Requalificação da Rua Teodoro Sampaio: Parque em Explosão

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QUE PLO

REQUALIFICAÇÃO DA RUA TEODORO SAMPAIO PAULA BARBOSA

PAR EM EX SÃO



Trabalho final de graduação - Arquitetura e Urbanismo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo

REQUALIFICAÇÃO DA RUA TEODORO SAMPAIO: UM PARQUE EM EXPLOSÃO Paula Souza Barbosa

Orientador: Sérgio Ricardo Lessa Ortiz São Paulo - Dezembro de 2017



AGRADECIMENTOS

Agradeço minha família por todo amor e apoio durante a produção deste trabalho e principalmente por estarem sempre presentes e acreditarem em mim. Agradeço também ao meu orientador Sérgio, por encarar junto comigo a loucura de fazer um projeto urbano tão detalhado e seu jeito crítico de ser que me ajudou a evoluir muito. Por fim agradeço aos meus amigos, aos da faculdade por compartilharem intensamente desse processo, seja nos momentos doces quanto nos de leve desespero e aos amigos da vida por me fazerem viver ocasionalmente e por me lembrar que existe um mundo gigante ao meu redor.



SUMÁRIO Introdução

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Conceitos

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Recorte urbano Diagnóstico Proposta

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Considerações Finais

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Referências

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Apêndice

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INTRODUÇÃO



O projeto tem como objetivo requalificar a Rua Teodoro Sampaio, dotando seus espaços públicos com equipamentos que a transformem em um lugar agradável e prazeroso de permanecer, afim que ela deixe de ser um eixo exclusivo de passagem. Para isso, o trabalho relacionará os conceitos teóricos relativos a garantir e aprimorar a vitalidade nas ruas e fará um estudo sobre os diversos trechos temáticos do recorte urbano da Teodoro, observando seus pontos positivos e negativos, seus fluxos, públicos e suas peculiaridades e potencialidades, chegando a uma proposição de intervenção urbana que visa a criação e/ ou melhoria dos espaços, agregando qualidade ao percurso e lugares de permanência que possibilitarão o encontro e novas perspectivas para região, além de impulsionar o senso de coletividade e vizinhança do local. A escolha do recorte urbano da Rua Teodoro Sampaio se deu pelas diversas potencialidades que a rua tem de atrativo para as pessoas, atrativos que atualmente se resumem ao comercio e serviços existentes na região. Eles são os responsáveis por lotar as calçadas durante as semanas e sábados, porém, foi notado que existe uma carência de espaços de estar e convívio para esse público. As pessoas são obrigadas a realizar as tarefas que estavam destinadas a cumprir na rua e depois vão embora. A proposta do trabalho se dá justamente em qualificar e otimizar de maneira planejada essa vitalidade que a rua construiu ao longo dos anos de maneira informal. Se existissem esses espaços de convívio e descanso entre o caminhar longo e íngreme da rua, as pessoas não perderiam a oportunidade do encontro com o outro e o possível surgimento de novas amizades resultantes deste fato. As

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pessoas que frequentam a Rua Teodoro Sampaio estão, provavelmente, em bus-

importante salientar que essas ruas devem ser requalificadas, a fim de conquistar

ca de um mesmo assunto e possuem interesses similares o que é uma prerroga-

os pontos referidos acima, de maneira que não percam sua identidade, manten-

tiva para o sucesso de novos encontros.

do as características originais que estão presentes no inconsciente coletivo. Estas características são, na verdade, o grande motivo do sucesso de regiões como a

A criação destes locais agregará à rua uma nova qualidade e novos potenciais,

Rua Teodoro Sampaio, com seus diversos usos e públicos. Porém, para alcançar

onde ela deixará de ser apenas local de passagem de consumidores e eixo de

o objetivo de ruas modelo, elas devem receber melhorias na qualidade dos es-

deslocamento da boemia que cruza Pinheiros em busca da Vila Madalena, para

paços a fim de demonstrar todas as suas potencialidades, servindo de exemplo

se tornar um lugar que as pessoas vão para se entreter por períodos maiores.

para novas propostas na cidade e aumentando a satisfação de viver nos grandes centros urbanos.

Propondo o convite da população para esses locais de permanência estendida, a rua ganhará uma maior e mais eficaz sensação de vitalidade, e segurança, que

Como metodologia para a execução do trabalho será realizada a leitura de con-

aliada à sua já existente integração de funções, resultará em uma rua modelo

ceitos teóricos de rua como lugar, urbanidade, amabilidade urbana, vitalidade,

para a cidade, com riqueza de experiências e sustentabilidade social. (Gehl,2013).

cordialidade, vida nas calçadas e os doze critérios de qualidade com respeito à paisagem do pedestre, chegando a uma hipótese de rua ideal.

Além dos espaços de convívio para transformar a rua em um exemplo urbanístico, será necessário a criação e abertura de espaços de transição entre o público

Concomitantemente o trabalho levantará dados físico territoriais da região de

e o privado para que a vida urbana aconteça, conjuntamente com a vida nos

Pinheiros, analisará os fluxos, marcos atrativos, vocação comercial, público etc.

espaços fechados. Pensar em estratégias para privilegiar o pedestre durante o

Após essa etapa, com base na cartilha Active Design: Shaping the Sidewalk, de-

percurso da rua, dando oportunidades de se aproveitar o clima da região de

terminadas quadras foram analisadas para de levantar a problemática da rua e

maneira saudável, proporcionando espaços de descanso e áreas sombreadas, a

propor diretrizes de projeto, definindo os pontos principais de intervenção e

criação de impressões sensoriais agradáveis através do paisagismo e a definição

chegando ao desenvolvimento da requalificação.

de diretrizes que garantam a escala humana nas edificações, resultando em um trecho urbano humanizado, generoso com seus usuários. A importância da temática do trabalho está justamente em evidenciar que é possível a criação de ruas com vitalidade e qualidade na cidade de São Paulo, e que isto não é uma ideia possível de realização somente em países desenvolvidos. É

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CONCEITOS

Após o estudo de diversos conceitos relacionados à configuração e criação de espaços urbanos com qualidade, surgiu o interesse em estudar um recorte urbano que apresentasse características relacionadas à pesquisa prévia, de modo a observar os pontos existentes ou não no local e formatar uma concepção de espaço público com vitalidade e qualidade. Estes conceitos serão definidos a seguir:



RUAS COMO LUGARES Segundo o livro “A Cidade ao Nível dos Olhos”, com a modernidade perdemos a capacidade de criar espaços ao longo das ruas que sirvam de transição entre estas e os estabelecimentos nelas contidos. Espaços que atraiam as pessoas com atividades e transformem o deslocamento em uma arte do caminhar. Para retomar essa habilidade é preciso o engajamento da comunidade em querer restabelecer a vida na rua e nas calçadas, criando lugares físicos, dinâmicos, que sustentem a interação humana, a troca e a vida ao nível dos olhos. A criação desses lugares, ou Placemaking, como colocado no livro, propõe despertar o apego profundo e emocional nos usuários destes espaços, de forma que eles se apropriem do processo e queiram dar continuidade a ele, vivenciando suas possibilidades e transformando-o, como um organismo vivo. (MADEN, KENT, 2015).

URBANIDADE Adriana Sansão aborda em seu livro, “Intervenções temporárias, Marcas permanentes”, as ideias sobre o conceito de urbanidade tratadas por Manuel Solá Morales, em “Para una urbanidad material”. [...] O conceito de urbanidade para a urbanização contemporânea - global, territorial, híbrida e dispersa - é outro, e novo, reside no equilíbrio adequado entre densidade e mescla, entre construção e atividade que permite aos residentes da urbe participar e ser parte da sociedade urbana, através da possibilidade de se encontrarem uns com os outros. A urbanidade contemporânea está nas construções materiais capazes de transmitir aos cidadãos a compreensão de três atributos da cidade, que são a simultaneidade, a temporalidade e a diversidade. [...] (SOLÁ, apud Fontes, 2013, pg. 26)

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A autora Adriana Sansão Fontes, resumiu em quatro conceitos as relações positivas de pessoas com os espaços urbanos, sendo estes a amabilidade urbana, a apropriação do espaço, a vitalidade e a cordialidade.

AMABILIDADE URBANA

VITALIDADE É o que todo espaço público almeja alcançar para ser bem-sucedido. É ser acolhido pelos usuários e vivido intensamente. A autora discute o tema da vitalidade como a própria força vital dos lugares, aplicado ao urbanismo, ela se apropria da visão de Jane Jacobs sobre “[...] associar a vida nas ruas e ao uso intenso dos

O conceito de amabilidade urbana, criado pela autora Adriana Sansão, significa o

espaços públicos, relacionando-o a temas como segurança, interação social e

“[...] Atributo do espaço, manifestado através de conexões, encontros, intercâm-

diversidade. [...]”. (FONTES, 2013, pg. 26)

bios, cumplicidades e interações entre pessoas e espaços, reagindo ao individualismo que muitas vezes caracteriza as formas de convívio coletivo contemporâneas.”(FONTES, 2013, pg. 26).

CORDIALIDADE O uso do termo cordialidade está ligado diretamente ao modo como as pes-

Relacionado ao conceito de Adriana, Gaston Bachelard, em “A poética do es-

soas se comportam nos espaços, recebendo a influência destes, em relação ao

paço”, de 1957, usa o termo “espaço feliz” para representar o valor humano de

outro. Através da intimidade e apropriação dos espaços, as pessoas passam a se

posse sobre os espaços, concluindo que espaços felizes trazem consigo a essên-

importar umas com as outras, geram sentimentos de delicadeza, generosidade

cia da noção de casa, de abrigo, relacionada a intimidade, refúgio, centralidade e

e vontade de se relacionar de maneira mais profunda, diferente da superficial

conforto. A expressão da amabilidade urbana ocorre através de intervenções que

civilidade cotidiana.

transformam um espaço físico atraente em espaço social.

APROPRIAÇÃO DO ESPAÇO

VIDA NAS CALÇADAS Jane Jacobs descreve em seu livro, “Morte e Vida nas Cidades”, modos de ga-

O conceito de apropriação do espaço se refere à qualidade afetiva que um ser

rantir vitalidade, civilidade e urbanidade nas calçadas. Ela chega a esta definição

humano possui com um espaço. Quando ele reconhece o espaço como sendo

a partir da observação de diversos recortes urbanos em Nova Iorque e compila

seu, adequado para suas questões e necessidades, factível de tomar posse. Apro-

suas observações em dois capítulos onde primeiro relata como garantir a segu-

priar-se de um espaço diz respeito apenas à relação pessoa/lugar e não abre

rança em ruas movimentadas e depois como funciona o contato entre pessoas

possibilidades para o encontro com o outro.

nas calçadas.

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Resumindo os modos de garantir a segurança nas ruas, ela diz: Primeira, deve ser nítida a separação entre espaço público e o espaço privado. O espaço público e o espaço privado não podem misturar-se, como normalmente ocorrem em subúrbios ou em conjuntos habitacionais. Segunda, devem existir olhos para a rua, os olhos daqueles que podemos chamar de proprietários naturais da rua. Os edifícios de uma rua preparada para receber estranhos e garantir a segurança tanto deles quanto dos moradores devem estar voltados para rua. Eles não podem estar com os fundos ou um lado morto para rua e deixá-la cega. E terceira, a calçada deve ter usuários transitando ininterruptamente, tanto para aumentar na rua o número de olhos atentos quanto para induzir um número suficiente de pessoas dentro dos edifícios da rua a observar as calçadas. Ninguém gosta de ficar na soleira de uma casa ou na janela olhando

naquele espaço é possível o surgimento deste encontro. (Jacobs, 2009). Ela descreve esses encontros espontâneos e o sentimento de confiança na rua na seguinte citação: A confiança na rua forma-se como tempo a partir de inúmeros pequenos contatos públicos nas calçadas. Ela nasce das pessoas que param no bar para tomar uma cerveja, que recebem conselhos do merceeiro e dão conselhos ao jornaleiro, que cortejam opiniões com outros fregueses na padaria e dão bom dia aos garotos que bebem refrigerante à porta de casa [...] (2009, p. 60).

Chegando à conclusão que:

uma rua vazia. Quase ninguém faz isso. Há muita gente que gosta de entreter-se de quando em quando, olhando o movimento da rua. (2009, p. 35).

[...] A soma desses contatos públicos casuais no âmbito local [...] resulta na compreensão da identidade pública das pessoas, uma rede de respeito e

Outro ponto importante para atrair mais pessoas, responsáveis pela segurança da rua, é a diversidade de interesses que o local pode oferecer aos usuários.

confiança mútuos e um apoio eventual na dificuldade pessoal ou da vizinhança. A inexistência dessa confiança é um desastre para a rua. (2009, p. 60).

O requisito básico da vigilância é um número substancial de estabelecimentos e outros locais públicos dispostos ao longo das calçadas do distrito; deve haver entre eles sobretudo estabelecimentos e espaços públicos que sejam utilizados de noite. Lojas, bares e restaurantes, os exemplos principais, atuam de forma bem variada e complexa para aumentar a segurança nas calçadas. Em primeiro lugar, dão as pessoas - tanto moradores quanto estranhos motivos concretos para utilizar as calçadas onde esses estabelecimentos existem. (2009, p. 37).

Jacobs, quando se refere ao contato entre as pessoas nas ruas, diz que a vida nas calçadas é pública, possibilitando a reunião de pessoas pertencentes a ciclos sociais distintos, que nunca demonstraram a vontade de conhecer o outro, porém

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CAIXA DE FERRAMENTAS PARA GARANTIR A QUALIDADE DE ESPAÇOS PÚBLICOS Jan Gehl, no capitulo “Caixa de Ferramentas” de seu livro, “Cidade Para Pessoas”, descreve em doze tópicos os critérios de qualidade com respeito à paisagem do pedestre. Esses critérios auxiliam os urbanistas a compreender que é necessário [...] garantir que os espaços ofereçam conforto e atraiam as pessoas para as mais importantes atividades; entenda-se, através do uso do espaço público - caminhar, permanecer, sentar, olhar, conversar, ouvir e ainda atividades de auto expressão. [...] Festejar facilidades e confortos locais envolve, sobretudo, garantir uma boa escala humana, oportunidades para aproveitar os aspectos positivos do clima da região, bem como fornecer experiencias estéticas e impressões sensoriais agradáveis. (2013, p.238).

A seguir estes conceitos foram resumidos.

CRITÉRIOS QUE VISAM A PROTEÇÃO 1. Proteção contra o tráfego Este tópico diz que as cidades devem oferecer proteção aos pedestres em sua locomoção pelas ruas, de maneira que não tenham que se preocupar em ser atingidos por veículos durante seus percursos.

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2. Proteção contra o crime/ Sensação de segurança Para evitar o crime e criar uma sensação de segurança nos espaços públicos, são necessários ambientes cheios de vida, diversidade de funções na rua, com sobreposição de horários de funcionamento, olhos sobre a rua e boa iluminação.

3. Proteção contra o experiências sensoriais desagradáveis Os lugares públicos devem considerar as condições climáticas em sua concepção, propondo medidas que melhorem a qualidade no uso de seus espaços, como proteção do sol, chuva e ventos, garantindo uma experiencia sensorial agradável.

CRITÉRIOS QUE VISAM O CONFORTO

5. Oportunidade de permanência Este critério define que os lugares públicos devem possibilitar a permanência de pessoas através de zonas atraentes e lugares de transição agradáveis. Sobre o tema da importância da permanência nos espaços, o autor chega a conclusão, após muita observação, que Reforçar os convites para permanências mais longas nos espaços públicos, porque algumas pessoas por muito tempo em um local proporcionam a mesma sensação de vitalidade do que muitas pessoas por pouco tempo. De todos os princípios e métodos disponíveis para reforçar a vida nas cidades, o mais simples e o mais eficaz é convidar as pessoas a passar mais tempo no espaço. (2013, p. 232).

6. Oportunidade para sentar-se

4. Oportunidade para caminhar

Gehl diz que é extremamente necessário a criação de espaços de qualidade com

Para garantir um caminhar agradável a todos os usuários do espaço público é

avenidas, parques e praças, tirando vantagem de atributos físicos da paisagem,

importante garantir que os passeios tenham boas superfícies, acessibilidade e

possibilitando novas funções ao local e garantindo ao usuário momentos de

ausência de obstáculos e ainda possuam fachadas interessantes durante toda a

descanso, contemplação, interação e lazer durante o percurso.

sua extensão, evitando a monotonia.

7. Oportunidade para ver

Gehl, comenta em outro trecho do livro a necessidade de “integrar várias funções

É importante garantir que o campo visual dos usuários do espaço público esteja

nas cidades para garantir versatilidade, riqueza de experiências, sustentabilidade

livre na maioria do tempo e também possibilite visuais interessantes do espaço,

social e uma sensação de segurança nos diversos bairros.” (Gehl, 2013 p.232) que

sempre com iluminação adequada.

grande quantidade de mobiliário para sentar nos ambientes públicos, como ruas,

auxiliam no caminhar agradável.

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8. Oportunidade para ouvir e conversar Os espaços públicos devem compreender em si mobiliários urbanos que possibilitem a interação entre as pessoas, criando a oportunidade da conversa. Ao mesmo tempo, esses locais não devem estar próximos a fontes de altos ruídos, garantindo um ambiente agradável para uma extensa permanência.

9. Oportunidade para brincar e se exercitar Este critério estabelece que locais públicos devem convidar o usuário a atividades inusitadas, criativas, oferecendo mobiliários de brinquedos infantis para crianças e equipamentos esportivos para adultos.

CRITÉRIOS QUE VISAM O PRAZER 10. Escala Humana O cidadão se sente melhor em relação ao espaço físico quando as dimensões dos edifícios ao seu redor, em seu percurso, obedecem à sua escala humana, levando em conta a perspectiva dos olhos de uma pessoa.

11. Oportunidade de aproveitar o clima É importante considerar na concepção dos espaços públicos, as condições climáticas e de território, criando ambientes que tirem o melhor proveito das características naturais da região, visando critérios como sol e sombra, calor e frescor, ventos, topografia etc.

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12. Experiências sensoriais positivas Para garantir experiências sensoriais positivas nos espaços urbanos, é interessante que os projetos possuam bons detalhamentos e utilizem materiais e mobiliários de qualidade. Deve oferecer boas visuais que interfiram na percepção do usuário sobre o local e incluam elementos da natureza na criação dos espaços, retomando a importante conexão do homem com as plantas e com a água, tão necessária para a sensação de tranquilidade e bem-estar que acarretará na maior permanência das pessoas nos espaços. (Gehl,2013).


REQUALIFICAÇÃO URBANA A palavra requalificação, segundo o dicionário Aurélio, significa “ tornar a qualificar; qualificar de novo. ” Com base nesse significado, é possível entender que o termo requalificação urbana é a melhoria da qualidade de vida urbana em um território físico da cidade através de processos sociais e políticos. Requalificar supõe a valorização dos espaços em meios econômicos, culturais, paisagísticos e sociais. (FERREIRA, LUCAS e GATO, 1999). Segundo o artigo “A revitalização urbana: contributos para a definição de um conceito operativo”, de Dulce Moura, a requalificação urbana foi caracterizada como: [...] um instrumento para a melhoria das condições de vida das populações, promovendo a construção e recuperação de equipamentos e infraestruturas e a valorização do espaço público com medidas de dinamização social e econômica. Procura a (re)introdução de qualidades urbanas, de acessibilidade ou centralidade a uma determinada área (sendo frequentemente apelidada de uma política de centralidade urbana). Provoca a mudança do valor da área, ao nível econômico (atividades econômicas com alto valor financeiro), cultural (localização de usos econômicos relacionados com a cultura), paisagístico e social (produção de espaços públicos com valor de centralidade). A requalificação urbana tem um carácter mobilizador, acelerador e estratégico, e está principalmente voltada para o estabelecimento de novos padrões de organização e utilização dos territórios, e para um melhor desempenho econômico[...]. (MOURA, 2006, p.20)

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RECORTE URBANO

O capítulo do recorte urbano caracterizará a área de intervenção do trabalho e apresentará dados sobre a pesquisa e o levantamento da região da rua Teodoro Sampaio.



HISTÓRICO No início da colonização de São Paulo, por volta de 1560, a região de Pinheiros era habitada por aldeias indígenas, às margens do Rio Pinheiros. Com o tempo a aldeia foi se tornando um povoado com índios e brancos que trabalhavam na produção agrícola. Pela proximidade com o rio, a região era usada como porta de entrada dos bandeirantes na cidade. Quando a Igreja Nossa Senhora do Monte Serrat foi construída, tornou-se um atrativo para visitantes e seu entorno começou a ser povoado por residências simples. No início do século XX, com o crescimento econômico de São Paulo por conta do café, a cidade passou a se desenvolver e foram implantadas linhas férreas e de bonde pelo território. Em 1907, o bairro de Pinheiros recebeu o seu Mercado Municipal, dando início a sua vocação de bairro voltado ao comércio. Próximo a essa época, a região do Largo de Pinheiros foi escolhida para a implantação de uma linha de bonde, vinda da Av. Dr. Arnaldo e, em 1916, ocorreu a abertura da rua Teodoro Sampaio, nomeada em homenagem ao político, engenheiro, historiador e geógrafo Teodoro Fernandes Sampaio, baiano e filho de uma escrava.

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LOCALIZAÇÃO Para realizar o estudo dos conceitos, aplicados ou não em um espaço urbano, foi escolhida como recorte, a Rua Teodoro Sampaio, localizada no bairro de Pinheiros, São Paulo. A rua foi escolhida por uma série de fatores que a tornam um eixo marcante e muito rico em termos urbanísticos na cidade. Ela possui grande extensão, de 3km, que tem início no Largo da Batata, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, cruzando importantes ruas e avenidas como a Avenida Pedroso de Moraes, Rua Fradique Coutinho, Rua Henrique Schaumann, Praça Benedito Calixto, Rua João Moura, Rua Oscar Freire, até chegar à Avenida Doutor Arnaldo. Ela também recebe a influência da Rua Cardeal Arcoverde, Rua Artur de Azevedo e da Avenida Rebouças, que estão paralelas a ela.

São Paulo

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Pinheiros


Mapa de Transporte Fonte: Base do MDC e Geosampa

A rua Teodoro Sampaio é de mão única, no sentido crescente à da Avenida Dou-

Quanto ao acesso fácil ao transporte público, além do corredor de ônibus e seus

tor Arnaldo. Em alguns trechos possui uma faixa de estacionamento, a esquerda,

16 pontos de parada, a rua é a conexão entre duas estações de metrô, a estação

e em toda a sua extensão possui duas faixas de rodagem e um corredor de ôni-

Faria lima, linha 4 - amarela, no Largo da Batata e a estação Clínicas, linha 2 - ver-

bus a direta.

de, localizada na Avenida Doutor Arnaldo.

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UMA RUA, MUITOS USOS Existem algumas ruas na cidade que são caracterizadas pelo seu uso predomi-

Após cruzar a Rua Henrique Schaumann existe a Praça Benedito Calixto, que

nante, com isso acabam atraindo um determinado público e se tornam famosas

desde 1987, recebe aos sábados a tradicional feirinha de arte. O local tornou-se

por aquele determinado tema. No caso da Rua Teodoro Sampaio, esse fenô-

um importante ponto cultural em São Paulo.

meno não ocorre apenas por um único tema, mas diversos. Ela possui em sua extensão diferentes usos, que se tornaram fortes polos comerciais específicos, de

As quadras a partir da Rua João Moura até a Rua Capote Valente pertencem ao

referência dentro da cidade de São Paulo.

segundo trecho mais significativo da Teodoro, sendo destinadas ao comercio e serviços relacionados à música. Esse trecho da rua tem significância em escala

Do Largo da Batata até a Rua Fradique Coutinho a rua é ocupada por comércios

metropolitana, pois atrae músicos da cidade inteira que estão em busca de equi-

e serviços variados, com foco em vestuário e calçados. Essa região não possui

pamentos e ali são vendidos em maior variedade e com melhores preços.

uma imagem coletiva significativa, sendo um local em transição. O trecho da Rua Fradique Coutinho até a Rua Henrique Schaumann é caracterizado pelo comér-

Após a Rua Capote Valente inicia-se o trecho destinado às clínicas, que vai até o

cio de móveis. É local de referência na cidade por oferecer, em uma única região,

final da rua, na Avenida Doutor Arnaldo e contempla os edifícios sede da Facul-

uma gama enorme de produtos no mesmo segmento, gerando uma concorrên-

dade de Saúde Pública da USP, o Instituto Médico Legal e o Hospital das Clínicas.

cia saudável e facilitando a compra por seu público alvo.

Trechos característicos Fonte: Google Earth

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LEGISLAÇÃO URBANA A rua Teodoro Sampaio está localizada parte no distrito de Pinheiros e parte no distrito do Jardim Paulista, dentro do perímetro da subprefeitura de Pinheiros.

Mapa de Distritos Mapa de Macroáreas

Fonte: Geosampa

Fonte: Geosampa

Do Largo da Batata à Rua Cunha Gago é uma macrozona de estruturação e qualificação urbana e uma macroárea de estruturação metropolitana. Da Rua Cunha Gago até a região das Clínicas é uma macroárea de urbanização consolidada. A área próxima ao Largo da Batata encontra-se dentro da operação urbana Faria Lima.

A Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana tem como objetivos principais: - Equilibrar a qualidade de vida dos moradores da região em relação a urbanização, ambiente e grandes obras públicas. - Compatibilizar demanda de transporte público com os usos e incentivar a ocupação de locais que já possuem boa infraestrutura. - Diminuir a desigualdade social e eliminar as situações de vulnerabilidade urbana dos grupos de baixa renda.

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Dentro da Macrozona de estruturação e qualificação urbana, a região foi setorizada em duas macroáreas, contextualizadas a seguir, segundo o artigo da lei Nº

Macroárea de Urbanização Consolidada A Macroárea de Urbanização Consolidada é uma área fortemente urbanizada,

16.050.

Macroárea de Estruturação Metropolitana [...] caracteriza-se pela existência de vias estruturais, sistema ferroviário e ro-

com vias saturadas, predomínio de uso residencial e notável processo de transformação para usos diversificados, gerando empregos. As diretrizes para essa macroárea buscam controlar o adensamento construtivo a fim de conter o trân-

dovias que articulam diferentes municípios e polos de empregos da Região

sito, dar manutenção para áreas verdes existentes e estimular o adensamento

Metropolitana de São Paulo, onde se verificam processos de transformação

populacional diversificado, aproveitando a infraestrutura, além de incentivar a

econômica e de padrões de uso e ocupação do solo, com a necessidade de equilíbrio na relação entre emprego e moradia[...]. (Texto de lei Nº 16.050,

fruição pública e o uso de fachada ativa nos térreos.

2014)

As regiões setorizadas como Macroárea de Estruturação Metropolitana possuem [...]concentração de oportunidades de trabalho e emprego geradas pela existência de legados industriais herdados do passado, novas atividades produtivas, polos de atividades terciárias, grandes vias estruturais e infraestruturas que fazem parte dos sistemas de transporte coletivo de massa. (Texto de lei Nº 16.050, 2014)

A Macroárea de Estruturação Metropolitana é composta por três setores, sendo que o subsetor Arco Faria Lima – Águas Espraiadas – Chucri Zaidan, que abrange a região estudada, encontra-se no primeiro setor da Orla Ferroviária e Fluvial. O Setor Orla Ferroviária e Fluvial tem como principais objetivos aumentar a densidade construtiva e demográfica implementando atividades econômicas na região, respeitando o patrimônio cultural e a sustentabilidade, visando resolver problemas de drenagem, saneamento básico e mobilidade. Também propõe a construção de HIS e HMP e o aumento nas opções de transportes coletivos combinados com o incentivo da locomoção não motorizada.

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NBR 9050 – ACESSIBILIDADE E EDIFICAÇÕES, MOBILIÁRIO, ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS URBANOS. A NBR 9050 regulamenta diversos parâmetros mínimos para a execução de calçadas com acessibilidade. A norma sempre foi levada em consideração no projeto e alguns dos trechos mais relevantes são os seguintes: Com relação ao dimensionamento das calçadas, a norma estabelece que: A largura da calçada pode ser dividida em três faixas de uso, conforme definido a seguir e demonstrado pela figura ao lado: a) faixa de serviço: serve para acomodar o mobiliário, os canteiros, as árvores e os postes de iluminação ou sinalização. Nas calçadas a serem construídas, recomenda-se reservar uma faixa de serviço com largura mínima de 0,70 m; b) faixa livre ou passeio: destina-se exclusivamente à circulação de pedestres, deve ser livre de qualquer obstáculo, ter inclinação transversal até 3 %, ser contínua entre lotes e ter no mínimo 1,20 m de largura e 2,10 m de altura livre; c) faixa de acesso: consiste no espaço de passagem da área pública para o lote. Esta faixa é possível apenas em calçadas com largura superior a 2,00 m. Serve para acomodar a rampa de acesso aos lotes lindeiros sob autorização do município para edificações já construídas. (Texto da norma brasileira NBR 9050, 2015)

Faixa de uso da calçada - Corte Fonte: NBR 9050

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Segundo a Norma, as faixas elevadas devem seguir o exemplo representado ao lado e os rebaixamentos das calçadas devem [...] ser construídos na direção do fluxo da travessia de pedestres. A inclinação deve ser constante e não superior a 8,33 % no sentido longitudinal da rampa central e na rampa das abas laterais. A largura mínima do rebaixamento é de 1,50 m. O rebaixamento não pode diminuir a faixa livre de circulação, de no mínimo 1,20m da calçada [...]. (Texto da norma brasileira NBR 9050, 2015)

Faixa elevada para travessia - Vista Superior Fonte: NBR 9050

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LEVANTAMENTO

Mapa de Zoneamento - Lei 16.402/16 A área de intervenção é composta de ZC, ZEU, ZM E ZOE. O zoneamento prevê que todas as zonas tenham recuo frontal de 5m e limite de gabarito, com exceção da ZEU (Zona de Estruturação Urbana), que dispensa o recúo e o limite de altura, porém o tamanho mínimo do lote é de 1000m2, enquanto o lote mínimo das outras zonas é de 125m2.

EDIFICAÇÕES EXISTENTES

FONTE: ZONEAMENTO DE SP - LEI 16.402/16

VISTA SUPERIOR - ZONEAMENTO PROPOSTO

ZONEAMENTO PROPOSTO

As perspectivas esquemáticas ilustram o exercício realizado para estudo, de propor

estivessem aplicados.

como seriam as quadras da rua Teodoro Sampaio se o máximo do C.A. e outros pa-

Interessante notar a problemática na relação de escala do edifício/ calçada/ pedestre

râmetros definidos pelo zoneamento da cidade de São Paulo (Lei 16.402/16)

nas zonas de estruturação urbana (ZEU).

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Mapa Hipsométrico A rua Teodoro Sampaio é caracterizada por sua extensa ladeira, a qual os pedestres precisam percorrer para, por exemplo, acessar as estações de metrô. Esse relevo é nitidamente percebido no mapa de hipsometria, onde as áreas do Largo da Batata até a Praça Benedito Calixto são mais planas e a partir da praça até a região das clínicas o relevo é bem acentuado.

FONTE: Base do Mapa digital da Cidade

Mapa de Declividade No percurso da intervenção existem três pontos críticos de declividade. Dois são vencidos por pequenos viadutos, no cruzamento das ruas Mateus Grou e da Joaquim Antunes, e o terceiro ocorre entre a praça Benedito Calixto até a Av. Dr. Enéas de Carvalho Antunes, na altura das clínicas. Essa declividade acentuada causa um forte escoamento de água e alagamento na Praça Benedito Calixto. FONTE: Base do Mapa digital da Cidade

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Levantamento de Uso e Ocupação

Fonte: Base do Mapa Digital da Cidade

Com o levantamento de uso e ocupação da rua Teodoro sampaio é possivel per-

estabelecimentos de serviços voltados para a vida noturna, o que acaba geran-

ceber o predomínio do uso comercial, que caracteriza a rua. O segundo maior

do uma sensação de insegurança durante esse período. Estes estabelecimentos

uso é o residencial, que na maioria dos casos se dá em edificaçōes onde o térreo

estão instalados na rua dos Pinheiros, duas quadras abaixo do recorte estudado

é comercial e os outros pavimentos residenciais.

e na Vila Madalena. Porém, também há público para o surgimento de um novo

É muito curioso reparar que a mesma vida que a rua possui durante o dia não se

polo boêmio na região.

repete durante a noite, o que é resultado da escassa existência de

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ÁNALISE DAS CALÇADAS Para realizar uma análise crítica da situação atual das calçadas da Rua Teodoro Sampaio foi utilizada como metodologia de avalição o estudo Active Design:

Shaping the Sidewalk, desenvolvido pela prefeitura de Nova Iorque e traduzido em forma de cartilha em São Paulo, pelo coletivo Cidade Ativa, que trabalha com análises urbanas, propondo melhorias para a cidade. A metodologia foi embasada nos 12 critérios propostos por Jan Gehl e avaliam as quadras através de critérios relacionados à proteção, conforto e prazer. Dentro desses temas existem os seguintes conceitos:

Conectividade A conectividade avalia se a calçada está conectada a estações de metrô, pontos de ônibus, ciclovias, equipamentos públicos como hospitais, creches, escolas, parques etc. Além disso é importante observar as conexões entre as calçadas, pelos cruzamentos e travessias de pedestre.

Acessibilidade É a avaliação da acessibilidade nas calçadas para diversos tipos de usuários, de diferentes idades e capacidades de locomoção. Alguns exemplos de pontos a serem observados são pavimentação, rebaixamento da guia nos cruzamentos, faixa de caminhada livre etc.

Segurança A segurança é medida através da existência de iluminação adequada, fachadas translucidas, usos diversificados, pessoas na rua, limpeza e conservação das edificações etc.

39


Diversidade Alguns dos tópicos analisados para avaliar a diversidade das calçadas são as diferentes tipologias arquitetônicas encontradas no local, a variedade de usos, a velocidade do caminhar e os pontos atrativos do olhar.

Escala do pedestre / Complexidade A escala dos edifícios deve ser proporcional à escala do pedestre, causando uma sensação agradável ao caminhar e interessante para o olhar. Quanto mais detalhes, ritmo e atrativos tiverem as edificações, melhor será a avaliação deste item.

Sustentabilidade / Resiliência Climática As calçadas devem ser projetadas para serem eficientes em contextos climáticos diferentes, como por exemplo em fortes chuvas. Outro ponto importante é a existência de canteiros e arborização para melhorar a drenagem da rua e diminuir a sensação de ilhas de calor tão comuns no meio urbano. Cada conceito possui diversos itens a serem observados na rua e, conforme a quantidade de itens presentes, a cartilha propõe uma nota de A a E sobre a qualidade do conceito.

40


Além desses critérios também foram listados a quantidade de pessoas, veículos e ônibus que passaram pelo trecho em cinco minutos e foi feita a contagem de postes de eletricidade, postes de iluminação e lixeiras existentes. As cartilhas preenchidas foram anexadas no apêndice do trabalho.

41


TRECHOS ANALISADOS

Quadras analisadas por critĂŠrios

42

Fonte: Base do Mapa Digital da Cidade


VESTUÁRIO

43


MÓVEIS

44


CULTURA / ENTRETENIMENTO

45


MÚSICA

46


CLÍNICAS

47



DIAGNÓSTICO

Este capítulo tratará do diagnóstico sobre o recorte urbano. Ele foi realizado após as diversas análises sobre a área de intervenção, resultando no levantamento das problemáticas, potencialidades e fatores condicionantes da região.




MAPA DE DIAGNÓSTICO

Fonte: Base do Mapa Digital da Cidade


Zoneamento

Viadutos

O primeiro fator observado surgiu do exercício de desenhar como serão as qua-

Ao longo da Rua Teodoro Sampaio é possível observar dois grandes desníveis,

dras do entorno da Rua Teodoro Sampaio com o zoneamento (Lei 16.402/16),

um no cruzamento com a Rua Mateus Grou e o outro no cruzamento da Rua

aplicado de maneira a garantir o máximo de adensamento. Com esse ensaio

Joaquim Antunes. Para vencer os desníveis existem pequenos viadutos com a lar-

ficou nítido o problema do recuo nas áreas de ZEU - Zona de Estruturação Urba-

gura da via e das calçadas, estreitas com cerca de 2m de largura. Essas calçadas

na. Por ser uma região próxima a diversos pontos importantes da cidade e abas-

não comportam a quantidade de pedestres da região e ainda são ocupadas por

tecida de transporte público, há o incentivo de alto adensamento e por isso o

bancas de jornal que ocupam mais da metade de sua largura e dificultam ainda

recuo frontal é dispensado. Consequentemente, o caminhar nas quadras de ZEU

mais o passeio. Mesmo com esse problema, esses dois pontos são interessantes

se tornará incomodo, pois elas formarão um corredor com paredões verticais

por conta da vista proporcionada pelos desníveis e podem ser transformados em

altos, totalmente fora da escala do pedestre, com calçadas estreitas, insuficientes

pontos de descanso estratégicos no percurso da rua.

para comportar a grande quantidade de pedestres e equipamentos necessários.

Largo da Batata A região do Largo da Batata recebeu recentemente um projeto de requalificação, tendo suas vias alteradas e o desenho da praça refeito. Porém o projeto não foi executado por inteiro e o local, que tem uma potencialidade gigante como polo centralizador do encontro, de eventos, um verdadeiro marco para a cidade, se tornou árido, praticamente sem vegetação, mobiliário e função.

Praça Benedito Calixto A Praça Benedito Calixto tem grande importância na cultura de São Paulo, por sua clássica feira de antiguidades aos sábados que atrai pessoas de diversas regiões. Seu desenho paisagístico está ultrapassado para seu uso, causando um verdadeiro caos entre pedestres transeuntes, barraquinhas, consumidores e veículos. Um ponto interessante é que as edificações voltadas para a praça são predominantemente restaurantes e bares, algumas lojas e galerias de arte, que transformam o conjunto em uma região extremamente rica em entretenimento.

53


Nó viário Logo atrás da Praça Benedito Calixto, na esquina da Paróquia São Paulo da Cruz com a Rua Henrique Schauman, ocorre um nó viário que precisa ser resolvido, para simplificar o fluxo de veículos, que atualmente tenta atender todas as direções possíveis, o que não é necessário, dado as outras opções de caminho.

Terreno vazio Na esquina da Rua João Moura com a Rua Teodoro Sampaio existe um terreno de 5.100m² utilizado como estacionamento e que tem grande potencial para stornar-se uma extensão da praça Benedito Calixto, trazendo toda a vitalidade que a acompanha para mais uma parte da rua, e aumentado as possibilidades de equipamentos que ela pode oferecer à população que percorre a região, e suas diversas pluralidades de gostos.

Galeria de música subutilizada Galeria de lojas de música subutilizada. Propor um novo desenho e tratamento para possibilitar a realização de encontros e shows no espaço comum das lojas.

54


Clínicas - Área verde potencial A região das clinicas possui grande movimento de pedestres por estar próxima á estação de metrô Clínicas, ao hospital, à Faculdade de medicina da USP e ao cemitério, além de ser um eixo de locomoção perto da av. Paulista, do estádio do Pacaembu, do centro cultural judaico etc. A grande problemática da área é a falta de integração entre os edifícios públicos e o pedestre que caminha pela Teodoro. Todo o percurso, tanto na própria Teodoro quanto na Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, é acompanhado por um gradil que impossibilita a permeabilidade do pedestre que poderia aproveitar da única área verde significativa da região. Os canteiros centrais da Av. Dr. Enéas são extensos e largos, tendo potencial para receber um novo paisagismo que proponha locais de descanso e lazer.

Problemática geral Uma questão importante em praticamente metade da extensão da rua, é a da drenagem, pois sua declividade é acentuada, resultando em um escoamento veloz da Av. Dr. Arnaldo até a Praça Benedito Calixto. Para piorar a situação, não existem áreas verdes capazes de conter essa água, que acaba alagando a praça Benedito Calixto. Em dias de chuva forte, a correnteza costuma derrubar pessoas nas calçadas e motos que estão estacionadas além de carregar sacos de lixo colocados na rua até a área de alagamento. A iluminação da Rua Teodoro Sampaio é escassa, o que foi notado com base nas análises das 5 quadras de amostra, que causam áreas escuras. As calçadas são em sua maioria padronizadas e não possuem degraus que dificultem a passagem de portadores de necessidades especiais, porém, elas não têm piso podotátil e a arborização é irregular e insuficiente.

55



PROPOSTA

Este capítulo abordará a proposta de requalificação da Rua Teodoro Sampaio, começando pelo masterplan e diretizes gerais para a rua, seguindo pelo detalhamento de cada trecho do projeto, com plantas, cortes, especificações de canteiros e perspectivas, chegando, por fim nas especificações de piso, iluminação e mobiliário.




MASTERPLAN

50m

100m

200m


PARQUE EM EXPLOSÃO A primeira etapa para a elaboração da proposta foi redesenhar, como método de

Para isso, ocorrerá o aproveitamento dos vazios urbanos existentes com a implanta-

idealizar como seria o futuro da região, os lotes e edificaçōes lindeiros à rua Teo-

ção de um PARQUE EM EXPLOSÃO. Cada vazio receberá uma série de equipamen-

doro Sampaio, mantendo as edificaçōes condicionantes e considerando o máximo

tos e programas que um parque convencional teria agrupados em um só terreno.

de adensamento proposto no zoneamento, com a mudança da diretriz para garatir

Porém, no Parque em Explosão o usuário será convidado para um percurso por toda

sempre 5m de calçada por meio de doação para fruição pública em ZEUs, dispensan-

a rua, encontrando a cada quadra um novo setor do parque.

do recuo frontal. O programa de cada espaço foi distribuido de acordo com o uso predominante da A proposta principal do trabalho é aproveitar a vitalidade que a rua Teodoro Sampaio

quadra onde está implantado, para que eles se tornem um apoio condizente com o

possui, devido aos seus cinco usos consolidados, agregando qualidade aos espaços

meio e tragam benefícios para o local.

públicos e desenvolvendo a permanência dos transeuntes por mais tempo na área.

Diagrama da implantação do Parque em Explosão

61


PADRÃO DAS CALÇADAS

CORTE 62

1m

5m

10m


PLANTA

5m

10m

20m

63


ESPECIFICAÇÃO DA VEGETAÇÃO

Bauhinia forficata Holocalyx balansae

Schinus molle Vitex polygama

Tabebuia impetiginosa Handroanthus heptaphyllus

Bauhinia variegata Tibouchina granulosa

Senna occidentalis

Caesalpinia peltophoroides Tabebuia chrysotricha

64

Colocasia esculenta

Canna lilies Acorus calamus

Chondropetalum tectorum Colocasia esculenta var. nigra


As calçadas da rua Teodoro Sampaio não possuem desníveis problemáticos na ques-

O piso das calçadas segue o padrão proposto para as praças, com diferenciação no

tão da acessibilidade e, com a proposta, toda a extensão da rua receberá a imple-

desenho conforme o percurso se aproxima de um ponto de permanência do parque

mentação de piso podotátil e semáoros sonóros. Além disso, todos os canteiro do

explodido.

projeto são elevados em relação ao piso, visando auxiliar ainda mais no percurso de pessoas portadoras de deficiência visual.

A iluminação segue uma sequência com 20 metros de espaçamento entre os postes, sendo que nos intervalos eles haverá árvores propícias para o plantio viário. Com relação aos canteiros que margeiam a faixa de rolamento e protegem os pedestres de possíveis invasões de veículos nas calçadas, eles não são simplesmente canteiros e sim biovaletas vegetadas que auxiliam no escoamento da água de chuva e reduzem os problemas de alagamento notados em certos pontos da via. As biovaletas do projeto também direcionam parte da água captada para os espelhos d`água das praças, trazendo sustentabilidade para a proposta.

Biovaletas segundo Nathaniel Cormier e Paulo Pellegrino são [...] depressões lineares preenchidas com vegetação, solo e demais elementos filtrantes, que processam uma limpeza da água da chuva, ao mesmo tempo em que aumentam seu tempo de escoamento, dirigindo este para os jardins de chuva ou sistemas convencionais de retenção e detenção das águas. (2008, p. 132.).

Por fim, para melhorar a paisagem visual da rua, todo o sistema de fiação urbana passará a ser subterrâneo, gerando maior segurança contra acidentes com fiação e diminuído gastos com a manutenção.

Esquema do sistema de biovaletas Fonte: Paula Barbosa

65


LARGO DA BATATA O novo projeto de revitalização do Largo da Batata se baseia na conexão entre

Um dos dois pontos do projeto que vale a pena destacar é o anfiteatro onde

a Igreja Nossa Senhora de Monte Serrat, a estação de metrô Faria Lima, o novo

será possível a realização de grandes concertos e apresentaçōes. O segundo

museu proposto, o Museu de Arte Popular Paulistana e o Mercado Municipal de

ponto é o setor de alimentação do largo, que uniu ao projeto, por meio de uma

Pinheiros. Esta conexão foi criada a partir de uma marquise que trás um elemen-

speed table, os diversos bares e restaurantes já existentes na rua Martim Car-

to de sombra para o largo, onde há a possibilidade de ocorrer diversos eventos

rasco e criou um espaço acolhedor com mesas e pergolas, para os clientes dos

culturais e onde também existem espaços direcionados para feiras de artesanato

estabelecimentos e transeuntes.

e algumas lojas.

O projeto contém uma grande quantidade de espécies vegetais a fim de gerar

Caminhando por fora da marquise o pedestre encontrará uma série de peque-

um micro clima agradável e uma paisagem fascinante em meio ao caos urbano,

nas praças contidas no todo do Largo da Batata, cada uma com uma função, seja

um verdadeiro respiro na cidade.

apenas para o descanso e contemplação ou para a pratica de exercícios físicos,

O projeto foi pensado para satisfazer todas as necessidades do público local e

playground, jogos, espaço do skate etc.

ainda sim garantir espaços dinâmicos para manifestações e grandes eventos que o largo abriga.

CORTE 66

1m

5m

10m


ESPECIFICAĂ‡ĂƒO DOS CANTEIROS A

Cassia Ferruginea Tabebuia chrysotricha

A

P1

PLANTA

Vitex polygama Schinus molle

P2

Cassia Ferruginea Tabebuia chrysotricha

Vitex polygama Schinus molle 10m 20m

Senna multijuga Lantana Camara

Iris pseudacorus Pandanus racemosus

Jasminum mesnyi Arachis Repens

Senna multijuga Lantana Camara

P


ESPECIFICAĂ‡ĂƒO DOS CANTEIROS D

B

Ocotea porosa Caesalpinia echinata

Vitex polygama Caesalpinia ferrea

Euterpe edulis Campomanesia xanthocarpa

Russelia equisetiformis Calathea Makoyana

C

Evolvulus pusillus Choisy Curculigo capitulata

Dietes bicolor Monstera deliciosa

Heliconia rostrata Pandanus baptistii Heliconia psittacorum

Syagrus oleracea Ocotea porosa

Tibouchina granulosa Bauhinia variegata

Jacaranda cuspidifolia Leea rubra

Liriope muscari Curculigo capitulata

D

Caesalpinia echinata Hymenaea courbaril

Dypsis lutescens Myrciaria trunciflora

Russelia equisetiformis Heliconia rostrata

Neoregelia fireball Alpinia zerumbet

Syagrus oleraceaglabra Bougainvillea Ocotea porosa Alcantarea imperialis

Tibouchina granulosa Arachis Repens Philodendron bipinnatifidum Liriope muscari Jacaranda cuspidifolia Calathea Makoyana Bauhinia variegata Leea rubraPandanus racemosus Curculigo capitulata

Dichorisandra thyrsiflora Philodendron bipinnatifidum

Neomarica caerulea Pandanus racemosus

Agapanthus africanus Chlorophytum comosum

Dichorisandra thyrs Philodendron bipinnati


G

E

Schinus molle

Syagrus romanzofiliana

Lantana Camara Iris pseudacorus

Cuphea gracilis Zoysia japonica

F

Lecythis pisonis Tabebuia impetiginosa

Schinus molle Holocalyx balansae

Cortaderia sellowana Gardenia augusta

Evolvulus pusillus Choisy Arachis Repens

69


PERSPECTIVA I 70


PERSPECTIVA II 71


ESPORTE I

CORTE 72

1m

5m

10m


P

PLANTA

5m

10m

20m

73


ESPECIFICAÇÃO DOS CANTEIROS A

D

Cedrela fissilis

Liriope muscari Calathea makoyana

C

B

Calathea nakoyana

74

Bauhinia forficata Vitex polygama

Curculigo capitulata Arachis Repens

Bauhinia forficata

Syagrus oleracea

Neomarica caerulea

Jacaranda cuspidífolia Hymenaea courbaril


PERSPECTIVA 75


GOURMET I

1m

CORTE AA 76

CORTE BB

5m

10m

1m

5m

10m


ESPECIFICAÇÃO DOS CANTEIROS A

Monstera deliciosa

Heliconia rostrata Vitex polygama

Lantana camara

B

P Calathea makoyana Senna multijuga

Alpinia purpurata Curculigo capitulata

PLANTA

5m

10m

20m

77


C

E

D

Hymenaea courbaril

Pandanus racemosus

Caesalpinia Ferrea

Syagrus oleracea Heliconia psittacorum

Monstera deliciosa Calathea Makoyana

Dietes bicolor

Curculigo capitulata

H

G

F

Neoregelia fireball

Dypsis lutescens

I

Arachis Repens Neoregelia fireball

Myrciaria trunciflora Lantana Camara

Monstera deliciosa Arachis Repens

Tabebuia Chrysotricha

Bougainvillea glabra

78

Calathea Makoyana


PERSPECTIVA 79


PÃO DE AÇÚCAR O projeto considerou uma doação de 8m do mercado Pão de açúcar em sua fachada voltada a Rua Teodoro Sampaio, para a criação de uma marquise com local para descanso dos pesdestres, espaço pet para os clientes da loja e um café integrado com o mercado.

CORTE 80

1m

5m

10m


P

PLANTA

5m

10m

20m

81


ESPECIFICAĂ‡ĂƒO DOS CANTEIROS B

A

Handroanthus heptaphyllus

Calathea Makoyana

Curculigo capitulata

Curculigo capitulata Arachis Repens

D

C

Gardenia augusta

82

Calathea Makoyana

Dietes bicolor

Malpighia emarginata


PERSPECTIVA 83


VIADUTO I A rua Teodoro Sampaio possui dois viadutos que vencem um desnivel de 4m para cruzar a Rua Mateus Grou e a Rua Joaquim Antunes. Esses viadutos, por consequência, oferecem visuais muito interessantes do bairro e foram incorporados ao projeto com a extensão das lajes, criando espaços de permanência e contemplação.

CORTE 84

1m

5m

10m


P

PLANTA

5m

10m

20m

85


ESPECIFICAÇÃO DOS CANTEIROS A

C

B

Liriope muscari

Chlorophytum comosum

D

Jacaranda cuspidifolia Myrciaria trunciflora

E

Liriope muscari

Vitex polygama

Neomarica caerulea Arachis Repens

86

Tibouchina granulosa Hymenaea courbaril

Neomarica caerulea


PERSPECTIVA 87


VIADUTO II

CORTE 88

1m

5m

10m


PROJEÇÃO COBERTURA

PROJEÇÃO COBERTURA

P

PLANTA

5m

10m

20m

89


ESPECIFICAĂ‡ĂƒO DOS CANTEIROS D

A

Holocalyx balansae

Dracaena reflexa Iris pseudacorus

E

B

Arachis Repens

Tabebuia chrysotricha

Alcantarea imperialis

Hemerocallis flava

Pandanus baptistii

Arachis Repens

Alpinia zerumbet

Arachis Repens

F

C

Pandanus racemosus

Tabebuia impetiginosa Caesalpinia echinata

90

Caesalpinia peltophoroides Caesalpinia echinata

Bougainvillea glabra

Iris pseudacorus


PERSPECTIVA 91


ESPORTE II

CORTE 92

1m

5m

10m


P

PLANTA

5m

10m

20m

93


ESPECIFICAÇÃO DOS CANTEIROS C

A

Gardenia augusta

Vitex polygama

B Philodendron bipinnatifidum Zoysia japonica

Alpinia zerumbet Arachis Repens

94

Pandanus baptistii Hymenaea courbaril

Heliconia rostrata


PERSPECTIVA 95


AGÊNCIA BANCÁRIA

CORTE 96

1m

5m

10m


P

PLANTA

5m

10m

20m

97


ESPECIFICAĂ‡ĂƒO DOS CANTEIROS D

A

Tibouchina heteromalla

Campomanesia xanthocarpa

Agapanthus africanus

E

B

Heliconia psittacorum

Campomanesia xanthocarpa

C Thunbergia grandiflora Heliconia psittacorum

Syagrus oleracea

Neoregelia fireball Arachis Repens

98

Schinus molle


PERSPECTIVA 99


PRAÇA BENEDITO CALIXTO O projeto de revitalização da praça Benedito Calixto expandiu a praça atual e

também espaços para barracas permanentes que garantirão um fluxo contínuo

incorporou um acesso da Rua Henrique Schauman, resolvendo o nó viário que ali

de pedestres pela região durante toda a semana. Além da feira de artesanato e

ocorria. Uma das vias lindeiras à praça foi transformada em rua pedestrializada

antiguidades, a praça conta com espaços de descanso, jogos, espaço pet, food

para garantir mais segurança e sensação de bem estar para os consumidores das

hall, academia ao ar livre, espaço para skate e uma arquibancada com projeção

lojas e serviços ali contidos.

de filmes de arte na empena cega de um edifício existente.

Um dos pontos principais do projeto foi a criação de espaços adequados para a realização da tradicional feira de antiguidades que acontece aos sábados e

CORTE 100

1m

5m

10m


P

PLANTA

10m 20m

101


ESPECIFICAĂ‡ĂƒO DOS CANTEIROS B

A

Cedrela fissilis Ocotea porosa

Caesalpinia ferrea Schinus molle

Evolvulus pusillus Choisy Monstera deliciosa

Syagrus oleracea Myrciaria trunciflora

Tibouchina granulosa Arachis Repens

C

Tibouchina granulosa Jacaranda cuspidifolia

102

Vitex polygama

Hymenaea courbaril

Liriope muscari Dietes bicolor

Arachis Repens Calathea Makoyana

Liriope muscari Dichorisandra thyrsiflora


D

E

Cassia Ferruginea Euterpe edulis

Curculigo capitulata Iris pseudacorus

Lantana Camara Arachis Repens

Tabebuia chrysotricha Hemerocallis flava

Evolvulus pusillus Choisy Philodendron bipinnatifidum

Heliconia rostrata Neomarica caerulea

103


Local da intervenção atualmente Foto: Victor Barbosa

104


PERSPECTIVA 105


VILA BOÊMIA Para solucionar a questão da falta de vida noturna na Rua Teodoro Sampaio foi implentado em uma antiga vila de casas uma série de bares e restaurantes, com espaço para mesas ao ar livre e palco para apresentaçōes e manifestaçōes artísticas pequenas.

CORTE 106

1m

5m

10m


P

PLANTA

5m 10m 20m

107


ESPECIFICAĂ‡ĂƒO DOS CANTEIROS A

Lecythis pisonis Calathea Makoyana

Bougainvillea glabra Curculigo capitulata

Caesalpinia ferrea Senna multijuga

Vitex polygama Schinus molle

C

B

Philodendron bipinnatifidum

Hemerocallis flava Arachis Repens

108

Euterpe edulis Malpighia emarginata

Heliconia psittacorum Pandanus racemosus


D

E

Holocalyx balansae

Heliconia psittacorum

Neoregelia fireball

Lantana Camara Alpinia zerumbet

109


Local da intervenção atualmente Foto: Paula Barbosa

110


PERSPECTIVA 111


PRAÇA DO CONSERVATÓRIO O projeto que ocupou o grande terreno, onde atualmente funciona um esta-

Além do conservatório a praça possui um espaço para a apresentação dos alunos

cionamento, teve seu conceito traçado a partir do desnível de 4m concentrado

de música, quiosques de comida, espaço para contemplação e pratica de Yoga

no meio do lote. Para aproveitar o desnível foi implantado um conservatório

e Tai Chi, duas quadras poliesportivas de tamanho reduzido, academia ao ar live

de música criando dois platôs principais na praça. O conservátorio terá um uso

e playground.

significativo por estar no ponto principal da música na cidade e pela falta de equipamentos como este em São Paulo.

CORTE 112

1m

5m

10m


P

PLANTA

5m

10m

20m

113


ESPECIFICAĂ‡ĂƒO DOS CANTEIROS A

C

B

Syagrus oleracea Bismarckia nobilis

Cuphea gracilis Ophiopogon japonicus

114

Monstera deliciosa Dietes bicolor

Liriope muscari Calathea Makoyana

Heliconia rostrata Alpinia zerumbet

Dichorisandra thyrsiflora Neomarica caerulea

Dypsis lutescens Senna occidentalis

Caesalpinia ferrea Hymenaea courbaril

Iris pseudacorus Arachis Repens

Tibouchina granulosa


F

D

Alcantarea imperialis

E

Tradescantia Zebrina Curculigo capitulata

Vitex polygama Cedrela fissilis Caesalpinia echinata Campomanesia xanthocarpa

Neoregelia fireball Alpinia zerumbet

Jasminum mesnyi Philodendron bipinnatifidum

Evolvulus pusillus Choisy Chlorophytum comosum

Psidium cattleianum Arachis Repens

Alcantarea imperialis Calathea Makoyana

115


Local da intervenção atualmente Foto: Victor Barbosa

116


PERSPECTIVA 117


PRAÇA DA MÚSICA A partir da observação de diversas manifestações musicais que ocorrem neste trecho da rua Teodoro Sampaio em pequenos butecos, nas calçadas ou em espaços improvisados de lojas, foi criado um local adequado e com infraestrutura para estas apresentações que atraem diversos pedestres e que geram possibilidades de encontros. O terreno da praça da música fica em frente à principal galeria de loja de instrumentos da rua e cria uma nova conexão com uma pequena travessa atrás do lote.

CORTE 118

1m

5m

10m


P

PLANTA

5m

10m

20m

119


ESPECIFICAĂ‡ĂƒO DOS CANTEIROS

BB

A

Caesalpinia echinata

C

D

Heliconia rostrata 120

Campo Campom

Heliconia psittacorum

Arachis Repens

Philodendron bipinnatifidum Philodendron bipinnatifidum Iris pseudacorus Iris pseudacorus

Hemerocallis flava

F

Alpinia zerumbet Alpinia zerumbet Neoregelia fireball Neoregelia fireball

Neoregelia fireball


E

H

Curculigo capitulata

Ophiopogon japonicus

I

G

Syagrus romanzofiliana Malpighia emarginata

Lantana Camara

Cuphea gracilis Alpinia zerumbet Leea rubra

Syagrus romanzofiliana

Calathea Makoyana Ophiopogon japonicus 121


Local da intervenção atualmente Foto: Paula Barbosa

122


PERSPECTIVA 123


ESQUINA DOS RESTAURANTES

CORTE 124

1m

5m

10m


P

PLANTA

5m

10m

20m

125


ESPECIFICAĂ‡ĂƒO DOS CANTEIROS

D

A

Dietes bicolor

B

Liriope muscari

Syagrus romanzofiliana

Hymenaea courbaril

E

Tabebuia chrysotricha

C

Pandanus racemosus

F

Heliconia psittacorum

Alpinia zerumbet

Syagrus romanzofiliana

G

Tibouchina granulosa 126

Euterpe edulis

Pandanus racemosus

Heliconia psittacorum

Syagrus romanzofiliana


PERSPECTIVA 127


GOURMET II

CORTE 128

1m

5m

10m


P

PLANTA

5m

10m

20m

129


ESPECIFICAÇÃO DOS CANTEIROS

A

C

Bougainvillea glabra

Monstera deliciosa

B

Heliconia rostrata Campomanesia xanthocarpa

Dypsis lutescens

Vitex polygama Lantana Camara

130

Ananas bracteatus Arachis Repens


PERSPECTIVA 131


PLAYGROUND

CORTE 132

1m

5m

10m


P

PLANTA

5m

10m

20m

133


ESPECIFICAĂ‡ĂƒO DOS CANTEIROS

A

C

Tabebuia impetiginosa

Pandanus racemosus

B

Dichorisandra thyrsiflora Philodendron bipinnatifidum

Holocalyx balansae Bauhinia variegata

D Syagrus oleracea

Liriope muscari

Myrciaria trunciflora 134

Cortaderia sellowana


PERSPECTIVA 135


ESPORTE III Aproveitando a única área com vegetação abundante em todo o percurso do Parque em Explosão, foi ampliada a abertura para o jardim da Universidade de São Paulo, convidando a todos, e não somente alunos, para usufruir das áreas de descanso e quadras poliesportivas.

CORTE 136

1m

5m

10m


P

PLANTA

5m

10m

20m

137


ESPECIFICAÇÃO DOS CANTEIROS

A

Bauhinia forficata Schinus molle

Dietes bicolor Calathea Makoyana

B

Heliconia psittacorum

138

Zoysia japonica

Evolvulus pusillus Choisy

Alpinia zerumbet


C

D

Schinus molle Vitex polygama

Campomanesia xanthocarpa Bauhinia variegata

Tibouchina granulosa Bauhinia variegata

Jacaranda cuspidifolia Leea rubra

Evolvulus glomeratus Ophiopogon japonicus

Liriope muscari Curculigo capitulata

Plumbago auriculata Philodendron bipinnatifidum

Neomarica caerulea Pandanus racemosus

139


Local da intervenção atualmente Foto: Paula Barbosa

140


PERSPECTIVA 141


AV. DR. ENEAS DE CARVALHO AGUIAR Chegando ao final do Parque em Explosão, encontra-se a intervenção nos canteiros centrais da Av. Dr. Eneas de Carvalho Aguiar, que é ocupada por diversos edifícios institucionais e tem acesso à estação de metrô das Clínicas. Os canteiros se tornaram locais de permanência e lazer para os pedestres, pacientes e trabalhadores dos hospitais e instituições da região.

CORTE 142

1m

5m

10m


P

PLANTA

10m 20m


ESPECIFICAĂ‡ĂƒO DOS CANTEIROS

B

A

Lecythis pisonis Gardenia augusta

Evolvulus pusillus Choisy Pandanus racemosus

Heliconia rostrata Pandanus baptistii

Vitex polygama Caesalpinia ferrea

Euterpe edulis Campomanesia xanthocarpa

Russelia equisetiformis Calathea Makoyana

Heliconia psittacorum Curculigo capitulata

Dietes bicolor Monstera deliciosa

D

C

Syagrus romanzofiliana Tabebuia chrysotricha

Vitex polygama Schinus molle

Senna multijuga Lantana Camara

Iris pseudacorus Pandanus racemosus

Jasminum mesnyi Arachis Repens

Tibouchina granulosa Bauhinia variegata

Jacaranda cuspidifolia Leea rubra

Liriope muscari Curculigo capitulata

Neomarica caerulea Pandanus racemosus


PERSPECTIVA 145


146


ESPECIFICAÇÕES DO PROJETO PISOS

Piso Concreteel Linha Ceres - white 3mm de espessura acabamento lixado externo

Piso Concreteel Linha Belona - nude 3mm de espessura acabamento lixado externo

Piso Concreteel Linha Ceres - silver 3mm de espessura acabamento lixado externo

Piso Concreteel Linha Ceres - carbon 3mm de espessura acabamento lixado externo

Madeira biossustentável Ecopex cor - Itaúba 32mm de espessura 150mm de largura e comprimento sob medida.

147


ILUMINAÇÃO

POSTE DE ILUMINAÇÃO - VIÁRIO

POSTE DE ILUMINAÇÃO - PRAÇAS

BALIZADOR

MOBILIÁRIO

BANCO madeira e concreto

148

LIXEIRA Parte fixa de concreto e interior removivel de plástico


PLAYGROUND TRYANON EQUIPAMENTOS

EQUIPAMENTOS DE ACADEMIA AO AR LIVRE TRYANON EQUIPAMENTOS

QUIOSQUE DE FEIRA ARTESANAL FIXO

BARRACA TEMPORÁRIA

QUIOSQUE - POSSUE VARIAÇÕES DE TAMANHO

149



CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho buscou evidenciar como, através da observação dos usuários e do recorte urbano, aliados à pesquisa de melhores soluções de desenvolvimento urbano e ao aproveitamento dos vazios existentes, é possível construir uma cidade mais agradável e humana, devolver ao espaço público situações cotidianas que se perderam ao longo do tempo, voltar a promover o encontro, a sensação de pertencimento e de apropriação dos espaços, para que assim a sociedade tenha vontade de zelar pelo local, visto os benefícios que eles trazem. O Parque em Explosão da Rua Teodoro Sampaio é um exemplo do que poderia ser aplicado em diversas ruas, tanto na cidade de São Paulo quanto em muitas outras do Brasil. Ele mostra que podemos agregar qualidade à paisagem e ao trajeto diário do cidadão, sem causar fenômenos de gentrificação nos bairros mas sim fortalecendo a cultura local e atraindo mais e mais pessoas para a vida na rua.


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155


APÊNDICE

156

ANÁLISE QUADRA - VESTUÁRIO


157


ANÁLISE QUADRA - MÓVEIS

158


159


ANÁLISE QUADRA - CULTURA / ENTRETENIMENTO

160


161


ANÁLISE QUADRA - MÚSICA

162


163


ANÁLISE QUADRA - CLÍNICAS

164


165





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