CDU - Classificação Decimal Universal

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C D U Classificação Decimal Universal

Manual teórico-prático para uso dos alunos da disciplina CLASSIFICAÇÃO no Departamento de Ciência da Informação e Documentação da Universidade de Brasília, elaborado pelo professor

Odilon Pereira da Silva


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S U M Á R I O 1 O SISTEMA CDU 5 O QUE É 5 ORIGEM E DESENVOLVIMENTO 5 CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS 7 DECIMALIDADE 8 UNIVERSALIDADE 8 CARÁTER HIERÁRQUICO 8 CARÁTER ANALÍTICO-SINTÉTICO 9 2 ESTRUTURA GERAL 9 NOTAÇÕES PRINCIPAIS 10 NOTAÇÕES AUXILIARES 12 3 MECÂNICA DO SISTEMA CDU 13 SÍNTESE 14 ORDEM DE CITAÇÃO 15 ORDEM DE ARQUIVAMENTO 17 LEMBRETES 18 4 TABELAS AUXILIARES 19 5 ADMINISTRAÇÃO DA CDU 38 EDIÇÕES DA CDU 39 ATUALIZAÇÃO DO SISTEMA 40

0 INTRODUÇÃO Tradicionalmente incluídas entre as disciplinas denominadas técnicas dos cursos de Biblioteconomia e Documentação, e, mais recentemente, no grupo das chamadas


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linguagens documentárias (preocupadas todas com a análise de conteúdo dos documentos e sua representação através de símbolos convencionais), as classificações vêm perdendo terreno e prestígio para a indexação sob suas diversas formas. O advento do computador e sua paulatina conquista dos arraiais da informação aceleraram o processo de obliteração dos sistemas de classificação, visto que essa nova tecnologia mostrou, em seus primórdios, uma inabilidade insuperável para trabalhar com sistemas de conceitos representados por símbolos convencionais, mas de conhecimento e uso restritos, preferindo o manuseio de formas verbais, de elementos retirados da linguagem natural. Era o óbvio. E era com o óbvio e com dados precisos, com nomes próprios, números, datas, quantidades, etc., que aqueles engenhos maravilhosos sabiam lidar. Os sistemas de classificação, demasiado estruturados, articulados, complexos, engenhosos, superavam a capacidade intelectiva daqueles monstros sagrados da tecnologia moderna. Do esforço de superação das dificuldades encontradas ao tentarem por de parte os sistemas de classificação, nasceram os primeiros índices automáticos, verdadeiras "obrasprimas" da criatividade e da inteligência humanas, que, com nomes adequados à era das siglas, das senhas, dos estrangeirismos e dos hermetismos, se denominavam KWIC, KWOC, KWAC, PRECIS, THESAURUS, etc. Constituíram-se eles em instrumentos valiosos na busca do Santo Graal da "Ciência da Informação", que atende pelo nome, tão pomposo quanto contraditório, de Inteligência Artificial, em que apenas a característica representada pelo adjunto adnominal é verdadeira, pois não foi ainda (sê-lo-á algum dia?) construído um artefato com as características da única inteligência conhecida até aqui "sub sole": a humana, natural, protótipo da outra, que não chega a ser-lhe um pálido arremedo.


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Com o passar dos anos; com o desenvolvimento da tecnologia de "softwares" na área; em decorrência da crescente familiarização dos tecnólogos da Informática com os fenômenos compreendidos no processo da informação, e como conseqüência do desenvolvimento e capacitação dos equipamentos de "hardware" para a manipulação de um volume cada vez mais vasto e complexo de dados, foi possível um repensar e um refinar dos instrumentos originalmente adotados pelos corifeus da informação automatizada. Aqueles arcabouços de índices (KWICs, KWOCs, KWACs e quejandos) e os tesauros incipientes foram adquirindo um grau cada vez maior de estruturação e de refinamento, até o ponto de se aproximarem bastante das verdadeiras linguagens, naquilo que elas possuem de particularmente característico: uma morfologia, uma sintaxe, uma semântica, e, até mesmo, uma fonética. Tal repensar e tal redirecionar levaram os instrumentos máximos representativos das linguagens documentárias da era do computador, os tesauros, de volta aos sistemas de classificação, particularmente aos hierárquicos e aos facetados, de ambos sendo selecionadas e adotadas as características básicas que vieram emprestar-lhes respeitabilidade e aceitação cada vez mais crescentes, tornando-os, em suas versões mais apuradas, verdadeiras sínteses das duas linguagens mais tradicionais da Biblioteconomia: a Indexação e a Classificação. Seria por mero acaso que está sendo cunhado mais um neologismo para enriquecer (?) o extenso vocabulário de étimos híbridos (verdadeiros monstrengos) das "Ciências da Informação", atribuindo a essa síntese o nome de "classauros" ? Há, entretanto (lamentavelmente), que reconhecer a provável irreversibilidade dos fatos: a indexação e os tesauros se impuseram como instrumentos predominantes para a armazenagem e a recuperação da informação neste mundo cibernético. Aos sistemas de classificação tradicionais resta seu outro papel, também tradicional, e não menos nobre, de instrumento não apenas útil, mas até mesmo, talvez, insuperável, por eficiente, no arranjo das coleções de documentos de qualquer natureza e em qualquer tipo de suporte. Esta parece-nos uma das razões para que se continue a ministrar cursos de Classificação Bibliográfica nas escolas. Esta a razão de se continuar a escrever livros sobre sistemas de classificação do passado. Mas não deve ser desprezado um motivo talvez maior: o conhecimento de algo que faz parte da trajetória de nosso desenvolvimento técnico-profissional, e que, até hoje, embora com suas funções reduzidas, continua a prestar colaboração inestimável, nos cinco continentes, à tarefa ingente e gloriosa de organização dos registros do conhecimento e do próprio conhecimento, como parte do esforço humano coletivo de melhorar, de progredir, de recuar fronteiras.


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O SISTEMA CDU

O QUE É

Abreviada e internacionalmente conhecida pela sigla CDU (nos países de língua portuguesa), é um sistema de conceitos hierarquicamente estruturados em grandes classes, destinado à classificação do conhecimento e dos suportes físicos de seu registro, a que denominamos genericamente documentos: livros, folhetos, revistas, discos, fitas de áudio, discos fonográficos convencionais, discos "laser", etc. Como qualquer sistema, constitui-se de uma estrutura de partes intimamente relacionadas, com funções específicas dentro do todo, contribuindo e interagindo cada uma delas para o objetivo do conjunto. Quatro grandes partes avultam de imediato como constituindo a essência do Sistema: um conjunto de dez Classes Principais de categorias do conhecimento, a que se acrescentam dois grupos distintos de Subdivisões Auxiliares: Comuns e Especiais, mais um Índice Alfabético relativo aos conceitos compreendidos pelas Tabelas Principais e Auxiliares.

ORIGEM E DESENVOLVIMENTO

A idéia de representar o conhecimento a partir de sua divisão em base decimal para criação de uma sistema de classificação bibliográfica já se encontrava presente no sistema que deu origem à CDU, a classificação Decimal de Melvil Dewey (1851-1931), cuja primeira edição data de 1876. O próprio Dewey ter-se-ia inspirado em trabalho do físico André Marie Ampère, que no século anterior já empregara notação decimal como código de classificação de documentos. O esquema original de Dewey, a princípio muito parco de recursos, foi aos poucos sofrendo alterações ao mesmo impostas pelos usuários, que já não se restringiam aos muros do Amherst College, de Massachussetts, mas se encontravam espalhados pela vastidão do território norte-americano e do mundo de cultura inglesa. Sua contribuição para o estabelecimento e a permanência, até hoje, da predominância do assunto, ou tema, como critério maior de organização do conhecimento e dos livrosnas bibliotecas, foi inestimável. E foi exatamente por perceber-lhe esta virtude, que dois


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humanistas belgas, Paul Otlet e Henri La Fontaine, decidiram, no final do século passado, utilizá-lo como instrumento de arranjo do Repertório Bibliográfico Universal (Répertoire Bibliographique Universel) que vinham planejando e a que deram prosseguimento sob os auspícios do Instituto Internacional de Bibliografia, nome com que nasceu a atual Federação Internacional de Informação e Documentação (FID). Embora já em sua quinta edição em 1894, o sistema de Dewey se encontrava ainda um tanto acanhado para atender às exigências do ambicioso projeto de Otlet e La Fontaine. Assim, com a permissão de Dewey, puseram-se eles à obra de expandi-lo e adequá-lo à classificação de um repertório bibliográfico, representado àquela altura por aproximadamente 400.000 fichas. Terminada a tarefa de expansão, publicaram o trabalho, que resultou numa obra com aproximadamente 33.000 entradas, com índice alfabético de 38.000 verbetes, a que deram o nome de Manual do Repertório Bibliográfico Universal (Manuel du Répertoire Bibliographique Universel). Tendo percebido nas duas características básicas do sistema Dewey (a linguagem universal dos números arábicos e a capacidade de representação da estrutura hierárquica do conhecimento) sua virtude maior, de imediato procuraram incorporar-lhe uma outra característica que enriqueceria profundamente o sistema original, acentuadamente enumerativo, linear, unidimensional: a introdução do conceito de Relação e dos recursos para representá-la através da síntese, que permite a formação de notações compostas para representar conceitos novos não previstos no sistema. A indicação de tais relações e a criação de verdadeiros subsistemas (ou minisistemas) de conceitos secundários, ou blocos de idéias acessórias, permitiram ao novo instrumento combinar num só esquema as características de hierarquia rígida (de seu antecessor) com as riquezas de detalhamento oferecidos pelo recurso da síntese na póscoordenação, tanto através dos Dois Pontos (influência Ranganathiana) quanto através de quase duas dezenas de símbolos para representar conceitos secundários consubstanciados nas conhecidas Tabelas Auxiliares (Comuns e Especiais). O Sistema continua em expansão, apesar dos revezes sofridos nas duas últimas décadas. Da Primeira Edição Internacional, em francês (1905-1907), com 33.000 entradas, passando pela Segunda (padrão internacional, 1927-1933, com mais ou menos 70.000 entradas, já com o nome de Classification Décimale Universelle), até às mais recentes edições Desenvolvidas, na faixa das 280.000 entradas, o progresso foi enorme. Não obstante os percalços com que teve de se defrontar, sucederam-se as edições nacionais nos mais variados idiomas e em níveis diferentes de abrangência, que vai da edição Completa à Condensada, passando pela Média, pela Abreviada e pela Especial.


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Está em estudos, no momento, juntamente com uma reestruturação bastante substancial do Sistema (reutilizando a classe 4, hoje vaga), o lançamento de uma edição intermediária entre a Desenvolvida e a Média, com aproximadamente 60% das entradas do sistema completo, e que passará a denominar-se (e desempenhar o papel de) Edição Padrão Internacional, em substituição à Segunda Edição Internacional (em língua francesa), de 1927-33. Trará, como absoluta novidade em edições da CDU (paralelamente à estrutura atual de entradas numéricas e texto correspondente obedecendo ao princípio da hierarquia decimal), uma outra estrutura em forma de tesauro, com todas as principais características dos tesauros mais desenvolvidos, que, aliás, conforme já observado aqui, as tomaram de empréstimo a sistemas de classificação como a CDU, onde estas características estiveram sempre presentes, ainda que de forma nem sempre conspícua. Incorporando as alterações ao sistema posteriores à EXTENSIONS AND CORRECTIONS TO THE UDC 12(2), 1984, proporcionará aos usuários uma visão abrangente das profundas transformações já realizadas ou em andamento nos quartéis da FID, como as introduzidas nas Subdivisões Auxiliares Comuns de Língua, de Raça, e na Classe 8 (Filologia e Literatura), a partir da EC 14(3), já utilizadas nos exemplos e exercícios deste Manual.

CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS

Como sistema de Classificação (esta, na verdade, sua característica fundamental, quando a queremos individualizar e identificar entre as chamadas linguagens documentárias), a CDU exibe quatro grandes características estruturais de que derivam outras menos evidentes (mas certamente relevantes): a decimalidade, a universalidade, a estrutura hierárquica e a síntese dos contrários, representados pelos sistemas rigorosamente enumerativos do passado, seus antecessores, e pelos poliierárquicos e multifacetados, mais recentes, a quem de certa forma precedeu, mas por quem acabou sendo influenciada, via Ranganathan/Classification Research Group. É o que nos assegura a própria FID, quando afirma que "a CDU é o resultado de um projeto que visava a transformar uma classificação enumerativa numa classificação facetada".


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DECIMALIDADE

O universo do conhecimento foi concebido como uma unidade dividida (arbitrariamente, é óbvio) em dez grandes classes, ou grupos, cada um por sua vez novamente subdivisível em outras tantas classes, num processo teoricamente infinito, até se atingir o nível de detalhamento requerido ou satisfatório. É de notar que o emprego dos algarismos arábicos como notação não é exigência do princípio da decimalidade, mas foram preferidos devido ao caráter universal de sua utilização.

UNIVERSALIDADE

Significa, em primeiro lugar, que o Sistema tem, em princípio, a pretensão e a capacidade de oferecer conceitos e símbolos para representar a totalidade do conhecimento em determinada fase de sua evolução, com estrutura e previsão de espaço para acomodar futuros desenvolvimentos desse conhecimento, tanto em suas manifestações isoladas quanto nas relações multiformes que costuma ostentar. É universal, também, no sentido de que emprega símbolos (numéricos e nãonuméricos) de conhecimento e emprego unívocos em todos os contextos culturais de todos os quadrantes da Terra. Uma linguagem universal, portanto, uma "Koiné" dos tempos modernos, um Esperanto da comunicação da informação.

CARÁTER HIERÁRQUICO

Como a maioria das classificações filosóficas, cuja influência histórica inevitavelmente sofreu, reflete a concepção do mundo como uma unidade rigorosamente estruturada em partes necessariamente subordinadas ao todo de que dependem e de cuja natureza participam. É a visão da realidade num esquema ou paradigma a que muito mais tarde denominariam sistêmica, e que haveria de ter grande voga, transformando-se num dos grandes modismos e maneirismos intelectuais (ou seria pseudo-intelectuais ?) deste século.


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CARÁTER ANALÍTICO-SINTÉTICO

Embora não seja, dentre as características básicas, a mais conspícua, nem a que mais identifica a CDU, pode ser-lhe atribuída, sem favor algum, uma vez que a Classificação Decimal Universal sabiamente concilia e equilibra as exigências e os rigores dos esquemas hierárquicos com a multifacetação dos sistemas em que os diversos aspectos de um mesmo assunto são tratados com o mesmo cuidado, ou com o cuidado relativo a sua importância no contexto em que ocorre, em razão dos pontos de vista e interesses divergentes dos usuários da informação nele contida.

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ESTRUTURA GERAL

Na base da estrutura da CDU está a concepção do universo do conhecimento e da informação como uma unidade, um todo constituído de partes intimamente relacionadas e interdependentes, cada qual representando uma parcela desse conhecimento. Estas parcelas, por sua vez, são suscetíveis de novas divisões e ubdivisões, num processo teoricamente infinito, que constitui o caráter hierárquico (enumerativo) do sistema. Foi escolhida arbitrariamente uma base decimal, o que fez com que inicialmente fossem dez as classes resultantes da primeira divisão do todo. Mesmo com o desaparecimento da Classe 4, na década de sessenta (transportada para a Classe 8, cujo conteúdo é intimamente relacionado com o seu), o sistema continua essencialmente decimal, porque a decimalidade reside no princípio da divisibilidade por dez, e não na divisão atual das partes. Poderemos, assim, dizer que a Classe 4 existe como um subconjunto vazio, dentro do conjunto maior das dez classes principais. São essas dez classes e suas subdivisões hierárquicas que constituem a espinha dorsal do Sistema e que respondem por seu caráter aparentemente monolítico, rígido e inflexível. Há, entretanto, recursos divisados pelos idealizadores, e desenvolvidos pelos que lhes sucederam, que permitem suavizar com bastante eficácia essa característica supostamente negativa, fazendo com que o sistema assuma as feições hoje aclamadas como positivas pelos sistemas ditos facetados, multidimensionais ou poliierárquicos. Tais recursos constituem os chamados Números Auxiliares, elencados em tabelas também denominadas auxiliares, e que são, na verdade, autênticos novos subsistemas


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representativos de conceitos que denotam detalhes, aspectos, facetas do conhecimento, da informação e de seus suportes físicos, suscetíveis de combinações variadas entre si e com os conceitos representados pelos números das classes principais. Esses conceitos, essas idéias, esses detalhes são representados através de símbolos universalmente conhecidos, com as mesmas ou com ligeiramente diferentes funções: os algarismos arábicos, os sinais + (adição), / (barra inclinada), : (dois pontos), = (igual), () parênteses , - (hífen), para mencionar apenas alguns. A esses números e a esse conjunto de símbolos convencionais e letras que se utilizam para representar os assuntos contidos num sistema de classificação denomina-se notação. E é exatamente essa notação, revestida das características de clareza, organização, abundância, universalidade e versatilidade, que permite à CDU realizar o feito da síntese dos (aparentes) contrários, ao conciliar os interesses dos a quem encantam as aventuras, o prazer e a dinâmica envolvidos na atividade criadora da pós-coordenação, e os dos que se deliciam e se enlevam com a arquitetura majestosa, a ordem, a previsão e a provisão dos sistemas hierárquicos. A essas duas partes da estrutura, as tabelas Principal e Auxiliares, vem-se juntar, idealmente (e de fato na maioria das edições) o Índice Alfabético, instrumento auxiliar de localização dos conceitos nelas representados. Costuma fazer parte (final) do volume único das edições abreviadas e desenvolvidas, mas tem constituído volume independente nas edições médias de diversas línguas. Qualquer que seja o tipo de edição ou o número de volumes, a ordem de apresentação do sistema costuma ser: uma Introdução, seguida das Tabelas Auxiliares (Comuns e Especiais), da Tabela Principal e do (quando existente) Índice Alfabético.

NOTAÇÕES PRINCIPAIS As notações principais, que representam os conceitos contidos nas dez classes gerais da CDU, são: 0 1 2 3 4 5 6

Generalidades: o Conhecimento, a Cultura, a Ciência, o Saber, a Escrita, etc. Filosofia. Psicologia Religião. Teologia Ciências Sociais (Vaga no momento) Ciências matemáticas, físicas e naturais. Ecologia Ciências aplicadas. Tecnologia


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Artes. Divertimentos. Lazer. Esportes Línguas. Lingüística. Filologia. Literatura Geografia. Biografia. História e ciências auxiliares

Seguindo o princípio hierárquico de classificação do geral para o particular, a notação acompanha os diversos níveis de detalhamento dessas classes, através do acréscimo de novo dígito decimal até o detalhe desejado, ou o mais próximo existente no Sistema. Assim, um documento sobre o Platonismo, cuja notação precisa em CDU é 141.131, pode ser classificado em qualquer dos níveis que precedem o algarismo final, uma vez que todos, com mais ou menos detalhamento no sistema hierárquico a que pertencem, se enquadram dentro do âmbito da classe 1, Filosofia. Deve-se observar que, para facilidade de percepção visual e de leitura, é introduzido um . (ponto) a cada três dígitos decimais, tanto nos números primitivos (existentes nas Tabelas Principais e Auxiliares), quanto nos derivados através do processo de síntese (formação de números compostos e complexos). Nos casos de formação de derivados através de subdivisões paralelas, poderá haver necessidade de introduzir ponto(s) no número resultante, ou de deslocar o(s) ponto(s) eventualmente existente(s) para adequá-lo(s) às exigências do formato CDU. Exemplos: de 91 Geografia + (81) Brasil, resulta 918.1 Geografia do Brasil (retirada dos parênteses e introdução do ponto) de 91 Geografia + (817.4) Brasília/DF, resulta 918.174 Geografia do DF (retirada dos parênteses e deslocamento do ponto) de 9 História + (410.3) País de Gales, resulta 941.03 História do País de Gales (o mesmo que no exemplo anterior)

OBSERVAÇÃO Quando um número CDU possui menos de três dígitos e se lhe acrescentam as Subdivisões Auxiliares com .00 ou com .0, não há alteração alguma a processar, bastando justapor a Subdivisão Auxiliar ao número principal. Exemplos: 7

Arte


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001.5 Ponto de Vista da pesquisa 7.001.5 Pesquisa sobre Arte 72 Arquitetura .01 Estética. Teoria 72.01 Estética em Arquitetura. Teoria da Arquitetura Da mesma forma que está vaga a Classe 4, o Sistema deliberadamente deixa espaços nas subdivisões das atuais nove classes, com vista a futuras expansões ou rearranjos dos assuntos por elas hoje representados. Assim é que, para dar apenas alguns exemplos, na Classe 0 não temos hoje a Divisão 04; na Divisão 08 não temos as Sessões 083, 085 e 089; e na Sessão 099 temos apenas as primeiras cinco Subdivisões.

NOTAÇÕES AUXILIARES

São os seguintes os símbolos (com suas denominações) empregados pela CDU para compor as notações das Tabelas Auxiliares e proporcionar a formação de números compostos e complexos, estes e aquelas objeto de descrição detalhada, com exemplos, mais adiante:

+ / : :: [] = (0...) (1/9) (=...) "..." * A/Z .00 -03 e -05 -1/-9

ADIÇÃO BARRA INCLINADA DOIS PONTOS DOIS PONTOS DUPLOS COLCHETES IGUAL PARÊNTESES ZERO PARÊNTESES UM BARRA NOVE PARÊNTESES IGUAL ASPAS ASTERISCO A BARRA Z (OU EXTENSÃO ALFABÉTICA) PONTO ZERO ZERO HÍFEN ZERO TRÊS E HÍFEN ZERO CINCO HÍFEN UM A HÍFEN NOVE


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.0 ' ...1/...9

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PONTO ZERO APÓSTROFO RETICÊNCIAS UM BARRA RETICÊNCIAS NOVE

MECÂNICA DO SISTEMA CDU

Conhecida e compreendida a estrutura básica do Sistema CDU: dez classes gerais de assuntos predominantes; quatorze mini-sistemas de assuntos secundários, àqueles eventualmente associados nos documentos; e um índice alfabético relativo para acesso aos conceitos, representados no Sistema por símbolos convencionais, preponderantemente numéricos, resta ao classificador (percorridas, naturalmente, as etapas da análise documentária) identificar no Sistema, através do índice alfabético, os símbolos ou conjuntos de símbolos (notações) que correspondem aos assuntos, temas, tópicos ou conceitos que deseja classificar. Tais assuntos, temas, tópicos ou conceitos, muito provavelmente, na maioria das situações, encontrar-se-ão representados de forma direta e inequívoca nas tabelas, tanto Principal quanto Auxiliares, e serão de tal natureza símplices que não haverá como se lhes atribuir ou adicionar quaisquer detalhes, aspectos ou nuances, ou mesmo associá-los a, ou relacioná-los com outros assuntos, temas ou tópicos da mesma ordem de importância. Será suficiente, nesses casos, transcrever (com ou sem eventuais adaptações), os símbolos destinados pelo Sistema a sua representação. Ocorre, entretanto, com apreciável freqüência, que o conteúdo dos documentos se apresenta de uma forma complexa, multifária, em sua aparente simplicidade, tanto em termos de idéias mestras, de conceitos essenciais, quanto no que diz respeito às idéias secundárias, aos detalhes, aos aspectos e formas de apresentação e de tratamento, todos eles passíveis de interessar a um leitor ou usuário peculiar, para cujo atendimento pode ser fundamental esse tipo de abordagem e de acesso ao documento. A CDU recorre, em tais situações, a três mecanismos básicos para solucionar esse problema da multiplicidade de aspectos associados a um assunto principal (ou vários simultaneamente); da variedade de relações eventualmente existentes entre eles; do detalhamento em níveis cada vez mais profundos desses mesmos assuntos; da ordenação hierárquica desses mesmos assuntos e detalhes sob a forma de seqüência de símbolos (notações); e da determinação do lugar de cada documento e/ou ficha nas coleções/catálogos que os reúnem.


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São eles a Síntese, a Ordem de Citação e a Ordem de Arquivamento, a que se juntam outros recursos menores, que serão vistos com detalhes na apresentação de cada uma das Tabelas Auxiliares, e que poderão ser analisados com vagar pelas pessoas interessadas em se aprofundar no conhecimento do Sistema, sobretudo pelas que atingirem a etapa derradeira deste Manual e procederem à solução dos duzentos exercícios, com respostas elucidativas da mecânica CDU empregada em sua formulação.

SÍNTESE

É o mecanismo adotado pela CDU para a classificação de assuntos compostos e complexos, através da criação, por parte do classificador, das notações apropriadas a sua representação, utilizando as notações simples fornecidas pelo Sistema, ou mesmo através do apelo a códigos extra-CDU, por ela autorizados, e apropriados ao tipo de detalhamento desejado. Tal mecanismo se processa de três formas diferentes, que podem ser reciprocamente complementares, com possibilidade de ocorrência simultânea na classificação de um mesmo documento, obedecendo a variadas combinações. São elas: a) dois ou mais números principais, de qualquer uma das dez classes, se combinam para representar um conceito novo, mais detalhado do que o veiculado pelos números originais, ou para indicar as relações (ou ausência de) existentes entre assuntos representados por números das tabelas principais. Exemplos: 534:781 Bases físicas da música (detalhamento do tema música) 622+669 Indústrias de Mineração e Metalurgia (apenas a ocorrência desses assuntos num documento, sem afirmar existência de relação entre os dois) 592/599 Zoologia Sistemática (forma abreviada de indicar 592+593+...+599) b) a um ou mais números da Tabela Principal são justapostos outros pertencentes às Tabelas Auxiliares para indicar detalhes que elas representam. Exemplos: 53(035)=20 Manual de Física em Inglês


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[061.1(100):54+66]"1980" A União Internacional de Química Aplicada na Década de Oitenta c) dois ou mais números das Tabelas Auxiliares se combinam entre si para representarem de forma sintética conceitos secundários diferentes e/ou múltiplos. Exemplos: 572.9(=96:81) 025.45=690=03.20

Raça Negra no Brasil Documento sobre Classificação, em Português, Traduzido do Inglês.

Naturalmente, pode (teoricamente) haver notações tão complexas quanto as formadas por dois ou mais conjuntos, constituídos, cada um, de uma notação principal mais suas auxiliares. Um exemplo seria o seguinte tópico: Tese sobre a Raça Negra como Tema na Literatura Brasileira de Ficção do Século Vinte. A notação CDU ficaria assim: [572.9(=96:869.0(81)-3"19"[(043.2) Tais situações, entretanto, não constituem a norma, e há sempre a possibilidade de simplificar a notação, sobretudo para fins de localização física do documento na coleção, facilitando a leitura e a compreensão por parte do usuário (onde há livre acesso) e até mesmo dos funcionários responsáveis pela manutenção da ordem sistemática nos catálogos e no acervo.

ORDEM DE CITAÇÃO

Para a correta, e, tanto quanto possível, uniforme representação de uma seqüência de símbolos (notações principais e auxiliares) na formação de um número composto ou complexo, cada sistema de classificação estabelece uma ordem padrão de prioridade, denominada Ordem de Citação. Esta ordem reflete a ponderação diferenciada dos conceitos, que, no discurso, se reflete através da sintaxe de colocação, fazendo com que os de maior densidade semântica no contexto precedam os demais, cada um ocupando o lugar relativo à importância de sua função no conjunto.


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A ordem de citação pode ser diferente para cada sistema, e costuma admitir possibilidade de pequenas variações, para atender a circunstâncias especiais. Assim ocorre com a CDU, cuja ordem padrão ("default") recomendada é a apresentada a seguir, mas com abertura para variações circunstanciais:

Número CDU 1/9 .01/.09 -0/-9 .00 "..."

Tabela Principal Auxiliares Especiais com Ponto Zero Auxiliares Especiais com Hífen Ponto de vista Tempo

(1/9) (=...) (0...) =

Lugar Raça Forma Língua

Exemplos de exceções: 869.0(81)-292 Teatro Popular Brasileiro (a manutenção da ordem padrão daria como resultado: 869.0-292(81), que significaria algo como o Teatro Popular Português no Brasil 7.036(469) Arte Moderna em Portugal (que, registrado na forma 7(469)036, que dizer, eventualmente, a mesma coisa). 675(450)"18" e 675"18"(450) representam igual e corretamente o tópico Indústria do Couro na Itália no Século Dezoito (a única diferença é de ênfase: no aspecto geográfico, no primeiro caso, e no temporal, no segundo. 869.0(81)(091).001.5 Pesquisa sobre História da Literatura Brasileira ficaria inteiramente alterado, se composto de acordo com a ordem padrão. O resultado seria: 869.0(81).001.5(81)(091) História da Pesquisa no Brasil sobre Literatura Portuguesa


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ORDEM DE ARQUIVAMENTO

Enquanto a Ordem de Citação, ou de Classificação, tem como ponto de partida a ponderação de cada conceito, o peso específico ou o peso semântico de cada um no contexto, e é flexível, de forma que os mais importantes precedam os que não o são, a Ordem de Arquivamento se preocupa com a amplitude maior ou menor dos conceitos na estrutura hierárquica do sistema, sua posição mais acima ou mais abaixo na escala, procedendo do mais genérico para o mais específico. É a ordem empregada no arquivamento de fichas nos catálogos e na ordenação dos documentos na coleção. Em ambos precedem os documentos e fichas com notações de assuntos mais genéricos, mais abrangentes, procedendo-se paulatinamente aos detalhes. Ao contrário do que ocorre com a ordem de citação sugerida pela CDU, que é opcional, a de arquivamento, ou vertical, é compulsória, em virtude da necessidade de padronização, entre todas as bibliotecas e instituições usuárias da CDU, do método de arranjo dos catálogos e das coleções. Aos números simples da Tabela Principal precedem os compostos por meio dos sinais + (mais) e / (barra inclinada), porque cada um em seu nível indica um grau maior de abrangência e de generalidade do que o número simples. Já a partir dos : (dois pontos) e dos :: (dois pontos duplos) começam os níveis de detalhamento do número simples, que procede através dos conceitos representados pelos Auxiliares Comuns e pelos Especiais, na ordem em que são apresentados na seção NOTAÇÕES AUXILIARES, deste Manual. As notações daquela lista que denotam LÍNGUA, FORMA LUGAR, RAÇA e TEMPO, cujos símbolos respectivos são =..., (0...), (1/9), (=...) e "...", representam os números chamados Auxiliares Comuns Independentes, porque os conceitos por eles representados podem ocorrer independentemente de um assunto principal, ou precedê-lo na arrumação dos catálogos. É o que se denomina forma invertida de representar os assuntos e de ordenar o catálogo sistemático, fazendo com que os detalhes assumam a função e a posição de primeiro ponto de acesso às informações contidas nos documentos. A diferença básica entre esse dois grupos é que os primeiros podem, quando pertinente e aconselhável, se justapor a qualquer número das classes primárias, enquanto que os


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outros têm emprego restrito, ocorrendo apenas em algumas partes do Sistema, com instruções precisas para uso tópico e/ou em lugares explicitamente indicados. Exemplos: =30 (0.025.2) (82) (=1.82) "19"

Alemão (idioma) Documentos ilustrados Argentina Argentino Século Vinte DC

Essas notações, mais as com asterisco, as alfabéticas, as de ponto de vista e as introduzidas pelo -03 e -05 pertencem ao grupo das Subdivisões Auxiliares Comuns. As quatro últimas constituem o grupo das Subdivisões Auxiliares Especiais.

LEMBRETES

Ao lidar com qualquer sistema de classificação, e, de resto, com qualquer estrutura de símbolos representativos da informação ou de seu suporte físico, não deve o usuário desses recursos perder de vista o fato de que eles são apenas instrumentos, estruturas, esquemas, arquétipos, protótipos, e não fins em si. De que são eles que devem sofrer modificação, ser adaptados, ser traduzidos para atender a circunstâncias especiais e satisfazer a necessidades peculiares de certos cenários informacionais. Daí não ser de se esperar, nem fazer sentido, que duas bibliotecas inteiramente diferentes, sobre assuntos distintos, com usuários diversos, e até em épocas distantes, empreguem exatamente os mesmos símbolos CDU, com os mesmos níveis hierárquicos e abundância de detalhes, apenas porque esse recursos estão disponíveis no Sistema. A CDU pode ser comparada a um rico manancial, ou a um rio caudaloso, do qual cada um só precisa haurir o tanto de água que lhe baste para desalterar-se. Exceder-se é sinal de insensatez, podendo acarretar sérios danos, em não raras circunstâncias conduzindo ao delíquio. Não pode o classificador em CDU esquecer-se de que o sistema é destinado à classificação de conceitos abstratos e do conhecimento registrado (quase-sinônimo de informação, ou informação potencial) numa variedade de suportes físicos, em diferentes


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tipos de nível, com uma gama quase infinita de preocupações e de pontos de vista que refletem as incontáveis formas de abordagem dos temas e os interesses, por vezes conflitantes, dos usuários. O usuário deve constituir preocupação maior do classificador ao atribuir os códigos do Sistema aos documentos e fichas, pois hoje, quando o acesso universal aos catálogos e às coleções se tornou praxe generalizada, pouco adianta aos profissionais se desdobrarem em exibição de conhecimento técnico e exploração dos recursos do Sistema, se os usuários se vêem perdidos numa "selva selvaggia" de símbolos exotéricos, acessíveis apenas aos bibliotecários, esses sacerdotes (ou iniciados) dos templos do saber, como já foram um dia (talvez ironicamente) cognominadas as bibliotecas. Em um mundo de crescente especialização que progride num ritmo alucinante, no qual se torna cada vez mais difícil a alguém explorar com alguma competência e profundidade mais de uma área do saber, constitui uma temeridade o bibliotecário, mesmo especializado, ousar classificações detalhadas de assuntos que extrapolam sua competência. Sobretudo quando se trata de classificação para números de chamada. O risco de dispersão de coisas congêneres é proporcional à temeridade do classificador. Ressalvada a competência em termos de conhecimento especializado dos assuntos identificados no documento durante o processo de análise, e levadas na devida conta as demais considerações até aqui tecidas, não há por que recear ou tergiversar diante da perspectiva de ter de atribuir dois, três ou quantos números pareçam necessários para representar os assuntos contidos no documento. Não é o número de assuntos, mas sua pertinência que deve servir de critério e nortear o classificador na decisão sobre o que escolher e o que rejeitar. Não sendo o catálogo sistemático um instrumento por si só evidente, a não ser para os profissionais da informação, e estando, lamentavelmente, cada vez mais perdendo terreno os sistemas de classificação hierárquica, parece desaconselhável continuar insistindo em torná-lo sofisticado. Quanto mais simples, mais útil e mais eficiente; mais fácil sua compreensão e utilização pelos usuários leigos. O índice alfabético relativo deve acompanhá-lo "pari passu", tornando-se menos complexo e mais transparente.

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TABELAS AUXILIARES


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Nas diversas edições da CDU as tabelas dos sinais e subdivisões auxiliares estão divididas em dois grandes grupos, identificados pelos algarismos romanos I e II. O grupo I, subdividido de "a" até "k" (exceto o "J") compreende as chamadas Subdivisões Auxiliares Comuns, em número de dez. O grupo II, reservado às Subdivisões Auxiliares Especiais, apresenta os quatro tipos de notações utilizadas na representação dessas subdivisões. Nas edições da CDU as Tabelas Auxiliares precedem as Principais, na ordem em que as apresentamos a seguir (ordem vertical).

SUBDIVISÕES AUXILIARES COMUNS

TABELA Ia: ADIÇÃO E EXTENSÃO

SINAIS: + (mais) e / (barra) respectivamente. FUNÇÃO: ao contrário das demais notações auxiliares, que têm como função acrescentar detalhes e especificar cada vez mais os conceitos representados pelas notações principais, as desta Tabela tornam mais genérico e abrangente o composto resultante da união de elementos por meio destes dois símbolos. Os assuntos tratados no documento não devem apresentar qualquer tipo de relação ou associação de natureza intrínseca, mas apenas justaposição incidental. Por essa razão, na ordem de arquivamento precedem a notação simples de igual valor. Entre os dois sinais, a precedência é do sinal + (mais). Este sinal tem a função de unir dois ou mais números não-consecutivos do Sistema CDU para os quais não há notação pronta nas tabelas. Exemplo: 54+66; (81+83). O sinal / (barra) tem a função de unir o primeiro e o último de uma série de números consecutivos no Sistema CDU para formar a categoria ou conceito abrangente não indicados nas tabelas. Quando se pretende indicar uma série consecutiva de divisões de um mesmo número, basta empregar a barra entre o primeiro e o último elemento da série consecutiva de subdivisões, não sendo necessário repetir o elemento comum (número base das divisões). Assim, em vez de 546.32/546.35, basta escrever 546.32/.35 003.02/003.08, basta escrever 003.02/.08 54-1/54-4, basta escrever 54-1/-4 (817.1/817.2), basta escrever (817.1/.2)


21 TABELA Ib: RELAÇÕES

SINAL: : (dois pontos) FUNÇÃO: Subdividir com maiores detalhes um número de Tabela Principal. Exemplos: 63:016 63:311

Bibliografia agrícola Estatística agrícola

A outra função deste sinal é indicar existência (mas não natureza ou qualidade) de relações recíprocas entre dois ou mais assuntos representados tanto pelos números Principais quanto pelos Auxiliares de Lugar. Os elementos do composto podem ser invertidos sem alteração do sentido. Exemplos: 17:7 7:17 327(81:469) 327(469:81)

Ética em Relação com a Arte Arte em Relação com a Ética Relações entre Brasil e Portugal Relações entre Portugal e Brasil

Aqui parece oportuno introduzir o sinal [] (colchetes), utilizado pela CDU com a função de delimitar subconjuntos ou subgrupamentos, com a mesma função com que é utilizado na Álgebra, por exemplo. Têm eles a finalidade de esclarecer, sem perigo de ambigüidade, a qual conjunto ou subconjunto se refere determinado elemento de uma notação composta ou complexa. Exemplo: Mineração e Metalurgia na Suécia, cuja classificação analítica (sem margem a ambigüidade) seria 622(485)+669(485), normalmente é classificado sem repetição da notação do Auxiliar de Lugar. A maneira de indicar de forma sintética (mas se ambigüidade) que aquela notação pertence a ambos os números é utilizando os colchetes. Assim: [622+669](485). O mesmo ocorre, freqüentemente, com o emprego dos : (dois pontos). Para classificar o tópico Estatística da Mineração e da Metalurgia na Suécia basta acrescentar 311 ao número formado no exemplo acima. Assim: 311:[622+669](485). Sem os colchetes ficaria a dúvida sobre se o (485) também se refere ao 311.


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Da mesma forma que os colchetes, de emprego limitado na CDU são também os :: (dois pontos duplos), empregados sempre que se pretende indicar a desnecessidade de inversão dos elementos do composto. Ocorre sobretudo nos sistemas automatizados em que a CDU é empregada como linguagem de recuperação. TABELA Ic: AUXILIARES COMUNS DE LÍNGUA

SINAL: = (igual) FUNÇÃO: tem a finalidade de indicar o idioma em que está redigido o documento cujo assunto é representado pela notação principal. Suas subdivisões são as mesmas da Classe 80, bastando substituir ali os dois algarismos iniciais pelo símbolo = (igual). Assim: 802.0 Língua inglesa 803.0 Língua alemã

⇒ ⇒

=20 =30

Em inglês Em alemão

Deve-se notar, também, que a partir da notação de língua é bastante substituir o sinal de = (igual) pelo algarismo 8 para se ter a notação da literatura correspondente. Igualmente, basta eliminar o 0 (zero) na classe 80 para se obter a notação da literatura correspondente. Exemplos: 806.90 Em português fica 869.0 Literatura portuguesa 804.0 Em francês fica 840 Literatura francesa. Na eventualidade de se precisar inverter a ordem da subdivisão Auxiliar de Língua com a do assunto principal, para ter acesso também a partir daquela, empregam-se os : (dois pontos) para fazer a união dos dois compostos de notações. Assim: 025.4=690 Classificação em português, fica =690:025.4. Para dar a informação de que o documento é poliglota, pode-se simplesmente utilizar o símbolo =00, ou indicar cada um dos idiomas em questão, na ordem numérica crescente. Exemplo: 025.45CDU=20=30=40 Edição da CDU em inglês, alemão e francês. Para indicar apenas o número de idiomas do documento, há o símbolo ==2/=009. Exemplo: um documento sobre Educação, em inglês, alemão e francês, cuja


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classificação mais analítica, explicitando os idiomas, é 37=20=30=40, pode ser classificado simplesmente em 37=003, indicando apenas o número de idomas do mento. É possível indicar que um documento foi traduzido, e, inclusive, de que idioma e para qual idioma. Assim: 850-1Alighieri=03 850-1Alighieri=03.20 850-1Alighieri=03.20=690 850-1Alighieri=690=03.20,

Traduções de Dante Alighieri Tradução de Dante do inglês Tradução de Dante do inglês para o português, ou, em sua forma alternativa.

Se o documento for original, e essa informação parecer relevante, há como indicar essa circunstância utilizando o recurso do =02 (e suas subdivisões), seguido do símbolo do idioma do original. Exemplo: =02=71 =02=75

Original em latim Original em grego

Tabela Id: AUXILIARES COMUNS DE FORMA

SINAL: (0...) (parênteses zero) FUNÇÃO: como o próprio nome o indica, servem para representar características secundárias, formas, modos especiais de apresentação dos documentos ou de tratamento do assunto, em contraposição aos números da Tabela Principal, cuja função é representar os próprios assuntos em sua substância. Essas características secundárias formais, embora na maioria dos casos digam respeito a aspectos físicos do documento, não raro vão mais além, indicando, por exemplo, nível de tratamento do assunto, público destinatário, periodicidade da publicação, e, até, autoria. Como no caso das subdivisões Auxiliares Comuns de Língua, pode ocorrer a necessidade de se organizar o catálogo, ou a coleção, dando destaque ao aspecto Forma,


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situação em que se adota a inversão com a notação do número principal. Assim, 7(05) Periódico de Arte pode ser classificado em (05)7, com o mesmo significado e valor, mas permitindo reunir todos os periódicos da coleção, tendo o assunto como segundo critério de ordenação. As subdivisões Auxiliares Comuns de Forma admitem subdivisão, recorrendo-se às subdivisões Auxiliares Especiais com .0 (ponto zero), que indicam detalhes comuns a diversos tipos de documentos, como tamanho, formato, presença ou ausência de ilustrações, método de produção, relação com outros documentos, etc. Assim, a Subdivisão Auxiliar Especial de Forma (0.021.6), que quer dizer Miniaturas, pode se compor com o (031), Enciclopédias, para formar o composto (031.021.6) Miniaturas de Enciclopédias. O zero inicial do (0.021.6) foi substituído pela forma específica (031), ao qual se acrescentou a Subdivisão Auxiliar Especial (.021.6). Também estas subdivisões Auxiliares podem ser empregadas em inversão com a notação principal, e até mesmo independentemente delas. É assim que Documentos para Crianças classifica-se simplesmente em (0.053.2), enquanto que Enciclopédia Infantil de Música pode-se classificar tanto em 78(031.053.2), quanto em (031.053.2)78; Eletrônica para Mulheres pode ser classificado tanto em 621.3(0.053.2), quanto em (0.053.2)621.3. Além dessas notações de forma constantes das tabelas, podem-se compor outras, para indicar formas especiais não previstas no Sistema. Basta usar o símbolo da subdivisão Auxiliar Comum de Forma (0:...) acrescentando-se após os dois pontos o número da Tabela Principal que é visto sob o aspecto de Forma. Assim: 82-31 Romance, fica (0:82-31) para representar o conceito Sob a Forma de Romance 7 Arte, fica (0:7) significando Sob Forma Artística

TABELA Ie: AUXILIARES COMUNS DE LUGAR

SÍMBOLO: (1/9) (parênteses um a nove) FUNÇÃO: Representar os conceitos de natureza geoespacial associados a um número derivado da Tabela Principal. Exemplo: 378(81)

Ensino Superior no Brasil

Estas subdivisões Auxiliares podem ser empregadas na forma invertida com a notação principal para dar destaque ao aspecto geográfico, com ordenação do catálogo e/ou das


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estantes tendo como primeiro critério esse aspecto. Assim, podemos ter (81)378 tanto nas estantes quanto nos catálogos, com o mesmo significado do exemplo acima. Podem, também, ser empregadas independentemente dos números da Tabela Principal, com o mesmo valor e significado de seus correspondentes na Classe 91. Assim, podemos representar o conceito de Brasil tanto com o (81) quanto com o 918.1, formado a partir da subdivisão Auxiliar Comum de Lugar. Por isso, Balança Comercial do Brasil pode ser classificado em 339.5.053(81) ou em 339.5.053:918.1. Constitui, aliás, uma de suas funções secundárias, servir de base à formação das notações geográficas principais correspondentes, bem como das relativas à história dos países que representam. No primeiro caso, basta eliminar os parênteses da Notação Auxiliar de lugar, acrescentando-lhe o prefixo 91. Caso necessário, introduzir ou deslocar o ponto, para conformar-se ao princípio básico da CDU referente ao emprego deste sinal (separar cada série de três dígitos). No caso da formação de notações relacionadas com a história (de um continente, região, país, etc.), basta acrescentar à Notação Auxiliar de lugar (sem os parênteses) o prefixo 9, ajustando o ponto eventualmente existente (ou introduzindo-o, caso necessário). Exemplos: (81) Brasil 918.1 Geografia do Brasil 981 História do Brasil (817.4) Brasília 918.174 Geografia de Brasília 981.74 História de Brasília As Subdivisões Auxiliares Comuns de Lugar admitem composição com as Subdivisões Auxiliares Especiais -0/-9, listadas como sufixo do (1) nas Tabelas de Auxiliares Comuns de Lugar das edições da CDU. Qualquer uma dessas Subdivisões Auxiliares Especiais pode ser empregada também com as notações de lugar, a partir do (2) até o (9). Neste caso, os números desta seqüência substituirão o símbolo 1. Assim: (1-04) significa Fronteiras em Geral. (81) significa Brasil. Para indicar Fronteiras do Brasil, basta substituir o (1) pelo (81), resultando (81-04). (1-923) significa Região Antártica; (44) significa França. Para indicar Antártida Francesa basta substituir o (1) pelo (44), resultando (44-923). (-11) significa Oriental; (215) significa Hemisfério. Para indicar Hemisfério Oriental basta substituir o (1) pelo (215), resultando (211-11).


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Podem também ser empregadas de forma a indicar relações entre dois ou mais países ou regiões. Exemplo: 339.5(81:82) Relações Comerciais entre o Brasil e a Argentina É possível associar o conceito de raça ao de país, ou área geográfica, dentro dos mesmos parênteses. Exemplo: (81=411.16) Judeus no Brasil. Na forma alternativa há necessidade do sinal de : (dois pontos) para justapor as duas Subdivisões Auxiliares Comuns. Assim: (=411.16:81). Na eventualidade de as tabelas sugerirem maior detalhamento de uma notação de lugar, através do emprego de palavras do alfabeto, de abreviaturas ou de siglas que representem nomes próprios (Tabela Ih: A/Z), tais elementos complementares do número CDU serão justapostos àquela diretamente, sem espaços, e dentro de parênteses. Exemplos:

(811.2Rio Branco) Rio Branco, AC (282.281.5São Francisco) Rio São Francisco (817.4BSB) Brasília Podem, ainda, as Subdivisões Auxiliares Comuns de Lugar ser empregadas mesocliticamente, isto é, ser intercaladas, como infixos, em qualquer nível das subdivisões diretas do número principal, com a finalidade de reunir e localizar geograficamente os assuntos representados pelos números que precedem a notação de lugar. Assim, 342.4(81) Constituições Brasileiras pode ser registrado também das formas seguintes, com intercalação do Auxiliar: 342(81)4 para reunir as Constituições Brasileiras com o Direito constitucional Brasileiro 34(81)24 para reuni-los com o Direito no Brasil 3(81)424 para reuni-los com Ciências Sociais no Brasil. Naturalmente esse procedimento só deve ser adotado quando a notação fizer sentido e houver algum tipo de vantagem que supere a de empregar o procedimento padrão da CDU. A vantagem, por exemplo, de reunir tudo o que diz respeito ao Direito constitucional Brasileiro 342(81), juntamente com todos os seus detalhes, antes de


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proceder ao Direito Constitucional Argentino 342(82)..., não despertará, certamente, o mesmo interesse e o mesmo entusiasmo sobre os usuários de bibliotecas e centros de documentação e informação com perfis heterogêneos. TABELA If: AUXILIARES COMUNS DE RAÇA E NACIONALIDADE

SÍMBOLO: (=...) (parênteses igual) FUNÇÃO: Representar conceitos relacionados com raças, povos e nacionalidades. São derivados, em princípio, dos números Auxiliares Comuns de Língua a que se acrescentam os parênteses, e devem ser empregados justapostos a um número da Tabela Principal. Exemplos: (=81) Povos Eslavos (=924) Judeus (=927 ) Árabes 323.12(=924) Anti-Semitismo 323.13(=924) Sionismo 327.39(=81) Pan-Eslavismo 930.85(=927) História da Civilização Árabe Quando os conceitos de raça (em sentido amplo, não em sentido antropológico), povo ou nacionalidade se referem aos habitantes de determinada área geográfica ou fisiográfica não indicada nesta tabela, utiliza-se o símbolo correspondente da Tabela Auxiliar Comum de Lugar (Tabela Ie) precedido de =1. Exemplos: (=1.100)

Cosmopolitas, formado a partir de (100), que significa ` Universal, internacional.

(=1.23)

Montanheses, derivado de (23), que significa Montanhas

(=1.24) (=1.37)

Trogloditas, originário de (24) Cavernas Romanos (antigos), do geográfico (37) Roma Antiga

(=1.81)

Brasileiros, procedente de (81) Brasil


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Estes Auxiliares podem, conforme observado anteriormente, se compor com os Auxiliares Comuns de Lugar para relacionar os conceitos de raça, povo ou nação com determinado âmbito geofisiográfico. Assim, (=9681) significa Negros no Brasil, que admite a forma alternativa (81=96). Para classificar Negros Brasileiros teríamos (=96=1.81).

TABELA Ig: AUXILIARES COMUNS DE TEMPO

SÍMBOLO: "..." (aspas) FUNÇÃO: Representar conceitos associados com as mais variadas manifestações ou percepções do fenômeno Tempo em suas várias dimensões e medidas, como duração e periodicidade; do tempo universal ao momento presente; da duração em milissegundos à computada em milhões de anos. Exemplos: "41" Duração de Um Dia "456" Duração em Milhões de Anos "313" Futuro "742" Provisório. Efêmero "362" Tempo de Paz "321" Primavera "383" Feriados Nacionais "512.01" A Cada Segundo "551.10" De Dez em Dez Anos "553.1" A Cada Milênio Convém assinalar, de imediato, que os conceitos Temporais representados pelos símbolos desta tabela são os associados com o assunto, o tema ou o tópico do documento, e não com sua data ou época de publicação. Nesta tabela o . (ponto) é utilizado com função diferente da que desempenha no restante do Sistema: serve para indicar e separar as divisões de tempo de magnitudes diferentes. Daí ocorrer ele separando grupos de dois, três e até quatro algarismos. Há, também, o caso de grupos de quatro algarismos sem o emprego do . (ponto). Exemplos: "0001" "322.01"

Primeiro Ano depois de Cristo Primeiro Mês do Ano


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"336.31" "1991.12.31.12.30"

Trigésimo Primeiro Dia do Mês Doze horas e Trinta Minutos do Dia 31 de dezembro de 1991.

Os elementos são registrados em ordem decrescente de magnitude. Para evitar ambigüidade na indicação de datas anteriores e posteriores ao nascimento de Cristo, é aconselhável empregar os sinais - (menos) e + (mais), respectivamente, antes da notação. Exemplos: "-0001" "+1453"

O Ano 1 antes de Cristo O Ano 1453 (da Era Cristã)

Da mesma forma que as Subdivisões Auxiliares Comuns de Lugar, as de Tempo também podem ser invertidas com os números principais, e, igualmente, com eles intercalados. Destarte, a notação 342.4"18" Constituições do Século Dezenove pode ser escrita das seguintes formas alternativas à forma enclítica, padrão: "18"342.4 (inversão com o número principal) 342"18"4 (intercalação com o número principal) 34"18"24 (idem) 3"18"424 (idem) Os milênios são representados por um algarismo apenas: "0" Primeiro Milênio depois de Cristo "1" Segundo Milênio depois de Cristo "2" Terceiro Milênio depois de Cristo Os séculos são representados por dois algarismos: "00" "-19" "+20"

Primeiro Século Século Vinte Antes de Cristo Século 21 da Era Cristã

As décadas são representadas por três algarismos: "199" "190"

Década de Noventa (última do Século Vinte) Primeira Década do Século Vinte


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O ano se representa com quatro algarismos, preenchendo-se os espaços vazios com zeros. Assim: "0001" Primeiro Ano da Era Cristã "0099" Ano Noventa e Nove depois de Cristo "0851" Ano Oitocentos e Cinqüenta e Um depois de Cristo Períodos de tempo compreendidos entre duas datas-limites podem ser indicadas através do uso da / (barra): "631/634" "0/2" "04/14" "1939/1945"

Idade da Pedra Do Primeiro ao Terceiro Milênio Idade Média Segunda Guerra Mundiall

TABELA Ih: NOTAÇÕES QUE NÃO PERTENCEM À CDU

São de dois tipos: as que empregam o * (asterisco) e as que adotam palavras do alfabeto, justapostas diretamente à notação CDU, sem emprego do asterisco. 1 - SUBDIVISÃO COM ASTERISCO

SÍMBOLO: * (asterisco) FUNÇÃO: Informar que a notação ou notações que se lhe seguem não pertencem ao Sistema CDU. Tais notações podem consistir de palavras e símbolos (numéricos ou não) empregados com afinalidade de especificar detalhes de um assunto que as tabelas não provêem, podendo ocorrer junto a notações da Tabela Principal ou das Auxiliares. Podem ser criadas pelo classificador ou tomadas de empréstimo a alguma tabela pré-existente. Na eventualidade de apelo a tais tabelas ou sistemas, deve-se redigir uma nota explicativa de tal fato. Exemplos: (81*71.500) Lago Norte, Brasília, DF, onde (81) é o geográfico CDU para indicar Brasil, e 71.500 é o código da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos atribuído ao Lago Norte, em Brasília;


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523.44*433, em que o elemento anterior ao asterisco é CDU e significa Planetas Menores do Sistema Solar, e o que se lhe segue é o número utilizado pela União Astronômica Internacional para representar o Planetóide Eros; 630*27, em que o 630 é o número CDU para Silvicultura, e 27 o número utilizado pelo Oxford System of Decimal Classification for Forestry para Arboricultura Ornamental; 66-97*C100, onde 66-97 é o número CDU para Temperatura em geral, e C100 o símbolo indicativo de Temperatura de Ebulição da Água. 2 - SUBDIVISÃO ALFABÉTICA

SÍMBOLO: A/Z (A barra Z) FUNÇÃO: Detalhar com palavras (e não números, CDU ou outros) o assunto. As Subdivisões Comuns Alfabéticas A/Z ocorrem como recurso para detalhamento de assuntos através da indicação de nomes próprios (ou suas abreviaturas/siglas) que fazem parte integrante daqueles assuntos. Podem ser acrescentadas diretamente à notação, sem a interveniência de qualquer espaço, e, como no caso das notações com * (asterisco), como detalhamento tanto de notações da Tabela Principal quanto das Auxiliares. No caso das notações Auxiliares de Lugar, estas palavras, abreviaturas ou siglas devem ser inscritas dentro dos parênteses. Exemplos: (817.4Vila Paranoá) (817.4SHIN QI 02) 001.94OVNI 159.964.26ADLER 271SAL

Vila Paranoá, Brasília, DF Quadra Interna 2-Lago Norte, Brasília, DF Objetos Voadores não-Identificados. Disco Voadores Escola Psicanalítica de Adler Salesianos de Dom Bosco (Congregaçãode São Francisco de Sales) 65.015.14BSR Norma Britânica de Rendimento 663.551.5UÍSQUE(410) Produção de Uísque na Grã-Bretanha 821.134.3-1CAMÕES Poesias de Luís de Camões 929PEDRO II Biografia de Pedro II 929.52BRAGANÇA Genealogia da Família Real dos Bragança TABELA Ii: AUXILIARES COMUNS DE PONTO DE VISTA

SÍMBOLO: .00 (ponto zero zero)


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FUNÇÃO: Indicar aspectos sob os quais um assunto pode ser visto, tanto pelo autor/apresentador do documento quanto pelo grupo a que os mesmos pertencem. Como os Auxiliares da tabela anterior, por sua própria natureza não podem ser empregados por si sós, mas apenas em composição com um número da Tabela Principal. Devem ser empregados com parcimônia, visto que em muitas circunstâncias o emprego de dois números principais relacionados pelo sinal : (dois pontos) atende melhor à necessidade de detalhamento. Exemplos: 338.1(81)"20".001.18

025.4.001.5 027.7.002.25 796.077.003

025.45.004.12 655.254.2.007.62 655.009.12

Prognósticos sobre a Situação Econômica do Brasil no Século Vinte e Um Pesquisa sobreSistemas delassificaçãoBibliográfica Obsolescência das Coleções de BibliotecasUniversitárias Aspectos Econômico-Financeiros do Amadorismo nos Esporte (podia ser classificado em 796.077:330 ou 796.077.000.330) Características dos Sistemas de ClassificaçãoDecimal Consultoria em Editoração A competição na Indústria e no Comércio doLivro

Quando, entretanto, os pontos de vista listados na tabela resultarem insatisfatórios para representar determinada maneira de visualizar um problema, pode-se lançar mão de qualquer uma das dez classes principais, utilizando-se seus conceitos sob a forma de pontos de vista. Basta acrescentar ao símbolo .000. (ponto zero zero zero ponto) o número da Tabela Principal que se deseja representar sob a forma de ponto de vista. Exemplos: 314.335.000.17 Controle da Natalidade do Ponto de Vista Ético 314.355.000.61 Controle da Natalidade do Ponto de Vista Médico 575.8.000.28 A Teoria Evolucionista na Ótica Cristã TABELA Ik: AUXILIARES COMUNS DE MATERIAIS E PESSOAS


33 1 - DE MATERIAIS

SÍMBOLO: -03 (hífen zero três) FUNÇÃO: Indicar os elementos constitutivos dos objetos e dos produtos, sobretudo da indústria. Podem ser empregados com qualquer número de Tabela Principal em que o material de que algo é feito for visto como mero aspecto do assunto principal. Exemplos: 62-462-036.4 621.3.032.7-034.3 621.643-036.5 645.1-033.6 685.341.3-035.513

Mangueiras de Borracha Cilindros de Cobre Canos de Plástico Forro de Soalho Utilizando Cerâmica Calçados de Pelica

904-032.5 Artefatos Antigos em Pedra Para indicar composição de dois ou mais materiais utiliza-se o ' (apóstrofo) após a notação do primeiro material mencionado, e apenas os elementos que se seguem ao -03 para representar os outros materiais. Exemplos: -036.4 Borracha + -036.5 Plástico, na composição fica: -036.4'65 -034.3 Cobre + -034.6 Estanho, fica: -034.3'46, e assim por diante.

2 - DE PESSOAS

SÍMBOLO: -05 (hífen zero cinco) FUNÇÃO: Indicar tipos de pessoas ou de características pessoais, como idade; sexo; nacionalidade; parentesco; tendências; constituição física; condições de saúde e de trabalho; situação empregatícia e funcional; nível de renda e de escolaridade; classe social; estado civil, etc. Aplicam-se a todos os números da Tabela Principal, exceto ao 264 (que possui subdivisões próprias para Pessoas e Materiais) e aos números principais que já encerrem esse conceito em suas subdivisões diretas. Exemplos: 331.105.446-058.234.2 342.726-058.56 52-05 618.1-055.2 616.89-008.442-055.1

Sindicatos de Trabalhadores na Indústria Direitos dos Detentos Astrônomos (de ambos os sexos) Médicas Ginecologistas Psicopatologia Sexual Masculina


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[619:614.23]-055.1 621.039-055.1 621.22-055.1 75-056.266 91-055.2

Veterinários Engenheiros Nucleares Engenheiros Hidráulicos Pintores Aleijados Geógrafas

Detalhes de natureza diversa listados nesta Tabela Auxiliar Comum podem ser combinados entre si, bastando justapor as notações que os representam. Assim: De 618.1 Ginecologia + -053.6 Jovem + -055.2 Mulher, resulta 618.1-053.6-055.2, significando Mulheres Jovens na Profissão de Ginecologista

De 62 Engenharia + -055.1 Homem + -057.19 Desempregados, obtém-se 62-055.1057.19 para indicar Engenheiros (do sexo masculino) Desempregados É, também, possível indicar os papéis de Agente ou de Paciente das pessoas representadas pelo Auxiliar Comum -05. O conceito de Agente através do -051, e o de Paciente através do -052. Exemplos: 324 324-051 324-052 77 77-051 77-052 77-052-055.1 929 929-051 929-052 929-051-053.6

Eleições Eleitores Eleitos (homens e mulheres) Fotografia Fotógrafos (homens e mulheres) Fotografados (homens e mulheres) Modelos Fotográficos Masculinos Biografia Biógrafos (homens e mulheres) Biografados (homens e mulheres) Biógrafos Jovens

SUBDIVISÕES AUXILIARES ESPECIAIS


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Divididas em quatro categorias, têm a função de detalhar aspectos de um assunto não cobertos por suas divisões principais ou pelas Subdivisões Auxiliares Comuns. Sua ocorrência é bastante limitada no Sistema CDU, não podendo, via de regra, ser empregadas fora da classe em que vêm listadas, pois seu significado é restrito a esse contexto especial. Daí seu nome. Há, entretanto, ocasiões em que a Tabela Principal autoriza seu empréstimo a ou de outras partes do Sistema. a) AUXILIARES ESPECIAIS -1/-9: denotam detalhes tais como elementos, técnicas, componentes, propriedades, estado e gênero dos assuntos representados pelos números principais, etc. Exemplos: 264-1

Livros litúrgicos

271-6 52-33 62-1 62-2 62-4 62-8 66-91 82-1 82-3

Disciplina das Ordens Monásticas Dimensão dos Astros Características Gerais das Máquinas Partes e Componentes Gerais das Máquinas Estado, Condição e Forma dos Materiais Máquinas segundo a Força Motriz Estado Físico Poesia Ficção Literária

Excluem-se daqui as Subdivisões Auxiliares com -03 e -05, já vistos, que pertencem ao grupo das Subdivisões Comuns, mas nas classes 611, 612, 616, 617 e 618 ocorrem Auxiliares Especiais com -0 e com -00. Embora não mencionados na "Seção II Subdivisões Auxiliares Especiais" das edições da CDU, auxiliares com -0 e com -00 ocorrem associados às divisões 611, 612, 616, 617 e 618 da CDU. Convém observar, também, que, apesar de sua aparência, -03 e -05 não pertencem às subdivisões Auxiliares Especiais, mas às Comuns. b) AUXILIARES ESPECIAIS .01/.09: também denotam detalhes, muito semelhantes aos dos Auxiliares Comuns -1/-9, mas ocorrem com muito maior freqüência no Sistema, e apresentam maior riqueza de subdivisões. Teoria, estudos, processos, atividades, características, fontes de estudo, tendências, atitudes, políticas, condições, estruturas, influências, fundamentos, leis, propriedades, nomenclatura, constituição química, estilos, escolas, técnicas, etc., são alguns dos tipos de detalhes por eles representados, como pode ser verificado na lista abaixo:


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303.02 314.02 321.01 329.055 329.058 332.02 34.02 348.01 35.07 37.01 379.8.092 53.02

Características Gerais da Pesquisa nas Ciências Sociais Fontes dos Dados Demográficos Teoria Geral do Estado Tendências dos Partidos Políticos Atitudes Política da Terra e da Propriedade Condições de Existência do Direito Fontes do Direito Eclesiástico Estrutura da Administração Pública Fundamentos da Educação Influência do Lazer sobre o Indivíduo Leis dos Fenômenos Físicos

54.03 57.07 7.031 82.08

Propriedades Químicas Nomenclatura dos Organismos Arte Pré-histórica Técnica Literária

Naturalmente, podem ocorrer dois tipos diferentes de Subdivisão Auxiliar Especial na formação de uma notação complexa. Por exemplo: Válvulas de Descarga em Máquinas de Uso Doméstico, 64-332.06, é o resultado de 64-332 (subdivisão trazida do 62-1/-9) + 64.06; Assistência Técnica a Máquinas (Engenharia Química) contra Processos Que Envolvem Radiação, 66-7.085, é o resultado de 66-7+66.085.

c) AUXILIARES ESPECIAIS '1/'9 Mais do que uma Subdivisão Auxiliar propriamente dita, como as duas anteriores, esta é, antes, um processo de síntese de duas ou mais subdivisões diretas de um número principal, em que o . (ponto), da segunda subdivisão em diante, é substituído pelo apóstrofo, eliminando-se o radical comum. Exemplos: 329.12 329.12'21 546.561 546.561'131 631.442.4 631.442.4'1

Partido Liberal + 329.21 Partido Monarquista resulta em Partido Liberal-Monarquista Cobre + 546.131 Cloreto resulta em Cloreto de Cobre Solos Argilosos + 631.442.1 Solos Arenosos resulta em Solos Argilo-Arenoso


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Às vezes há instruções para se efetuar a síntese por meio de justaposição da desinência de um número ao radical de outro. Neste caso o apóstrofo estará posicionado no local apropriado, e haverá orientação sobre o número e a origem dos dígitos a empregar como desinência. Exemplos: no 637 há a indicação 637'6 e uma Nota mandando subdividir o 637'6 como o 636. Assim, 637.12'639 Leite de Cabra é formado de 637.12 Leite +'6 (apóstrofo e dígito indicados no 637) +39 (desinência retirada do 636.39) Cabra 637.5'62 Carne de Boi é formado de 637.5 Carne +'6 (apóstrofo e dígito indicados no 637) +2 (desinência retirada do 636.2) Bovinos 637.4'659.7 Ovos de Patas Domésticas é formado de 637.4 Ovos + '6 (apóstrofo e dígito indicados no 637.4) +597 (desinência retirada do 636.597) Patas Domésticas Há, contudo, ocasiões em que o apóstrofo introduz verdadeira tabela independente de subdivisões auxiliares especiais. É o que ocorre, por exemplo, no 622, que além das Subdivisões Auxiliares Especiais com -1/-9 (emprestados do 62) e com .01/.09, possui também a série com ' (apóstrofo). Exemplos: 622-1 622-2 622-3 622-5 622-7 622'1 622'11 622'12 622'13 622'17 622.01 622.02 622.03 622.03'116 622.03'117 622.03'118

Características Gerais das Máquinas Usadas em Mineração Partes e Componentes (dessas Máquinas) Válvulas, Registros, etc. Funcionamento e Controle das Máquinas Serviço, Manutenção e Proteção Estado do Mineral, do Minério ou da Rocha Jazidas no Estado Natural Minério Bruto Minério Esmagado, Triturado Restos de Minérios, Resíduos Teoria Geral. Aspectos Geofísicos e de Engenharia da Mineração Propriedades Físicas do Mineral, Minério ou Rocha Caráter Geológico das Jazidas Horizontal. Levemente Inclinado Inclinado Vertical, ou quase Vertical


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622.06

Processos e Tecnologia da Mineração

d) AUXILIARES ESPECIAIS DÍGITOS FINAIS

As mais recentes dentre as Subdivisões Auxiliares Especiais, ainda pouco conhecidas, e, conseqüentemente, pouco empregadas, têm função bastante parecida com a das Subdivisões Auxiliares Especiais com Apóstrofo: acrescentar, à guisa de síntese, certos detalhes comuns ao número principal e a suas divisões diretas. Constituem, portanto, verdadeiras mini-tabelas a serem utilizadas, quando necessário, no aprofundamento dos detalhes do assunto principal e seus derivados. Exemplo é o 661.8 Compostos Metálicos em Geral, Sais, Compostos Minerais e Óxidos. Aí se encontra a mini-tabela ...2/...9, com a informação de que pode ser utilizada com as divisões diretas do 661.8. Assim, 661.862.27 Aluminatos é o resultado de: 661.862 Componentes de Alumínio (subdivisão do 661.8) + ...27 Sais com um Metal como Parte do Ânion (da mini-tabela encontrada no 661.8) Mais exemplos: 669.223 Metalurgia de Extração da Prata é o resultado de: 669.22 Prata (subdivisão do 669) + ...3 Metalurgia da Extração (da mini-tabela encontrada no 669) 681.325.541 Contadores Manualmente Controlados resulta de: 681.325.54 Contadores (subdivisão do 681.325) + ...1 Dispositivos de Mesa Controlados Manualmente (da mini-tabela encontrada no 681.325).

5 ADMINISTRAÇÃO DA CDU


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Propriedade intelectual da Federação Internacional de Documentação e Informação (FID), a CDU é por ela administrada através de um Grupo Gerencial (FID Management Board). É esse Comitê, ou Grupo, que coordena as propostas de desenvolvimento do sistema e autoriza os diversos países do mundo a publicar edições em suas respectivas línguas, estabelecendo condições e zelando por seu cumprimento e pelo respeito aos padrões estabelecidos pela FID. Em alguns países, como a Hungria, a Espanha e a Grã-Bretanha, ela foi elevada à condição de norma nacional, e na União Soviética é prescrita como sistema oficial para a classificação da literatura técnica e científica. A FID vem desenvolvendo, recentemente, esforços no sentido de encontrar parceiros para o que denominaríamos Empreendimento CDU, sobretudo em seus aspectos de produção e comercialização. É que após estudos demorados, levados a termo por especialistas de renome internacional e experiência comprovada, convenceuse a Administração daquele organismo de que a CDU ainda vale a pena; de que não só não morreu, como é uma das grandes e poucas alternativas para a organização (arranjo) de coleções de documentos de qualquer natureza, servindo ainda de apoio e inspiração ao desenvolvimento de tesauros, tanto do ponto de vista de contribuição terminológica, quanto, até mesmo, do de desenho estrutural.

EDIÇÕES DA CDU

O número de edições e o número de idiomas em que as mesmas se encontram disponíveis são um testemunho do passado glorioso da CDU e um convite a acreditar em seu futuro. Nos países socialistas as diversas edições existentes parecem exibir vigor e crescimento continuado. No Ocidente predominam as edições em inglês, alemão e francês, embora o francês, que desencadeou todo o movimento, esteja hoje (ironia do destino), carecendo de ajuda. Outros idiomas latinos, como o espanhol, o português e o italiano, produziram edições CDU, mas se encontram muito precariamente representados nos comitês da FID. A primeira edição da CDU, inteiramente calcada sobre a quinta edição da Classificação Decimal de Dewey, veio à luz em 1905, em francês, com o nome de Manuel du Répertoire Bibliographique Universel, refletindo sua preocupação imediata e prática de servir, apenas, de instrumento de sistematização daquele Catálogo. Compreendia aproximadamente 33.000 entradas.


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Há, hoje, aproximadamente 250.000 entradas nas Edições Desenvolvidas; 80.000 nas Médias e 25.000 nas Abreviadas, correspondendo, assim, essas duas últimas a, respectivamente, 30% e 10% da Edição Desenvolvida. Tradicionalmente é a Edição Desenvolvida que é considerada a definitiva e a mais próxima das intenções originais dos criadores do Sistema, sendo sua segunda edição francesa considerada a edição padrão para toda a CDU. Há, presentemente, Edições Desenvolvidas (em doze idiomas, dos quais nove estão em processo de atualização); abreviadas ( em vinte idiomas) que surgiram como uma alternativa muito bem aceita para aquelas; bem mais recentemente surgiram as Edições Médias, que já perfazem um total de onze (incluindo-se aí a segunda edição em língua portuguesa, traduzida da Primeira Edição Média Internacional Trilíngüe e publicada pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia em 1987). Com respeito a esse último tipo de edição, parece haver um interesse crescente por ele, tendo relatório recente descoberto que há um também crescente sentimento de que as edições completas já não fazem falta, e que seu melhores dias já se foram. Finalmente, há as edições denominadas Especiais: cento e dezoito no momento, o que parece sugerir a existência de uma demanda razoável. Tudo parece indicar que o que a maioria dos usuários quer é uma edição universal e uniforme, de um porte consideravelmente menor do que o da Edição Desenvolvida, em dois, três ou no máximo quatro volumes, permitindo, assim, ao usuário, mais facilmente, uma visão de conjunto (sinótica) do Sistema. Além disso, que seja atualizada a intervalos regulares, préestabelecidos, (pré-conhecidos) e que contenha índices melhores do que os que têm sido (quando o têm) produzidos no passado, além de manuais, guias e roteiros práticos para os usuários do sistema. A elaboração dessa versão ideal da CDU, mais consentânea com a realidade do mundo hoje e com os requisitos da média dos usuários de suas diferentes versões está em andamento nos quartéis da FID. Será um ponto intermediário entre a Edição Desenvolvida e a Média atuais, cobrindo aproximadamente 60% do sistema, com a novidade de apresentar, como uma de suas partes integrantes, a par da estrutura sistemática de hoje, uma outra, complementar, com feição e função de tesauro.

ATUALIZAÇÃO DO SISTEMA

Para acompanhar o ritmo de desenvolvimento das artes e ofícios, da ciência e da tecnologia, enfim, do conhecimento humano, mais acelerado nas últimas décadas, o sistema dispõe, desde seus primórdios, de um mecanismo de atualização


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satisfatoriamente ágil e democrático, denominado Extensions and Corrections to the UDC. Uma série de comitês de especialistas nas diversas áreas do conhecimento é responsável por acompanhar os desenvolvimentos nessas áreas e fazer propostas de atualização. Um comitê central zela pelos princípios e dirime as eventuais controvérsias. As propostas dos comitês especializados circulam pelo mundo inteiro sob a forma de PNotes para conhecimento e avaliação dos usuários, que, por sua vez, podem encaminhar propostas de sua própria lavra e iniciativa ao Comitê Central. Aprovadas pelo Comitê Central, essas propostas são incorporadas oficialmente à CDU e publicadas na série anual de Extensions and Corrections to the UDC, de que há um volume cumulativo a cada três anos e um suplemento a intervalos irregulares. O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) vem, desde 1989, publicando uma tradução da série original Extensions and Corrections to the UDC, cujo texto pode ocorrer em qualquer dos três, ou, até mesmo, nos três idiomas oficiais da FID simultaneamente: o alemão, o francês e o inglês. Em virtude de falhas estruturais apresentadas desde as primeiras edições do Sistema, e como decorrência do enorme desenvolvimento das ciências e das artes nos últimos anos, tem havido uma pressão muito grande, recentemente, para uma reformulação substancial da CDU. Há indícios de que está iminente esta reformulação, que contempla, nas diversas propostas, a reutilização da Classe 4, vaga desde a década de sessenta.


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