Ser-Tão Seridó

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PA U L A

G E ÓR GIA

FER NANDES


Ficha Técnica Fotografia: Paula Georgia Fernandes Texto: Moacy Cirne Produção: ZooN e Duas Estúdio


SERTÃO, LUZES, SOMBRAS Moacy Cirne

A fotografia é luz – é o que dizem. É o que sempre foi, o que sempre será. Na verdade, é luz, narrativa e sombra: um vibrante cosmorama de sensações, emoções e sombras. É o que é: sol, solidão e significações. Do sertão ao Seridó, e vice-versa, assim é a fotografia da cearense-potiguar Paula Geórgia Fernandes. Uma fotografia-p&b-sombra. E luz. Há perguntas que se fazem literatura. Há perguntas que se fazem poesia. Há perguntas que se moldam no campo da luz filtrada pela concretude do sonho. Desde Robert Demachy – ou antes. Desde Man Ray – ou antes. E assim se pergunta – indagação das indagações. Como se, afoitos, disséssemos: um grão é um grão é um grão é um chão. Para que serve, pois, uma foto carregada de emoções sertanejas? Para que serve uma foto grávida de vida nordestina? Para que serve uma foto trabalhada com sombras e cores acinzentadas? Em Paula Geórgia Fernandes, como em outros, como em outras, serve para repensar o universo. Serve, basicamente, para iluminar a escuridão bíblica do mundo. Com seus anjos e demônios, que nos iluminam. Como a fotografia. Como o cinema. Como a pintura. A rigor, para além da novidade, Paula Geórgia Fernandes sabe das coisas fotográficas. Sim, é verdade: o “discurso fotográfico” existe como “discurso artístico”. E o discurso artístico existe a partir da sensibilidade de autores produtivos/criativos. Da produção à criação, da poesia ao poema, da foto à fotografia – assim são as duras e cruas sertanidades de Paula Geórgia Fernandes, pintadas de branco, devaneio e preto. E pedras.










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