CONJUNTO HABITACIONAL CIDADE NOSSA Habitação de Interesse Social
Paula Carvalho ┃Orientador Ronaldo Brilhante Projeto de Habitação Popular ┃EAU. UFF
CONJUNTO HABITACIONAL CIDADE NOSSA Habitação de Interesse Social
Paula Carvalho ┃Orientador Ronaldo Brilhante Projeto de Habitação Popular ┃EAU. UFF
CONJUNTO CIDADE NOSSA
Introdução Este projeto é produto da matéria de Projeto De Habitação Popular (PHP), no último período do curso de graduação. A escolha do terreno foi livre, a partir de seis opções de terrenos na região central da cidade do Rio de Janeiro. O terreno escolhido fica no bairro da Cidade Nova e atualmente abriga o recente Centro de Comando e Controle da cidade. O projeto de habitação de interesse social foi pensado como um elemento promovedor de cidadania. A proposta tem o objetivo contrariar o crescimento disperso da cidade, estimular do adensamento, “promover uma cidade inclusiva, diversa, eficiente, mista, evolutiva e democrática” (retirado do concurso ONU HABITAR, Pensar la Vivenda). No trabalho de análise e crítica ficou evidente o período de crescente segregação sócio espacial que o bairro da Cidade Nova vive, como o restante do Rio de Janeiro. Sob essa perspectiva vemos que os interesses políticos e econômicos interferem diretamente no processo de urbanização e ocupação da cidade. Investimentos públicos e privados com motivações prioritariamente econômicas moldam a vida da população há mais de um século. A reforma urbana da zona portuária, o surgimento de novos empreendimentos de alto padrão em terrenos antes desvalorizados, as remoções de população pobre, em áreas com potencial de valorização, definições de zonas com usos únicos. Hoje o bairro da Cidade Nova [04]
merece nossa atenção por conta do seu potencial econômico, sua proximidade com o Centro, a facilidade de acesso e servido de infra estrutura básica, fazem deste um bairro muito atraente ao mercado imobiliário. A região é habitada majoritariamente por população pobre e em situação habitacional frágil, que ocupa remanescentes de sobrados históricos sem real propriedade dos imóveis. Começam a surgir novos empreendimentos que vão expulsando essa população e comprometendo a vitalidade local.
Imagem da Rua Laura de Araújo, na Cidade Nova. Trecho em frente à estação de metrô Praça Onze.
Tendo identificado a situação urbana e social perante o processo de gentrificação, a proposta do Conjunto Cidade Nossa têm função de minimizar esse processo, promovendo diversidade e fixação dos grupos socioculturais diversos, estimulando a economia local e proporcionando melhor qualidade de vida.
Habitação de Interesse Social
Localização Contexto urbano e situação do bairro da Cidade Nova:
Porto Maravilha
O bairro da Cidade Nova está localizado no centro da região metropolitana do Rio de Janeiro, circundado pelos bairros do Centro, Catumbi e Estácio. Além da sua posição privilegiada ele também ocupa uma área que em parte foi agregada ao projeto Porto Maravilha. Os investimentos de alto padrão e remoções avançam a partir dessa intercessão com a área de projeto do Porto Maravilha.
Intercessão das áreas
Cidade Nova
Localização aproximada da Cidade Nova dentro da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
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CONJUNTO CIDADE NOSSA
Gestão Propostas da prefeitura: Nos últimos anos tem-se verificado um processo de renovação urbana no bairro da Cidade Nova. Multiplicamse empreendimentos institucionais de alto padrão e novos edifícios administrativos adentrando o bairro a partir da Av. Presidente Vargas, importante eixo viário na região metropolitana do Rio de Janeiro. A política urbana assumida pela prefeitura é de renovação e limpeza. Acompanhando o partido urbano do Porto Maravilha, que faz intercessão com parte do bairro, a prefeitura assume a Cidade Nova como bairro administrativo, onde se concentrarão os edifícios administrativos da cidade.
“CIDADE NOVA: NASCE UM NOVO POLO DE SERVIÇOS DO ESTADO NO BAIRRO Cedae, Centro de Controle da Secretaria de Segurança e Riofarmes ganham instalações na mesma região” Ainda seguindo a mesma linha de intervenção do Porto Maravilha, as intervenções atuam setorizando o bairro, valorizando o solo e pressionando a população pobre para fora. Essa atuação ocorre de maneira sutil aos olhos dos moradores, sendo feitas melhorias no calçamento e pavimentação existentes por todo o bairro, [06]
sem nenhuma real política de melhorias nas condições de habitação. Quando digo habitação não me refiro a moradia em si, mas as condições do entorno que promovam maior qualidade de vida e fixação da população no local, como áreas de lazer, postos de saúde, mercado popular, condições urbanas para que a economia local e a vitalidade floresçam. As intervenções verificadas atuam em direção oposta à fixação dos grupos socioculturais, mas em direção ao seu êxodo para que uma classe emergente lentamente se aproprie da memória e cultura local
Habitação de Interesse Social
Gentrificação Em uma comparação entre o preço por metro quadrado nos bairros do Centro e Cidade Nova desde 2008 mostram que, paralelamente ao processo de remodelação e valorização da região portuária e centro da cidade, e apesar da crise econômica nacional, o valor da terra está elevado. Os empreendedores que investem no bairro têm vantagem sobre os que optam por investir dentro a área do Porto Maravilha, as concessões – CEPAC - não são necessárias. Apesar da proximidade com a área de maior valorização na cidade, esses empresários não tem um custo de investimento tão alto quanto seus vizinhos no porto. A Cidade Nova, agora mais do que nunca, merece atenção por conta do seu potencial econômico. A sua proximidade com o Centro, facilidade de acesso e servido de infra estrutura básica, fazem da Cidade Nova um bairro muito atraente ao mercado imobiliário. Além disso o bairro é habitado majoritariamente por uma população pobre e em situação habitacional frágil, que ocupa remanescentes de sobrados históricos e sem real propriedade dos imóveis. Começam a surgir, em paralelo com as obras do Porto Maravilha, novos empreendimentos privados e obras públicas de alto padrão, contrastando com uma população residente pobre e de classe média.
Os empreendimentos encontram uma barreira na poligonal da APAC, que desacelera o avanço da renovação urbana e do processo de gentrificação. Dentro das APACs existe uma ocupação ainda tradicional do bairro, população de classe média e baixa, sobrados históricos e poucos prédios antigos de até quatro pavimentos, e comércios pequenos, como borracharias e bares. No mapa ao lado estão indicados os pontos onde surgiram novos empreendimentos nos últimos anos. Esses empreendimentos estão na mesma classificação de contribuidores do processo de renovação e gentrificação mas, acima e abaixo da APAC da Cidade Nova, eles são muito distintos e interferem no espaço de maneira diferenciada. Ao norte, empreendimentos institucionais de alto padrão, ao sul condomínios do MCMV.
Fonte: http://www.zap.com.br/imoveis/fipe-zap-b/
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CONJUNTO CIDADE NOSSA
Intercessão das áreas do Porto Maravilha e Cidade Nova
APAC
Relações na área de estudos e entorno imediato do terreno: Como já foi dito, a onda de gentrificação avança a partir da intercessão entre as áreas do Porto Maravilha com o bairro da Cidade Nova. Devido a importância desse processo e o fato do terreno do conjunto estar nessa área de intercessão, é necessário que seja feita uma análise aproximada. O terreno está localizado em uma área de vulnerabilidade. Os novos investimentos que ameaçam a estadia da população local encontram uma barreira na poligonal da APAC. Portanto o processo de limpeza acaba se concentrando na área onde remoções, compras de imóveis e implantação de novos edifícios é mais fácil e próxima do Porto Maravilha. Nessa área de vulnerabilidade ao norte da APAC pipocam empreendimentos públicos e privados além de reformas nas ruas. Dentre os investimento observados nenhum realmente promove melhoria na qualidade de vida da população ou sua fixação no local.
Terreno Reformas nas vias Empreendimentos de alto padrão
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Habitação de Interesse Social
Hoje o terreno está ocupado pelo Centro Integrado de Comando e Controle, criado para a copa de 2014. O CICC foi instalado ali como parte do programa da prefeitura de zoneamento da cidade, que pretende transformar essa parte do bairro em zona administrativa. O terreno, que ocupa a quadra inteira, é fechado, com o edifício no centro e circundado por estacionamento. No entorno imediato existe o reformado edifício da CEDAE, a Rio Farmes e o ECO Sapucaí – edifício empresarial de alto padrão assinado por Niemeyer, o novo “camarote” da Sapucaí. Estes empreendimentos tem uma arquitetura excludente, eles negam a ocupação existente, expulsando as habitações pobres e estimulando o processo de gentrificação. Hoje existe uma comunidade em frente ao ECO Sapucaí, ameaçada pela gentrificação esta está espremida entre dois empreendimentos de alto padrão. Além das habitações, o importante grupo sociocultural do Circo Crescer e Viver não é contemplado nem valorizado pela renovação urbana. Em funcionamento desde 2003 com apoio governamental, a escola tem uma proposta de educação não formal pela via cultural, usando as artes como ferramenta pedagógica alternativa, facilitadora de outros aprendizados. O Programa de Circo Social da Escola de Circo Crescer e Viver articula, gratuitamente, as dimensões simbólica, social e educativa das artes circenses, oferecendo à crianças e jovens de classes e comunidades populares, oportunidades educativas focadas na elevação da autoestima; fortalecimento da autonomia; e no
desenvolvimento da criatividade. Além do programa social para jovens e crianças em situação de vulnerabilidade, oferece Programa de Formação do Artista de Circo como um campo de formação e profissionalização. O papel dessa instituição vai além das artes circenses, o circo promove atividades voltadas para a conscientização sobre o meio ambiente, saúde, cidadania, colocando os alunos em contato com profissionais competentes no mundo das artes e também no mundo acadêmico. A área marcada como área ameaçada de remoção é ocupada majoritariamente por habitação de baixa e média renda, com alguns comércios de bairro, como borracharias e bares. Devido a proximidade com o
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3
4 5
M 6
M
7 11
APAC
Porto Maravilha, com o bairro do Centro e pela oferta de transporte público esta é uma área de grande interesse imobiliário. Além desses grandes atrativos essas quadras estão fora da APAC, portanto muito mais vulneráveis. Muitas casas já foram demolidas para dar lugar a empreendimentos como os edifícios da Petrobrás, e continuam sendo aos poucos removidas.
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1. Hospital Escola 2. CEDAE 3. Edifício institucional 4. Praça 5. Terreno –CICC 6. Edifícios Petrobrás 7. Circo 8. Rio Farmes 9. ECO Sapucaí 10. Sambódromo 11. Habitação de renda média/baixa Área ameaçada de remoção M Metrô Praça Onze
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CONJUNTO CIDADE NOSSA
1.
Imagens da área:
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R. Benedito Hipólito
R. Carmo Neto
R. Laura de Araújo
1. Circo Crescer e Viver, Rua Júlio do Carmo recém reurbanizada. 2. ECO Sapucaí e comunidade espremida ao lado, sem pavimentação, com habitações de baixo padrão e pequenos bares, Rua Júlio do Carmo esquina com Pres. Barroso. 3. CICC e CEDAE ao fundo, Rua Carmo Neto em frente à estação de metrô. 4. Praça na esquina das ruas Benedito Hipólito e Carmo Neto, ao lado da estação de metrô. 5. Rua Júlio do Carmo vista da estação de metrô na Rua Carmo Neto. 6. Edifícios da Petrobrás e remanescentes de casas de baixo padrão misturadas à terrenos com casas recém demolidas, Rua Laura de Araújo. 7. Edifícios da Petrobrás vistos da estação de metrô na Rua Laura de Araújo.
M
R. Júlio do Carmo M
3.
2.
Habitação de Interesse Social
4.
6.
5.
7.
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CONJUNTO CIDADE NOSSA
Projeto
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IMPLANTAÇÃO
Av. Presidente Vargas
R. Benedito Hipólito
R. Carmo Neto
elementos que favoreçam a fixação população em situação habitacional de fragilidade, expostas às remoções fora da poligonal da APAC. Ao adensar a área dessa maneira, integrando usos variados e espaços que promovem o encontro e confraternização de pessoas, é possível fazer uma ponte entre moradores novos e antigos, criando uma relação de vizinhança mais amigável e coesa. A arquitetura do conjunto faz a transição entre área habitacional, de sobrados históricos e habitação de até dois pavimentos, para a área institucional com edifícios de 20 andares. Os dois blocos em formato de L que compõem o conjunto tem gabarito variável – máximo de 34 metros - e deixam generosos vãos no térreo, formando duas praças entre eles além de passagem de pedestres por toda a quadra. O sistema construtivo escolhido foi definido pela tipoligia do edifício. Não existe um pavimento tipo. Devido à forma que os blocos assumem, em L, formando quinas, e a variedade de usos, o sistema com pilar e viga seria problemático. Mesmo seguindo uma modulação, os pilares não poderiam ser contínuos do térreo ao último pavimento. A melhor solução foi o uso de alvenaria autoportante que, mesmo impossibilitando alterações futuras, permitiu maior aproveitamento do espaço. A planta ao lado mostra uma das 6 tipologias de apartamentos, sendo duas PNE.
R. Laura de Araújo
O projeto de arquitetura foi criado em resposta às necessidades da área e da população local e com o objetivo de minimizar os efeitos da gentrificação. O terreno (vazio na época da escolha) ocupa uma quadra em meio a área onde estão acontecendo as maiores obras de “revitalização” e hoje existe ali o Centro Integrado de Controle e comando do Rio de Janeiro. Ele possui 10.800m² e está localizado em frente a estação de metrô Praça Onze, entre as ruas Benedito Hipólito e Júlio do Carmo, próximo ao Sambódromo e a Av. Presidente Vargas. A quadra ocupada pelo CICC, com edifício no centro do terreno e estacionamento no entorno, se isola da vizinhança e contribui para a redução da vitalidade na rua. A rua de pedestres/estacionamento recém reurbanizada (Rua Júlio do Carmo), nessa quadra acaba tendo um fluxo muito pequeno de pessoas. Com o aumento de edifícios administrativos e institucionais como a Rio Farmes e o ECO Sapucaí, e mesmo havendo uma estação de metro e ponto de ônibus ali, o fluxo não adentra. A rua se tornou um estacionamento e os pedestres que a acessam estão quase que exclusivamente indo ou voltando da Rio Farmes. A proposta para a área é de um conjunto de uso misto, que inclui habitação, comércios e escola. A inserção desse elemento na área é de extrema importância para a preservação da vitalidade urbana. Sua função ali é desacelerar o processo de limpeza urbana e gentrificação que está varrendo a área, trazendo
R. Júlio Do Carmo
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Habitação de Interesse Social
Av. Presidente Vargas
Terreno hoje ocupado pelo ECO Sapucaí
CEDAE
Estação de metrô Praça Onze
Circo
Rua Júlio do Carmo, trecho deHabitação de baixa renda fora da APAC pedestres
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CONJUNTO CIDADE NOSSA
INSERÇÃO URBANA:
O conjunto não possui estacionamento interno, em vez disso optei por inserir vagas na rua Benedito Hipólito, Carmo Neto – em frente à escola – e Presidente Barroso – na lateral do mercado -, removendo o estacionamento na rua Júlio do Carmo e liberando esta via somente para pedestres, permitindo que o comércio possa se apropriar dessa via com cadeiras, mesas e feiras. Praças: A praça principal forma uma ambiência voltada para o circo social, tendo a creche escola do lado oposto. Essa é uma área com comércio, biclicletário e acesso à escola, tem ambiente amplo e objetivo principal de convidar o circo social à fazer parte desse conjunto num espaço contínuo com ligação com a escola. Essa área também foi criada para abrigar eventos e intervenções de grupos artísticos, a fim de envolver a comunidade, trazendo cultura e lazer à um espaço democrático e cotidiano. A praça interna está entre as torres mais altas, é uma praça linear com canteiros e mobiliário de lazer infantil e estar. É um espaço mais protegido e confinado, ainda que aberto, onde as crianças possam brincar livremente.
Tráfego de pedestres Tráfego de veículos
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Habitação de Interesse Social
Rua Benedito Hipólido em frente à entrada do supermercado, marcado com um pórtico laranja. A proteção solar acontece nas fachadas norte e oeste, com chapas metálicas perfuradas e vasos suspensos, com trepadeiras que sobem pela fachada através de cabos de aço.
Vista da praça principal a partir da rua de pedestres. A imagem exemplifica um tipo de intervenção que o espaço pode receber, um palco com estrutura desmontável para apresentações musicais, circenses, de dança, etc. [15]
CONJUNTO CIDADE NOSSA
USOS:
O conjunto integra habitação – faixa de renda média e baixa -, espaço para lojas e instituições bancos, galerias - no térreo, mercado e escola com uma rua de pedestres e elementos importantes do entorno, como o circo, estação de metrô e comunidade já estabelecida. As lojas têm a função de contribuir para o sustento do conjunto e, estando voltadas para fora, para as ruas, estimulam a vitalidade e a economia local. A formatação de lojas voltadas para fora e unidades de térreo, com acessos e janelas, voltadas para a praça interna gera mais privacidade e segurança para os moradores. Existem dois elementos importantes para o conjunto e para a vizinhança nos lados menores dos dois blocos, um é o supermercado e o outro é a creche escola. A creche escola merece especial atenção por ser um equipamento necessário na área, com facilidade de acesso e integrado ao conjunto e porque funciona como semente da cultura de sustentabilidade. Em todo o conjunto foram inseridos elementos básicos que uma habitação sustentável necessita: captação de águas pluviais, energia solar, proteção de das fachadas mais insoladas melhorando a sensação térmica nos apartamentos e também uso de hortas coletivas. Os grupos sociais são, em grande parte, alheios aos conceitos de sustentabilidade e preocupação ambiental, até de cidadania. A escola tem o papel de propagar esses conceitos que serão levados para casa e para a vida com a família, vizinhos e amigos.
Corte longitudinal
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Especificações
Dimensão
Quantidade
1 e 2 quartos
34 e 48 m²
594
Pne 1 e 2 quartos
50 e 70 m²
8
2 andares
480 m²
2
Térreo
125 m²
7
Creche escola
-
1.920 m²
1
Mercado
-
460 m²
1
Praça principal
1.640 m²
Praça interna
1.780 m²
Habitação
602
Lojas
9
Praça
1
2
Corte transversal
Habitação de Interesse Social
Planta baixa - Esquema de usos no térreo
Escola
Comercio
Habitação
Lixeira
0
10
20
30
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CONJUNTO CIDADE NOSSA
TRATAMENTO DE FACHADAS:
Os elementos utilizados no tratamento das fachadas foram a chapa metálica vazada, em diferentes cores e tons, e vasos suspensos com trepadeiras. As fachadas norte e oeste externas receberam esses elementos com a finalidade de proteger a edificação da forte incidência solar. Na fachada oeste os painéis fixos de chapa vazada são utilizados de maneira decorativa, protegendo as janelas da área de serviços e cozinha. A fachada sul, pertencente à escola, não recebeu nenhum elemento além da tela no último pavimento, que abriga a área de lazer infantil e horta.
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Fachada Oeste
Fachada Norte
Fachada leste
Fachada Sul
Habitação de Interesse Social
Referência 1 : Centro de Investigaciones Biomédicas MM – Arquitectura
O protejo está localizado no Parque Tecnológico de la Salud de Granada, promovido pela Universidade de Granada. Trata-se de uma ampliação de 5 andares que teve recursos financeiros escassos. o edifício está configurado como uma faixa contínua de cimento, que abriga uma caixa de vidro translúcido que flutua acima do solo. As plantas penduradas são regadas através da tampa do tanque de coleta de água , que recebe água da chuva. A vegetação escolhida é de plantas locais, caducefóleas, que forma emaranhados e sobe cabos de aço contínuo, criando sombra no verão, e permitindo a passagem da radiação solar inverno , quando a fohagem cai. Referência 2 : 60 Dwellings Appartment Block For Fira 2000 ONL Arquitectura
Este projeto habitacional surgiu como resposta às diretrizes básicas estabelecidas para a estrutura de desenvolvimento local. A informação era de substituir as habitações estabelecidas para aumentar a área de dois pavilhões. O edifício tem uma estrutura metálica com paineis vazados que permitem à construção ter uma aparencia externa que varia do dia para a noite. Ref. 1 <divisare.com/projects/246744-mm-arquitectura-javier-callejas-sevilla-wwwjaviercallejas-com-ampliacion-del-centro-de-investigaciones-biomédicas> Ref. 2 <www.archdaily.com/299653/60-dwellings-appartment-block-for-fira-2000onl-arquitectura>
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CONJUNTO CIDADE NOSSA
Desenhos técnicos Esta planta do terceiro pavimento é onde ocorre a formação dos dois “L”, quando até o segundo pavimento essas áreas não eram unidas. Aqui temos o primeiro pavimento da escola, com área livre e refeitório. As unidades de apartamentos tem seu número máximo nesse andar. Nos pavimentos superiores o número de unidades diminui progressivamente enquanto a diagonal do desenho dos edifícios são formadas.
Área livre escola
3° PAVIMENTO [20]
Habitação de Interesse Social
A partir do sétimo pavimento as diagonais dos blocos começam a surgir. Aqui temos o último pavimento das “pernas” dos blocos, que dão lugar à dois salões de festas, um para casa bloco. Cada espaço comum de festas contém cozinha e banheiros de apoio.
Salão de festas
Salão de festas
Área livre e horta no último pavimento da escola (6° pavimento)
7° PAVIMENTO [21]
CONJUNTO CIDADE NOSSA
Do oitavo ao décimo e último pavimento as hortas comunitárias surgem, tomando lugar, a cada pavimento, das unidades das extremidades dos blocos, formando as diagonais dos edifícios. Existe uma horta por bloco em cada andar. As hortas são áreas comuns, que tem acesso pelo corredor central.
Horta
Horta
8° PAVIMENTO [22]
Habitação de Interesse Social
Por fim as ampliações de algumas unidades habitacionais, mostrando o sistema construtivo, o layout e os cortes dessas unidades.
CORTE B
CORTE A PLANTA BAIXA – UNIDADE TIPO 1
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CONJUNTO CIDADE NOSSA
CORTE B
CORTE A PLANTA BAIXA – UNIDADE ACESSÍVEL TIPO 1
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