PAULA BRAGA PORTFOLIO ARQUITETURA
2015-2023
PAULA BRAGA
ARQUITETA E ENGENHEIRA CIVIL
Eu chamo-me Paula Braga - tenho 57 anos, tendo terminado o mestrado integrado em arquitetura em janeiro de 2021 e, em 1999 terminei a licenciatura (Pré- Bolonha) em engenharia civil, atividade que tenho desempenhado com gosto e dedicação nos últimos 34 anos.
A arquitetura sempre fez parte da minha vida, desde que tenho consciência. Comecei por me candidatar à faculdade de arquitetura, como primeira opção, em 1984. Não aconteceu por quatro décimas e assim dei início à minha carreira na engenharia civil, atividade onde acabei por descobrir potencialidades com as quais também me identifico e que complementam de uma forma muito consequente a minha relação com a arquitetura.
O novo olhar e a nova capacidade de análise adquiridos agora com o mestrado em arquitetura, é minha convicção, vem complementar poderosamente e de forma muito eficiente o desempenho das minhas funções de Subscritora de Riscos de Engenharia, trazendo uma grande maisvalia ao exercício desta função e, ou de outra, com equivalente grau de exigência técnica e de análise de contexto estético e estrutural.
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A
reprodução total ou parcial do conteúdo desta obra não está autorizada | Proteção dos titulares de direitos afins do direito de autor, ou com ele conexos, com base no DecretoLei n.º 13725, de 27 de Maio de 1927 (Regime de Propriedade Literária, Científica e Artística), e depois no Decreto-Lei n.º 46980, de 27 de Abril de 1966 (Código do Direito de Autor).
INFORMAÇÕES PESSOAIS
email: paula.simoes.braga@gmail.com
telemóvel: 351 966551593
morada: Rua da Cozinha Económica, Alcântara, 1300-149 Lisboa
LinkedIn: www.linkedin.com/in/paula-braga-05381452
portfolio: www.issue.com/paulabraga8
INTERESSES
Caminhadas, Natação, Dança Jazz, Pilates, Yoga, Culinária, Viajar, Cinema, História de Arte, História da Arquitetura, Museus, Exposições, Palestras e Seminários, Desenhar Cidades e Lugares
CONCURSOS E PRÉMIOS
Archiprix Portugal 2022
Diploma honorífico de participação
IDIOMAS
Português
Inglês
Espanhol
Francês
Italiano
SOFTWEARES
Archicad
AutoCAD
Twinmotion
3ds Max
Rhinoceros
Grasshopper
Photoshop
Indesing
Illustrator
Sketshup
ArcGis
Word, Excel
PowerPoint
LISP
FORMAÇÃO PROFISSÍONAL
2022
Eficiência Energética em Arquitetura (OA)
2022
Honorários em Arquitetura (OA)
2024
Ramos Técnicos (Munchener Ruck, Munique)
2000
Projeto, Construção, Observação e Segurança de Túneis (IST)
1989
Organização e Controlo de Obras (APET)
QUALIFICAÇÕES ACADÉMICAS
set.2015 - jan.2021
FAUL - Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa
Mestrado Integrado em Arquitetura
(Regime pós-laboral)
Média Final de Curso: 15 valores
Projeto Final de Mestrado: 19 valores
set.2005 - jul.2009
IST - Instituto Superior Técnico, Lisboa
Mestrado em Segurança e Higiene no Trabalho
Média Final: 14 valores (parte curricular); Bom (Tese)
set.1992 - jul.1999
IST - Instituto Superior Técnico, Lisboa
Licenciatura em Engenharia Civil (PréBolonha)
(Regime pós-laboral)
Média Final: 13 valores
set.1984 - fev.1988
ISEL - Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
Bacharelato em Engenharia Civil
Média Final: 14 valores
EXPERIÊNCIA PROFISSÍONAL
abr.2022 - presente Atividade Independente Participação em Concuros
abr.2021 - abr.2022
Miguel Arruda Arquitetos Associados, Lda. Estágio profícional
mar.1992 - presente
FIDELIDADE - Companhia de Seguros, S.A., Lisboa
Insurance Underwriter Engenharia e Patrimoniais
Subscrição de Seguros do tipo “All Risks” de Construção/Montagem, com definição de condições de transferência do risco para a companhia de seguros.
abr.1998 - abr.1992
COGIM - Companhia Geral Imobiliária
Grupo Imobiliário FENALU, Lisboa
Técnico Avaliador de Projetos
Lançamento de consultas e avaliação de projectos, medições e orçamentos, análise e revisão de preços, coordenação, direcção e fiscalização de obra.
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Projetos Académicos
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Museu do Fogo Forte de St.º António da Barra Lisboa - uma casa para ti Rua da Saudade e Rua de S. Mamede 08 18 26 Reabilitação
Monchique (Re)Florestado
Projetos Profissionais
7 Casa Monte Leite 88 Fundação Champalimaud Análise de Sustentabilidade Reabilitação do Edifício Centro de Terapias Digitais 33 40
Monchique (Re)Florestado Museu do Fogo
Informações
Projeto Final de Mestrado Integrado em Arquitetura
Local: Vila de Monchique
Data: janeiro, 2021
Sobre
Na sequência da devastação do incêndio de agosto de 2018 na serra de Monchique, a requalificação do lugar, assente numa intervenção ao nível do ordenamento do território e ao nível de proximidade, que possa inverter o processo de despovoamento e contribuir para a segurança e combate contraincêndios florestais, mas também, elemento de reabilitação da paisagem como lugar de memória coletiva.
Monchique (Re)Florestado, estudando um sistema geral multifuncional, com uma gestão partilhada entre pessoas e instituições dando resposta aos problemas locais, sobrepondo as secções cadastrais, os prédios rústicos e a topografia do lugar, possibilitando a confiança.
Estudo, à escala da paisagem, tendo como base um projeto de “Land Art” inserido no contexto de Parque Natural, com a proposta das Torres de Vigia Florestal e, à escala do lugar com o projeto de um equipamento arquitetónico, o Museu do Fogo, baseado nos conceitos da Nova Museologia, com o propósito de ser um ponto de referência, iconicidade e identitário da paisagem, na Vila de Monchique.
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ALGARVE
Torres de Vigia Florestal / Observatório da Paisagem:
A. Torre Vigia Circular
B. Torre Vigia Quadrangular
C. Torre de Vigia Triangular
Museu do Fogo:
1. Espaço Museológico
2. Estacionamento Exterior
3. Acesso Viário
N266-3
4. Acesso Pedonal à Vila e ao Convento de N.ª Sra. do Desterro
Funicular de Superfície:
P0. Paragem Largo dos Chorões
P1. Paragem à cota do Cemitério e do Miradouro da Vila
P2. Paragem Convento N.ª Sra. do Desterro
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CONCELHO DE MONCHIQUE A C 10
P3. Paragem Museu do Fogo
VILA DE MONCHIQUE
3 1 B 2 4 P2 P3 P0 P1
FUNICULAR DE SUPERFÍCIE MUSEU DO FOGO TORRE DE VIGIA FLORESTAL /OBSERVATÓRIO DA PAISAGEM
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1- Localização
2- Implantação do Projeto no Território
1- Maquete Conceptual dos Elementos Base
2- Maquete Conceptual da Composição dos Elementos Base
3- Maquete Conceptual da Implantação da Composição dos Elementos Case no Terreno
4- Diagrama dos Espaços Museológicos
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5- Acesso Principal ao Museu do Fogo
6- Lago Poente, Restaurante e Miradouro
14 N 100.000 PLANTA COBERTURA 1 200 N N 150 PISO 1 200 4 4 4 3 5 5 7 18 18 15 14 1 1 1 PLANTA DE COBERTURA PLANTA PISO 1 1 3
1. COBERTURA - VARANDAS - MIRADOURO 2. LAGOS 3. ESPAÇO PÚBLICO - SERVIÇOS - ESTACIONAMENTO
SUBTERRÂNEO 4. COBERTURAS VERDES 5. ACESSO EXTERIORES 6. EXPOSIÇÃO PERMANENTE 7. EXPOSIÇÃO
TEMPORÁRIA 8. RESTAURANTE 9. LIVRARIA/LOJA 10. AUDITÓRIO/SALA CONFERÊNCIAS 11. LOUNGE 12. CENTRO INTERPRETATIVO E DE INVESTIGAÇÃO/ESCRITÓRIOS 13.
Nascente/Sul e Caminho Pedonal de Acesso do Museu do Fogo ao Centro Monchique)
ESPAÇO INFANTIL 14. COZINHA - COPAS - BALNEÁRIOS STAFE 15. ARMAZENAMENTO - ARRUMOS 16. CASA DO LIXO 17. CISTERNA 16. P3 PARAGEM FUNICULAR
15 N N 28 350 PISO 200 PISO 0 200 N N BALNEÁRIO MACULINO BALNEÁRIO FEMININO ARMAZÉM ARMAZÉM LIXOPISO200PISO200 N N BALNEÁRIO BALNEÁRIO FEMININO ARMAZÉM ARMAZÉM LIXOPISO1 200PISO1 200 0 5 10 15 20 3 3 5 3 3 3 6 6 2 8 9 2 11 11 10 10 12 13 15 15 16 15 17 17 17 14 14 14 14 14 1 1 PLANTA PISO 0 PLANTA PISO
PLANTA PISO
-1
-2
1- Imagem Diurna
2- Imagem Noturna
2
3- Plantas
(Vista
16 1
17 3
1- Átrio Principal e Acessos Verticais
2- Cisterna de Recolha e Armazenamento das Águas Pluviais
2
3- Corte 3D Diagonal Explodido Sul/Norte
Forte de St.º António da Barra Espaço Multifunção Cultura e Prática do Mar Turismo de Saúde
Informações
Projeto de Reabilitação da Fortaleza de St.º António da Barra
Local: S. João do Estoril, Concelho de Cascais
Data: julho, 2019
A Fortaleza de St.º António da Barra, em São João do Estoril, no concelho de Cascais, com o seu posicionamento na primeira linha de costa, é um monumento com génese militar de defesa costeira datado de finais do Século XVI.
Na sequência da invasão da vila de Cascais pelo Duque de Alba e perda da independência de Portugal, é mandado construir por D. Filipe I, em 1589, sendo atribuída a construção ao engenheiro italiano Frei Vicêncio Casale, recebendo a 16 de fevereiro de 1591 tropas e artilharia, chega à atualidade depois de ter tido vários outros usos, como seja, alojamento de férias do colégio feminino de Odivelas e como, casa de Verão do Presidente do Concelho António de Oliveira Salazar até 1968.
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Sobre
Passadas mais de cinco décadas, é mais recentemente objeto de limpeza pela Câmara Municipal de Cascais que o devolve à comunidade, classificado como Património Histórico.
A proposta de arquitetura para a reabilitação do forte teve como consideração conceptual a identificação de qual o pedaço de história e que memória do monumento iria ser cristalizado, fazendo para isso uma seleção criteriosa daquilo que se
preserva e restaura, se preserva e transforma e se constrói de novo, na análise e decisão de intervenção no património.
A intervenção baseou-se na manutenção, tanto quanto possível, da pré-existência respeitando os vários tempos do monumento, preservando a memória coletiva.
Aposta na criação de imagem e modelação do espaço através da
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CONCELHOS DA ÁREA METROPLITANA DE LISBOA LISBOA CASCAIS
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A B C D E COBERTURAS 21 5 4
1- Localização
2- Implantação
3- Timeline Histórico
4- Projeto, vista Nascente/Sul
5- Planta de Cobertura
A B C D E CORTE E CORTE C B C CORTE A CORTE B CORTE D
Escalas: Desenho n.º: 1:200
Aluna 05
2015 15 25 N.º CORTES
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PROPOSTA DE ARQUITETURA - REABILITAÇÃO DO FORTE DE SANTO ANTÓNIODA BARRA, S. JOÃO DO ESTORIL, CASCAIS Laboratório de Projecto V MiArq 4AP - 2º Semestre - 2018/2019
Prof.
Carlos Ferreira Docente
Paula Braga
ALÇADO
1- Elevação Sul 2- Corte da elevação Sul com alçado dos acessos verticais Nascente e Poente 3- Elevação Poente 4- Elevação Nascente
5- Vista Poente
6- Diagramas - Espaço Função; Circulação junto à muralha; Espaços Internos e Acessos Verticais; Espaço Multifunções interior, Café/Bar interior; Espaços Exteriores propostos
CORTE C A B C D E CORTE A CORTE E CORTE B CORTE D PROPOSTA DE ARQUITETURA - REABILITAÇÃO DO FORTE DE SANTO ANTÓNIODA BARRA, S. JOÃO DO ESTORIL, CASCAIS Laboratório de Projecto V MiArq 4AP - 2º Semestre - 2018/2019 Escalas: Desenho n.º: 1:200 Prof. Carlos Ferreira Docente Aluna 05 Paula Braga 2015 15 25 N.º CORTES ALÇADO CORTE C A B C D E CORTE A CORTE E CORTE B CORTE D PROPOSTA DE ARQUITETURA - REABILITAÇÃO DO FORTE DE SANTO ANTÓNIODA BARRA, S. JOÃO DO ESTORIL, CASCAIS Laboratório de Projecto V MiArq 4AP - 2º Semestre - 2018/2019 Escalas: Desenho n.º: 1:200 Prof. Carlos Ferreira Docente Aluna 05 Paula Braga 2015 15 25 N.º CORTES ALÇADO 23 5 3 4
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conjugação complexa da arte/ arquitetura, pela escultura do americano Richard Serra.
Com uma estrutura autónoma e não invasiva conjuntamente com as materialidades da pedra, do vidro e do aço corten colocam o projeto no âmbito do “Medium After Minimalism -Symbolism” dando-lhe uma contemporaneidade, resposta que se procurava para o lugar.
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1- Maquete vista Sul
2- Maquete vista Norte
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3- Maquete vista Poente
Lisboa - Uma Casa para Ti
Rua
de S. Mamede e Rua da Saudade
Informações Sobre
Projeto Uma Casa para Ti
Local: Rua de São Mamede e Rua da Saudade, junto ao Castelo de S. Jorge, em Lisboa
Data: julho, 2016
O programa: Estamos nos dias de hoje em 2015, em que Lisboa é o território de estudo e a zona dos Castelo de S. Jorge é o local onde se pretende que se escolha um lugar para projetarmos a nossa casa. O programa da casa é constituído por: entrada – biblioteca – cozinha – dormir –água – pátio.
A escolha do lugar: Todo o Ato Projetual inicia-se com a localização a Sul com a rua de S. Mamede e a Norte com a rua da Saudade, o lugar tal como se encontra foi de imediato arrebatador para a escolha. Com uma orientação predominante a sul, o declive acentuado com uma diferença de cotas entre as ruas a Sul e a Norte de cerca de 20 metros e com uma vegetação existente com alguma expressão deram o mote para pensar o Projeto.
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O projeto:
A preservação da arquitetura existente sem que houvesse uma agressão com a construção do novo e a criação de nova arquitetura, num local com a carga histórica da origem da cidade de Lisboa foi um dos principais desafios.
As vistas:
Outro desafio foi o implantar a casa no terreno existente respeitando e
aproveitando a morfologia com o menor movimento de terras possível e com uma orientação total a sul com pequenas aberturas e frestas para entrada de luz, viradas a norte para o muro da extrema com a rua da Saudade.
Foi ainda colocada uma abertura na cobertura com entrada de luz zenital no extremo da cozinha para uma iluminação natural na zona semienterrada.
Foram criadas duas entradas, uma pela
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1- Localização
2- Implantação
3- Limite de Implantação do Projeto
4- Maquete vista da rua de São Mamede
5- Foto vista atual da rua de São Mamede
rua da Saudade a norte com vários lanços de escadas que vão dar acesso à entrada para a cozinha e a outra entrada a sul pela rua de S. Mamede com acesso por elevador até ao patamar onde se desenvolve o pátio com distribuição para a biblioteca, quarto, zona de estar e piscina - água.
A casa desenvolve-se em dois pisos, o da cozinha e entrada, descendo a
cota de 1 metro onde se encontra o pátio, a biblioteca com um grande vão envidraçado sobre o pátio, a piscina e o elevador. O quarto, mais recatado é virado para uma área de jardim com palmeiras.
As vistas são em grande medida sobre a amplitude do próprio terreno e num pequeno ângulo a vista de rio na zona mais acima do terreno, sendo no entanto
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todo o espaço envolvido por edifícios vizinhos com traça maioritariamente pombalina.
A luz e sombra e o vazio: Os amplos vãos de janela que todos os espaços têm, garantem uma boa iluminação natural e arejamento, sendo que as duas coberturas planas existentes e com largas palas de sombreamento dão à casa a sombra necessária na altura do dia e do ano com maior intensidade lumínea e ainda alguma privacidade de parte das estruturas vizinhas. A representação da cidade com a luz e sombra a serem representadas pelos amplos vãos envidraçados e pela extensão da cobertura originando largas palas para o exterior.
A relação dos espaços internos com
percursos de imagem exterior que vencem vazios com a penetração da paisagem no interior.
A relação com a envolvente: Um outro objetivo do projeto foi a relação com a complexidade de edifícios envolventes, tendo, contudo, a casa mantido o foco numa identidade própria e numa linguagem atual.
A relação com a envolvente é assim composta por imagens distintas não permitindo que uma parte domine as outras e onde novo, antigo, horizontal, vertical, aberto, fechado, todos estes contrastes estabelecem a gama de opostos que definem essa relação.
A casa na cidade que acompanha a morfologia e topografia existente e a cobertura plana que poder ser “verde” garantem a preservação da vegetação, trazendo uma melhor eficiência energética e reforçando o verde no local mitigando o impacto na paisagem.
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1
1- Maquete vista da rua de São Mamede 2- Planta Implantação 3- Elevação Principal Sul
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Casa Monte Leite 88
Informações
Projeto de Reabilitação de Casa
Unifamiliar
Local: Rua Monte Leite, 88, S. João do Estoril, Cascais
Data: agosto, 2021
A casa unifamiliar da Rua Monte Leite, 88, em São João do Estoril, data dos finais dos anos 50 do Século XX e insere-se numa contrução de estilo modrenista reenterpretado no contexto da arquitetura tradicional portuguesa..
O atual Cliente pretende amplicar a casa e construir uma piscina no jardim
Para isso, o conceito central da proposta, que reorganiza uma solução de projeto, onde a zona de estar passa a ocupara uma parte substancial do jadim, tendo a piscina como pano de água frontal e em oposição é proposto um pano de água na zona posterior da sala como fator de equilibrio e elemento de escala.
Ao trazer a zona de estar para esta parte nova, é libertado espaço interno onde se propõem mais zonas de quartos de dormir e um escritório.
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Sobre
A Casa Monte Leite 88, insere-se na Estância Balnear e de Veraneio da Costa do Estoril, com uma arquitetura de Veraneio datada de finais do Séc. XIX e com maior expansão durante a 2ª Guerra Mundial.
Esta estância balnear foi projetada para competir com os destinos turísticos de veraneio da época, como Biarritz, Mónaco e Nice.
1- Localização
2- Vista atual da Casa
3- Vista frontal da Casa
4- Planta de Implantação
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LC 16 R S C A A E A G E RU Q D O C S O T S 412.15 410.70 412.15 Esgoto G Rua Monte Leite Rua Monte Leite 34.17 33.39 33.39 N 2 3 1 28.28 28.19 28.30 28.28 30.00 30.00 29.90 29.38 29.37 35 3 4
1- Planta do Piso 0
2- Cortes 6-6’ e 7-7’
3- Planta do Piso 1
4- Vista da entrada principal da casa
34.17 28.28 29.38 29.37 LC 18 R R S C M A A I A E A L T OS U G E U U R Q I D O C S O T S N 28.28 1.90 0.80 1.40 0.80 0.90 0.90 1.80 0.73 0.90 0.90 0.30 1.10 0.80 6.70 0.15 1.40 0.25 0.35 1.65 0.35 2.80 4.30 1.50 0.15 1.40 0.25 0.25 7.00 6.08 1.33 2.54 1.20 1.20 1.59 0.25 0.80 14.68 7.14 0.37 2.66 1.37 4.03 4.03 0.30 0.25 1.15 0.25 1.65 0.38 1.50 0.15 1.87 0.25 2.40 0.25 1.75 0.25 0.30 4.40 0.25 0.60 2.92 0.38 3.05 0.25 0.35 1.21 4.60 3.85 2.71 3.79 7.09 36 1 2
34.17 28.28 30.00 30.00 29.90 29.38 29.37 R C T U I LC M I A A E A OS G U E R S T N 19 R S A L O QU D C S O 30.66 1.10 0.90 1.00 0.93 2.77 0.10 2.93 4.33 0.90 2.37 0.85 1.35 1.80 1.12 0.85 2.33 0.33 0.25 3.88 0.15 1.72 0.15 2.70 0.15 3.35 0.25 3.16 0.12 1.96 0.25 4.98 0.15 1.19 1.03 1.60 0.15 4.60 0.30 1.53 0.12 0.33 6.20 15.48 4.57 0.60 2.00 0.68 0.13 4.15 0.58 1.10 0.50 0.25 1.60 2.22 1.10 1.00 1.10 2.18 0.33 2.60 2.87 0.25 3.88 0.15 3.17 0.15 1.60 0.15 6.43 0.32 4.60 0.37 1.34 1.29 1.40 1.38 2.04 4.95 3.59 0.37 0.25 5.20 0.15 1.60 0.25 0.46 0.25 2.45 1.20 0.15 1.01 0.15 3.19 0.25 2.40 0.25 1.75 0.25 0.30 0.25 0.65 3.70 0.15 2.45 0.250.25 2.35 0.25 3.45 0.20 3.15 0.20 0.25 1.75 0.25 3.09 1.72 0.37 0.25 2.35 0.25 1.10 4.80 1.10 0.25 0.48 1.52 ANEXOS 3,40m2 37 3 4
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39 1 2
1- Vista da sala de estar, da sala de jantar e da cozinha
2- Vista da sala de estar e da piscina no jardim
Análise Sustentabilidade Reabilitação do Edifício
Centro Terapias Digitais
Informações
Projeto do Novo Centro de Terapias Digitais da Fundação Champalimaud
Local: Av. Brasília, Lisboa
Data: fevereiro, 2023
Sobre
Projeto de concurso desenvolvido pelo escritório Miguel Arruda Arquitetos Associados, Lda., onde participei na avaliação da sustentabilidade do projeto de reabilitação do edifício dos anos 60 do século XX, a então Docapesca, atualmente da Fundação Champalimaud para o novo Centro de Terapias Digitais
O processo de recuperação da cidade tem que incorporar a Crise Climática, a Crise Social e a Crise Humanitária.
Não há Reconstrução Urbana sem Reconstrução Social e sem Regeneração Humana (vida privada, vida social e a vida humana).
Através de um efetivo apoio social e formação profissional, contribuindo para a integração de todos, nos seus diversos estádios, atuando com a estimulação necessária personalizada.
Através da alteração da função dos edifícios, a qual tem um incrível poder
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Fundação Champalimaud
na regeneração de um quarteirão a reconstruir e, onde a arquitetura e o arquiteto, como entidade criativa, deve fazer arquitetura para o bem-estar psicológico das pessoas, incorporando os conceitos do blue design e do green design, fatores de vantagem económica assentes na blue economy and green economy, na regeneração da cidade, do espaço público, do quarteirão, do edifício, da habitação e contribuindo para
o bem-estar e saúde das Pessoas. Por outro lado,
O revés da globalização e o consequente revés da cadeia de fornecimento, os problemas logísticos de matérias-primas e combustíveis; Os níveis de desemprego em mínimos históricos, fator que permite ser moderadamente otimistas;
A guerra russo-ucraniana, envolta numa incerteza crescente.
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1
Contudo, a CR como pioneira em Portugal na pesquisa e aplicação de uma saúde digital centrada na pessoa, trás uma esperança de consciencialização na ajuda à resiliência necessária face à doença e às suas consequências sociais e familiares na saúde das pessoas.
Pretendendo responder com soluções concretas, às “principais questões que o sitema de saúde, doentes e equipas médicas enfrentam com as novas tecnologias emergntes, no espaço da saúde digital”.
A intiligência humana, com a ajuda da artificial intelegence, vai permitir prestar melhores cuidados de saúde no seu cômputo geral e possibilitar promover uma maior consciência para a saúde mental, em doentes com cancro, utilizando o machine learning para identificar factores que promovam a alegria e felicidade e, contribuam para o bem-estar do individuo a longo prazo. Desperconceituando e estigma associado a certas doenças como o cancro e doenças mentais.
Trazendo uma esperança de tratamento e bem-estar, para as pessoas e para os seus cuidadores, através desta nova abordagem terapeutica e possibilitando um conhecimento interativo entre o homem e a tecnologia.
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2
1- Experimental Clinical Research Programme, Associates and Adjunct Investigators
2- Champalimaud Research
REGULAMENTAÇÃO
A diversidade de regulamentos e metas existentes são um desafio em larga escala para o qual todos devemos contribuir, assim a Agenda 2030 da Assembleia Geral das Nações Unidas, com o novo enquadramento global para o desenvolvimento sustentável, tem como ponto fulcral os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e abrange as três dimensões de sustentabilidade, económica, social e ambiental ( os aspetos ESG - Environment, Social and Governance ), sendo o instrumento que norteia as metas de sustentabilidade adotadas no quadro da UE.
O Acordo de Paris de dez. 2015 adotado no âmbito da convenção quadro das nações unidas, foi aprovado pela UE em out.2016 e tem como objetivo, entre outros, reforçar a capacidade de resposta às alterações climáticas tornando os fluxos financeiros coerentes com um percurso conducente a um desenvolvimento com baixas emissões de gases com efeito de estufa (GEE - Greenhouse Efects ) e resiliente às alterações climáticas.
Por definição a Mitigação das Alterações Climáticas é o processo que consiste em manter o aumento da temperatura média mundial abaixo de 2 °C e prosseguir os esforços para limitar esse aumento a 1,5 °C em relação aos níveis pré-industriais, é para isso que a proposta apresentada pretende contribuir.
METAS DE SUSTENTABILIDADE
A proposta enquadra-se numa estratégia nacional com metas definidas e precisas para um investimento consistente visando a neutralidade carbónica em 2050 e a aposta numa economia circular que garanta essa neutralidade na construção, através dos processos construtivos, materiais utilizados e sua origem, bem como a gestão e/ou incorporação dos resíduos provenientes da demolição. São esses os princípios, contidos em diversos planos como o PNI 2030 Plano de Investimento Nacional, o RNC 2050 Roteiro Nacional para a Neutralidade Carbónica e o PNEC 2030 Plano Nacional Energia e Clima, que o presente projeto persegue e incorpora.
1- Indices ESG
2- ODS e Agenda 2030
3- Económia Circular
4- Acordo de París
5- PNEC2030
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1
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6- Estrutura dos Investimentos Necessários para a Neutralidade Carbónica em 2050
7- RNC2050
3 2 4 5 7 8 6
8- Carta de Compromisso RNC2050
TRADUÇÃO DAS LINHAS ORIENTADORAS DA SUSTENTABILIDADE
NA REABILITAÇÃO
DO EDIFÍCIO
A cobertura verde é um conceito arquitetónico que substitui os materiais tradicionais nas superfícies das coberturas, utilizando uma manta hidropónica de solo e vegetação diversa, criando um ecossistema de plantas e pequenos arbustos, privilegiando as espécies arbóreas de folha perene ou folha caduca consoante as necessidades de radiação solar, conferindo uma policromia de folhas ao longo das diversas estações do ano, atraindo aves e pequenos insetos para as coberturas, criando a possibilidade de albergar habitats biológicos urbanos.
Este conceito baseia-se numa camada de vegetação, necessária para criar o microclima adequado e uma filtragem da radiação e luz solar, possibilitando uma menor utilização de meios mecânicos no interior dos edifícios, com fins de climatização e consequentemente trazendo os conceitos da arquitetura
bioclimática e da eco construção para a reabilitação do edifício em estudo.
Desta forma diminui-se a carga térmica do local, nos meses de verão, bem como, um aumento do teor de humidade do ar e também, proporcionando a captura do CO2 e de poeiras poluentes, contribuindo de forma direta para o aumento do teor de oxigénio do ar e consequente melhoria da qualidade do ar local, contribuindo para a redução de consumos pela redução de utilização de meios mecânicos para a climatização.
A resposta através de uma arquitetura bioclimática, onde o desenho dos edifícios tem em consideração as condições climáticas, utilizando os recursos disponíveis na natureza como a madeira e a biomassa vegetal para mitigar os impactos ambientais e reduzir o consumo energético está presente na proposta. No caso, o sol que passa pelo vidro dos lanternins pré-existentes é filtrado pelos gigantescos candeeiros de desenho orgânico e pelas plantas localizadas no interior, enriquecendo com sugestões e vibrações de sombras o
espaço interno explorando uma vertente do conceito de unidade industrial verde bioclimática.
Em síntese, a arquitetura bioclimática antecipa um grande número de temas chave de abordagem à sustentabilidade do edifício, como o uso inteligente dos recursos, respeito pela natureza e a procura do bem-estar psicológico do homem no ambiente, que se relaciona diretamente com o conceito primeiro do Centro de Terapias Digitais.
O uso de materiais recicláveis e, conceitos como Biofilia, Serendipidade, Modularidade, Sustentabilidade, Identidade Forte e Conforto, são objetivos perseguidos neste projeto onde se pretende que em parte “A aparência de um edifício deve ser consequência das variáveis climáticas do local, onde a forma surge dessas necessidades que criam contraste”.
O novo Centro de Terapias Digitais está inserido num local em que a ação direta
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do reflexo da luz solar sobre o rio, os ventos e a brisa são características do lugar às quais se pretendeu responder no âmbito de uma arquitetura passiva. A fachada a Sul, aquela onde incide o sol, com a manutenção da pala de sombreamento pré-existente protege o espaço de deck, mas também impossibilitando que o calor atinja a fachada sul do edifício, protegendo o seu interior do calor e mantendo-a fresca no verão, mas também, protegendo das águas da chuva, deixando passar o ar e
podendo permitir uma ventilação interna natural.
A fachada Norte, revestida por uma dupla fachada em lâminas de vidro vertical, que a protege, mas que simultaneamente permite a circularidade do ar, trazendo frescura no verão e proteção no inverno, protege dos ventos frios e das águas da chuva, deixando passar o ar, permitindo uma ventilação interna natural.
A madeira como material nobre na construção e sendo a indústria da construção responsável por 39% da emissão de GEE, faz com que revestimentos em estrutura de madeira
1- Vista Exterior Nascente e Cobertura Verde
2- Entrada principal Norte
3- Nave principal com paredes revestida a madeira com floreira verdes
possam ser uma das maneiras de diminuir as emissões dos GEE, trazendo conforto e natureza para o interior.
A utilização na reabilitação de edifício de revestimentos de tetos, paredes, portas e pavimentos em madeira e, pisos para mezaninos com estruturas de madeira prensada (lamelados colados) têm vantagens face à reabilitação dos edifícios de construção tradicional em betão armado e estrutura metálica, nomeadamente por:
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• Maior capacidade de carga e características de resistência ao fogo;
• Fortes e menos propensos a empenamento ou retração;
• Menos desperdício por aproveitarem madeira disponível (como pequenas toras);
• Estruturalmente mais leves 3 a 4 vezes;
• A capacidade da madeira de capturar CO2.
• Os produtos de madeira estão associados a baixos níveis de
emissões de carbono durante a fabricação, reduzindo assim a pegada geral de carbono da construção;
• Velocidade de montagem, eficiência de projeto e flexibilidade;
• Maior resistência sísmica porque são leves e flexíveis;
• A baixa condutividade térmica da madeira fornece isolamento natural que reduz a perda de calor;
• A maior resistência ao fogo da madeira garante maior resiliência em incêndios. Esta característica significa
que a madeira maciça é capaz de manter a capacidade de carga por mais tempo do que outros materiais para longas exposições ao fogo, permitindo mais tempo para evacuar um edifício e extinguir o incêndio;
• Maior durabilidade a longo prazo;
O vidro na construção como material de transparência entre o interior e o exterior, permitindo a entrada de luz, mas controlando a radiação solar e/ou como elemento de revestimento. Através
da aplicação de novas tecnologias, e da introdução de um conceito lumíneo é possível conferi novas características ao material e ao seu comportamento no edifício técnico e plástico.
É de especial relevância garantir uma ficha do histórico, desde a proveniência dos inertes que o constituem aos meios de extração utilizados, ao processo de produção, transporte tanto dos inertes como do produto final, garantindo que na sua produção deverá consumir energia proveniente de fontes renováveis.
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Os planos de água exteriores são utilizados como elementos tranquilizador, refrescante e que contribui no verão para o aumento do teor de humidade do ar, absorvendo a radiação solar e permitindo ainda uma projeção de movimento na fachada por reflexão da luz solar.
CAPTURA DE CO2 E TRANSFERÊNCIA DE O2
Conseguir mensurar, quantificar e qualificar os impactos é um primeiro caminho, sendo esse o caminho que abordámos e que sinteticamente passamos a apresentar:
A emissão de CO2 eq/ano estimada por uma rebilitação tradicional é da ordem das 1190 ton/ano, com a incorporação de soluções bioclimáticas, estima-se Reduzir a Emissão de CO2 eq em 2500 ton /ano,
com a consequente Transferência de O2 para a atmosfera, face a uma reabilitação tradicional.
A quantidade de oxigénio libertado pelas plantas está diretamente relacionada com a quantidade de CO2 (dioxido de carbono) que estas retiram da atmosfera, uma vez que O2 (oxigénio) é um subproduto da fotossíntese.
• Madeira contribui através da captura de carbono às quantidades utilizadas
em portas interiores, revestimentos acústicos de paredes, pavimentos e tetos estima-se atingir = 160 ton
• Matéria Orgânica no Solo resultante da aplicação de manto hidropónico na cobertura e floreiras, apresenta uma captura de CO2 eq/ano superior a 100% = 2 320 ton
• Biomassa vegetal existentes em plantas e arbustos de cobertura e outros, apresenta uma captura de CO2 eq/ano superior a 2% = 20 a 40 ton
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1- Sala de espera frente rio
2- Acesso mezanino
3- Nuvém, candeeiro Arqtº Miguel Arruda
4- Fachada poente nouturna
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