Diario de bordo Monte Shasta 2016

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DIÁRIO DE BORDO Monte Shasta 2016

por Patrícia Stanquevisch e Barbra Müller


SUMÁRIO Introdução ......................................................................................................... 3 DIA 1 .....................................................................................................................4 DIA 2 .................................................................................................................. 5 DIA 3 .................................................................................................................. 8 DIA 4 .................................................................................................................. 10 DIA 5 .................................................................................................................. 12 DIA 6 .................................................................................................................. 16 DIA 7 .................................................................................................................. 21 DIA 8 .................................................................................................................. 25 DIA 9 .................................................................................................................. 29 DIA 10 .............................................................................................................. 33 DIA 11 .................................................................................................................. 37 DIA 12 ................................................................................................................ 41 Meus aprendizados ... por Barbra Muller ...................................... 45 Sobre cura, amor romântico e milhas percorridas ...................... 45 Um pouco sobre o amor próprio, crenças e observação ......... 47 Zona de conforto e apegos ...................................................................... 49 Contato ................................................................................................................ 52


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m 2016, Barbra Muller e eu, fizemos uma viagem para o Monte Shasta, Califórnia, EUA. Ela foi intuída por mim, em 2007, numa lista de 12 locais que eu precisaria visitar para levar mais pessoas, com objetivos específicos em cada um deles, mas

todos, para uma transformação importante. Vivemos cada dia no monte com muita entrega. Aprendemos sobre nós mesmas e como nos relacionamos com os outros, somente pelo fato de estarmos dentro daquele vórtice de energia. Os insights sobravam em nossos corações e mentes. Eu pude escrever sobre cada experiência, diariamente. E fiz disso um diário de bordo, transformado em E-book. Porque a cada movimento, há sutilezas que podem apoiar mais pessoas em seus caminhos pessoais. E, quem sabe, abrir espaço dentro para desafios maiores na conexão com o SER. Aproveite este momento com o e-book para sentir e, se quiser, fale comigo sobre seus anseios. Meus contatos estão no final do livro. Boa leitura. Boa viagem. Com amor.

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DIA 1 | 20/05

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hegamos no Monte Shasta, hoje, sexta, 6h30 daqui… 10h30 no Brasil. Dois graus de temperatura. Sim, estamos congelando, mas trouxemos roupas adequadas, o que sur-

preendeu nosso novo amigo Thomas, que está nos recebendo em sua casa. Ele nos levou para um típico café da manhã americano. E eu prometi fazer para ele uma caipirinha… O Monte, hoje, está escondido atrás da névoa… branquinho, o que ele chama de neve e eu chamo de nuvem. rsrs A viagem de trem foi boa para mim. Dormi melhor do que no avião, pois os bancos são bem mais inclináveis e com espaço para as pernas. Só passei um pouco de frio, porque o casaco e calça que eu usei nao deram conta. Tirei o anjo® da sabedoria1. Começou… lá vem aprendizado. Agora estamos num café esperando o Thomas. Nosso check in será às 11h. Ele tem hóspedes ainda por lá. O café é típico americano, daqueles que a polícia nos filmes entra e ninguém dá a mínima. Todo mundo na sua. Tomando algo, usando o computador. Ninguém percebeu que existem duas brasileiras aqui dentro. 1 Todo dia pego um anjo do Livro dos Anjos de Katty Tyler e Joy Drake. Me oriento por estas qualidades de energia. 4


Mais tarde vou escrever um texto maior no blog do Destino Colaborativo. Contando como tudo isso começou. Sobre o ano passado e agora. Depois de um banho quente. Eba. Estou Feliz !! Por todos nós <3 ps… Beth, não encontro os acentos deste teclado…

DIA 02 | 21/05

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ia incrível, porque foi o primeiro contato com o Monte. Como eu disse em outro post do facebook, estávamos na rua, em busca de um mercado para abastecer a geladeira.

Muito frio. Mas muito mesmo. 2 graus, segundo os termômetros. Vi um homem de longe, no meio da rua, como uma estátua, olhando para nossa direção, mas um pouco mais acima. Curiosa que sou, resolvi olhar para trás, para ver o que ele olhava, e vi o maravilhoso. Monte Shasta. Ele é muito grande. Lindo. Um poder desconcertante. Fiquei meio paralisada e a Bah não estava entendendo minha reação porque não tinha visto. Eu só apontei e quando ela viu soltou um AHH assustado, surpreso. Contei no vídeo que foi um impacto estranho. Eu senti tristeza. Não sei explicar ainda. Não consegui parar de olhar para ele. Chorei e olhei. Não sei ao certo o que foi. Me deu uma saudade de uma pessoa com quem não convivo mais. Tudo isso ali, junto com a imensidão do Monte. Porque a saudade de alguém, né ? Passei o dia com isso. Muitas lembranças. Sentimentos contraditórios. Alguém que nem faz mais parte da minha vida, reaparece ali. No formato de saudade, na frente do Poder e da Força daquele Monte. Senti bastante dor de cabeça. Ainda está um pouco. Bem, eu vim para este lugar porque sabia que coisas iriam acontecer. Transformações… e se há algo ainda que preciso entender nesta saudade, assim será. Eu trouxe muitas intenções de pessoas com quem trabalhei nos últimos dias para que a transformação e despertar aconteçam. E não sou diferente de ninguém. Também irei colocar uma intenção. A Bah também. Hoje faremos isso, daqui a pouco. Vou trabalhar com ela e comigo em nossas intenções pessoais. Também conhecemos mais da cidade. Lojas. A rua principal se resume em umas dez lojas e alguns cafés e restaurantes. Não há prédios na cidade. Ela é linda, um ar puro e tudo vibra de um jeito especial. 6


Tem uma fundação de Saint Germain, mas estava fechada. Voltarei lá, certamente. Compramos um pêndulo novo para cada uma. Iremos energizá-los no Monte. Eu ia locar uma bike, mas caro demais. 25 dólares por dia. Minhas pernas agüentarão andar. Amanhã pretendo subir no Monte. Espero que não chova, pois a indicação é não subir se chover. Aguardem novas histórias … beijos e agradeço o carinho das pessoas. Muita gente torcendo. Uma graça. Recebo várias mensagens inbox. Um insight que tive por aqui. Ninguém ama e deixa de amar. Não era amor, então. Ou você não deixou de amar. Isso inclui amigos. Não se engane. é seu ego querendo te afastar do que realmente importa. beijos e uma linda lua azul para todos.

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DIA 03 | 22/05 Já falei que aqui é frio ? Já, né ? Muito frio…

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ntem pensamos em subir o Monte, mas choveu. Trabalhamos em casa o dia todo. Do nosso quarto eu vejo outro monte. Monte Edge, Nome sugestivo.

Atendi muitas pessoas inbox, que colocaram uma intenção para esta viagem. Todas dizendo que o processo delas já começou. Deve ter começado mesmo, desde o dia em que vimos o Monte pela primeira vez. A gente se colocou nesta disposição, não foi ? Criarmos em nós mesmos a mudança. Nada como começar do começo que foi quando colocamos a intenção. Mesmo com chuvinha, domingão nesta cidade mega agitada pelos passarinhos, o Tom, nosso anfitrião, nos convidou para conhecer o Lake Siskiyou. Topei na hora. Barbra Também. Final de tarde já. E o tempo inconstante entre o sol e a chuva. Ensinei para o Tom “sol e chuva casamento de viuva”. Claro que em inglês para ele poder entender o português. Ensinei, também, uma música para ele cantar com a gente num vídeo que faremos. Surpresa. Não fui eu quem escolheu a música. Foram os anjos. Daqueles insights que me chegam sei lá de que 8


planeta. No final do dia, em casa, procuramos a letra em inglês e ele disse que a música era perfeita para ele, para o momento dele. Fofo !! No Lake (lago) entendemos a força daquele lugar. Ele é lindo. O Monte estava escondido nas nuvens, mas dava para ver um pedacinho e ver o quanto ele é imenso. Imenso… E eu ainda não consigo parar de olhar pra ele, nem parar de me conectar. Dragões…. vi ! Vários. Ali estavam eles. Tá… novatos na minha timeline. Não sou maluca. Eu os vejo. Enormes, amorosos e prontos para a mudança que estamos vivendo. Estão aqui para nos apoiar na nova forma de manifestação das coisas. Eu confio neles. Assim como nos Anjos. Recebi vários insights ontem. Fiz uma meditação pessoal, nela me encontrei com minhas individualidades. Conversei com cada uma delas e as integrei. Minha individualidade mãe, ex-esposa, ex-namorada, amiga, filha, iniciadora de grandes projetos, mulher… Várias. Cada uma tinha algo a me dizer. Disseram e se integraram à Consciência. Tudo, para mim, parte do meu Despertar. Minha individualidade mãe me disse: Vim para trazer ao mundo dois seres incríveis e de puro amor. Agora retorno à consciência, pois os meninos só precisam da sua inteireza. <3 Cada uma me disse algo muito forte e potente. Assim me sinto. Forte e potente. Presente, observando meu corpo, que tem me dado sinais importantes de mudança. Observando as pessoas que estão se aproximando. Novas e velhas pessoas da minha vida. O que posso dizer… se eu tivesse uma receita de bolo para o que eu estou vivendo, eu distribuiria gratuitamente. Mas não tenho. Ninguém tem. Não quero mais dar cursos, aulas, nem nada. Quero criar espaços onde cada um possa encontrar o que já existe dentro de si. Com as ferramentas que confio e compreendo como vindas de um lugar de sabedoria desta Consciência Única. Diário de Bordo, direto do Monte Shasta, conectada com o Todo que somos nós. <3 Com Amor. 9


DIA 04 | 23/05

Dia hibernando. Trabalhamos muito o dia todo, eu embaixo das cobertas. “Com o que vocês trabalham se estão aí no Monte Shasta?” Em muita coisa. Manter a colaboração para financiar nossos projetos. Desenvolver os projetos. Só olhar no site tudo que está rolando. .: Uma galera da educação no planejamento do Intercâmbio Criança Urbana Criança Ribeirinha. .: Inciclo para Todas – Saúde da Mulher. .: Novo Grupo de Findhorn 2016. .: Site novo, com novas ferramentas. .: Cura e Despertar da Equipe, quase que 24 horas… Cansou ? éhh, a gente trabalha muito. Final de tarde, o Tom chegou convidando para uma feira de produtos das fazendas da região. Eu contei 5 barracas. A Bah contou 7. Bem legal. Acabou a rua…. Pronto, vimos tudo.

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Daí, por falta do que fazer, fomos onde ? De novo… na Soul Conection. Esta loja é uma perdição. Tudo de pedras lemurianas e pleiadianas. Anjos, dragões, anéis… A gente se perde no tempo quando está lá dentro. Coitadinho do Tom… Paciente nos esperou e até ajudou a escolher umas coisinhas. Depois fomos à fundação Saint Germain. Fechada de novo. Ahhh e numa loja de chá, onde a dona fala português. Acho que já contei isso. Segunda vez lá, já somos “íntimas”. (Ela tem um casaco maravilhoso – quero um). Voltamos para o carro, no caminho compramos pizza de pepperoni. Fechamos a noite assim, comendo pizza, bebendo um delicioso vinho e ouvindo música Hawaiana. (Muitos insights sobre o Destino Colaborativo Hawaii). Fui dormir tendo uma conversa com o Universo. “Ok, pode parar de chover, fazer sol que eu quero ir no Monte amanhã…” Este será o diario Dia 05, que farei daqui a pouco. Beijos

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DIA 05 | 24/05

Chegou o dia… Fomos presenteadas sem chuva neste dia.

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cordei cedo, meu aniver ! Recebi mensagens no fuso horário do Brasil. Cedérrimo, mas adorei. Estava bastante animada com nossa subida. Eu não tinha a menor idéia

do que veria ali. Ainda bem, pois fui mais que surpreendida. Ele é imenso, onipresente. Para todo lado que olhamos o Monte está nos olhando. Brincamos primeiro com a neve. Fotos e vídeos. Tive aquela força interior me dizendo que a Colaboração é o Caminho, o Destino é a Colaboração. Vontade imensa de levar mais gente para aquela experiência. Isso não é novidade para mim. É o que me move. Proporcionar experiências de transformação para quem chega. 12


Daí, me conectei para achar o local de meditação. Embaixo de algumas árvores, num pequeno círculo sem neve. Ali é quente. Não me pergunte porque. Mas há locais que são buracos de terra quente. Retirei todas as intenções pedidas no Brasil. Meditei e convoquei meus queridos apoios espirituais. Saint Germain e Arcanjo Miguel. Recebi as orientações do trabalho e comecei. Li cada intenção como se fosse a própria pessoa lendo. Algumas me emocionaram bastante. Não há um motivo para explicar. Só me emocionaram. Também pedimos que algumas pedras que compramos, oráculos, pêndulos fossem energizados. Usei o pêndulo para isso. Houve um momento de alinhamento dos chakras da Barbra. Um a um foi dito algo, que não me lembro. Eram frases bem estranhas para mim. Eu só reproduzia. No final, trabalhei com a Mandala da Nina. A Nina e um serzinho que nasceu este ano, tendo como pais o Douglas e a Renata. Ela se foi, como era preciso. Uma passagem rápida para nosso aprendizado e para a ascensão dela própria. O pêndulo sobre esta mandala rodou intensamente. Eu soube ali que estava tudo bem. Também coloquei minhas intenções. Que foram 4. Longas todas. Eram 3 inicialmente. Fiz no dia anterior. Mas sentia que faltava algo. Tirei alguns oráculos dos mestres e entendi que faltava um quarto. Fiz, então. Recebi uma canalização que vou ainda transcrever. Está gravada no celular. Em breve, publicarei. O que sinto é que, depois disso tudo, as coisas começaram a aparecer. Para mim, pessoalmente, minhas intenções se manifestaram imediatamente. Ou eu enxergava ou estava com problema de falta de óculos. Eu enxerguei. E entendi. E absorvi rapidamente. Consciência é algo que não se nega. Ela veio e eu expandi. 13


Voltamos para a cidade. O Tom foi um ser a parte no meu dia. Fez um jantar de aniversário (maravilhoso) e comprou um Bolo, com o desenho do Monte e meu nome. Eu, de fato, não esperava. Foi surpresa. Ele se mostrou aberto a me cuidar. Este é um assunto para um próximo diário. Muitas coisas aconteceram depois disso. Mas posso adiantar que deste dia em diante, eu me observei mais presente ainda. Fluindo. Quando a gente saiu do Monte, estávamos estranhas. Bastante zonzas. Minha cabeça parecia maior do que é. Tive muito sono. Dormi até o jantar. Foi uma experiência extra sensorial para mim. Abri canais novos de sensibilidade. E deixei no Monte meu medo de falar sobre isso. Se é algo que nos apoia no Despertar, vou usar este novo conjunto de apoios sensoriais. Aos poucos estou entendendo do que se trata. Quando eu souber mais, aviso.

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O Bolo! Beijos e até… 15


DIA 06 | 25/05

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ste dia foi de descanso. Como o nosso primeiro contato com o Monte foi ontem, a energia ficou no corpo como algo para ser integrado e observado em um tipo de silêncio.

Acordei bem cedo. Tomei um banho muito quente. Saí para andar sozinha nas ruas da cidade. “Ele” lá olhando prá mim. O Monte. Como diz a Barbra, ele é onipresente. Estava muito frio, mas foi gostoso andar. Meditei assim. Vieram insights dos próximos passos. A gente havia reservado Airbnb somente até dia 26. Eu estava no fluxo e nesta meditação veio a indicação do que fazer. Eu conheci um novo amigo, virtualmente, quando chegamos em São Francisco. E neste dia ele me falou para ir a Esalen. Eu sempre quis conhecer e achei que aquilo era uma indicação, tipo insight. Na minha meditação na rua veio para irmos, sim, num bate volta. Veio tudo alinhado. “Alugar um carro no sábado, chegar em São Francisco domingo, ir para Big Sur na segunda. Devolver o carro quando forem embora na terça.” Ok. Farei… Pensei, então, que faltavam dias 26 e 27 para dormir. O Thomas tinha um hóspede no dia 27. Podíamos ficar num hotel então. No caminho, vi uma pinha no chão e lembrei que a Andreia Xisto havia pedido alguma coisa do Monte. Uma pedra, folha, qualquer coisa. Quando peguei a pinha para levar para ela, ouvi: Resiliência para a Andreia. Peguei, com certeza. Quando comentei no grupo do facebook, ela foi pesquisar o significado da Pinha. E encontrou este texto. Fez sentido para ela. E para mim. Para mim por compreender que existem muitas situações de dor que nos colocam no chão para depois voltarmos à estrutura real do SER. “SIMBOLISMO DA PINHA. É um dos mais misteriosos símbolos encontrados na arte e na arquitetura antiga e moderna. Poucos estudiosos percebem, mas a pinha faz alusão ao mais alto grau de iluminação espiritual possível. Isto foi reconhecido por diversas culturas antigas, e o símbolo pode ser encontrado nas ruínas dos indonésios, babilônios, egípcios, gregos, romanos e cristãos, para citar alguns. Ela também aparece nos desenhos das tradições esotéricas, como a Maçonaria, a Teosofia, o gnosticismo e o cristianismo esotérico. A pinha realizou o mesmo significado

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para todos: Ela simbolizava um órgão vestigial secreto, a ‘glândula pineal’ ou ‘TERCEIRO OLHO’. O Terceiro Olho foi chamado por diversos nomes ao longo da história, incluindo o ‘olho interior’, ‘Olho da mente’, ‘olho da alma’ e ‘olho da razão’. O retrato de um único ‘Olho’ é, na verdade, uma imagem arquetípica que remonta há milhares de anos na história humana. Ele aparece novamente em mitos, esculturas, gravuras e pinturas em culturas antigas em todo o mundo. Ele foi muitas vezes representado em todo o Egito antigo como um único olho desencarnado, o Olho de Hórus. OBSERVE COMO FOI ENFEITADO TODO O ENTORNO DO TEMPLO DE SALOMÃO COM PINHAS REAIS E ARTIFICIAIS.” FONTE1 Cheguei em casa, conversei com a Bah e resolvemos tudo. Locamos outro airbnb em São Francisco. Pesquisamos os carros. Só faltava a hospedagem para os próximos dias em MS. Confiando na guiança que chega sem eu ter que pensar, deixei para o próximo dia. Ficamos em casa, trabalhamos on line, nas necessidades da A Forma e do Destino Colaborativo. Fizemos um Ser Livre on line. Outras pessoas entraram para colocar suas intenções. O Tom chegou em casa mais cedo e nos convidou para ver o Monte de longe, num outro ângulo. Acho que o conhecemos em todos os ângulos, de fato. Saímos de carro e tiramos muitas fotos. Pois é um impulso que dá, de tão lindo que ele é. E foi um dia lindo. Como todos ! No diário do dia 26 conto como foi a segunda subida e a meditação mais incrível que já fiz até hoje. O Segundo Vórtice. Vai lá ver.

1 https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=763088663761779&id=367979726606010& hc_location=ufi 18


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DIA 07 – 26/05

N

o dia anterior, havíamos decidido subir de novo no Monte. E, SURPRESA!! Não havia uma nuvem no céu. Pela primeira vez ele podia ser visto inteiro. O Tom me escreveu

no whats, avisando sobre isso. E falei para ele que subiríamos. Ele disse que queria ir conosco. Ok. (Claro) Combinamos um horário. Ele nos orientou sobre o que levar, pois nos deixaria lá e depois nos buscaria. Fizemos uma malinha cada, com comida, água, roupas extras, oráculos, novas intenções de quem ainda não havia enviado. E um propósito claro de trabalhar a cura física da Beth.

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A Beth trabalha na A Forma e no Destino. E, nesta semana, recebeu uma notícia sobre a necessidade de cirurgia. Fiquei muito conectada a isso desde que ela me contou. Eu conseguia ver o que era. Como eu sempre vi, desde pequena. Doenças, curas, mortes, nascimentos. E meu coração disse para manter-me conectada a ela e que algo poderia acontecer naqueles dias para uma cura física. Thomas chegou e fomos para o Monte. No caminho ele diz, com entusiasmo que teve uma grande ideia. Estou sorrindo enquanto escrevo isso, por me lembrar da carinha dele falando. Muito Amor envolvido. Ele disse que a gente poderia ficar na casa mesmo com um novo hóspede. Que este hóspede usaria o quarto grande (onde estávamos até então) e nós iríamos para o quarto que ele estava usando, pois era com uma cama de casal. Ele dormiria no outro quarto de “bagunça”, que não estava sendo usado e havia um colchão inflável. Muitoooooo amor envolvido !! O Tom é parte do que preciso contar. Pois foi e é muito importante em todo o processo de muitas curas do feminino e masculino. Não só minhas. Mas conto mais para frente, nos dias seguintes. Este assunto merece um dia só para ele. Nós aceitamos o convite, e ele propôs da gente “dar uma geral” na casa para que o novo hóspede recebesse tudo limpinho e arrumado. E eu adorei a ideia. Muito a ver com que o DC pensa como iniciativa. Nem tudo precisa ser moeda R$ e moeda US$ ou outra moeda institucionalizada por um país. Por isso criamos a nossa própria. $ColaborAMOR$. Vamos lançar em breve. <3 No Monte Shasta há 3 pontos importantes de Vórtice: Bunny Flat, que foi onde meditamos a primeira vez. McBride Springs onde não fomos. e Red Fir Flat, que foi onde intui que deveríamos ir desta vez. Primeiro chegamos ao Bunny Flat para umas fotos com ele sem nuvem. O melhor lugar para isso. Depois descemos para o Red Fir. Combinamos com o Tom dele voltar às 17h. Encontramos um lugar para nos sentarmos e eu respirei aquele lugar. Um sinal do vórtice, para mim, é que minha cabeça fica enorme. Sinto ela muito grande. Estava bem frio ali. Fiquei quieta por um tempinho e entendi que eu precisava 22


encontrar um ponto para começar o trabalho da Beth. Não tinha a menor ideia de como fazer isso. Era muito grande. Me veio, então, de usar o pêndulo. Ele começou a girar muito forte e num determinado momento parou estanque, isto é, não foi parando devagar. Parou de vez. Nunca tinha visto isso acontecer no pêndulo. Tirei uma carta do Oráculo dos Mestres para saber quem estaria me conduzindo e veio ninguém menos do que o meu Amor: Arcanjo Miguel. EMOCIONEI. Me posicionei naquele lugar e fechei os olhos. Respirei e só esperei. Senti um calor no corpo e via energias em volta. Muitas cores. Vi a Beth sendo colocada ao meu lado e em seguida como se ela estivesse no meu corpo. Eu era ela. A Bah olhava de fora e disse que via a Beth no meu corpo. Os trejeitos e como ela fica em pé. É possível, porque foi assim que aconteceu. Eu senti cada célula minha (da Beth) sendo iluminada por estas cores. Estavam sendo tratadas. E uma sensação estranha na região do abdômen. Quando a luz saiu eu vomitei. Primeiro veio ar, depois mais que ar. A Bah também sentiu enjôo. Voltei para onde a Bah estava sentada. Bebi água e aguardei. Conversamos um pouco. Aquele lugar era mágico. Especial. Senti que havia uma nova rodada. Em outro ponto do local. Usei o pêndulo do mesmo jeito e achei. Ele era uma linha reta entre as árvores. Muito interessante. Desta vez somente me senti leve. Parecia um levitar (Apogi, lembrei de você). Meus braços foram levantados e ouvi que aquilo era uma cicatrização das novas células. Demais !! Acabou rápido. Voltei para o local onde sentamos. Daí vieram as canalizações. Eu havia levado o tablet e o tecladinho dele. Comecei a escrever sem conseguir ler muito. A Bah só olhando. Muita coisa… Preciso transcrever tudo, porque como eu ia escrevendo direto, há erros de digitação. Prometo em breve soltar isso, pois é muito importante para todos nós. Mensagens de Saint Germain, Arcanjo Miguel e Dester (O Dragão que me orienta). Toda experiência colocarei num post próprio. Deitamos na terra, como orientado para um harmonização feita por Miguel. Só presentes e presentes. 23


17h em ponto, nosso americano com pontualidade britânica chegou. Eu já sentia ele chegan-

do. Estava com saudades dele. Fomos para casa, mas antes ele fez uma surpresa e nos levou no Templo de Saint Germain. (Observação: o Tom não conhecia Saint Germain. Conheceu por mim). Aff Saint Germain. Os caras não permitem entrada se não for membro. Avisa para eles que sou membro ? Oras bolas… Você estava comigo até agora e não me deixam entrar no templo ? Que coisa !! O Thomas se divertia comigo quando eu dizia isso. Ele falava que eu não era membro porque membro paga uma anuidade. E eu falava que ele não sabia de nada, tolinho… Voltamos para a cidade. Compramos limão e vodka para fazer caipirinha para o Thomas. Era uma promessa minha. Não encontramos cachaça, então foi vodka mesmo. E ficou bom.

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Muito bom. Ele gostou. Ouvimos muita música nesta noite. Dancei na cozinha, toda a minha alegria e leveza daquele dia. Uma coisa super em comum entre nós 3, a música. Tanto que criei uma PLAYLIST Monte Shasta no Spotify. Se você acompanhou a viagem e se conectou com alguma música, pode add lá. A playlist é colaborativa (claro). No diário de 27/05 vou falar de feminino, masculino, amor romântico e as curas que aconteceram para muitas pessoas. Incluindo euzinha. <3 Até !!

DIA 8 | 27/05

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combinado era de que neste dia faríamos uma arrumação geral na casa do Tom. Levantamos e minha primeira frase foi: “Alguém anotou a placa do caminhão ??” . Meu

corpo doía em todas as partes dele. Mas uma dor que eu não combatia e nem reclamava. Por que valeu a pena. Eu entendia que a dor física só era uma mudança celular. Uma adaptação ao novo. Já passei por isso em alguns processos de freqüência de brilho e quando tive falência dos rins ano passado. No final eu estava inteira. Uma médica me disse que era incrível minha capacidade de autocura. Células de bebê, ela comentou na época. Bem, sexta de limpeza. O Tom achava que quem iria fazer isso era a Bah. Sabe-se lá qual imagem eu passei para ele. rsrs. Enganou-se. Trabalhei bastante e observei-me naquele dia, sobre meus sentimentos. Muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo. Muitas pessoas voltando ao meu convívio. Mais exatamente ex-namorados ou ex-relações amorosas de algum tipo. Novos pretensos namorados. Muito masculino aparecendo de uma vez só. Daí aquele caso dos 30 homens no Brasil. Meu posicionamento foi claro e lúcido. Não houve dor em mim, mas clareza do que quero neste sentido. Muitas lembranças e reflexões sobre isso. E me dei conta de quantas mulheres são coniventes e condescendentes com homens que nos violentam não só fisicamente. Muitas mulheres do meu último ano se mostraram pouco íntegras em relação ao cuidar de si e de outras, dando poder ao outro ou à outra. Mas identifico isso ao seu pouco acesso ao poder pessoal, de fato. Uma das coisas que observei é que cada uma daquelas relações que estavam voltando foram curadas. “Magicamente”. Eu falei coisas que nunca havia falado a eles. Por ser condescendente. Aquela coisinha de “se eu falar vou magoar”. Mal sabendo que nunca falei e causei mal maior. Falar não ! “Não quero. Não serve para mim assim”. Ou “meu coração vibra quando você está perto. Quero ficar com você”. Um homem na minha infância me disse que eu não deveria nunca dizer a outro homem que estava afim dele. Bobagem geral! Digo sim. Direi a todos pelo que sentir que meu coração deseja dizer. Pois confio no meu coração. Ele aponta para direções das experiências que serão importantes para meu crescer. Muitas meninas que fazem as interações do Ser Livre comigo, às quartas-feiras, enviaram intenção de cura das relações amorosas. Fui o melhor canal. Meninas, acho que funcionou. Conhecer o Tom foi um brinde disso tudo. Ele foi especialmente importante para que eu me 26


conectasse efetivamente ao meu feminino e ao masculino. Pude perceber quais movimentos fluíam ou não. Falar disso com ele (percebam a sutileza – falar de sentir em inglês – uma nova forma de linguagem do meu feminino, totalmente fora da zona de conforto) e sustentar a relação do meu ego e do meu coração foi único. O que significa isso: Observar se os encantos da sedução estavam tocando ao meu ego ou a experiência era a partir do meu coração. Logo de cara percebi que os olhos dele brilhavam. Na Estação de trem. Depois eu o ensinei a cantar Carinhoso em português. Fomos ao computador para ele ler a letra em inglês e ele me disse que a música era perfeita para o que ele estava sentindo. Mas não me contou o que era. Pasmem… eu sou tímida. Às vezes ! Não perguntei. O Tom me surpreendeu todos os dias. Com suas formas de escolher estar comigo. De querer fazer parte do meu propósito ali. Taí… a frase. Fazer parte do meu propósito. Não ser o meu propósito nem vivê-lo. Mas fazer parte. O propósito é meu. Parte das minhas escolhas. E ele fez parte disso. Da forma mais generosa, amorosa, presente possível. E eu descobri em mim o que meu feminino vibra para conectar a um parceiro. Alguém que faça parte do meu caminho, fluindo sem atropelar o seu próprio. Respeitando meu corpo, meus quereres (ainda tenho alguns). Que seja íntegro a ponto de dizer não quero mais. Ou quero muito. Ou preciso de você agora. Dizer o que parte do coração. Com amor. Dizer sua verdade ! Havia muitas coisas que eu não compreendia antes. E compreendo agora. Eu sempre fui potencialmente íntegra. Mas havia questões, por conta do abuso que sofri, que me atordoavam. Somente neste ano eu entendi e pude liberar o que restava. E a ajuda veio só quando eu disse ao Universo que eu não conseguiria fazer sozinha. Eu havia pedido ajuda às amigas e amigos. Não conseguiram sustentar. Mas quando pedi ao Universo, totalmente entregue, ele me enviou uma liberação incrível. Vale dizer que foi um milagre. Eu me sentia culpada de alguma forma. E esta culpa se revelou como uma ilusão. Um dia conto mais sobre isso. No Monte Shasta eu me senti livre. Para liberar meus relacionamentos pendentes, aceitar novos e me observar dentro de todos. Neste dia, de limpeza da casa, eu olhei para isso tudo. E surgiu um homem na minha meditação. Um muito importante prá mim. Ele sabe quem é. E ele estava com muita raiva dos meus movimentos. Do que escolhi. Do que fui e sou. E posso dizer que o compreendo, mas não é real. Meu amor por ele é eterno, por ser puro. Não preciso 27


estar com ele para saber disso. Sua existência já me diz. Nossas discordâncias não refletem o meu amor, não o resignificam. Ele é o que é, independentemente da moral, das escolhas do ego, da natureza das nossas ações. Não existe pedido de perdão, por compreender a necessidade da experiência, mas não por ser conivente com as escolhas dele ou ele com as minhas. Isso vale para todos os desafetos. Todas as pessoas, homens e mulheres. Não é um block no facebook ou um descurtir que caracteriza meu amor. Porque o amor é além dos conceitos que conhecemos. Ele vibra no coração de um jeito inquestionável. O resto é ego. É armadilha. Um jeito de me afastar do meu Ser. Enfim… nada como um aspirador de pó para me fazer limpar a sujeira toda. Próxima parada, sábado. Adeus ao Monte. Choro, música e muita gratidão. Espere e verás…:) Não pense que acabou. Só acaba quando acaba. Mesmo ! Se um aspirador e vassoura já me levaram a isso, não imagina as curvas de Big Sur. Acompanhe. Amor <3 Patrícia StanqueVvisch #acordaamor

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DIA 09 | 28/05

Ú

ltima noite em Monte Shasta. Saímos no dia seguinte bem cedo, então a ideia era aproveitar este dia para uma despedida de tudo. Na noite anterior, locamos o carro

para São Francisco. Nosso primeiro plano foi buscar o carro em Redding. Uma hora e meia, mais ou menos, de MS. O Tom nos levou até lá. Chegando na cidade, paramos para almoçar num restaurante chinês. Eu estava feliz por comer algo diferente. Meio enjoada já do cheiro de comida mexicana, pizza e panquecas. Não da casa do Tom, porque ele cozinhou para nós e sempre algo diferente. Saladas, sopas, outras coisas… Era mais pela cidade. Onde passamos, há este cheiro nos EUA. No restaurante chinês vi que a especialidade deles era camarão. Já fiquei atenta, pois sou alérgica. Perguntei se nas comidas havia camarão. A menina disse que não, mas que toda

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ela era feita em panelas junto com os camarões. A chance era grande de haver algo dentro. Hummm… Abortada a minha vontade de comida chinesa. Mas a Bah comprou. O que restou foi hambúrguer. Fomos a outro restaurante. Não havia hambúrguer de carne branca. Eu não como carne vermelha. O Tom comeu ali. Hummm. Minha fome era imensa. Resolvi que devíamos primeiro buscar o carro e depois eu comeria. Fomos, locamos e na volta achamos outro restaurante. Acho que comi hambúrguer vegetariano. Este local era bem bonito. Com banners interessantes. Depois passamos no mercado com o Tom. Abastecimento para o airbnb dele. Tipo um Makro. Grandes quantidades. Encontrei um homem no corredor que me perguntou de onde eu era. Falei que era do Brasil e ele desembestou a falar que gostava do nosso país, mas tinha medo. Queria vir para a Olimpíada, mas os jornais falavam da Zica, dos traficantes, dos roubos. Eu falei para ele só ficar atento com os políticos, que de resto era meio boato. Ele riu e disse que eu era simpática. Eu retribui convidando que viesse, de fato, que ele seria bem vindo. Voltamos para MS, mas no caminho o Tom foi parando em locais de lindas paisagens. Criei um álbum no facebook Olhos do Tom. Locais estonteantes. A gente definiu esta viagem como uma overdose de cores. Do começo ao fim. Muitas cores diferentes ao mesmo tempo. No caminho de volta, seguíamos o carro do Tom. A Bah dirigia e me disse que havia uma pickup enorme atrás com faróis piscantes. Eu achei que era algum destes caras que adoram carros chamativos. Mas não. Era a polícia florestal. Paramos. Tom também. O guarda “Belo” (era belíssimo, né Bah?) Ele pediu a carteira da Bah. Veio outro no meu vidro e me perguntou porque estávamos grudadas no carro do Tom. Eu respondi que estávamos seguindo, pois não sabíamos o caminho. Ele me perguntou de onde éramos. Respondi, ele sorriu. E me pediu que ficássemos mais afastadas. Era perigoso tão perto. O outro foi até o Tom, confirmou com ele que estávamos seguindo e fomos embora. Foi gostosa a aventura de pararmos. Em seguida me veio que isso foi um aviso. Para mim. Eu, anarquista que sou, perdi minha CNH e por isso a Bah dirigiria, mas pensei que ninguém ia nos parar. Eu poderia revezar com ela. Ainda bem que eles nos pararam ali. Porque em SFO uma blitz nos parou. E num dia em que eu fatalmente poderia dirigir. Depois conto porque. Mas o importante é que detecto em 30


mim o perceber os sinais de algo. Relacionar as sincronicidades. Este é o jeito do Universo se comunicar. Não dirigi. Fiquei atenta à mensagem. Chegando na cidade, já era bem tarde. Mais de 20h. Mantivemos a ideia de subir para finalizar o processo com o Monte. Chegamos lá umas 21h. Havia na estradinha do Monte mais de 100 carros parados. Contei mais ou menos, pois achei curioso. Nos outros dias não havia tanta gente. Quando estacionamos, vimos pouca gente lá. Entendi que deviam estar em alguns locais, por alguma celebração. Muito frio. Andamos pela neve até o vórtice onde iniciamos a nossa meditação. Ali fiz uma invocação rápida e segui o insight de queimar todas as intenções enviadas. Não demorou muito. Ficamos atentas para o fogo acabar mesmo.

Finalizado, ouvi algumas coisas. Sobre como lidamos com a morte e com as doenças. Foi incrivelmente belo. “Não temam mais a morte e a doença. Todas as curas virão para todos. A morte é ilusão. Não se apeguem aos seus entes que se vão. Permitam irem para um novo degrau. Alguns curam-se de doenças graves, mas são canais de curas para outras pessoas. Não se assustem. Tudo é parte 31


de um grande plano de retorno à consciência.” Imediatamente me lembrei de três pessoas que mandaram pedidos de cura física. Uma delas, amiga querida, veio fortemente na mente. Já conversamos pelo telefone e ela sabe que o que está passando precisa sair de suas mãos controladoras. Não existe controle sobre a dor do outro. Existe uma possibilidade de cura em conjunto. Sermos canais de amor. O amor cura. O controle é ego. O ego apegado quer curar. O amor cura sem precisar pensar. Todos podemos fazer isso. Observar o que é ego neste contexto = medo de perder, não confiar na experiência, medo da dor do outro. O que é amor = confiar, compaixão, liberação. Também me lembrei que ano passado Mirna Girsh me disse que eu teria algo para falar sobre morte com as pessoas. Lembrei quando eu já caminhava de volta para o carro. Antes não fazia sentido, hoje faz. Pés atoladas e congelados na neve. Corações aquecidos pela missão finalizada e amorosamente recebida pelos seres invisíveis daquele local. Sou chorona. Chorei no caminho até o Monte. Olhando ele de longe. Chorei quando saímos de lá. É uma saudade que me bate de seres que ali ficarão, por mais que eu saiba que estamos juntos. Em Findhorn também isso me acontece. Elegemos uma música para o Monte Shasta. Nossa música de amor por ele. Tá lá no final do texto. Ele tem vórtices de transformação para todos nós. Não precisamos estar lá para nos conectarmos, mas ainda não conseguimos, todos, fazer este tipo de conexão. Eu agradeci aos cuidadores deste local pelos aprendizados, pelo amor que nos foi dado, pela estrutura de tempo não linear que eles nos apresentaram na prática, pelas curas que surgiram em pessoas que não estavam ali e em nós mesmas. Agradeci às árvores que sustentam a sabedoria ancestral do MS. Aos elementais que vieram contar novidades da minha caminhada. Aos anjos que nunca me abandonam. Aos meus novos amigos Dragões, especialmente Dester, líder da egrégora que me acompanha. Saint Germain meu querido e amigo de longas datas e meu eterno protetor Arcanjo Miguel. Choro de novo, emocionada, relembrando isso. Esta experiência não ficará só aqui. Vou levá-la para mais gente. Como sempre ! Com amor, Patrícia Stanquevisch (Clique aqui para ouvir a música)1 1 https://www.youtube.com/watch?v=rtOvBOTyX00&feature=youtu.be 32


DIA 10 | 29/05

Ú

ltimo dia em Monte Shasta. Acordei bem cedo. Havia algo que eu precisava fazer, por ter recebido uma guiança. Enviar a inscrição do Grupo Destino Colaborativo Findhorn 2016 para os focalizadores de lá. Eu precisava ainda ler todas as cartas dos integrantes. Preencher os formulários. Checar se faltava algo nos dados. 33


A gente pretendia sair às 10h, pois tínhamos que devolver o carro às 17h em SFO e pegar outro ainda no mesmo horário. O Tom nos convidou para o último café da manhã fora, mas eu não aceitei. Meu coração dizia que o foco era que as inscrições fossem enviadas dali, do Monte Shasta. Me lembrei de como é lindo a pessoa desapegada do ego, mas no amor. O Tom não se chateou, pelo contrário, me ajudou a ficar mais tranquila, fez meu café, conferiu se havia coisas no varal. Isso é algo que refleti no dia. Muitas vezes temos compromissos com pessoas ou trabalho e surge uma situação em que seu coração diz que é preciso mudar o caminho daquilo. Parece que no momento não é o ideal. O outro fica bravo com você, pela mudança. Mas entendo que isso é a parte do outro. Porque se o coração sinaliza e a mente não segue, desastre à frente virá. Eu aprendi isso e sempre digo para a nossa equipe de trabalho que eu não tenho compromisso com o ego, mas com o amor. E o amor parte das vibradas no coração. Um dia, isso vai fluir em todos. Em mim flui cada dia mais, mas num processo intenso de auto-observação. Preciso observar o que surge em mim quando sou julgada, questionada. Para que eu não caia na armadilha de atender ao meu ego que precisa ser aceito, amada e não rejeitado pelo ego do outro. Em frente… olhei as cartas, faltavam duas, mas eu enviei a inscrição mesmo assim. Com um lindo e-mail, super inspirado pelos anjos, com nosso vídeo sobre como lidamos com o dinheiro hoje. Enviei porque isso nasceu da minha experiência com Findhorn. E honrei isso enviando para eles. Contei que ela se tornou uma viagem dos anjos, com mais dois locais de visita: Monte Saint Michel (trabalhando força e fé), Stonehenge (com sabedoria de semente estelar). Finalizando em Findhorn com o Amor em Ação. 10h. Tudo deu tempo e fluiu. Colocando energia no lugar e hora necessários. Tiramos uma última self com o Tom. Nos despedimos, difícil largar o abraço. Os beijinhos do Tom. Nossa… como o amor incondicional é incrível !! O Tom ficando ali, sem apego de nenhum lado. Com vontade de que ele seja imensamente feliz sempre. E certa de que é parte de mim, eternamente. E agradeço ao poder da internet, por nos manter em contato, com pessoas que amamos, a qualquer momento. Partimos, SFO. Que vista !! Nós não sabíamos mais contar quantas cores havia neste lugar. Numa mesma paisagem mais de uma cor de monte, com verde, com azul, rosa, amarelo. A natureza é algo que não me canso de amar. Caminho longo, fomos conversando. Eu falo a beça. Costumo dizer que é meu autismo matemático colocado em palavras. As meninas que trabalham comigo já compreenderam isso. Coitada da Bah. Overdose de informação. Mas foi importante para ela. A gente foi ouvindo a Playlist do Monte Shasta até a chegada. Tínhamos que entregar o carro até 17h. O Tom fez um mapa (ele meio que parece virginiano, mas não é. Capricorniano). Mapa perfeito. Até as cores das placas ele me falou. “Quando você encontrar uma placa azul, é de restaurante, daí você para lá para uma Starbucks e me dá um alô”. Como assim ? Sabe a cor de placas? Fiquei pensando que queria prestar atenção

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nas estradas brasileiras se as placas também têm cores diferentes por especificidade.Vou fazer isso. Paramos só uma vez para abastecer (Aquela história que eu contei sobre a mulher que

ficou brava pelo marido ter me ajudado). Chegamos em São Francisco, o maior trânsito da história da Patrícia. Mas tranquilo. Era o exercício. Queria muito que a Bah contasse esta parte, porque tem a ver com o seguir seu GPS interno. Ela sentiu que devia entrar numa avenida, mas não confiou e foi reto. E erramos a entrada. E como isso afeta quando a mente se embola. E foi super legal, porque era o aprendizado do dia. Aliás, o aprendizado deste e do próximo dia. Rodamos até achar uma forma, porque daí as placas do Tom não existiam naquele novo trajeto. Paramos num seven eleven e um senhor me deu a rota perfeita. Chegamos atrasadas, pagamos multa. Incrível, né ? Não seguimos o coração e o problema vem. Mas o próximo aprendizado é não entrar na frustração e confiar que o Universo reorganiza tudo pelo fluxo. Fomos para o próximo carro. Pegamos uma van até a locadora. Este novo carro tinha um GPS. Meu amigo do resto da viagem. Me deu muitos insights que virão nos próximos dias. Próxima parada, Airbnb. Era muito próximo dali. Chegamos e testamos aquela coisa de deixar um carro numa rua tão inclinada. Entramos na casa, tudo fácil. Havia quartos com marcas coloridas indicando onde cada hóspede ficava. Chegamos no nosso. Imundo. Camas desfeitas como alguém que havia acabado de levantar. Uma garrafa de vinho na cabeceira. O quarto tinha cheiro de bebedeira. Achamos que era o quarto errado. Havíamos perguntado aos anjos qual melhor Airbnb, pois havia outra opção. E para este o anjo foi Abundância. A Bah escreveu para o host e ele pediu desculpas, mas era aquele mesmo. Entramos, demos uma geral. Vasculhamos a casa atrás de lençóis limpos. Tudo médio ok. Mortas de cansadas, só queríamos cama. A cama do Tom foi lembrada muito, porque ela era imensa, tinha um aquecedor dentro dela… Lençóis maravilhosos. Vista maravilhosa. Mas tudo bem. De repente a Bah percebeu a falta de uma sacola. Onde havia, além de todos os presentinhos que ela comprou para a família, a mandala da Nina que levamos para o Monte. Que bom que isso aconteceu. A Bah entrou em crise. Claro. E eu só perguntei: Você não confia ? Muita gente me acusa de usar esta frase e causar males. Mas ó… vou continuar falando. Você não confia ? Porque ela não é uma pergunta a toa. Ela é tudo sobre o Todo e sobre você. Você não confia que seu SELF sabe o melhor para você ? Que tem algo ali na experiência que você

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precisa entender para fluir e SER ? Para você SER pleno e consciência ? Vou continuar perguntando e afirmando: CONFIE ! Eu respirei e deixei vir o que eu precisava naquele momento. Mandei um whatsapp para o Tom com uma foto do documento de locação do carro onde a sacola ficou. E pedi para ele ligar, pois estávamos sem telefone. Ele não viu de imediato. Mandei o mesmo pedido para outro amigo que mora nos EUA. Ele viu de bate e pronto. E disse que ligaria para lá. Enquanto eu esperava, a Bah fez um lanche prá gente. E eu acendi um incenso para dar uma movimentada na energia do lugar e das nossas coisas. Tom e o João me deram o mesmo retorno ao mesmo tempo. Que precisaríamos ir até o aeroporto, na locadora, pois o carro provavelmente seria locado de imediato. Não deu para saber se foi encontrada a sacola. Colocamos casacos e saímos para lá. Lembra que eu falei que havia um momento em que eu dirigiria em situações anormais? Seria este, se não tivesse o insight de que eu não devia fazer isso. Pois a Bah estava nervosa, havia chorado, confusa com tudo. Bingo. A polícia nos parou no caminho. Uma blitz. Eu não teimei com o coração. Não dirigi. Provavelmente eu teria conhecido uma delegacia americana se tivesse teimado. Tudo ok. Chegamos na locadora. Vou contar que é tudo extremamente organizado. Há um guarda na entrada deste local, e só entra quem tem carro para devolver. O guarda nem olhou prá gente. Eu havia dito para a Bah que seria o primeiro desafio. Passar por ele, porque de tarde ele dava chiliques com pessoas que tentavam entrar e não eram para entrega de carro. Mas entramos. Manto da invisibilidade. Obrigada, Harry Potter. Subimos e uma moça muito gentil se prontificou a encontrar. Pelo rádio foi buscando até descobrir que estava na lavagem. Sim, usamos pouco. Estava limpo, mas deixei cair batata frita no chão. Ainda bem. Obrigada, batata frita. A sacola estava lá. Intacta. A Bah me abraçou. Feliz e leve. Tudo deu certo. E foi, no meu entender, o salto quântico no despertar dela. Um processo de entender o acesso à abundância. Aquele era o melhor quarto. O mais próximo de tudo o que nós precisamos nos dois dias em que ficamos ali. Abundância é acessar o que precisa quando se precisa. E além. Ela acessou o confiar no fluxo do coração. Da presença. A Bah recebeu instruções de que as coisas começariam a mudar na vida dela, quando estávamos no Monte. Estava apenas começando a saga do Despertar dela. Acho que ali foi o empurrão que faltava. Observação: o dono da casa nos devolveu 40% do valor da locação. (a-b-u-n-d-â-n-c-i-a : quer que desenhe?) Bem, cama… frio imenso. Mais que no Monte, pois dentro de casa estava frio. Acabadas de cansaço. Capotamos para acordar no amanhã de Big Sur. Uma história de montanhas encantadas, com mar, flores, frio e transformação. beijos com amor. Patrícia Stanquevisch

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DIA 11 | 30/05

D

ia de ir para Esalen. Aquela decisão de conhecer um lugar que estava do outro lado da nossa rota era excitante.

Acordamos com calma. Arrumamos as coisas para levar. Água, alguns salgadinhos. Sacolinha de comidinhas que o Tom havia preparado prá gente. São Francisco amanheceu com névoa. Não dava para enxergar nada pela janela. Frio ! Não tínhamos nada para tomar café, então combinamos de parar em algum lugar que o GPS nos indicasse. Demorou, mas encontramos um 7eleven na estrada. Comemos no carro mesmo. No local não havia mesas. Eu comi morangos enormes. Com iogurte. Bolinhos e mais algumas coisas. Partimos Esalen; O caminho foi sempre meio nublado. Mas lindo. E muito papo. Na verdade eu falo mais que a Bah. Acho que falo demais… Já disse isso. Neste caminho as coisas me vinham muito facilmente. Ouvindo nossa playlist Monte Shasta, comecei a ter uma visita de imagens na minha mente. Das pessoas que passaram por mim nos dois anos passados. Pessoas que conheci na egrégora da Colaboração. Algumas pelas quais, até então, eu sentia tristeza por ter conhecido. De repente, eu senti um enorme preenchimento de amor por elas. Rememorava as situações

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e elas faziam sentido terem acontecido. Se não tivessem sido como foram eu não saberia o que sei sobre o que funciona e o que não funciona no Destino Colaborativo. Eu não entenderia que nem toda relação é necessária manter. Que podemos liberar os laços que se amarram por momentos que acabam. Me livrei do efeito do julgamento. Foi um tremendo trabalho de resiliência. E coragem, porque não deixei de olhar para isso, em nenhum momento. Cuidei e me aproximei do que realmente estava ali dentro que me levava à uma identificação e projeção. Olhei para o céu e as liberei. Todas, uma a uma. E isso foi potente no meu coração, que se expandiu. Expandiu a ponto de chegar em uma outra pessoa, mais importante ainda para mim. Um Ser que me colocou em xeque. Por esta relação adoeci. Perdi a vibração do meu coração. Mas por isso eu pude, realmente, assumir minha singularidade e fazer o que faço agora, num profundo Despertar do Ser. Fui além do processo mental. No meu corpo, reconheci o que doía. Ano passado eu acordava com uma dor no peito, todo dia. Antes da minha mente pensar, o coração já doía. E eu não entendia. Agora entendo a potência disso. A conexão que se fez. As mensagens que esta dor me mostra quando vem. É tão simples perceber em mim o significado da dor. E senti meu amor por este Ser. Nada no mundo pode descrever o que significa. Não existe julgamento pelo que ele é ou está sendo. Ou pelo que eu “estou sendo”. Não existe nada além de compreender o processo e a conexão. Para mim é Amor incondicional. Nada importa. Onde ele está, com quem, fazendo o que, quando, de que jeito. As escolhas dele não me doem mais, nem as minhas estão condicionadas a ele ou a ninguém mais. Só amor !! Puro e fluido. Foi o princípio de um caminho a Esalen. Descobrir o Amor Incondicional. A paisagem não pode ser descrita e nem comprovada aqui, pois as fotos não mostram as cores do que é esta estrada de BigSur. O mar tem vários tons. As paredes das rochas tem vários tons. Paramos algumas vezes para olhar o mar lá de cima. É alto o lugar onde passa a estrada. Tiramos fotos e compreendemos que ali era um local muito especial. 38


De longe eu via umas brumas. Falei para a Bah que quando eu via brumas daquele jeito tinha a impressão de segredo. Como se algo estivesse escondido. Pois então. Atravessando aquilo, o sol apareceu. BigSur é mágica. Tudo é especialmente cuidado. Paramos num pequeno restaurante para pedir informação sobre Esalen. A menina me disse para continuar na estrada e que estaria à direita. Andamos muito e muito. Nada de Esalen. O GPS não detectou o lugar. Só achava BigSur. Mas num determinado momento a Bah avistou a placa. Felizes, estacionamos e descemos. Havia uma portaria e a informação foi de que não poderíamos entrar, pois eles estavam com acampantes em atividade por todo o espaço. Primeiro momento, frustração, mas passou rápido. O caminho foi o importante e não a chegada no objetivo. Tudo o que compreendemos sobre Amor foi impressionante para nós duas. Voltamos pela estrada na busca por um lugar para almoçar. Quando saímos de Bigsur, olhamos o relógio e só havia passado uma hora e meia. Não era possível. A gente passou muita coisa ali. Muito tempo. Paramos, tiramos fotos, comemos, entramos em BigSur… O tempo parou. A gente ria disso, pois foi muito intenso, para valer, este caminhar. Que tempo era este que não existia mais ? Eu, que já nem uso relógio há anos, agora que não uso mesmo… nem do celular. Muito trânsito de volta. Era feriado nos EUA. A gente fala do nosso trânsito de volta da praia. Não conhecem a volta de praia da Califórnia. Quando escureceu, minha diversão foi ver estrelas. Por que elas se mexem… Muitas vezes. Não. Não era um avião. Avião segue uma linha reta. Estas estrelas ficam dançando. Estávamos bem cansadas. Mas chegando… E ao chegar, só banho e cobertores quentes. Capotamos para, no outro dia, voltarmos ao Brasil.

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DIA 12 | 30/05

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ia de voltar para o Brasil. Saudades dos meninos. Muitas ideias novas na cabeça. Uma expansão clara das minhas consciências. E a capacidade de manifestar e materializar

a partir do coração em plena ascensão. SP me aguardava com toda a densidade que o Brasil está passando. Na política, nos fatos doloridos que temos visto na Rede. E, para mim, seria o próximo desafio: manter a vibração, sem me contaminar com a energia que estava rolando. Mas não tive medo disso. Só me coloquei à disposição do que viria, com atenção, paciência e amor. 41


Acordamos cedo. A ideia era ir até o Pier 39, comprar um anel de dragão que eu havia visto quando chegamos nos EUA, almoçar por lá e devolver o carro. Com tempo prá gente poder se perder, se fosse o caso. Mas foi tranquilo. Acho que já aprendi a rodar por São Francisco. GPS Interno somado ao GPS do carro. Este GPS do carro me deu o insight de explicar como é que o Universo funciona. Você tem sua vida para viver (este é o end que você coloca no GPS: VIDA DA PATRÍCIA STANQUEVISCH – coloque o seu nome, não o meu). Daí o Universo vai mostrando para onde você precisa ir, quais escolhas realizar. Como se relacionar, com o que trabalhar, viajar. Tudo isso através de uma vibração no coração (o GPS cria um mapa e você clica ok para ele começar a te conduzir). Feito isso, a Mente organiza. Conectada ao seu coração você escolhe o relacionamento, o trabalho, um projeto, etc (O GPS avisa – daqui 800 metros entre a direita. Do lado esquerdo há um posto de gasolina. Do direito um restaurante, mais adiante um local de descanso). Quando você teima em trocar as bolas, usa a Mente antes de sentir no coração, o que acontece ? Pega o lado errado da bifurcação. Não confiou na configuração do GPS, Daí ele tem que fazer o que ? Recalcular a rota. E perceba como ele funciona muitas vezes: te faz voltar até um ponto específico para fazer de novo o caminho. Nem sempre são novos caminhos e mais fáceis. Simples, né ? Só seguir o GPS interno chamado Coração. O medo é um vírus que muda a configuração toda da sua rota. E você não flui no coração, porque ele cria uns riscos na tela. Este vírus vem pela mente condicionada. O coração confia na conexão com o Universo. Este é o condutor. (Me lembrei agora de um filme gracinha que indico. Chappie. Veja quando puder). No Pier 39, direto na loja do anel. A vendedora lembrou-se de mim e até do tamanho do anel. E vi também uma pulseira de anjo. Presentes de aniversário.

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Almoçamos e partimos para devolver o carro. Tudo certo. Na hora. Aeroporto. Tudo certo de novo. Lá dentro, no saguão de espera, abrimos os computadores e trabalhamos um pouco. E me veio os 365 dias atrás. Esta viagem deveria ter acontecido ano passado, na mesma época. Mas foi tanto o medo. Tanta dor, mas tanta, que não fui capaz de realizar. Eu tinha a passagem comprada (colaboração de uma pessoa que confiava no meu trabalho e nos meus insights), visto atualizado, roupas colaborativas de frio organizadas. Mas não consegui ter segurança para ir sem um respaldo financeiro maior. Porque não sabia tudo o que sei hoje sobre SER. E estava muito, muito, mas muito triste. Meu coração não vibrava. Eu conseguia mobilizar pessoas para as ações delas, ações para o Destino Findhorn, mas não conseguia para mim. Eu estava sem casa, longe dos meus filhos. Numa relação amorosa devastadora. Perdida em mim e na dor. Falei um pouco disso no diário anterior. Mas eu tive algumas cartas na manga. 1a carta: Os anjos. Nunca duvidei da presença deles. Em nenhum momento. Eu sabia que havia algo que eu precisava entender e, mesmo com dor, confiei neles. Eles iriam me conduzir. Assim foi. 2a carta: Minha coragem. Agir com o coração. Eu sentia que as coisas não estavam no trilho certo. Meu peito doía por querer me mostrar os caminhos que eu estava escolhendo. E fui descobrindo minha inabilidade em colocar limite no abuso das pessoas. Minha forma condescendente de ser, confundindo isso com amor e/ou amizade. Coragem para descobrir que só aceitando que as pessoas não são tão boazinhas quanto eu as pintava é que eu descobriria as minhas próprias sombras. E olhei para isso com potência. Minhas sombras foram abraçadas. Por mais que elas me arranhassem muito. 3a carta: A capacidade de resiliência. Quando acabei minha formação no Jogo da Transformação®, minha facilitadora disse que o que mais ela admirava em mim eram a coragem e a resiliência. Pois então. Envergou, mas não quebrou a ponto de não voltar ao estado de maior 43


importância para mim hoje: O SER consciência. Se eu tivesse desistido e ficado no drama, isso não aconteceria. Me olhava naquele drama todo e me perguntava: O que é que o Universo está querendo dizer ? Porque estou com esta dor? E ia fundo buscando força para me transformar. Foi assim que recebi o presente de participar do Jogo Planetário®. E foi nele que, finalmente, as coisas se clarearam e se transformaram. 4a carta: Meus amigos. Não preciso citá-los. Pessoas que se colocaram no papel de anjos. Cuidaram de mim, me apoiaram sem julgamentos e dedicaram muito para que eu desse passos largos para este lugar em que me encontro. Meu lugar de sabedoria. De amor incondicional e querendo subir mais alguns. O que não faz um aeroporto! 365 dias de lembranças. Eu adoro aeroportos. Tenho passado bastante tempo neles. Observando o mundo lindo que temos aqui. Sorrindo com a ansiedade das pessoas em formar filas para entrar no avião ou sair dele. 365 dias atrás um Oraculoterapeuta me disse que em Maio eu sairia da dor para ser agente de Amor. E, como todo o resto que ele me disse, assim é. (Falta só uma coisinha, Diego, mas acho que logo acontecerá). Monte Shasta me iniciou num novo movimento do Despertar. Este foi o Anjo desta viagem e seu apoio se concretizou. Trabalhei o feminino, o masculino, o amor incondicional, a família, o Ser, o compreender melhor o mundo invisível. Assumi meu poder pessoal com amor e responsabilidade e abri meu campo de manifestação para criar mais espaços de abundância para mim e outras pessoas que se conectam. O Monte Shasta tem vórtices de energia que transformam e conectam qualquer ser humano à Consciência Absoluta. E, definitivamente, ele é um Destino Colaborativo. 2017 teremos o próximo grupo. 12 pessoas. Nem mais, nem menos. Barbra, só tenho a agradecer sua coragem nesta jornada. Amor infinito por você. Equipe Destino Colaborativo, vejo vocês como Arcanjo Miguel: ao lado, a frente, atrás, acima, abaixo. Anjos que nos cuidaram o tempo todo. Grata eternamente. Meu amor infinito pelo Destino Colaborativo. <3 Eu sei “quem” você É !! <3 44


Meus aprendizados ... por Barbra Muller

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m dos meus principais aprendizados dessa viagem foi aprender a escrever todos os dias durante uma viagem como essa!

Escrevi pouco, senti tudo muito intenso, foram dias profundos - 11 mas que pareceram meses. Fui até o Monte Shasta para curar meu feminino ou uma parte dele. Esses dias recebi de presente minha Leitura de Alma, canalizada pela Patrícia e lá fala: “Lindas paissagens buscarás porque nelas encontrarás as mulheres que em você sofrem do amor medíocre. Depois que curar cada uma delas, por vida delas habitará o amor incondicional, puro e absoluto”. Essa viagem foi a primeira de várias outras que virão. Resolvi “ouvir” minha alma. Na verdade acho que já estava ouvindo. A pré-viagem aconteceu muito rápido para mim. Quando vi já estava com o visto feito e a passagem nas mãos. Foi a primeira que precisei de passaporte. Agradeço a Patrícia por Ser esse canal de amor, que ouve, fala e vê com uma clareza que impressiona. Mas principalmente, segue e é disciplinada. A minha família e amigos, em especial a Beth, que incondicionalmente me apóiam sempre. Ao Destino Colaborativo pela energia abundante e colaborativa. Ao Universo por portar tamanha beleza e imensidão.

Sobre cura, amor romântico e milhas percorridas

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oje acordei com a música A Thousand Years na cabeça - a Patrícia cima ela em seu post.

Também pudera tenho sonhado dias seguidos com algumas pessoas do sexo masculino que passaram e marcaram minha vida. E essa foi a música escolhida para homenagear o Monte Shasta. Hoje 21/06/2016 = 9 (número do universo) - faz um mês que nós (Eu e a Patrícia Stanquevisch) estávamos instaladas confortavelmente na casa do amado Thomas e fechando nossa tríade com 1 masculino como havíamos previsto (mas isso é outro post). Como estava dizendo, a viagem ao Monte Shasta tem tudo a ver como os “homens” que passaram na minha vida. Houve muita cura de várias mulheres nessa viagem. Mas o post é para contar da minha. <3 Foram longas conversas, cartas, pêndulo e muitas milhas falando do amor romântico na minha vida. Eu tive dois namoros longos. Na verdade o primeiro foi beeem looongo e na minha ingenuidade achava que casaria com ele. Os aprendizados foram muitos e essas fichas foram caindo depois do término quando finalmente mudei de posição no meu sono de “Bela adormecida.” Não aguentava mais aquela (não consigo dormir de barriga para cima) e tive que pelo menos virar de lado. Já era outro ângulo. Para deixar claro, não foi um príncipe que me virou. Fui eu mesma com ajuda da família e dos amigos. Eu continuei dormindo durante mais um tempo mas pelo menos foi uma mexidinha. No meu sono profundo de “princesa” conheci outros caras, não foram 7 e nem anões (acho que esse é outro conto mas tá valendo). Alguns passaram como foguetes (nem vi), outros permaneceram um tempo curto e desses os sonhos estão me permitindo relembrar. E tudo isso faz parte dessa cura. Eu relembro a pessoa, a história, dou risada de algumas e 46


gosto de todas elas. Foram todos importantes na minha vida. Estão me mostrando alguns padrões de comportamento. Alguns já deixei para trás desde que acordei do meu sono profundo (sim eu já acordei). Também não foi um príncipe que me acordou, até fui sacudida em alguns momentos por um “Shrek” mas fui eu! Sim, com muita ajuda é verdade mas isso não teria acontecido se eu não quisesse. Sigo observando sombras e padrões com carinho e cuidado. Hoje, me sinto um pouco “Elza” no começo do desenho. Sombras e padrões emergindo e eu aprendendo a usar meu corpo para não “congelar” nada, nem ninguém, ainda desajeitada. Mas já estive tão longe! Como diz minha amiga, confidente e parceira de caminho. #eunaodissequeiaserfacil. <3 Bjinhos, Barbra

Um pouco sobre o amor próprio, crenças e observação

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Pegando a barca do meu primeiro post: Sobre cura, amor romântico e milhas percorridas.

E

sse post veio por conta da nossa ida para Esalen que rendeu bons papos alguns sérios, outros engraçados mas todos leves e importantes.

Estávamos nós, subindo Big Sur e a Patrícia Stanquevisch: Barbra, me conta um pouco mais sobre como você era/é com os homens, seus relacionamentos. Você nunca me contou sobre. (Pausa para um comentário: é verdade! Eu sempre fui muito fechada. Aliás muitas pessoas me procuram para falar delas mas eu pouco falo de mim. Acho que sou mais ouvidos). Bom, dessa vez eu queria contar. Sabia que Saint Germain não havia falado que meu propósito estava em Big Sur atoa (sobre isso posso contar em outro post). Voltando, eu respondi para ela várias coisas. Mas vou colocar só uma delas porque nós sacamos como padrão de comportamento e quero compartilhar aqui porque sempre tem gente que se identifica. Eu falei: Normalmente consigo me envolver com aquele que me chama atenção, com aquele que eu quero (verdade, sou boa nisso). Então ela me perguntou: Por que você nesse momento não está com a pessoa que você quer? Eu falei: Ops, essa é uma boa pergunta. Sendo total padawan nessa hora. Então começamos a sessão “descarrego das crenças” – A primeira descoberta foi que eu me achava bonita o suficiente para conquistar uma pessoa mas não me achava interessante o bastante para ela gostar de mim e querer manter uma relação comigo. (Pausa para um comentário: você que leu meu post anterior sabe que eu tive 1 namoro looooongo e o outro looongo. E então você deve estar se perguntando; mas então como esse Ser Humano namorou?) Boa pergunta também. Vou te contar o que acontecia: eu passava a me anular e viver a vida daquela pessoa. Porque para mim, viver a vida dela era um jeito de deixar ela próxima e fazer com que ela gostasse de mim. Detalhe eu queria que ela gostasse de mim mais que eu mesma. Doido? Pois é. Esse padrão de comportamento, de passar a viver a vida do outro eu fui me dando conta dele ao longo do meu último namoro. 48


Mas nunca tinha, até então me atentado para essa primeira parte. Do motivo pelo qual ele acontecia. Sabe o que é mais legal? É que eu não preciso ficar com isso na cabeça e me perguntar todos os dias: será que me curei? Nãaaao!!! A partir do momento que isso vem a consciência, sorria, você está sendo curado. Sabe por que? Nem eu mas a Patrícia Stanquevisch explica: “Se você luta com o que observa ser seu padrão, só cria resistência. Se observar toda vez que ele aparecer sem lutar, sem julgar, você não se identifica mais com. Porque td é parte desta identificação. Só observar, como se olhasse de fora para um outro alguém, sem julgar. Simples assim.” Dica: converse com alguém que te faça as perguntas certas e deixe você achar as respostas por si mesma. <3

Zona de conforto e apegos

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Falando um pouco mais de relacionamento parte 3!

L

iberdade … Aaaaaaa as vezes você parece tão distante. Me sinto tão presa a tudo que conquistei até agora na minha vida: pessoas, casa, carro, cachorro …

Vou te contar um história sobre isso. Há um tempo atrás e nem foi muito tempo na verdade: 2 anos mais ou menos (sou péssima para datas). Eu tinha uma casa (alugada) onde funcionava a minha empresa e onde eu morei um tempo com o meu ex-namorado, tinha um cachorro e até um carro. Eu trabalhava quase 18h (não mais do que trabalho hoje). Começava bem cedo porque eu era a atendente, gerente e dona de tudo aquilo que envolvia a casa inclusive uma área de alimentação. Depois de alguns meses, eu como uma pessoa de “ar” me deparei com afazeres rotineiros … E depois que fui morar lá eram 24h dentro da mesma casa e fazendo as mesmas coisas. Coisas essas que eu não queria, não sabia e não gostava. Me dava dor no estômago só de pensar “vou ter que fazer isso hoje também.” O meu namoro já estava ficando bem desgastado, apesar do carinho e do amor que tínhamos um pelo outro. O carro pifou em um verão qualquer quando voltávamos para casa da praia e depois disso nunca mais funcionou. O cachorro? Ele se chama Savvy um lindão! Mega fofo. Sim ele ainda existe. Eu sofria quase todos os dias porque eu achava que “aquilo tudo” me prendia. Eu ficava com raiva do namorado, do cachorro, da casa, dos clientes e por último de mim. Por não conseguir fazer o que o meu coração dizia. Aí você deve está se perguntando: poxa mas então porque não jogou tudo para o alto? Pois é, parece óbvio mas por incrível que pareça a zona de conforto não é só daquilo que gostamos. Nós nos apegamos também com o que não está bom. Porque é um sofrimento conheci50


do. Então eu estava sentindo tudo aquilo e não conseguia sair dali. Ah! E lembra daquele padrão de comportamento que comentei no post anterior? … então ele estava ali comigo, bem grudadinho. Aliás foi nessa época que eu comecei a me tocar dele. E depois de tantas outras coisas … Mas eu escrevi tudo isso porque achei que precisava escrever, antes de dizer algo que percebi na viagem e que é muito importante: se você sente de coração que deve fazer algo e que isso pode te afastar de “alguéns” ou de “algos” mesmo assim não deixe de fazer. Hoje no meu ver, isso não é egoísmo. Sabe por que? Porque da mesma forma que quando você está feliz as pessoas ao seu redor também ficam, os sentimentos que vem da impotência (raiva, pena, medo …) também contagiam quem está a sua volta, inclusive quem você ama. E mais, depois que tudo o que “havia conquistado” (posse e Ego) vai embora sem você sequer ter controle (ilusão) você descobre o que “resta” é você! E daí? Quem é você? … bom aí já é outra história … <3 Bjinhos,

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