu sentido mais amplo – vivenciada (praticada ou fruída) no tempo disponível. É fundamental, como traço definidor, o caráter “desinteressado” dessa vivência. Não se busca, pelo menos basicamente, outra recompensa além da satisfação provocada pela situação. A disponibilidade de tempo significa possibilidade de opção pela atividade prática ou contemplativa” (MARCELLINO, 1990 apud MENOIA, 2000, p. 8).
artísticos, os intelectuais, os físicos, os manuais, os turísticos e sociais. (1996, p. 18). De acordo com essa classificação e levando em
considerado lazer. “Por sua vez, as práticas esportivas, os passeios, a pesca, a ginástica e todas as atividades onde prevalece o movimento, ou o exercício físico, incluindo as diversas modalidades esportivas, constituem o campo dos interesses físicos” (MARCELLINO, 1996, p.18).
Marcellino (1996) mais tarde em seu livro “Estudos do lazer: uma introdução”, publicado em 1996, ao interpretar Dumazedier diz: “é exatamente a distinção entre o que se busca de forma preponderante no desenvolvimento das várias atividades, que abre a possibilidade para a classificação dos 19
CAPÍTULO 2 REFERÊNCIAS PROJETUAIS 20
2.1 Centro Cultural El Pinós
O Programa foi outro ponto importante, por ele levar em consideração as atividades mais usuais do dia a dia, tais
Este projeto foi escolhido pela materialidade do edifício, além da sua adequação volumétrica levando em consideração o programa de necessidades e a referência da cidade.
como biblioteca, salas de estudos, espaço juvenil entre outros. A distribuição desse programa forma uma praça central onde possibilita a visão cruzada dos ambientes.
Figura 4: Centro cultural como ponto de encontro Arquitetos: LC Arquitectura (Rafael Landete / Emilio Cortes) Ano do projeto: 2013/2015 Área do terreno: 4.622,00m² Área construída: 1.571,00m² Localização: Pinoso, Alicante, Espanha
Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/773698/centr o-cultural-el-pinos-lcarquitectura/555ac192e58ece6a9f0000e1centro-cultural-el-pinos-lc-arquitectura-image Acessado: 22/03/2019
21
Local Pinoso é uma cidade do estado de Alicante na Espanha, a formação da cidade se dá entre uma cadeia montanhosa com
O local de situação do Centro Cultural é um bairro misto onde encontram-se escolas, comércios e residências.
grande quantidade de pinos. Sua população é de 7.689 (de acordo com o censo de 2009), e possui um clima mediterrâneo.
Figura 5: Situação do Centro Cultural mostrando os usos do Solo do seu entorno próximo.
Legenda:
Quadra de inserção do
Centro Cultural Fonte: Google Maps. Disponível em: https://www.google.com/maps/place/Centro+Cult ural+e l+Pinos/@38.3977736,1.041816,365m/data=!3m1!1e 3!4m5!3m4! 1s0x0:0x1e0d337bddccd89c!8m2!3d38.3975802!4 d1.042316. Acessado: 21/03/2019 Editado: Autora 22
Dividindo a quadra de sua implantação com uma faixa residencial, o complexo cultural dispõe de um edifício e espaços abertos de lazer contemplativo e esportivo, o edifício se adapta volumetricamente em seu entorno e seu tecido
se adapta volumetricamente em o seu entorno e seu tecido urbano. O acesso dá-se por três ruas e pode ser feito tanto pelo pátio central ou direto no ambiente que deseja usufruir.
urbano. Figura 6: Implantação do Centro Cultural com seus acessos. Legenda: Faixa residencial Espaços de lazer contemplativo e esportivo Ruas de acesso Acessos pela via urbana
Fonte: Google Maps. Disponível em: https://www.google.com/maps/place/Centro+Cultural+e l+Pinos/@38.3977736,1.041816,365m/data=!3m1!1e3!4m5!3m4! 1s0x0:0x1e0d337bddccd89c!8m2!3d38.3975802!4d1.042316. Acessado: 21/03/2019 Editado: Autora
Apesar da implantação do Centro Cultural usar dois terços da sua quadra de inserção o complexo não é conflitante com as
Ele se destaca por sua extensão mas não por gabarito ou estética extravagante, pelo contrário, ele tenta ser o mais neutro possível.
construções vizinhas. 23
Figura 7: Complexo cultural com chamada para seu entorno.
Fonte: Google Maps. Disponível em: https://www.google.com/maps/place/Centro+Cultural+e l+Pinos/@38.3977736,1.041816,365m/data=!3m1!1e3!4m5!3m4!1s0x0:0x1e0d 337bddccd89c!8m2!3d38.3975802!4d1.042316. Acessado: 22/03/2019 Editado: Autor
Figura 8: Vista 1 – Predominância de gabarito térreo e de cores Claras.
Fonte: Google Maps. Disponível em: https://www.google.com/maps/@38.3977342,1.0421977,3a,75y,118.36h,87.7 6t/data=!3m6!1e1!3m4!1sJ4MIK9kBfN_fT9yrRwhLbQ!2e0!7i13312!8i6656Aces sado: 22/03/2019 Editado: Autora
24
Figura 9 Vista 2 – Predominância de gabarito com um pavimento e de cores claras.
Fonte: Google Maps. Disponível em: https://www.google.com/maps/@38.3979845,1.0433095,3a,75y,36.35h,90.9t/data=!3m6!1e1!3m4!1sDIk_wBvNNa36LocYfg KpwQ!2e0!7i13312!8i6656 Acessado: 22/03/2019 Editado: Autora
Figura 10: Vista 3 – Predominância de gabarito com um pavimento e revestimento com própria vedação de tijolo a vista.
Fonte: Google Maps. Disponível em: https://www.google.com/maps/@38.397658,1.0434466,3a,90y,286.89h,91.76t/data=!3m6!1e1!3m4!1s9nLM4w8qJ7eeQd4 ah3ItCA!2e0!7i13312!8i6656 Acessado: 22/03/2019 Editado: Autora
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Figura 11: Vista 4 – Predominância de um pavimento ou mais e com cores terrosas.
Fonte: Google Maps. Disponível em: https://www.google.com/maps/@38.3972132,1.0422607,3a,75y,228.62h,100.65t/data=!3m6!1e1!3m4!1svQYMCuJoASKEFAkl tDLY5w!2e0!7i13312!8i6656 Acessado: 22/03/2019 Editado: Autora
Figura 12: Vista 5 – Predominância de térreo com cores claras e Terrosas.
Fonte: Google Maps. Disponível em: https://www.google.com/maps/@38.3972132,1.0422607,3a,75y,228.62h,100.65t/data=!3m6!1e1!3m4!1svQYMCuJoASKEFAkl tDLY5w!2e0!7i13312!8i6656 Acessado: 22/03/2019 Editado: Autora
O edifício é um único bloco, com todo o seu programa distribuído no térreo, esse programa dá resultado a sua geometria que adequa-se para atender a necessidade de cada ambiente. Consequentemente por adequar as necessidades do programa e ao mesmo tempo, intencionalmente, a cobertura do prédio tem formato que remete as montanhas em que a cidade está inserida. O prédio tem destaque por ser longilíneo e totalmente em concreto. 26
De composição simples com linguagem contemporânea suas linhas facetadas integram a vegetação de pinhais e o seu
Figura 14: Uso de vegetação nativa para fazer o paisagismo do complexo. (Fachada Sudoeste)
entorno imediato de uso predominantemente residencial. Figura 13: Volumetria adequando-se ao uso e remetendo as montanhas que abrigam a cidade. (Fachada Norte) Linha referenciando as montanhas da cidades
Uso de vegetação local Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/773698/centro-cultural-elpinos-lc-arquitectura/555ac28de58ece6a9f0000ea-centro-cultural-el-pinoslc-arquitectura-image Acessado: 22/03/2019
Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/773698/centro-cultural-elpinos-lc-arquitectura/555ac253e58ecee0920000e9-centro-cultural-el-pinoslc-arquitectura-image Acessado: 22/03/2019
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Figura 15: Fachada Principal composta de linhas retas remetendo o movimento modernista e trazendo uma forma plana para a edificação. (Fachada Leste)
A ventilação é feita de forma mecânica por dutos de ar condicionado
embutido.
Enquanto
a
iluminação
tem
predominância natural, feita por grandes planos de vidros, e caixilhos metálicos. O edifício é feito com placas de concreto pré – moldado.
Figura 16: Ambiente de estudo com forro trabalhado, duto de ventilação embutido, pilares, e grande plano de vidro. (Fachada Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/773698/centro-cultural-elpinos-lc-arquitectura/555ac248e58ece6a9f0000e7-centro-cultural-el-pinoslc-arquitectura-image Acessado: 22/03/2019
Leste)
Sua estrutura é composta por viga metálica, laje e pilar de concreto. As vigas são embutidas e não são visível aos olhos dos usuários, enquanto que a laje e os pilares compõem a forma estética do edifício. As lajes são trabalhadas em forro, ora são planas, ora chanfradas, ora lisas, ora detalhadas; Enquanto os pilares são de secção circular, brancos e lisos.
Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/773698/centro-cultural-elpinos-lc-arquitectura/555ac260e58ece6a9f0000e8-centro-cultural-el-pinoslc-arquitectura-image Acessado: 22/03/2019 28
Figura 17: Laje chanfrada e pilares, juntamente com o uso da cor preta para trazer sensações de profundidade. (Fachada Leste)
Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/773698/centro-cultural-elpinos-lc-arquitectura/555ac1d0e58ecee0920000e5-centro-cultural-el-pinoslc-arquitectura-image Acessado: 22/03/2019
Figura 18: Placas de concreto pré - moldado aparente, juntamente com a vegetação nativa e escada de acesso. (Fachada Norte)
Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/773698/centro-cultural-elpinos-lc-arquitectura/555ac1a0e58ece6a9f0000e2-centro-cultural-el-pinos-lcarquitectura-image Acessado: 22/03/2019
Na fachada sul percebe-se um ritmo de aberturas estreitas e compridas, essas aberturas são intercaladas, como se uma fosse espelho uma da outra.
29
Figura 19: Fachada sul em desenho técnico.
Figura 21: Fachada Leste, essa fachada possui um ritmo de grandes aberturas, e uma considerável massa de concreto.
Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/773698/centro-cultural-elpinos-lc-arquitectura/555ac17ce58ece6a9f0000e0-centro-cultural-el-pinos-lcarquitectura-elevation Acessado: 22/03/2019
Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/773698/centro-cultural-elpinos-lc-arquitectura/555ac1aae58ecee0920000e3-centro-cultural-el-pinoslc-arquitectura-elevation Acessado: 22/03/2019
Figura 20: Fachada Norte, composta somente por uma abertura de ventilação e por um acesso.
Figura 22: Fachada Oeste, é a que se dá a partir do espaço esportivo e o acesso no edifício é feito pelo pátio central.
Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/773698/centro-cultural-elpinos-lc-arquitectura/555ac1b8e58ecee0920000e4-centro-cultural-el-pinoslc-arquitectura-elevation Acessado: 22/03/2019
Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/773698/centro-cultural-elpinos-lc-arquitectura/555ac189e58ecee0920000e2-centro-cultural-el-pinoslc-arquitectura-elevation Acessado: 22/03/2019 30
O programa do Centro Cultural é composto por Biblioteca, Arquivos, Salas de aula, Sala de atos (espaço livre para ensaios de apresentações) e o espaço juvenil. Esse programa é distribuído formando um pátio central.
Figura 23: Planta baixa/Implantação.
Legenda: Biblioteca
Sala de Palestra
Espaço Juvenil
Sala de aula
Salão de atos
Salas flexíveis
Almoxarifado
Sala de arquivos
W.C. Vestiários
Pátio Central Lazer esportivo e contemplativo Acessos externo/interno
N
Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/773698/centrocultural-el-pinos-lcarquitectura/555ac239e58ece6a9f0000e6-centrocultural-el-pinos-lc-arquitectura-floor-plan Acessado: 22/03/2019 Editado: Autora 31
Os ambientes que dão para esse pátio central têm as
A circulação interna é feita por corredores.
fachadas todas de vidro para possibilitar uma visão cruzada, trazendo assim integração e iluminação natural, esse espaço
Figura 25: Circulação interna
também serve como extensão para serem feitas atividades ao ar livre ou somente contemplar.
Figura 24: Pátio Interno descoberto mostrando a fachada de parte da Biblioteca
Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/773698/centro-cultural-elpinos-lc-arquitectura/555ac239e58ece6a9f0000e6-centro-cultural-el-pinoslc-arquitectura-floor-plan Acessado: 22/03/2019 Editado: Autora Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/773698/centro-cultural-elpinos-lc-arquitectura/555ac277e58ece6a9f0000e9-centro-cultural-el-pinoslc-arquitectura-image Acessado: 22/03/2019
Ao analisar a cobertura do Centro Cultural é nítido a proposta dos arquitetos de remeter as montanhas que circundam a cidade. 32
Figura 26: Croqui da cobertura
A coleta da água da chuva é feita através de tubulações embutidas na cobertura e seguem por condutores ao lado dos pilares. Figura 27: Corte esquemático mostrando o esqueleto da estrutura e o sistema de capitação de água do prédio.
Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/773698/centro-cultural-elpinos-lc-arquitectura/555ac1e4e58ecee0920000e6-centro-cultural-el-pinoslc-arquitectura-roof Acessado: 22/03/2019
O efeito de luz e sombra é feito a partir dos planos translúcidos presente no edifício, onde ocorre a incidência direta do sol, e a proteção feita pela forma que a laje ultrapassa
Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/773698/centro-cultural-elpinos-lc-arquitectura/555ac226e58ecee0920000e8-centro-cultural-el-pinoslc-arquitectura-detail Editado: Autora
o perímetro edificado formando um brise horizontal. As árvores utilizadas no projeto paisagístico também exercem proteção solar.
33
2.2 Centro Cultural El Tranque
Também por ele ter uma composição leve no sítio, a maneira
A escolha deste Centro Cultural partiu do princípio de o projeto
como foram divididos os volumes dando como resultado essa
ter uma integração com a praça pública existente no lote
praça central, e o uso do jardim verde na cobertura.
vizinho.
As escolhas nas soluções de iluminação e de sustentação.
Figura 28: Centro Cultural El Tranque Arquitetos: Bis Arquitetos (Pedro Bartolomé / José Spichiger) Ano do projeto: 2015 Área construída: 1400.0m² Localização: El Tranque - 10300, Lo Barnechea, Santiago/Chile
Fonte: Museos de medianoche Disponivel em: https://www.museosdemedianoche.cl/espaciocultural/centro-cultural-el-tranque Acessado: 14/10//2019
34
Local Lo Barnechea é uma comunidade da província de Santiago no Chile. Sua população é de 74.749 (de acordo com o censo de 2002), e está distribuída em 1.024,ookm² de extensão territorial.
O local de situação do Centro Cultural é um bairro com predominância residencial e poucos comércios, além de ter uma escola e um campo de futebol próximos. Ele é do lado de uma praça pública, e em frente a uma avenida. Figura 29: Situação do Centro Cultural mostrando os usos do Solo do seu entorno próximo. Legenda:
Centro Cultural
Fonte: Google Maps. Disponível em: https://www.google.com/maps/place/Centro+C ultural+El+Tranque/@-33.3592976,70.5401801,911m/data=!3m1!1e3!4m5!3m4!1s0x0: 0xe8f07d669b92f97!8m2!3d-33.360988!4d70.5412199 Editado: Autora
35
Dividindo a quadra de sua implantação com residências de gabarito médio (entre dois e quatro pavimentos) e uma
O acesso dá-se pela Avenida El Traque e pode ser feito tanto pelo estacionamento ou direto na praça interna.
praça pública, o complexo cultural dispõe de um edifício e uma
Ao comparar o terreno do Centro Cultural com os
praça central, fazendo uma extensão e ligação de espaços
demais terrenos percebe-se uma grandeza significativa, porém
públicos.
a maneira como é trabalha a implantação e o gabarito do
A sua volumetria é pensada de forma que se enquadre
edifício faz o complexo não ser conflitante com o seu entorno.
nas edificações ao redor, traços retos formando um quadrado vazado e leve.
Figura 30: Implantação do Centro Cultural com seus principais acessos da via pública e entorno imediato mostrando arquitetura e gabarito. Legenda: Faixa residencial Avenida de acesso
Praça Pública Acessos
Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/887710/centrocultural-el-tranque-bisarquitectos/593a34dde58ece937c000179centro-cultural-el-tranque-bis-arquitectos-ltdaphoto Acessado: 04/04/2019 Editado: Autora 36
O edifício é formado por dois blocos em “L” opostos
O segundo bloco, situado no primeiro andar é mais
que ao mesmo tempo se conectam e criam uma praça central.
privativo, atende os alunos. Composto por materiais leves, ele
O bloco térreo é o responsável por receber o público e abrigar
flutua sobre o sítio, e delimita a praça abaixo com a projeção da
as atividades mais sociais e técnicas. Sua composição é mais
sua sombra.
pesada, como uma rocha, porém a sua cobertura é um jardim, que serve de pátio para o outro bloco.
O térreo livre desse bloco faz a interligação visual da praça pública com a praça do complexo.
Figura 31: Volumetria de linhas retas conversando com os edifícios do entorno. (Fachada Sudoeste) Legenda: Pav. térreo Interligação
Pav. Superior visual
com
Praça
Pública Acessos Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/887710/centrocultural-el-tranque-bisarquitectos/593a3505e58ecebd8a000095centro-cultural-el-tranque-bis-arquitectos-ltdaphoto Editado: Autora Acessado: 04/04/2019 37
Figura 32: Vista na praça interna para acesso principal.
Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/887710/centro-cultural-eltranque-bis-arquitectos/593a2ad6e58ecebd8a00008d-centro-cultural-eltranque-bis-arquitectos-ltda-photo Editado: Autora Acessado: 04/04/2019
Figura 33: Vista da praça pública para o Centro Cultural.
Figura 34: Vista da praça interna para a praça pública.
Portão corrediço que integra a praça pública com o pátio do C. Cultural Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/887710/centro-cultural-eltranque-bis-arquitectos/593a3546e58ece937c00017d-centro-cultural-eltranque-bis-arquitectos-ltda-image Acessado: 04/04/2019
O térreo é de concreto armado, e a sua estrutura as vigas são metálicas e os pilares também. Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/887710/centro-cultural-eltranque-bis-arquitectos/593a34f9e58ece937c00017a-centro-cultural-eltranque-bis-arquitectos-ltda-image Acessado: 04/04/2019
O primeiro pavimento é uma ponte em forma de treliça metálica, onde suas vigas são de perfil I e os seus pilares em forma de travamento de secção quadrada. O bloco está 38
suspenso em conjuntos de pilares também metálicos, e de secção circular, porém esses tem um valor além de estético,
Figura 35: Vista na praça interna para o acesso da Avenida El Tranque.
eles simbolizam as pessoas, dando referência de que sem elas o espaço não teria uma sustentação. A vedação desse prédio para a vista externa é de vidro com brises corrediços. A ventilação e iluminação natural são através de portas e janelas de blindex. No térreo essa iluminação e ventilação não existem proteção, enquanto que no primeiro pavimento todas as fachadas são protegidas por brises para ter o controle da insolação e ventilação.
Contraventamento em perfil metálico tipo I.
Conjunto de pilares circulares para sustentação do bloco superior.
Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/887710/centro-cultural-eltranque-bis-arquitectos/593a2a7ee58ecebd8a00008b-centro-cultural-eltranque-bis-arquitectos-ltda-photo Editado: Autora Acessado: 04/04/2019
39
Figura 36: Brises fazendo a proteção da parede de vidro e pilares de sustentação.
A fachada sul, traz a pedra como material de acabamento no pavimento térreo, enquanto que no pavimento superior os brises fazem o controle da insolação. Figura 37: Fachada sul mostrando acabamento em pedra, e os brises todos fechados.
Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/887710/centro-cultural-eltranque-bis-arquitectos/593a2a7ee58ecebd8a00008b-centro-cultural-eltranque-bis-arquitectos-ltda-photo Editado: Autora Acessado: 04/04/2019
Toda a edificação transmite um ritmo em sua estética. O bloco térreo tem ritmo desde o material de
Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/887710/centro-cultural-eltranque-bis-arquitectos/593a3526e58ecebd8a000096-centro-cultural-eltranque-bis-arquitectos-ltda-elevations Editado: Autora Acessado: 04/04/2019
revestimento, até as aberturas de ventilação. Enquanto que o primeiro pavimento tem um ritmo estrutural, e de proteção de insolação com os brises.
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Figura 38: Fachada leste, com o seu ritmo de aberturas no pavimento térreo, e de elementos estruturais no pavimento superior.
Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/887710/centrocultural-el-tranque-bisarquitectos/593a3526e58ecebd8a000096centro-cultural-el-tranque-bis-arquitectos-ltdaelevations Editado: Autora Acessado: 04/04/2019
Figura 39: Fachada norte.
Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/887710/centrocultural-el-tranque-bisarquitectos/593a3526e58ecebd8a000096centro-cultural-el-tranque-bis-arquitectos-ltdaelevations Editado: Autora Acessado: 04/04/2019
41
Figura 40: Fachada oeste mantendo o ritmo dos brises no pavimento superior, o das aberturas de ventilação na guarita e na ponta do “L”, além da cerca ter o mesmo desenho dos portões de acesso da avenida.
Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/887710/centrocultural-el-tranque-bisarquitectos/593a3526e58ecebd8a000096centro-cultural-el-tranque-bis-arquitectos-ltdaelevations Editado: Autora Acessado: 04/04/2019
O programa do Centro cultural é dividido por pavimento. E a circulação vertical entre os blocos é feita por escada e elevador, enquanto que a circulação horizontal é feita por
salas de estudo, sala de reunião, café, pátio coberto, a praça central e o estacionamento.
corredores. O térreo que faz a recepção do complexo, conta com uma área mais social e técnica, suas acomodações estão distribuídos entre: Guarita, depósitos, área de serviço, banheiros, hall, auditório com camarim, sala de exposições,
42
Figura 41: Pavimento térreo com a setorização de uso. Legenda: N
Guarita
Área técnica
Depósito
Banheiro
Sala de reunião
Pátio
Sala de estudo
Praça central
Auditório
Estaciona.
Hall e Recepção
Cir.horizontal
S. de exposição
Cir. vertical
Café
Acesso
Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/887710/centrocultural-el-tranque-bisarquitectos/593a35b6e58ece937c000181-centrocultural-el-tranque-bis-arquitectos-ltda-groundfloor-plan Editado: Autora Acessado: 04/04/2019 43
O primeiro pavimento é responsável por abrigar a parte educacional do Centro Cultural, nele está distribuído ateliês de artes musicais, plásticas, cênicas e culinária. Além da parte educacional, a administração também se situa nesse andar. As salas desse pavimento ficam diretamente nas fachadas e contam com depósito de apoio, alguns ateliês podendo atender vários usos, pois tem um layout flexível. A circulação é feita por um corredor “do lado interno”, onde se vê a praça central e também têm acesso ao telhado jardim do primeiro pavimento. A cobertura do primeiro pavimento é de telha metálica e a sua inclinação é a mínima, a cobertura fica oculta na viga de perfil I, como se essa viga fizesse a função de uma platibanda. Já a cobertura do térreo é um jardim que serve como pátio do primeiro pavimento. Esse tipo de cobertura também proporciona um conforto climático no edifício.
44
Figura 42: Primeiro pavimento com a setorização de uso. Legenda: N
Área administrativa Ateliê flexível Área vazia Banheiro Circulação vertical Circulação horizontal Projeção do térreo
Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/887710/centrocultural-el-tranque-bisarquitectos/593a35c2e58ecebd8a00009ccentro-cultural-el-tranque-bis-arquitectos-ltdafirst-floor-plan Editado: Autora Acessado: 04/04/2019 45
Figura 43: Planta de cobertura.
Figura 44: Teto Jardim.
N
Fonte: ArchDaily Brasil. DisponĂvel em: https://www.archdaily.com.br/br/887710/centro-
Fonte: ArchDaily Brasil. DisponĂvel em: https://www.archdaily.com.br/br/887710/centro-cultural-eltranque-bis-arquitectos/593a3575e58ecebd8a000099-centro-cultural-eltranque-bis-arquitectos-ltda-image Acessado: 04/04/2019
cultural-el-tranque-bis-arquitectos/593a35d0e58ece937c000182centro-cultural-el-tranque-bis-arquitectos-ltda-roof-floor-plan Acessado: 04/04/2019
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Figura 45: Vista do primeiro pavimento para a cobertura do térreo. Detalhe do jogo de sombra que a estrutura faz.
Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/887710/centro-cultural-eltranque-bis-arquitectos/593a2ba6e58ece937c00013d-centro-cultural-eltranque-bis-arquitectos-ltda-photo Acessado: 04/04/2019
Figura 46: Sombra que o próprio bloco do térreo faz na praça central.
Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/887710/centro-cultural-eltranque-bis-arquitectos/593a34e9e58ecebd8a000094-centro-cultural-eltranque-bis-arquitectos-ltda-image Acessado: 04/04/2019
O jogo de sombra e luz do edifício é feito pela diferenciação de alturas entre os pavimentos, os blocos são os próprios protetores da luz de acordo com o horário do dia. Além dos blocos as estruturas metálicas refletem sua sombra na luz brincando assim com suas formas, como visto na imagem anterior. 47
Figura 47: Corte do térreo pegando área de serviço, banheiros, auditório, salas de estudo, circulação vertical mecânica e manual, e depósito.
Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/887710/centrocultural-el-tranque-bisarquitectos/593a3515e58ece937c00017b-centrocultural-el-tranque-bis-arquitectos-ltda-sections Editado: Autora Acessado: 04/04/2019
Figura 48: Corte passando pela praça central pegando a sala de exposição do térreo e a sala administrativa do pavimento superior.
Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/887710/centrocultural-el-tranque-bisarquitectos/593a3515e58ece937c00017b-centrocultural-el-tranque-bis-arquitectos-ltda-sections Editado: Autora Acessado: 04/04/2019
48
2.3 Centro Cultural de Cabo Frio O motivo de escolha desse é a integração com a água
Após essas escolhas, a adequação do projeto no terreno, e a grandeza gentil do pavilhão de exposições.
que este projeto possui. Após esse item, o palco flexível do auditório, que além de trazer a possibilidade de visão 360º, faz a integração da paisagem no espetáculo.
Figura 49: Praça de convívio, palco 360º e bloco de exposição. Arquitetos: ArqBr Arquitetura e Urbanismo (Eder Alencar / André Velloso) Ano do projeto: 2014 Área construída: 7.500,00m² Localização: Cabo Frio, Rio de Janeiro, Brasil Fonte: ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/01183671/resultados-do-concurso-centrocultural-de-eventos-e-exposicoes-nil-cabofrio-nova-fribugo-eparaty/532877f5c07a8006ff000008resultados-do-concurso-centro-cultural-deeventos-e-exposicoes-nil-cabo-frio-novafribugo-e-paraty-imagem?next_project=no Acessado: 14/10/2019 49
Local
Esse projeto é o 2º lugar de um concurso realizado pelo Cabo Frio é uma cidade do estado de Rio de Janeiro no
Brasil, a formação da cidade se dá na Região dos Lagos.
município para a implantação de um Centro Cultural em frente a Lagoa de Araruama, por isso ele não será construído.
A estimativa de sua população para 2018 segundo o IBGE é de 222.528, e seu território conta com 413,573m² de extensão. Seu clima é tropical com estação seca. Figura 50: Situação do Centro Cultural mostrando os usos do Solo do seu entorno próximo. Legenda:
Centro Cultural
Fonte: Google Maps. Disponível em:https://www.google.com/maps/place/Terren o++Projeto+Centro+Cultural,+de+Eventos+e+Expos i%C3%A7%C3%B5es/@-22.8600239,42.0336842,508m/data=!3m1!1e3!4m5!3m4!1s0x0 :0x70e71e67965f5ce!8m2!3d-22.8605595!4d42.035211 Editado: Autora Acessado: 05/04/2019
50
A quadra de sua implantação não tem outros edifícios,
veículos térreos e aquáticos, e entrada de pedestre,
mas têm massas vegetativas, sendo assim a locação do prédio
totalizando quatro pontos principais.
trabalha com desníveis para melhor proveito da vegetação
Figura 51: Implantação do complexo com cobertura.
existente, fazendo uma ligação entre ambos. A volumetria é pensada de forma que beneficie a vegetação nativa, e ambos tenham destaque, além de os espaços livres do terreno sejam uma praça aberta para que transpareça a sua função pública. Os dois prédios projetados possuem uma linguagem contemporânea, dois volumes retangulares com linhas retas. O estilo arquitetônico do complexo não combina com a
Fonte: Arqbr Arquitetura e Urbanismo. Disponível em: http://arqbr.arq.br/projeto/centro-cultural-de-cabo-frio/ Acessado: 26/11/2019
arquitetura existente do seu entorno imediato, que têm uma predominância residencial e religiosos com pouco comércio bem distribuído. As construções do entorno possuem características tradicionais, e telhados de barro, a maioria das edificações são de dois pavimentos, nesse requisito de altura o complexo e o seu entorno dialogam. O acesso dá-se pela Avenida Wilson Mendes, e pelo Lagoa Araruama, sendo esses distribuídos entre entrada de 51
Figura 52: Implantação do complexo, o bloco maior é paralelo a Avenida Wilson Mendes, e o outro é perpendicular.
Legenda: Bloco Pavilhão – paralelo a Av. Bloco
de
Convenções
–
perpendicular a Av. Acesso de veículo terrestre Acesso de veículo aquático Acesso de pedestre
Fonte: Arqbr Arquitetura e Urbanismo. Disponível em: http://arqbr.arq.br/projeto/centro-cultural-decabo-frio/ Editado: Autora Acessado: 05/04/2019
52
Figura 53: Entorno com arquitetura tradicional e de dois pavimentos, construção adequando-se ao nível natural do terreno.
Fonte: Google Maps. Disponível em: https://www.google.com/maps/@-22.8598608,42.0350064,3a,75y,329.05h,87.26t/data=!3m6!1e1!3m4!1sEiAySsX5i0CSf0UH7 l_RCw!2e0!7i13312!8i6656 Editado: Autora Acessado: 05/04/2019
Fonte: Google Maps. Disponível em: https://www.google.com/maps/@-22.8599643,42.0349174,3a,75y,74.11h,80.54t/data=!3m6!1e1!3m4!1syj2IccMqM53eDxR_TKKSA!2e0!7i13312!8i6656 Editado: Autora Acessado: 05/04/2019
Os dois blocos são inseridos no sítio formando um “L” entre eles, criando uma praça com visão para a lagoa e para as fachadas internas desses blocos. O bloco principal, o paralelo a avenida, é um pavilhão que têm um programa de atividades mais público e administrativo. Suas funções são distribuídas em dois pavimentos, o
Figura 54: Entorno com arquitetura predominância de dois pavimentos.
tradicional,
com
primeiro pavimento é o que têm maior destaque do complexo.
53
É um grande pavilhão metálico que tem abertura total, feito por painéis pivotantes de muxarabi e uma estruturação nas
Figura 55: Fachada da Avenida, com o Pavilhão em destaque (fachada Noroeste).
laterais de concreto que abrigam ambientes de apoio, alguns pilares centrais, além de uma malha metálica que percorre todo o seu perímetro mantendo o mesmo ritmo pelo andar inteiro. O teto e o chão são revestidos de madeira, fazendo uma ligação de materialidade com os painéis pivotantes e com os decks externos. O efeito de sombra que a luz natural faz dentro do ambiente faz parte da arte exposta no pavilhão, além de contribuir para o ritmo proporcionado pela padronização dos painéis e a malha metálica.
Fonte: Arqbr Arquitetura e Urbanismo. Disponível em: http://arqbr.arq.br/projeto/centro-cultural-de-cabo-frio/ Editado: Autora Acessado: 05/04/2019
54
Figura 56: Detalhe interno do pavilhão de exposição, mostrando efeito de luz e sombra, além da sua composição rítmica e materiais.
O térreo desse bloco segue o mesmo pensamento do bloco perpendicular, mas esse realmente é oculto em uma linha de continuidade do talude que vem da avenida que cobre esse andar e ainda estende para o estacionamento. O seu telhado verde reforça essa sensação de que não existe nada construído naquele ambiente. O acesso a ele dá-se pelas laterais. E a sua estrutura é feita por vigas ocultas por forro, e pilares aparentes. A vedação dos ambientes também segue o mesmo padrão do outro térreo, a malha metálica com vidro.
Fonte: Arqbr Arquitetura e Urbanismo. Disponível em: http://arqbr.arq.br/projeto/centro-cultural-de-cabo-frio/ Editado: Autora Acessado: 05/04/2019
O pavimento superior é o auditório, que tem o seu palco mais baixo e virado para a praça central, ele é aberto, trazendo assim uma flexibilidade de uso, pois o palco proporciona uma visão do espetáculo tanto da arquibancada coberta, quanto da
O andar térreo visto da avenida fica entre os taludes, ele tem suas paredes de sustentação e de separação de ambientes em concreto, porém toda a sua fachada é de vidro, seguindo a mesma estrutura da malha metálica do pavimento superior. O bloco de convenções é mais reservado para eventos restritos, tendo como agente principal o auditório.
praça aberta. A maior parte da iluminação e ventilação desse bloco precisa ser artificial, sendo assim existe mais sombra que luz. O ritmo fica por conta da malha estrutural de pilares e vedação, além da padronização do metro quadrado das salas internas. 55
As coberturas dos prédios são de concreto. A do bloco pavilhão possui uma estrutura de viga invertida no seu centro e uma abertura de iluminação zenital, enquanto que o bloco do auditório é uma continuidade do espaço verde do ambiente.
A praça pública é de concreto e grama, e algumas circulações delimitadas por madeira. O desnível no terreno é usado tanto na implantação dos edifícios tanto na área externa, onde é criado uma arquibancada – escada entre o estacionamento e a praça central.
Figura 57: Visão da praça para os blocos e o uso flexível do auditório.
Legenda Pavimento Superior Pavilhão – paralelo a Av. Pavimento Inferior Pavilhão – paralelo a Av. Auditório B. de Convenções – perpendicular a Av. Acesso de Pedestre pelo eixo principal Av-Lagoa Circulação
vertical
de
acesso
a
praça
e
estacionamento Fonte: Arqbr Arquitetura e Urbanismo. Disponível em:http://arqbr.arq.br/projeto/centro-cultural-de-cabofrio/ Editado: Autora Acessado: 05/04/2019
56
Figura 58: Diferença dos volumes que os blocos compõem. Legenda: Bloco Pavilhão – paralelo a Av. Bloco de Convenções – perpendicular a Av. Principal eixo de acesso Av-Lagoa Estacionamento Fonte: Arqbr Arquitetura e Urbanismo. Disponível em: http://arqbr.arq.br/projeto/centro-cultural-de-cabofrio/ Editado: Autora Acessado: 05/04/2019
O programa foi distribuído a partir da praça e do principal eixo de circulação. O bloco de exposição, no seu térreo abria a área de
parte do auditório (palco e primeiras fileiras da arquibancada). Enquanto que o pavimento superior tem área de apoio e arquibancadas do auditório.
alimentação, administração, serviço de apoio, área técnica,
Os acessos aos edifícios são feitos a partir da praça
banheiros e Foyer. Enquanto que no pavimento superior, é o
central do complexo, quase todos ambientes tem a sua
espaço de exposição e feiras com capacidade de 1500 pessoas,
entrada particular. E a circulação interna nas áreas de serviços é
banheiro e vestiário.
feito por corredores e no restante dos ambientes é uma
O bloco do auditório, no seu térreo abriga um
circulação livre.
estacionamento, salas de reuniões e de multiuso, área de alimentação, foyer, banheiros e vestiários, área de apoio, e 57
Figura 59: Setorização pavimento térreo
Fonte: Arqbr Arquitetura e Urbanismo. Disponível em: http://arqbr.arq.br/projeto/centro-cultural-decabo-frio/ Editado: Autora Acessado: 05/04/2019
Legenda: Área técnica e área de apoio
Foyer
Depósito
Banheiro
Área administrativa
Pátio Coberto
Sala de multiuso
Praça central
Auditório c/ camarim
Estacionamento
Circulação horizontal
Circulação vertical
Café
Acesso 58
Figura 60: Setorização do primeiro pavimento.
Fonte: Arqbr Arquitetura e Urbanismo. Disponível em: http://arqbr.arq.br/projeto/centro-cultural-decabo-frio/ Editado: Autora Acessado: 05/04/2019
Legenda: Depósito
Banheiro
Auditório c/ camarim
Exposição/feira
Circulação horizontal
Circulação vertical
Praça central
59
Figura 61: Corte pegando o auditório, as salas de multiuso e o estacionamento, e a vista do bloco pavilhão.
Fonte: Arqbr Arquitetura e Urbanismo. Disponível em: http://arqbr.arq.br/projeto/centro-cultural-decabo-frio/ Editado: Autora Acessado: 05/04/2019
Legenda: Estacionamento
Sala de multiuso
Auditório c/ camarim
Acesso de pedestre
Térreo do bloco pavilhão
Exposição/feira
60
Figura 62: Corte pegando o bloco pavilhão
Fonte: Arqbr Arquitetura e Urbanismo. Disponível em: http://arqbr.arq.br/projeto/centro-cultural-decabo-frio/ Editado: Autora Acessado: 05/04/2019
Legenda: Circulação vertical
Acesso de pedestre
Térreo do pavilhão
Exposição/feira
Figura 63: Diagramação do complexo.
Fonte: Arqbr Arquitetura e Urbanismo. Disponível em: http://arqbr.arq.br/projeto/centro-cultural-de-cabofrio/ Editado: Autora Acessado: 05/04/2019 61
CAPÍTULO 3 A CIDADE DE JABOTICABAL 62
3.1 Jaboticabal
Legenda: Jaboticabal RibeirĂŁo Preto Fonte da imagem: Wikipedia DisponĂvel: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jaboticabal Prefeitura de Jaboticabal Acessado: 10/12/2019 63
Jaboticabal fica a 342 quilômetros da capital, São Paulo. O seu perímetro conta com uma área territorial de
Figura 64: Gráfico em forma de Pirâmide, mostrando a idade e a quantidade de homens e mulheres da cidade.
706,602 Km², além da cidade sede possuí dois distritos, Lusitânia e Córrego Rico. Seu clima é do tipo tropical, com verão quente e inverno seco. Pertencente a Região Metropolitana de Ribeirão Preto, tem uma distância desta em média de 60 quilômetros. Situada na Segunda Sub-região, é a principal cidade do seu grupo, tendo
como
característica
de
predominância
o
desenvolvimento urbanístico e econômico das demais cidades
Fonte: IBGE, 2010 Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/jaboticabal/panorama Acessado: 27/04/2019
pertencente ao grupo. Com uma população estimada de 77.263 (IBGE,2017) , a
A cidade é movida por agricultura, agro-industrial, comércio e prestação de serviço.
maioria dos seus citadinos é do sexo feminino, com predominância de idade entre 25/29 anos; e do sexo masculino entre 20/24 anos.
Seu Produto Interno Bruto (PIB) per capita de acordo com o censo de 2016 é de R$ 35.019,92, e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de 2010 é de 0,788.
64
3.2 Pontos culturais e de lazer
A proposta do Centro Cultural é ser um complemento desses
Figura 65: Os principais pontos de cultura e lazer de Jaboticabal ficam localizados no centro da cidade ou no seu entorno imediato.
espaços existentes, de forma que o seu programa de necessidade amplie a oferta de serviços da cidade.
Legenda: Área do projeto Centro da Cidade 1 – Museu H. A. de Almeida 2 – Escola de Artes 3 – Cine Teatro Municipal 4 – Biblioteca Municipal 5 – Casa do Artesão 6 – Praça do Café e Centro de Evento Cora Coralina 7 – Concha acústica 8 – Clube da Terceira Idade 9 – Bosque Municipal 10 – Esplanada do Lago
Fonte: Prefeitura Municipal Disponível: Site Prefeitura Municipal de Jabticabal Acessado em: 27/04/2019 Edição: Autora
65
1 - Museu Histórico Aloísio de Almeida O Museu Histórico Aloísio de Almeida foi criado pelo prefeito Alberto Bottino em 17 de novembro de 1965, porém inaugurado para a população em 16 de julho de 1979, na comemoração de 71 anos da cidade. A missão do museu é de “manter vivo o passado da nação, difundir o conhecimento da história, das artes, cultura e
Paulo e do Município, através da arqueologia, etnografia, numismática filatelia e artes plásticas. Como atividade complementar o espaço em temporada de férias oferece o projeto “Quinta no Museu”, onde músicos e artistas da cidade têm a possibilidade de expor seus trabalhos para a população. Figura 66: Fachada do Museu vendo do cruzamento da Av. 13 de Maio com a Rua Mizael Campos
costumes do município”. O fato de manter vivo o passado já começa desde a escolha do prédio que abriga o museu, o Palacete da Turca, uma edificação Greco romano de 757m², dividido em três pavimentos, da década de 1920. Esse Palacete pertencia à imigrante síria Azize Abicalil e por Azize não ter descendentes a prefeitura tomou posse. A origem de seu acervo foram peças transferidas dos edifícios públicos do município, e peças doadas pela a população no decorrer dos anos.
Fonte: Prefeitura Municipal Disponível:http://www.jaboticabal.sp.gov.br/2010/index.php/noticia/visualiz ar/quinta-no-museu-recebe-alunos-do-projeto-guri Acessado: 27/04/2019
Atualmente o museu possui um acervo aproximado de 10.000 peças, que contam a história do Brasil, do Estado de São 66
Figura 67: Museu aberto a noite para o projeto Quinta no Museu.
Figura 69: Quinta no museu com apresentação de alunos do Projeto Guri
Fonte: Sbz Disponível:http://www.sbz.org.br/reunioesanteriores/2007/acompanhantes. php Acessado: 27/04/2019
Fonte: Prefeitura Municipal Disponível:http://www.jaboticabal.sp.gov.br/2010/index.php/conteudo/visua lizar/alunos-do-projeto-guri-proporcionam-uma-noite-diferente-no-museuhistorico Acessado: 27/04/2019
Figura
68:
Parte
do
Jardim
do
Museu Figura 70: Mostra de Arte no Quinta no Museu
Fonte: 101 Fm Disponível: https://www.101fm.com.br/101/museu-de-jaboticabal-tem-jardimrevitalizado/ Acessado: 27/04/2019
Fonte: Prefeitura Municipal Disponpivel:http://www.jaboticabal.sp.gov.br/2010/index.php/conteudo/visu alizar/musica-e-arte-fecham-a-programacao-de-maio-no-museu-historico Acessado: 27/04/2019 67
2 - Escola de Artes Professor Francisco Berlingieri Marino A escola de Artes fica em frente ao museu, ela oferece cursos pagos e bolsas integrais. Sua programação está distribuída entre modalidades como: Teatro, Artesanato, Desenho Artístico, Desenho e Pintura, Ballet, Dança de Salão, Canto Individual, além de cursos de piano, teclado, violão, guitarra, bateria, saxofone, flauta, trompete, viola, percussão e cavaquinho. Figura 71: Fachada da Escola de Artes entre o cruzamento da Av. 13 de Maio e a R. Mizael Campos
3 - Cine Teatro Municipal Manoel Marques de Mello
As obras do Cine começaram em 1926, e o local teve uma pré -inauguração quando o local ainda estava inacabado, em 16/07/1927, para a comemoração do 99º aniversário da cidade. Sua inauguração oficial foi no final do mesmo ano, em 21/12/1927, desde lá o local já sofreu várias reformas e modificações para adaptação de usos e melhorias. Hoje ele só funciona como Teatro, e está sob a administração da Associação Cora Carolina em parceria com o Centro Jaboticabalense de Atividades Culturais e Artísticas. Figura 72: Fachada do Cine Teatro na Avenida Marechal Deodoro
Fonte: Geoview Disponível:http://br.geoview.info/escola_de_artes_municipal_antigo_semin ario_jaboticabal_sp_br,2560367p Acessado: 27/04/2019
Fonte: Revista Aquiali Disponível: http://revistaaquiali.com.br/noticias/regiao/teatro-municipal-dejaboticabal-deve-ser-restaurado-em-2013 Acessado: 27/04/2019 68
Figura 73: Grupo de teatro treinando no Cine Teatro
Essas feiras recebem palestras de escritores, trocas de livros e a interação do serviço público com a sociedade. Figura 74: Fachada da Biblioteca.
Fonte: Cia fazendo Arte Disponível:https://ciafazendoarte.wordpress.com/ Acessado: 27/04/2019
4 - Biblioteca Municipal Júlia Luiz Ruete A biblioteca localiza-se em uma das principais avenidas da cidade, na Avenida Pintos, em frente à Praça Joaquim
Fonte: Tripadvisor Disponível:https://www.tripadvisor.com.br/Attraction_Reviewg2344173d9873709-Reviews-Julia_Luiz_Ruette_Municipal_LibraryJaboticabal_State_of_Sao_Paulo.html Acessado: 27/04/2019
Batista. O espaço conta com um vasto acervo de livros além de salas para estudos equipadas com computadores. Temporariamente o local recebe eventos tais como: feira de livros e atividades educativas e recreativas.
69
Figura 75: Oficina Escrita Criativa.
Figura 76: Palestra ministrada por escritora da cidade para alunos de escola municipal.
Fonte:Prefeitura Municipal Disponível:http://www.jaboticabal.sp.gov.br/2010/index.php/noticia/visualiz ar/homenagens-na-biblioteca-abrem-a-semana-da-mulher Acessado: 27/04/2019
5 - Casa do Artesão Dorival Taliberti Fonte: Prefeitura Municipal Disponível:http://www.jaboticabal.sp.gov.br/2010/index.php/noticia/visualiz ar/biblioteca-municipal-recebe-oficina-de-escrita-criativa Acessado: 27/04/2019
Com a iniciativa da prefeitura municipal a casa do artesão foi inaugurada em 2009. O
prédio
está
situado
na
Praça
Dom
Assis,
popularmente conhecida como a praça do mercadão. No local têm oficinas para a confecção dos artesanatos e boxes para venda dos mesmos. 70
Figura 77: Fachada do prédio
6 - Praça do Café e Centro de Evento Cora Carolina A Praça do Café é o nome que se dá para a antiga Estação Ferroviária e os galpões de carga que serviam a ferrovia na época do café. Nessa praça é realizada a Festa do Quitute e Expo-feira de Arte e Artesanato, esse evento é anual é têm como motivo a comemoração do aniversário da cidade. Geralmente com duração de 5 dias, sempre encerrando no dia 16 de julho.
Fonte:Prefeitura Municipal Disponível:http://www.jaboticabal.sp.gov.br/2010/index.php/conteudo/visua lizar/casa-do-artesao Acessado: 27/04/2019
Figura 78: Ação dos artesões na praça para participação da população.
O evento tem um programa diversificado entre feira de artesanato, apresentações musicais de artistas da cidade e visitantes, além das barracas de pratos típicos do Brasil. Os responsáveis pelos quitutes são entidades sociais da cidade. A Festa teve início em 1983 na praça Doutor Joaquim Batista, mas o evento teve uma repercussão maior do que esperado, sendo preciso a transferência da festa para um dos galpões da praça do café. Esse galpão tem uma importância cultural para a cidade, sendo assim em 2002 ele foi nomeado de Cora Carolina,
Fonte:Prefeitura Municipal Disponível:http://www.jaboticabal.sp.gov.br/2010/index.php/conteudo/visua lizar/casa-do-artesao Acessado: 27/04/2019
fazendo homenagem a uma das maiores escritoras do Brasil que viveu muitos anos na cidade. 71
Figura 79: Praça do Café
5- Concha Acústica Lions Clube de Jaboticabal Original de 1968, a concha foi projetada para receber os Jogos Abertos desse mesmo ano. Após anos fechada a Concha Acústica foi revitalizada e inaugurada em 2015. O espaço foi e continua sendo palco de shows musicais, apresentações artísticas e festivais universitários.
Fonte: Geoview Disponível:http://br.geoview.info/antiga_estacao_ferroviaria_praca_do_caf e_jaboticabal_sp_br,5786747p Acessado: 27/04/2019
Figura 81: Concha sendo reformada
Figura 80: Galpão Centro de Evento Cora Carolina
Fonte: Straws Disponível:http://www.straws.com.br/concha-acustica-lions-clube-dejaboticabal/ Acessado: 27/04/2019 Fonte: Mapio Disponível: https://mapio.net/pic/p-5786747/ Acessado: 27/04/2019
72
Figura 82: Concha em dia de apresentação
Figura 83: Salão de festa e quadra poliesportiva do Clube
Fonte: Autora Fonte: Jornal Combate Disponível:http://jornalocombate.com.br/espetaculo-musical-com-as-10cordas-de-tiao-carreiro-lotou-concha-acustica-de-jaboticabal/ Acesso: 27/04/2019
Figura 84: Academia e pátio do Clube
8 - Centro Recreativo Edson Martini – Clube da Terceira Idade Em 2012 o Clube foi reformado para fazer melhorias físicas das suas acomodações. Após a reinauguração os idosos acima de 55 anos podem fazer as atividades disponível no local.
Fonte: Autora
O seu programa conta com quadra poliesportiva, academia e salão de festas. Alguns dias da semana são oferecidos oficinas de artesanato. 73
9 - Bosque Municipal Chico Buch O Bosque após anos fechado para revitalização e
Figura 85: Entrada da rua que dá acesso ao Bosque e ao Clube da terceira idade.
adequação do local para uso, reinaugurou em novembro de 2018. Com uma área de preservação de 70.000m² de Mata Atlântica, hoje ele é aberto ao público às quintas-feiras e aos domingos. O local está com o projeto “município verde azul”, onde ocorre a doação de mudas do viveiro e apresenta música ao vivo na parte da manhã dos domingos. Esse projeto é uma a iniciativa da secretária do meio
Fonte: Autora
Figura86: Entrada do Bosque
ambiente com intenção de retomar a sua antiga posição da lista das cidades verdes, e promover a conscientização da população para a importância da vegetação para a saúde urbana e humana.
Fonte: Autora
74
Figura 87: Interior do bosque
Figura 89: Ao fundo espaço para as crianças, e os pais e avós acompanhando-os.
Fonte: Autora Fonte: Autora
O Clube da Terceira Idade e o Bosque Municipal ficam localizados na Praça Ernesto Poli, essa praça aos domingos é o abrigo
da
feira
da
cidade,
nessa
feira
Figura 90: Barracas da feira
encontra-se
entretenimento para as crianças, quitutes, a tradicional garapa e artesanato. Figura 88: Coreto da Praça da Ernesto Poli com apresentação musical durante a feira. Fonte: Autora
Fonte: Autora 75
10 - Esplanada do Lago Carlos Rodrigues Serra
Figura 92: Prefeitura de Jaboticabal, com estacionamento utilizado por ambulantes aos finais de semana.
Conhecido popularmente como o Lago, o local tem 16.000m² distribuído entre a prefeitura, áreas verdes, espaços para estacionamento e caminhada, e um lago composto por uma ilha central vegetativa no seu interior, onde abriga aves e peixes. O local é palco de várias atividades populares, aos fins de semana a noite ambulantes da cidade abrem seus trailers com comidas e as vezes contratam cantores para show ao vivo. No período da manhã e da noite pessoas vão caminhar e
Fonte:Prefeitura Municipal Disponível:http://www.jaboticabal.sp.gov.br/2010/index.php/conteudo/visua lizar/pontos-turisticos Acessado: 27/04/2019
Figura 93: A vista que o projeto terá do lago.
fazer exercícios físicos na academia do local. Além de ser um ponto de lazer contemplativo para as horas vagas da população, o lago também oferece a prática de pesca.
Fonte: Tripadvisor Disponível:https://www.tripadvisor.com.br/Attraction_Review-g2344173d8874649-Reviews-Lago_Municipal_de_JaboticabalJaboticabal_State_of_Sao_Paulo.html#photos;aggregationId=101&albumid =101&filter=7 Acessado: 27/04/2019 76
CAPÍTULO 4 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA 77
4.1 O local do projeto
Fonte: Prefeitura Municipal Edição: Autora
Mapas sem escala Legenda: Terreno
78
A escolha do local do projeto partiu do conceito desta
De acordo com o Art. 26 da lei complementar de nº86
área já ser importante para a cidade, pela ocupação da
do Zoneamento Urbano do município, e em concordância com
Prefeitura e do Lago Municipal, pelo Clube da Terceira Idade, e
o 2º artigo da lei federal 4.771/65 com a redação dada pela Lei
pelo Bosque Municipal.
7.803/89, todos os terrenos lindeiros de curso de água que for
Além de ser uma área consideravelmente central em relação física e funcional da cidade. Com um zoneamento misto o entorno do sítio escolhido
edificado deverá respeitar um recuo mínimo de 30 metros da margem aqüífera. Sendo esse recuo Área de Preservação Permanente.
apresenta uma grande quantidade de equipamentos urbanos, e alguns desses equipamentos serão usados como suporte para o Centro Cultural proposto. De acordo com o Plano Diretor da cidade a gleba escolhida está destinada para ser um Parque Ecológico, porém o limite utilizado para o desenvolvimento do projeto é privado e não público, sendo necessário providências dentro das diretrizes do Plano Diretor para a doação da área ao município ou por permuta. Voltando o foco para a legislação do local, a gleba possui uma faixa de Área de Preservação Permanente (APP) do Córrego de Jaboticabal.
79
4.2 A GLEBA A gleba apresenta uma faixa lindeira a via pública e em frente a Esplanada do lago que possibilita a construção de bens, porém o restante da gleba possui a APP e uma densa mata nativa. Não está previsto um acesso direto de veículos para essa gleba a partir da Avenida Carlos Berchieri. Legenda: Área com edificação residencial Área do projeto Área vazia com pouca vegetação Área com densa vegetação nativa Área de Preservação Permanente Lago Municipal Avenida Carlos Berchieri Fonte: Prefeitura Municipal Disponível: http://www.jaboticabal.sp.gov.br/2010/index.ph p/conteudo/visualizar/mapa-de-loteamentos-eregioes-da-cidade Acessado: 28/04/2019 Edição: Autora 80
4.3 EQUIPAMENTOS URBANOS
A considerável
área
apresenta
uma
quantidade
de
equipamentos institucionais. No lazer, o requisito esportivo somente o Clube Mônaco que possui uma infra-estruturar, porém hoje está encarecida de equipamentos. Legenda: 1 Sant. da benção Ev. Quadrangular 2 FATEC - Jaboticabal 3 C. E. Antônio Mônaco 4 E. E. Dr. Joaquim Batista 5 Loja Maçônica 6 E. N. Senhora Aparecida 7 Prefeitura Municipal 8 Clube Terceira Idade 9 C. E. SESI Institucional Serviço Lazer Área do projeto Vegetação Nativa Fonte: Mapa Base Mariana Célico (2016), com edição da autora. 81
4.4 CHEIOS E VAZIOS
O estudo do entorno apresenta uma grande porcentagem de área edificada, ao Norte essa densidade é maior, pois são bairros mais antigos e próximos
ao
centro
da
cidade.
Enquanto que ao Sudeste do sítio escolhido é um bairro novo e ainda está em desenvolvimento. Legenda: Área edificada Área do projeto Vegetação Nativa Lago Municipal
Fonte: Mapa Base Mariana Célico (2016), com edição da autora. 82
4.5 HIERARQUIA VIÁRIA A via pública que dá acesso ao terreno do projeto é considerada local, pois ela não tem um grande fluxo. Entretanto a Avenida Carlos Berchieri, um dos
principais
meios
de
acesso
a
esplanada do lago e consequentemente ao terreno é de grande fluxo por ligar o centro aos novos bairros da cidade, e também ser uma via que se transforma em rodovia de acesso à Ribeirão Preto. A avenida nomeada Estrada de Barrinha também apresenta um grande fluxo, pois ela dá acesso a portaria 2 da UNESP e à Ribeirão Preto.
Legenda: Avenida Via Coletora Via Local Á. Do Projeto
Vegetação Nativa Av. C. Berchieri Av. Estrada
Fonte: Mapa Base Mariana Célico (2016), com edição da autora 83
4.6 USO DO SOLO Na área do entorno imediato da
esplanada
do
lago
e
na
continuidade da Av. Carlos Berchieri percebe-se uma diferenciação de uso do solo entre comércio e prestação de serviço. Enquanto que ao afastarse desses pontos de importância da cidade
o
uso
residencial. Legenda: Prefeitura Residencial Comercial Serviços Institucional Uso misto Lago Municipal
começa
a
ser
Industrial Sem uso Área verde Á. do Projeto Veg. Nativa Av. Carlos Berchieri
Fonte: Mapa Base Mariana Célico (2016), com edição da autora. 84
4.7 GABARITO A
predominância
é
de
edificações de um pavimento, que geralmente sãoMariana de uso Célico residencial. Fonte: Mapa Base (2016), com edição da autora.
Os edifícios com usos mistos
apresentam
uma
mescla
de
pavimentos, chegando até 18 andares.
Legenda: 1 pavimento 2 pavimentos 3 pavimentos 4 pavimentos 5 pavimentos
8 pavimentos 11 pavimentos 18 pavimentos Área verde Á. do Projeto Veg. Nativa
Fonte: Mapa Base Mariana Célico (2016), com edição da autora
85
CAPÍTULO 5 O TERRENO 86
5.1 A escolha
O projeto do Centro Cultural cumprindo a função dos
O terreno foi escolhido por sua localização, em frente a
verbos: informar, discutir e criar. E a Praça Ernesto Poli juntamente com o Clube da
Esplanada do Lago. Trata-se de uma área em uma grande gleba de
Terceira Idade e o Bosque Municipal, para lazer contemplativo, e reuniões populares.
vegetação nativa. Atualmente a visão que se tem do terreno quando estamos no lago é de um muro branco, uma das intenções do projeto é tirar esse muro, para dar uma continuidade no espaço público, fazendo esse terreno cumprir a sua função social.
Esses três pontos formam o triângulo tendo como centro a Esplanada do Lago, local de importante significado populacional. Figura 101: Vista atual do lago para o terreno.
As superfícies verdes (...) deverão, antes de mais nada, ter um papel útil, e as instalações de caráter coletivo ocuparão seus gramados: creches, organizações pré ou pões escolares, círculos juvenis, centros de entretenimento intelectual ou de cultura física, salas de leitura ou jogos, pistas de corrida [...] (CARTA DE ATENAS, 1933, p.17)
A outra intenção desse terreno é de criar um triangulo cultural e de lazer na cidade. Para esse triângulo usaremos o Centro Esportivo Antônio Mônaco, para realizar a parte de lazer físico.
Fonte: Autora.
87
Figura 102: Triângulo Cultural
Legenda: Centro Esportivo Mônaco Praça
Ernesto
Poli,
Clube
da
Terceira Idade e Bosque Municipal Centro Cultural Vegetação Nativa Triângulo Cultural
Fonte: Mapa Base Mariana Célico (2016), com edição da autora. 88
5.2 O terreno Os limites do terreno são a APP, a Mata Nativa e o lote
Legenda: Terreno com construção existente
vizinho.
Área do projeto
Figura 103: Terreno com entorno imediato.
Mata Nativa
Os seus limites são todos diferentes, a testada tem 115,71 metros, a lateral direita 65,88 metros, de fundo 106,44 metros, e na lateral esquerda 70,41 metros. Com uma área de 7.524,97m², o terreno possui uma massa vegetativa que será mantida no projeto.
Fonte: Prefeitura Municipal Disponível:http://www.jaboticabal.sp.gov.br/2010/index.php/conteudo/visua lizar/mapa-de-loteamentos-e-regioes-da-cidade Acessado: 28/04/2019 Editado: Autora
89
Figura 104: O terreno com topografia e limites
Figura 105: Casa existente que limita o terreno e começo do mesmo.
Fonte: Autora
Figura 106: Terreno com massa vegetativa que fará parte do projeto com a mata que limita o fundo da área.
Fonte: Prefeitura Municipal. Disponível: :http://www.jaboticabal.sp.gov.br/2010/index.php/conteudo/visualizar/mapa -de-loteamentos-e-regioes-da-cidade Acessado: 28/04/2019 Edição: Autora
Fonte: Autora 90
Figura 107: Terreno
Figura 109: A direita a APP, e a esquerda massa vegetativa que fará parte do projeto.
Fonte: Autora Fonte: Autora
Figura 108: Limite do Terreno entre a construção existente
Figura 110: Terreno entre massas vegetativas
Fonte: Autora Fonte: Autora 91
Figura 111: Terreno vendo da massa vegetativa que serรก implantado no projeto.
Fonte: Autora
Figura 112: Vista da Avenida Carlos Berchieri para a APP antecedente do terreno e a Esplanada do Lago.
Fonte: Autora 92
5.1 Fluxo de pedestres e veículos Figura 113: Mapa com análise de fluxos
Legenda: Fluxo de pedestre e veículo Fluxo de pedestre Fluxo de veículo Ponto de ônibus Área do projeto Vegetação Nativa Fonte: Mapa Base Mariana Célico (2016), editado pela Autora
93
O fluxo de pedestre e veículos dá área é muito alto.
manhã feira na Praça Ernesto Poli. Além de pais levarem seus
A maior quantidade de veículos é em horário de pico,
filhos e seus animais de estimação para brincar e passear.
porém o fluxo é continuo pelo fato de a Prefeitura Municipal
O sistema de transporte público nessa área é precário,
ser situada na Esplanada do lago e pôr as duas avenidas que
existem somente dois pontos próximos, um em frente a
abraçam a área do projeto dar acesso a cidade de Ribeirão
prefeitura e outro na Avenida Estrada de Barrinha próximo ao
Preto.
Centro de Evento Cora Corolina. A via de acesso direto ao terreno é local e de pouco
fluxo, só tem um movimento na hora do almoço por causa da restaurante existente na proximidade, e mesmo assim a sua velocidade é de 30km por hora. Quando partimos para pedestres, o movimento é comum somente em dois horários, ao amanhecer e ao entardecer, a população usa o local para a prática de lazer e exercícios físicos. Como extensão da caminhada a população usa a ciclofaixa da Avenida Manoel Martins Fontes (Avenida Carlos Berchieri muda de nome ao Chegar no Hotel Recreio). Aos fins de semana o fluxo de pedestre aumenta, pois na sexta-feira, sábado e domingo à noite existe comércio ambulante voltado para a alimentação, e aos domingos de 94
CAPÍTULO 6 ESTUDOS PRELIMINARES 95
6.1 Conceito e Partido Esse projeto é um complemento dos locais de cultura e lazer existentes na cidade, e um dos mais usados pela a população é a Esplanada do Lago, sendo assim, o Centro Cultural é uma extensão da Esplanada.
Aproveitando os espaços e as atividades existentes em seu entorno próximo esses espaços serão interligados por seus programas de necessidades ocorrendo a integração desses ambientes, formando um triângulo cultural. Imagem 115: Triângulo Cultural
Imagem 114: Lago Municipal ligando com o terreno
Fonte: Google maps Disponível:https://www.google.com.br/maps/@-21.2542579,48.305971,869m/data=!3m1!1e3?hl=pt-BR&authuser=0 Acessado: 21/05/2019 Fonte: Google Maps Disponível:https://www.google.com.br/maps/@-21.2542579,48.305971,869m/data=!3m1!1e3?hl=pt-BR&authuser=0 Acessado: 21/05/2019
Além
dessa
complementaridade
de
edifícios
e
programas, o sítio de implantação do novo edifício é rente a uma gleba de vegetação nativa, sendo assim, este precisa fazer 96
referência e estar interligado com a área verde, de modo que ocorra a união desses espaços e um seja parte do outro.
Como continuidade do lago terá alguns pontos d’água; e um mirante nos corredores do edifício, onde é possível ter a visão geral do seu entorno para localizar as pontas do triângulo
Imagem 116: Áreas verdes do entorno imediato
e ver a relação da cidade com o espaço. Imagem 117: Eixo de ligação
Fonte: Google Maps Disponível:https://www.google.com.br/maps/@-21.2542579,48.305971,869m/data=!3m1!1e3?hl=pt-BR&authuser=0 Acessado; 21/05/2019
Para concretizar essa relação de continuidade e
Fonte: Google Maps Disponível:https://www.google.com.br/maps/@-21.2542579,48.305971,869m/data=!3m1!1e3?hl=pt-BR&authuser=0 Acessado: 21/05/2019
integração dos espaços existentes com o Centro Cultural, será adotado como partido grandes aberturas e paredes de vidros, criando eixos de ligação visual com os edifícios e o entorno.
97
6.2 Programa de Necessidade O programa está dividido em quatro setores: cultural, social, administrativo e de serviço. Os espaços que integram esses setores foram escolhidos como forma de complementar as atividades existentes do Centro Esportivo Mônaco, do Clube da Terceira Idade, do Bosque Municipal, da praça Ernesto Poli e da Esplanada do Lago. Além da complementariedade do entorno é também um apoio para o município, como forma de possuir um local adequado para oferecer diversas atividades para a população. As atividades desse Centro abrem espaço para que o poder público possa redigir novas diretrizes urbanísticas para ativar a urbanidade desse triângulo, e futuramente usar o restante da gleba para a criação de um parque urbano.
98
Social
Programa de Necessidade por setorização do Centro Cultural Ambiente
Int./ Ext.
Área
Total
Pátios de Convivência
Interno e Externo
Exposição
Interno
1
Tripés
304,20m²
304,20m²
Espaço para leitura e WiFi
Interno
1
Mesas com cadeira, sofás, pufes, notebooks, e prateleiras.
159m²
159m²
Espaço Kids
Interno
1
Espaço para as crianças desenvolverem atividades sociais, aprendizados, e vivência em comunidade.
Livros, estantes, mesas e cadeira, tapetes, brinquedos, fantasias e acessórios, jogos.
18,53m²
18,53m²
Café
Interno
1
Local em que será comercializado produtos alimentícios de faço preparo.
Mesas, cadeiras, bancos, balcões, geladeiras, microondas e eletrodomésticos.
28,80m²
28,80m²
Estacionamento
Externo
1
Local para estacionar veículos automatizados.
207,21m²
207,21m²
Bicicletário
Externo
1
Local para guardar bicicletas
Mobiliário adequado para guardar bicicletas
26,31m²
26,31m²
Depósito
Interno
1
Espaço para guardar o material da sala de exposições
Armários e prateleiras
38,13m²
38,13m²
Banheiros feminino
Interno
1
Atendimento ao público
Vasos sanitário e Pias.
4
14,80m² e
14,80m²
Banheiros Masculinos
Interno
1
Atendimento ao público
Vasos sanitário, mictórios e Pias.
4
14,80m²
14,80m²
Banheiro PCD
Interno
1
Atendimento ao público
Vaso sanitário, Pia e Fraldario
1
9,92m²
9,92m²
Total
Qtd.
Caracterização Espaço para lazer contemplativo e integração popular. Espaço para exposições de artes e lúdicas, além de materiais elaborados nas oficinas. Espaço com livros onde as pessoas poderão usar o material do local para estudos, ou simplesmente lazer.
Mobiliário
Ocup.
Bancos e mesas, lixeiras
821,7m²
99
Cultural
Ambiente
Int./ Ext.
Qtd.
Caracterização
Mobiliário
Foyer Bilheteria Administração
Interno Interno Interno
1 1 1
Local de recepção Local de venda de ingressos Administração do anfiteatro
Sala de Controle
Interno
1
Controle de som e iluminação
Sofás e vegetações Mesas e computadores Mesas e computadores Mesas, computadores e equipamentos especificos.
Ocup.
Área
Total
2 4
147,86m² 6,42m² 36,27m²
147,86m² 6,42m² 36,27m²
4
12,64m²
12,64m²
Poltronas
308
563,87m²
563,87m²
Poltronas e bancadas
5
Anfiteatro
Interno/Externo
2
Local para serem feitas conferências, apresentações de músicas, danças, teatros e eventos que necessitem dessa estruturação física.
Camarim
Interno
2
Local para os artistas se arrumarem
Depósito Oficinas (Culinária, Marcenaria, Corte e Custura) Ateliê de Artesanato
Interno
1
Interno
4
Interno
4
Sala de informática
Interno
1
Sala de música Sala de dança Sala de Multiuso
Interno Interno Interno
1 1 3
Banheiros feminino
Interno
3
Restrito para os artistas e de atendimento ao público
Vasos sanitário e Pias.
12
Banheiros Masculinos
Interno
2
Restrito para os artistas e de atendimento ao público
Vasos sanitário, mictórios e Pias.
12
Banheiro PCD
Interno
4
Vaso sanitário, Pia e Fraldario
4
Total
Guardar os matérias de apoio Aprendizado de manuzeio e confecção Bancada, cadeiras, armários, de pequenas peças em madeira, de prateleiras, pias, geladeiras, roupas e acessórios, e alimentos fornos e estufas Bancadas, cadeiras, Aprendizado de artesanato e pinturas prateleiras, armários. Bancadas, cadeiras, Aprendizado de softwares computadores e lousa digital Aprendizado de instrumentos músicais tripés e bancos Aprendizado de ritmos Barras e espelhos Local de layout livre Cadeiras
Restrito para os artistas atendimento ao público
e
de
8m² e 11m² 37,18m²
37,18m²
40
142,33m²
142,33m²
40
142,21m²
142,21m²
10
35,50m²
35,50m²
15 15 30
58,52m² 88,02m² 106,69m² 14,76m², 17,27m² e 24,96m² 17,27m² e 24,96m² 12,87m², 5,89m², 5,48m² e 5,48m²
58,52m² 88,02m² 106,69m²
19m²
56,99m² 42,23m²
29,72m² 1525,45m² 100
Administrativo
Ambiente
Int./ Ext.
Qtd.
Caracterização
Mobiliário Balcão, cadeira, computadores, telefones e armários Mesas e cadeias, armários, computadores, telefones e impressoras Mesas e cadeias, armários, computadores, telefones e impressoras Mesas e cadeias, armários, computadores, telefones e impressoras
Recepção
Interno
1
Local para recepcionar e tirar dúvidas dos usuários
Secretaria
Interno
1
Sala com os departamentos de administração, tesouraria
Curadoria e Marketing
Interno
1
Organizar as atividades oferecidas pelo local e a parte criativa e a publicação de eventos.
Diretoria e Coordenação
Interno
1
Direção e coordenação do local
Sala de Reunião
Interno
1
Almoxarifado
Interno
1
Sala de arquivo
Interno
1
DML
Interno
1
Lavabo
Interno
2
Copa
Interno
1
Total
Local de reunião dos funcionários para acertar assuntos relacionados com o Centro Cultural Local para guardar materiais que ainda serão usados Local para guardar documentações Local para guardar vassouras, rodos e materiais de uso da manutenção do espaço Restrito para direção, coordenação e sala de reuniões Restrito para funcionários
Ocup.
Área
Total
2
15,26m²
15,26m²
4
39,61m²
39,61m²
6
20,80m²
20,80m²
2
15,60m²
15,60m²
8
16,07m²
16,07m²
Armários e prateleiras
3,45m²
3,45m²
Armários e prateleiras
2,76m²
2,76m²
Armários, prateleiras e tanque
3,45m²
3,45m²
1,95m² e 1,95m²
3,90m²
12,15m²
12,15m²
Cadeiras, mesa, televisor
Vaso sanitário e Pia. Fogão elétrico, micro-ondas, armários, mesa, cadeira e geladeira.
2
133,05m²
101
Serviços
Ambiente
Int./ Ext.
Qtd.
Caracterização
Mobiliário
Ocup.
Área
Total
Local com técnico de enfermagem para fazer primeiros socorros Ambiente para preparo de comes e bebes de funcionários, além de ser usado para refeições
Maca, Cadeira, Armário, e materiais de primeiro socorro
4
16,75m²
16,75m²
Fogão elétrico, micro-ondas, armários, mesa, cadeira e geladeira
4
10,05m²
10,05m²
Ambulatório
Interno
1
Copa
Interno
1
Área de serviço
Interno
1
DML
Interno
Depósito de lixo
Externo
2
Descarte de lixo seco, e lixo frio
Carga e Descarga
Interno
1
Para carregar e descarregar os materiais usados pelos espaços do Centro Cultural
Sala Técnica
Interno
1
Local onde ficará caixa de energia, geradores e centrais de ventilação.
Segurança
Interno
1
Espaço para monitoramento e vigilância
Bancadas, cadeiras e computadores
Interno
1
Espaço para higiene pessoal dos funcionários
Interno
1
Interno
1
Banheiros/ vestiários feminino Banheiro/ vestiário masculino Banheiro/ vestiário PCD Total
Local de apoio para limpeza
Tanque, máquina de lavar, varal, armários
6,07m²
6,07m²
Local para guardar vassouras, rodos e materiais de uso da manutenção do espaço
Armários, prateleiras e tanque
6m²
6m²
1,73m²
3,46m²
9,98m²
9,98m²
11,73m²
11,73m²
4
15,6m²
15,6m²
Vasos sanitários, , pias, chuveiros, armários, bancos e espelhos
3
24m²
24m²
Espaço para higiene pessoal dos funcionários
Vasos sanitários, mictórios, pias, chuveiros, armários, bancos e espelhos
3
24m²
24m²
Espaço para higiene pessoal dos funcionários
Vasos sanitários, , pias, chuveiros, armários, bancos e espelhos
1
10,92m²
10,92m²
Mesas e cadeiras
2
138,56m²
102
CULTURAL – 1.252,45m² 7.3 Organograma
SERVIÇO - 138,56m² Ambulatório, Copa, Á. Serviço, DML, Dep. Lixo, Sala técnica, Carga e descarga, Segurança, WC/Vestiário.
Pátios de convivência, Área de Exposição, Espaço para leitura/ Wifi e kids, Depósito Café, Estacionamento, Bicicletário, DML Banheiros. SOCIAL – 821,70m²
Foyer, Bilheteria Administração Anfiteatro, Camarim, Banheiros, Sala de música, Sala de dança, Salas de Multiuso, Oficinas Ateliês Banheiros DML.
Recepção, Secretária, Curadoria/MKT Direção/Coordenação, Sala de reunião, Sala de Arquivos, Almoxarifado, DML Copa Lavabo. ADMINISTRAÇÃO – 133,05m² 103
Pedestre
Restrito
Veículos
Fluxograma Restrito
Lavabos DireçãoSala de Arquivos
Sala deSala de ArquBanheiros
BAlmoxarifado Salas Salas Almoxarifado Multiuso/OficinaBanheiros Multiuso/Oficinas/Ate anheiros ião Copa liês WC/ Vestiário s/Ateliês
rdenação
Sala técnica Ambulatório
Secretaria Secretaria icinas/Ateliês
Direção/Coor d. DML Sala de reunião
Arquivos
AlmDML
Sala de dança Sala de música
Pátio de convivência
Leitura/Wifi e kids
Copa
ado ia a/MTK
Banheiros
Área de Serviço DML
Sala de DML
Público
Foyer
Banheiros
Anfiteatro
S. Controle
Bilheteria
Camarim/WC
Administração
Depósito
Exposição/café Depósito Recepção
Bicicletário
Carga/descarga
Estacionamento
DML
Lixeira
Segurança 104
6.4 Plano de Massa Plano de Massa térreo No térreo ficaram as atividades que são para todos os públicos, e a praça que fará a extensão do Lago municipal para o projeto.
Legenda: Triângulo Cultural Ligações de ambientes Exposição Leitura/ Kids Operacional Serviços Anfiteatro Café
105
Plano de Massa Pavimento Superio Nesse
pavimento
ficaram
as
atividades de ensino, e a parte administrativa. Nesse ponto também será possível ter a visão dos instrumentos que complementam o triângulo. Legenda: Administração Oficinas, ateliês, Multifuncionais Eixo de visão Lago, C. E. Mônaco e Veg. Nativa Eixo de visão Lago, C. E. Mônaco, C. da T. Idade, Bosque e Praça Ernesto Poli Eixo de visão Lago, C. E. Mônaco, C. da T. Idade, Bosque, Praça Ernesto Poli e Vegetação Nativa Eixo de visão C. E. Mônaco e Vegetação nativa. 106
Plano de Massa 3 d O estudo da volumetria três d ajuda a definir como será a volumetria do projeto e o seu impacto com a paisagem do entorno. Esse foi o primeiro estudo e sofreu algumas alterações.
107
6.5 Corte Esquemático Esse foi o corte da primeira setorização realizada no projeto, com ele conseguimos estudar o melhor forma de trabalhar com o terreno e ver a verticalização dos setores.
108
CAPÍTULO 7 O PROJETO 109
7.1 As cores Segundo os artigos “Teoria da cor” (360 Arquitetura) e
o vermelho a emoção, com o rosa afetividade e com o pêssego a criatividade.
“O papel da cor da arquitetura” (ArchDaily Brasil, 2018), as
Rosa: proporciona o afeto entre os seres, sendo assim está
cores estão ligadas aos estímulos do subconsciente e do
relacionado com o amor e a empatia. Além de tornarem as
consciente. Ao serem usadas nos espaços ela pode trazer
pessoas mais ativas e desejosas de progresso.
sensações aos usuários e influenciar a maneira como estes irão
Cinza: Considerada a cor da elegância, o cinza quer dizer
se comportar naquele ambiente.
humildade, respeito e sutileza, reverenciando o seu contexto.
Vermelho: essa cor usado doseadamente alivia o estresse e combate a falta de energia. Combinada com o verde e o amarelo significa sabedoria. Verde: uma cor associada a autoestima, que dá a sensação de liberdade, harmonia e equilíbrio. Amarelo: estimula a criatividade e auxilia no aprendizado e na atenção. Laranja: uma cor afetiva que traz equilíbrio, segurança, e ajuda na comunicação. Aumenta o entusiasmo do homem fazendo com que ele se sinta mais confiante de si e desenvolva o seu potencial. Azul: por ser uma cor calmante ela traz o relaxamento e a tranquilidade dos usuários. Está associada ao respeito e a autoridade. Em combinações com o amarelo ativa a intuição, com 110
7.2 Implantação As atividades e a disposição dos blocos no terreno foi pensada de forma funcional, o bloco de exposição está aberto para o bicicletário e estacionamento, que possui somente vagas
de Preservação Ambiental do local, nesse espaço também é possível desfrutar de fonte d’água. O terceiro bloco do térreo é um apoio as atividades operacionais do Centro Cultural.
preferências para idosos e PCD, e para a praça seca, que é um
Para fazer o eixo de visão do lago com a gleba de
local de extensão das atividades culturais do Centro e um espaço
vegetação nativa passando pela praça seca do Centro Cultural,
de convívio onde as pessoas podem usar o ambiente como ponto
este não possui pilares distribuídos no seu vão. Isso foi possível
de encontro, de manifestações, de atividades físicas, de brincar,
com o uso de uma laje alveolar protendida.
de refrescar entre outras atividades. A praça também faz uma ligação para um futuro parque urbano que pode ser implantado na gleba.
Também estão distribuídos pelos espaços de convivência dois deck’s de madeira que servem como local de assento para contemplação ou reunião.
Além dessas funções a praça seca faz a extensão da sua paginação até o deck no lago municipal, fazendo um traço físico dessa ligação e reforçando a ideia de complementariedade tornando a via compartilhada com preferência de pedestre. O bloco do anfiteatro está seguindo o desnível mais baixo do terreno, de forma que o seu palco dupla face tenha como parte do cenário uma massa de vegetação nativa. A paginação desse “lado baixo” do complexo é de blocograma, para começar a fazer a transição do terreno para a Área 111
Legenda: B. lazer B. Anfiteatro B. Serviço Estacionamento e bicicletário Praça seca R. compartilhada Deck Fonte d’água Interligação do C. Cultural com o Lago Veículos/ ciclista e pedestre Pedestre Acesso restrito
112
Bloco de exposição
Além do café esse bloco possui ambientes que servem de
O bloco de exposição e espaço de leitura/Wifi e kids, está
Outro ponto de destaque desse bloco são as portas de
aberto para o estacionamento, bicicletário, e a praça seca. Nesse prédio encontra-se também o café, que está locado
Adm
madeiras ripadas, sendo assim mesmo que o local esteja fechado sempre existirá a circulação natural de ar e de iluminação.
de forma que atende o público interno ou externo.
Legenda: Social
apoio para as atividades do complexo.
Serviço
C. vertical
Acesso
113
Bloco Anfiteatro
Outro diferencial desse espaço é a flexibilidade do anfiteatro que
O segundo bloco também utiliza da praça seca para ter o
têm uma divisória móvel embutida no seu forro, onde é possível fazer a divisão do ambiente caso o evento seja menor ou usar o
acesso ao Anfiteatro, e as salas de dança e de música. O palco do Anfiteatro é dupla face, sendo possível
espaço todo.
apresentações no interior e no exterior da edificação.
Legenda: Cultura
C. vertical
Acesso
Acesso Restrito
114
Bloco Serviços
Os banheiros/vestiários desse bloco atendem tanto os
O terceiro bloco está situado perto do estacionamento e do bicicletário, esse bloco possui a sua área restrita que está
funcionários quanto o público quando os outros dois blocos estiverem fechados.
separada do ambiente por barreira física e visual através de muros.
Legenda: Serviços
Serviço/ Público
Acesso Restrito
115
7.3 Pavimento Superior O pavimento superior é um grande bloco onde abriga 3 sub-blocos, o administrativo, o educacional, e o de apoio. Esses sub-blocos estão centralizados formando assim corredores laterais onde é possível ter os eixos de ligação visual com os outros instrumentos do triângulo. Como proteção solar desse bloco ele recebe brises metálicos corrediços, que estão dispostos do lado exterior do guarda-corpo e platibanda.
Legenda: Adm Serviço/Cultural C. horizontal Eixos de Visão
Cultural Telhado Verde C. vertical 116
Sub – bloco Administrativo
Os espaços são otimizados de forma que uma sala abriga mais
Nesse bloco é onde os usuários receberam atendimento
que um setor, por exemplo a sala de reuniões também é a sala
especializado.
dos professores.
Legenda: Adm
C. vertical
Acesso 117
Sub – bloco Educacional
Essas paredes possuem encanamento para caso algum
O sub – bloco educacional fica entre os demais sub-blocos, esse
curso proposto pelo local precise de adaptações de novas pias e
possui somente duas paredes de alvenarias, onde do lado de fora
pontos de água.
das salas estão dispostas pias para apoio das atividades do local, bebedouros e bancos.
Legenda: Cultural
Acesso
Parede de Alvenaria
Drywall removível
Fechamento corrediço 118
Entre essas duas paredes de alvenaria estão dispostas 12 salas
salas de acordo com a demanda dos cursos, ou todas podem ser
com média de 35m² cada, essas salas possuem layout flexível,
“recolhidas” formando um grande espaço de convivência ou
pois as suas repartições são de drywall removível ou de portas de
atividades.
correr com vidro pivotante, sendo que podem ser feitas adaptações da metragem das
Legenda: Adm Serviço/Cultural
Cultural Serviço
C. vertical Eixos de Visão 119
Sub – bloco de apoio
O corredor entre os banheiros é para fazer o eixo visual de o
ligação com o C. E. Mônaco, e ao chegar no perímetro da laje esse
administrativo e as salas educacionais, sendo que no programa
eixo se abre, sendo possível também ver o lago e a massa de
de necessidade eles estão setorizado no setor cultural, mas em
vegetação natural.
Os
banheiros
desse
bloco
são
para
atender
sua funcionalidade ele é de serviço.
Legenda: Serviço/Cultural - Banheiros C. vertical Eixo de ligação C.E. Mônaco Eixo de ligação Lago/ Veg. nativa 120
7.4 Cortes
CORTE AA
CORTE BB
CORTE CC
CORTE DD
121
7.5Fachadas
VISTA E
VISTA F
VISTA G
122
VISTA H
7.6 O projeto em 3D Figura 118: Fachada principal do Centro Cultural
123
Figura 119: Praça seca com vista para o bloco de exposição e café
124
Figura 120: Vista estacionamento
do
bloco
de
exposição
olhando
do
125
Figura 121: Bloco de exposição olhando do bloco de serviço
126
Figura 122: Bloco do Anfiteatro com destaque no palco dupla face
127
Figura 123: VisĂŁo do complexo a partir da massa vegetativa em sentido a Esplanada do Lago
128
Imagem: Fonte d’água como remetente ao Lago Municipal.
129
CONSIDERAÇÃO FINAL 130
Após o conhecimento adquirido sobre as características do urbanismo moderno e as premissas defendidas pelo modelo contemporâneo pode-se considerar que é necessário pensarmos e planejarmos de forma a encorajar e executar essas ideias de fazer cidade. Um dos meios de desenvolver esse novo urbanismo é utilizarmos os espaços existentes nas cidades e fazer com que esses ambientes trabalhem de forma integrada oferecendo uma nova funcionalidade para a população e o município. Como forma de integrar a sociedade nas decisões municipais e fazer com que os citadinos reconheçam o valor que eles têm perante a cidade é necessário que estes desenvolvam o conhecimento, e isso é possível a partir da informação, da discussão e da criação. Como forma de promover e a ajudar a população no desenvolvimento dessas três habilidades o Centro Cultura têm um importante papel sociocultural, pois em um único espaço é possível múltiplas atividades. A alma desse espaço formado por matéria é a voz, o movimento e a ação do homo sapiens. 131
REFERÊNCIAS 132
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