Travessia Cultural

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TRAVESSIA

CULTURAL


TRAVESSIA CULTURAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO I

Acadêmica: Paula Pedreira Del Fiol Orientador: André de Oliveira Torres Carrasco

Pelotas, Dezembro de 2018


RESUMO

Este relatório tem como objetivo apresentar um compilado de estudos feitos durante o Trabalho Final de Graduação I, com enfoque em ambientes construídos pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pelotas. Baseado na percepção da falta de espaços culturais qualificados na cidade, com escalas que normalmente não atendem o público necessário para esse tipo de programa, busca-se chegar à uma discussão para que esse espaço se dê para contemplar diversas atividades culturas existentes na cidade. De modo que o local fosse de fácil acesso ao público e que tivesse uma forte ligação com a cidade, escolho um sítio entre a Rua Gonçalves Chaves e Rua Santa Cruz, entre a Rua Neto e a Rua 7 de setembro para que essa trama com a cidade seja feita. O presente relatório consta com levantamento de dados, apresentação de legislação vigente, registros fotográficos, análises de projetos referenciais, relatos sobre informações pertinentes ao estudo preliminar. Tudo disposto ao longo desse documento para melhor entendimento e auxilio ao longo projeto feito no Trabalho Final de Graduação II, que se dá posteriormente á esse trabalho.


SUMÁRIO

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INTRODUÇÃO...9 Apresentação.........................................10 Justificativa...............................................12

2

CONTEXTO...15

Cidade................................................... 16 Sobre cultura.....................................17 Uso do solo atual...........................18 Mapa mental................................ 20 Escolha do sítio.............................. 22 Levantamento fotográfico.....24

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PROGRAMA...27

Hierarquia Viária....................................................28 Rede cicloviária e transporte público.....30 Uso do solo..............................................................32 Ocupação do solo............................................34 Levantamento fotográfico...........................36 Topografia...............................................................40 Legislação.................................................................42

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REFERENCIAL...45

Centro cultural São Paulo..................46 Praça das Artes........................................50 Sesc Pompéia...........................................54

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ORGANIZAÇÃO ESPACIAL...59

O programa......................................................................60 Pré-dimensionamento...............................................62 Organograma..................................................................64 Análise do entorno através de forças........... 66 Adequação do programa no sítio.................... 68

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O PROJETO...73

Lançamento da proposta............................. 74 Desenvolvimento da proposta................... 76 Diagrama de composição.......................... 78 Volumetria final.................................................... 80 Diagrama de pavimentos.............................82 Plantas técnicas................................................... 84

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BIBLIOGRAFIA...89 Bibliografia...............................................90

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INTRODUÇÃO

Apresentação.................................10 Justificativa.......................................12

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APRESENTAÇÃO

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O relatório vai explicitar todas problemáticas envolvidas no processo projetual. Percebe-se a necessidade de um espaço cultural onde as pessoas se sintam atraídas a participar do espaço, que seja um lugar de fato destinado para esse uso. Além disso, percebe-se a necessidade de um lugar centralizado na cidade, com acesso amplo da comunidade, um lugar próximo a corredores de ônibus, e a outros lugares que já sejam de apropriação da cidade. Sendo assim, com essa imagem busca-se apresentar alguns espaços da cidade que já sejam de apropriação da cidade, e auxiliem sendo de fácil acesso ao público.

01 SÍTIO DE INTERVENÇÃO 02 PRAÇA CORONEL PEDRO OSÓRIO 03 MERCADO PÚBLICO 04 UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PELOTAS 05 POP CENTER 06 RUAS GENERAL OSÓRIO E MARECHAL

DEODORO, RUAS COM CORREDORES DE ONIBUS

Imagem 01: Mapa localização. (Fonte: Prefeitura Municipal de Pelotas)

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JUSTIFICATIVA

A cidade de Pelotas, em meados do Século XX, já foi considerada polo de grandes atrações culturais conhecida nacionalmente por promover grandes peças internacionais, no Teatro 7 de abril. Pelotas era uma cidade muito rica, que possuía sua base econômica focada no Charque e todas os privilégios que ele oferecia. Nessa época de riqueza, a cidade possui lugares que promoviam a cultura e a criatividade das pessoas. Hoje em dia são quase inexistentes na cidade, fazendo com os eventos na rua sejam realizados em lugares muitas vezes inapropriados para os usuários. Sendo assim, percebe-se a necessidade de um lugar qualificado, utilizando de uma escala e um programa adequado para o usuário, para o uso da cultural relacionando-a com a criatividade, para poder resgatar toda a história de uma cidade, que hoje em dia necessita resgatar tudo que já viveu no passado. Um espaço voltado para a integração social e cultural, onde as pessoas possam trocar conhecimentos, culturas, sentimentos. Um lugar onde exista uma conexão interior-exterior, para que o lugar possa ver e ser visto através da cidade.

Imagem 02: Onde a cidade se encontra (Fonte: Piquenique Cultural)

Imagem 03: Sofá na rua (Fonte: Sofá na Rua)

Imagem 04: Domingo no Castelo (Fonte: Pelotas turismo)

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PARALELOS Cidade...................................................16 Sobre cultura.....................................17 Uso do solo atual...........................18 Mapa mental................................20 Escolha do sítio..............................22 Levantamento fotográfico.....24

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A CIDADE PAÍS O Brasil

ESTADO

O Rio Grande do Sul

CIDADE Pelotas

Imagem 05: Localização (Fonte: Autor)

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Pelotas é uma cidade situada na região sul do Rio Grande do Sul, distante 261 quilômetros da capital do Estado Porto Alegre, no Brasil. Banhada pelo Canal São Gonçalo e pela Lagoa dos Patos, caracterizada pela sua planície costeira, ela está em média 7 metros a cima do nível do mar. A cidade é a terceira mais populosa do Estado com cerca de 340 mil habitantes, sendo mais de 90% da sua população residindo em perímetro urbano. O nome da cidade foi dado por canoas de couro, que eram usadas para transpor o canal, na época em que a cidade possuia grandes charqueadas. Ficando assim conhecida como costa do Pelotas. Depois de elevada a Vila de São Francisco de Paula, houveram algumas discussões para acertar o nome da cidade, e chegando a um acordo de Cidade de Pelotas, “ao fato histórico que aglomerara com a rapidez do raio a gente e a riqueza da localidade” segundo, José Domingos de Almeida, que falava das Charqueadas.

A cidade possui um contexto cultural forte, porém pouco qualificado. Sem atender a necessidade do público pelotense, percebe-se a necessidade de um novo lugar adequado à escala da cidade e que supra algumas das necessidades. Pelotas conta com 23 museus, 1 teatro em funcionamento (além de um que está desativado), 2 cinemas e uma biblioteca pública tradicional. Além de outros lugares que foram apropriados em função da cultura. Como o Mercado público, junto de seu largo, a praça Coronel Pedro Osório e até mesmo a rua, muitas vezes. Apesar de muitos desses pontos estarem nas proximidades do sítio de intervenção, como mostra a imagem, nenhum deles abrange a escala necessária para a cidade. Além disso, o projeto pretende trabalhar com usos diferentes em um só projeto. O que difere dos projetos já existentes na cidade.

SOBRE CULTURA

CINEMA CINEART

PRAÇA CORONEL PEDRO OSÓRIO BIBLIOTECA PÚBLICA

MERCADO PÚBLICO

TEATRO GUARANY Imagem 06: locais culturais. (Fonte: Google earth)


USO ATUAL DO SÍTIO

Atualmente o sítio que será usado para o processo de projeto é utilizado como estacionamento. O terreno possui muros para as duas ruas, a rua Gonçalves Chaves e a rua Santa Cruz, dando as costas para a cidade. Além disso ainda possui ruínas de um projeto que não acabou de ser executado. Pensando que o projeto qualificaria a área ainda mais, se propõe a demolição dos muros e das ruínas do local para que o projeto seja pensado.

Imagem 07: Muro Rua Santa Cruz. (Fonte: Autor)

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Imagem 08: Muro Rua Gonçalves Chaves. (Fonte: Autor)

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SÍTIO

MAPA MENTAL

Para Kevin Lynch o mapa mental traduz alguns aspectos importantes da cidade. Sendo eles marcos visuais, que podem ter diferentes escalas ou características, desde que seja um lugar único e memorável, importante na cidade. Já os pontos focais são pontos estratégicos na cidade, de confluência para algum lugar. Eles também mudam conforme a escala. E os caminhos são propriamente caminhos, diferenciando-os por espessura dos mais estreitos até os mais largos. Com o mapa mental, se percebe a concentração de marcos visuais no entorno da praça Coronel Pedro Osório, por isso pretende-se que o projeto tenha características únicas e marcantes para ser um ponto focal.

MARCOS VISUAIS PONTOS FOCAIS CAMINHOS

Imagem 09: Mapa mental. (Fonte: Autor)

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ESCOLHA DO SÍTIO

O sítio escolhido está situado no Centro da cidade, sendo essa área uma grande densidade de construções, e poucos vazios urbanos. Ele foi selecionado em função das conectividades existentes, na ligação que as Ruas Gonçalves Chaves e Santa Cruz dão a cidade, pela ótima localização em relação a vias importantes na cidade. A análise de sintaxe espacial global dá uma ideia de ligação entre todas as vias da cidade, explicando quais seriam as mais conectadas e onde estariam maiores fluxos para a cidade como um todo. Já a análise de sintaxe espacial local, faz a análise da parte através do todo, a partir de um raio de 3km. Sendo assim, percebe-se a parte de mais fácil acesso da

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Imagem 10: Análise de Sintaxe Espacial Global (Fonte: Autor) Quadra de escolha do terreno

cidade através das vias da cidade. As análises foram feitas através do software Mindwalk, o qual busca explicar através de linhas axiais a configuração do traçado urbano e as relações que a cidade possui. Através dessa análise posso perceber qual a melhor localidade para o terreno estar inserido, em caso de poder ocasionar um maior fluxo nas vias próximas. Sabendo que o equipamento cultural, podendo alcançar o maior número de pessoas possível. Entende-se a importância de estar bem localizado em relação a toda cidade.

Imagem 11: Análise de Sintaxe Espacial Local (Fonte: Autor) Quadra de escolha do terreno

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LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO Fotografias da Rua Gonçalves chaves

Pode-se perceber que a Rua Gonçalves Chaves, mantém algumas residências Luso-brasileiras, as quais são protegidas por lei, assim como o prédio Art-déco existente. Sendo assim, uma área bem conservada historicamente. As duas faces de quadra são mais horizontalizadas, apesar de alguns edifícios em altura.

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Fotografias da Rua Santa Cruz

Pode-se perceber que a Rua Santa Cruz, diferente da rua Gonçalves Chaves, não possui tantas edificações históricas. Sendo assim, se tornou uma rua muito mais verticalizada.

Imagem 12: fachadas Rua Gonçlaves Chaves (Fonte: Autor)

Imagem 14: fachadas Rua Santa Cruz. (Fonte: Autor)

Imagem 13: fachadas Rua Gonçlaves Chaves (Fonte: Autor)

Imagem 15: fachadas Rua Santa Cruz. (Fonte: Autor)

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SÍTIO Hierarquia Viária.................................................... 28 Rede cicloviária e transporte público..... 30 Uso do solo.............................................................. 32 Ocupação do solo............................................ 34 Levantamento fotográfico........................... 36 Topografia...............................................................40 Legislação.................................................................42 27


HIERARQUIA VIÁRIA

RUA

GEN

ERA

L AR

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Como o terreno está situado no centro da cidade, ele está próximo a muitas vias coletoras. O quarteirão em que o terreno está situado fica no cruzamento entre duas vias coletoras importantes na cidade, a Rua Gonçalves Chaves e a General Neto, as duas fazem a conexão da cidade nos sentidos norte/sul, leste/oeste, consecutivamente. Ainda tem a Rua Santa Cruz e Rua Voluntários da Pátria, que apesar de não serem vias coletoras conectam a cidade no sentido sul/norte e oeste/leste, consecutivamente. Tendo todas essas ruas ligações entre si. Fazendo com que o sítio escolhido tenha conexões em todos sentidos da cidade.

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Via Arterial Sentido da via

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Sítio Via Coletora

28

RUA

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Imagem 16: Mapa de hierarquia viária (Fonte: Autor)

ADE

NTE

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ESCALA: 1/6000


REDE CICLOVIÁRIA E TRANSPORTE PÚBLICO

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Existe uma ciclofaixa na rua Félix da Cunha, que liga o eixo norte/sul da cidade. Sendo ela, a uma quadra do sítio de intervenção, sendo assim, auxilia no deslocamento dos ciclistas até o projeto. Além disso, ainda existem muitas linhas de ônibus que ficam nos arredores do sítio. A área é coberta por linhas que fazem o transporte entre todas as zonas da cidade. Nas Ruas General Osório e General Deodoro existem corredores que fazem o transporte no sentido norte/sul, leste/oeste da cidade.

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Sítio

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Parada de ônibus

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Rede cicloviária

30

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Imagem 17: Mapa de sistema cicloviário (Fonte: Autor)

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ESCALA: 1/6000


USO DO SOLO

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Propriedade desocupada

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Uso misto

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Uso institucional

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Sítio Uso residencial

lotér

loja

É possível perceber que há uma predominância de uso comercial e de serviço na área de entorno imediato do terreno. Porém, ainda é uma área que demonstra uma grande diversidade no que diz respeito ao uso do solo. Sendo assim, o projeto pode atingir pessoas de diferentes culturas, para se beneficiarem do novo uso que se propõe para a área. Pela análise feita percebe-se que com a diferença do uso do solo, mesmo no campo do uso comercial e de serviço, existe movimento de pessoas nessa área. O que auxilia no uso do projeto, visto que o projeto, além de áreas de permanência prolongada ainda terá usos de passagem.

Uso comercial/serviço

GEN

Imagem 18: Mapa de uso do solo. (Fonte: Autor)

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OCUPAÇÃO DO SOLO

A área se divide entre edificações com uma média de dois pavimentos, de 6 a 10m de altura, ou edifícios em altura, com mais de 10m. Percebendo essa divisão entre o parcelamento do solo da área de estudo pode-se notar, em conjunto com a análise anterior, a grande densidade da área. Sendo assim, uma grande motivação para instalação o equipamento cultural. Como foi perceptível uma média de 10m de altura, essa média será mantida, de modo a harmonizar o projeto com o entorno.

Sítio De 1 a 6m De 6 a 10m 10m ou mais

ESCALA 1/1000

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Imagem 19 Mapa de ocupação do solo. (Fonte: Autor)

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LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO

A D C B

Fotografias a partir do sítio

Fotografias para o sítio

Imagem 20: Mapa levantamento fotográfico. (Fonte: Autor)

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1

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5 38

A

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Imagem 20: Fotografias a partir do sítio. (Fonte: Autor)

B

C

D

Imagem 21: Fotografias para o sítio. (Fonte: Autor)

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10,86

28,27

Topografia

O sítio possui um total de 1205,84m². E apesar de a cidade ser plana, apresenta um desnível considerável de 1,29m. Sendo esse desnível considerado no projeto fazendo com que o programa se adeque à diferença de cotas.

8,39

13,99

63,44

63,74

93,26

Imagem 22: Mapa quarteirão. (Fonte: Prefeitura Municipal de Pelotas)

7,10

34,98

ESCALA:1/1000

25,60

40

ESCALA:1/250

Imagem 23: Sítio e desníveis. (Fonte: Prefeitura Municipal de Pelotas)

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LEGISLAÇÃO

Segundo o III Plano Diretor de Pelotas a área de estudo está inserida na AIEAC (Áreas de Interesse do Ambiente Cultural), caracterizando a zona de tal forma: “SUBSEÇÃO II – DAS ÁREAS ESPECIAIS DE INTERESSE DO AMBIENTE CULTURAL Art. 64 - São áreas especiais de interesse do ambiente cultural, aquelas que apresentam patrimônio de peculiar natureza cultural e histórica, que deva ser preservado, a fim de evitar perda, perecimento, deterioração ou desaparecimento das características, das substâncias ou das ambiências culturais e históricas que lhe determinem a especialidade, visando a recuperação dos marcos representativos da memória da cidade e dos aspectosculturais de sua população.” (Prefeitura Municipal de Pelotas, III PLANO DIRETOR. 2008, p.19)

O plano diretor ainda prevê que o sítio está na ZPPC (Zona de Preservação do Patrimônio Cultural), caracterizando assim a área:

O plano diretor ainda delimita algumas proteções a serem feitas na área de intervenção, como alturas, recuos, taxa de ocupação e também a vedação da retirada de ladrilhos hidráulicos quando no passeio público, como descrito a baixo: “Art. 152 - O Regime Urbanístico na Área Especial de Interesse do Ambiente Cultural da ZPPC observa os seguintes dispositivos: I - Altura máxima de 10,00m (dez metros); II - Taxa de ocupação de 70% (setenta porcento); III - Isenção de recuos de ajardinamento e laterais; IV - Recuo de fundos de no mínimo 3,00m (três metros). § 1º. Dentro da AEIAC – ZPPC, para a área correspondente ao Primeiro e Segundo Loteamentos, será permitida a ocupação de 100% (cem porcento) até a altura de 4,00m (quatro metros), mantendo-se a taxa de ocupação de 70% (setenta por cento) a partir dessa altura.” (Prefeitura Municipal de Pelotas, III PLANO DIRETOR. 2008, p.19) “Art. 155 - Nos passeios públicos da AEIAC-ZPPC, deverão ser mantidos os ladrilhos hidráulicos existentes e incentivada sua utilização, como material preferencial para recomposição dos mesmos.” (Prefeitura Municipal de Pelotas, III PLANO DIRETOR. 2008, p.19)

“Art. 70 - São Áreas Especiais de Interesse do Ambiente Cultural: I - AEIAC - ZPPC (Zonas de Preservação do Patrimônio Cultural, conforme lei municipal), compreende a delimitação e características descritas a seguir, conforme mapa U-10 em anexo à presente lei: a) Delimitação: ao norte, pela Rua Padre Felício, da Rua General Osório à Rua Gonçalves Chaves; a leste, pela Rua Gonçalves Chaves, da Rua Padre Felício à Rua Dr. Amarante; [...] b) Caracterização: compreende as quatro Zonas de Preservação do Patrimônio Cultural (Primeiro Loteamento, Segundo Loteamento, Porto e Caieira), área já reconhecida por lei – 4.568/2000, e onde se encontra a maioria dos prédios históricos tombados e inventariados, denotando um caráter arquitetônico e urbanístico de interesse. Apresenta uma importância histórico-cultural que está relacionada com a formação urbana da cidade.” (Prefeitura Municipal de Pelotas, III PLANO DIRETOR. 2008, p.19)

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REFERENCIAL Centro cultural São Paulo..................46 Praça das Artes........................................50 Sesc Pompéia...........................................54

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CENTRO CULTURAL SÃO PAULO

O programa atendido é amplo e diversificado. Ele conta com teatros, auditórios, áreas de exposição, áreas externas, terraço e biblioteca de livros, de disco, e biblioteca de braile. O fluxo do projeto é todo feito através das áreas de exposição, que hora serve de exposição, hora de corredor. Segundo os arquitetos o projeto é mutável e permite que os usuários o façam mudar conforme necessidade. As circulações verticais se dão através de rampas, escadas e elevadores. O que se destaca no projeto são as rampas, que fazem ligação entre todos os pavimentos, contando com que o projeto seja todo interligado

Imagem 26: Área livre. (Fonte: Ana Claudia Schad)

Arquitetos: Eurico Prado Lopes e Luiz Telles Localização: Entre a Rua Vergueiro e a Avenida 23 de Maio, São Paulo-SP, Brasil. Ano: 1979 Área do terreno: 300000m² Área construída: 46500,0m² A obra foi selecionada em função de suas boas soluções projetuais principalmente no âmbito espacial, também pelo programa diversificado e complexidade que se dá a partir disso. Além de ser uma situação urbana bem consolidada como é a proposta de projeto, um espaço democrático, e projeto cultural bem-sucedido.

Imagem 25: Implantação. (Fonte: Prefeitura de São Paulo)

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Imagem 24: Corredores. (Fonte: Paulisson Miura) Imagem 27: Sítio. (Fonte: Arquivo CCSP)

Imagem 28: Construção. (Fonte: Antônio Corso)

Imagem 29: Plantas Baixas. (Fonte: Instituto IBM França )

Imagem 30: Cortes. (Fonte: Archdaily)

O local onde ele foi construído possui cerca de 10m de desnível, onde o projeto se adequou a pré existência. A vegetação existente foi mantida em sua grande maioria. O Centro Cultural São Paulo tem uma relação de contraste com o entorno, visto que fica no centro da cidade de São Paulo, onde os prédios são em grande maioria. O CCSP possui uma relação de horizontalidade, acompanhando em uma grande extensão as vias que o cercam. O prédio possui 8 acessos, sendo um através do mêtro Vergueiro -sendo esse o maior fluxo de acesso. E um acesso de serviço. Os outros acessos se distribuem principalmente na Rua Vergueiro.

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O prédio faz com quem passa por ele veja o que acontece dentro. Fazendo com que a permeabilidade seja o principal ponto formal do projeto. Os arquitetos brincam entre relação de cheios e vazios. Que se dá início a partir da estrutura de concreto e aço, partindo para a permeabilidade do vidro. Acabando em supressões da cobertura, além das telhas translúcidas que ele possui. A arquitetura é única na paisagem onde está inserida, que é composta entre áreas verdes, além da parede verde que possui na fachada. Com a impressão de se fundir no vegetação existente. Fazendo com que pareça que o prédio está a cima do nível da rua 23 de maio.

Imagem 31: Cobertura verde. (Fonte: Carlos Rennó)

O projeto era muito inovador, utilizando concreto protendido, aço, tijolo, acrílico e vidro. O processo de construção foi artesanal, visto que a obra possuía uma estrutura mista e algumas peças únicas. A estrutura é composta por concreto protendido, vigas atirantadas e pilares muito robustos. As vigas da cobertura sustentam espécies de telhas acrílicas que permitem a iluminação natural do prédio. O prédio foi construído no final da ditadura militar. O que causou muita polêmica por causa do aspecto de multidisciplinaridade que o programa possui, os arquitetos por vezes tiveram que ocultar muitos aspectos do projeto até sua conclusão.

Imagem 37: Horta comunitária. (Fonte: Lauren Raffi)

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Imagem 32: Cobertura. (Fonte: Autor)

Imagem 33: Prédio em uso. (Fonte: Autor)

Imagem 34: Circulações. (Fonte: Lauren Raffi)

Imagem 35: Parede inclinada. (Fonte: Autor)

Imagem 38: Construção. (Fonte: Arquivo Luiz Telles)

Imagem 36: Estrutura. (Fonte: Lauren Raffi)

O CCSP possui poucos aspectos no que diz respeito ao conforto ambietal, porém, o pé direito é alto. Sendo assim, o que deixa o prédio um pouco mais fresco em dias quentes. Possui algumas árvores no entorno imedeiato, e um jardim de cerca de 700m² no meio do prédio. Pode-se perceber, que para aspectos no que diz respeito a sustentabilidade ele falha, mas é necessário entender a época em que ele é projetado, e que não se falava de sustentabilidade como se fala hoje em dia. Existe uma horta comunitária na cobertura verde, em que aos sábados as pessoas podem ir colher o que estiver disponível.

Imagem 39: Passarelas. (Fonte: Autor)

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PRAÇA DAS ARTES

O programa atendido é complexo, contando com salas de ensaio de orquestra, coral, balet, espaços para apoio às escolas do complexo e salas administrativas, centro de documentação com acervo técnico, escolas municipais da cidade, restaurante e auditórios. Possui também uma espécie de praça seca, com 2000m². Além disso, o estacionamento que fica no subsolo do prédio. O prédio tem um fluxo simples, que se dão através de seus acessos. Possuindo a maior parte de acessos controlados, em função das escolas e usos muito específicos. Imagem 42: Esquema de usos. (Fonte: Archdaily)

Arquitetos: Francisco Fanucci, Marcelo Ferraz e Luciana Dornellas Localização: Av. São João, 281, Centro, São Paulo-SP, Brasil. Ano: 2012 Área do terreno: 7210m² Área construída: 28500m² Essa obra é escolhida pela sua semelhança entre o sítio escolhido, um centro consolidado e uma obra contemporânea. E como se dá a distribuição de programa, com uma complexidade semelhante à do projeto proposto. Imagem 40: Contraste de fachadas. (Fonte: Nelson Kon) Imagem 43: Vista praça. (Fonte: Nelson Kon)

Imagem 44: Entorno. (Fonte: Nelson Kon)

A edificação está situado em um miolo de quadra, fazendo uma interligação entre os miolos de quadra. Ainda faz uma costura urbana com essa interligação. Existem 3 acessos, sendo o principal pela Av. São João. E os outros dois, um pela Rua Formosa e outro pela Rua Conselheiro Crispinano. O projeto conta com um desnível, onde os arquitetos fizeram um estacionamento a baixo do nível do solo. Ainda existe uma preexistência no programa, o Conservatório Dramático Musical de São Paulo. O qual é feito todo um projeto de restauro, em conjunto com o novo projeto. Imagem 41: Implantação. (Fonte: Nelson Kon) Imagem 45: Planta Baixa. (Fonte: Archdaily)

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Imagem 46: Corte. (Fonte: Archdaily)

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Os prédios se organizam em vários volumes, que são separados conforme seus usos. Além disso, cada prédio possui volumes prismáticos. Percebe-se a diferença de volumetria entre prédios, formando uma grande trama, algo que por vezes remete a um jogo de encaixe. Próximo aos grandes vazios do projeto, existem peças menores desse encaixe, para fazer a transição de escala entre o pedestre e o grande prédio que vem logo após. As esquadrias são projetadas mantendo um ritmo, o qual parece aleatório,para quebrar a dureza do concreto, segundo os arquitetos lembra uma grande partitura à céu aberto.

Imagem 47: Esquema. (Fonte: Archdaily)

A estrutura se dá em concreto armado, sendo o concreto usado também como vedação. Os arquitetos usam o concreto aparente pigmentado, sendo a primeira vez a ser usada no Brasil. As estacas de fundação podem chegar até 15m. As lajes são duplas, de modo a isolar todos os pavimentos entre si. Elas são separadas por um sistema de molas, criando assim um colchão de ar, para ajudar no isolamento. As esquadrias são feitas de vidros fixos adesivados, em caixilhos especiais, com a função de isolamento acústico também. Por dentro, as esquadrias aparentam não ter caixilhos, e parece apenas um rasgo na estrutura. Podendo-se perceber apenas quando se chega perto como é de fato o caixilho.

Imagem 53: Árvores da praça. (Fonte: Vitrvius)

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Imagem 48: Escada externa. (Fonte: Nelson Kon)

Imagem 49: Passarela. (Fonte: Nelson Kon)

Imagem 50: Área externa. (Fonte: Nelson Kon)

Imagem 51: Passarela. (Fonte: Nelson Kon)

Imagem 54: Sala de dança. (Fonte: Nelson Kon)

Imagem 52: Restaurante. (Fonte: Nelson Kon)

O projeto apesar de novo quase não possui técnicas para melhorar o conforto do usuário. Além das fachadas que são nordeste, noroeste e sudeste, não se percebe outras técnicas para essa melhoria. As árvores que existem na praça são em sua grande maioria de porte médio e isoladas em pequenos canteiros. Sendo as copas muito pequenas, o que não ajuda a fazer sombra e também não são tão eficazes no que diz respeito a amenizar ilhas de calor. As circulações por vezes são muito longas e estreitas. Percebe-se que os arquitetos tentam amenizar esses aspectos abrindo-as para a rua.

Imagem 55: Restauro prédio antigo (Fonte: Nelson Kon)

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SESC POMPÉIA

O complexo conta com um conjunto esportivo, que possui piscina, ginásio e quadras esportivas. Ainda, Lanchonete, salas para dança e lutas, torre de reservatório, deck de madeira, espelho d’água, almoxarifado, oficinas, atelier diversos, laboratório fotográfico, estúdio de música, teatro, espaço de lazer, espaço para exposição e administração. Os fluxos do complexo se dá a partir de um eixo principal, entre os dois blocos de fábrica. Esse eixo leva até os novos prédios, através de um deck de madeira, o qual foi feito em cima de um córrego para que não fosse necessário desviá-lo. Imagem 58: Área externa. (Fonte: Marcus Lanz)

Arquiteta: Lina Bo Bardi Localização: Rua Clélia, 93 - Barra Funda, São Paulo-SP, Brasil. Ano: 1986 Área do terreno: 16573m² Área construída: 23571m² Essa obra foi escolhida por sua busca de releitura do espaço que existia no entorno de uma forma a se ler a arquitetura antiga e a arquitetura nova. Além de suas boas soluções projetuais e de organização espacial. Imagem 56: Chaminés. (Fonte: Julio Roberto Katinsky) Imagem 59: Passarela. (Fonte: Pedro Kok)

Imagem 60: Espelho d’água. (Fonte: Blog de Clara)

Imagem 61: Planta Baixa. (Fonte: Wikiarquitetura)

Imagem 62: Corte. (Fonte: Wickiarquitetura)

O prédio é construído ao lado de uma antiga fábrica de tambores. Ela foi toda restaurada, para receber o SESC, e ao lado a arquiteta coloca três torres. Duas com uso voltado para o esporte e uma torre como sendo caixa d’água. Os novos prédios releem o antigo uso, ela usa cores e formatos tradicionais em antigas fábricas, para que haja um contraste, mas ao mesmo tempo que exista uma harmonia entre todo o complexo. As janelas do novo bloco, onde estão as quadras, se localizam na menor face do prisma, sendo elas leste e oeste. São quatro aberturas para cada lado, sem vedação, facilitando a ventilação cruzada. O formato irregular é um contraponto à Imagem 57: Implantação. (Fonte: Veja São Paulo) antiga fábrica, quebrando a rigidez do complexo.

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O conjunto original é todo horizontal, o que cria um contraponto são os novos blocos que são verticais. As novas edificações vão crescendo conforme vão se distanciando da antiga fábrica, chegando ao ponto mais alto que é a torre de caixa d’agua. As passarelas que ligam os dois blocos novos são uma resposta ao córrego que ali existe. A intervenção se for analisada como um todo forma uma unidade que remete ao formato de uma fábrica. Sendo ela formada por dois prismas retangulares e um cilindro. Na restauração da parte antiga, existe o cuidado da permanência do aspecto de fábrica. E ainda á intervenção pode-se perceber que a intenção é resgatar de uma forma contemporanêa.

Imagem 63: Esquema. (Fonte: Proyecto 4)

Da fábrica antiga possui apenas a casca da edificação, que são os tijolos, a estrutura de concreto armado e o madeiramento do telhado. Os madeiramentos que já não davam mais para serem usados foram substituídos por estrutura metálica com cobertura de vidro. O piso interno foi todo substituído por concreto. A nova estrutura é toda de concreto armado moldado in loco. O prisma que abriga as quadras e piscina apresenta apenas paredes externas e portantes, com lajes nervuradas protendidas de 1m de altura. Para que não fossem necessários pilares interrompendo as quadras. Cada passarela tem um desenho único, possuindo cada uma delas 1,2m de peitoril mais o tamanho da viga.

Imagem 69: Área interna. (Fonte: Marcus Lanz)

56

Imagem 64: Esquadrias. (Fonte: Beatriz Marques)

Imagem 65: Interior. (Fonte: Flickr Victortsu)

Imagem 66: Construção. (Fonte: SESC SP)

Imagem 67: Passarelas. (Fonte: Arquiscopio)

Imagem 70: Espaço de lazer. (Fonte: Pedro Kok)

Imagem 68: Passarela. (Fonte: Arquigrafia)

A obra não possui aspectos sustentáveis, além de ventilação cruzada nas novas edificações. Porém os pés direitos são altos, o que faz com que o calor fique concentrado na parte de cima. Para o inverno existem lareiras em uma parte da fábrica antiga. Junto de espaços de lazer, leitura e exposições. Por vezes percebe-se que não há acessibilidade, a maioria dos acessos se dão por escadas, tanto no complexo antigo quanto no novo. O projeto conta com pouca vegetação, algumas palmeiras e arbustos. As áreas que geram sombra externa são feitas através de lonas ou coberturas.

Imagem 71: Restauro prédio antigo. (Fonte: Arquigrafia)

57


5

ORGANIZÇÃO ESPACIAL O programa...................................................................... 60 Pré-dimensionamento............................................... 62 Organograma.................................................................. 64 Análise do entorno através de forças........... 66 Adequação do programa no sítio.................... 68

59


O PROGRAMA

O programa foi pensado através de uma associação entre o que a cidade precisa, usos e funções necessárias e um manifesto de programa. Tudo isso acaba gerenando um programa base, que é dado por atividades que são propostas para cada ambiente. Sendo assim se chega a um programa base para dar sequência no projeto e que ele tenha força através de usos e não ambientes. A partir das referências estudadas percebe-se os programas de necessidade, e então faz-se um estudo do que a cidade e a escala do prédio necessita realmente. Sendo assim, filtra-se alguns espaços e ambientes, chegando ao programa necessário para o prédio. Então o programa lançado incialmente foi: Praça, biblioteca, galeria de exposição, administração, café, terraço, cinema, teatro, atelier, coworking e oficina. Com esse programa de base, foi-se adequando conforme o que era possível no terreno e que ficasse adequado conforme a proposta de projeto que foi sugerida.

PROGRAMA USOS E FUNÇÕES/ DIMENSÕES AMBIENTES

TÉCNICAS/ OBJETIVOS

60

MANIFESTOS E IDEIAS CENTRAIS

PROJETO

INTENÇÕES/ SUBJETIVOS

61


PRÉ-DIMENSIONAMENTO A partir do programa se parte para um pré-dimensionamento. Com base em bibliografias, e de projetos referenciais já analisados. A tabela a seguir ilustra o programa final com os pré-dimensionamentos básicos. ESPAÇOS

GALERIA

CINEMAS

PRAÇA

BIBLIOTECA E SALA DE JOGOS

AMBIENTES

ÁREA

ÁREA TOTAL

CIRCULAÇÃO HORIZONTAL

Área de exposições

150m²

Administração da galeria

10m²

CIRCULAÇÃO VERTICAL

Espaço para organização de exposição

30m²

ADMINISTRAÇ ÃO

Espaço de estar

50m²

Banheiros

3 femininos e 3 masculinos

30m²

Platéia

2 platéias

60m²

Tela

2 telas e espaço de folga entre tela e platéia

20m²

Banheiros

3 femininos e 3 masculinos

30m²

Projeção

2 câmaras de projeção

5m²

Bilheteria

5m²

Teatro ao ar livre

150m²

Palco/tela

20m²

Café

Espaço de bancada

10m²

Espaço de estar

90m²

Espaço de circulação

180m²

Acervo

50m²

Espaço leitura

40m²

Espaço estar

20m²

Espaço de jogos

80m²

Banheiros

62

COMPLEMENTOS

ESPAÇOS

3 femininos e 3 masculinos

270m²

OFICINAS CIRATIVAS

AMBIENTES

TERRAÇO

CAFÉ

ÁREA

Espaço circulação

40m²

Espaço contemplação

20m²

Espaço circulação

40m²

Espaço de informações

1 balcão atendimento

5m²

Espaço de trabalho

15m²

Apoio

70m²

Oficinas

200m²

Banheiros

120m²

COMPLEMENTOS

3 femininos e 3 masculinos

200m²

Espaço contemplação

50m²

Área técnica

50m² 20 pessoas sentadas

Área de serviço

100m²

20m²

300m²

30m²

Espaço lazer

Área de mesas

ÁREA TOTAL

25m² 10m²

300m²

35m²

Tabela 01: pré-dimensionamento. (Fonte: Autor)

450m²

Segundo o pré-dimensionamento o edifício ficaria com um total de 1525m² de área construída. Com o sítio possuindo um total de 1205,84m².

220m²

30m²

63


ORGANOGRAMA

TER RA Ç O

Através da técnica explicada anteriormente foi feito alguns pré-dimensionamentos. Sendo assim, se organiza o programa através de fluxos desejados e após isso, se organiza no sítio, para conferência se os fluxos se mantém como desejado.

CAF É

A DM I N I S T R A Ç Ã O

OFICINA C R I AT I VA

CIRCULA Ç Ã O

GA L E R I A P RA Ç A B I B L I O T EC A

CINEMA Imagem 72: Organograma. (Fonte: Autor)

64

65


ANÁLISE DO ENTORNO POR MEIO DE FORÇAS

VENTOS DE VERÃO

Através da análise feita pode-se perceber que o sítio tem a possibilidade de cruzar de um lado a outro do quarteirão. Sendo essa característica uma das com mais forças para o projeto. Essa característica possibilidade a inserção de um sistema de galerias, como já existem na cidade. Ainda, nota-se que as duas vias que fazem frente ao terreno são muito importantes, o que possibilita que o projeto seja de fato frequentado. A maior face do terreno é no eixo norte-sul, fazendo com que o projeto se volte a esse eixo. Sendo assim, é necessário o cuidado com o conforto desse projeto, para que fique confortável para os usuários.

PÔR DO SOL

NASCER DO SOL

Terreno Acesso do sítio

Sol Trajeto do sol Vias importantes

VENTOS DE INVERNO

ESCALA 1/1000

66

Imagem 73: Análise de forças do terreno. (Fonte: Autor)

67


ADEQUAÇÃO DO PROGRAMA AO SÍTIO

Segunda proposta: CAF É

CAF É

A DM I N I S T RA Ç Ã O

O processo de projeto se dá início através de esquemas de como se deseja a distribuição dos espaços no sítio. A partida se dá de um programa que sofreu alterações ao longo do processo, em função do sítio, em função de necessidades, e alguns outros fatores. O que será exemplificado nessa etapa são alguns dos esquemas importantes para a chegada ao estágio atual do projeto.

CIRCULA Ç Ã O

CIRCULA Ç Ã O

B I B L I O T EC A / SA L A DE J O GO S

Primeira proposta:

CINEMA GA L E R I A P RA Ç A TER RA Ç O

A DM I N I S T RA Ç Ã O

TER RA Ç O

T E AT R O

1° pavimento

CAF É

CAF É

CAF É

B I B L I O T EC A / SA L A DE J O GO S

GA L E R I A P RA Ç A

2° pavimento

O F I C I N A / AT E L I E R E CO W O R K I N G

CAF É

CAF É

CIRCULA Ç Ã O

CIRCULA Ç Ã O

O F I C I N A / AT E L I E R

TER RA Ç Õ

CINEMA / T E AT R O

1° pavimento ESCALA 1/500

68

2° pavimento

3° pavimento Imagem 74: Adequação do programa. (Fonte: Autor)

3° pavimento ESCALA 1/500

4° pavimento Imagem 75: Adequação do programa. (Fonte: Autor)

69


Terceira proposta:

CAF É AP OIO

A DM I N I S T RA Ç Ã O

CIRCULA Ç Ã O

CIRCULA Ç Ã O

GA L E R I A

CIRCULA Ç Ã O

CIRCULA Ç Ã O

B I B L I O T EC A / SA L A DE J O GO S

P RA Ç A

CIRCULA Ç Ã O

O F I C I N A / AT E L I E R

CIRCULA Ç Ã O

CIRCULA Ç Ã O

TER RA Ç Õ CIRCULA Ç Ã O

CINEMA

1° pavimento ESCALA 1/400

70

2° pavimento

3° pavimento

4° pavimento Imagem 76: Adequação do programa. (Fonte: Autor)

71


6

O PROJETO Lançamento da proposta............................. 74 Desenvolvimento da proposta................... 76 Diagrama de composição.......................... 78 Volumetria final.................................................... 80 Diagrama de pavimentos.............................82 Plantas técnicas................................................... 84

73


LANÇAMENTO DA PROPOSTA

A segunda problemática dá através da percepção dos possíveis fluxos que poderiam ser dispostos no sítio. Em uma análise desses fluxos, pode-se analisar um espaço onde não se dá o fluxo espontâneo, sendo assim, deve-se propor algo que impeça espaços de ficarem subutilizados. Então, se fecha a frente, para um melhor controle do edifício, e se propõe atividades nesse miolo de terreno, como cinema, teatro ao ar livre e uma das circulações verticais.

Com base em todos dados analisados, se deu início ao lançamento da proposta de projeto. Primeiramente com uma análise de fluxos e depois usando a adequação do programa ao sítio, já apresentado. Assim, pode-se escolher o melhor meio para seguir o as ideias que foram surgindo ao longo do processo. Logo, pode-se perceber problemáticas e tentando solucionar através do projeto. As quais serão apresentadas ao longo desse capítulo.

Imagem 77: Colagem. (Fonte: Autor)

Através da colagem a cima, pode-se perceber alguns almejos para o lugar, como texturas, espaços e pessoas. A primeira problemática analisada foi como levar as pessoas até a proposta de projeto, e se identificou a necessidade de um prédio que fosse visto a partir de seu corpo principal. Sendo assim, criam-se grandes aberturas no prédio principal, chamando para a galeria e para o café, nas duas extremidades do sítio. A exceção se dá na fachada do cinema, que faz uma oposição às aberturas do corpo principal da edificação.

74

Imagem 78: Croqui de estudo. (Fonte: Autor)

No croqui percebe-se o miolo que necessita de um cuidado para que não fique ocioso. Sendo assim, a necessidade de trazer um elemento importante do edifício para a rua, compondo com o ambiente externo. Outra problemática analisada seria a insolação da edificação. Logo, se recua ela. Mantendo uma circulação de serviço ao lado norte, e uma circulação para usuários à sul. Fazendo com que o quarteirão possa ser cruzado tanto ao ar livre quanto no interior do prédio.

75


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Fluxo linear Fluxo diagonal Espaço sem circulação

Imagem 79: Esquema de fluxos. (Fonte: Autor)

Com os percursos possíveis, pode-se perceber que existe um trajeto linear, e outro que cria uma diagonal chegando à outra face do sítio. Os dois percursos criam a possibilidade para atravessar o quarteirão, em virtude disso, se cria a necessidade de um sistema de galerias, já instituído na cidade. Porém, percebe-se que existe um lugar por onde não existe circulação, como destacado na imagem a cima. Assim, a criação de algum espaço que atraia o público para aquele lugar é imprescindível. Para que o projeto tenha insolação norte em todos os pavimentos percebe-se a necessidade de desgrudar o edifício da divisa do terreno, sendo assim estipula-se que ele terá recuos laterais. Já quando em contato com as vias Gonçalves Chaves e Santa cruz, pode-se entender o quão importante é a ligação com a rua, sendo assim não se usa de recuos nas frentes do sítio. Baseado nesses dados se lança uma malha ordenadora do projeto, seguindo a ideia do projeto ter uma ligação com a criatividade. Segundo Fayga Ostrower o processo de criação se dá através da capacidade de relacionar, ordenar, configurar e significar eventos. Logo, percebe-se que quanto mais fácil para o usuário de identificar os processo criadores da edificação, a criatividade pode ser atividade.

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DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA

A malha se configura a partir de 1x1m. Para lançamento estrutural e de poços de luz ao longo do bloco principal. Como apresentado nesse esquema. Os vazios ainda tem a intenção de mostrar uma relação de movimento com a edificação. Visto que por vezes o edifício terá a relação de passagem para os usuários, então, a intenção de movimento é mostrada através de técnicas projetuais como essa.

Imagem 80: Malha reguladora de sistema estrutural e vazios. (Fonte: Autor)

76

77


DIAGRAMA DE COMPOSIÇÃO

O diagrama apresentado a seguir explica como se deu o volume do prédio como um todo. A partir dos pensamentos já explicados anteriormente.

a escada externa como proposta de visibilidade no prédio, entre 03 Coloca-se espaço externo-interno, fazendo essa conexão visual entre os blocos.

é analisado como um todo, entendendo a importância dele como 01 Oumsítio todo para a cidade nesse percurso de cruzamento do quarteirão.

espaços ao ar livre para que o lugar não fique ocioso, chamando 04 Coloca-se os usuários para o centro do sítio.

Imagem 81: Diagrama de composição. (Fonte: Autor)

78

se insere os blocos, que ambientam o espaço. Deixando o 02 Posteriormente miolo do terreno livre para uma área externa.

79


VOLUMETRIA FINAL

volumetria final conta com brises para auxiliar no conforto térmico da 02 Aedificação. Com exceção da fachada sul, que não há necessidade.

Imagem 83: Volumetria final. (Fonte: Autor)

esquadrias na fachada conversam com o movimento dos poços de luz 01 As que tem no interior da edificação.

Imagem 82: Volumetria final. (Fonte: Autor)

administração da galeria possui uma conexão com o prédio através das 03 Ajanelas, que são pensadas pela mesma lógica da malha reguladora.

Imagem 83: Volumetria final. (Fonte: Autor)

80

81


DIAGRAMA DE PAVIMENTOS

8

8

12

1

Café

2

Administração

3

Banheiros

4

Galeria de exposição

5

Administração galeria

6

Cinemas

7

Praça, teatro/cinema ao ar livre

8

Circulação vertical

9

Biblioteca

10

Oficina criativa

11

Apoio para oficina

12

Terraço

11 3 8

8

10

10 3 8

9

8

6

1 2 3 8

7

4 8 3 3

5

6

82

Imagem 84: Diagrama de pavimentos. (Fonte: Autor)

83


BB

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION CC

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BB

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PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION CC

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

AA

84

AA

Terraço:

BB

Segundo pavimento:

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BB

CC

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PLANTAS TÉCNICAS

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Terceiro pavimento:

AA

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AA

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Primeiro pavimento:

CC

ESCALA GRÁFICA

0

5

15

ESCALA 1/200

Imagem 85: Plantas mobiliadas. (Fonte: Autor)

85


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Imagem 86: Corte esquemático. (Fonte: Autor)

ESCALA 1/200

Corte BB

ESCALA GRÁFICA

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION ESCALA 1/200

Imagem 87: Corte esquemático. (Fonte: Autor)

0

5

15

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Corte BB

ESCALA 1/200

Imagem 88: Corte esquemático. (Fonte: Autor)

A estrutura foi toda pensada em concreto armado. Com sistema de pilares e lajes nervuradas, para que seja possível maiores vãos, e que possa ser possibilitado os poços de luz dispostos ao longo do projeto. Nesse sentido, se fez alguns cortes esquemáticos para melhor entender o sistema, em relação de alturas e vãos, e como se daria esse sistema.

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Corte AA

86

87


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BIBLIOGRAFIA Bibliografia................................................................90

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BIBLIOGRAFIA

ARCHDAILY BRASIL. Praça das Artes. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/ br/626025/praca-das-artes-brasil-arquitetura > Acesso: 04 nov. 2018. ARCHDAILY BRASIL. Clássicos da Arquitetura: SESC Pompéia. Disponível em: < https:// www.archdaily.com.br/br/01-153205/classicos-da-arquitetura-sesc-pompeia-slash-lina-bo-bardi > Acesso: 04 nov. 2018. ARCHDAILY BRASIL. Clássicos da Arquitetura: Centro Cultural São Paulo. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/872196/classicos-da-arquitetura-centro-cultural-sao-paulo-eurico-prado-lopes-e-luiz-telles> Acesso: 04 nov. 2018. OSTROWER, Fayga . Criatividade e o processo de criação. 15.ed. Petrópolis: editora vozes, 2001. NEUFERT, Ernest; KISTER, Johannes. Neufert: Arte de projetar em arquitetura. 39.ed. Espanha: Editorial Gustavo Gili, 2013. LITTLEFIELD, David. Manual do Arquiteto: planejamento, dimensionamento e projeto. 3.ed. Porto Alegre: Editora Bookman, 2011.

90

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